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Filosofia Política sex XIX: Hegel e Marx

Filosofia Política: Vem refletir sobre a origem da organização da vida em sociedade (justiça,
leis)

- Contratualistas modernos: Hobbes, Locje e Rousseau

- Contratualistas contemporâneos:

Rawls – JUSTIÇA = EQUIDADE

Dworkin – igualdade como valor central, todos devem ter a mesma disponibilidade de
recursos

• Idealismo (Kant e Hegel)


• Marxismo (Marx)
• Positivismo (Comte)
• Utilitarismo (Mill)
• Contratualismo

DIALÉTICA e IDEALISMO

Hegel – Idealista – as ideas fazem o progresso

Idealismo Absoluto → defende que todo o conhecimento que temos sobre o mundo
transforma-se ao longo do tempo

As verdades sobreo mundo vão-se alterando, aquilo que é certo há 10 anos, pode não ser
verdade agora. A nossa mentalidade altera-se ao longo do tempo.

Mentalidade = realidade → se a mentalidade for alterada, a realidade também será

Mentalidade = Espírito – cada época tem um espírito próprio: Zeitgeist (espírito do tempo)

A transformação da mentalidade ocorre pela DIALÉTICA (diálogo entre ideias


idiferentes/contradição/confronto de ideias) – é através da dialética que o conhecimento do
mundo vai sendo alterado. O conhecimento está semprea evoluir para melhor

Dialética:

Tese – uma ideia

Antítese – pensamento diferente da tese

Síntese – nova ideia a partir da tese e da antítese

Ex: escravidão

Hegel diz que a verdade universal transforma-se coletivamente


Idealismo → o espírito é a própria realidade, a nossa consciência dá significado para tudo

➔ Perceção de que a realidade é constituída pelas nossas ideias


➔ Tudo o que é real, é racional e vice versa
➔ Tudo o que acontece na história é racional, é adequada ao contexto (cultura,
valores e vivências da época) → então conflitos sociais ocorrem de forma racional
(guerras), nada é aleatório na sociedade

Para HEGEL: ESTADO é a coisa mais racional do mundo

O espírito desenvolve-se em 3 fases:

1) Espírito subjetivo – consciência que temos de nós mesmos (nossa consciência


individual)
2) Espírito objetivo – consciência de que vivemos em sociedade (seres socais inseridos
em grupo)
3) Espírito absoluto – consciência de que existe algo maior que é a soma de todos os
indivíduos – nossa existência depende da cooperação entre indivíduos, cooperação de
forma saudável

KARL MAX:

Discorda do idealismo de Hegel

- Acreditava no materialismo → as relações de trabalho e as condições materiais é que


definiam a consciência humana.

A matéria determina a ideia, o ser social é que determina a consciência

Sociedade – é expressão das suas condições sociais

Infraestrutura: base material da sociedade – modo de produção – expressa um conjunto de


leis, regras, valores e ideias

Superestrutura: nível ideológico e político-jurídico da sociedade – ideologias da classe


dominante têm de representar a realidade de todas as classes

Todas as sociedades mantêm relações de EXPLORAÇÃO: alguém que controla a riqueza


produzida pela classe oprimida

Classes sociais:

Burguesia (controla os meios de produção e explora o proletariado) e Proletariado (agrega


valor ao trabalho e vende a sua força de trabalho) → LUTA DE CLASSES
TEORIZAÇÃO DO PODER EM FOUCAULT

Para Foucault o poder é uma prática social constituída historicamente.


São formas díspares, heterogêneas, em constante
transformação. Constata Foucault que o poder está por toda parte e
provoca ações e uma relação flutuante, não estando em uma instituição
nem em ninguém. Não está no rei, no presidente, em uma pessoa, mas
nas relações sociais existentes, sendo ações sobre ações.
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Foucault aborda arte de governar por duas óticas: ascendente e
descendente. Na ótica ascendente, Foucault (1979, p.281) afirma que
“aquele que quer poder governar o Estado deve primeiro saber se
governar, governar a sua família, seus bens, seu patrimônio”. Com
relação a ótica descendente nota-se que “quando o Estado é bem
governado, os pais de família sabem governar suas famílias, seus bens,
seu patrimônio e por sua vez os indivíduos se comportam como devem”.
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As relações de poder, seja pelas instituições, escolas, prisões, foram
marcadas pela disciplina e por ela que as relações de poder se tornam
mais facilmente observáveis, pois é por meio da disciplina que
estabelecem as relações: opressor-oprimido, mandante-mandatário,
subordinador-subordinado, etc. Trata-se de uma relação assimétrica
que institui a autoridade e a obediência, e não como um objeto
preexistente em um subordinador. Trata-se de uma concepção do
poder que se irradia da periferia para o centro, de baixo para cima, que
se exerce permanentemente, dando sustentação à autoridade.
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Desta forma, o poder em Foucault é um conjunto de relações que
produz assimetrias e age de forma permanente, se irradiando de baixo
para cima, sustentando as instâncias de autoridade, sobretudo os
“poderes” instituídos do Estado.
Qual é o papel das relações de poder?

A relação de poder se forma quando se deseja algo que depende da vontade


do outro. Os líderes ou empresários são agentes responsáveis pela
transformação dessas relações de poder nas organizações. O poder é o
exercício da liderança sobre outras pessoas.

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