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Teorias administrativas

– Teoria das relações


humanas

Versão Condensada
Sumário
Teorias administrativas – Teoria das relações humanas���������������������������������������������� 3

1. Origens�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

2.  O experimento de Hawthorne��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4

3. Teoria das relações humanas na prática���������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 5

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Teorias administrativas – Teoria das relações

humanas

Como estudamos anteriormente, as teorias administrativas de abordagem científica e clássica focaram os estudos na
eficiência da produtividade através das tarefas e da estrutura, respectivamente.

Agora veremos uma nova perspectiva com a Teoria das Relações Humanas.

1. Origens

O precursor da Teoria das Relações Humanas foi Elton Mayo com as conclusões de Hawthorne que veremos logo mais.

A Teoria das Relações Humanas se originou nos fatos:

• Necessidade de humanizar e democratizar a Administração: sair da perspectiva rígida e mecanicista das Teorias
clássicas levando a Administração a uma concepção democratizada dos conceitos administrativos.

• Desenvolvimento das Ciências Humanas: com uma abordagem psicológica, considerando a influência intelec-
tual nas organizações, a Teoria das Relações Humanas buscou demonstrar a inadequação da Teoria Clássica nas
organizações.

• Ideias da Filosofia (John Dewey) e psicologia (Kurt Lewin): junto com a sociologia de Pareto tiveram contribuição
significativa na concepção da Teoria de Mayo.

• Experimento de Hawthorne: realizada ente 1927 e 1932, o experimento conduzo por Mayo refutou as principais
abordagens da Teorias Clássicas.

Mas, para refutar, é necessário conhecer as diferenças. Veja abaixo:

Fonte: CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7 ed.

Revisada e atualizada – Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2003 (adaptado).

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Mayo também trouxe o conceito de homem social, como forma de contrapor o homo economicus da Abordagem Científica.

homem social

Na Teoria das Relações Humanas a motivação econômica é secundária. A motivação é a necessidade de reco-
nhecimento, aprovação social e participação nas interações sociais em que vive.

2. O experimento de Hawthorne

A experiência de Hawthorne foi o que baseou a Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo. A experiência consistiu,
inicialmente, em avaliar a interferência da iluminação do ambiente na produtividade dos trabalhadores. Esta experiência
levou os trabalhadores à fadiga, acidentes de trabalho, alta rotatividade do pessoal e como isso impactou a produtivi-
dade deles.

Na primeira fase do experimento não houve alteração na variável a ser avaliada (iluminação x produtividade), o que
levou os pesquisadores a constatar que os resultados foram prejudicados pelo aspecto psicológico. Os trabalhadores
atuaram de acordo com suas suposições: julgavam que deveriam produzir mais quando a iluminação aumentava e menos
quando diminuía. Observou-se assim o fator psicológico sobrepondo-se ao fator fisiológico, sendo impactados pelo
comportamento. Por ter tido somente influência negativa, o fator psicológico foi descartado.

Na segunda fase da experiência, que durou 12 semanas, estabeleceu-se equipe de trabalho experimental, subordinada
a supervisor e um grupo de controle. Enquanto o grupo experimental sofria mudanças nas condições de trabalho, o
grupo de controle mantinha condições constantes de trabalho. Observou-se que no grupo experimento o clima amistoso,
divertido, sem pressões com conversas permitidas aumentava a satisfação no trabalho. Ainda, com o supervisor como
orientador, não havia medo, promoveu-se a amizade do grupo que tornou-se uma equipe e desenvolveu objetivos em
comum.

Na terceira fase, a partir das diferenças de atitudes entre os grupos, os pesquisadores focaram nas observações das
relações humanas. A partir daí, iniciou-se um Programa de Entrevistas (interviewing Program) para obter as percepções
dos empregados quanto ao tratamento que recebia e darem sugestões. Este programa de entrevistas constatou que
há uma organização informal entre os trabalhadores que os mantinha unidos por lealdade.

A quarta fase iniciou a partir da constatação da organização informal e buscou analisar a organização formal. Vinculou-se
o salário ao aumento da produção em um grupo experimental e, a partir das observações pode-se observar as relações
entre a organização informal dos trabalhadores e a organização formal da fábrica.

A partir das fases do experimento, pode-se concluir que:

• A produção é resultado da integração social

• Quanto maior a integração do grupo, maior a disposição em produzir.

• O comportamento social individual depende do comportamento do grupo

• Enquanto o comportamento do grupo não muda, o indivíduo resiste à mudança para não se afastar do grupo.

• O comportamento do trabalhador está condicionado às normas e padrões sociais

• As crenças e expectativas do grupo influenciam as atitudes e padrões de comportamento que são aceitáveis ao
grupo.

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• Empresa é uma organização social formada por grupos individuais

• Os grupos individuais são o ativo das empresas, ou seja, pessoas. Estes grupos informais definem os padrões de
comportamento, regras, etc e nem sempre estes padrões coincidem com a organização formal da empresa.

• Relações Humanas

• Sendo o grupo individual formado pelo indivíduo que possui as próprias crenças e expectativas, que busca adap-
tação, aceitação e participação de um grupo social; e que forma comportamentos e normas informais nos grupos
individuais; nada mais certo que compreender que as relações humanas influenciam as entregas (resultados).

• O cargo influencia o trabalhador

• Não se trata aqui do título atribuído à função. Se refere ao fato de que os trabalhadores se entediam quando sub-
metidos a trabalhos repetitivos e monótonos e isso impacta diretamente a produção.

• Atenção aos aspectos emocionais

• Os aspectos emocionais eram desconsiderados na abordagem clássica, a partir daqui, passaram a ter importância.

qual a maior lição da experiência de hawthorne?

A experiência de Hawthorne trouxe nova visão de como o aspecto humano impacta a produtividade. A perspec-
tiva de que há organizações informais que influenciam a eficiência e que os aspectos irracionais (emocionais)
do comportamento tem relação direta com os resultados.

3. Teoria das relações humanas na prática

A concepção da Teoria das Relações Humanas revelou a natureza do homem: o homem social, sob as seguintes
perspectivas:

• Trabalhadores são criaturas sociais complexas, com sentimentos, desejos e temores. O comportamento no traba-
lho – ou em qualquer lugar – é uma consequência de vários fatores motivacionais.

• Pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio da interação com grupos
sociais. Dificuldades em participar e em se relacionar com o grupo provocam elevação da rotatividade de pessoal
(turnover), baixa autoestima, fadiga psicológica, queda no desempenho etc.

• O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo estilo de supervisão e liderança. O supervisor eficaz é
aquele que possui habilidade para influenciar seus subordinados, obtendo lealdade, padrões elevados de desem-
penho e alto compromisso com os objetivos da organização.

• Normas sociais do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros. Esse controle
social adota tanto sanções positivas (estímulos, aceitação social etc.) como negativas (gozações, esfriamento por
parte do grupo, sanções simbólicas etc.).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da
moderna administração das organizações. 7 ed. Revisada e atualizada – Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2003 (adaptado).

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