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ADMINISTRATIVOS
E SUAS
PECULIARIDADES
1. INTRODUÇÃO
Também previstos na Lei 8.666/93.
Os temas recorrentes são cláusulas exorbitantes e formalidades do contrato.
Os mesmos conceitos do direito privado se aplicam aos contratos
administrativos.
Estas cláusulas são designadas como exorbitantes, haja vista o fato de que sua
previsão em contratos privados ensejaria a nulidade contratual. Com efeito,
seria leonina e abusiva a cláusula contratual privada que permitisse a uma das
partes rescindir o contrato ou alterá-lo unilateralmente, sem a necessidade de
oitiva da outra parte. (Matheus Carvalho, Manual de D. Administrativo, 2016).
Só para relembrar:
Uma cláusula leonina ou cláusula abusiva é um item inserido unilateralmente num contrato
que lesa os direitos da outra parte, aproveitando-se normalmente de uma situação desigual
entre os pactuantes.
Tem limite expresso na lei de até 25% para mais ou para menos.
*Indenização
Na eventual hipótese do particular já ter adquirido todos os materiais necessários a
execução da obra ou serviço, será o referido indenizado pela Administração Pública, senão
vejamos:
A lei 8.666/93, em seu art. 65, § 4° dispõe que "No caso de supressão de obras, bens ou
serviços, se o contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos,
estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente
comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por outros danos
eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados".
O art. 55, da Lei 8.666 estabelece as cláusulas necessárias do contrato para que
seja considerado válido.
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.
(...)
O termo de contrato ou instrumento de contrato é o meio, determinado por lei, para
formalização do contrato e, para que o acordo seja válido, deve conter o objeto e seus
elementos característicos, o regime de execução ou a forma de fornecimento, o
preço e as condições de pagamento, assim como os critérios e periodicidade do
reajuste de preços e as regras de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento (Matheus Carvalho, Manual
de D. Administrativo, 2016).
3.4. COMUTATIVO
Prestação e contraprestação equivalentes e pré-determinadas. Diferente do
contrato aleatório, onde as prestações são incertas, pode ser modificado.
3.6. PERSONALÍSSIMO
Intuitu personae. Leva em consideração a qualidade do contratado. Por conta disso,
em regra, não se admite a subcontratação (não é vista com bons olhos, pode gerar
fraudes na licitação, exemplo: administração licita e celebra contrato com empresa X
que subcontrata com a empresa Y, por que a Y não participou da licitação? Viola o
princípio da isonomia). Desrespeitaria o dever de licitar, o princípio da isonomia e a
característica personalíssima dos contratos.
3.7. ESCRITOS
→ Escritos: os contratos são escritos, seja por meio do instrumento de
contrato ou por documentação mais simples.
*Contrato verbal
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal celebrado com a Administração
Pública.
3.8. PUBLICIDADE
- Publicação:
Um dos requisitos para que o contrato administrativo possa ser eficaz é a sua
publicação.
OBS: A lei diz que nesses casos, em caso de excepcional interesse público, é possível
uma prorrogação por mais 12 meses. Exemplo: Coleta de lixo. A Regra é 60 meses,
mas pode chegar até 72 meses. .
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: I - aos projetos cujos
produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais
poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha
s
O prazo pode ser maior se o objeto do contrato estiver previsto no Plano Plurianual
(ver isso na CR: art. 165 e ss, LDO, LOA e PPA), que são as metas e ações previstas ao
longo dos quatro anos de mandato. Nesses termos, o contrato pode ter prazo de até
quatro anos (PPA). (não coincidentes com o mandato do presidente – os seus 03
últimos e um ano do próximo administrador) ido previsto no ato convocatório;
Se liga nesta:
Se liga nesta:
4.2. CLÁUSULAS EXORBITANTES (ART. 58)
4.2.1. Previsão legal e conceito
Também chamadas de “cláusulas de privilégio”, são aquelas que
extrapolam, exorbitam, ultrapassam os limites aceitáveis no âmbito
dos contratos de Direito Privado.
Tem limite expresso na lei de até 25% para mais ou para menos.
A alteração acima de 25% é permitida, mas deverão ser bilaterais.
Com exceção aos contratos de reformas em que as alterações para mais
podem chegar até 50% a diminuição continua em 25%.
Art. 79. A RESCISÃO do contrato poderá ser:
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados
nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior;
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação,
desde que haja conveniência para a Administração;
III - judicial, nos termos da legislação;
IV - (VETADO)
§ 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita
e fundamentada da autoridade competente.
§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem
que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III - pagamento do custo da desmobilização.
§ 3o (VETADO)
§ 4º (VETADO).
§ 5o Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contrato, o cronograma de
execução será prorrogado automaticamente por igual tempo.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração
poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes
SANÇÕES:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no
contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento
de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2
(dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes
da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
4.3. EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS
Trata-se da cláusula presente nos contratos onerosos de Direito Privado que permite a
qualquer dos contraentes suspender a execução de sua parte no contrato enquanto a outra
parte não cumpre sua obrigação.
A doutrina clássica de Hely não admitia o uso dessa defesa pelos particulares quando do
descumprimento contratual da Administração, sob o argumento de afronta ao princípio da
continuidade do serviço público.
Essa ideia foi superada pela Doutrina moderna de Celso Antônio (JSCF concorda), que
corretamente assevera que não são todos os contratos administrativos que se referem a serviços
públicos.
Assim, hoje se admite a invocação da exceptio, mas de forma mitigada e desde que o contrato
não se refira a prestação de serviço público (há quem não faça essa ressalva do serviço público).
d) a extinção do contrato.
Resposta: Letra C.
5. EXTINÇÃO CONTRATUAL
Pode ser por:
a) Conclusão do objeto;
b) Advento do termo contratual;
c) “Rescisão” (coloquei entre aspas por que não me parece muito técnico
denominar tais possibilidades de rescisão... só no direito administrativo
mesmo);
d) Anulação.
5.4. ANULAÇÃO
Ocorre quando existe ilegalidade no contrato ou mesmo no
procedimento que o antecedeu (licitatório ou de justificação). A
anulação opera efeitos EX TUNC, devendo, no entanto, serem
ressarcidos eventuais prejuízos do contratado, desde que não tenha
dado causa ao vício que inquinou o contrato.
Teorias da Imprevisão