Trabalho do 1º Bimestre da matéria de Sociologia do Direito e
Criminologia
A hegemonia da classe dominante, gera atritos e preferencias que
tendem a beneficiar a classe que as pessoas influentes estão. Se negligencia a classe que necessita de mudança, no caso em questão, a das domesticas e consequentemente das diaristas, que cumprem papel parecido, porém, com menos apreço devido ao fato de não estarem constantemente com a família contratante, se negligencia direitos, utilizando do fato infundado que já foi utilizado em outros debates, que a classe sofreria com a mudança, o que mais se ouve, é que a classe de depararia com falta de emprego, porque na concepção deles, o empregador não teria como pagar os novos direitos, argumento esse, que além de ser inumano, pois, desconsidera o valor do empregado e seu trabalho árduo, é errôneo, pois, se o empregador não possui condições de pagar o empregado, significa que o trabalho realizado por tal, talvez, não seja bem remunerado, claro, que esse argumento já é difundido e comprovado, tal que esse vínculo empregatício é quase considerado um trabalho escravo, pois, se assemelha ao que existia no passado. Toda mudança trabalhista, no caso a das domesticas, se baseia na necessidade delas e da falta de direitos que tais empregados sofrem, devemos considerar que tal trabalho é difícil de se analisar, pois, em diversos casos, a doméstica mora com a família, mas, angariar direitos para tais pessoas é necessário a muito tempo, dizer que o empregado faz “parte da família” não significa que ele deixou de ser empregado e não necessita mais da CLT. Na situação que nos encontramos, voltamos a ideia de Gramsci, em uma breve analise, podemos ver que, é muito difícil tentar alterar o pensamento de quem está no domínio, temos que lembrar, que o conjunto de ideias da classe dominante altera toda a relação entre as outras classes, e que o governo é o resultado das ideias de tal, as estruturas ideológicas e jurídico-políticas são baseadas nos governantes esses que quase todos são e sempre foram da classe mais privilegiada, tentar dizer para as classes mais abastadas que os vínculos empregatícios, que normalmente apenas elas possuem, com as empregadas é desumano, é pedir para entrar em um debate longo e cheio de desculpas, devido a hegemonia que elas possuem, apenas quem está na pele consegue descrever as faltas e necessidades de tais pessoas.
Toda dominação da classe dominante sobre os dominados, ou mais
radicalmente, explorados, não vem apenas do poder que a tais pessoas é delegado, na atualidade, a dominação ocorre de uma forma sutil, Gramsci a denomina como “Revolução passiva”. Neste conceito, a classe dominante utiliza do convencimento para se manter no “poder”, e toda a dominação vem de estruturas sociais conhecidas por todos, a escola, a família, a igreja, são todos meios utilizados para a dominação social, desde a infância somos guiados a concordar com quem planeja a sociedade e tem influência sobre esses meios e estruturas sociais. No contexto jurídico brasileiro, a “Revolução passiva” é a técnica que a burguesia adota quando sua hegemonia está enfraquecida, e é assim que a dominação continua ao passar dos anos, impedindo que a massa dominada crie potenciais mudanças drásticas nos modos em que tais massas são “administradas”, no caso a alteração nos direitos de quem necessita.