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TESTE DE TEORIAS SOCIOLÓGICAS

PERGUNTAS DO TESTE

1)EXPLIQUE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

A ciência social nasce no séc.XIX, no calor de 3 revoluções: a revolução francesa, a


revolução geocultural e a revolução industrial.
Smith, tal como Hume e outros filósofos do Iluminismo, preocupa-se com a natureza
humana e com as capacidades dos indivíduos para elaborar juízos morais.
Os seres humanos movem-se pelas suas paixões, mas ao mesmo tempo são controlados
por mecanismos institucionais que protegem a sociedade articulada apenas em torno de
intuitos e ações individualistas.
Smith avança com a ideia que a ordem social é uma consequência não intencional das
ações humanas.
Nação - termos unitários e homogéneos
Estado - baseado no culto da razão e dos símbolos que identificam a revolução
(constituição, bandeira, hino)... regulador e fiscalizador.
Urbanização e Mobilização do campo para a cidade.
Comunidade - Sociedade (Tonnies).
Solidariedade mecânica - solidariedade orgânica (Durkheim).
Positivismo, o Evolucionismo e o Humanismo (Encíclica Papa Leão XIII).

2) CARACTERIZE O PENSAMENTO DE AUGUSTO COMTE , NOMEADAMENTE A SUA CONCEÇÃO


DE SOCIEDADE

O pensamento de Comte e as suas propostas intelectuais alimentavam-se de diversas fontes.


Dos filósofos do iluminismo, herda a noção de progresso histórico que se concretiza na lei dos
três estados. Comte assinala que através da sua filosofia positiva pode descobrir-se uma
“grande lei fundamental” que consiste nas formas de conhecimento humano passarem
progressivamente por três estádios diferente a que correspondem métodos particulares de
conhecimento. No estado teológico ou fictício o ser humano explica os fenómenos que lhes
interessam pela participação de agentes sobrenaturais. Por exemplo, um terramoto seria o
resultado da obra de Deus e não da fricção de placas tectónicas. O estado metafisico é uma
superação do anterior e consiste em substituir os agentes sobrenaturais por “verdadeiras
entidades” (abstrações personificadas) que explicam os fenómenos da natureza. Este estudo é
concebido como uma situação de transição para o estudo científico ou positivo em que o
individuo busca “com o uso combinado da razão e da observação” as leis que governam os
fenómenos. O estado positivo é para Comte o ponto onde se dirige a sociedade governada
pela inteligência humana. Este estado caracteriza-se pelo o uso da “filosofia positiva” como
método para reconhecer a realidade física e social. De acordo com Comte, a humanidade só
alcançaria a plenitude intelectual ao chegar ao estágio positivo, que pressupõe a admissão das
limitações do entendimento humano.

Para Comte só existia um tipo de sociedade válida e toda a humanidade devia chegar a essa
sociedade. Destaca três ideias. A primeira é que a matéria humana seja só uma e para isso é
preciso que o homem tenha uma natureza reconhecível e definível através de todas as
sociedades. A segunda é preciso que toda a sociedade se comporte com uma dita ordem
essencial que possa reconhecer-se através da diversidade das organizações sociais. A terceira,
é preciso que essa natureza humana e social seja tal, que possamos inferir delas as principais
características do definir histórico. Parte de uma contradição de uma sociedade do tipo
teológico, militar, que visa acabar com um tipo de uma sociedade cientifico-industrial.

É em Durkheim que se inicia a institucionalização da disciplina sociológica.

O ponto de partida é o seguinte: as sociedades não são apenas agregados de indivíduos, mas
há uma vida coletiva em que existem factos sociais. Os factos sociais são centrados dentro da
própria realidade social. É importante destacar duas características fundamentais do factor
social: é exterior aos indivíduos e é coercivo. São externos, ou seja, pode analisar-se
objetivamente, vão para além dos indivíduos, já nascemos numa sociedade organizada e esses
valores são transmitidos pelos agentes da socialização e são coercivos porque se impõem ao
indivíduo, obrigando-o a atuar, a cumprir (código deontológico). Temos como exemplo: um
bebé quando nasce ja nasce numa sociedade organizada e quando cresce tem de
obrigatoriamente de frequentar a escola.

A aplicação dos factos sociais deve fazer-se recorrendo a função social e não individual.

Durkheim, no seu estudo sobre o suicídio diz que se deve estudar a causa que explica o
fenómeno, propõe o método das correlações dado que, dois fenómenos podem estudar
correlacionamentos mas nao existir relações de causalidade entre eles.

A divisão do trabalho social foi a fase doutoral de Durkheim, ele considera que a divisão social
é sinónimo de diferenciação social. O objetivo é explicar este fenómeno e a sua
preponderância na sociedade da época.

O autor parte da ideia de que toda a sociedade tem um sistema moral que lhe garante coesão.
Este sistema moral é designado por solidariedade. Quem tem como função assegurar a
integração social. Existem sociedades diferentes, fazendo com que a solidariedade seja
também diferente.

Segundo Durkheim, existem duas formas de solidariedade por um lado a solidariedade


mecânica, típica das sociedades pré-modernas, trata-se de sociedades homogéneas, com uma
divisão de trabalho simples e indiferenciada, ou seja, a sociedade tem objetivos e
comportamentos comuns marcados pela proximidade e consenso entre os indivíduos que a
compõem.

Pelo contrário, a solidariedade orgânica é típica das sociedades avançadas nas quais a divisão
do trabalho evolui e onde se verifica uma mais complexa diferenciação social. Tal implica que
as pessoas desempenham papéis sociais (expectativas referentes a uma dada posição social)
diferentes que os põem em contacto com um número sempre crescente de outras pessoas em
situações sociais diversas. A base da solidariedade orgânica é precisamente a
interdependência dos indivíduos num contexto diferenciado.
Durkheim defende que a passagem de uma sociedade, a outra pode analisar-se comparando
as normas jurídicas. O argumento é que através das leis se pode ver o tipo de crimes que são
sancionados. Durkheim divide assim as leis em dois tipos: Direito punitivo, baseado na ideia de
sansão, este direito respeita as sociedades pré-modernas, ou seja, onde domina a
solidariedade mecânica. O direto restitutivo (direito das garantias), privilegia a proteção dos
indivíduos onde domina a solidariedade orgânica.

Porque se passa de solidariedade mecânica para solidariedade orgânica? Para Durkheim, a


diferenciação social crescente é o resultado do desaparecimento progressivo do tipo
segmentário da sociedade, algo que sucede por trás grandes motivos. Em primeiro lugar, por
um crescente do número de indivíduos na sociedade. Em segundo lugar, por um aumento de
densidade humana e em terceiro lugar, por um aumento da “densidade moral” da
sociedade(maior frequência de interações entre os indivíduos).

3) IDENTIFICAR E EXPLICAR OS PRINCIPAIS ASPETOS DA ANÁLISE SOCIAL DE HERBERT SPENCER

Para Spencer a sociedade não é algo de artificial: Não resulta da vontade humana.

Não é o fruto de nenhuma construção legislativa.

O exemplo da divisão do trabalho provocaria isso.

A sociedade tem de ser necessariamente sujeito a um processo de transformação.

Spencer lembra tanto Platão como Hobbes que invocaram largamente analógicos
orgânicos para explicarem as suas concepções sobre o funcionamento do social.

Para Spencer, o indivíduo é o centro das atenções.

Spencer explica a evolução desde o organismo inorgânico até ao supra-orgânico e diz


existir semelhanças entre os organismos individuais e as sociedades.

Pois tanto na sociedade como no organismo há uma relação sistémica quando se age numa
parte tem influência noutras partes do todo, temos como exemplo os remédios.

As quatro semelhanças são:

a) ambas começando com pequenos agregados aumentam em massa;


b) tendo à partida uma estrutura muito simples para uma maior complexidade;
c) com o tempo cria-se entre as partes uma tal independência que por fim a atividade e a
vida de cada parte só é possível graças à atividade e à vida do todo;
d) a vida do todo mantém-se para além da vida das partes que o compõe.
As sociedades também divergem dos organismos em quatro partes:

a) as sociedades não tem forma exterior visível (por exemplo: nós não vemos a
sociedade, vemos as pessoas que compõe a sociedade);
b) o tecido vivo que constitui um organismo forma uma massa contínua enquanto que os
indivíduos que integram a sociedade apresentam largas descontinuidades entre si;
c) as partes que compõem a sociedade têm grande liberdade de movimentos e
deslocam-se frequentemente, não ocupando posições fixas como nos organismos;
d) nos organismos a sensibilidade está concentrada numa pequena parte do todo
enquanto que é difusa na sociedade.

Para Spencer, a sociedade surge como um superorganismo, resultante da combinação


de organismos individuais.

Segundo Spencer há três grandes razões para a necessidade de uma ciência social, esta
é validada pela previsibilidade (ligados à probabilidade).

A ciência social explica como se forma, progride e se transforma a organização dos grupos à
medida que se expande o número dos seus membros, como se diferenciam e especializam as
categorias e funções e como as estruturas têm de formar-se e reformar-se em ligação com o
processo de crescimento dos agregados sociais.

Spencer defende que a evolução social é o produto de crescente divisão do trabalho


que se observa na história da humanidade.

A evolução da sociedade provoca uma massa heterogênea e uma massa individualizada.

Spencer defende também que na sociedade industrial os indivíduos e as organizações


devem ter o papel maior na sociedade e não os Estados ou governos.

Spencer ofusca por completo o tipo de sociedade planificada por um poder central e coloca
indivíduo em primeiro lugar.

4) CARACTERIZAR O CONTRIBUTO DE EMILE DURKHEIM PARA O CONHECIMENTO DO SOCIAL,


DESIGNADAMENTE OS PRINCIPAIS CONCEITOS DESENVOLVIDOS

Capítulo 4 - Durkheim: A invenção social

É em Durkheim que se inicia a institucionalização da disciplina sociológica.

O ponto de partida é o seguinte: as sociedades não são apenas agregados de indivíduos, mas
há uma vida coletiva em que existem factos sociais.

Os factos sociais são centrados dentro da própria realidade social.

É importante destacar duas características fundamentais do factor social: é exterior aos


indivíduos e é coercivo.

São externos, ou seja, pode analisar-se objetivamente, vão para além dos indivíduos, já
nascemos numa sociedade organizada e esses valores são transmitidos pelos agentes da
socialização e são coercivos porque se impõem ao indivíduo, obrigando-o a atuar, a cumprir
(código deontológico).

Temos como exemplo: um bebé quando nasce ja nasce numa sociedade organizada e quando
cresce tem de obrigatoriamente de frequentar a escola.

A aplicação dos factos sociais deve fazer-se recorrendo a função social e não individual.

Durkheim, no seu estudo sobre o suicídio diz que se deve estudar a causa que explica o
fenómeno, propõe o método das correlações dado que, dois fenómenos podem estudar
correlacionamentos mas nao existir relações de causalidade entre eles.
A divisão do trabalho social foi a fase doutoral de Durkheim, ele considera que a divisão social
é sinónimo de diferenciação social.

O objetivo é explicar este fenómeno e a sua preponderância na sociedade da época.

O autor parte da ideia de que toda a sociedade tem um sistema moral que lhe garante coesão.
Este sistema moral é designado por solidariedade.

Quem tem como função assegurar a integração social.

Existem sociedades diferentes, fazendo com que a solidariedade seja também diferente.

Segundo Durkheim, existem duas formas de solidariedade por um lado a solidariedade


mecânica, típica das sociedades pré-modernas, trata-se de sociedades homogéneas, com uma
divisão de trabalho simples e indiferenciada, ou seja, a sociedade tem objetivos e
comportamentos comuns marcados pela proximidade e consenso entre os indivíduos que a
compõem.

Pelo contrário, a solidariedade orgânica é típica das sociedades avançadas nas quais a divisão
do trabalho evolui e onde se verifica uma mais complexa diferenciação social.

Tal implica que as pessoas desempenham papéis sociais (expectativas referentes a uma dada
posição social) diferentes que os põem em contacto com um número sempre crescente de
outras pessoas em situações sociais diversas.

A base da solidariedade orgânica é precisamente a interdependência dos indivíduos num


contexto diferenciado.

Durkheim defende que a passagem de uma sociedade, a outra pode analisar-se comparando
as normas jurídicas.

O argumento é que através das leis se pode ver o tipo de crimes que são sancionados.

Durkheim divide assim as leis em dois tipos: Direito punitivo, baseado na ideia de sansão, este
direito respeita as sociedades pré-modernas, ou seja, onde domina a solidariedade mecânica.

O direto restitutivo (direito das garantias), privilegia a proteção dos indivíduos onde domina a
solidariedade orgânica.

Porque se passa de solidariedade mecânica para solidariedade orgânica? Para Durkheim, a


diferenciação social crescente é o resultado do desaparecimento progressivo do tipo
segmentário da sociedade, algo que sucede por trás grandes motivos.

Em primeiro lugar, por um crescente do número de indivíduos na sociedade.

Em segundo lugar, por um aumento de densidade humana e em terceiro lugar, por um


aumento da “densidade moral” da sociedade(maior frequência de interações entre os
indivíduos).

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