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CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DALILA GOMES DE ARAÚJO


DÉBORA DE OLIVEIRA
GÉSSIKA RAYANE LAVRAS COSTA
LUCIELE SILVA MENDES

GRAVIDEZ NA TERCEIRA IDADE

SÃO LUÍS
2023
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DALILA GOMES DE ARAÚJO
DÉBORA DE OLIVEIRA
GÉSSIKA RAYANE LAVRAS COSTA
LUCIELE SILVA MENDES

GRAVIDEZ NA TERCEIRA IDADE

Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem como


requisito parcial de aprovação na disciplina: Urgência e
Emergência em Enfermagem
Preceptor: Kemps Alhadef
Polo: Faculdade ANHANGUERA - Polo São Luís

SÃO LUÍS
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ……………..............................................................................................................4
2……………………………………………………...……………………..……9
A GRAVIDEZ APÓS OS 35 ANOS DE IDADE..............................................................................5
3……………………………………………………...……………………..……9
OS PRINCIPAIS RISCOS DA GESTAÇÃO NA TERCEIRA IDADE ..........................................6
3.1 ANOMALIAS CRONOSSÔMICAS ………..……………………………………………………………6
3.2 ABORTO ESPONTÂNEO ……. ……………………...…………………………………………………6
3.3 COMPLICAÇÕES NAS CONDIÇÕES DA SAÚDE DA MÃE…………………………………………6

4 OS PRINCIPAIS CUIDADOS DA ENFERMAGEM AS MÃES DA GESTAÇÃO TARDIA…..……7


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………..........................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .…………………………………………………..........................9

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1 INTRODUÇÃO

A partir da segunda metade do século XX foi constatado um aumento do número de


gestantes com 35 anos ou mais, em todo o mundo. No Brasil, o aumento da gestação em
mulheres com mais de 35 anos foi significativo, sobretudo nas camadas médias. Em 2015 houve
aumento dos nascimentos de mães com 30 a 39 anos, com representatividade no Sul e Sudeste
(IBGE, 2015).
Alguns fatores como o aumento da inserção feminina no mercado de trabalho, maior
tempo de estudo entre as mulheres e melhorias nos métodos anticoncepcionais têm contribuído
para esse fenômeno. Além dos movimentos pró-mulheres, ativos desde meados dos anos de
1970, auxiliando-as nas conquistas sobre direitos e liberdades, inclusive sobre o exercício da sua
própria sexualidade.
Embora livres e com direitos mais consolidados, essas mulheres ainda precisam lidar
com o rótulo de mães tardias ou mães idosas. Além disso, frequentemente, enfrentam um pré-
natal de alto risco, de modo que, para o ministério da saúde (MS), elas pertencem a um grupo de
risco mais vulneráveis na gestação devido a idade.

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2 A GRAVIDEZ APÓS OS 35 ANOS DE IDADE
Após os 35 anos, ocorre uma diminuição da capacidade reprodutiva, pois as células
sexuais femininas começam a ficar escassas ocorrendo um declínio da fertilidade. Estudos
relatam, que após essa idade aumentam a incidência de abortos, anormalidades fetais, diabetes,
hipertensão, hemorragias, partos prematuros, trabalho de parto disfuncional, partos por
cesariana, baixo peso do bebê ao nascimento, maiores índices de sofrimento fetal, e menores
índices de Apgar do bebê no quinto. Dessa forma, a gravidez após esta idade tende a ser
considerada como tardia no meio médico, o que confere a estas gestantes o estigma de grávidas
idosas, maternidade avançada, maternidade atrasada, mães “inapropriadas” e até grávidas pré-
menopáusicas.
Fica claro, então, que a idade materna, por si só, vem sendo destacada muitas vezes
como um fator de risco para a gravidez, o que faz com que as mulheres com mais de 35 anos
sejam tratadas com um manejo especial desde o início da sua gestação. Tal manejo diferenciado
pressupõe uma indicação de maior número de consultas e variedade de procedimentos pré-
natais, dentre os quais se ressaltam os invasivos tais como a biópsia de vilosidades coriônicas e
a amniocentese.
É importante apontar que a própria definição de gravidez de alto risco acaba rotulando a
gestante e trazendo-lhe sofrimento, antes mesmo que suas condições físicas, psicológicas e
sociais sejam inteiramente examinadas. Ao ser considerada de alto risco reforça-se o rótulo de
“ser diferente”. A equipe médica, fazendo seu papel, tende a incrementar este sentimento, na
medida em que concentra e direciona para a mulher atenção, cuidados e indicações específicas
e, por vezes, até exacerbadas, fazendo com que ela fique bastante alerta para sua situação de
risco. Esta situação pode contribuir para aflorar sentimentos como censura, culpa e incapacidade
na gestante, que podem incrementar sua ansiedade e prejudicar a evolução normal deste
período.

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3 OS PRINCIPAIS RISCOS DA GESTAÇÃO NA TERCEIRA IDADE

3.1 ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS


À medida que a idade da mulher aumenta, espera-se um aumento da ocorrência de
anomalias cromossômicas no bebê. Tecnicamente, usamos também chamá-las de aneuploidias,
que são caracterizadas pelo aumento ou pela diminuição do número de cromossomos. Para
exemplificar, para mulheres com 30 anos de idade, estima-se que sejam necessários 385
nascimentos para que um bebê venha com algum tipo de aneuploidia.
Aos 35 anos de idade, estima-se que alguma aneuploidia acometa 1 criança a cada 190
nascimentos. Ou seja, pode-se dizer que a chance de conceber uma criança com alguma
anomalia cromossômica dobra dos 30 para os 35 anos”, comenta o Dr. Bruno. Entretanto, é
importante notarmos que a chance sempre será aumentada em relação ao que se observa em
mulheres mais jovens (risco relativo), mas isso não significa um risco absoluto alto. Usando o
mesmo exemplo: em 190 crianças nascidas de mães aos 35 anos, uma será acometida e 189
não serão. “As aneuploidias, em geral, são problemas graves e, por isso, a maioria das
gestações de fetos acometidos evoluem para perdas espontâneas. Uma das poucas exceções é
a trissomia do cromossomo 21 (ou síndrome de Down), mais frequentemente compatível com a
vida e, cada vez mais, com uma vida longeva. Falando em números, a chance aproximada de se
ter um filho portador da síndrome de Down é de 1 a cada 380 aos 35 anos e de 1 a cada 100 aos
40 anos”, alerta o médico.

3.2 ABORTO ESPONTÂNEO


Como citado anteriormente, a idade materna guarda relação direta com a chance de
concepção de um bebê portador de aneuploidia e, na maior parte das vezes, essa gravidez evolui
para o abortamento espontâneo. É uma ocorrência muito triste, mas, sem dúvida, uma
providência da natureza para que aquela pessoa não venha ao mundo com sua saúde
geneticamente comprometida. necessárias para qualidade de vida e saúde do mesmo. Além de
capacitar os outros profissionais da equipe de enfermagem.

3.3 COMPLICAÇÕES NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA MÃE


O aumento da mortalidade materna pode estar relacionado à presença de doenças
prévias à gravidez, mas, até então, sem importância clínica. Afinal, problemas como síndrome
metabólica, doenças cardiovasculares, renais e auto-imunes são observadas com maior
frequência entre as mulheres grávidas de maior idade. Pode-se ainda afirmar que, em mulheres
com idade avançada, principalmente depois dos 40, são mais freqüentes tanto o descolamento
prematuro da placenta normalmente inserida como a placenta prévia.

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A orientação para quem deseja engravidar a partir dos 50 anos é procurar o
acompanhamento do ginecologista, especialista em fertilidade um endocrinologista, pois é de
suma importância que as mulheres que optam por engravidar tenham acompanhamento médico
com orientações de bons hábitos de saúde e se já possuem doenças crônicas é essencial que
ela tenha o controle dessas doenças.

4 OS PRINCIPAIS CUIDADOS DA ENFERMAGEM AS MÃES DA GESTAÇÃO TARDIA


O enfermeiro é fundamental para criar estratégias que fortaleçam a gestante em idade
avançada frente a mudanças durante a gestação. A gravidez tardia, muitas das vezes se explica
por já ter maturidade para criação de um filho, assim, sentiam se mais preparadas para a
maternidade. É uma facilidade, pois, diferente da sua juventude, agora são mais responsáveis,
cuidam mias da saúde na gestação e aproveitam mais esse momento.
Os cuidados com a gestante englobam uma gama de práticas tipicamente associadas ao
Assistência De Enfermagem No Pré-Natal. A maioria das gestantes já planeja essa gravidez por
isso os cuidados partem de antes da gravidez, durante a gravidez e após a gravidez, com o
objetivo geral de manter a saúde ótima da mulher e sua família. Mais do que nunca, os
profissionais de enfermagem contribuem em quase todas as experiências de saúde. Por isso, é
de importância fundamental que o cuidado da equipe de saúde vá além das orientações,
sabendo que pode envolver família, favorecendo a construção da autonomia a promoção do
autocuidado como fator essencial para promoção a saúde, sendo o período gestacional um
período único na vida da mulher.
Os profissionais de saúde devem avaliar as gestantes, assim como determinar a conduta
necessária para cada caso. É papel do enfermeiro realizar as consultas de pré-natal na unidade
de saúde ou em visitas domiciliares iniciar o calendário precocemente preenchendo o cartão da
gestante e ficha de pré-natal adequadamente, orientar a ter no mínimo 6 consultas intercalando
com médico. Na anamnese deve-se pesquisar os principais componente: data precisa da última
menstruação, regularidade dos ciclos, uso de anticoncepcionais, intercorrências clínicas e/ou
cirúrgicas, particularidades detalhadas, histórico de hospitalizações anteriormente, uso contínuo
de medicamentos, história pregressa de doenças sexualmente transmissíveis, alergia
medicamentosa ou qualquer tipo de alergia, comorbidades prévias, histórico familiar se há
doenças crônicas e hereditárias, gemelaridade, fatores socioeconômicos, a prática sexual,
tabagismo, álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas, história infecciosa prévia, vacinações
prévias, história de violências, existência de vômitos e náuseas, dores abdominais cólicas,
cefaléia, corrimento vaginal, sangramentos, constipação, polaciúria, disúria e edema. É de
importância fundamental esclarecer todas as dúvidas para diminuir o atormentamento das
gestantes. Coletar história clínica, contendo identificação, antecedentes gerais, sexualidade.
Deve-se ter o cuidado redobrado com gestante em idade avançada por existir uma
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possibilidade maior de desenvolver doenças crônicas como hipertensão, sofrimento fetal, parto
por cesária entre outros. A própria existência e a qualificação de serviços de enfermagem de
atenção à gestação em idade avançada, no que diz respeito, aparenta estar incentivando
mulheres mais velhas a tomarem a decisão de engravidar.
Contudo, como há um crescimento de mulheres que passam por essa experiência de ser
mãe com idade avançada, de uma forma geral os profissionais de enfermagem passa a ser a
base do cuidado, a essência de cuidar vem do enfermeiro, reinventar um ato de cuidar traz
resultados positivos, fazer a diferença e criar experiências.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maternidade é, sem dúvidas, uma experiência emocionante e marcante na vida de
qualquer mulher, mas não é mais a sua prioridade. Por isso, planejam a sua gravidez para um
tempo mais adiante. Em relação a gravidez, por si só, traz algum risco para o binômio materno-
fetal. Em torno de 20% da população gestacional tem este risco aumentado por diversas
variáveis.
Na idade avançada, acima de 35 anos, já está bem estabelecido que há um risco
aumentado para anomalias cromossomiais, como a síndrome de Down, abortamentos
espontâneos por aneuploidias, maior prevalência do baixo peso ao nascer, sangramentos no 3º
trimestre, comprometimento da saúde materna por episódios hipertensivos (a prevalência da pré-
eclâmpsia dobra), complicações do diabete gestacional, patologias que elevam a
morbimortalidade materna e perinatal e a prevalência da cesariana.
Entretanto, apesar da presença destes fatores de risco, isso não significa que todas as
gestações estarão destinadas a terem problemas.
Um pré-natal realizado de forma correta, acompanhado de um enfermeiro dedicado a sua
profissão, com amor e responsabilidade naquilo que o faz, rastreando as doenças infecciosas,
avaliando a exposição à medicamentos e a condição nutricional (IMC, hábitos alimentares) irão
colaborar para uma gravidez segura.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GRAVIDEZ TARDIA. DRAUZIO. Disponível em < Gravidez tardia | Entrevista | Drauzio Varella -
Drauzio Varella (uol.com.br) >. Acesso em: 15 de maio de 2023.

GESTAÇÃO EM IDADE AVANÇADA E ACONSELHAMENTO GENÉTICO. SCIELO. Disponível


em < SciELO - Saúde Pública - Gestação em idade avançada e aconselhamento genético: um
estudo em torno das concepções de risco Gestação em idade avançada e aconselhamento
genético: um estudo em torno das concepções de risco (scielosp.org) l>. Acesso em: 15 de maio
de 2023.

OS DESAFIOS DA MATERNIDADE NA TERCEIRA IDADE. 2022. Disponível em < Os Desafios


da Maternidade na Terceira Idade – Guia do Bebê (guiadobebe.com.br) >. Acesso em: 15 maio
de 2023.

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