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Planejamento Empresarial

Ênfase Teorias Administrativas Período Principais Enfoque

Nas pessoas Teoria das Relações Humanas Início 1947 Organização informal.
Motivação, liderança,
comunicações e
dinâmica de grupo
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias
administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de
valores de Nova Iorque, em 1929. Com a "Grande Crise" todas as verdades até então aceitas
são contestadas na busca da causa da crise. As novas ideias trazidas pela Escola de Relações
Humanas trazem uma nova perspectiva para a recuperação das empresas de acordo com as
preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais complexa os seres
humanos.
Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que buscavam conhecer as
atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o
trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e de uma forma muito mecânica. Com os novos
estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto como "homo
social".
As três principais características desses modelos são:

O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e mecânico.
O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica.
Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto, aprovação social e prestígio.
A partir de então começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisão e na
disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. Foram sendo
compreendidos aspectos ligados à afetividade humana e percebeu-se os limites no controle
burocrático por parte das organizações como forma de regulamentação social.
A partir de então começa-se a pensar na
participação dos funcionários na tomada de decisão
e na disponibilização das informações acerca da
empresa na qual eles trabalhavam. Foram sendo
compreendidos aspectos ligados à afetividade
humana e percebeu-se os limites no controle
burocrático por parte das organizações como forma
de regulamentação social.
Experiência de Hawthorne
A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente através da Experiência de Hawthorne, realizada numa fábrica
no bairro que dá nome à pesquisa, em Chicago, EUA. O médico e sociólogo australiano Elton Mayo, fez testes na
linha de produção com 2 distintos grupos, um experimental, o qual serviria para a observação das mudanças de
ambiente e o grupo de controle, onde se manteriam as condições anteriormente normais de trabalho para servir
como referencia, na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou negativamente, a produção. O primeiro
teste foi realizado para encontrar a relação entre a intensidade da luz e a produtividade. Nesse teste, porém, foi
encontrada uma variável difícil de ser isolada, o fator psicológico dos trabalhadores. Por conta desse fator mudou-
se o foco da pesquisa, observando o comportamento dos trabalhadores a cada pequena mudança (ex: lanches,
intervalos, mudança nos incentivos e nos horários de trabalho)
As Experiência de Hawthorne geraram um novo paradigma para os administradores mundiais. Suas conclusões mais
importantes são:

Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração social no grupo maior será
sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a Escola Clássica, que coloca fatores físicos como determinantes.
Comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações informais, cada
empregado não age isoladamente.
As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e sanções não-materiais.
O despertar para as relações humanas dentro das organizações.
A ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do comportamento das pessoas.
A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas, eram realizadas trocas de posição para evitar a
monotonia, mesmo que provocassem queda na produtividade aumentavam o moral do grupo.
Roethlisberger & Dickson
Outros autores importantes para a Escola de Relações Humanas foram Roethlisberger e William Dickson por suas
descrições das primeiras experiências em sua obra Management and the worker no ano de 1939. Em seus
experimentos nesta obra os autores observaram um grupo de homens que trabalhavam em uma "sala de
equipamentos de PABX" e fizeram as seguintes observações:

Um pequeno grupo de homens se desenvolveram espontaneamente líderes, com o consentimento do grupo.


Este grupo era indiferente a incentivos financeiros
Este grupo dava maior importância aos valores e costumes que aos incentivos financeiros. Os membros do grupo
eram fortemente influenciados pelo código de comportamento do grupo independentemente das recompensas
monetárias.
Chester Bernard

Em determinado momento nas teorias de relações há uma divisão. Surge


a teoria de Recursos Humanos que o vê o ser humano como detentor de
necessidades psicológicas complexas e não como um ser passivo que
pode ser estimulado e controlado a partir de estímulos como as Relações
Humanas descreviam até então. O trabalho de Chester Bernard pode ser
classificado entre estas duas correntes. O autor desloca a análise da
organização formal para a informal. Segundo ele "as organizações
informais são necessárias ao funcionamento de uma organização formal,
como um meio de comunicação, coesão e proteção da integridade
individual". Sua principal obra As funções do executivo retrata as
principais tensões entre o indivíduo e a organização e conclui que os
sistemas de treinamento, seleção, vigilância e recompensa não são
suficientes para garantir que os indivíduos cooperem com a empresa
corroborando para a ideia do caráter incerto da ação humana. O autor
afirma que seria necessário o desenvolvimento de valores comuns e de
uma ética que gerassem comprometimento dos indivíduos com a
organização.
Críticas à teoria das relações humanas
Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais - em alguns aspectos a experiência
de Hawthorne foi insegura e artificial e mesmo tendenciosa; alguns estudiosos acreditam que a origem esteja
no fato de ser a teoria das relações humanas um produto da ética e do princípio democrático então existente
nos Estados Unidos.

Apesar de os Industriais tenderem a julgar sempre as conclusões de Mayo verdadeiras, estes as consideravam
inaplicáveis, como citado por um deles: "Tudo isto é muito interessante, mas o que psicólogos e teóricos em
geral parecem esquecer é que tenho que obter lucro e produzir bens. O bem-estar é muito justo no devido
lugar, mas é, no final das contas, um problema secundário na indústria e não a sua função principal.“

Uma crítica feita pelos psicólogos é que as conclusões de Mayo são óbvias, porém Mayo, sem dúvida, tem seu
mérito por tirar este conceito das ciências e aplicá-lo às práticas administrativas.
Críticas à teoria das relações humanas
A concepção ingênua e romântica do operário - as pessoas que seguiram demonstraram que nem sempre isto
ocorreu.
A ênfase exagerada nos grupos informais colaborou rapidamente para que esta teoria fosse repensada.
O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não tardou a ser descoberto e identificado pelos operários
e seus sindicatos.
Ao receber tantas críticas, a teoria das relações humanas precisou de uma reestruturação que deu origem à
teoria comportamental.
Obrigada!!!

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