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REVISÃO FILOSOFIA

EQUIPE CANAÃ
ÉTICA E CIDADANIA – CONCEPÇÕES
ÉTICAS – Aristóteles, Kant e Foucault
 Aristóteles
 Entendia que o ser humano busca a felicidade, que consiste não
nos prazeres nem na riqueza, e sim na vida teórica e
contemplativa cuja a realização coincide com o
desenvolvimento da racionalidade.
 Teleologia: defende que o comportamento ético deve ser
avaliado em função dos seus fins
 Os tipos de saberes práticos – (práxis ou técnico)
 Práxis – o agente, a ação e a finalidade são inseparáveis ou
idênticos
 Técnica – finalidade da fabricação de alguma coisa diferente
do agente
 A ética da eudaimônia de Aristóteles
 A ética seria concebida como educação do caráter do sujeito moral para
dominar racionalmente impulsos, apetites e desejos, orientando a vontade rumo
ao bem e a felicidade.
 Observe que a palavra ética tem sua raiz grega – ethiké e ethos - que significam
hábito.
 “A virtude é um hábito”
 A virtude, que segundo Aristóteles, é o que vai garantir ao homem a felicidade,
é “o hábito que torna o homem bom e lhe permite cumprir bem a sua tarefa”, a
virtude é “racional, conforme e constante”. (ARISTÓTELES, 2001)
 Existem, pois, três tipos de justiça na Cidade: a distributiva, referente aos bens
econômicos; a participativa, referente ao poder político; a corretiva referente a
função corretiva nas relações entre as pessoas
 A Ética de Immanuel Kant (1724 -1804) constitui uma notável
expressão do pensamento ético moderno. Kant mostrou uma
grande preocupação pelos assuntos morais.
 Com Immanuel Kant enfrentamo-nos a um dos filósofos
ocidentais mais importantes.
 Em seus livros “Crítica da razão prática” e “Metafisica dos
costumes” defende conceitos importantes para a filosofia
moderna.
 Em “Crítica da razão prática” Kant defende que apenas a
natureza age conforme suas leis e o homem age conforme seus
1724 - 1804
princípios que requer o exercício da escolha e
Prússia
consequentemente a manifestação da vontade
 Princípio - termo de origem latina que significa inicio,
fundamento. É a regra primordial da conduta humana.
 O homem para agir racionalmente necessita de princípios desta
forma a vontade seria a razão prática
 A ação moral é autônoma pois o ser humano é  Moralidade e Racionalidade são categóricas
o único a se determinar segundo leis que a – as exigências para sermos morais e
própria razão estabelece. Ele não aceita como racionais não muda de acordo com nossos
fim (finalidade) do ato moral a felicidade, o desejos
prazer, o interesse por serem formas subjetivas e
relativas.  O imperativo – seria o princípio moral que
manifesta-se por uma ordem que agregada
 Para Kant a obediência a lei e voltada apenas a valores morais racionalmente concebidos
para a realização do dever. manifesta-se numa máxima, exprimida pelo
verbo dever, daí a definição da ética
 Autonomia – condição segundo a qual o dever Kantiana como a ética do dever ou
é livremente assumido pelo sujeito capaz de se deontológica.
autodeterminar
 Os dois tipos de imperativos:
 Heteronomia – condição segundo a qual o
dever é assumido motivado por fatores externos  Imperativo categórico – dever interior, ação
a vontade do sujeito boa em si mesma, visa o dever ou a lei moral
interior, pode ser universalizada. A harmonia
 Kant afirma que os princípios morais podem ser da ação moral do homem com o dever
derivados apenas da razão prática (que (razão) promoveriam a autonomia do
pertence a ação e a moralidade) indivíduo, sua liberdade.
 A moral seria universal – um conjunto de regras  Imperativo hipotético – ações que tem por
que são as mesmas para todos. motivação uma pressão externa de uma
 A razão também é universal – a mesma em pena ou de um prazer caracterizando a
todos os seres humanos condição de heteronomia (dever assumido
por fatores externos a vontade do indivíduo)
Michel Foucault – poder e
1926-1984
França

controle social
 O poder não se estabelece apenas como um
mecanismo de força – ou seja de cima para
baixo – mas o poder se estabelece a partir de
micro relações de poder que permeiam toda a
 Suas teorias abordam a relação sociedade.
entre poder e conhecimento e como eles são
 Família, escola, hospitais, prisões, sexualidade
usados como uma forma de controle social por
meio de instituições sociais.  Michel Foucault ao estudar as prisões observou
o Pan óptico – idealizada por Jeremy Bentham
 Foucault é conhecido pelas suas críticas às
instituições sociais, especialmente à psiquiatria,  Foucault utilizaria o termo "pan-óptico" em sua
à medicina, às prisões, e por suas ideias sobre a obra Vigiar e Punir (1975), para tratar da
evolução da história da sexualidade, suas sociedade disciplinar. Desde então e até o início
teorias gerais relativas à energia e à complexa do século XXI, novas tecnologias de
relação entre poder e conhecimento, bem comunicação e informação permitiriam novas
como por estudar a expressão do discurso em formas de vigilância, por vezes dissimuladas, a
relação à história do pensamento ocidental ponto de não serem facilmente percebidas
pelos indivíduos, ou naturalizadas.
 O pan óptico – é um poder sutil
 “sorria você está sendo filmado”
 Na sociedade existem diversos mecanismos de imposição de
poder que se encontram subjacentes na prática de controle
social por meio da observação contínua dos indivíduos (Vigiar e
punir, p. 127).
 Esse sistema coercitivo de fiscalização social pelo olhar se dá nos
presídios, nas fábricas, nos espaços religiosos e nas escolas,
preconizando a adequação e submissão incondicional do
Planta da estrutura do indivíduo às regras imperativas estabelecidas, tornando os corpos
Panóptico idealizado por
Bentham (desenho do dóceis (Vigiar e punir, p. 127).
arquiteto inglês Willey Reveley,
1791).  A sociedade de controle exerce a domesticação dos impulsos
singulares humanos, desmobilizando qualquer projeto de revolta.
 A educação disciplinar do corpo individual é o meio que favorece
a transformação da vida humana em força produtiva canalizada
para objetivos práticos que proporcionam resultados concretos e
úteis para a sua sociedade.
Maquiavel, Contratualistas, poder
em Foucault
 Maquiavel -A preocupação de Maquiavel é o Estado e sua ordem
 A ordem do Estado não é natural, precisa ser construída pelos homens para se
evitar o caos e a barbárie.
 A política é o resultado de forças concretas provenientes das ações dos
homens em sociedade.
 Daí afirmar, os homens "são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os
perigos, ávidos de lucro" (O príncipe, cap. XVII).
 O príncipe não é um ditador; é, mais propriamente, um fundador do Estado,
um agente da transição numa fase em que a nação se acha ameaçada de
decomposição.
 Maquiavel sublinha que o poder se funda na força mas é
necessário virtù para se manter no poder;

 Um governante virtuoso procurará criar instituições que "facilitem" o


domínio. Consequentemente, sem virtù, sem boas leis, geradoras
de boas instituições, e sem boas armas, um poder rival poderá
impor-se.

 A força explica o fundamento do poder, porém é a posse de virtù a


chave por excelência do sucesso do príncipe

 Entre virtudes e vícios - a qualidade exigida do príncipe que deseja


se manter no poder é sobretudo a sabedoria de agir conforme as
circunstâncias
Contratualistas - Hobbes, Locke e
Rousseau
 Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão
política: Hobbes, Locke e Rousseau.
 Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da
política: a ideia de que a origem do Estado está no contrato social.
 Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato
firmado entre as pessoas.
 Aqui entende-se o contrato como um acordo, consenso, não como um
documento registrado em cartório. Além disso, a preocupação não é
estabelecer um momento histórico (data) sobre a origem do Estado. A ideia é
defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de
alguns elementos essenciais para garantir a existência social.
 Tomas Hobbes (1588-1679) acreditava que o contrato foi feito porque
o homem é o lobo do próprio homem.
 Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre
o seu semelhante (competição constante, estado de guerra).
 Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das
pessoas individualmente para que o estado de guerra seja
controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do homem seja
dominado.
 Neste sentido, o Estado surge como forma de controlar os "instintos de
lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da
vida das pessoas.
 Para que isso aconteça, é necessário que o soberano tenha amplos
poderes sobre os súditos. Os cidadãos devem transferir o seu poder
ao governante, que irá agir como soberano absoluto a fim de manter
a ordem.
 Jonh Locke (1632-1704) o homem e pacifico, o homem em estado de
natureza viveria bem, em paz e harmonia, sendo a propriedade
privada um direito natural constituído pelo trabalho e pela
domesticação da terra em estado bruto.
 Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe
poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais
expressos no pacto social.
 O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada.
 As leis devem ser expressão da vontade da assembleia e não fruto da
vontade de um soberano.
 Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, colocando-
se contra toda tese que defenda a ideia de um poder inato dos
governantes, ou seja, de pessoas que já nascem com o poder (por
exemplo, a monarquia).
 Rousseau (1712-1778) considera que o ser humano é essencialmente
bom, porém, a sociedade o corrompe.
 Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o
poder emana (tem sua origem) do povo e, em seu nome, deve ser
exercido.
 O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja,
recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo.
 Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado
entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para
garantir a realização da vontade geral.
 Um tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é a
questão da democracia direta e da democracia representativa.
 A democracia direta supõe a participação de todo o povo na hora
de tomar uma decisão.
 A democracia representativa supõe a escolha de pessoas para
agirem em nome de toda a população no processo de
gerenciamento das atividades comuns do Estado.
TEORIA DO CONHECIMENTO

 Formas de explicar o mundo e os fenômenos da natureza - auxílio da


magia, do mito e da religião, e mais recentemente, à contribuição da
ciência e da tecnologia.
 O que é o conhecimento científico, e como se adquire, o que temos
implícito quando dizemos que conhecemos determinado assunto, em
que consiste a prática científica, que relação existe entre o
conhecimento científico e o mundo real, quais as consequências
práticas e éticas das descobertas científicas, são alguns dos problemas
com que nos deparamos frequentemente.
 A teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza,
fontes e validade do conhecimento.
 Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes.
O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos
conseguir meios para defendê-lo contra o desafio cético?
 Epistemologia – Qual a sua origem?
 Período mitológico – Gregos
 Teóricos Pré Socráticos – nasce a reflexão sobre a fisis, a natureza,
dando origem ao conhecimento humano
 Clássico –Platão, Aristóteles, Sócrates – as discussões ganham
forma, nasce o método para o conhecimento.
 Platão – Dialética – conhecimento construído a partir do dialogo,
do debate do enfrentamento
 Aristóteles – Lógica – A importância da matemática, a importância
das verdades e da coerência no processo argumentativo.
Período Moderno (XVI, XVII,XVIII,XIX)
 O Empirismo
 Conceitua-se empirismo, como a corrente de
 Humanismo, Renascimento, pensamento que sustenta que a experiência sensorial
Iluminismo – nascimento da razão, é a origem única ou fundamental do conhecimento.
Revolução Industrial, Revolução  Todo e qualquer conhecimento substancial extrai sua
Burguesa origem na experiência e só é válido quando
 Senso-Comum – verdades verificado por fatos metodicamente observados.
construídas pela maioria, verdades  Principais teóricos – Francis Bacon, Thomas Hobbes,
acríticas, não possuem Jonh Locke, David Hume.
questionamento racional
 Jonh Locke – Ideia de Tabula Rasa – A mente esta
 Conhecimento Científico – oposição vazia
ao senso comum, baseado em
método, objeto, conhecimento  Todo conhecimento provem das nossas experiências
conceitual, pode ser testado, sensíveis (sensoriais)
medido, experimentado.
 O Racionalismo  O Criticismo
 É a corrente que assevera o papel  Devemos citar uma ramificação
preponderante da razão no processo do racionalismo que alguns
cognoscitivo, pois, os fatos não são autores consideram autônoma,
fontes de todos os conhecimentos e que é o Criticismo.
não nos oferecem condições de
 O criticismo é o estudo metódico
“certeza”.
prévio do ato de conhecer e dos
 Inatismo – existem ideias inatas ou modos de conhecimento, ou seja,
fundadoras, de onde se origina todo o uma disposição metódica do
conhecimento. Ideias que não espírito no sentido de situar,
dependem de um objeto. preliminarmente o problema do
conhecimento em função da
 O sujeito pensante é mais importante
relação “sujeito-objeto”.
que o objeto pensado.
 Ele aceita e recusa certas
 Principais pensadores - Gottfried Leibniz,
afirmações do empirismo e
Reneé Descartes, Baruch Espinoza.
racionalismo, devemos entender
 Descarte – certeza de que o tal posição como uma análise
pensamento existe. Principal obra crítica e profunda dos
“Discurso sobre o método” pressupostos do conhecimento.
 Immanuel Kant (1724-1804), tem como marca a determinação a
priori das condições lógicas das ciências.
 Obra de referência “Crítica da razão pura”
 Segundo palavras do próprio autor, “os conceitos sem as
intuições são vazios; as intuições sem os conceitos são cegas”.
 Para ele, o conhecimento é sempre uma subordinação do real à
medida do humano.
 Não conseguimos imaginar nada fora do tempo e do espaço.
 Pensamos através de estruturas pré-existentes – conhecimento
puro a priore.
 O conhecimento empírico – a posteriore, captados pelos
sentidos.
 O conhecimento possui um caráter universal.
 O conhecimento se organiza a partir de estruturas.
 O conhecimento é relacional – causa e consequência.
 O conhecimento é resultado da relação entre o sujeito e o
objeto a partir das estruturas presentes na mente humana.
ÉTICA DO DISCURSO, LIBERDADE E MORAL,
POLÍTICA

 A Ética do Discurso fundamenta-se na Teoria da Ação Comunicativa que sugere uma


fundamentação racional-intersubjetiva da escolha sobre valores, numa razão
comunicativa entre sujeitos que cooperam na busca da verdade.
 Supõe normas racionalmente validáveis.
 O método dessa perspectiva ética é o da comunicação intersubjetiva, num sistema
participativo que conduz aos consensos em torno de normas e princípios para a ação.
 Visa a garantir a igualdade de condições entre os sujeitos (discursos autêntico), não
apenas em nível da comunicação, mas na própria condição de vida.
 Os dissensos e dificuldades da comunicação, segundo Habermas, podem ser
resolvidos através de processos democráticos de comunicação.
 SOMOS REALMENTE LIVRES?

a)Tese do determinismo: As ações humanas seriam


condicionadas por forças naturais, como os instintos ou por
fatores culturais, como costumes e leis. A liberdade,
portanto, não existiria, pois o homem seria sempre
determinado, seja por sua natureza biológica, seja por sua
 c)A dialética entre liberdade e
condição histórico-social. determinismo: O homem seria, ao mesmo
tempo, determinado e livre. Liberdade e
 Filósofos do século XVIII, como os franceses Helvetius e determinismo se complementariam, ao
Holbach, foram adeptos dessa concepção. invés de se excluírem. Não seria possível,
então, uma liberdade absoluta, nem
b)Tese do livre-arbítrio: Embora essa concepção admita a tampouco sua negação total. A liberdade
estaria limitada por um conjunto de
existência de condicionamentos culturais ou instintivos, os condições objetivas, quanto maior for a
indivíduos teriam, uma liberdade moral que estaria acima nossa consciência a respeito desses
dessas determinações. De acordo com essa corrente, fatores objetivos, maiores serão as
apesar de todos os fatores sociais ou subjetivos que possibilidades de concretizar nossa
liberdade. A liberdade é sempre uma
possam atuar sobre cada indivíduo, ele possui sempre liberdade concreta, situada num conjunto
uma possibilidade de escolha e pode agir a partir de sua de condições objetivas que constituem a
própria determinação. existência de um indivíduo.
 O melhor exemplo dessa concepção pode ser encontrado  Pensadores como Espinoza e Marx, por
exemplo, baseiam sua filosofia nesse
nas ideias de Jean-Paul Sartre que afirma que “o homem princípio de que a liberdade é a
está condenado a ser livre.” compreensão da necessidade.

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