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Precariado é uma neologia que parte da combinação do adjetivo "precário" com o substantivo
"proletariado", composta por grupos socioeconômicos distintos, que não tem estabilidade no
mercado de trabalho e troca de emprego com grande frequência, sem vínculos empregatício,
sem segurança, garantias e perspectiva de permanência. Já o termo "austeridade" indica uma
política de redução considerável nos déficits do governo e de estabilização de sua dívida,
alcançadas por meio de cortes de gastos ou aumento de impostos, ou ambos. O precariado não
possui uma garantia no emprego, é uma classe que está sempre em mudança e com isso acaba
não tendo vínculos e garantia, consequentemente é uma classe que depende do sistema único
de saúde de forma direta e enquanto isso a austeridade vem com o aumento de impostos e
cortando gastos com aquilo que tem serventia para essa população, como o sus, farmácia
popular, entre outros benefícios.
Diante dos cortes promovidos por essa austeridade o principal impacto é na saúde, onde os
únicos que terão pleno acesso à esse bem serão aqueles com condições de pagar, enquanto isso
grande parte da população que depende de uma saúde pública de qualidade, como o sistema
único de saúde por exemplo, ficará a mercê, pois se tratando de cortes esse é o lugar mais
atingido. Olhando de fora talvez não seja tão perceptível, porém quando se trato dados
conseguimos ver que mesmo estes cortes sendo feitos "aos poucos" o impacto na população
em geral é bem grande.
O aumento de casos de suicídio no Reino Unido nos anos posteriores a crises econômicas, tendo
um maior impacto em homens de 20 a 59 anos.
No Brasil ainda não há dados que avaliem os efeitos da austeridade no país, até porque estes
estão sendo sentidos mais recentemente.
O Brasil é um país de extremos, pesquisas indicam que a austeridade vem mudando a cultura
política do mesmo e isso vem refletindo na população, não apenas dos mais pobre, mas também
da classe média que ganha a vida dependendo de um emprego. A austeridade é algo que
beneficia apenas os políticos, enquanto isso a população vem sofrendo tanto na área
econômica, quanto na área da educação trazendo a tona aquele conhecido ditado onde os ricos
ficarão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
B) Sobre a entrevista dada por Eugênio Vilaça Mendes intitulada “25 anos do Sistema Único
de Saúde: resultados e desafios”, responda o que se pede:
1. Qual análise é feita sobre como e quantos são os brasileiros que acessam o SUS?
O nosso sistema público de saúde tem uma dimensão verdadeiramente universal quando cobre
indistintamente todos os brasileiros com serviços de vigilância sanitária de alimentos e de
medicamentos, de vigilância epidemiológica, de sangue, de transplantes de órgãos e outros. No
campo restrito da assistência à saúde ele é responsável exclusivo por 140 milhões de pessoas,
já que 48 milhões de brasileiros recorrem ao sistema de saúde suplementar, muitos deles
acessando concomitantemente o SUS em circunstâncias em que o sistema privado apresenta
limites de cobertura.
Antes do SUS vigia um Tratado das Tordesilhas da saúde que separava quem portava a
carteirinha do Inamps e que tinha acesso a uma assistência curativa razoável das grandes
maiorias que eram atendidas por uma medicina simplificada na atenção primária à saúde e como
indigentes na atenção hospitalar
3. Qual o percentual de gasto público em saúde no Brasil? Como isso reflete na real
universalização do SUS?
No Brasil, o gasto público como porcentual do gasto total em saúde é de, apenas, 47%, inferior
aos 53% que constituem o porcentual de gastos privados em saúde. Estima-se que seria
necessário quase dobrar o orçamento do Ministério da Saúde para chegar-se a uma relação que
torne viável a universalização da saúde. Por isso, não há que ter muita esperança para a solução
desse problema nesta década e, como consequência, o gasto público deverá permanecer em
valores próximos a 50% dos gastos totais em saúde, o que manterá a segmentação do sistema
de saúde
4. O que se estima sobre o faturamento per capita do sistema de saúde suplementar no Brasil?
Estima-se que o faturamento per capita do sistema de saúde suplementar brasileiro é três vezes
superior aos gastos per capita do SUS.
5. Por que especializar o SUS em um sistema de saúde singular para os pobres (focalização)
não tende a melhorar a qualidade do sistema?
Com a estrutura vigente de gastos públicos em saúde não se pode pretender consolidar o SUS
como direito de todos e dever do Estado. Essa é a razão fundante da segmentação do sistema
de saúde brasileiro que poderá fazer de nosso sistema público de saúde, no longo prazo, um
sistema de assistência à saúde para as classes mais baixas e um resseguro para procedimentos
de alto custo para as classes médias e para os ricos. Os gastos públicos em saúde em nosso país
são muito baixos quando comparados com outros países em dólares americanos com paridade
de poder de compra.