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Texto de posicionamento

Após a era da Teoria Clássica que tinha uma abordagem de princípios rígidos
e mecanicistas, novos autores a partir dos experimentos de Hawthorne mostraram
que a relação entre as variáveis “satisfação das necessidades psicossociais dos
empregados” e “aumento da produtividade” não era tão direta. Foi aí então que a ideia
de que o ser humano é previsível em suas ações finalmente estava contraposta, e
começaram os questionamentos sobre quais fatores realmente poderiam impactar em
um aumento de produtividade.
Alguns autores questionaram a adoção do trabalho em equipe ou da
participação como forma de melhorar a produtividade. Dependendo do tipo de
trabalho, e das condições envolvidas. Por isso, ao invés de generalizar o
comportamento humano nas organizações a estímulos econômicos, o que estava
sendo proposto era a adoção do trabalho em equipe, ou da participação como formas
melhorar a produtividade. O trabalho em equipe, contrapõe a ideia do trabalho
mecanicista, e explorava o lado social das pessoas, ajudando-as a se sentirem
confortáveis no ambiente de trabalho e consequentemente essa sensação de conforto
lhe fará produzir mais.
O ser humano é complexo, e cada um tem suas atitudes baseadas em suas
experiências vividas, culturas, entre outras as diferem uns dos outros. Essa
individualidade não permite o uso de generalizações ou padronizações, mas pode-se
aproveitar de estímulos sociais saudáveis na organização e de boas condições de
trabalho, para lhe manter longe de um excesso de stress, contudo, um ponto em
comum que a Escola de Relações Humanas tem com a Teoria Clássica, é que o ser
humano é um ser passivo, e que reage de forma padronizada aos estímulos aos quais
é submetido na organização. O que mostra que mesmo estando a frente das ideias
da Teoria Clássica, ainda não compreendiam totalmente o homem e sua complexidade
das ações.
Burocracia é poder, controle e alienação. Ela é uma estrutura social na qual a
direção das atividades coletivas fica a cargo de um aparelho impessoal
hierarquicamente organizado, que deve agir segundo critérios impessoais e métodos
racionais. Ou seja, esse aparelho deve agir em prol do bem comum, e estes são
escolhidos por regras que o próprio grupo adota e aplica.
Na sociedade moderna, as organizações burocráticas são submetidas a outra
grande organização burocrática, o estado. E essas organizações estão sujeitas ao seu
controle e administração. O estado tem aumentado seu papel de controle sobre as
organizações e das pessoas na sociedade, e tal feito pode em medida demasiada
dificultar o desenvolvimento destas, ou pelo menos atrasar, na medida em que os
mesmos deixam de ter a autonomia que lhes é necessária. Em contrapartida, é
importante o papel de organizar e administrar de forma que as organizações e
pessoas sejam beneficiados e possa proporcionar uma evolução social, mesmo que
a longo prazo. Um exemplo disso foi a transformação da maioria da população em
assalariada, que aumentou a empregabilidade, movimentou a economia e possibilitou
maior poder de compra das pessoas. Portanto, o processo de burocratização é
universal, e está presente em países capitalistas e nos ditos socialmente socialistas
também.
Max Weber afirma que o estado dispõe do monopólio da violência e esse
monopólio se traduz em dois direitos e poderes básicos: legislar e cobrar impostos. O
papel do estado é de extrema importância e complexidade, e suas medidas afetam
positivamente ou negativamente as organizações e pessoas quando lhe são impostas.
Weber define esse poder como sendo a possibilidade de alguém ou algum grupo
impor seu arbitro sobre o comportamento de outro. Ele entendeu que existem três
tipos de dominação conforme sua legitimação: dominação tradicional; onde a
legitimação vem da crença na justiça, e a maneira pela qual os antepassados
resolveram os seus problemas; dominação carismática, que vem do carisma, ou seja,
na crença em qualidade excepcional de alguém; e dominação legal que provém da
justiça da lei, e crê que elas são decretadas por procedimentos corretos.

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