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FICHA CATALOGRÁFICA
CDD:23.ed. 306.2
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
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dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
AUTORES
Professora Esp. Alessandra Domingues Gomes
3
Professor Esp. Cleber Henrique Sanitá Kojo
4
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
5
SUMÁRIO
UNIDADE 1
Sociologia Política - Campos e Conceitos
UNIDADE 2
Teorias das Elites
UNIDADE 3
O Estado de Bem Estar Social
UNIDADE 4
Sociologia Política no Brasil
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1
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UNIDADE
SOCIOLOGIA
POLÍTICA:
CAMPOS E
CONCEITOS
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Plano de Estudos
• O que é Sociologia Política;
• Filosofia Política de Maquiavel;
• Ciência Política;
• Políticas Públicas e Política Social;
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Objetivos da Aprendizagem
• Conhecer o que é a sociologia política;
• Apresentar a Filosofia Política em Maquiavel;
• Identificar o conceito de Ciência Política;
• Conhecer os conceitos de Políticas Públicas e Política Social.
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo(a) a nossa disciplina de Sociologia Política!
Prezado (a) educando (a), sintam-se abraçados e cheios de entusiasmo para iniciar
a nossa disciplina de Sociologia Política.
Agora preste muita atenção, pois estamos iniciando um caminho repleto de conhe-
cimento que você precisa compreender para o desenrolar do capítulo a seguir.
A partir de agora, partimos para uma jornada em busca de definições e conceitos
sobre a sociologia política. Vale ressaltar que esses conceitos básicos irão nortear toda
nossa produção de conhecimento futuro.
Logo após aprendermos o que é a sociologia política, partiremos para uma jornada
buscando experiências históricas, e, conhecendo alguns pontos que envolvem a filosofia
política de Nicolau Maquiavel e toda sua riqueza.
Ainda, nesta unidade, vamos fazer uma viagem conhecendo o que é ciência política
e suas definições de poder.
Então, encerraremos nossa trilha de aprendizagem conhecendo os conceitos de
políticas públicas e política social. Passando por todos os desafios para sua construção,
seja pela luta de classes ou pelos desejos e vontades do homem.
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TÓPICO
O QUE É A
SOCIOLOGIA
POLÍTICA
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No entanto, a sociologia política pode ser declarada que nasceu muito além des-
sa ideia moderna citada acima, pois muito antes já havia pensadores que se debruçaram
sobre a sociedade e seus desafios. Esses pensadores apresentavam suas ideias sobre
os indivíduos, cidadãos, ou sobre a própria sociedade tribal. Vale ressaltar que podemos
começar apresentando Aristóteles e sua filosofia política através da virtude humana e seus
desafios. Além de apresentar a sociedade grega e a verdade da pólis.
Então, a partir de avaliações morais e de suas observações, desenvolveu teoria e
normas sociais. Pois ele vasculhou seus pensamentos analisando a sociedade natural, ou
seja, família, escravidão e o cotidiano.
Assim, percebemos a liderança do pai na família, submetendo sua mulher e filhos
a suas regras, provendo o sustento da família. Já a escravidão é vista como algo natural na
sociedade grega, em que temos os costumes e as relações sociais.
Assim podemos afirmar que a filosofia política nasceu nas sociedades tribais e
com Aristóteles, mas os pensadores que o sucederam passaram a acrescentar métodos e
critérios de avaliação que construíram a futura sociologia política.
Antes de apresentarmos novos pensadores que contribuíram para a construção da
sociologia política, vamos dar um pulo no tempo cronológico e apresentar uma diferença
que vai contribuir para o conceito moderno de sociologia política. Vale ressaltar que já
comentamos acima sobre a diferença entre sociologia da política e sociologia política. No
entanto, não nos aprofundamos no assunto para conhecermos a importância da filosofia
política com Aristóteles.
2
TÓPICO
FILOSOFIA
POLÍTICA DE
MAQUIAVEL
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Para começar nossos estudos sobre Maquiavel, precisamos entender que ele é
estudado em vários ramos da ciência, como história, filosofia, sociologia, até mesmo desta-
cando a poesia, peças de teatro, entre outros setores da produção de conhecimento.
No entanto, nesse determinado momento, vamos nos prender a sua filosofia polí-
tica e a sua contribuição na sociologia política. Ressaltando ainda que dentro da filosofia
política, temos momentos memoráveis e de grande importância nessa construção através
de suas ideias, desde a questão de soberania, estado, república entre outras coisas.
No entanto, utilizaremos como ponto de partida o início de sua jornada para com-
pletarmos o caminho do processo de ensino-aprendizagem de maneira frutífera.
Então, iniciaremos sua história de maneira dulcificada, apontando que o mesmo
nasceu em Florença na Itália e tinha uma origem pobre, ou seja, sem meios financeiros
para frequentar a alta classe em que se exerce a política. Com a ideia de dominante e
dominado. Onde temos os detentores dos meios de produção e os operários em uma visão
marxista simplificada.
No entanto, o doce de sua história passa a ter um sabor amargo na visão humana e
romantizada, mas um sabor menos açucarado na visão política. Pois Maquiavel demonstra
desde cedo ser ambicioso politicamente. Conseguindo estabelecer relações com pessoas
poderosas da sociedade. Atingiu seu ápice na política, tornando-se um político influente na
flor da idade. Pois exercia o cargo de secretário da segunda chancelaria.
Ferrari (2019) diz ainda que podemos dizer que o pensamento ideal de Maquiavel é
a criação de um Estado forte em que precisa-se manter assim como não se questiona seus
fins, pois seu interesse é objetivo. Assim, podemos afirmar que a soberania do estado e do
governante deve ser o ponto alto do estado. Pois só se constrói um estado forte com um gover-
nante forte que é capaz de manter-se à frente desse estado. Vale ressaltar ainda que pode ser
utilizado de todas artimanhas para que isso ocorra, ou seja, “os fins justificam os meios”. Assim,
Maquiavel separa de vez a ideia de moral e política para estar perfeitamente interligadas.
Vale ressaltar que Maquiavel aplica a ideia de Estado para exemplificar o que
podemos chamar de principados ou repúblicas afirmadas por ele. Mas qual a diferença de
principados e república no Estado segundo Maquiavel? Tem muita diferença?
O poder está ligado aos desejos e vontades dos homens e está relacionado a acon-
tecimentos sociais e produz uma espécie de hierarquia em que a sociedade se organiza. Já
para haver a paz social, o poder precisa atingir o que podemos chamar de legitimidade, seja
pela aceitação dos homens ou pelo uso da força, promovendo a dominação e a submissão.
Precisamos também definir a relação entre as principais fontes de poder, pois elas
aparecem de forma complementar umas das outras, sempre que necessário. Então, entre
as principais fontes de poder, temos a força e autoridade.
A força nada mais é que a coerção, seja física ou através de intimidação, em que
se utiliza algo para dominar. Como exemplo, poderíamos apontar facas, armas, objetos
como palmatória, bastões de madeira ou aço, entre outras.
Nos estados essa força é exercida pela polícia e pelas forças armadas. Essa força
intimidadora mantém o ciclo da vida e da sociedade em harmonia.
A outra força exercida para se atingir o poder é a autoridade. Essa força é de
simples compreensão, pois é através dela que ocorre a legitimação do poder. Vale ressaltar
que a autoridade é construída com a soma de vários fatores como a utilização da cultura e
a moral de uma sociedade, da legislação vigente e várias outras. Destacando ainda que a
autoridade vem acompanhada da legitimidade social, obtendo apoio social.
Podemos apresentar ainda que a legitimidade da autoridade pode ser burocrática,
tradicional ou carismática.
Assim, podemos definir a “autoridade burocrática” como:
Autoridade burocrática ou racional-legal, baseada no cargo ou posição for-
malmente instituída. É a autoridade investida no cargo que o indivíduo ocupa.
Ele só tem essa autoridade enquanto estiver ocupando o cargo. O exercício
da autoridade é legítimo por estar de acordo com as leis ou com as regras
escritas. (DIAS, 2013, p. 34).
Vale ressaltar ainda que não importa quem é o governante para que ocorra o princí-
pio da legitimação do poder e sim a lei como ponto principal. Com isso temos composições
burocráticas como órgãos de justiça na figura do juiz, de segurança na imagem do delegado
e no administrativo na pessoa do funcionário público.
Dias (2013) aponta que a “autoridade tradicional” é baseada na crença, normas e
tradições sagradas e a que as pessoas obedecem em virtude da tradição.
Para continuarmos nosso estudo, precisamos entender que a ciência política vai
muito mais longe que a relação de poder apresentada acima. Pois como o próprio nome diz,
ela é uma ciência que envolve muitos outros fatores que a compõem, como, por exemplo,
as políticas públicas e a política social que conheceremos logo abaixo.
4
TÓPICO
POLÍTICAS
PÚBLICAS
E POLÍTICA
SOCIAL
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Então, partimos da ideia que a política pública vem do terceiro termo, em que temos
o papel direto nas tomadas de decisões políticas.
Dessa forma, podemos afirmar que a política pública vem de encontro com a solu-
ção de problemas enfrentados pela sociedade. Percebemos isso em Dias e Matos (2012)
quando afirma que:
A política, nesse sentido, é executada por uma autoridade legitimada que
busca efetuar uma realocação dos recursos escassos da sociedade. Nesse
caso, a política pode ser adjetivada em função do campo de sua atuação
ou de especialização da agência governamental encarregada de executá-lá.
Desse modo, podemos nos referir à política de educação, saúde, assistência
social, agrícola, fiscal etc., ou seja, produtos de ações que têm efeitos no
sistema político e social. (DIAS e MATOS, 2012, p. 02.).
Assim, podemos concluir o tema, afirmando que as políticas públicas têm o papel
importantíssimo para o enfrentamento de problemas de questão social. Seja da pobreza, da
questão das mulheres, dos direitos dos autistas, entre outros. Pois uma política pública bem
executada possibilita a emancipação dos humanos, promovendo cidadania aos membros
de nossa sociedade.
O processo de formulação de Políticas Públicas, também chamado de Ciclo das Políticas Públicas, apresen-
ta diversas fases:
Na prática, as fases se interligam entre si, de tal forma que essa separação se dá mais para facilitar a com-
preensão do processo.
Para conhecer um pouco mais acesse o livro no link abaixo:
CALDAS, Ricardo Wahrendorff. Políticas Públicas: conceitos e práticas. Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2008.
Disponível em: http://www.mp.ce.gov.br/nespeciais/promulher/manuais/manual%20de%20politicas%20p%-
C3%9Ablicas.pdf
Portal da Transparência
É uma iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU), lançada em novembro
de 2004, para assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos. O objetivo é
aumentar a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o
dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar.
Disponível em: www.portaltransparencia.gov.br
LIVRO 1
Título: Sociologia política.
Autor: Paulo G. M. De Moura.
Editora: InterSaberes; 1ª edição (1 junho 2017).
Sinopse: O que motiva o homem à ação política? Que tipos
de regimes políticos existem? Como podemos definir o termo
democracia? Que influências a mídia pode ter sobre a política?
As pesquisas podem ter real impacto sobre a opinião pública?
Essas e muitas outras questões são objeto de estudo da so-
ciologia política, que busca compreender os elementos que
compõem a realidade social, desfazendo preconceitos e para-
digmas. Reflita sobre os complexos fenômenos presentes nas
sociedades contemporâneas e desenvolva suas próprias ideias
sobre como os problemas sociais e políticos da atualidade po-
dem ser solucionados.
LIVRO 2
Título: Introdução ao Estudo das Políticas Públicas: uma Visão
Interdisciplinar e Contextualizada.
Autor: Alvaro Chrispino.
Editora: FGV; 1ª edição (1 janeiro 2016).
Sinopse: Em relação a políticas públicas, a sociedade contem-
porânea se comporta de duas maneiras distintas: pode ser mais
esclarecida e participante, solicitando melhores resultados da
gestão pública na solução de seus problemas, ou assiste estar-
recida aos fatos que envolvem os desvios em torno da gestão
pública. Entender como se articulam as variáveis, explícitas ou
implícitas, na formulação, na execução e na avaliação das po-
líticas públicas, é uma necessidade urgente. Este livro propõe
olhar os acontecimentos recentes, da perspectiva do conheci-
mento de políticas públicas.
FILME / VÍDEO 1
Título: Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro.
Ano: (2010).
Diretor: José Padilha.
Roteirista: José Padilha, Bráulio Mantovani.
Produção: José Padilha, Marcos Prado.
Sinopse: Filme que demonstra a segurança pública de nosso
país através da história do capitão Nascimento (Wagner Mou-
ra), agora coronel, foi afastado do BOPE por conta de uma mal
sucedida operação. Desta forma, ele vai parar na inteligência da
Secretaria de Segurança Pública do Estado. Contudo, ele des-
cobre que o sistema que tanto combate é mais podre do que
imagina e que o buraco é bem mais embaixo. Seus problemas
só aumentam, porque o filho, Rafael (Pedro Van Held), tornou-
-se adolescente, Rosane (Maria Ribeiro) não é mais sua esposa
e seu arqui-inimigo, Fraga (Irandhir Santos), ocupa posição de
destaque no seio de sua família.
FILME / VÍDEO 3
Título: Preciosa: Uma História de Esperança.
Ano: (2010).
Diretor: Lee Daniels.
Roteirista: Geoffrey Fletcher.
Produtor: Lee Daniels, Oprah Winfrey, Tom Heller, Tyler Perry.
Sinopse: 1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece "Precio-
sa" Jones (Gabourey Sidibe) é uma adolescente de 16 anos que
sofre uma série de privações durante sua juventude. Violenta-
da pelo pai (Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo'Nique),
ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser
pobre e gorda também não a ajudam nem um pouco. Além
disto, Preciosa tem um filho apelidado de "Mongo", por ser
portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da
avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa
da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para
ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar
com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua
existência traumática, se refugiando em sua imaginação.
TEORIA
DAS
ELITES
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Plano de Estudos
• Conceito de Elite e os pressupostos históricos;
• Elitismo em: Gaetano Mosca; Vilfredo Pareto
e Robert Michels;
• A denúncia contra a Elite;
• Critica a elite liberal.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar o conceito de elite
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e os pressupostos históricos;
• Compreender o que representou o elitismo de acordo
com os sociólogos: Gaetano Mosca; Vilfredo Pareto
e Robert Michels;
• Contextualizar o processo da denúncia contra
as elites estabelecendo as motivações para
compreensão de tal ação;
• Problematizar as questões que envolvem a crítica
à elite liberal e suas características.
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo(a) !
Prezado(a) educando(a), é com muito prazer que daremos continuidade aos nos-
sos estudos sobre a disciplina de Teoria das Elites.
Iniciaremos nossos estudos explorando o contexto que representa o Conceito de
Elite e os pressupostos históricos.
Nossa abordagem sobre a sociologia e seus pressupostos teóricos também fará
uma fundamentação sobre importantes sociólogos que contribuíram para o entendimento
do contexto sobre as elites que são Gaetano Mosca, Vilfredo Pareto e Robert Michaels.
Dando continuidade aos nossos estudos sobre a sociologia na contemporaneidade
e sua influência para formação das elites e a constituição das massas, o foco de pesquisa
estará na denúncia quanto à monopolização do poder e o abandono social dos grupos
menos favorecidos.
E, por último, estaremos concluindo os estudos deste capítulo abordando sobre
a Crítica da elite liberal, nela será feita uma análise quanto à Crítica à elite liberal, suas
características e seu papel na sociedade.
Espero que tenham um momento de estudo satisfatório e que essa leitura possa
colaborar no aprofundamento de seu conhecimento, relacionando a importância da socio-
logia e seus conceitos para a sociedade em seus mais diversos períodos.
1
TÓPICO
CONCEITO DE
ELITE E OS
PRESSUPOSTOS
HISTÓRICOS
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A palavra Elite tem origem do Francês ÉLITE, “escolha, seleção”, que veio do Latim
ELIGERE, “escolher”, formado por EX-, “fora”, mais LEGERE, “catar, escolher”. O signifi-
cado da palavra elite se refere a um determinado grupo com privilégios, grupo minoritário,
visto como indivíduos superiores, por possuírem poder econômico ou domínio social.
A teoria das elites surgiu a partir do século XIX idealizada pelo filósofo italiano Gae-
tano Mosca. Segundo BUARQUE DE HOLANDA (2011), Gaetano defendia o pensamento
de que o elitismo nas mais diversas sociedades está sempre relacionado há uma minoria
que detém os bens de consumo e poder e de um outro lado uma maioria que está privada
de todos esses benefícios.
De maneira geral é possível compreender que as elites são fruto de uma classe
dominante, compreendida como um grupo que possui uma capacidade superior junto às
classes dominadas, ela ainda teria como valor, manter o equilíbrio no sistema social ao
permitir a mobilidade de classes, principalmente quando isso ocorre na ascensão de um
sujeito através do seu mérito.
O grupo considerado como elite é visto como um grupo minoritário de detentores do
poder. Nos dias atuais as sociedades modernas possuem uma multiplicidade de elites, em um
grupo relativamente organizado, que detém o poder de decisão. Essa mesma elite mantém um
conflito com as classes dominadas, mantém-se exclusiva e suas características econômicas e
sociais, no entanto ela só se mantém viva a partir do momento que mantém contato com outras
classes consideradas inferiores a sua, mas que mantém a geração de conflitos.
Em uma sociedade que é controlada por pequenos grupos que representam o po-
der e se eu for em uma maioria desprovida de poder. Esse controle acontece exatamente
pelo fato de que é a minoria que se concentra em controlar essas organizações. Assim
entendemos que a elite estará sempre na posição de controle.
Tal constatação não significa que essa elite representada pelas minorias não signi-
fica que sejam os melhores, mas você tem o mecanismo para que a economia possa girar
e, dessa maneira, as diversas sociedades possam sobreviver em sociedade.
2
TÓPICO
ELITISMO EM:
GAETANO MOSCA,
VILFREDO PARETO
E ROBERT MICHELS
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as regularidades da sociedade. Essa identificação de acordo com Mosca deveria ser feita
através de observação para que se pudesse chegar a uma conclusão histórica e realista.
governam e aqueles que são governados. Para ele, aqueles que governam estão entre
a classe política, os grandes empresários, aqueles que detém o poder e por outro lado
encontramos aqueles que são governados que são conhecidos como as massas.
Para Mosca, a classe que mais deveria ser observada seria a dos que governam,
mudanças se fará através das fontes de poder em que , em muitos casos não parece ser
interessante, pois temos classes políticas baseadas na política aristocrática, definidas por
sua origem que tem a lutar para que não haja a manutenção desse poder, para que fique
em volta desse mesmo processo hereditário, ou seja, para que fique nos seus próprios
Esse fato historicamente tende a mudar, muitas dessas classes declinam e perdem
seu poder não significando o fim de um monopólio. Com o fim de uma dinastia política, a
tendência é que surjam novas forças políticas e isso fará com que os governantes se man-
tenham no poder em sua grande maioria, enquanto as massas continuam a ser governadas.
Para Mosca (2009), a ideia da soberania popular não passa de um engodo, pois
sobre as questões políticas, pois por mais que o homem tenha direito ao voto nem sempre
as opções são necessariamente uma solução para os problemas sociais assim como ao
ser eleito aquele que governa passará a manipular a política de acordo com suas vontades,
sendo assim, essa mudança de comportamento, essa divergência entre a fala e a ação
daqueles que governam faz com que a sociedade se torne refém de uma política social de
uma política pública, na qual a sua vontade estará sempre em segundo plano.
Mosca (2009), entende que o fim do despotismo poderia se dar através da solida-
riedade, contando com uma proteção jurídica. No entanto, ele entende que a maioria dos
indivíduos pensam mais em si próprios do que no coletivo, assim o autor entende que a pro-
teção jurídica proporciona uma conduta moral, evitando desvio de ações através da política,
da religião, entre outros mecanismos.
Para Mosca (2009), o caminho mais provável para garantir um contra peso seria
através da proteção jurídica liberal limitando o poder daqueles que governam.
na qual estaria presente uma diversidade social através da sua representatividade. Ele
ainda coloca que o voto não deveria ser geral, mas sim o sistema representativo em que
apenas uma parte da sociedade estaria autorizada ao voto, essa parte estaria sendo deter-
evitando o despotismo. Mosca era contra o sistema democrático, acreditando que os prin-
cípios políticos deveriam ser mistos divididos entre um governo monárquico, democrático,
e aristocrático sem haver predominância de nenhum deles, garantindo assim uma política
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TÓPICO
A DENÚNCIA
CONTRA A
ELITE
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Se por um lado aqueles que governam, detém o poder e o monopolizam para que
nos deparamos com os grupos mais vulneráveis da nossa sociedade. São aqueles que
são negligenciados, que a eles o direito à educação, o direito a condições básicas de so-
brevivência, a efetivação de políticas públicas. Eles não têm garantido condições básicas
mais que direciona nossa sociedade. Assim, encontramos grupos como negros, mulheres,
indígenas, imigrantes entre outros que representam a grande massa, que são lembrados
grupos colaboram para que as elites alcancem seus anseios econômicos e políticos , mas
que em nenhum momento muda a realidade desses grupos de fato, é uma prática ou uma
necessidade imediata para as classes que governam, tornando as massas descartáveis até
o próximo momento que se tornam uteis novamente para garantir a conquista das elites.
As desigualdades se apresentam em grupos como: econômica, social e política.
quando materializamos a divisão social, ou seja, aqueles que representam as elites se encon-
tram no topo desta pirâmide, por outro lado a base é representada pelas massas, por aqueles
através da diferença baseada na renda mensal. Podemos identificá-las através das etnias,
nhecimento de toda a sociedade. Elas podem ser exemplificadas por questões como: acesso
à educação ou a falta dele, à falta de políticas públicas que contemplem de forma igualitária
podem-se evidenciar em questões como a desigualdade salarial que irá refletir na saúde, na
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TÓPICO
CRÍTICA
À ELITE
LIBERAL
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Já o liberalismo econômico, cujo principal teórico foi Smith (1996), considera que
existem leis inerentes ao próprio processo econômico tais como a lei da oferta e da procura,
sociedade. O estado não deve interferir na economia, mas apenas garantir a livre iniciativa
que têm como característica uma educação que proporcionou a elas acesso à riqueza e
ao poder, nos quais a transforma em um grupo que representa as minorias que governam.
É comum também a este grupo se posicionarem como aqueles que apoiam as massas
trabalhadoras, no entanto eles representam a elite que governa e assim estão longe de
O escritor Jessé de Souza, faz uma análise crítica sobre a política brasileira desde a escravidão até a Lava
Jato, com um olhar bastante afinado e críticas inteligentes sobre a história política do Brasil.
LIVRO 2
TÍtulo: A Elite do Atraso
Autor: Jessé Souza
Editora: Estação Brasil(Fevereiro 2019)
Numa época em que a questão das desigualdades racial e social
estão, mais do que nunca, no centro de cena, o sociólogo Jessé
Souza escancara o pacto dos donos do poder para perpetuar
uma sociedade cruel forjada na escravidão. Esse é o pilar de
sustentação de nossa elite, A elite do atraso. Depois da polêmica
aberta pela obra A tolice da inteligência brasileira e da contun-
dência exposta em A radiografia do golpe, o autor apresenta
uma obra surpreendente, forte, inovadora e crítica na essência,
com um texto aguerrido e acessível. Figuras como as do “homem
cordial” de Sérgio Buarque de Holanda e do “jeitinho brasileiro”
interpretada por Roberto DaMatta sedimentaram a síndrome de
vira-lata do brasileiro e a ideia de que a corrupção política é o
grande problema nacional. Para Jessé, no entanto, ideias velhas
nos legaram o tema da corrupção dos tolos, restrita à política.
Na corrupção real, no entanto, o problema central – sustentado
por outras forças – é a manutenção secular de uma sociedade
desigual, que impossibilita o resgate do Brasil esquecido e
humilhado. Com o objetivo de desconstruir essa legitimação
“naturalizada” ao longo de décadas, o autor toma a experiência
da escravidão como a semente da sociedade desigual, perversa
e excludente do Brasil para, em seguida, analisar como a luta
de classes por privilégios construiu alianças e preconceitos que
esclarecem o padrão histórico repetido nos embates políticos do
Brasil moderno. Por fim, faz o diagnóstico do momento atual,
batendo forte no que chama de conluio entre a grande mídia e a
operação Lava Jato.
FILME / VÍDEO 2
Filme: Coringa
Ano: 2019
Diretor: Todd Phillips
Sinopse: Indicado a 11 categorias no Oscar 2020 e levando
duas estatuetas, o filme conta a história do grande inimigo de
Batman. Após ser demitido de seu emprego como palhaço em
uma agência, Arthur, o Coringa, comete uma série de assassi-
natos. Suas ações iniciam um movimento popular contra a elite
de Gotham City.
A obra mostra as dificuldades enfrentadas pelo personagem
na vida social, financeira e psicológica. Nesse contexto, existe
uma forte crítica ao neoliberalismo, já que a obra provoca o
espectador para questionar a falta de auxílio do estado ao
personagem. Arthur responde a isso tudo com uma violência
extrema que acaba sendo aclamada por uma população que só
enxerga a solução para seus problemas por esse caminho.
Vale lembrar que, na época de sua estreia, apesar do sucesso
de público, o filme chegou a ser criticado nas redes sociais pela
violência empregada nas cenas. As discussões chegaram aos
massacres com armas de fogo nos Estados Unidos – tema de
extrema relevância nos dias de hoje. Muitos apontavam que o
filme incitaria esse tipo de ataque.
O ESTADO
DE BEM
ESTAR SOCIAL
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Plano de Estudos
• Definição o que é?;
• Dimensão Econômica e Política;
• Dimensão Política;
• Crise do Estado de Bem-Estar Social
e ascensão do Neoliberalismo
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar o conceito de Estado
e o bem estar social, enfatizando seu compromisso
com as políticas públicas;
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Prezado(a) educando(a), é com muito prazer que daremos continuidade aos nossos
estudos sobre o Estado e o bem-estar social.
Iniciaremos nossos estudos explorando o contexto que representa os Estado e
suas responsabilidades legais junto a uma nação.
Nossa abordagem sobre a sociologia e a Dimensão Econômica e Política, tendo
como ênfase relacionar o princípio do que é a política e a relação com a economia em uma
abordagem social e igualitária, que prevaleça as questões de necessidades pertinentes às
políticas públicas.
Dando continuidade aos nossos estudos sobre a sociologia na contemporaneidade
e sua influência para formação das elites e a constituição das massas, o foco de pesquisa
estará na denúncia quanto à monopolização do poder e o abandono social dos grupos
menos favorecidos.
E, por último, estaremos concluindo os estudos deste capítulo abordando sobre
a Crítica da elite liberal, nela será feita uma análise quanto à Crítica à elite liberal, suas
características e seu papel na sociedade.
Espero que tenham um momento de estudo satisfatório e que essa leitura possa
colaborar no aprofundamento de seu conhecimento, relacionando a importância da socio-
logia e seus conceitos para a sociedade em seus mais diversos períodos.
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TÓPICO
DEFINIÇÃO
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O estado de bem-estar social surgiu após a segunda guerra mundial com o objetivo
de reconstruir a economia nos países ocidentais objetivando uma nova organização econô-
mica e política quanto à sociedade.
Quando criado, seu objetivo era garantir o enfrentamento quanto aos trabalhadores
que exigiam melhores condições de vida e trabalho, assim como garantir uma nova ordem
econômica contrapondo aos blocos socialistas. O estado social surgiu a partir das teorias
de John Maynard Keynes em sua obra “Teoria geral do emprego do juro e da moeda”.
(2010). Assim o estado teria como objetivo intervir nas atividades econômicas investindo,
executando obras, redistribuindo rendas e assim garantindo o bem-estar da população.
Essa ideia contrapunha o liberalismo, ou estado mínimo, que tinha como objetivo distanciar
a intervenção do estado.
Fiori (1997), nos fornece uma definição sobre o estado de bem- estar social simples
e objetiva, como podemos verificar abaixo:
Uma premissa metodológica aparentemente simples, mas cuja imensa com-
plexidade prática aparece de imediato quando tentamos reunir, sob um mesmo
conceito - o da "proteção social". Instituições e práticas tão radicalmente distin-
tas como silo as Poor Laws e as Friendly Societies inglesas, os seguros sociais
compulsórios alemães, dos tempos de Bismarck, as Caixas de Pensão brasilei-
ras dos tempos de Eloy Chaves, o New Deal norte-americano de Roosevelt ou,
finalmente, o Estado de Bem-Estar Social, a forma moderna mais avançada de
exercício público da proteção social. (FIORI, 1997. Pg. 131).
iluminismo nos séculos XVII e XVIII. A proposta dessa forma de governo entendia a valorizar
o direito à liberdade como forma de proteção dos cidadãos, desde que não ultrapasse o di-
reito de outros cidadãos. Esse sistema de governo tem como foco de interesse a burguesia,
pois acredita que a não interferência do Estado irá garantir uma regulamentação individual
e particular com maior sucesso e autonomia. Nele são valorizadas características como
Estado quando necessário, se faz através dos direitos culturais vírgulas econômicas e sociais.
Com a crise do liberalismo na década de 70 o modelo foi adotado por muitos países. Mas
a crise de 29 apresentou dados que comprovaram que uma falta de regulamentação pode
pois seus os salários, desaparecem como vapor. Segundo Pereira (2004), os resultados
O Estado de bem- estar social surge no segundo momento, no Estado Social, sendo
responsável por diversas mudanças ao longo dos anos. Entre as transformações sofridas
que podem ser citadas estão: a conquista de direitos políticos pela classe trabalhadora
ocorrendo graças a luta de classes que passou a ter direitos políticos através da socializa-
ção em que a sociedade civil passa a ter acesso às decisões, levando a elite a perder o
monopólio sobre o estado. Dessa forma o estado passa a assumir o dever de proteger os
2
TÓPICO
DIMENSÃO
POLÍTICA E
ECONÔMICA
.
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Assim é possível analisar a desigualdade social tendo como causa diversas ori-
gens. Em alguns países como índia, essas diferenças são justificadas por questões político
religiosas definidas por um sistema de castas. Quando analisamos o Brasil, um país de es-
tado democrático, compreendemos a desigualdade social como uma questão de má gestão
das políticas públicas. Assim, analisando a Índia compreendemos como um caso isolado
ou especial. Mas, ao questionarmos as questões relacionadas ao Brasil, por exemplo,
percebemos que países que vivem em um capitalismo resultam em uma divisão social que
incide naqueles que possuem os meios de produção e aqueles que possuem sua força de
trabalho como forma de sobrevivência e assim permitem a continuidade do empreendedor,
gerando lucros ao seu proprietário. Fica somente no controle de seu proprietário, gerando
a mais-valia ou seja, parte da produção do trabalho que não é paga a seus trabalhadores
indo direto para as mãos do empresário. Analisando este contexto compreendemos que o
mundo do trabalho não gera um processo igualitário, mas garante a exploração da mão de
obra em que seu trabalhador não terá parte naquilo que promoveu gerando a desigualdade
social, que é um grande ponto de conflito e questionamento quanto à política de um estado
de bem-estar social.
3
TÓPICO
DIMENSÃO
ECONÔMICA
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Através das classes menos favorecidas no século XIX e com o crescimento do ca-
pitalismo industrial na Europa que o estado de bem-estar social passou a figurar de maneira
importante na economia. Neste período a economia se encontrava em um cenário de miséria,
fome, doenças e o crescimento da violência e da desigualdade. O capitalismo se tornava
cada vez mais presente como uma política econômica, a revolução industrial, o avançar da
burguesia com suas máquinas levou a um caos generalizado para as classes trabalhadoras.
É claro que no âmbito burguês este foi um dos momentos de maior visibilidade e
enriquecimento. A Europa, principalmente a Inglaterra, se via em um momento de grande
crescimento econômico, afinal a revolução industrial expandiu as fronteiras garantindo
riqueza, propriedade e poder. No entanto, na outra conta estavam os trabalhadores das
indústrias. Estes trabalhadores ultrapassam as doze horas de trabalho diário. Também não
conheciam o descanso remunerado, férias, ou qualquer outro benefício que não fosse o
seu mísero salário.
Esta situação não garantia dignidade para esses trabalhadores, eles viviam na
miséria, passavam fome e as vagas precárias nas indústrias não eram suficientes para
garantir o bem-estar de todos os trabalhadores, pois muitos ficavam sem trabalho e sem
condições de sobrevivência.
Nesse período começaram a surgir os primeiros sindicatos que tinham um objetivo
de garantir a sobrevivência desses trabalhadores compreendendo que era dever do Estado
promover o bem-estar para sua população.
4
TÓPICO
CRISE DO BEM-ESTAR
SOCIAL E ASCENSÃO
DO NEOLIBERALISMO
.
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O neoliberalismo pode ser visto como uma forma de ver e compreender o mundo
no entanto suas ideias políticas e econômicas capitalistas entendem que não há necessida-
O fruto deste contexto econômico e político que tornou-se convencional foi chama-
do de estado neoliberal. Os setores mais atingidos com essa nova política foram aqueles
que beneficiam os trabalhadores, como assistência social, habitação, transporte, saúde.
De acordo com os neoliberais era necessário tomar atitudes drásticas quanto ao
mundo dos negócios além de que o capital privado necessitava de espaço para crescer
reforçando os valores e modo de vida capitalista ponto o resultado foi a presença cada
vez mais constante de corporações produtivas e financeiras levando-a questões políticas
serem dominadas pela economia.
Obrigado a todos(as)!
O historiador e filósofo Leandro Karnal, faz importantes considerações sobre o período pandêmico no
Brasil e a relação com o Estado Mínimo e sua efetivação nas políticas sociais.
LIVRO 1
Título: O estado de bem estar social na idade da razão.
Autor: Célia Lessa Kerstenetzky
Editora: Elsevier; 1ª edição (18 julho 2012)
Sinopse: O estado do bem-estar social morreu? O envelheci-
mento das populações e a globalização econômica teriam
disparado os tiros fatais? Este livro responde negativamente a
essas questões, mas identifica uma nova e crucial fase do estado
social. Mais do que nunca, o estado do bem-estar é necessário
para garantir direitos frente aos novos riscos sociais, ao mesmo
tempo em que é chamado a imaginar soluções que garantam
sua sustentabilidade financeira e política. De acordo com a
autora Celia Kerstenetzky, a construção do estado do bem-es-
tar é uma marca civilizatória, que distingue as sociedades que
reconhecem seus membros como cidadãos, sujeitos de direitos
fundamentais, em busca do alargamento de suas liberdades. A
partir de uma breve recuperação histórica e de princípios cons-
titutivos do estado do bem-estar, este livro mostra a diversidade
de respostas imaginadas no mundo desenvolvido, bem como a
difusão do estado do bem-estar para países não desenvolvidos
em décadas recentes, com uma parte inteiramente dedicada ao
Brasil.
LIVRO 2
Título: Estado, Direito e Democracia
Autor: Carlos Vinicius Alves Ribeiro, Dias Toffoli, Otávio Luiz Rodrigues Jr
Editora: Fórum; 1ª edição (13 dezembro 2021)
Sinopse: Estado, Direito e Democracia conseguiu sintetizar o
espírito do homenageado: é uma construção coletiva, aberta,
sem dogmas ou restrições. Estado, Direito e Democracia conse-
guiu sintetizar o espírito do homenageado: é uma construção
coletiva, aberta, sem dogmas ou restrições. É um diálogo públi-
co, franco, honesto e com incomum profundidade intelectual,
travado entre os convidados, sobre os assuntos mais caros ao
Prof. Augusto Aras. Sintam-se, caros leitores, todos, convidados
para essa agradável conversa.
FILME / VÍDEO 2
Filme: Crip camp
Ano: 2020
Diretor: James Lebrecht , Nicole Newnham
Sinopse: No final da estrada de Woodstock, uma revolução
floresceu em um acampamento de verão construído para ado-
lescentes com deficiência. Enquanto buscavam um mundo de
mais igualdade, os jovens motivaram movimentos marcantes
da época.
SOCIOLOGIA
POLÍTICA
NO BRASIL
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Plano de Estudos
• Compreensão do Brasil Contemporâneo;
• Neoliberalismo; “Lulismo”; Hegemonia
e Nova Classe Média;
• Manifestações Populares a partir de 2013;
• Impeachment ou Golpe? Da crise do Governo Dilma
ao “Bolsonarismo”;
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Objetivos da Aprendizagem
• Apresentar a Compreensão do Brasil Contemporâneo;
• Conhecer o Neoliberalismo; “Lulismo”; Hegemonia
e Nova Classe Média;
• Apresentar Manifestações Populares a partir de 2013;
• Debater se é Impeachment ou Golpe?
Da crise do Governo Dilma ao “Bolsonarismo”.
INTRODUÇÃO
Caro (a) acadêmico (a), chegamos à última unidade da nossa apostila. Nessa etapa
da disciplina, poderemos ter a compreensão do Brasil contemporâneo. Devemos estudar
esse capítulo abandonando nossas ideologias políticas e nossos ídolos desse setor. Pois
somente assim, alcançaremos o aprendizado desejado de nossa disciplina.
Com isso, peço que preste muita atenção nessa reta final. Pois neste capítulo
continuaremos a descortinar o caminho do conhecimento sobre o conceito neoliberal e sua
aplicação em nosso país. Conhecendo o governo do sociólogo Fernando Henrique Car-
doso. Vale destacar que após conhecer o neoliberalismo de Cardoso, chegou o momento
de conhecer o “Lulismo”. Não como uma pessoa e sim o fenômeno governamental e suas
raízes, expansão e desafios.
A partir de agora, voltaremos nossos olhos para um debate sobre os reflexos do
“Lulismo” e sua hegemonia com o aparecimento da nova classe média e a erradicação da
pobreza em vários setores do Brasil.
No entanto, faremos uma breve passagem pelas manifestações a partir de 2013 e
seus reflexos para a crise do “Lulismo”. Ou seja, como foi arquitetado, quais fatores levaram
a sua queda e o impeachment de Dilma Rousseff.
Prosseguindo com nossa reflexão, iremos abordar através de um debate a questão
da queda de Dilma, indagando se foi um simples impeachment ou um golpe. Assim enten-
deremos alguns pontos de conflitos que envolvem nosso país e apresentaremos fatos que
apontam para o que os estudiosos chamam de golpe. Então, passaremos a debater o ver-
dadeiro papel do impeachment com a crise do governo Dilma, a ascensão do Bolsonarismo
Descrevendo os problemas enfrentados em seu governo e a falta de tato para organizar,
fazer alianças e jogar o jogo político.
Finalizando mostraremos suas frases e seus reflexos na sociedade resultando em
problemas em seu governo. Por isso, abandone seus preconceitos e leia com atenção todo ca-
pítulo, para que ocorra o despertar do aprendizado através de fontes de estudiosos do assunto.
1
TÓPICO
COMPREENSÃO
DO BRASIL
CONTEMPORÂNEO
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Em pleno século XXI, a sociedade brasileira por muitas vezes despreza aconteci-
mentos históricos e sociológicos que ajudaram na construção de nosso país. Vale ressaltar
que essa construção foi concretizada através de lutas, esforço físico, intelectual e político.
Por isso, chegamos ao ponto de refletirmos sobre a sociologia política brasileira no
âmbito da contemporaneidade, ou seja, chegou a hora de ponderarmos sobre a sociologia
política atual. Sobre a construção e a validação política brasileira.
Para que isso ocorra, precisamos nos despir de todo e qualquer “preconceito” que
temos sobre a política e especialmente de políticos. Focando apenas nas realizações e na
construção social.
Vale destacar que atualmente passamos por problemas de divisão em nosso país.
Pois temos uma cisão quase que bipolar da política na atualidade. Ressaltando ainda que
muitas pessoas se intitulam de direita e outras de esquerda, sem possuir conhecimento
político e sociológico para se posicionar. Buscando fontes com inverdades e muitas vezes
tendenciosas para explicar sua ideia política.
Assim, começaremos nosso estudo, abandonando todo e qualquer posicionamento
que temos sobre a política atual. Iniciando assim a construção do conhecimento com a
leveza, com luminescência, e com verdade. Está preparado para isso? Vamos lá?
Iniciaremos afirmando que a sociologia política contemporânea no Brasil, passa por
vários aspectos pela qual pretendemos discutir a partir desse momento. Pois objetivamos
analisar mudanças políticas e sociais de nosso país. Refletindo sobre problemas e transfor-
mações que levaram o partido dos trabalhadores ao poder.
Mas como construir uma democracia enfrentando todos esses problemas que o
Brasil herdou no pós-ditadura?
Lassance (2009), afirma que as democratizações são o resultado das lutas sociais,
de alcance político, que se espalham por todo o mundo nos séculos XIX e XX. Vale ressaltar
que essa afirmação de Lassance (2007) é baseada em Tilly (2007), que além da afirmação
acima, propõe que a construção democrática vai passar por “ondas de democratização”. Ou
seja, passa por processos de construção democrática, de luta social. Se espalhando assim, por
vários pontos do mundo, sem respeitar os limites territoriais de um país. Vale ressaltar que essa
onda chega ao Brasil que ainda não entende muito bem o processo de redemocratização.
Um ponto importante para construção de uma nova democracia é a participação
em massa de vários setores da sociedade, que por sua vez pode não aderir a esse
processo por não se encontrar, pelo medo, por não conhecer o jogo democrático ou, até
mesmo, pelo conservadorismo.
Para que ocorra uma comoção em torno da construção democrática, é preciso expor
a oportunidade de evolução e, até mesmo, a de superação econômica, pois o Brasil enfrenta
grandes agitações nesse setor. Por isso, a necessidade de construção de um projeto demo-
crático transparente, que seja visível a divisão de poderes, de regras, entre outros.
2
TÓPICO
NEOLIBERALISMO;
“LULISMO”,
HEGEMONIA E
NOVA CLASSE MÉDIA
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Podemos destacar que mesmo com equívocos em seu governo, Fernando Hen-
rique Cardoso manteve seu governo na área do neoliberalismo e cada vez mais isolou
seu governo do interesse social. Vale ressaltar que a luta clara contra seu governo foi
basicamente do MST (Movimento dos trabalhadores sem Terra).
Essa batalha promovida pelo MST, provocou uma mudança do governo FHC em
relação à questão fundiária em nosso país. Podemos perceber isso logo abaixo.
O Movimento dos Sem-Terra (MST) manteve-se na ofensiva durante todo o
governo Cardoso e com alto grau de apoio popular urbano. Fustigando o go-
verno com invasões de terra e manifestações em todo o país, o MST obrigou
a Presidência da República a transformar os órgãos dedicados ao tratamento
da questão fundiária e a adotar medidas inovadoras para melhorar o seu pro-
grama de reforma agrária. (SALLUM JR., 1999, p. 43).
Nesse momento podemos fazer uma comparação de senso comum, entre Vargas
e Lula. Pois os dois foram os “pais dos pobres”, mas também foram a “mãe dos ricos”. Ou
seja, ajudaram os pobres, mas favoreceram alguns setores da sociedade para seu aumento
de ganho financeiro. Podemos reafirmar que não ocorreu a ruptura direta com o capital.
Será que a não ruptura com o capital foi uma decisão acertada ou errônea do
Lulismo? Teixeira (2013), nos diz que:
O caminho sem rupturas é ambíguo: por um lado, ele permite a continuidade
do projeto político, mas, por outro, ele faz com que as mudanças sejam muito
lentas. Na opinião de Singer, o reformismo fraco não se opõe ao forte, pois
seria, em último juízo, a sua diluição em doses homeopáticas. Lula pinçou
das propostas originais do partido aquilo que não significava entrar em cho-
que diretamente com o capital, mas manteve o rumo geral do reformismo.
(TEIXEIRA, 2013, p. 143).
Podemos dizer que a era neoliberal se apoiou na visão unipolar que implantou o livre-
-mercado, a não interferência em empresas, privatizações entre outros pontos. No entanto, o
que precisamos relatar é que nesse momento ocorreu a mudança de capital para o setor da
especulação. Ou seja, no capital especulativo. Assim, o neoliberalismo ganha força e vai se
espalhar na América Latina.
Podemos destacar que a luta inflacionária e as confusões econômicas, adminis-
trativas e tributárias, abriram espaço para o neoliberalismo nos países da América latina.
Inclusive no Brasil.
Assim podemos afirmar que Braga (2012), diz que a hegemonia Lulista, mostra
através de toda soma da qualificação profissional, sindicalismo, programa de transferência
de renda entre outros. Uma inquietação social que ajuda a construir uma sociologia da
inquietação operária que se transformará em qualificação e valorização salarial e inserção
em políticas públicas. Podemos perceber isso também em Souza e De Souza (2013), logo
abaixo que afirma que:
As lutas do precariado por salários e condições de trabalho justas exigiram do
sindicato uma iniciativa a fim resolver os conflitos inerentes às circunstâncias
do crescimento do setor. A questão é que os sindicatos procuram amenizar os
conflitos inserindo o trabalhador no cenário atual do modo de regulação ao criar
condições para o mesmo se aproximar de forma efetiva das políticas públicas.
(SOUZA e DE SOUZA, 2013, p. 123).
Mas se o trabalhador luta todos os dias, consegue evoluir, renasce como classe
média. Por que o Lulismo acabou? Segundo Singer (2012), o Lulismo não acabou. Entrou em
crise e adormeceu.
Se você analisar todas as transformações sociológicas criadas com o sindicalismo,
a transformação de classe. O Lulismo não deveria acabar ou até mesmo adormecer. Mas
por que isso aconteceu? Para responder essas perguntas apresentaremos especificamente
a crise do governo Dilma. Que Singer (2018), vai intitular de um verdadeiro quebra-cabeças.
Em que o sonho “rooseveltiano” se transformou em um pesadelo golpista.
3
TÓPICO
MANIFESTAÇÕES
POPULARES A
PARTIR DE 2013
.
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.....
Vale ressaltar que o presidente dos Estados Unidos declarou que Lula era “o cara”.
“Que tinha grande influência no mundo”. Vale destacar também que a revista inglesa “The
Economist” estampou em sua capa o cristo redentor voando como um foguete afirmando
que o Brasil decolava. Essa aprovação de Lula, transformou-se em desaprovação de Dilma
no ano de 2015. Mas como Singer (2018), montou esse quebra-cabeça do governo Dilma
para explicar a crise.
Singer (2018), uma espécie de linha do tempo partidária para demonstrar o jogo
político que a construiu ao longo do tempo no Brasil. Ao final, ele apresenta a ideia de três
partidos básicos no Brasil: “O popular, o de classe média e o de interior”.
As vozes das manifestações segundo Gohn (2015) tem um papel importante por
muitos motivos, mas principalmente pela identificação e por visualizar um cenário em que
não se sentiam representados. Não sentiam que os direitos da cidadania estavam sendo
respeitados. Vale ressaltar que manter as manifestações por um longo período é quase que
impossível. Mas o sentimento das pessoas e suas “vozes” ecoaram por um vasto território
com ajuda das mídias sociais e estavam prestes a explodir.
Então, podemos dizer que as manifestações ocorridas em 2013, abrem espaço para
o que Souza (2016) chama de quebra de aprovação dos governos petistas anteriores. No
entanto, podemos complementar com Singer (2018), demonstrando todo o quebra-cabeças
do golpe. Ou seja, o Lulismo em crise.
4
TÓPICO
IMPEACHMENT OU
GOLPE ? DA CRISE DO
GOVERNO DILMA AO
“BOLSONARISMO”
.
.....
.....
.....
Vale ressaltar que no contexto das manifestações ocorridas no Brasil, a mídia passa
a ter um papel contrário ao governo, aplicando uma espécie de “cruzada” política contra o
governo Dilma. Tudo apoiado no poder financeiro da elite e em sua identidade conservadora.
passou a falar da PEC 37. Afirmando que ela limitaria as investigações criminais e atra-
(2016) para esse fato. Pois ela chama a atenção dizendo que:
É interessante notar aqui já um início da articulação e do conluio entre o apa-
rato jurídico-policial do Estado e a imprensa. A PE(‘ 37 c sua crítica passa a
ser frequentemente referida pelo Jornal Nacional como uma demanda cada
vez mais importante das “ruas”. (SOUZA, 2016, p. 90).
Vale ressaltar que começamos a ter uma série de reportagens sobre os protestos,
desde os trabalhadores rurais, demarcação de terra indígena, gastos com a copa do mundo
A partir desse momento, partidos políticos foram rejeitados e execrados pela popu-
lação. A FIESP passou a pendurar uma bandeira gigante em seu prédio se posicionando
contra o governo. Ou seja, a elite começa a demonstrar seu poder e perguntava quem “ia
pagar o pato”.
Assim, o governo Dilma perdia cada vez mais popularidade, visualizando a união
direta entre a mídia e a classe média conservadora. Que por sua vez começa a demonstrar
o ódio que estava enraizado em suas entranhas. Podemos perceber isso em Souza (2016),
logo abaixo:
O mero fato da proximidade física dos pobres em lugares antes reservados à
classe média trouxe à baila um racismo de classe perverso que se mantinha
escondido do debate público nas condições de extrema desigualdade que o
país vivia, O compartilhamento dos mesmos espaços sociais irrita e incomoda
ainda mais com a nova postura e atitude das classes populares de desafiar o
olhar incômodo, (...). (SOUZA, 2016, p. 97).
O presidente Jair Messias Bolsonaro produziu frases e discursos que levam pesquisadores como Alex Fer-
nandes Silva de Almeida. Autor da tese de Mestrado, intitulada de: Do Golpe De 2016 Ao Bolsonarismo: O
Neofascismo. A compararem suas frases a características neofacistas como a apresentado abaixo expostas
na página 66 de sua tese:
Característica Neofascista e Frases de Bolsonaro
Nacionalismo: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
Negação dos direitos humanos: “Conosco não haverá essa politicagem de direitos humanos. Essa bandi-
dada vai morrer porque não enviaremos recursos da União para eles.”
Inimigos da nação: “Vamos unir o Brasil pela vontade de nos afastarmos de vez do socialismo, do comunis-
mo, nos vermos livres desse fantasma do que acontece na Venezuela.” “esquerdistas, petistas e bandidos.”
Militarismo: “Caso eu fosse Presidente da República, eu convidaria para o MEC
(Ministério da Educação) um general que tivesse comandado um colégio militar pelo Brasil.”
Sexismo/misoginia: “Jamais iria estuprar você, porque você não merece.”
Controle da imprensa: “A imprensa tenta a todo custo comprar a corda que irá enforcá-la.”
Acompanhe em: ALMEIDA, Alex Fernandes Silva de. Do Golpe De 2016 Ao Bolsonarismo: O Neofascismo No
Brasil. Goiás: Puc, 2021. Disponível em: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4651
Bom estudo !
Muito obrigado!
LIVRO 1
Título: Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo.
Autor: Tereza Pires do Rio Caldeira.
Editora: EDUSP; 2ª edição (1 janeiro 2006).
Sinopse: O documentário analisa a maneira pela qual crime,
medo e desrespeito aos direitos dos cidadãos associaram-se
a transformações urbanas de São Paulo, produzindo um novo
padrão de segregação espacial durante as duas últimas déca-
das. Temos o aumento da violência na cidade e o fracasso da
polícia e da justiça em combatê-la teve sérias consequências:
a privatização da segurança, o apoio a ações ilegais e violentas
da polícia e a reclusão de parte da sociedade em verdadeiros
encraves fortificados. O resultado é a fragmentação do espaço
público, a valorização da desigualdade e o incentivo ao precon-
ceito em relação a certos grupos sociais.
LIVRO 2
Título: Os sentidos do Lulismo: Reforma Gradual e Pacto Conservador.
Autor: André Singer.
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (28 agosto 2012).
Sinopse: Em novembro de 2009, a prestigiosa revista Novos
Estudos, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Ce-
brap), publicou um artigo de André Singer que já se tornou um
marco da ciência política brasileira. Escrito durante o auge da
popularidade desfrutada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, “Raízes sociais e ideológicas do lulismo” analisava o gran-
de realinhamento eleitoral ocorrido no país durante o pleito de
2006. O subproletariado, isto é, a massa de milhões de pessoas
excluídas das relações de consumo e trabalho, e que sempre
havia se mantido distante da ameaça de “desordem” represen-
tada pela esquerda, aderiu em bloco à vitoriosa candidatura
à reeleição. Ao mesmo tempo, a classe média tradicional se
afastou de Lula e do PT após as denúncias de corrupção que
originaram o caso do “mensalão”. Invertia-se, desse modo, na
trajetória eleitoral do partido e de seu principal líder, até então
apoiados majoritariamente pelos eleitores urbanos e pelos
estratos sociais de maior renda e instrução.
FILME / VÍDEO 1
Título: Democracia em vertigem.
Ano: (2019).
Diretora: Petra Costa.
Roteirista: Petra Costa.
Produção: Joanna Natasegara; Shane Boris; Tiago Pavan
Sinopse: Documentário sobre o processo de impeachment de
Dilma Rousseff. Apresentado como um dos reflexos da polari-
zação política e da ascensão da extrema-direita para o poder.
FILME / VÍDEO 2
Título: O Processo.
Ano: (2018).
Diretor: Maria Ramos.
Roteirista: Maria Ramos.
Produção: Leonardo Mecchi.
Sinopse: Ao passar meses nos bastidores do Congresso Na-
cional, acompanhando ao vivo os trâmites que levaram ao
impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O documentário
apresenta os eventos de 2016 trazem consequências no Brasil
até hoje, e as imagens daquela época adquiriram novo signi-
ficado em 2018, com Michel Temer no poder, às vésperas de
uma nova eleição presidencial.
ALVES, Andréa Moraes. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo.
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119
CONCLUSÃO GERAL
Caro(a) aluno(a),
120
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
Praça Brasil , 250 - Centro
CEP 87702 - 320
Paranavaí - PR - Brasil
TELEFONE (44) 3045 - 9898