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Professora : Elaine Vergilio

Estudos Regionais Turma 8


Sousa Barros Enfermagem
28/03/2023
Alunas :
• Danielle T. Barcellos
• Renata Koppke Duque
• Maria Eduarda Soares Rodrigues
• Renata dos Santos Carvalho
• Alessandra Nogueira dos Santos Sá Passos

A Desigualdade Social e a Saúde.

A desigualdade social é um fator debilitante em qualquer


comunidade. E, assim como afeta o padrão de vida das pessoas e a
atenção dedicada aos cuidados mais básicos dos indivíduos, ocorre
uma disparidade na saúde que não pode ser ignorada.
Desigualdade social é a diferença econômica que existe entre
determinados grupos de pessoas dentro de uma mesma sociedade.

Isto se torna um problema para uma região ou país quando as


distância entre as rendas são muito grandes dando origem a fortes
disparidades.

Em tese, sempre haverá desigualdade social, pois é impossível que


cada um tenha exatamente as mesmas quantidades de bens
materiais.
Causas
Inúmeras são as causas que aumentam a distância entre ricos e
pobres. As mais comuns estão:

• Má distribuição de renda
• Má administração dos recursos
• Lógica de acumulação do mercado capitalista (consumo,
mais-valia)
• Falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e
educação
• Falta de oportunidades de trabalho
• Corrupção

A corrupção na saúde mata mais do que a pandemia


A corrupção no setor da saúde pode fazer a diferença entre a vida e
a morte. Trata-se de um problema global, que ameaça um direito
constitucional dos cidadãos, trazendo graves consequências ao
acesso com equidade, eficiência e qualidade aos serviços de saúde.
Imagine que nos 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores,
a Lava Jato identificou R$ 6.4 bilhões pagos em propinas, isto
significa R$ 1.4 milhões que deixaram de serem investidos ao dia no
sistema de saúde brasileiro, já tão precário e carente de recursos.
Quantas pessoas morreram ou deixaram de ser devidamente
atendidas em função da corrupção identificada neste período?
Esses sistemas são particularmente suscetíveis à corrupção devido
à grande complexidade de processos e volume de recursos, à
natureza fragmentada de informações, agentes, prestadores de
serviços, compradores e fornecedores do ramo. Some-se a isso, a
globalização da cadeia de suprimentos, medicamentos e dispositivos
médicos, bem como os processos pelos quais são aprovados,
negociados e distribuídos nos países de origem e destino.
No Brasil, por exemplo, onde a corrupção sistêmica é profundamente
enraizada, o direcionamento de maiores recursos para a área da
saúde não se traduz na melhoria da assistência e do atendimento
médico, laboratorial e hospitalar para os cidadãos, pois quanto
maiores as verbas sem controle adequado, governança, fiscalização,
transparência e rastreamento de recursos, maior é a incidência de
práticas ilícitas e improbidades.
Ilegalidades que, na prática, acontecem em todas as esferas de
relacionamento, envolvendo pacientes, médicos, funcionários do
sistema de saúde público e privado, planos de saúde, fornecedores,
prestadores de serviços e assim por diante. Todos contribuindo, em
maior ou menor grau, para a deterioração dos sistemas coletivos de
prestação dos serviços e para o aumento de custos no sistema,
inviabilizando a ampliação de atendimento médico a um maior
número de pessoas.
A falta de governança, integridade, ética e transparência na gestão
da saúde agrava o problema da desigualdade e da injustiça social, já
que, no Brasil, mais de 70% da população depende exclusivamente
do SUS (Sistema ùnico de Sáude) para o acesso a leitos e UTIs,
enquanto a taxa de recuperação da COVID-19 é 50% maior entre os
pacientes hospitalizados no setor privado.
Portanto, o combate à corrupção na saúde é essencial para que
possamos reagir com eficácia a ameaças futuras, oferecendo
informações e acesso à prevenção e tratamento de doenças
crônicas, contagiosas e de outra sorte.
Sem investimento em políticas públicas que promovam a garantia
dos direitos constitucionais quanto ao bem estar e à saúde da
população, e sem instrumentos efetivos de controle e fiscalização
dos recursos públicos, todos nós, cidadãos de bem e direito,
pagaremos o alto preço da corrupção desenfreada e escancarada na
saúde, que pode chegar a patamares inestimáveis, como a perda de
um ente querido ou da nossa própria vida.

As operações e os respectivos danos estimados aos cofres públicos:

1. Fatura Exposta (2017): R$ 16,2 milhões


2. Ressonância (2018): R$ 1 bilhão
3. SOS (2018): R$ 74 milhões
4. Favorito (2020): R$ 647,1 milhões
5. Dardanários (2020): R$ 12 milhões
6. Tris in Idem (2020): R$ 50 milhões
Consequências

Se um país não consegue atender as necessidades básicas de


grande parte de seus cidadãos, tampouco irá prosperar de forma
equitativa.

Umas das consequências mais graves são a pobreza, a miséria e a


favelização. Ademais, a desigualdade social traz:

• Fome, desnutrição e mortalidade infantil

O acesso à saúde é um problema que afeta não apenas os países


em desenvolvimento, mas nações tidas como superpotências. É o
caso dos EUA, que já vem relatando estudos cujos prejuízos são
calculados aos montes em decorrência da desigualdade social.

No Brasil não é diferente. O baixo investimento — apenas 10,7% do


orçamento total dos governos — no setor é um grande contraste
com a necessidade de uso do sistema público de saúde do país, o
SUS.

Pesquisa aponta que sete em cada dez brasileiros usam o SUS,


e o país ainda acumula uma carência com cerca de 30
milhões de pessoas sem acesso à saúde
O que é a disparidade na saúde?

O conceito está atrelado às diferenças sociais que dificultam o


acesso à saúde para grupos que convivem em um mesmo meio. A
disparidade pode ocorrer dentro de diversos fatores, como:

• raça/etnia;
• status socioeconômico;
• idade;
• local de residência;
• gênero;
• características físicas;
• orientação sexual.
Imagens do Hospital Israelita Albert Sabin
Durante a pandemia de Covid-19, não faltaram relatos e reportagens
que mostravam como determinados grupos populacionais
vivenciaram este período com mais dificuldades do que outros. O
desemprego, a fome, bem como as dificuldades de acesso às
máscaras, álcool gel e até a água atingiram fortemente comunidades
vulnerabilizadas. Diante deste contexto, pesquisadores do Centro de
Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz
Bahia) construíram um índice que mede os efeitos das desigualdades
sociais em saúde na pandemia no Brasil e descobriram que o abismo
entre as regiões Norte-Nordeste e Sul-Sudeste se aprofundou neste
período.

Região Norte concentrou maior proporção de municípios nas piores situações de


desigualdades
Municípios da Região Centro-Oeste apresentam diferentes níveis de desigualdade
A pandemia piorou a situação das desigualdades e dos direitos humanos”
Região Sul tem melhora na situação desigualdades sociais em saúde
Correção de Redação Enen

A saúde pública no Brasil, como sabemos, é muito completa e


alcançou resultados bastante positivos desde que o Sistema Único
de Saúde foi criado, porém enfrenta inúmeras dificuldades,
comprometendo a qualidade do atendimento à população. Além
disso, em um país de dimensões continentais e tão heterogêneo, a
saúde, assim como outros aspectos (educação, segurança) é
bastante discrepante no território
A saúde no Brasil se divide hoje em pública e suplementar. A saúde
pública está estruturada dentro do Sistema Único de Saúde, mais
conhecido como SUS, já a saúde suplementar é a saúde privada, que
compreende os planos de saúde. Atualmente, 75% dos brasileiros
dependem exclusivamente do SUS, o restante da população utiliza a
saúde privada.
Mesmo que algum cidadão opte por utilizar a saúde privada e adquira
um plano de saúde, seja individualmente ou por convênio da
empresa em que trabalha, ele não perde o direito de utilizar o SUS.
Afinal, um de seus princípios é a universalidade, que significa que
todos os brasileiros têm direito aos serviços de saúde.
É interessante notar a discrepância dos valores investidos nesses
dois casos. Em uma de suas palestras, Drauzio Varella mostra que o
SUS investe cerca de R$ 103 bilhões por ano e atende 75% da
população brasileira, já a saúde suplementar, que atende apenas
25% dos cidadãos, investe R$ 90,5 bilhões. Isso quer dizer que os
gastos por paciente são, em média, três vezes mais altos na saúde
suplementar do que na saúde pública.
Informação e políticas públicas
contra a desigualdade racial na
saúde
Subnotificação é obstáculo para desenvolvimento de ações
voltadas à população negra

Popularmente conhecido como o mês da Consciência Negra, data


comemorada no dia 20, novembro também é o mês do Dia Nacional
de Combate ao Racismo, dia 18. A população negra, soma de pretos
e pardos, representa 53% do total da população do Estado. São mais
de 9 milhões de habitantes negros, pessoas que devem ser
contempladas pela Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra (PNSIPN), que estabelece princípios, diretrizes e estratégias
voltadas à melhoria das condições de saúde desse grupo da
sociedade.

Afinal, além de estar na base das estruturas de problemas sociais e


econômicos, o racismo também afeta a saúde, gerando agravos
como estresse pós-traumático, hipertensão, problemas no coração e
depressão. Para que essa política funcione de modo adequado, é
necessário que os profissionais tenham acesso ao máximo de
informação possível. Um obstáculo que persiste neste caso é a
subnotificação. Apesar de a Portaria nº 344 de 2017 do Ministério da
Saúde tornar obrigatória a coleta do quesito cor e o preenchimento
do campo denominado raça/cor respeitando o critério de
autodeclaração do usuário de saúde, 31% dos registros de raça/cor
nas unidades de saúde tem sido ignorado ou deixado em branco,
dificultando o trabalho para a melhoria dos serviços.
Fontes :
Nexxto.com / www.bahia.fiocruz / G1/ todamatéria.com /
jornalempresasenegocios.

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