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Contratos administrativos
1. Conceito
2. Características
Como negócio jurídico que exige a participação do Poder Público, o contrato administrativo deve
sempre buscar a proteção de um interesse coletivo, o que justi渢ca a aplicação do regime público e um
tratamento diferenciado para a Administração. Além dessas características, o contrato administrativo
é:
b) Formal: não basta o consenso das partes, é necessária a obediência a certos requisitos, como os
estabelecidos nos arts. 60 a 62 da Lei 8.666/93.
g) Personalíssimo: exige con渢ança recíproca entre as partes. É intuitu personae, porque o contrato
representa a melhor proposta entre as apresentadas.
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3. Formalidades
b) Não se admite contrato verbal, exceto o de pronta entrega, o pronto pagamento e o que não
ultrapassar a 5% do valor do convite (art. 60, parágrafo único, da Lei 8.666/93).
c) A publicação resumida do contrato na imprensa o渢cial é requisito obrigatório para sua e渢cácia,
correndo a cargo da Administração (art. 61, parágrafo único, da Lei 8.666/93).
São consideradas cláusulas indispensáveis, obrigatórias em todo contrato administrativo, sob pena de
nulidade, as seguintes:
i) As condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso.
É exigida pela Administração, entretanto quem decide a forma de prestá-la é o contratado, podendo
escolher uma das hipóteses previstas na lei: caução em dinheiro, título da dívida pública, 渢ança
bancária e seguro garantia. O valor da garantia deve corresponder a até 5% do valor do contrato,
exceto quando o contrato for de grande vulto, alta complexidade e riscos 渢nanceiros consideráveis
em que essa garantia poderá chegar a 10% do valor do contrato.
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Todo contrato administrativo deve ter prazo determinado e a sua duração deve corresponder à
disponibilidade dos créditos orçamentários, exceto:
b) Quando tratar-se de prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter
a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a Administração, limitada a 60 meses, admitindo-se, em caráter
excepcional, devidamente justi渢cado e com autorização da autoridade superior, a prorrogação por
até 12 meses.
c) Fiscalizar-lhes a execução.
e) Nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços
vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa
de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
b) Alteração do valor em razão da alteração do objeto (nesse caso o contratado é obrigado a suportar
os acréscimos e supressões até o limite de 25%; excepcionalmente, quando tratar-se de reforma de
edifício e equipamento, esse limite pode chegar a 50% para os acréscimos).
O equilíbrio econômico e 渢nanceiro é a maior garantia do contratado e não pode ser afastada nem
mesmo por lei – fundamento – CF, art. 37, XXI e art. 5º, XXXVI (direito adquirido).
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Consiste no reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisíveis pelas partes e a elas
não imputados, re鈢etindo sobre a economia ou na execução do contrato, autorizam sua revisão para
ajustá-lo à sua situação superveniente, a antiga cláusula rebus sic stantibus.
b) Fato do príncipe: determinação estatal, geral e abstrata, superveniente e imprevisível, que onera o
contrato, repercutindo indiretamente sobre ele incidência re鈢exa.
c) Fato da administração: provém de uma atuação estatal especí渢ca que incide diretamente sobre o
contrato, impedindo a sua execução nas condições inicialmente estabelecidas.
9. Formas de extinção
a) Rescisão administrativa: promovida por ato unilateral da Administração, por inadimplência ou por
interesse público (nesse caso cabe indenização – art. 78, incisos I a XII e XVII, da Lei 8.666/93).
b) Rescisão amigável: por acordo mútuo, mediante distrato (art. 78, incisos XIII a XVI, da Lei 8.666/93).
d) De pleno direito: acontece independentemente da manifestação de vontade das partes, por fato
superveniente que impede a manifestação. Ex.: falecimento do contratado; dissolução da sociedade;
perecimento do objeto.
10. Penalidades
Pela inexecução total ou parcial do contrato, a Administração poderá, garantida a prévia defesa,
aplicar ao contratado as seguintes sanções:
a) Advertência.
c) Contrato de fornecimento: contrato em que o Poder Público adquire bens móveis e semoventes,
necessários à execução da obra, serviço ou atividade administrativa. O conteúdo é a compra e venda.
a) Concessão de uso de bem público: pressupõe a utilização especial de um bem público pelo
particular, por razões de interesse público, exigindo prévio procedimento licitatório.
b) Concessão comum de serviço público: é a delegação de sua prestação feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, que terá procedimento diferenciado à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para prestá-lo, por sua conta e risco, e
por prazo determinado (art. 2º, II, da Lei 8.987/95). Pode ser ou não precedido de obra pública.
c) Concessão especial de serviço público: essas concessões foram denominadas parcerias público-
privadas e foram instituídas pela Lei 11.079/04. Podem ser divididas em:
É a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua
conta e risco. Formaliza-se por meio de contrato de adesão.
É uma 渢gura que está sendo muito utilizada nas atuais Reformas Administrativas. Podem ser
celebrados:
- nas hipóteses do art. 37, §8º, da CF (entre órgãos e administradores, hipótese muito criticada).
Convênio é o acordo 渢rmado por entidades políticas, de qualquer espécie, ou entre elas e
particulares, para a realização de objetivos de caráter comum, recíprocos. É diferente do contrato
administrativo em que o objetivo não é comum (algumas regras estão previstas no art. 116 da Lei
8.666/93).
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Consórcio consiste no acordo de vontades 渢rmado entre entidades estatais da mesma espécie para a
realização de objetivos de interesses comuns. Ex.: consórcio entre dois Municípios.
d) Cada um colabora de acordo com suas possibilidades, e a responsabilidade recai sobre todos,
consistindo em uma cooperação associativa, entretanto não adquire personalidade jurídica, não tem
representante legal, nem órgão diretivo.
g) depende de autorização legislativa (obrigatória quando necessário repasse de verbas não previstas
no orçamento e, em qualquer caso, deve ser dada ciência à Casa Legislativa).
h) As verbas só podem ser utilizadas no próprio convênio e estão sujeitas a controle pelo Tribunal de
Contas.
O consórcio público foi de渢nido pela Lei 11.107/05, constituindo associação de pessoa jurídica de
direito público ou de direito privado e formaliza-se por meio de contrato. Os objetivos serão
determinados pelos entes da Federação que se consorciarem. Para o cumprimento desses objetivos,
o consórcio poderá 渢rmar convênios, contratos ou acordos de qualquer natureza, receber auxílios,
contribuições e subvenções de outras entidades e órgãos do governo, promover desapropriações e
instituir servidores, ser contratado pela Administração Direta e Indireta, com dispensa de licitação,
podendo, ainda, emitir documentos de cobrança e realizar atividades de arrecadação de tarifa ou
outros preços públicos pela prestação de serviços ou uso de bens. Por 渢m, pode também outorgar
concessão, permissão ou autorização de obra ou serviço.
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