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A) SOBRE A NOTÍCIA VEICULADA NA RADIS COMUNICAÇÃO E SAÚDE EM FEVEREIRO DE 2018

QUE TRATA SOBRE A AUSTERIDADE EM SAÚDE, RESPONDA O QUE SE PEDE:

1. O que significa o neologismo “precariado”? O que significa austeridade? Qual a relação


entre estes dois termos?

Precariado é uma neologia que parte da combinação do adjetivo "precário" com o substantivo
"proletariado", composta por grupos socioeconômicos distintos, que não tem estabilidade no
mercado de trabalho e troca de emprego com grande frequência, sem vínculos empregatício,
sem segurança, garantias e perspectiva de permanência. Já o termo "austeridade" indica uma
política de redução considerável nos déficits do governo e de estabilização de sua dívida,
alcançadas por meio de cortes de gastos ou aumento de impostos, ou ambos. O precariado não
possui uma garantia no emprego, é uma classe que está sempre em mudança e com isso acaba
não tendo vínculos e garantia, consequentemente é uma classe que depende do sistema único
de saúde de forma direta e enquanto isso a austeridade vem com o aumento de impostos e
cortando gastos com aquilo que tem serventia para essa população, como o sus, farmácia
popular, entre outros benefícios.

2. O que o texto diz sobre os estudos epidemiológicos avaliando a situação de saúde em


momentos históricos de crise econômica?

Diante dos cortes promovidos por essa austeridade o principal impacto é na saúde, onde os
únicos que terão pleno acesso à esse bem serão aqueles com condições de pagar, enquanto isso
grande parte da população que depende de uma saúde pública de qualidade, como o sistema
único de saúde por exemplo, ficará a mercê, pois se tratando de cortes esse é o lugar mais
atingido. Olhando de fora talvez não seja tão perceptível, porém quando se trato dados
conseguimos ver que mesmo estes cortes sendo feitos "aos poucos" o impacto na população
em geral é bem grande.

3. O que a Associação Britânica de Medicina descobriu nos anos de 2015 e 2016?

O aumento de casos de suicídio no Reino Unido nos anos posteriores a crises econômicas, tendo
um maior impacto em homens de 20 a 59 anos.

4. Os efeitos da austeridade já foram avaliados na saúde dos brasileiros? É possível reconhecer


exemplos de iniquidades em saúde que se relacionam com aspectos econômicos? Dê
exemplos.

No Brasil ainda não há dados que avaliem os efeitos da austeridade no país, até porque estes
estão sendo sentidos mais recentemente.

5. O que seria a “falácia da austeridade”?

O Brasil é um país de extremos, pesquisas indicam que a austeridade vem mudando a cultura
política do mesmo e isso vem refletindo na população, não apenas dos mais pobre, mas também
da classe média que ganha a vida dependendo de um emprego. A austeridade é algo que
beneficia apenas os políticos, enquanto isso a população vem sofrendo tanto na área
econômica, quanto na área da educação trazendo a tona aquele conhecido ditado onde os ricos
ficarão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

6. Qual a importância da “voz dos epidemiologistas”?


Os epidemiologistas exercem um grande papel nessa situação, principalmente o de alerta pois
como se trata de algo novo em nosso país as mudanças acontecem de forma gradual, e através
de dados isso acaba mais visível aos olhos da população.

7. O que seria o “universalismo básico”?

Seria o direito universal a saúde e ao acesso à serviços de saúde de qualidade conforme


necessidades, sem privatização. Saúde boa e de fácil acesso a população.

B) Sobre a entrevista dada por Eugênio Vilaça Mendes intitulada “25 anos do Sistema Único
de Saúde: resultados e desafios”, responda o que se pede:

1. Qual análise é feita sobre como e quantos são os brasileiros que acessam o SUS?

O nosso sistema público de saúde tem uma dimensão verdadeiramente universal quando cobre
indistintamente todos os brasileiros com serviços de vigilância sanitária de alimentos e de
medicamentos, de vigilância epidemiológica, de sangue, de transplantes de órgãos e outros. No
campo restrito da assistência à saúde ele é responsável exclusivo por 140 milhões de pessoas,
já que 48 milhões de brasileiros recorrem ao sistema de saúde suplementar, muitos deles
acessando concomitantemente o SUS em circunstâncias em que o sistema privado apresenta
limites de cobertura.

2. O que significa dizer “Tratado de Tordesilhas da saúde”?

Antes do SUS vigia um Tratado das Tordesilhas da saúde que separava quem portava a
carteirinha do Inamps e que tinha acesso a uma assistência curativa razoável das grandes
maiorias que eram atendidas por uma medicina simplificada na atenção primária à saúde e como
indigentes na atenção hospitalar

3. Qual o percentual de gasto público em saúde no Brasil? Como isso reflete na real
universalização do SUS?

No Brasil, o gasto público como porcentual do gasto total em saúde é de, apenas, 47%, inferior
aos 53% que constituem o porcentual de gastos privados em saúde. Estima-se que seria
necessário quase dobrar o orçamento do Ministério da Saúde para chegar-se a uma relação que
torne viável a universalização da saúde. Por isso, não há que ter muita esperança para a solução
desse problema nesta década e, como consequência, o gasto público deverá permanecer em
valores próximos a 50% dos gastos totais em saúde, o que manterá a segmentação do sistema
de saúde

4. O que se estima sobre o faturamento per capita do sistema de saúde suplementar no Brasil?

Estima-se que o faturamento per capita do sistema de saúde suplementar brasileiro é três vezes
superior aos gastos per capita do SUS.

5. Por que especializar o SUS em um sistema de saúde singular para os pobres (focalização)
não tende a melhorar a qualidade do sistema?

Com a estrutura vigente de gastos públicos em saúde não se pode pretender consolidar o SUS
como direito de todos e dever do Estado. Essa é a razão fundante da segmentação do sistema
de saúde brasileiro que poderá fazer de nosso sistema público de saúde, no longo prazo, um
sistema de assistência à saúde para as classes mais baixas e um resseguro para procedimentos
de alto custo para as classes médias e para os ricos. Os gastos públicos em saúde em nosso país
são muito baixos quando comparados com outros países em dólares americanos com paridade
de poder de compra.

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