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2.6 As Teorias X e Y
Conforme apresentado na Figura 2.1, várias teorias que buscavam explicar o
comportamento humano surgiram a partir dos estudos de Elton Mayo. Uma delas,
desenvolvida por Douglas McGregor,1 classificou o trabalhador em dois tipos principais, um
sendo um homem de natureza indolente (Teoria X), enquanto o outro sendo um homem de
natureza ativa e trabalhadora (Teoria Y).
Na percepção de McGregor, o homem que atua conforme a Teoria X precisa ser
permanentemente atrelado a um sistema de consequências que permita o estímulo do
mesmo na direção dos resultados que a empresa espera conseguir. Já o trabalhador que atua
conforme a Teoria Y sente prazer pelo trabalho e, portanto, encontra-se motivado e com
possibilidade de elevados resultados.
Há, no entanto, muitas controvérsias sobre as Teorias X e Y, pois o ambiente
psicossocial e do trabalho envolve muitas variáveis e com certeza não podem ser resumidas
de uma forma tão simplista. O trabalho não pode representar realmente “humilhações
diárias”, em que os trabalhadores sejam vistos como intrinsecamente preguiçosos ou
irresponsáveis.
1 McGREGOR, Douglas. O lado humano da empresa. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
3 HAMPTON, David, R. Administração contemporânea: teoria, prática e casos. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1983.
5 HERZBERG, F. et al. The motivation to work. New York: John Wiley & Sons, 1959.
7 GEERTZ, Clifford. The interpretation of cultures. New York: Basic Books, 1997.
8 BERGAMINI, Cecilia Whitaker. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.
por acionar algum mecanismo de defesa, tais como:
Mecanismo de defesa psicológico: como a racionalização – “não fui reconhecido por
não ter conseguido atingir o resultado que ele julga ser o melhor”; a fantasia – “não
fui reconhecido, pois com certeza terei algo ainda melhor no futuro”; a projeção –
“a falha do não reconhecimento é do chefe, que não tem sensibilidade”; o
deslocamento – “não ligo que eu não tenha sido reconhecido, mas o meu colega
devia ter sido”; o simbolismo – por não ter sido reconhecido foi de roupa preta
para demonstrar sua indignação; a sublimação – com o não reconhecimento,
começou a ser mais sociável com os colegas; o isolamento – com o não
reconhecimento, se isolou de todos; a compensação – já que não foi reconhecido,
procurou fazer outras coisas em que se sentisse bem para compensar esta perda;
a regressão – com o não reconhecimento, ficou sem falar direito com aqueles que
julgou tê-lo prejudicado; a apatia – ficou indiferente ao que estava acontecendo; a
generalização – “só os ruins são reconhecidos, os bons, como nós, somos
desprezados”; a somatização – dia após dia, um sintoma de doença acontece, ou
seja, o corpo responde pela pessoa.
Mecanismos sociológicos: diz respeito à relação com a sociedade. Como por exemplo:
“se torço pelo Flamengo ou Corinthians e o mesmo perde, fico deprimido e não
compareço ao trabalho para não ser humilhado”.
Mecanismos de defesa químicos: diz respeito ao uso de elementos químicos para
compensar o dia a dia, por exemplo: “quando vou trabalhar, tenho de fumar pelo
menos cinco vezes ao dia para compensar o stress que tenho de aturar”.
Mecanismos de defesa tecnológicos: “quando o stress ocorre, fico direto trancado na
sala com o computador ligado de modo a compensar esta pressão”.