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O Poder Político, Ideológico e Econômico

O poder político está atrelado tanto ao conceito de poder social que envolve as relações humanas em sociedade quanto a
função de mediação de conflitos político. Isso, no entanto, está inserido em um contexto específico no estado moderno:
o monopólio do uso da força de maneira concisa, isso quer dizer que o poder político do estado moderno sustentas em
domínio exclusivo do uso da violência de forma legítima, o que, em contrapartida, não quer dizer que o poder político
configura-se pela utilização da violência, mas sim pela utilização dessa força como forma coativa.
Em outras palavras o poder político configura-se pela utilização da violência, mas sim pela utilização dessa força como
forma coativa. Em outras palavras o poder político configura-se pela exclusividade do uso da força em relação ao
conjunto de grupos que formam o mesmo contexto social.
O poder ideológico consiste na capacidade de exercer domínio e controle. É a possibilidadede agir e produzir os efeitos
desajeitados sobre indivíduos ou grupos humanos. É relação que possui a força e os mecanismos de dominação e aquele
sobre o qual é exercido.
O modelo econômico que é o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerado como tais , numa situação
de necessidade para controlar aqueles que não possuem..
Conceito também na realização de um certo tipo de trabalho.A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder
para aqueles que não tem: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibidade dos
meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário . Quem possui abundância de
bens é capaz de determinar o comportamento de quem não tem pela promessa e concessão de vantagens.

Poder
O poder acompanha a sociedade desde o seu surgimento. Diferentes teorias surgiram entre filósofos e sociólogos para
explicar esse fenômeno que acompanha a humanidade.

"A palavra poder vem do latim potere, e seu significado remete-nos à posse de capacidade ou faculdade de fazer algo,
bem como à posse do mando e da imposição da vontade. A sociologia e a filosofia discutem formas e teorias sobre o
poder, apresentando distintas definições, ao longo de séculos, de acordo com o cenário histórico, político e social de
cada época."

"O que é poder?


Para além de ter a autoridade, o comando ou simplesmente a faculdade de ser capaz de algo, por atributos físicos ou
intelectuais, o poder é uma força que permeia as relações sociais desde o início da sociedade humana. O poder expressa-
se pelo embate de forças, mas, antes disso, ele existe em si enquanto uma força." MICHEL FOUCAULT"Diante de
tantas épocas históricas que encararam o poder de diferentes maneiras, vários pensadores desenvolveram diversas
teorias sobre o assunto. Nesse sentido, talvez a teoria mais complexa e que explique de maneira mais minuciosa a época
contemporânea seja a do filósofo francês Michel Foucault, que entendeu que a sociedade é um complexo de
microrrelações de poderes disciplinares que visam controlar os corpos das pessoas via imposição da disciplina.

Teorias do poder
Para o sociólogo alemão Max Weber, poder é a imposição da vontade de uma pessoa ou instituição sobre os indivíduos.
Essa imposição é direta e deliberada e pode ter aceitação como força de ordem ou não. Quando as pessoas submetidas
ao poder de alguém aceitam a ordem, há uma transição de forças do âmbito do poder para o âmbito da dominação, ou
seja, a pessoa que aceita a imposição de ordem submete-se à autoridade da outra.

Para o filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx, o poder reside naquele que possui os meios materiais de
produção de capital, o que, em sua época, eram as fábricas e as terras. Por meio da posse dos meios de produção, o
proprietário submete seus empregados ao seu poder. Isso, para Marx, causa injustiças sociais, pois o patrão apropria-se
do trabalho de seu empregado para obter o capital todo para si.

A proposta de Marx seria uma revolta do proletariado contra a burguesia que tomaria os meios de produção,
distribuindo-os aos trabalhadores e dissolvendo o poder entre a população. No entanto, haveria a necessidade.
"Para o sociólogo francês Pierre Bourdieu, o poder é compreendido em uma esfera social e coletiva permeada pelo o
que ele chamou de habitus. O habitus é um conjunto de valores, normas, regras, gostos e elementos culturais, como
religião, arte etc., que moldam a sociedade e têm a capacidade de juntar e de separar as pessoas. O habitus é
completamente inconsciente, e a sua assimilação dá-se por meio das representações culturais a que somos submetidos e
da interiorização e imitação dessas representações.

Para Bourdieu, há um poder por trás disso tudo que faz com que as pessoas, inconscientemente, busquem consumir,
gostar, adequar-se a certos elementos em detrimento de outros. O comando coletivo e inconsciente dessas preferências
confere a certos atores um poder econômico ou social, no sentido em que criam representações simbólicas a serem
seguidas por outras pessoas.

Michel Foucault, filósofo francês contemporâneo, fez em sua obra uma minuciosa análise do poder e chegou à
conclusão de que o poder na contemporaneidade não se encontra centralizado, mas dissolvido na sociedade. Segundo
Foucault, houve um marco na sociedade que foi a Revolução Industrial e o advento do capitalismo liberal. Antes desses
eventos, as antigas monarquias concentravam o poder nas mãos do rei, o que nos leva à ideia de um poder que Foucault
denominou macrofísico, aquele que é grande e concentrado.

Após o nascimento do capitalismo industrial liberal, o poder passou a dissolver-se em várias instituições de controle
diferentes. Se antes o controle era instituído pelo rei, agora ele é feito pela escola, pela indústria, pelos quartéis, pelas
prisões, pelos hospitais e pelos hospícios.

Todas essas instituições são casas de confinamento que moldam o comportamento dos indivíduos (escola e quartel),
controlam-nos para que sejam produtivos (fábrica), e corrigem aqueles que não se enquadram às normas sociais (cadeia
e hospício) ou cujos corpos não aguentam a alta produção devido a doenças (hospitais).

"Formas de poder
Para o filósofo italiano contemporâneo Norberto Bobbio, existem formas de poder que classificam os diferentes meios
de obtê-lo e exercê-lo na sociedade. Partindo de uma leitura do cenário político com inspirações marxistas, Bobbio
identificou três formas de poder. São elas:

Poder econômico: exercido por quem tem posse dos bens materiais e do dinheiro. É essa forma de poder que faz com
que as pessoas que não têm posse dos recursos mantenham certo comportamento e sujeitem-se a certos tipos de
trabalho. É o poder econômico que mantém o funcionamento do sistema capitalista e que faz com que os trabalhadores
sujeitem-se ao poder do patrão.
Poder ideológico: exercido por quem tem a capacidade de criar ideias e ideologias e, com isso, influenciar os outros.
Esse tipo de poder mantém toda uma estrutura social em pleno funcionamento, pois faz com que os sujeitados aceitem o
poder contra eles investido.
Poder político: poder oficial que controla o Estado e detém o direito de uso da força física contra os membros de uma
comunidade política. O poder político é legítimo, desde que vise alcançar os fins de uma comunidade política.
Normalmente, essas três formas de poder são exercidas pelos mesmos grupos dentro de uma sociedade, sendo que o
poder burocrático estatal tende a ser controlado por quem tem o poder econômico e o poder ideológico."

"Poder social
Hoje denominamos poder social a capacidade que certos indivíduos têm de influenciar a sociedade, por meio do
discurso, de seu carisma ou pela posse de meios que permitam a grande difusão de suas ideias. Nesse sentido, detém
poder social aquele que consegue mobilizar a sociedade ou grupos sociais em torno de um projeto comum,
influenciando a formação de ideias e opiniões.

Exemplos de poder
Na teoria foucaultiana, podemos tomar como exemplo de poder o controle disciplinar exercido por relações sociais
microfísicas dentro de instituições de confinamento. São exemplos dessas relações: a relação entre aluno e professor,
patrão e empregado, paciente e médico ou prisioneiro e carcereiro.

Para Bobbio, o poder econômico pode ser exemplificado pela relação entre o patrão e o empregado; o poder ideológico,
pela relação entre a mídia (meios de comunicação) e as pessoas; e o poder político, pela relação entre os atores políticos
(governantes) e os cidadãos. "

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