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Quando o assunto é câncer surgem tantas histórias que é até difícil identificar o que é realmente verdade.

Por isso vamos listar alguns mitos e verdades que surgem sobre esse tema.

VERDADE: Atividade física previne o câncer independente da perda de peso?


Se praticassem mais atividades físicas, os brasileiros poderiam evitar 10 mil casos da doença por ano*. 30
minutos de atividade física por dia ou até menos podem equilibrar os níveis de hormônios, reduzir o tempo
de trânsito gastrointestinal (reduzindo o tempo de contato com substâncias cancerígenas), além de
fortalecer as defesas do organismo.

MITO: Existem alimentos milagrosos que podem curar o câncer?

Uma alimentação saudável e balanceada pode auxiliar na prevenção e até no tratamento do câncer. Mas,
infelizmente não há prova científica de que a ingestão de alimentos específicos possa curar o câncer.

VERDADE: Grande parte dos refrigerantes possui um corante que possivelmente favorece a formação do

câncer?
Segundo a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde
(OMS), os refrigerantes contêm uma substância chamada 4-MI(4-metil-imidazol) que é
possivelmente cancerígena. O 4-MI é subproduto do corante caramelo IV que está presente nos
refrigerantes, especialmente as colas.

MITO: Exposição a forno micro-ondas pode provocar câncer?


O forno de micro-ondas libera uma radiação não ionizante, que pode ser cancerígena para os seres
humanos. Porém, a estrutura dos fornos micro-ondas é preparada para que a radiação não escape para o
ambiente externo. Por isso é muito importante seguir as instruções de uso do aparelho e jamais usar
aparelhos enferrujados internamente. Evite fechar a porta do forno de micro-ondas enquanto ele ainda
está úmido após sua utilização.

Procure sempre fontes de informações confiáveis e certificadas por órgãos fiscalizadores para ter acesso
a orientações corretas na prevenção e tratamento do câncer.

Você também sabia que a incidência do câncer de mama tem aumentado ano a ano e que a chance de
cura pode estar na detecção e diagnóstico precoce da doença?
Quando diagnosticado precocemente a chance de cura do câncer de mama são de até 95%.
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Outubro Rosa para todas, da prevenção ao diagnóstico precoce e tratamento

Os tumores de mama representaram um em cada quatro casos de câncer diagnosticados entre pacientes
do sexo feminino em 2020, em todo o mundo. Os dados, destacados pela Agência Internacional de Pesquisa
sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), mostram que cerca de 2,26 milhões de mulheres receberam o
diagnóstico da doença no período. A entidade, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta que o
câncer de mama feminino já se tornou a neoplasia mais frequentemente diagnosticada globalmente. Ainda
em 2020, 685 mil mulheres morreram devido à doença.

Estes números alarmantes também se repetem, em menor escala, aqui no Brasil. Para 2023, o Inca (Instituto
Nacional de Câncer) estima cerca de 74 mil novos casos. Os óbitos causados pelos tumores de mama
superaram 18 mil (dados de 2020). É a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no
Brasil. A partir destas informações, entendemos que precisamos ir além da conscientização sobre a doença,
da prevenção e do estímulo ao diagnóstico precoce. Devemos discutir meios efetivos de melhorar e garantir
o acesso ao melhor tratamento para todas as mulheres, em qualquer fase da doença. Este é o foco da
campanha Outubro Rosa para Todas, que o Instituto Vencer o Câncer desenvolve neste ano, para defender
direitos e cuidados mais igualitários para todas as mulheres.

Uma mensagem importante é que é possível ter qualidade de vida, mesmo com câncer avançado. No
entanto, pacientes do SUS continuam com poucas opções. Isso porque, mesmo tendo o direito garantido a
medicações já aprovadas para distribuição na saúde pública, muitas ficam sem tratamento pois os
medicamentos não são efetivamente disponibilizados.

A política de prevenção e tratamento do câncer precisa ser uma prioridade dos nossos governos, para que
as pessoas diagnosticadas tenham tratamentos mais adequados e rápidos, com medicamentos inovadores,
cirurgia, radioterapia além de métodos diagnósticos mais sofisticados e testes genéticos.

Este olhar especial para a saúde pública é fundamental, já que cerca de 75% da nossa população são
atendidos pelo SUS. Vale destacar que, no serviço público, em média, 39,6% dos casos são diagnosticados
em estágio avançado. Na outra ponta, a análise de mais de 130 mil pacientes brasileiras mostrou que
aquelas que se tratam no SUS, na comparação aos que tinham convênio médico, apresentam 40% mais
risco de morrer de câncer de mama. Esses dados foram apresentados no Encontro Anual da Sociedade
Americana de Oncologia Clínica, em junho, e reforçou a necessidade de uma atenção maior aos cuidados
para o câncer na saúde pública, principalmente para os casos mais graves.
É necessário, então, fazer este Outubro Rosa para todas, para aquelas que podem prevenir e diagnosticar o
câncer precocemente; para aquelas que precisam que seus direitos sejam respeitados e tenham acesso a
tratamentos que lhes garantam qualidade de vida, mesmo com a doença.
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Câncer de mama: dados da doença, tratamento e detecção precoce
O câncer de mama é o tipo mais incidente na população feminina no Brasil e no mundo, com exceção do
câncer de pele não melanoma. Em 2022, foi a causa de 77.014 internações em todos os municípios do
Brasil, segundo dados do SIH/DATASUS disponíveis no Observatório da APS. O número abrange unidades
hospitalares públicas ou particulares conveniadas que são participantes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mulheres a partir dos 50 anos têm mais risco de desenvolver o tumor na mama. Essas faixas etárias
representaram a maior parte dos casos de hospitalização em 2022:
– 20.166 internações entre 45 a 54 anos;
– 20.394 internações entre 55 a 64 anos;
– 20.049 internações acima de 65 anos.
Neste cenário, o total de gastos hospitalares somou mais de R$ 183 milhões no ano, também de acordo
com o SIH/DATASUS. Foram R$ 183.064.368,20, um custo médio de R$ 2.377,03 por internação.
Conhecer estatísticas sobre a doença é fundamental para planejar as ferramentas disponíveis em todos os
níveis de atenção à saúde, começando pela Atenção Primária à Saúde (APS), para um atendimento
organizado e eficiente economicamente. A prevenção e a detecção precoce do câncer de mama são
essenciais para o enfrentamento, a cura e o aumento da taxa de sobrevivência dos pacientes.
Abaixo, apresentamos um guia completo com dados atualizados e outras informações sobre câncer de
mama, mamografia e o Outubro Rosa.
Câncer de mama: o que é, causas e tratamento
A neoplasia de mama é caracterizada pela multiplicação desordenada de células anormais no seio,
formando um tumor maligno. Como mencionado acima, este tipo de câncer é mais comum em mulheres
– os homens podem desenvolver câncer de mama, porém é raro: 1% do total de casos.

A alteração genética que causa o tumor está diretamente relacionada à biologia celular. Mas também
pode ser estimulada por condições agravantes, sejam endócrinas, comportamentais e/ou hereditárias.
Já o tratamento pode variar significativamente de acordo com o estágio e o tipo do tumor ou as
características individuais de cada paciente.
Fatores de risco: é possível prevenir o câncer de mama?
Considerando as causas do câncer de mama, há três categorias de fatores de risco para a doença:
Os fatores endócrinos/história reprodutiva
Questões hormonais e relacionadas ao estímulo estrogênico. Exemplos: menarca precoce; menopausa
tardia; primeira gravidez após os 30 anos ou não ter filhos; uso de contraceptivos orais (estrogênio-
progesterona); reposição hormonal após a menopausa.
Os fatores comportamentais/ambientais
Exemplos: sobrepeso e obesidade; inatividade física; ingestão de bebida alcoólica; exposição elevada ou
frequente a radiação ionizante (raio-X, tomografia, radioterapia); tabagismo (evidências sugestivas).
Os fatores genéticos/hereditários
A hereditariedade corresponde a 5% a 10% das ocorrências da doença. Situações que indicam
predisposição: mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, vários casos de câncer de mama ou pelo menos um
de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem.
CONTINUAÇÃO GRUPO 3
É possível reduzir a incidência da doença com a adoção de hábitos mais saudáveis, ou seja, controlando
fatores de risco comportamentais. Este é um exemplo de prevenção primária: ações para controlar
determinantes de saúde negativos associados a uma doença.
Modalidades de tratamento do câncer de mama
No ano de 2022, 56.623 pessoas foram diagnosticadas e receberam tratamento de câncer de mama no
SUS (rede pública e rede conveniada), segundo dados do Painel Oncologia do DATASUS que podem
ser acessados pelo Observatório da APS. A população com 65 anos ou mais representou a maioria das
ocorrências: 15.456, mais de um quarto (27,29%) dos pacientes em tratamento.

Considerando a mesma amostra de pessoas que receberam tratamento no período, a quimioterapia foi
adotada em 60,8% dos casos, ou para 34.442 pacientes. Depois, cirurgia (12,7%), radioterapia (5,1%) e,
por último, a combinação de quimio e radioterapia (0,11%). Informações sobre o tipo de tratamento dos
demais 11.988 pacientes estão indisponíveis.
Conheça mais sobre os métodos mais utilizados no tratamento:
– Quimioterapia: uso de medicamentos por via oral ou intravenosa para destruir células cancerígenas ou
interromper a capacidade delas de crescer e se dividirem. Pode ser administrada como tratamento
principal ou antes (quimioterapia neoadjuvante) ou depois (quimioterapia adjuvante) da cirurgia.

– Cirurgia: frequentemente, faz parte do plano inicial de tratamento do câncer de mama. Há diferentes
tipos de procedimentos cirúrgicos, determinados de acordo com a extensão do câncer.

– Radioterapia: uso de radiação ionizante, de alta energia, para destruir ou limitar o crescimento das
células do tumor.

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