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ANÁLISE CRÍTICA
SÃO LUÍS/MA
2023
Análise crítica
O livro traz uma base conceitual e teórica à prática administrativa. A Teoria das
Relações Humanas reúne das ideias sobre o comportamento humano no ambiente de
trabalho, criadas para nortear os estudos da Administração. O debate sobre esse tema
ganha força em meados de 1920. O presente trabalho irá analisar a parte quatro da obra
supracitada, intitulada “Abordagem humanística da Administração”.
Essa nova abordagem fez com que a preocupação com a máquina e com o
método de trabalho dessem lugar às prioridades para com a preocupação com as pessoas
e com os grupos sociais, saindo dos aspectos técnicos e formais para explorar os
aspectos psicológicos e sociológicos.
Com o passar do tempo, esse novo pensamento faz com que o indivíduo seja
visto como “social” e não mais como “econômico”. Essa filosofia mostra que a pessoa
possui um comportamento dinâmico e complexo, atuando como centro da discussão.
Essa mudança é muito importante para as empresas, uma vez que a tomada de decisão
precisa considerar seus colaboradores e suas necessidades com relação ao trabalho.
Antes de iniciar sua exposição, o autor apresenta alguns autores que trabalham
no desenvolvimento da Teoria das Relações Humanas. Destaca quatro pesquisadores, a
saber: Hugo Munsterberg, Ordway Tead, Mary Parker Follett e Chester Barnard. Esse
conceito surgiu nos anos de 1930, a partir da teoria norte-americana das Relações
Humanas, com base nas ciências sociais e psicologia do trabalho.
Isso fez com que ele mudasse o foco da pesquisa, observando e avaliando cada
comportamento, mediante pequenas mudanças, como nos intervalos, na jornada de
trabalho, nos lanches, entre outras. Com a sua observação, surgiu um movimento de
reação e oposição à Teoria Clássica da Administração, com uma quebra de padrões para
todos os estudiosos da administração ao redor do mundo.
A experiência de Hawthorne é muito explorada pelo autor nas próximas páginas.
Com cinco anos de duração e dividida em quatro fases, o experimento social foi
suspenso por falta de financiamento. Mas, os dados coletados foram imprescindíveis à
Teoria das Relações Humanas.
Na segunda fase, o primeiro grupo contava com seis moças, das quais cinco
montavam o equipamento e a sexta era responsável por fornecer as peças necessárias ao
trabalho. O segundo contava com um contador de peças que marcava a produção. A
pesquisa com o primeiro grupo foi subdividida em doze fases e constatou-se que as
moças não temiam a supervisão porque a consideravam branda, ao contrário do grupo
dois; o ambiente amistoso aumentava a satisfação no trabalho; tornaram-se amigas;
desenvolveram objetivos comuns como aumentar a produtividade.
Mesmo as duas andando lado a lado, a informal não pode se sobrepor a formal,
pois mesmo que sejam necessárias as relações entre as pessoas, o local de trabalho exige
o profissionalismo e a competência do indivíduo como profissional, não deixando as
relações pessoais se sobrepõem aos objetivos da empresa.
O autor segue a explicar no capítulo cinco como a Teoria das Relações Humanas
mostra os impactos negativos das organizações de trabalho no desenvolvimento da
civilização industrial. No item “A civilização industrializada” ele elenca os principais
pontos de vista do pesquisador Elton Mayo sobre a eficiência e cooperação e como esta
última não é resultado das determinações legais ou da lógica organizacional da empresa.
Seu quarto ponto de vista observa as mudanças na sociedade, uma vez que a
mesma deixa de ser estável, para ser uma sociedade adaptável e como os indivíduos
dessa nova sociedade precisam ser capazes de cooperar. Seu penúltimo ponto destaca
que o ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecido”.
Podemos inferir que esta é uma obra de útil leitura não só em meio
administrativo, mas de forma global, para aqueles que desejam compreender o
comportamento humano dentro e fora do âmbito empresarial e suas implicações na
qualidade de vida, substituindo o homo economicus pelo homem social.
Capítulo 6 - Decorrências da Teoria das Relações Humanas: dando importância
aos grupos
Existem diversos estudos sobre este tema nas últimas décadas, as teorias
apresentadas por autores humanistas podem ser classificadas em três grupos: Teoria de
traços de personalidade (características marcantes possuídas pelo líder), Teoria sobre os
estilos de liderança (estilos comportamentais adotados pelo líder) e, por fim, Teorias
situacionais de liderança (o comportamento do líder se adequa a situação em questão).
White e Lippitt fizeram uma pesquisa para analisar o impacto provocado pelos
três estilos aplicados aos mesmos grupos, mas em ocasiões diferentes, o resultado da
pesquisa em questão é que os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram
maior quantidade de trabalho. Sob liderança liberal o grupo não obteve uma produção
boa quanto a quantidade e qualidade.
Tendo em vista essa ideia, de que as engrenagens conversam entre si, podemos
então dizer que um dos quesitos a serem colocados em prática, tanto no cotidiano,
quanto em qualquer âmbito social, é a comunicação.
Portanto, para que não haja uma dessincronia nesses grupos, é usado a
“Dinâmica de Grupo” para que haja o equilíbrio dos mesmos, assim, alcançando ainda
mais empenho nos objetivos, assim como dito no texto: “O grupo não é apenas um
conjunto de pessoas, mas envolve a interação dinâmica entre pessoas que se percebem
psicologicamente como membros de um grupo”, sendo assim, um grupo possui
interesses em comum, e consequentemente, pelo fato de serem mais próximos, a
influência de membro para membro é bem presente.