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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE
CIVIL - PARTICIPAÇÃO EM
CONSELHOS GESTORES
Professor Me. Leonardo Carvalho de Souza
REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Giani Andrea Linde Colauto
DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel
SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Caroline da Silva Marques
Eduardo Alves de Oliveira
Jéssica Eugênio Azevedo
Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Hugo Batalhoti Morangueira
Bruna de Lima Ramos
Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira
Carlos Henrique Moraes dos Anjos
Kauê Berto
Pedro Vinícius de Lima Machado
Thassiane da Silva Jacinto
FICHA CATALOGRÁFICA
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AUTOR
Professor Me. Leonardo Carvalho de Souza
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo (a)!
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desafios e contradições que envolvem os conselhos gestores e de direitos no âmbito das
políticas públicas e sociais.
Desde já, é preciso registrar que as Organizações da Sociedade Civil (OSC) são,
depois das instituições públicas, as instituições que mais empregam assistentes sociais no
Brasil, por isso, compreender e entender sobre o Terceiro Setor, Organizações da Socie-
dade Civil (OSC), suas contribuições, desafios e contradições é catedrático no processo
formativo. Ademais, seja atuando no setor público ou no Terceiro Setor, é muito comum a
participação de profissionais do Serviço Social nos conselhos gestores e de direitos, por-
tanto esse também é um âmbito que precisa ser por nós, estudado e compreendido a fim
de que possamos participar dos conselhos gestores de modo qualificado, crítico e criativo,
sempre afinados ao Projeto Ético-Político Profissional do Serviço Social e na defesa dos
direitos humanos e sociais.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
Serviço Social e Organizações da
Sociedade Civil (OSC)
UNIDADE 2
Organizações da Sociedade Civil e
Terceiro Setor no Contexto Brasileiro
UNIDADE 3
Estado, Neoliberalismo e Organizações
da Sociedade Civil (OSC)
UNIDADE 4
Regulamentações das Organizações
da Sociedade Civil (OSC)
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UNIDADE
SERVIÇO SOCIAL E
ORGANIZAÇÕES DA
SOCIEDADE CIVIL (OSC)
Professor Me. Leonardo Carvalho de Souza
Plano de Estudos
• Conceituando o Serviço Social.
• Serviço Social e a sociabilidade capitalista;
• Serviço Social, o Estado brasileiro e as entidades socioassistenciais.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar o Serviço Social;
• Compreender a inserção do Serviço Social na sociabilidade capi-
talista e suas relações com a Igreja Católica e com o Estado;
• Entender as entidades socioassistenciais enquanto resposta ao
capitalismo e seu aparecimento.
INTRODUÇÃO
Na unidade I: “Serviço Social e Organizações da Sociedade Civil (OSC)” vamos
recapitular elementos que caracterizam nossa profissão, sua genealogia no contexto do
capitalismo, sua relação com a Igreja e a legitimação da profissão por meio de aparatos do
Estado brasileiro, vamos finalizar com a discussão de entidades religiosas que prestavam
caridade à população, a fim de entender como algumas destas mais tarde vão se tornar
OSC e seguir as prescrições e regulamentações do Terceiro Setor.
SERVIÇO SOCIAL E
ORGANIZAÇÕES DA
SOCIEDADE CIVIL (OSC)
SERVIÇO SOCIAL
E SOCIABILIDADE
CAPITALISTA
Nesse sentido, aos assistentes sociais é preciso saber falar, explicar e escrever sobre
esses assuntos, sobre a lei geral da acumulação capitalista e suas implicações, sobre a ques-
tão social e suas expressões e sobre as particularidades do capitalismo brasileiro. Quando
vocês estudarem tais conceitos, lembrem-se sempre de buscar responder três questões
epistêmicas importantes, o que é cada um deles? Como é? E o porquê? Por exemplo, o que é
o capitalismo? Como ele é? E o porquê dessa estrutura social? Óbvio que há mais elementos
para compreender a totalidade de um assunto. Entretanto, você perceberá que ter condições
de responder tais questões evidenciam uma compreensão razoável sobre os assuntos, os
quais vocês estão estudando. Sobre as categorias apresentadas vamos buscar aprofundá-las.
O capitalismo é então, em resumo, uma forma de organização social, por meio
da qual a população se estabelece para produzir e reproduzir a vida social. Tal sistema
econômico, social e político se estrutura a partir de uma lei geral da acumulação capitalista,
que promove um processo de reprodução do capital em escala ampliada, ele se torna
permanentemente valorizado por um viés de mais valor que se dá por meio de trabalho
explorado. Sendo assim, a acumulação se baseia no processo pelo qual o capital é sempre
capitalizado pelo trabalho excedente e que não é remunerado à classe trabalhadora (IAMA-
MOTO e CARVALHO, 2014; NETTO, 2015; MARTINELLI, 2000).
Quanto mais concentração de capital, maior é a sua capacidade material de
investimento e aplicação na força do trabalho e nos meios de produção, bem como de
apropriação da riqueza produzida por toda a população. Foi por produzir e não ter acesso
a bens sociais essenciais, que a classe trabalhadora começou a demandar e reivindicar
O que nos interessa é que o Serviço Social faz uma atuação concomitante com a
caridade, mas foi se apartando dessas intervenções de cunho caritativo e religioso com o pro-
cesso de profissionalização. Martinelli (2000), Iamamoto e Carvalho (2014), trazem inúmeras
contribuições para entendermos esse percurso do Serviço Social na história. Acrescentam
que inicialmente o Serviço Social não tinha uma identidade própria, mas uma identidade
criada pela burguesia e pelo Estado Brasileiro, pois era uma espécie de braço dessas insti-
tuições. Contudo, com determinadas alterações econômicas, políticas e sociais da história o
Serviço Social vai passando por mudanças internas, que o darão as características que estão
hoje em seu projeto ético político profissional, como a defesa da democracia, dos direitos
humanos, da socialização da riqueza e da expansão dos sujeitos sociais (BRASIL, 2012).
Outra obra recentemente publicada é “História pelo Avesso: a reconceituação do Serviço
Social na América Latina e interlocuções internacionais”, organizada pelas professoras Marilda
Iamamoto e Cláudia Mônica dos Santos (2021), seus textos também contribuem por meio dos
seus capítulos para pensarmos o Serviço Social e seu desenvolvimento na história, sua trans-
formação de um braço da Igreja e do Estado para uma profissão permeada por contradições
que atualmente se posiciona a favor da democracia e da classe trabalhadora primordialmente.
A referida obra trata da reconceituação do Serviço Social. Há contribuições para
pensar o Brasil, outros países da América Latina. Além de apresentar sobre tendências
do Serviço Social em diferentes países. Sobre o trabalho do assistente social em países
como Argentina, Chile, Colômbia. E especialmente, no Brasil. Dado que o Brasil foi pioneiro
em algumas alterações, foi o Serviço Social brasileiro que primeiro conceituou/consolidou
Link: https://mapaosc.ipea.gov.br/
Você pensa que entidades religiosas ou ONGs e OSCs são capazes de resolver os problemas sociais com
os quais nos deparamos atualmente? Busque refletir sobre a contribuição e os limites dessas instituições.
• Editora: Cortez.
FILME
• Ano: 2010.
• Sinopse: O documentário conta a história da assistência social
no Brasil, mostra como a desigualdade praticamente acompanha
a própria história do país. Evidencia como entidades religiosas
contribuem para atender as pessoas mais vulneráveis. Em seguida,
menciona a Legião Brasileira de Assistência (LBA), o Sistema “S” e
outras instituições criadas no governo de Getúlio Vargas que atuavam
nessa dimensão social. A Ditadura Militar (1964-1984) não implicou
em grandes alterações no processo desigual que marcava a vida das
pessoas, mesmo que algumas legislações trabalhistas tenham sido
implementadas nesse período. Por fim, trata-se da Constituição Fede-
ral de 1988 e como a mesma funda um novo contexto de garantia de
direitos, implementação de políticas públicas e participação popular.
ORGANIZAÇÕES DA
SOCIEDADE CIVIL E
TERCEIRO SETOR NO
CONTEXTO BRASILEIRO
Professor Me. Leonardo Carvalho de Souza
Plano de Estudos
• Crises do capital e respostas neoliberais
• Estado, direitos constitucionais e participação democrática
Objetivos da Aprendizagem
• Entender o contexto de criação das Organizações da Sociedade
Civil do Terceiro Setor no contexto brasileiro;
• Compreender a crise estrutural do capitalismo e suas implicações
nas políticas públicas;
• Perquirir as principais características do contexto econômico
brasileiro de 1990, do neoliberalismo e seus rebatimentos nas
políticas públicas e sociais;
• Estabelecer as conexões entre crise do capitalismo, neoliberalismo
e terceiro setor;
INTRODUÇÃO
Caros(as) estudantes, se na Unidade I, recapitulamos aspectos do Serviço Social en-
quanto resposta às mazelas e desigualdades produzidas pela sociabilidade capitalista, e sobre
o papel do Estado e da Igreja junto a questão social, na unidade II, temos por objetivo entender
a criação das Organizações da Sociedade Civil do Terceiro Setor no contexto brasileiro.
Tendo recuperado algumas características do Serviço Social e das políticas públi-
cas brasileiras no século XX. Podemos pensar melhor sobre a caracterização da década
de 1990 e especialmente, como o marco constitucional impacta na relação do Estado com
as instituições socioassistenciais e como essas antigas entidades e organizações religiosas
que ofertavam atendimentos por meio de caridade, benemerência e benesses vão prestar
serviços, agora, de interesse público de modo legal, regulamentado a fim de atender pres-
crições que vão sendo elaboradas em diferentes segmentos.
Para exemplificar, a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em
1990 trouxe prescrições para o atendimento ao público infantojuvenil. Então, as Organiza-
ções da Sociedade Civil (OSC) precisaram passar a seguir prescrições legais e jurídicas.
Isso também acontece com o caso das pessoas com deficiência, pessoas idosas, etc. Mas
antes de aprofundarmos essa discussão vamos começar pelo contexto de 1990 quando
houve o aumento e intensa demanda por tais instituições e pelo terceiro setor.
CRISES DO CAPITAL E
RESPOSTAS NEOLIBERAIS
Para entender a década de 1990 nos cabe recuar um pouco, no mínimo, os marcos
de 1973. Neste ano, o mundo foi marcado por uma crise econômica, a chamada crise do
petróleo. A economia internacional já havia passado por outras crises, como por exemplo,
1929, a chamada grande depressão, e outras de menor intensidade e repercussão. Essas
crises tinham um caráter cíclico. Contudo, para autores como Mészáros (2011) e Alves
(2013), a crise de 1973 deixa de ter um caráter cíclico, isto é, com altas e baixas, períodos
longos entre cada depressão, sendo que após cada baixa, o sistema logo voltava a crescer
e acumular, e no qual um setor sempre era o setor mais responsável.
Diferentemente, a crise de 1973 têm um caráter estrutural, ou seja, o crescimento
não volta de modo rápido, e todas as esferas da economia são radicalmente afetadas (pro-
dução, circulação e consumo de mercadorias). Ademais, as quedas passam acontecer em
um período menor, ao passo que, podemos visualizar crises em 1973, 1980, 1990, 2002,
2008, 2012. Ou seja, os períodos de crescimento entre as crises diminuem. E hoje é impos-
sível afirmar que não estamos em uma crise, a crise é evidente. Carcanholo (2010) entende
que as crises são inerentes ao sistema capitalista1, pelo modo como se produz a lei geral
de acumulação capitalista é que elas se produzem e se reproduzem. A própria pandemia
contribuiu para acirrar a crise econômica internacional, contudo, a pandemia não é a causa
da crise, essa explicação faz parte de modelos explicativos que não focam na historicidade.
1 Nesse vídeo, de 2021, o pesquisador e professor Marcelo Dias Carcanholo contribui para compreensão
das crises e faz conexões da mesma com a pandemia da Covid-19, evidenciando que a pandemia não é
causadora da crise atual, mas contribui ao seu aprofundamento. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=z03k28tWRgc. Acesso em 20 nov. 2022.
A crise de 1973 repercutiu por vários anos, implicou na redução da produção fomen-
tada no pós-guerra, desse modo, pode-se pensar que o desemprego, inflação, alta no valor
dos produtos, diminuição do poder aquisitivo da população foram imbricados nesse período.
A estagnação do crescimento começa a marcar a economia nos anos subsequentes aos da
crise de 1973. As inúmeras mudanças vão permitir que passemos a falar de um capitalismo
contemporâneo, pois a ideia de produção e consumo em massa, de hegemonia do capital
produtivo passam a ceder lugar para um modelo de produção Just In Time (na hora certa),
sendo que os produtos são fabricados quando já se tem um comprador(a) ou sua demanda.
Além disso, passamos a ter uma hegemonia do capital financeiro, para exemplificar,
podemos dizer que os bancos e instituições financeiras passam a ter mais poder econômi-
co e político do que o setor da indústria. Obviamente, que não se pode esquecer que tais
dimensões se conectam e se relacionam. A economia na perspectiva que adotamos aqui é
uma totalidade conectada. Ademais, enquanto resposta à crise, os países de capitalismo
central (Estados Unidos, China, Inglaterra, França, Alemanha, Japão, etc) desenvolvem
inúmeros mecanismos para se apropriarem da produção dos países de capitalismo perifé-
rico (Índia, Chile, Brasil, Argentina, etc.), bem como de lucros.
O ciclo do capital (produção, circulação, consumo), precisa ser acelerado, espe-
cialmente, em momentos de crise, e fundamentalmente para realização do capital fictício,
que é um capital num sentido abstrato. Para exemplificar podemos supor que você faz um
investimento de 1000 reais e receberá 100 reais por mês se mantiver esse investimento,
a priori esse montante de capital que você receberá não existe. Mas podemos perguntar,
como ele passa a existir? É prudente pensar que não é o dinheiro que faz dinheiro como
se diz popularmente, e, também que o mais valor, que criará o lucro, só pode ser obtido
por meio da exploração da força de trabalho, pois só o trabalho cria valor. Portanto, seu
investimento de 1000 reais irá para algum fundo, ou empresa, a Vale, por exemplo, que irá
produzir determinada quantidade de minério e com o valor expropriado do trabalho alheio
2 Moraes (2001, p. 13, grifo nosso) entende o Neoliberalismo da seguinte forma: “Aquilo que se tem
chamado de neoliberalismo, como dissemos, constitui em primeiro lugar uma ideologia, uma forma de ver o
mundo social, uma corrente de pensamento. Desde o início do século XX podemos ver tudo isso apresentado
por um de seus profetas, o austríaco Ludwig von Mises (1881-1973). Mas é um discípulo dele, o também
austríaco Friedrich von Hayek, que terá o papel de líder e patrono da causa”.
3 O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi instituído pela Lei n. 10.260, de 12 de julho de
2001, possibilita a concessão de financiamentos a estudantes de cursos superiores não gratuitos, que deve
contar com uma avaliação do Ministério da Educação, tanto referente a disponibilidade de recursos quanto o
reconhecimento do curso mediante o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que
devem possuir conceito mínimo de 3 pontos. A destinação dos financiamentos deverá priorizar estudantes
que não possuam curso de ensino superior e/ou que tenham iniciado um processo de financiamento e não o
tenham quitado (BRASIL, 2001).
4 O Programa Universidade para Todos (PROUNI) foi instituído pela Lei n. 11.096, de 13 de janeiro
de 2005, e possibilita a concessão de bolsas em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas, de 25, 50 e
100% do valor a estudantes em situação de vulnerabilidade, que possuam renda mensal per capita inferior a
três salários mínimos, sendo as bolsas integrais concedidas apenas a estudantes que não possuam diploma
de curso superior e renda inferior a 1 salário mínimo e meio. Como contrapartida às instituições de ensino
superior são isentas de parte dos impostos, o que reduz a arrecadação do governo, assim como montantes
de dinheiro que poderiam ser investidos nas IES públicas (BRASIL, 2005).
ESTADO, DIREITOS
CONSTITUCIONAIS E
PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA
A área da saúde também contou com intensa privatização nesse período, grandes
planos de saúde foram criados na década de 1980/90. Até aqui a saúde não era amplamen-
te democratizada. Contudo, em meio ao avanço privatista e neoliberalizante como resposta
à crise, não podemos esquecer que partimos de uma concepção que considera a luta
de classes. Portanto, precisamos pensar que grupos vão disputar na arena social, quais
projetos serão inscritos na agenda política. O contexto da redemocratização e constituinte
será excelente para entender esses embates e visões de mundo em disputa.
Nas explicações de Bravo e Matos (2004):
Link: https://sedh.es.gov.br/Media/Sedh/Documentos2022/DOCUMENTO%20ORIENTADOR%20PARA%20
%20XII%20CONFER%C3%8ANCIA%20ESTADUAL.pdf
Você já participou de algum conselho gestor na cidade em que você reside? Se não participou, reflita sobre
como isso pode ser produtivo e como sua participação pode propiciar acesso aos direitos e políticas públicas
à população. Além disso, pense sobre qual segmento você teria mais vontade de participar (mulheres,
igualdade racial, juventude, criança e adolescente, educação, assistência social).
Link: https://cresspr.org.br/2022/08/25/cress-pr-publica-material-sobre-participacao-
-de-assistentes-sociais-nas-instancias-de-controle-social/
FILME
• Título: Capitalismo: uma história de amor
• Ano: 2009
• Sinopse: Michael Moore apresenta uma análise de como o capi-
talismo corrompeu os ideais de liberdade previstos na Constituição
dos Estados Unidos, visando gerar lucros cada vez maiores para
um grupo seleto da sociedade, enquanto que a maioria perde cada
vez mais direitos. O autor acompanha famílias que perderam suas
casas ao fazerem hipotecas durante a crise de 2008.
• Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=FaMRSjiL4IE
ESTADO, NEOLIBERALISMO
E ORGANIZAÇÕES DA
SOCIEDADE CIVIL (OSC)
Plano de Estudos
• Conceitos e Definições de Conselhos Gestores, Sociedade Civil,
Controle Social.
• Controle social, organizações da sociedade civil e suas contradições.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar os conselhos gestores de direitos;
• Compreender os tipos de atendimentos e focos prestados nas
Organizações da Sociedade Civil e suas relações com os conselhos;
• Estabelecer a importância do controle social para o monitoramento
do financiamento das políticas públicas e sociais.
INTRODUÇÃO
Na Unidade II, tratamos sobre a crise estrutural do capitalismo, suas implicações e
como o neoliberalismo, enquanto política econômica, apresenta resposta às crises. Vimos
também que o aumento do Terceiro Setor pode ser entendido como uma resposta neoliberal
para a crise e também uma alternativa à democratização de direitos das camadas populares.
Contudo, as décadas de 1980 e 1990 apresentam muitas contradições, pois, ao
mesmo tempo que constatamos a emersão de elementos do neoliberalismo que contribui
para a negação de direitos, buscando privilegiar o mercado, também tivemos marcos perti-
nentes no campo dos direitos sociais, como a redemocratização do país.
A promulgação da Constituição Federal de 1988, que prescreve direitos, bem como
serve de tese para criação de outras legislações, decretos e resoluções que desenvolvem a
visão de mundo fundada e legitimada com ela repercutindo nos serviços e políticas públicas pos-
teriores, como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) (SOUZA FILHO; GURGEL, 2016).
É prudente considerar que mesmo com a Constituição Federal muitos direitos ainda
não se apresentam imediatamente no real, no cotidiano das famílias brasileiras. Contudo,
não se pode ignorar seus avanços, em especial, em relação à participação política e demo-
crática, que foram muito fomentadas após e em meio à redemocratização e promulgação da
Constituição Federal de 1988, por meio dos conselhos gestores de direitos, conferências,
plebiscitos, referendos, audiências públicas, etc.
Para ter essa dimensão, podemos pensar na 8ª Conferência Nacional de Saúde
(CNS), de 1986, que é considerada um marco na história das conferências, pois foi a pri-
meira Conferência Nacional da Saúde aberta à população e suas discussões e propostas
deram base e para efetivação da saúde como direito universal e para criação do SUS
(SOUZA FILHO; GURGEL, 2016).
A partir disso, na Unidade III temos por objetivo: discutir a respeito das Organizações
da Sociedade Civil (OSC) enquanto respostas à gestão neoliberal. Entenderemos mais
sobre essas contradições do período estudado e também sobre o financiamento de OSCs,
sobre deliberações, execução de recursos e o papel dos conselhos nesses processos.
D. Úrsula retirou-se para casa; os dois ficaram sós. Uma vez sós, Camargo
pousou a mão no ombro de Estácio, fitou-o paternalmente, enfim perguntou-
-lhe se queria ser deputado. Estácio não pôde reprimir um gesto de surpresa.
— Era isso? Disse ele.
— Creio que não se trata de um suplício. Uma cadeira na câmara! Não é a
mesma coisa que um quarto no aljube...
— Mas a que propósito...
— Esta ideia apoquentava-me há algumas semanas. Doía-me vê-lo vegetar
os seus mais belos anos numa obscuridade relativa. A política é a melhor
carreira para um homem em suas condições; tem instrução, caráter, riqueza;
pode subir a posições invejáveis. (ASSIS, 1911, p. 27).
Embora seja um texto literário e do início do século XX, podemos ainda fazer analogias
com as hierarquias e privilégios que marcam a política em nosso país. Portanto, o reconhe-
cimento do controle social, da sociedade civil e os mecanismos fundados com a Constituição
Federal propicia inúmeras leis que prescrevem a participação política como regra, como algo
a ser respeitado e contemplado em todos os processos políticos (MAAR, 2000).
Portanto, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) também precisam contem-
plar a participação política e são reguladas por inúmeras leis. Uma resolução importante,
que regula os serviços do âmbito das OSCs é a n. 109 de novembro de 2009, a chamada
Tipificação dos Serviços Socioassistenciais3. A referida tipificação apresenta quais são os
serviços e prevê critérios para ofertas dos serviços. Na mesma identificamos o seguinte:
4 Sobre a história e contribuições da instituição leia mais em: https://caritas.org.br/. Acesso em: jan. 2023.
5 Para saber mais sobre essa organização, sua estrutura e funcionamento, leia em: https://www.
aldeiasinfantis.org.br/?gclid=EAIaIQobChMI0YrRrreS_gIV4eBcCh01DgfmEAAYASAAEgImsvD_BwE.
Acesso em: jan de 2023.
Você sabia que boa parte dos recursos da união são consumidos pelos juros da dívida pública? O pagamento
da dívida pública retira recursos que poderiam ser investidos em serviços, projetos e programas dentro das
inúmeras políticas públicas. Portanto, cabe aos(às) conselheiros(as) de direitos se informarem sobre orça-
mento e financiamento de políticas públicas e sociais. No site da auditoria você poderá ter acesso às infor-
mações pertinentes sobre esses aspectos.Disponível: https://auditoriacidada.org.br/. Acesso em: fev. 2023.
6 Para saber mais sobre essa instituição leia em: https://apaebrasil.org.br/. Acesso em: jan. 2023.
Busque refletir sobre como o controle social contribui para estimular a participação política da comunidade
no que se refere às políticas públicas. Quais seriam os limites? O que precisa ser melhorado na participação
da população?
LIVRO
• Título: A formação das almas: O imaginário da República no Brasil
• Autor: José Murilo de Carvalho
• Editora: Companhia das Letras
• Sinopse: A legitimação da República pela elaboração artística e social
de seus símbolos. Passando em revista textos e ilustrações, o autor re-
vela como os mitos de origem criados pelos republicanos traduzem com
fidelidade as batalhas travadas pela construção de um rosto nacional. O
que dizem sobre a história de um país os monumentos erguidos em pra-
ça pública? Ou as bandeiras e hinos nacionais? Ou, ainda, caricaturas
e charges retiradas das páginas de um jornal? José Murilo de Carvalho
mostra, com a sensibilidade característica dos bons pesquisadores,
como esse material pode ser de grande utilidade para se decifrar a
mitologia e a simbologia de um sistema político. Por meio de imagens,
o autor nos oferece um curioso passeio pelo momento de implantação
do regime republicano. Entre texto e ilustrações, aprendemos como
os mitos de origem criados para a República, seus heróis, a bandeira
verde-amarela e o nosso hino traduzem com fidelidade as batalhas
travadas pela construção de um rosto para a República brasileira.
FILME/VIDEO
• Título: Adeus, Lenin!
• Ano: 2003
• Sinopse: Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra.
Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada
durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quan-
do ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental,
está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl),
temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa
lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos.
Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não tem muitos
problemas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa
contar com a ajuda de um amigo diretor de vídeos.
REGULAMENTAÇÕES
DAS ORGANIZAÇÕES
DA SOCIEDADE CIVIL
(OSC)
Professor Me. Leonardo Carvalho de Souza
Plano de Estudos
• Conceitos e Definições de Marco Regulatório do Terceiro Setor;
• Breve histórico da Lei 13.019/2014;
• Atualizações do Marco Regulatório a partir da lei n.º 13.204/2015;
• Conselhos de direitos e suas comissões (CMDCA, CMAS, CMDPI).
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar o Marco Regulatório do Terceiro Setor
a partir da lei 13.019/2014 e 13.204/2015;
• Compreender os tipos de parcerias e colaboração entre o Estado e
as OSC;
• Estabelecer a importância dos conselhos gestores nas relações
entre políticas públicas e OSC.
INTRODUÇÃO
Na Unidade III, tratamos sobre as Organizações da Sociedade Civil (OSC) enquan-
to respostas à gestão neoliberal. Na Unidade IV, temos por objetivo “analisar os trabalhos,
desafios e contradições que envolvem os conselhos gestores e de direitos no âmbito das
Organizações da Sociedade Civil (OSC) e das políticas públicas e sociais; apresentamos
a respeito da Lei do Marco Regulatório do Terceiro Setor, n.º 13.019/2014, as atualizações
trazidas pela lei n.º 13.204/2015, bem como se trata sobre as comissões dos conselhos
de direitos (CMDCA, CMAS, CMDPI), as quais são conselhos de direitos destacados por
serem alguns dos mais fomentados no âmbito da assistência social. Espera-se que ao final
da unidade você compreenda mais sobre as prescrições que precisam ser atendidas pelas
OSCs e pelos conselhos de direitos.
Essas são algumas das principais alterações promovidas pela Lei n.º 13.204/2015
na Lei das Parcerias. O objetivo das alterações é aprimorar a gestão das parcerias entre
a administração pública e as organizações da sociedade civil, garantindo a eficiência e a
transparência na utilização dos recursos públicos.
TRABALHO, DESAFIOS E
CONTRADIÇÕES QUE ENVOLVEM OS
CONSELHOS GESTORES E DE DIREITOS
Os Conselhos de Direitos são órgãos colegiados que têm como objetivo promover a
participação da sociedade civil na formulação, fiscalização e acompanhamento das políticas
públicas em diversos setores, como saúde, assistência social, educação, meio ambiente, cul-
tura, entre outros, a fim de qualificar a oferta de serviços e a execução dos recursos públicos.
O trabalho dos Conselhos de Direitos geralmente envolve reuniões periódicas, nas
quais os membros discutem e deliberam sobre temas relacionados à área em que atuam,
como por exemplo, a elaboração de planos e programas, a definição de prioridades, a
avaliação de políticas públicas em vigor, entre outras questões (LUÍS, 2010).
Além disso, os Conselhos de Direitos também podem realizar audiências públicas,
seminários, consultas populares e outras atividades de mobilização social com o objetivo de
ampliar a participação da sociedade na formulação das políticas públicas. Entre 2022 e 2023
estão ocorrendo, por exemplo, as conferências municipais, estaduais e nacional dos direitos
de crianças e adolescentes. E em 2023, as conferências de assistência social e de saúde.
Os Conselhos de Direitos são compostos por representantes da sociedade civil
e do poder público, sendo que a proporção de cada grupo pode variar de acordo com a
legislação específica de cada setor. Em geral, a participação da sociedade civil é majoritária
nos Conselhos de Direitos, garantindo assim a maior participação e influência popular nas
decisões tomadas (SOUZA FILHO; GURGEL, 2016).
Conforme Souza Filho e Gurgel (2016) os Conselhos de Direitos enfrentam diversos
desafios em seu trabalho, dentre os quais podemos destacar:
Esses são apenas alguns dos desafios enfrentados pelos Conselhos de Direitos
em seu trabalho, e é importante que sejam identificados e enfrentados de forma a garantir
a efetividade do trabalho desses órgãos. A partir das experiências em conselhos de direitos
de diferentes áreas é possível identificar com mais intensidade, um ou outros desses proble-
mas e mesmo com tais imposições é prudente lembrar que os conselhos são mecanismos
fundamentais da garantia da democracia (SOUZA FILHO; GURGEL, 2016).
Nesse sentido, é prudente refletir sobre alguns conselhos nos quais há maior in-
serção e participação de assistentes sociais. Um deles é o Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente (CMDCA), que é um órgão colegiado de caráter deliberativo
e fiscalizador, com a finalidade de formular e deliberar políticas públicas voltadas para a
promoção e proteção dos direitos de crianças e adolescentes. O CMDCA é responsável por
garantir que as políticas públicas voltadas para a infância e juventude sejam implementadas
de forma adequada, fiscalizando e monitorando as ações do poder público e da sociedade
civil organizada, bem como estimulando serviços, programas e projetos que sejam neces-
sários à garantia dos direitos humanos infantojuvenis (SOUZA FILHO; GURGEL, 2016).
Dentre as principais competências do CMDCA, podemos destacar:
Essas são algumas das atribuições do CMAS, que trazemos com finalidade de
exemplificar, contudo, há mais atribuições que você estudante pode conferir na Lei Orgâni-
ca da Assistência Social, buscando as partes que tratam do conselho (BRASIL, 1993).
Você pensa que o Estado deve assumir por meio de instituições públicas todos os direitos previstos na
Constituição Federal de 1988? Ou terceirizar essas atividades, ou ainda mesclar entre instituições públicas
e o terceiro setor? A partir das leituras realizadas busque refletir sobre as responsabilidades do Estado e do
Terceiro Setor na efetivação dos direitos constitucionais.
LIVRO
• Editora: Cortez
FILME/VIDEO
• Ano: 2015
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públicas. Tratamos ainda, a respeito das implicações da Constituição Federal de 1988, que
estimulou a descentralização e corresponsabilização de municípios, estados e união na oferta
de serviços, projetos e programas que atendam a população em suas mais diversas demandas.
Na terceira unidade, “Estado, neoliberalismo e Organizações da Sociedade Civil
(OSC)”, precisamos reter a discussão a respeito das Organizações da Sociedade Civil (OSC)
enquanto respostas da gestão neoliberal. Também compreendemos como as auditorias são
importantes ao exercício do controle social. Vimos como os observatórios podem auxiliar no
monitoramento e fiscalização da materialização dos direitos sociais. Tratamos sobre como a
profissão do Serviço Social se relaciona com a participação política em conselhos gestores
de direitos, refletimos como tal participação é permeada por relações de poder, conflitos de
ideias e lutas pela hegemonia de visões de mundo e projetos societários. Destaca-se tam-
bém, o debate realizado a respeito da estrutura da tipificação dos serviços socioassistenciais.
Na quarta unidade, “Regulamentações das Organizações Da Sociedade Civil
(Osc)” é preciso fixar a relevância do Marco Regulatório do Terceiro Setor, que por meio das
leis n. 13.019/2014 e n. 13.204/2015, contribui para reforçar uma atuação técnica, embasada
em regulamentações e nos princípios democráticos, bem como a defesa pela qualidade dos
serviços prestados. Tais regulamentações evitam práticas caritativas e pouco organizadas.
Nesse sentido, conhecer em detalhes o Marco Regulatório do Terceiro Setor é uma demanda
seja para trabalhar em tais instituições, ou mesmo, para quem pode compor comissões de
servidores(as) que atuam no monitoramento e fiscalização destas entidades, ou junto aos
conselhos gestores. Também foi apresentado, a estrutura de alguns conselhos gestores de
direitos, suas atribuições, desafios e contribuições. Vimos que existem conselhos com objeti-
vos diferentes, focados em segmentos específicos da população, como foi exemplificado por
meio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho
Municipal da Pessoa Idosa (CMPI) e Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS).
Em síntese, percorremos por conhecimentos que envolvem as Organizações da
Sociedade Civil (OSCs), instituições que empregam muitos(as) assistentes sociais no Brasil.
Portanto, compreender sobre o Terceiro Setor, sobre as Organizações da Sociedade Civil
(OSCs), suas contribuições, desafios e contradições é relevante ao processo formativo em
Serviço Social. Ademais, é muito comum a participação de profissionais do Serviço Social
nos conselhos gestores e de direitos, sendo o estudo sobre assuntos que os envolvem uma
demanda para que se possa atuar nos diversos conselhos de direitos de modo qualificado,
crítico e criativo, sempre conectado(a) ao Projeto Ético-Político Profissional (PEP) do Ser-
viço Social e à defesa dos direitos humanos e sociais.
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