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CONTEMPORÂNEA
Professor Me. Jorge Alberto de Figueiredo
REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Geani Andrea Linde Colauto
DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel
SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling
Caroline da Silva Marques
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Eduardo Alves de Oliveira
Jéssica Eugênio Azevedo
Kauê Berto
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PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO André Dudatt
Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz
DE VÍDEO Carlos Eduardo da Silva
Carlos Henrique Moraes dos Anjos
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FICHA CATALOGRÁFICA
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AUTOR
Professor Mestre Jorge Alberto de Figueiredo
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo (a)!
Prezado (a) aluno (a), é uma honra ter você conosco para aprendermos juntos!
Vivemos em constante aprendizagem, aquisições necessárias para que nosso conhe-
cimento se amplie e possamos ter estratégias para mudar o que for preciso ao nosso
redor, sempre de forma ativa e consciente. Ter a disciplina Sociologia Contemporânea, na
ementa do curso, enfatiza justamente a necessidade de compreendermos a sociedade,
estabelecendo metas e focos diante das transformações sociais, tendo como parâmetro
o que pretendemos para nós, individuo da sociedade tão diversificada e enquanto coleti-
vidade pensando no bem comum.
Na unidade I, vamos conhecer sobre o contexto histórico sociológico que norteia os
acontecimentos mais significativos que marcaram a conceituação da Sociologia, o entendi-
mento sobre as teorias clássicas, são cruciais, para que possamos analisar cada momento
com a visão da época, mas traçando paralelos com as fundamentações contemporâneas,
utilizaremos como base referencial os teóricos clássicos: Karl Marx, retratando a incoerên-
cia social, Émile Durkheim que sintetiza sobre conexão social e Max Weber que expõe o
princípio da racionalização social.
Já na unidade II, você irá saber mais sobre os movimentos e participação social, as
mudanças sociais, econômicas, culturais e religiosas, influenciaram de maneira impactante
para os movimentos que buscam seus direitos e muitos seu reconhecimento, as minorias
sociais lutam contra a violência seja psicológica ou física e muitos caminhos para se sen-
tirem reconhecidos e a criminalidade. Quando temos conhecimento sobre estas vertentes
oriundas do sistema capitalista, sabemos nos posicionar de forma crítica e construtiva, sem
impor nosso pré-conceito.
Sequencialmente, na unidade III, falaremos sobre a história e fundamentos dos
direitos humanos, seus mitos e suas verdades, pois, quando falamos de grupos que bus-
cam seus direitos, entendemos que se faz necessário conhecer quais são nossos direitos,
e quais instituições nos alicerçam quando precisamos, como ajudar o outro. Estudar sobre
os direitos humanos no Brasil e compreender se avançamos ou retrocedemos nessas con-
quistas em busca garantir nossos direitos e preservar nossa dignidade. Faremos também
uma análise reflexiva dos direitos humanos no cenário mundial.
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Em nossa unidade IV, vamos concluir essa temática com o estudo sobre a defini-
ção, objetivos e características da sociologia contemporânea, apresentando os sociólogos
atuais e suas tematizações, interligando a contemporaneidade à tecnologia da informação,
e vislumbrar como a sociologia é presente em nosso contexto diário, assim todo conheci-
mento adquirido é útil para aprimorarmos profissionalmente e intelectualmente.
Aproveito para reforçar o convite a vocês, para juntos percorrermos esta jornada de
conhecimento e multiplicá-los na prática sobre os assuntos abordados em nosso material.
Esperamos contribuir significativamente para seu crescimento pessoal e profissional.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
Contexto Histórico Sociológico
UNIDADE 2
Movimentos Sociais
UNIDADE 3
Sociologia: Impactos e Consequências
UNIDADE 4
Sociologia Contemporânea
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UNIDADE
CONTEXTO
HISTÓRICO
SOCIOLÓGICO
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Plano de Estudos
• Contexto Histórico Sociológico;
• Teorias Sociológicas Clássicas: Karl Marx,
Incoerência Social;
• Émile Durkheim: Conexão Social;
• Max Weber: Racionalização Social.
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Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a historicidade
da Sociologia;
• Compreender as principais teorias Clássicas
da Sociologia;
• Estabelecer bases teóricas sobre a Sociologia
fundamentando: Karl Marx, Émile Durkheim
e Max Weber.
INTRODUÇÃO
Quando estudamos, é sempre preciso mergulhar na origem, no contexto histórico,
assim vamos iniciar nossos estudos...
O conceito da sociologia não surgiu sem uma devida explicação, nada surge
sem base explicativa, podemos não ter conhecimento sobre, mas a ciência busca essas
teorias. A sociologia faz parte das ciências humanas, que visa compreender o comporta-
mento humano, meio a sociedade, ou seja, estuda os indivíduos de forma singular e em
grupos diversificados.
Para compreender todo esse processo histórico, as bases de estudos são os
precursores desta teoria que iremos denominar de clássicos, focaremos em três grandes
nomes. A forma de pensar diferenciada é que enriquece a teorização da pesquisa e o
respeito entre as discrepâncias fundamentais para a produção de novas hipóteses.
Karl Marx nos faz compreender sobre a incoerência social, quando evidencia o
capitalismo e suas implicações para as massas, que devido a Revolução Industrial e a
demanda de mão-de-obra estavam preocupados em aumentar os números de filhos para
obtenção de mais dinheiro, pensando em uma qualidade de vida melhor para família.
Émile Durkheim o primeiro a criar uma metodologia sociológica, e destacar a pri-
mazia da conexão social que evidencia a diferença desta com outras áreas de estudo, tudo
baseado em pesquisas em fatos sociais, que já estudava a forma em que os indivíduos
agiam em seus grupos e as implicações destes comportamentos na humanidade.
Max Weber, em suas premissas, o sociólogo precisava compreender o motivo
que desencadeiam as ações sociais, encontrar as causas, refletir sobre os efeitos e di-
recionar possíveis direcionamentos para solucionar ou amenizar tais ações, a base das
reações de um grupo estava consolidado pelos valores, crenças e mudanças e que o
indivíduo tinha liberdade e capacidade para agir em prol de mudanças, o que sintetizava
como racionalização social.
1
TÓPICO
CONTEXTO
HISTÓRICO
SOCIOLÓGICO
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Tudo tem uma razão para existir. Não há acaso, sociologicamente falando. Hoje
temos muitas facilidades e conforto, sempre foi assim? Sabemos que toda a evolução,
foram pautadas em transformações, veja, há em média quatro milhões de anos, o Homo
Habilis alcançou a postura vertical. Essa alteração, possibilitou que os membros anteriores,
ocasionando consequências boas e ruins para os hominídeos. Mas vamos destacar a posi-
ção corporal das fêmeas, pois os filhotes começaram a nascer de forma prematura e assim
houve uma necessidade maior de cuidado por parte das mães.
Entretanto essa fragilidade passou a ser predominante para atentar-se a neces-
sidade de formação de grupos coesos, permanecendo mais tempos juntos, tornando um
aprendizado enriquecido pelas experiências da coletividade, sendo necessário manter a
organização do grupo, foram então se instituindo regras, normas e padrões. Partindo deste
princípio você irá observar de fato analisou como esse elemento realmente foi crucial para
a espécie humana? Os alimentos antes que só eram comidos cru, passaram a ser cozidos,
melhorando como o ser humano foi adquirindo a capacidade de transformar a si mesma e
todos ao seu redor, por meio das necessidades. Você já observou que mudamos apenas
quando algo nos tira da zona de conforto?
Você já deve ter lido ou obtido alguma informação sobre o poder após o desco-
brimento do fogo para a vida em sociedade. Mas não apenas o sabor, mas facilitando o
processo digestivo. Nas cavernas úmidas e frias, a iluminação e o aquecimento foram proe-
minentes, o que propiciava melhoria do sono, mantendo uma qualidade nestes momentos
e afugentando os animais ferozes e peçonhentos. A elaboração dos instrumentos de caça
e pesca, tornando-os resistentes e mais eficientes. O fogo fez de forma significativa alterar
as questões demográficas e sociais na vida de nossos ancestrais. De acordo com o autor:
Antes do processo industrial, todo o trabalho era manual, que definia em lentidão e
assim o conceito desemprego tenha sido empregado. Neste período não havia nenhu-
atualmente temos proteção dos direitos trabalhistas, para alcançarmos o que temos, foi
particular, sem divisão de lucro, objetivando acumular o capital. O rico cada vez mais rico e
o pobre cada vez mais pobre. Esse sistema proporciona o incentivo a ciências e áreas afins
escancara a divisão de classes. Em se tratando de ciência a Sociologia, como uma obra his-
Segundo Robert Merton os pensadores requerem releituras para que suas bases
teórico-metodológicas continuem atualizadas com o passar do tempo fazendo com que suas
ideias avancem sob o aspecto de novas análises. Em Sociologia temos alguns sociólogos
o alemão Max Weber (1864-1920) e, por último, o cientista econômico alemão Karl Marx
Esses clássicos são de grande importância para o estudo da Sociologia pois descre-
vem a realidade social e nos mostra os movimentos e conflitos, suas causas e consequên-
cias em uma sociedade contemporânea ainda ligada ao passado. Esses autores europeus
crises sociais presente no sistema capitalista. É importante ressaltar que cada um desses
pensadores olharam os problemas sociais do seu ponto de vista, mas tendo a mesma
2
TÓPICO
TEORIAS SOCIOLÓGICAS
CLÁSSICAS: KARL MARX E
INCOERÊNCIA SOCIAL
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nasceu no dia 05 de maio de 1818 conhecido em todo mundo como Filósofo, Historiador,
pelos seus estudos da ideologia Socialista da qual a sua reputação é muito conhecida e
discutida. Em virtude das dificuldades sociais de sua época, emigrou para Inglaterra insta-
micas após exaustiva análise do sistema capitalista e do trabalho. Escreveu vários livros
Antes de sua ida para a Inglaterra Marx estudou nas universidades de Bonn e
Berlim, na universidade as ideias hegelianas. Para seus sustentos e terminar seus estudos
trabalhou no jornal Zeitung, um ambiente tido como radical na época com sua sede na
cidade de Colônia. Foi neste ambiente em que Marx começou a desenvolver a teoria da
concepção materialista da história. Perseguido pelos que eram contra suas ideias muda-se
onde conheceu Friedrich Engel, uma amizade que durou até o seu falecimento.
dade em seus estudos e na elaboração de suas teorias econômicas e sociais. Fez cam-
panhas para a divulgação do Socialismo tornando-se uma das figuras mais significativas e
Trabalhadores.
3
TÓPICO
ÉMILE DURKHEIM:
CONEXÃO SOCIAL
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TÓPICO
MAX WEBER:
RACIONALIZAÇÃO
SOCIAL
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Com um raciocínio mais flexível do que parece apresenta em seus escritos Weber
se utiliza da história e, ao detalhar com muita maestria suas pesquisas, ele nos apresenta
uma ampla explanação da cultura ocidental, pela visão da formação e da expansão do
capitalismo no mundo. Os seus conceitos sociológicos que está formulado em sua obra
“Economia e sociedade (1922)” resume o seu zelo sobre o assunto nos livros que a prece-
deram, especialmente na obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904- 1905)”
e na obra “A ética econômica das religiões universais (1915)”.
Duas conferências publicadas em 1919 merecem a atenção dos cientistas sociais e
Weber possui duas importantes obras para o entendimento de seu pensamento sociológico
“O ofício e a vocação do cientista e o ofício e a vocação do político” e “Ensaio sobre o
sentido da neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas”. Quando se
lê Weber nota-se o cuidado metodológico que ele teve para garantir cientificamente todo
o cuidado como investigador. Não se preocupa em alcançar a objetividade científica pela
desobrigação do pesquisador e deixa transparente o papel da subjetividade na produção
do conhecimento. Para Weber (2004), o sujeito cognoscente é parte do processo de con-
cepção da realidade, ou seja, compreender é o mesmo que segurar o sentido de uma ação
social. Busca nesse sentido a ênfase dos fenômenos estudados, ainda que não estejam
presentes na ação.
Assim, entender o sentido da ação resulta em chegar a acepção que o sujei-
to, ou os sujeitos da ação atribuem a ela, orientando-se pelo comportamento
de outros. Observa-se que, Weber amplia um recurso metodológico chamado
“construção de tipos ideais”, ou seja, os conceitos que organiza para explicar
a realidade aplicam-se, para um dado período histórico, à situação investi-
gada. Sociologia (no sentido aqui entendido desta palavra empregada com
tantos significados diversos) significa: uma ciência que pretende compreen-
der interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu
curso e em seus efeitos (WEBER, 2000, p. 03).
O nome do pensador francês Auguste Comte (1798-1857) está indissociavelmente ligado ao positivismo,
corrente filosófica que ele fundou com o objetivo de reorganizar o conhecimento humano e que teve grande
influência no Brasil. Comte também é considerado o grande sistematizador da sociologia. Seus argumentos
favoreciam o planejamento social, que para ele reverteria no bem estar do indivíduo.
Fonte: FERRARI, Márcio. Auguste Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo. 2008. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/186/auguste-comte-pensador-frances-pai-positivismo#. Acesso em:
17 ago. 2021.
Fonte: DURKHEIM, E. De la división del trabajo social. Tradução de David Maldavsky. Buenos Aires: Schapire, 1967.
Resumo: O presente texto tem por objetivo analisar, a partir da obra “As regras do
método sociológico” de Émile Durkheim, a especificidade do objeto de estudo da Sociologia
por meio do fato social. Como estratégia metodológica fez-se uma análise qualitativa da
obra em questão. Nesse sentido, em um primeiro momento, apresenta-se uma revisão de
literatura acerca da vida e obra do autor, com a finalidade de perceber suas convicções
filosóficas, políticas e sociais. Em um segundo momento analisa-se a contribuição de
Durkheim para o entendimento do objeto de estudo da Sociologia a partir de seu conceito e
das características do fato social. Conclui-se que, para Durkheim, a Sociologia compreende
a ciência que analisa as particularidades da sociedade através da observação sistemática
dos fatos sociais. Assim, os fatos sociais têm existência própria, externa aos indivíduos e
que no interior de qualquer grupo ou sociedade existem formas padronizadas de conduta e
pensamento baseadas na soma destas categorias.
LIVRO
Título: Sociologia
Autor: GIDDENS, Anthony.
Editora: Penso.
Sinopse: De uma forma objetiva o autor esmiúça os últimos
acontecimentos globais, destacando sempre a aplicabilidade
da sociologia, evidenciando de forma coesa como a sociedade
e a sociologia se entrelaçam. E nos envolve didaticamente com
as explicações sobre as teorias clássicas tão relevantes para
situarmos no contexto histórico.
FILME / VÍDEO
Título: Tempos Modernos
Ano: 1936.
Sinopse: O filme símbolo da sociologia, retrata diversa as situa-
ções sociais contraditórias comparando a uma vida urbana e
moderna, de uma forma cômica Chaplin evidencia, problemas
graves da época como alienação no processo de produção (me-
canização), exploração do trabalhador, consumismo, marginali-
zação entre outros problemáticos que fazem parte do contexto
sociológico.
MOVIMENTOS
SOCIAIS
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Plano de Estudos
• Movimentos e participação social;
• Minorias sociais, violência e criminalidade;
• Desigualdades e confrontos;
• Conhecimento e crítica.
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Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar movimentos e participação social;
• Caracterizar das minorias sociais, tipos de
violência e criminalidade;
• Estabelecer causas para a desigualdades e confrontos;
• Enfatizar a importância do conhecimento e crítica.
INTRODUÇÃO
Quantas vezes nos pegamos reclamando de algo que tenha acontecido em nossa
rua, nosso bairro, em nossa cidade ou até mesmo em nosso país. Damos opinião, de como
o fato ou situação poderia ter sido resolvido. Estar dentro de casa opinando é muito fácil,
o não querer se envolver diante de tantas situações conflitantes em nosso contexto social,
nos impossibilita de crescermos no coletivo. E toda busca individualizada pouca força há.
Quando falamos de movimentos e participação social, é sobre isso que queremos enfa-
tizar, muitas vezes a luta por direitos, por liberdade, não é minha de forma direta, mas fazemos
parte da sociedade e devemos opinar. Faz-se importante dizer que, essas ações devem ser
sempre pautadas sem violência e muito diálogo e democrático, buscando a consolidação dos
direitos já garantidos, além dos quais surgem conforme as transformações sociais.
Atualmente a minoria social vem tornando possível por intermédio de movimentos
sociais, fundamentar sua identidade, quais, quando não subsidiada pelo Estado, sua carên-
cia protetiva, se desencadeiam violência e/ou criminalidade. Quando não há o acolhimento
familiar, a rua, a droga, a prostituição, o crime, são ferramentas para a sobrevivência. Tor-
nando a sociedade o caos social que nos encontramos.
O próprio sistema capitalista divide as classes sociais e impõe padrões, esta
imposição acarreta desigualdades e confrontos. A desigualdade é evidente, entretanto
uma das preocupações é do comodismo sobre a situação, com afirmativas: “isso nunca
irá mudar”, “sempre foi assim”, “quem nasceu pobre, morre pobre”. O confronto nem
sempre é visível, sendo ele articulado por meio das mídias, de comportamentos o que o
torna mais doloroso e opressor.
Apenas com conhecimento é que podemos agir de maneira a amenizar ou sanar
esses embates sociais, pois, assim, podemos nos posicionar de forma inteligência, com
argumentações plausíveis e significativas. Tecendo críticas construtivas, participar dos
movimentos sociais em busca da consolidação de nossos direitos exige de cada um de nós
uma postura de ouvir, antes de qualquer coisa e agir após uma opinião constituída.
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TÓPICO
MOVIMENTOS E
PARTICIPAÇÃO
SOCIAL
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veremos quantas ações tão importantes resultaram de forma positiva, garantindo direitos a
organizações e instituições voluntárias, ou seja, não são empresas nem fazem parte do
regime governamental. pessoas com objetivos únicos que se aliam em busca da conquista
políticos ou desencadeiam interesses pessoas e coletivos. Essa luta de classe era defen-
O que você percebe de singularidade entre todos esses movimentos? Exato a bus-
ca de direitos, independente de qual esfera social, econômica, cultural, religiosa. É possível
denotar que o poder está centralizado sempre nas mãos de alguns que usam sempre ao seu
favor, exercendo autoritarismo, impondo o medo, objetivando seus propósitos. Atualmente
deparamos nos noticiários, situações que denotam a necessidade de os movimentos so-
ciais reivindicarem seus direitos, muitos deles estão estabelecidos na Constituição Federal,
mas não são de fato aplicados. O povo brasileiro precisa lutar pelos seus direitos de forma
coletiva. A alienação é que proporciona o mal fadado caos brasileiro, que se reflete na
saúde, educação, saneamento básico e tantas outras necessidades humanas.
2
TÓPICO
MINORIAS SOCIAIS,
VIOLÊNCIA E
CRIMINALIDADE
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Você já ouviu falar sobre esses termos: minoria social, violência e criminalidade?
Tenho certeza que sim, mas compreende a definição de cada um deles? Em todos os mo-
mentos que buscamos conhecer algo, mesmo que seja algo que ouvimos rotineiramente,
compreender a sua contextualidade é necessário. Os grupos minoritários têm como des-
vantagem ser dependente ou sempre estar em desvantagem em relação ao grupo maior.
Entender esse viés capitalista nos faz visualizar como reforçamos de forma automática
estas minorias tão frágeis politicamente.
Minoria Social, de acordo com que argumentamos em ciências sociais, um grupo
da população que de alguma forma é marginalizada, seja por suas condições econômicas,
sociais, culturais, físicos ou religiosos, ou seja, excluída da sociedade, são grupos que se
apresentam em desvantagem e como consequência sofre preconceito e discriminação.
O Brasil é repleto de grupos minoritários que denotam um grande contrassenso, pois a
Constituição Federal determina.
Esse grupo são excluídos pelo pré-conceito instituído por uma sociedade que
demonstra ser individualista. Os pertencentes à minoria podem ser por questões ligadas a
condições financeiras que direciona a qual classe social pertence, pela religião qual pro-
fessa sua fé, sabendo que o Brasil possui uma diversidade social imensa o que expande
a quantidade de preceitos religiosos, pela cultura qual está ligada que afirma muitas vezes
de qual etnia faz parte, quanto às necessidades especiais quais indivíduos apresentam, a
condições de orientações sexuais são razões preconceituosas de exclusão, não tendo seus
direitos básicos garantidos.
Para cada situação existe Leis diferenciadas, assim como para cada julgamento
uma sentença singular, assim como outros órgãos se posicionam a fim de amenizar ou
sanar como OMS (Organização Mundial da Saúde), ONU (Organizações entre outros.
Podemos denunciar crimes, mesmo sem ter efetiva certeza (com indícios), cabendo aos
órgãos competentes o processo de investigação, seja por meio de denúncia, MP (Ministério
Público,) delegacias, defensorias públicas, sindicatos.
É fundamental entendermos que violência e criminalidade são atos distintos. Já
sabendo como se caracteriza a violência, vamos entender melhor sobre a criminalidade.
Pois esse é um conjunto de infrações (atos ilegais). Os altos índices de criminalidade vêm
aumentando o caos social, qual estamos inseridos, a intolerância nos mostra como matar
tem sido uma ação frequente para eliminar o que não aceita. Como um caso recente
do congolês Moise Kabagambe no Rio de Janeiro, na orla da Barra da Tijuca que foi
assassinado (espancamento) no dia 24/01/2022, que foi agredido com aproximadamente
30 pauladas (taco de beisebol). O que o congolês pedia era apenas para pagarem pelos
seus dias trabalhados.
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TÓPICO
DESIGUALDADE
E CONFRONTOS
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Não há outra explicativa para que os serviços básicos quais a população merece, e
tem por direito, são negados, destacamos novamente o quanto é importante a sociedade se
inteirar e participar dos movimentos sociais, pois, muitos deles exigem os direitos das quais
temos constituindo em Lei (Constituição Federal), mas que muitas vezes desconhecemos.
Podemos mencionar algumas desigualdades mais graves no Brasil, sendo elas: alimen-
tação, saneamento básico, ensino de qualidade péssima, pouca formação profissional,
desemprego, saúde pública, mortalidade infantil, violência entre outros.
Quanto de nós, deparamos com revistas, propagandas, até mesmo livros didáticos,
com uma bela mesa de refeição e toda família perfeita em volta reunida. Uma visão ideal,
mas a realidade não se aplica a todos, em muitas mesas a fartura não é evidente, quando
há o que comer, mas é mais fácil mostrar o que enche os olhos e impulsiona o sistema
capitalista por meio do consumismo, do que expor a pobreza e gerar polêmicas por alguns
dias. Hoje pensar em família é repensar a construção dessa ideia, pois, o “modelo” que
regia os padrões, transformou-se.
Em cidades e estados, vemos as grandes belezas de prédios, centros comerciais,
que nos preenchem os olhos, nos atrai para as grandes maravilhas que o sistema capitalista
promove. Conforto e qualidade de vida. Quando caminhamos um pouco mais encontramos
uma outra realidade como se estivéssemos em outra localidade. Desestrutura, saneamen-
to básico precário, cabendo às pessoas que ali habitam uma situação de abandono. As
consequências se sintetizam muitas vezes na saúde pública, pois, muitas doenças são
oportunistas e se aproveitam da situação precária que sucumbe na dificuldade de se man-
ter a higiene do local e si próprio. E assim seguiríamos com muitos exemplos, em todas as
áreas que a sociedade ocupa.
A desigualdade traz suas consequências pois o indivíduo fica restrito a questões
ligadas à cultura e a história. Percebe como a falta de conhecimento, ocasionada pela
dificuldade que as pessoas possuem de estudar, ofuscam a necessidade conhecer a his-
tória, assim aprender a lutar pelas suas ideias de forma coletiva. Um só lutando, existe
força, imaginem milhares de pessoas, formando uma força motriz. Quando a minoria, que
aprendemos ser a maioria em quantidade, compreender esta potencialidade, o resultado
será visível politicamente. Umas das únicas formas de mudar esta questão é por meio do
voto. Pois, 80% do patrimônio privado do Brasil está na mão de apenas 10% das pessoas
mais ricas. O poder centralizado nas mãos de alguns. O autor descreve que:
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TÓPICO
CONHECIMENTO
E CRÍTICA
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De acordo com os dados da PNADC/T (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral),
divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no segundo trimestre de 2020, os par-
dos e negros representam 55,4% da população Nacional, ou seja, são a maioria populacional no que toca
ao recorte de raça no Brasil, mas de forma visível se enquadra no grupo minoritário, visto pelas exclusões
e preconceitos vivenciados.
Link de acesso:
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/lei-henry-bo-
rel-torna-hediondo-crime-contra-menor-de-14-anos#:~:text=Nessa%20terça-feira%20
(24),de%20Janeiro%20(RJ)
LIVRO
Título: Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no
Brasil Contemporâneo
Autor: Maria da Glória Gohn.
Editora: Vozes.
Sinopse: O livro contextualiza movimentos sociais que existi-
ram nos últimos 30 anos, evidenciando formas inovadores de
organizações em tempos atuais.
FILME / VÍDEO
Título: Cegueira
Ano: 2008.
Sinopse: O filme retrata uma epidemia, que denomina-se ce-
gueira branca que domina toda a cidade, entretanto, apenas a
esposa do médico local, consegue enxergar. A mesma encontra
todos os moradores em um abrigo, inclusive seus esposos em
situação de vulnerabilidade. O filme retrata o quanto é crucial
se pudéssemos prever nossos atos, antevendo consequências
para si e para o próximo.
SOCIOLOGIA:
IMPACTOS E
CONSEQUÊNCIAS
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Plano de Estudos
• História e fundamentos dos Direitos Humanos;
• Direitos Humanos Mitos e Verdades;
• Direitos Humanos no Brasil;
• Violação dos Direitos Humanos no Cenário Mundial.
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Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar a história e fundamentos
dos Direitos Humanos;
• Descrever mitos e verdades sobre os Direitos Humanos;
• Compreender sobre os Direitos Humanos no Brasil;
• Caracterizar fatos mundiais que violam
os Direitos Humanos.
INTRODUÇÃO
Nesta etapa de aprendizagem, estudaremos sobre algo que deveria ser natural em
nossa rotina, direitos, mas ao compreender a complexidade dos contextos sociais, econô-
micos, culturais, religiosos visualizamos que para garanti-los precisamos buscar ajuda e
proteção. O que é direito? Ele não deveria ser algo automático, inerente ao ser humano?
Infelizmente os interesses por trás das situações causam uma imobilização por parte de
muitos, mas, garantir nossos direitos é tão crucial quanto cumprir nossos deveres.
Compreenderemos nesta unidade todo o contexto histórico que possibilitou a cons-
trução sobre as diretrizes que regem os direitos humanos, que está entrelaçada diretamen-
te com as histórias das constituições brasileiras, que desde então busca descentralizar o
poder, estas por sua vez tiveram extrema importância para a garantia dos direitos humanos,
com o intuito de manter a dignidade dos indivíduos e de uma sociedade.
Veremos como os EUA e a França passaram por grandes transformações, e de for-
ma coesa foram criadas as Declarações que garantem direitos para as pessoas, entender
quem foram os filósofos que influenciam nesta grande mudança, e quais os direitos foram
garantidos. Quando falamos em direito nos referimos a uma pessoa que tem o propósito de
contribuir para os direitos básicos de todos?
O povo brasileiro pode ter tranquilidade em relação aos direitos humanos, poden-
do confiar em sua aplicabilidade? Quando pensamos em direito e que remete a dignidade
humana que compromete a formação do indivíduo, então falamos de educação, saúde e
segurança pensado de modo coletivo. Mas também em grupos minoritários mulheres que so-
frem violência doméstica, presos em condições insalubres, a marginalização do pobre entre
outros. Precisamos compreender se o Brasil avançou, retrocedeu ou estagnou quanto a isso.
No cenário mundial temos grandes nomes de líderes políticos, que maneira pacífica,
lutaram pelo direito de seu país, do seu povo, mas como foi esta luta, cercada de violência
e desordem, qual o resultado, em relação ao mundo, os direitos da Declaração Universal
dos Direitos Humanos são resguardados? São inquietações quais estudaremos a seguir.
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TÓPICO
HISTÓRIA E
FUNDAMENTOS
DOS DIREITOS HUMANOS
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Tudo tem uma razão de existência, quando falamos sobre direitos humanos não é
diferente. No Brasil, a consolidação e estruturação dos direitos está ligada de forma expres-
siva à historicidade das constituições brasileiras. Para que você entenda, vamos analisar
uma por vez e suas contribuições. Em 1824, a Constituição Imperial, que foi a primeira
Na época o poder era quase todo centralizado nas mãos do Imperador, o que retra-
tava tanta ineficiência, mesmo assim, houve várias manifestações com intuito de obter a
liberdade que culminou com a contextualização sobre os direitos humanos que a Constitui-
ção favorecia. Nesta Constituição, a inviolabilidade dos direitos civis e políticos tinha como
promulgada a primeira Constituição Republicana que tinha como base , “dar corpo” jurídico
A Constituição de 1934 visava o bem estar de todos, assim até mesmo os direitos
culturais foram preservados. Com a estruturação da Justiça Eleitoral e do voto secreto, a
constituição brasileira começou a prospectar conceitos significativos para todos de ordem
econômica, social e cultural. Isso ocorreu até 1937, pois, o autoritarismo no Brasil, momento
estes que os direitos humanos deixaram de ser razão de preocupação dos governantes.
No governo de Getúlio Vargas, regime do Estado Novo, de forma emergencial foi
declarado a imediata suspensão de quase todas as liberdades da qual o ser humano tinha
o direito,sendo alguns deles: direito de ir e vir, sigilo de correspondência, restrição a todos
os tipos e formas de comunicação, proibição de reuniões e tudo que pudesse suscitar
movimentos, motins e protestos. Entretanto, em 1946, com a nova Constituição, os direitos
foram restaurados e ampliados bem como todos os direitos sociais, sendo estabelecido o
direito à greve e salários com valores estabelecidos.
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TÓPICO
DIREITOS HUMANOS:
MITOS E VERDADES
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estudiosos no assunto. Você já ouviu falar na Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH)? Este é um documento que foi aprovado e feito uso pelas Organizações das
Nações Unidas (ONU) desde 1948, para ampliar e sustentabilizar os princípios nortea-
dores deste instituição internacional. Você pode estar se perguntando: “Qual o objetivo
da ONU, com este documento? Simples e de uma certa forma! Incentivar que membros,
nacionalistas que tivessem a mesma proposta contida no DUDH. Pois neste documen-
to, tudo que fosse referente ao ser humano atingiria seu direito universal e inalienável,
Claro que a Independência dos EUA repercutiu, principalmente na França, que per-
passa por um momento frágil que culminou, na Revolução Francesa, que tinha como proposta
acabar com a monarquia absolutista e ter seu governo por intermédio da permissão do povo.
Todos queriam o fim dos privilégios da aristocracia e do clero e que o povo pudesse ter seus
direitos naturais alicerçados. Foi um processo muito parecido com o que ocorreu nos EUA, e
foi chamado de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Dois grandes nomes que
estavam envolvidos na Declaração de Direitos da Virgínia também tiveram grande influência
na Revolução Francesa: Thomas Paine e Thomas Jefferson. Entretanto as influências filosó-
ficas de Montesquieu, Voltaire e Rousseau, foram de grande valia.
3
TÓPICO
DIREITOS
HUMANOS
NO BRASIL
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Com certeza caminhando a passos muito lentos. Tantos anos se passaram desde as pri-
de 1946, mesmo com perdas e ganhos, na atualidade, sabemos que a estagnação para
a garantia dos direitos básicos são inexpressivas. E quais seriam os motivos para esta
fatalidade? A falta de interesse por parte de grande parte dos governantes (esfera federal,
derivam muitas vezes de pessoas que precisam dos seus direitos básicos garantidos, haven-
do uma resistência em aceitar a categorização desses direitos. Talvez por verem a ineficácia
do sistema, não conseguem ver verdade na aplicação destas garantias. De forma inescru-
pulosa, os exemplos de pessoas que lutaram para a garantia dos direitos foram silenciadas,
ameaçadas e até assassinadas, como o caso de, Francisca Chagas, Maria Trindade, Nísia
Floresta, Bertha Lutz, Chico Mendes e tantos outros. Assim entendemos que:
[...] os direitos humanos simbolizam uma racionalidade de resistência, na me-
dida em que traduzem processos que abrem e consolidam espaços de luta
pela dignidade humana. Realçam, sobretudo, a esperança de um horizonte
moral, pautado pela gramática da inclusão, refletindo a plataforma emancipa-
tória de nosso tempo (PIOVESAN, 2005, p. 36).
É notório que a violência praticada é específica para a classe social pobre,nestes es-
paços o Estado, usa como arma a repressão, promovendo, incentivando uma guerra social,
objetivando um controle social desigual. Podemos afirmar que os ocorridos refere-se a:
[...] guerra social do Estado contra a pobreza (...) as execuções sumárias,
que são apoiadas por grande parte da opinião pública, quando não ignoradas
como fato banal. Os policiais e agentes do Estado naturalmente olham antes
de atirar. Não fosse assim, as execuções sumárias não atingiram especifica-
mente os habitantes do território da pobreza, em seus bairros e favelas ou
nas ruas das cidades (ALMEIDA, 2009, p. 05).
Em pleno século 21, esse tema deveria ser algo, apenas como retrato de nossa
história “trabalho em situações analogas á escravidão”, mas esses crimes ainda perduram,
destacadas nas redes sociais, trabalhores sendo resgastados, sofrendo por condições
degradantes de trabalho, jornadas exaustivas, seridão por dívida e trabalho forçado. É ex-
plícito que a dificuldade de se acreditar que nossos direitos são garantidos partem destes
princípios, não enxergamos a praticidade do que está garantido pela Lei. Motivo para que
a coletividade aprenda a fazer reconhecer seus direitos.
4
TÓPICO
VIOLAÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS
NO CENÁRIO MUNDIAL
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Impossível não iniciar esta contextualização sem mencionar a frase de Martin Lu-
ther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Mediante
a tantas atrocidades vistas e estudadas no decorrer da história, temos a consciência que
fatos similares ainda acontecem, as vezes de imediato, causam uma comoção nacional,
horas depois, tudo é esquecido. O direito violado de uma pessoa é a violação de toda uma
coletividade. Haja vista que naquele instante a vítima direta não é você ou alguém próximo,
mas não temos controle do dia seguinte. Quando o sofrimento do seu semelhança não lhe
fere, não lhe angústia, penso que algo errado está acontecendo com a humanidade.
A sociedade tem direitos básicos a serem garantidos e quando isso não ocorre,
provoca sofrimentos por meio da discriminação, intolerância, injustica, opressão, tortura
física e psicológica e escravidão. Logo após o término da II Guerra Mundial, em 1948, a De-
claração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas foi assinada, para que todos
tivessem a ciência de que era necessário preservar a justiça, os direitos e assegurar a paz
entre todos. Homens notáveis defenderam os direitos humanos porque sabiam que sem
eles, nunca haveria progresso e tão civilizações, destacamos: Martin Luther King, Mahatma
Gandhi e Thomas Jefferson.
Martin Luther King foi líder que impulsiona mudanças, um líder pacifico, que combatia
o racismo, sua busca era promover os primórdios da liberdade e igualdade, como também
pelos direitos civis na América. Tornou-se um dos mais importantes lideres dos movimentos
pelos direito civil dos negros nos Estados Unidos. Sua luta era em um momento conflituoso,
no auge do movimento contra a segregação no centro do país mais rico do mundo.
Fonte: HUNT, Lynn. In: A invenção dos direitos humanos: uma história. tradução Rosaura Eichenberg.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 27.
“A dignidade humana está fundada no conjunto de direitos inerentes à personalidade da pessoa (liberdade
e igualdade) e também no conjunto de direitos estabelecidos para a coletividade (sociais, econômicas e
culturais). Por isso mesmo, a dignidade da pessoa não admite discriminação,s eja, de asncimento, sexo,
idade, opiniões ou crenças, classe social e outras.
Fonte: CASTILHO, Ricardo. Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 137.
LIVRO
Título: A Invenção dos Direitos Humanos
Autor: Lynn Hunt.
Editora: Companhia das Letras.
Sinopse: O livro destaca todo o contexto histórico sobre a base
construtiva dos direitos humanos, fazendo uso dos conheci-
mentos da filosofia e história, abrangendo a historicidade da
Europa a América, de forma didática e envolvente.
FILME / VÍDEO
Título: Cafarnaum
Ano: 2019.
Sinopse: Retrata a vida de uma criança que com 12 anos, se
vê repleto de responsabilidade para com seus irmãos, pois,
seus pais trabalham de maneira exaustiva para conseguir dar
as condições básicas para a sobrevivência dos filhos. Zain se
revolta, ao ver que sua irmã de 12 anos sendo obrigada a casar
com um homem mais velho, revoltado foge de casa.
SOCIOLOGIA
CONTEMPORÂNEA
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Plano de Estudos
• Sociologia Contemporânea: Definição,
Objetivos e Características;
• Sociólogos Contemporâneos e Tematizações;
• Contemporaneidade e Tecnologia da Informação;
• Sociologia Contexto Diário.
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Objetivos da Aprendizagem
• Caracterizar objetivos e características
da sociologia contemporânea;
• Compreender os tipos de temáticas e sociólogos
• envolvidos;
• Estabelecer a importância da tecnologia
da informação e sociologia no contexto histórico.
INTRODUÇÃO
Tudo que fazemos em nossa vida, precisa ser muito bem pensado, compreender
suas definições, ter objetividade, partindo das características do que queremos alcançar
traçando metas. A sociologia contemporânea nos traz essa dinâmica, construindo concei-
tos, avaliando todas as inovações ao redor, tudo se transforma, se inova e precisamos
alcançar essas construções por meio do conhecimento. Sem perdermos a essência de
tudo que aprendemos no decorrer de nossa história, que traz crescimento por intermédio
de nossas experiências.
Além de aprendermos conosco, nosso conhecimento empírico, a coletividade nos
proporciona essa ampliação com informações metodicamente transformando em apren-
dizagem. Entretanto, há especialistas em todas as áreas do conhecimento, e assim, na
sociologia não é diferente, estudaremos sociólogos que trouxeram grande contribuição
no cenário brasileiro com várias temáticas, quais são pertinentes aos momentos histó-
ricos vigentes e que até em dias atuais trazem assuntos tão pertinentes à atualidade.
Entender a escolha da temática desenvolvida por cada sociológico, nos fará entender
sobre a filosofia de cada um.
Ter opiniões fundamentadas na ciência é importante, pois, saímos do patamar do
senso comum ou seja “todo mundo fala”, para refletirmos assuntos pertinentes a nossa
qualidade de vida: a tecnologia de informação, por exemplo, na contemporaneidade traz
benefícios ou malefícios? Precisamos compreender que tudo tem sua dualidade e que pre-
cisamos compreender como fazer uso sem que cause prejuízo em nosso desenvolvimento
pessoal ou profissional. A informação em época de globalização deve ser utilizada a nosso
favor, favorecendo crescimento e aprimoramento, seja ela em qual esfera destinamos.
1
TÓPICO
SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA:
DEFINIÇÃO, OBJETIVOS E
CARACTERÍSTICAS
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Antes de adentrarmos ao tema, foco de nosso estudo, vamos fazer uma breve
retomada. Você compreendeu o que é sociologia? Este conceito é fundamental que com-
preenda para traçar um paralelo, destacando as similaridades e diferenças do que iremos
aprender a seguir. A Sociologia é uma ciência, em específico ciências sociais, que é dividida
em três áreas: a antropologia que estuda a diversidade cultural, a ciência política, centrada
nos temas relativos ao poder e a sociologia propriamente dita que estuda a sociedade
outras categorias e cada qual determina um aspecto da sociedade.
A Sociologia Contemporânea marca uma época, pois sintetiza todo o estudo so-
ciológico compreendido após a II Guerra Mundial até a atualidade. Mas o que esta guerra
interferiu para ser necessário classificar em Sociologia Clássica e Sociologia Contempo-
rânea? A guerra trouxe consigo, além de tudo que é óbvio, dor, morte, pobreza, também,
paralisou todas as demandas intelectuais. Entretanto, a partir de 1940, as instituições de
ensino superior começaram a administrar a Sociologia em seus cursos, com tantas conse-
quências que o conflito trouxe na esfera política, econômica, cultural, religiosa, era preciso
inovar nas propostas visando um qualitativo trabalho para com a sociedade. Surgiram
então novas formas metodológicas para marcar a sociologia Contemporânea, entretanto,
as contribuições dos filósofos: Augusto Comte, Karl Marx, Herbet Spencer, Gabriel Tarde,
Émile Durkheim, Georg Simmel, Max Weber entre outros da Sociologia Clássica foram de
fundamental relevância.
2
TÓPICO
SOCIÓLOGOS
CONTEMPORÂNEOS
E TEMATIZAÇÕES
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movimento da Escola Nova, que tinha como premissa renovar a educação, contrariando os
Dedicou parte de seu tempo para as temáticas indígenas. Sua ideia principal era sobre
Umas das obras que reflexiona sobre os negros casa Grande e Senzala” destaca a
formação da sociedade brasileira, tendo como relação senhor e escravo, que direciona ao
mito da democracia racial brasileira, foi escrita por Gilberto Freyre, que faz criticas severas
teoria de que a mistura “miscigenação” seria capaz de consolidar uma população mais uni-
caracterizada pelo aspecto positivo da mistura das etnias, pelas contribuições sociais,
nias, seu intuito era analisar a formação da sociedade brasileira e as interações culturais
dinamizadas por elas. Teve como influenciador Max Weber. Para Holanda, o homem cordial
seria uma forma de transformar a humanidade. Prado Júnior contribui estudando a forma-
ção brasileira, desde seus primórdios com a chegada dos brasileiros, sua configuração é
pesquisas heróis singulares, analisando grupos políticos que contribuíram para a constru-
ção da história. Este por sua vez estudou o território brasileiro amplamente e contribuiu
As tematizações são sempre frutos das manifestações que ocorrem de acordo com
cada momento histórico, conforme as transformações sociais acontecem o que é neces-
sário, as pesquisas se direcionam para entender e intervir teoricamente nesse processo
construtivo e formador da sociedade. Alguns caminhos das pesquisas são previstos outros
inusitados, pois as mudanças sociais trazem consigo situações inusitadas, que são influen-
ciadas sem dúvida pela meios de comunicação, fortalecidas pela tecnologia.
3
TÓPICO
CONTEMPORANEIDADE
E TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
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4
TÓPICO
SOCIOLOGIA
NO CONTEXTO
DIÁRIO
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A sociologia nos impulsiona a refletir sobre o mundo social, que nos constrói so-
cialmente e automaticamente é construído por nós. Uma troca de crescimento, vivemos de
forma coletiva, um conhecimento se agrega a outro, entender nossos limites. Estar no meio
social, não significa que precisamos fazer tudo o que as demais pessoas fazem. Estamos
em uma sociedade que vive de aparência em muitos aspectos. Quantas vezes por dia, você
tem o costume de postar fotos pessoais nas redes sociais?
Evidentemente, a tecnologia está muito presente nesta epóca, do que em mo-
mentos históricos anteriores. Mas veja sociologicamente a necessidade de algumas
pessoas, mostrarem felicidade, que muitas vezes são aparentes, sendo o mais impor-
tante aparecer sendo feliz, do que ser feliz verdadeiramente. Este é um dos conceitos
que a sociologia digital tenta compreender sobre o uso das tecnologias pela sociedade.
Entender as razões de tantas exposições irreais denotam a fragilidade de uma sociedade
tecnologicamente fragilizada.
LIVRO
Título: Uma Sociologia da Vida Cotidiana
Autor: José de Souza Martins.
Editora: Contexto.
Sinopse: O livro estimula a compreender melhor a sociedade e
evidencia que a sociologia cotidiana tem o objetivo de investi-
gar, descrever, interpretar todos os viés que evidenciam fatos
sociais que de certa forma impactam para a sociedade, inves-
tigando as singularidades do cenário brasileiro, no aspecto de
Ciências Sociais.
FILME / VÍDEO
Título: Tarde para Morrer Jovem
Ano: 2020.
Sinopse: Três crianças vivem com suas famílias nas montanhas.
O que os adultos querem é criar uma sociedade longe dos ex-
cessos das metrópoles. Mas os problemas de logística como a
falta de água só gera desentendimentos entre eles e as crianças
sonham em sair de lá.
ANDERY, Maria Amélia Pie Abib; SÉRIO, Tereza Maria de Azevedo Pires. Há uma ordem
imutável na natureza e o conhecimento a reflete: Augusto Comte (1798-1857). In: AN-
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CONCLUSÃO GERAL
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88
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