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Teoria das Relações Humanas

A Criação e Desenvolvimento

Com a grande depressão devido à quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, no início
da década de 30 nos Estados Unidos, ganha força um conjunto de teorias administrativas,
também denominadas de teoria das Relações Humanas ou Escola das Relações Humanas.

Esta teoria cria novas perspectivas para a administração, ao passar a perceber os trabalhadores
como portadores de sentimentos e necessidades, deixando de enfatizar a estrutura e passando
a preocupar-se com os aspectos psicológicos e sociais do homem no trabalho.

Um dos primeiros estudiosos da Teoria das Relações Humanas foi o médico e sociólogo
australiano Elton Mayo, que em 1924 realizou um estudo para verificar a influência da
iluminação na produtividade, buscando variáveis que influenciassem, positiva ou
negativamente a produção. Este trabalho ficou conhecido como experiência de Hawthorne, por
ser este o nome do bairro onde estava localizada a Western Electric Company, fábrica onde
Mayo realizou sua pesquisa, em Chicago, nos EUA. A partir desta experiência Mayo concluiu
que a produção não era determinada unicamente pela condição física do trabalhador, mas que
ela era uma decorrência também e principalmente da integração dos trabalhadores com o
grupo social.

Esta teoria preocupa-se com os aspectos psicológicos e sociais do homem no trabalho e,


portanto, tem uma compreensão mais social e humana das empresas. A partir desta teoria a
administração passou a discutir novas variáveis, entre elas a motivação humana, a liderança, a
comunicação e a dinâmica de grupo.

Em relação aos pressupostos básicos desta teoria, no que diz respeito à ênfase, ela está
centrada nas pessoas. Quanto à abordagem da organização a empresa era vista como estrutura
informal. Com a teoria das Relações Humanas passou-se a salientar a importância da
organização informal, da cooperação entre os trabalhadores para os resultados na produção e
para a necessidade de não haver incompatibilidade entre os objetivos da organização e os dos
trabalhadores. A teoria das Relações Humanas considera que as recompensas sociais é que são
fatores determinantes no desempenho do indivíduo, assim o homem é considerado um ser
social – concepção de homem, “homem social”. Com o advento da Teoria das Relações
Humanas novos princípios passaram a ser discutidos entre eles as recompensas sociais como
determinantes do desempenho e a administração participativa.
Apreciação crítica

As principais críticas a esta teoria apontam para a concepção ingênua e romântica dos
trabalhadores e para a ênfase exagerada nos grupos informais, que fizeram com que ela se
tornasse uma forma paternalista de administração, ignorando os confrontos e conflitos entre
empregados e administradores, levando a um enfoque manipulativo e demagogo. O maior
impacto desta teoria foi à constatação de que os trabalhadores possuem uma capacidade para
agir eficientemente na medida em que lhes é oferecido certo grau de responsabilidade, e que
os problemas humanos no trabalho podem ser equacionados e solucionados.

Teoria da Burocracia

A Criação e Desenvolvimento

Esta Teoria administrativa desenvolveu-se por volta de 1940, quando o sociólogo alemão Max
Weber (1864-1920) estudou as organizações sob o aspecto estruturalista enfocando a
adequação dos meios utilizados nas empresas em relação aos resultados, aos fins esperados.

Segundo Max Weber burocracia é a organização eficiente por excelência que detalha
antecipadamente como as tarefas deverão ser realizadas, devendo ser impessoal e formal.
Além disso, para Weber, as principais características do Modelo Burocrático são:

Caráter formal e legal das normas, regulamentos, rotinas, procedimentos e comunicações;


Divisão de trabalho, estabelecendo o grau hierárquico de cada cargo, o poder, a
responsabilidade, as atribuições e as condições necessárias; Ênfase e estímulo à competência
técnica e profissionalização; O corpo administrativo deve ser separado da propriedade da
empresa, com especialização da administração; Completa previsibilidade do funcionamento.

Em relação à ênfase, ela está centrada na estrutura e no funcionamento organizacional.

A teoria Burocrática quanto à abordagem da organização compreende a empresa como


estruturada por normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito, que definem
antecipadamente como ela deve funcionar, conferindo um caráter formal à organização. No
que diz respeito a concepção de homem caracteriza-se pela impessoalidade nas relações
humanas, considerando os trabalhadores apenas em função dos cargos e funções que exercem
nas instituições, considera o homem como – Homem Organizacional. Com o advento da Teoria
da Burocracia os princípios da Teoria Clássica são retomados.

Apreciação crítica
Um dos dilemas, enfrentado pela Teoria Burocrática diz respeito ao fato de que a
impessoalidade e a racionalidade do modelo não permitem uma liderança competitiva ou uma
sobrevivência em um ambiente dinâmico, onde existem pressões constantes de forças
exteriores que encorajam o burocrata a seguir outras normas diferentes das da organização.
Além disso, o exagerado apego as regras, normas e regulamentos, assim como o modo
operacional mecânico, a desatenção ao comportamento humano inibem a criatividade a
flexibilidade, transformando muitas vezes os meios em fins.

Como aspectos positivos são citados: a possibilidade de maior rapidez nas decisões;
uniformidade de rotinas, procedimento e interpretação, uma vez que toda regulamentação é
escrita, redução do atrito entre as pessoas, subordinação dos mais novos aos mais antigos,
constância e confiabilidade, pois tudo é conduzido de acordo com as normas entre outros.

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