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Teorias Sociológicas Fundadores e Clássicos

Duvida – argumento – método – tese


Percursores: quem “lança os dados”, começando o pensamento
Fundadores: solidificam/amplificam as bases antes criadas pelos percursores
Clássicos: autores a que voltamos sempre e nos acrescentam coisas novas
Método: conjunto de conhecimentos que ajudam a compreender a realidade
Técnica: instrumento que permite a recolha de dados
Metodologia: junção de métodos e técnicas

Conte (percursor)
Historicamente, tudo o que é contemporâneo é considerado novo, logo, a sociologia é
uma ciência nova.
A sociologia aparece assim que as mudanças políticas sejam mais acentuadas e nasce
para dar resposta a um povo que não se contenta com explicações teológicas

Constantinopla Capitalismo
Estado Teológico Estado Metafisico Estado Positivo

- fictisismo (relação com A metafisica, busca a -nasce da necessidade de


astros/natureza) cima de tudo, compreender a sociedade
explicar a natureza com a observação, o espírito
-politeísmo (crença em íntima do ser cientifico
vários deuses)

-monoteísmo (crença num


único deus)

Constantinopla: corte da igreja com o poder máximo não contestado, fim da idade
média

Conte era conservador e para ele, a sociologia era uma ciência corretora para poder
manter uma sociedade como ele desejava. O mesmo queria a sociologia para encontrar
problemas, estudar os mesmos e agir sobre eles para manter os costumes afetados pelo problema
de classes.

O método comparativo estuda a idiossincrasia de cada contexto de poder.


Começa por problematizar
Questão do liberalismo nos EUA
A dificuldade da França para manter num regime de liberdade depois do
processo revolucionário
Conte: positivismo
 Sociedade como objeto de estudo
 Positivismo como metodologia que surge como uma nova ciência que
precisa de fazer a observação
 Física social (nova ciência)
 Acreditam que pode haver apenas progresso

Marx (relações de poder)


Marx quer a sociologia para transformar o mundo, critica o capitalismo e reflete nos modos de
organização social e económica do tempo dele desejando que exista uma sociedade sem classes.
Burguesia
Relação de poder Classes Sociais
Proletariado

Classes sociais: grupo de agentes sociais nas mesmas condições no processo de


produção e que possuem afinidades políticas e ideológicas
Luta de classes: a constante por interesses opostos, na sociedade capitalista, a divisão
social ocorreu devido a apropriação dos meios de produção para um grupo de pessoas
(burgueses) e outro grupo explorado devido à sua capacidade e força de trabalho (proletariado)
Conceito de mais valia: o trabalhador trabalha mais horas, mas quem lucra é o chefe,
mão de obra retirada do trabalhador em prol do capitalista onde o trabalhador produz mais em
euros do que recebe.
Alienação: estão alheios a si próprios tornando-se escravos de atividades ou classes
superiores.
Consciência de classes: um indivíduo com consciência de classe irá agir de forma
solidária com os restantes membros desta classe, na defesa dos interesses coletivos

Critica de Marx ao capitalismo: sistema desigual essencialmente economicista

Marx: Marxismo
 Classes sociais ou grupo de pessoas que partilham os mesmos valores e
condições (objeto de estudo)
 Método comparativo dialeto (vê as diferenças de classes e compara as
mesmas, porém é dialeto pois existe luta/tensão)
Infraestrutura: economia, no ponto de vista social é quem tem a classe dominante
Superestrutura: todo o resto da sociedade que está nas mãos da classe dominante
Sociedade Industrial:
• O valor de troca é injusto;
→ o valor do produto aumenta enquanto que o salário do trabalhador se mantém;
→ Marx quer dividi o lucro também pelos trabalhadores;
→ Só se consegue se as pessoas tiverem consciência do estado de Alienação a que estão
submetidas.

Tocqueville

Democracia liberal = liberdade + igualdade


Liberdade = igual direito de todos em intervir na liberdade económica
Segundo Tocqueville, não existindo uma igualdade, não pode existir democracia, e é a
igualdade que traz a liberdade.

Tocqueville: democracia
 Sociedades democratas (objeto de estudo)
 Método comparativo com regimes democráticos (o que distingue e o
que complementa)
Opinião pública: determinado pensamento partilhado pela sociedade
Tocqueville diz que a democracia é um estado que depende da qualidade de quem o governa e
trata-se de um processo de continuidade do antigo regime, mesmo havendo revoluções
(processo de rotura) a repara-los.
A democracia pode ser totalitária pois depende de quem está à frente do governo.
Um regime liberal é onde as pessoas aceitam as diferenças de cada um, existe debate, leis de
classe para todos, mecanismos de verificação de divisão de forças.
Riscos das sociedades democráticas:
- Excesso de individualismo
- Governar para as maiorias
- Força da opinião publica
Na prática é preciso estudar como se configura o “mundo politico” e a sociedade civil. No que
toca ao “mundo politico” é preciso verificar as leis, a repartição de poderes e garantir se as
liberdades estão asseguradas, Na sociedade civil é preciso ter em conta os costumes e valores,
tanto como as formas de mobilização e participação.
Spencer

Para Spencer a sociedade é uma entidade.


A sociedade encontra-se a cima dos Homens, no entanto, a mesma é feita pelos Homens que
nela abitam criando costumes e etc.
Spencer também defende que a sociedade é como um corpo em que todos os grupos da
sociedade são órgãos necessários para um bom funcionamento da mesma, existindo assim uma
interdependência do diferente grupo, defende também que a sociedade segue a “lei do mais
forte” desenvolvida por Darwin para garantir o funcionamento do sistema.
Spencer:
 sociedade como um organismo (objeto de estudo)
 Método funcionalista (qual o papel dos grupos)

Fréderic Le Play

Em Le Play, o Empirismo é o que ganhamos a partir da experiência, os conhecimentos que


obtemos na sociologia, ou seja, o senso comum.
Senso comum: conceções da realidade no nosso ponto de vista
Monografia: descrição da classe operária
Método quantitativo: perceber tendências
Método qualitativo: perceber razões
Epistemologia: ramo da filosofia que estuda como se faz ciência, como se faz conhecimento
Boa sociologia é transparente, mostra o processo, o método usado e apresenta as dificuldades
que possam ter surgido ao longo do estudo, mais importante do que mostrar resultados é mostrar
o processo.

Le Play:
 Operariado (objeto de estudo)
 Método comparativo (comparando as famílias)

Durkheim (neopositivista)

Objeto de estudo: facto social


Durkheim fala que a sociologia, como uma nova ciência, tem que se afastar da filosofia (por ser
muito especulativa/abstrata) e da psicologia e temos que tratar tudo como coisas para não
cairmos no erro de usar o senso comum para chegarmos a conclusões, daí, tudo para Durkheim
são coisas.

Durkheim defende que um individuo é sempre afetado por outros, a sua personalidade
vem da sociedade, somos um produto do social.
Um facto social explica-se por outros factos sociais não existindo relação de causa-
efeito, as explicações de um fenómeno nunca são simplistas.
Factos sociais: fenómenos que consistem em regras de ação que se reconhecem por
certos caracteres distintos, podemos observar, descrever e classificar os mesmos.
Um facto social é: Geral (abrange um conjunto alargado de pessoas)
Exterior (não está ligado a mim, é exterior a mim)
Coercivo (exerce um tipo de pressão)

Coesão: regras pela qual a sociedade se rege para funcionar de uma forma coesa.
Para saber se há ou não coesões sociais têm que existir regras, essas mesmas que têm
que ser cumpridas. As leis podem ser “oficiais”, que são punidas por lei, ou apenas
“sociais” onde ninguém disse que é assim, mas todos sabem que é, por exemplo, em
Portugal todos comem com talheres, não é uma lei oficial, mas sim “moral”.
Solidariedade de Durkheim: instrumento que contribui para a coesão da sociedade.
Solidariedade mecânica: menos diferenciados, regras compartilhadas, mais coesas
(pré-industriais)
Solidariedade orgânica: maior dependência entre si, mais diferenciados
Direito punitivo: castigar, não tem em mente a reabilitação
Direito restituitivo: direito que pune, mas reabilita
Consciência coletiva: consciência de uma maioria da sociedade partilhando o mesmo
pensamento
Moral: estabelece as regras para manter a coesão da sociedade de forma a criar e
partilhar laços
Estágio patológico: sociedade sem coesão, “doente”
Funcionalismo: papel que determinado grupo desenvolve na relação com outro grupo
Durkheim acredita fielmente que aconteça o que acontecer, a sociedade acaba por voltar
à ordem, nunca falando da possibilidade de uma desordem.
Efervescência: quando a sociedade esta em processo de transformação rápido
Perguntas frequentes em Durkheim:
 Como se pensa a relação entre individuo/sociedade?
R:. O individuo só existe como um resultado da sociedade a agir sobre o mesmo.

 O que mantem a sociedade coesa?


R:. Dependência e solidariedade.

 Quais são os fatores que me integram numa sociedade?


R:. Nunca vontade própria, mas sim, elementos de fora onde a sociedade nos ordena e
orienta.

 Como resolver as crises das sociedades industriais?


R:. É preciso um pacto social para a sociedade se manter unida.

Suicídio em Durkheim

Durkheim estudou o suicídio como um facto social e concluiu que, para um individuo cometer
suicídio é afetado por três vertentes, a religião, doméstica e sociopolítica.
Religião para Durkheim: igreja, comunidade onde se reúnem pessoas que compartilham a
mesma concessão de vida.
Existem três tipos de suicídio diferentes, dois onde a falta de integração é culpada (egoísta e
anómico) e uma onde o excesso de integração e culpado (altruísta).

Suicídio Egoísta
Um grupo tem um número de regras onde o individuo deixa de
se sentir parte, o grupo acaba por rejeitar o individuo pensando
que apesar de existir uma correlação, a sociedade desistiu do
individuo, por isso RIP.

Suicídio Altruísta
Existe um excesso de integração social onde um individuo fica diluído no grupo.

Suicídio Anómico
Quando existe uma alteração drástica das cenas sociais e o individuo não consegue acompanhar
a evolução da sociedade existindo uma desregulação social.

Maurice Halbwachs (memória coletiva)

Principal ideia de Maurice: as memórias são constituídas de acordo com o nosso processo de
socialização
A memoria coletiva em Simmel assemelha-se à consciência coletiva em Durkheim.
A memoria passa a ser coletiva quando passa a ser partilhada e negociada e sobre dado
conhecimento nós imaginamos em conjunto.
História e memoria são diferentes, na história não existe discussões sobre o que aconteceu.
Há mecanismos diretos e indiretos que nos ajudam a relembrar o passado.
Os mecanismos diretos são as memorias do próprio individuo.
Os mecanismos indiretos são meios de comunicação como filmes, documentários, jornais,
memorias de “segunda mão” (memorias recontadas) e a história.
Memoria vivida: recordo porque vi
Memoria mediada: a partir de relatos, livros, etc.
Memoria mediatizada: a partir de filmes

Georg Simmel

Para Simmel o que importa são os indivíduos em ação e as relações do individuo no quotidiano
pois ele acredita que os indivíduos carregam a sociedade nas suas relações.
Simmel olha para a sociedade tradicional e para a moderna e vê uma grande diferença, mais
especificamente, no papel dos indivíduos na sociedade.
Nas sociedades pré-industriais a individualidade era do grupo, enquanto na cidade existe criação
de uma identidade individual.
O anonimato é uma marca muito fragmentada criada pela cidade.
Devido a isto, Simmel, diz que é importante analisarmos os indivíduos em ação porque a
sociedade os muda tanto, o mesmo deseja saber que relações vao ser formadas por este
individuo mudado pela sociedade.

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