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Guilherme Hamada

Direito Administrativo
Aula 18 – Serviços Públicos II (Concessão e Permissão)
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1) Delegação de serviço público

Transferência, a terceiro, da execução de serviços


públicos cuja titularidade pertence ao Estado.

• Titularidade pertence ao Estado.


• Só se transfere a execução.
• Terceiro irá prestar os serviços.
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Delegação Legal: transferência da execução de


serviços públicos às entidades da Administração
Indireta.

Delegação Negocial: transferência da execução de


serviços públicos a quem não pertence ao titular
do serviço público.
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2) Fundamento normativo

Art. 21. Compete à União: [...]


XII - explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão:
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Art. 25. [...] § 2º Cabe aos Estados explorar


diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a
edição de medida provisória para a sua
regulamentação.
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Art. 30. Compete aos Municípios:


[...]
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, os serviços públicos
de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial
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Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da


lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:


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I - o regime das empresas concessionárias e


permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação,
bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
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3) A concessão comum de serviço público (Lei nº


8.987/1995)
Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-
se:
I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito
Federal ou o Município, em cuja competência se
encontre o serviço público, precedido ou não da
execução de obra pública, objeto de concessão ou
permissão;
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II - concessão de serviço público: a delegação de


sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado;
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III - concessão de serviço público precedida da


execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou
melhoramento de quaisquer obras de interesse
público, delegada pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de
concorrência, [...]
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[...] à pessoa jurídica ou consórcio de empresas


que demonstre capacidade para a sua realização,
por sua conta e risco, de forma que o investimento
da concessionária seja remunerado e amortizado
mediante a exploração do serviço ou da obra por
prazo determinado;
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IV - permissão de serviço público: a delegação, a


título precário, mediante licitação, da prestação de
serviços públicos, feita pelo poder concedente à
pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco.
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• Concedente é o ente federativo competente


pela realização do serviço público.
• São formas de delegação do serviço público.
• São instrumentalizadas através de contrato
(concessão) ou contrato de adesão (permissão).
• Exigem prévio procedimento licitatório, que nas
concessões deverá ser na modalidade
concorrência.
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• O objeto é a prestação de um serviço público.


• A remuneração é extraída da exploração estatal
do serviço público.
• Não importa a transferência da titularidade do
serviço público.
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4) Licitação e contratação na concessão comum


de serviço público (Lei nº 8.987/1995)

• Critérios de julgamento da licitação.


• Possibilidade de participação de consórcios.
• Possibilidade de inversão das fases de
julgamento e habilitação.
• Cláusulas obrigatórias do contrato.
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• Responsabilidade pelos danos causados.


• É admitida a subconcessão, se expressamente
autorizado pelo concedente e mediante
concorrência.
• Possibilidade de intervenção.
• Formas de extinção da concessão:
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I - advento do termo contratual;


II - encampação;
III - caducidade;
IV - rescisão;
V - anulação; e
VI - falência ou extinção da empresa concessionária
e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de
empresa individual.
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5) As concessões especiais de serviço público (Lei


nº 11.079/2004)

Art. 2o Parceria público-privada é o contrato


administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.
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5) As concessões especiais de serviço público (Lei


nº 11.079/2004)

§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de


serviços públicos ou de obras públicas de que trata
a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando
envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários contraprestação pecuniária do parceiro
público ao parceiro privado.
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5) As concessões especiais de serviço público (Lei


nº 11.079/2004)

§ 2o Concessão administrativa é o contrato de


prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que
envolva execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens.
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5) As concessões especiais de serviço público (Lei


nº 11.079/2004)

§ 3o Não constitui parceria público-privada a


concessão comum, assim entendida a concessão
de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995,
quando não envolver contraprestação pecuniária
do parceiro público ao parceiro privado.
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Obs.: Art. 10 - § 3o As concessões patrocinadas


em que mais de 70% (setenta por cento) da
remuneração do parceiro privado for paga pela
Administração Pública dependerão de
autorização legislativa específica.
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§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria


público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$
20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja
inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento
de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.
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Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria


público-privada atenderão ao disposto no art. 23
da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no
que couber, devendo também prever:
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I – o prazo de vigência do contrato, compatível


com a amortização dos investimentos realizados,
não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e
cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;

III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive


os referentes a caso fortuito, força maior, fato do
príncipe e álea econômica extraordinária;
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IX – o compartilhamento com a Administração


Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro
privado decorrentes da redução do risco de crédito
dos financiamentos utilizados pelo parceiro
privado;
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X – a realização de vistoria dos bens reversíveis,


podendo o parceiro público reter os pagamentos
ao parceiro privado, no valor necessário para
reparar as irregularidades eventualmente
detectadas.
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XI - o cronograma e os marcos para o repasse ao


parceiro privado das parcelas do aporte de
recursos, na fase de investimentos do projeto e/ou
após a disponibilização dos serviços, sempre que
verificada a hipótese do § 2o do art. 6o desta Lei.

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