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Direito

Constitucional
Correção da prova do
37º Exame de Ordem

Prof. Caroline Müller Bitencourt


Prof. Janriê Rodrigues Reck
Prof. Mateus Silveira
REPESCAGEM 2ª FASE OAB | CONSTITUCIONAL | 38º EXAME

Correção da prova do 37º Exame


SUMÁRIO

Time de Professores.......................................................................................03
Prazos para realizar a interposição de recurso.............................................04
Como desenvolver meu recurso da prova prático-profissional............................05
Como funciona o sistema de interposição de recursos.........................................06
Como funciona a correção de recursos de 2ª fase do Ceisc.................................10
Peça prático-profissional do 37º Exame .......................................................12
Questão 01 do 37º Exame ..............................................................................21
Questão 02 do 37º Exame .............................................................................25
Questão 03 do 37º Exame ............................................................................29
Questão 04 do 37º Exame ............................................................................33

Olá, tudo bem? Este material de apoio foi organizado especificadamente para a
Aula de Correção da prova do 37º Exame do Curso preparatório para a 2ª Fase
OAB do 38º Exame Constitucional | Repescagem. Esse material tem como
objetivo sanar dúvidas sobre a interposição de recursos e possibilitar que a prova
seja revista pelo aluno.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Maio de 2023.

NOSSOS
PROFESSORES
Especialistas em aprovação

Pós-doutora, Doutora e Mestre em Mestre em Direitos Humanos l


Direito | Especialista em Direito Especialista em Direito Ambiental
Público | Pesquisadora | Chefe de Nacional e Internacional l Professor
Departamento | Professora da no Ceisc l Professor de Graduação
Graduação, Pós-graduação, e Pós-graduação no Dom Alberto l
mestrado e doutorado | Advogado l Consultor Jurídico de
Palestrante e escritora | Direito Ambiental, Direitos Humanos
@carolinemullerbotencourt e Direitos Fundamentais l
@professormateussilveira

Doutor e Mestre em Direito l Doutora em Direito, com


Professor no Ceisc l estágio pós-doutoral pela
Professor de Graduação e UNISINOS | Juíza Leiga |
Pós-graduação na Unisc l Coordenadora do Curso de
Procurador Federal l Direito da FADISMA |
Palestrante e Escritor l Professora do Ceisc e da
@janriereck FADISMA | @nathaliekuczura
Correção da prova do 37º Exame de Ordem
Constitucional 2ª Fase OAB

Prazos para realizar a


interposição de recurso
do 37º Exame de Ordem
O candidato que for reprovado na prova prático-profissional deve analisar
sua prova com cautela, verificando, criteriosamente, a correção realizada
pelo examinador. Desta forma, caso o candidato entenda que houve
equívocos por parte do examinador, com a consequente desconsideração
de nota, deve interpor recurso postulando a reforma da correção e,
portanto, do resultado.

Além disso, os candidatos devem ficar atentos no que tange ao prazo para a
interposição dos recursos.

O envio dos recursos O prazo final de envio


para banca começa dos recursos para
às 12h do dia 25 de banca é 12h do dia 28
maio de 2023 de maio de 2023

Lembre-se que se trata do horário de Brasília e que a interposição deve ser


feita exclusivamente através do site da banca.

A decisão dos recursos e o consequente resultado


definitivo do 37º Exame de Ordem serão divulgados na
data de 08 de junho de 2023.

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Correção da prova do 37º Exame de Ordem
Constitucional 2ª Fase OAB

Como desenvolver
meu recurso da
prova prático-profissional?
Cada candidato poderá interpor APENAS UM recurso POR questão
discursiva e sobre a peça profissional com o limite de até 5 mil (cinco mil)
caracteres cada um. Logo, para cada questão da prova terá um limite de até
5 mil caracteres, e para a peça também terá um limite de 5 mil caracteres
(peça toda).

Dessa forma, o recurso não pode ser extenso demais. Convém salientar que
não é necessário termos jurídicos ou pesquisas do assunto, é benéfico ao
examinando um recurso o mais objetivo possível.

O candidato não pode inserir seu nome no recurso, assim como quaisquer
identificações. A informação de qualquer dado pessoal ou qualquer outro
dado que leve a possível identificação do candidato levará ao indeferimento
sumário.

Modelo de recurso de erros materiais:

Na questão número 02, item A, folha 07, linhas 01/08, o candidato


abordou expressamente que “a prisão de Jorge é irregular, pois Jorge
não descumpriu nenhuma medida cautelar” e ainda que “o
magistrado deveria apenas ter aplicado uma medida cautelar e não a
prisão”, sem ter a nota atribuída para tanto. Requer por isso mais
0,60 pontos.

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Constitucional 2ª Fase OAB

Como funciona o
sistema de interposição
de recursos?

Ao acessar o site da banca, você deve selecionar o certame que você deseja
interpor recurso e o estado onde você prestou a prova. Você deve clicar na
opção destacada “Link de Interposição de Recurso Contra o Resultado
Preliminar da Prova Prático Profissional (2ª fase)“.

Nesse momento, o seu CPF e senha serão solicitados:

A própria OAB disponibiliza informações básicas aos candidatos que vão


oferecer recursos. Após efetuar seu login, você encontrará o primeiro aviso.
Neste momento, a informação mais importante que você recebe é de que
ainda depois da interposição, o recurso poderá ser alterado até a data do
prazo final.

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Constitucional 2ª Fase OAB

Após o aviso, você terá seu primeiro contato com o sistema, devendo clicar
em “incluir novo recurso contra a nota”:

Após clicar em “incluir novo recurso contra a nota” você receberá novo
aviso do sistema.

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Correção da prova do 37º Exame de Ordem
Constitucional 2ª Fase OAB

Você será redirecionado para nova tela, nela você poderá optar sobre qual
será o objeto do seu recurso, uma determinada questão ou a peça:

Após optar pelo objeto do seu recurso você deve clicar em “incluir novo
recurso” e então será redirecionado para área onde você deve redigir seu
recurso:

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Após redigir devidamente seu recurso, você deve submetê-lo clicando no


botão “salvar este recurso”.

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Constitucional 2ª Fase OAB

Como funciona a
correção de recursos de
2ª fase do Ceisc?

A prova de 2ª fase do 37º Exame encerrou e o Ceisc entende o quão


angustiante é redigir um recurso e, também, que é bom poder contar com
alguém para auxiliar neste momento. Por isso, o Ceisc vai corrigir recursos
de alunos dos cursos!

O envio dos recursos O prazo final de envio


para correção do dos recursos para
Ceisc começa em 24 correção do Ceisc é 26
de maio de 2023, de maio de 2023,
às 20h às 20h

Para enviar seu recurso o aluno deve acessar a plataforma de recursos do


Ceisc:

a) informe seu CPF e senha, o mesmo utilizado para acessar seu curso na
plataforma EAD.
b) saiba como acessar a plataforma do Ceisc e redigir o seu recurso
clicando aqui.

Depois de acessar a plataforma de recurso, anexe os arquivos necessários


para que a equipe possa fazer a correção do seu recurso (todo o espelho de
pontuação e as páginas da prova da qual pretende recorrer).

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Constitucional 2ª Fase OAB

Lembre-se que você mesmo deverá redigir o seu recurso.


A equipe Ceisc não irá elaborá-los, mas apenas auxiliar em
suas correções.

Anexos necessários para realizarmos a sua correção:


O espelho de respostas completo, contendo a pontuação;
A prova inteira do aluno.
O recurso redigido.

A falta de um desses anexos ou do envio do recurso


redigido torna inviável a correção do seu recurso, você
tem até o dia 26/05/2023, às 22h (horário de Brasília) para
reenviar seu recurso para correção.

A correção de recursos Ceisc é um benefício exclusivo para os


examinandos matriculados em qualquer um dos cursos de 2ª Fase Ceisc do
37º Exame. Lembrando que a inscrição em revisões do Ceisc não configura
inscrição em cursos Ceisc.

Ressalta-se ainda que em razão do tempo e da demanda de aluno, o


Ceisc não irá redigir recursos. Vamos apenas corrigi-los.

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Peça prático-profissional - 37º Exame

O Município Sigma se notabilizou no território nacional em razão da exuberância das paisagens


existentes em sua esfera territorial, entre as quais se destacava uma área de preservação
ambiental localizada na área central do Município. Essa área foi criada há mais de uma década
por força do Decreto nº XX, da lavra do então prefeito municipal, tendo tornado a região tão
aprazível que, em poucos anos, foram erguidas construções em todas as demais áreas livres,
valorizando-a sobremaneira.
Em razão desse quadro e da crescente especulação imobiliária, João Santos, recém-empossado
prefeito do Município Sigma, foi visitado por Pedro Silva, conhecido construtor e principal
doador de sua campanha eleitoral, e foi instado a cumprir uma promessa que fizera: João tinha
afirmado que, caso fosse eleito, desafetaria a referida área de preservação ambiental e
permitiria que Pedro ali construísse um conjunto habitacional e comercializasse as respectivas
unidades.
Apesar da desaprovação de sua equipe e da importância atribuída à área de preservação
ambiental pela população de Sigma, João achou que o desgaste seria ainda maior se
descumprisse a promessa que fizera. Por essa razão, alegando a incidência do princípio da
paridade das formas, editou o Decreto nº YY, no qual o Art. 1º promoveu a desafetação da área
de preservação ambiental, tornando-a bem dominical; o Art. 2º transferiu sua propriedade a
Pedro em caráter permanente, autorizando a construção do conjunto habitacional no local.
A medida adotada por João deu ensejo a um escândalo sem precedentes no Município Sigma,
pois era de conhecimento público que a edição do Decreto nº YY tinha o objetivo de “retribuir”

as doações realizadas por Pedro para a campanha de João. Além disso, era muito difundida a
opinião de que a desafetação da área não poderia ser realizada por um ato infralegal.
Poucos dias após a publicação do decreto, começou a ser percebida a chegada de caminhões e
retroescavadeiras ao centro do Município Sigma, todos de propriedade de Pedro, além do fluxo
de trabalhadores vindos de outros municípios, já que os moradores de Sigma se negavam a
atender às ofertas de emprego para a derrubada das árvores da área de preservação ambiental.
Estarrecida com o que está prestes a ocorrer, Joana Castro, vereadora no Município Delta que é
limítrofe ao Município Sigma, decidiu procurar você, como advogado(a), para o ajuizamento da
ação constitucional mais apropriada ao caso, visando a impedir a desafetação, a transferência
de propriedade da área e a destruição da vegetação, considerando, ao seu ver, a manifesta
nulidade do ato que antecedeu este trágico desfecho, que está a prestes a ocorrer.

A partir da narrativa acima, observados a capacidade política de Joana Castro e os remédios


constitucionais do Art. 5º da CRFB/88, elabore a petição inicial da medida judicial a ser
proposta. (Valor: 5,00)

Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere
pontuação.

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Gabarito comentado

A peça adequada nesta situação é a petição inicial de ação popular. A petição deve ser
endereçada ao Juízo Cível da Comarca X (ou da Comarca Sigma) ou ao Juízo de Fazenda
Pública da Comarca X (ou da Comarca Sigma), que abranja a esfera territorial do Município
Sigma, já que os dados constantes do enunciado não permitem identificar a organização
judiciária do local.
O examinando deve indicar, na qualificação das partes, a autora Joana Castro e, como
demandados, João Santos, prefeito do Município Sigma, Pedro Silva e o Município Sigma. A
legitimidade ativa de Joana Castro decorre do fato de ser cidadã, conforme dispõe o Art. 5º,
inciso LXXIII, da CRFB/88 ou o Art. 1º, caput, da Lei nº 4.717/65, qualidade intrínseca à sua
condição de vereadora. A legitimidade passiva de João Santos decorre do fato de ser o
responsável pela edição do Decreto nº YY, conforme dispõe o Art. 6º, caput, da Lei nº
4.717/65; de Pedro Silva, pelo fato de ser beneficiado pelo ato praticado por João, (Art. 6º,
caput, da Lei nº 4.717/65); e a do Município Sigma, por se almejar impedir a produção de
efeitos do Decreto nº YY (Art. 6º, § 3º, da Lei nº 4.717/65).
É possível a declaração de nulidade do Decreto nº YY, via ação popular, por afrontar a
legalidade (Art. 2º, alínea c, da Lei nº 4.771/1965), a moralidade administrativa (Art. 5º, inciso
LXXIII, da CRFB/88) e ainda ser lesivo ao patrimônio público (Art. 5º, inciso LXXIII, da
CRFB/88 ou Art. 1º, caput, da Lei nº 4.717/65).
O examinando deve indicar, no mérito, que (i) a alteração/supressão/desafetação da área de
preservação ambiental exigiria a edição de lei, nos termos do Art. 225, § 1º, inciso III, da
CRFB/88; (ii) a doação de área pública a particular, como retribuição por doação eleitoral,
afronta a moralidade administrativa, protegida pelo Art. 37, caput, ou pelo Art. 5º, inciso
LXXIII, ambos da CRFB/88; (iii) a atribuição de um bem público a uma pessoa em particular,
sem motivo idôneo, também afronta a impessoalidade, protegida pelo Art. 37, caput, da
CRFB/88. Em consequência, o Decreto nº YY é nulo, nos termos do Art. 2º, alíneas c e e, bem
como o parágrafo único, alíneas c e e, da Lei nº 4.717/65, em razão do desvio de finalidade e
de sua manifesta dissonância das normas constitucionais.
O examinando deve requerer a concessão de provimento liminar, para impedir a iminente
destruição da vegetação da área de preservação permanente. O fumus boni iuris decorre da
nítida ofensa aos comandos constitucionais, o que acarreta a nulidade do Decreto nº YY, e o
periculum in mora da iminência de a vegetação ser destruída.

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Gabarito comentado

O examinando deve formular o pedido de declaração de nulidade do Decreto nº YY,


impedindo-se, portanto, que produza efeitos.
O examinando deve
- juntar aos autos o título de eleitor de Joana;
- atribuir valor à causa; e
- qualificar-se como advogado.

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Distribuição de pontos

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Questão 01 - 36º Exame

O Município Alfa, cuja área central constituída apenas de edificações públicas municipais era
considerada patrimônio histórico, editou a Lei nº XX, dispondo que seria submetida à consulta
popular a possibilidade, ou não, de veículos automotores circularem pelas ruas que integravam
a referida área. De acordo com os debates, apesar dessa circulação ser cômoda aos
proprietários de veículos, ela dificultava o acesso de turistas.
A Câmara Municipal de Alfa ainda decidiu que seria imediatamente solicitado à Justiça Eleitoral
que o respectivo quesito fosse submetido à população local de modo concomitante à eleição
municipal a ser realizada no ano seguinte.
Sobre a hipótese apresentada, responda aos questionamentos a seguir.

A) A Lei nº XX do Município Alfa é formalmente compatível com a ordem constitucional?


Justifique. (Valor: 0,60)

B) Considerando a sistemática constitucional, a Justiça Eleitoral deve atender à solicitação


da Câmara Municipal de Alfa? Justifique. (Valor: 0,65)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal
não confere pontuação.

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Gabarito comentado

A) Sim, pois trata-se de assunto de interesse local, nos termos do Art. 30, inciso I, da CRFB/88.

B) Sim. A Justiça Eleitoral deve realizar a consulta popular, na forma prevista, sempre que
encaminhada pela Câmara Municipal antes de 90 (noventa) dias da data da eleição, conforme
dispõe o Art. 14, § 12, da CRFB/88.

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Distribuição de pontos

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Questão 02 - 36º Exame

Em razão do crescimento do bloco de oposição ao governo no âmbito do Poder Legislativo do


Estado Alfa, logrouse reformar a Constituição Estadual para prever que os atos de exoneração
dos Secretários de Estado somente produziriam efeitos após a sua aprovação pela Assembleia
Legislativa.
A reforma ainda previu que o não atendimento dessa determinação, pelo chefe do Poder
Executivo, caracterizaria crime de responsabilidade, sujeitando-o ao respectivo processo,
conforme regras estabelecidas em lei.
Irresignado com o teor da reforma constitucional, o Governador do Estado formulou à sua
assessoria os questionamentos a seguir.

A) A previsão, na Constituição Estadual, de que os atos de exoneração dos Secretários de


Estado somente produziriam efeitos após a sua aprovação pela Assembleia Legislativa, é
compatível com a Constituição da República de 1988? Justifique. (Valor: 0,65)

B) A tipificação de crime de responsabilidade na Constituição Estadual é compatível com a


Constituição da República de 1988? Justifique. (Valor: 0,60)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal
não confere pontuação.

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Gabarito comentado

A) Não. A exoneração dos Secretários de Estado é ato privativo do chefe do Poder Executivo, na
forma do Art. 84, inciso I, da CRFB/88, por força do princípio da simetria, nos termos do Art. 25,
caput, OU Art. 2º, ambos da CRFB/88.

B) Não. Trata-se de matéria de competência privativa da União, nos termos do Art. 22, inciso I,
da CRFB/88 OU da Súmula Vinculante nº 46 OU Súmula 722 do STF.

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Distribuição de pontos

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Questão 03 - 36º Exame

A Assembleia Legislativa do Estado Alfa instaurou Comissão Parlamentar de Inquérito com o


objetivo de investigar os graves fatos apresentados em matéria jornalística pelo principal jornal
do Estado.
A matéria descrevera o estado de ineficiência no âmbito da Secretaria Estadual de Educação, o
que vinha gerando graves prejuízos na formação dos jovens que estudavam em colégios
públicos estaduais. Apesar da aparente nobreza da iniciativa, João, autor da matéria jornalística,
teve conhecimento de que o real objetivo da CPI era o de obrigá-lo a indicar quem lhe passara
as informações usadas para a elaboração da matéria. Para tanto, João seria convocado como
testemunha e, caso se negasse a nomear sua fonte, seria preso em flagrante por falso
testemunho, o que lhe causaria imenso desgaste junto à opinião pública.
Sobre a hipótese apresentada, responda aos itens a seguir.

A) João está obrigado, ao depor como testemunha perante a CPI, a indicar a pessoa que lhe
passara as informações utilizadas para a confeccão da matéria? Justifique. (Valor: 0,65)

B) Qual é a ação constitucional passível de ser utilizada por João para que não venha a ser
preso pela CPI, por não indicar a pessoa que lhe passou as informações utilizadas para a
elaboração da matéria? Justifique. (Valor: 0,60)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal
não confere pontuação.

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Gabarito comentado

A) Não. João possui o direito de resguardar o sigilo da fonte, nos termos do Art. 5º, inciso XIV,
OU do Art. 220, § 1º, ambos da CRFB/88.

B) A ação constitucional passível de ser utilizada por João é o habeas corpus, nos termos do Art.
5º, inciso LXVIII, da CRFB/88.

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Distribuição de pontos

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Questão 04 - 36º Exame

A cooperativa XX, dedicada à atividade de garimpo, compareceu perante o órgão federal


competente e declinou o seu interesse em explorar a recém-descoberta jazida de minério
existente na localidade Alfa, onde atua regularmente.
Apesar de a cooperativa XX se dedicar há muitos anos à exploração dessa atividade, o seu
requerimento foi indeferido por duas razões básicas: a primeira porque a cooperativa foi criada
de forma irregular, pois não foi previamente autorizada pelo órgão público competente, de
modo que o seu funcionamento seria também irregular; a segunda, por sua vez, indicava que
seria dada preferência, na lavra das jazidas minerais garimpáveis, na forma da lei, às pessoas
naturais, o que decorria da grave crise econômica na região, que reduziu drasticamente os
postos de trabalho.
À luz da ordem constitucional, responda aos itens a seguir.

A) É correta a afirmação de que a cooperativa XX foi criada de forma irregular? Justifique.


(Valor: 0,60)

B) Pode ser atribuída preferência às pessoas naturais, na forma da lei, em detrimento da


cooperativa, na autorização ou na concessão da lavra das jazidas minerais garimpáveis?
Justifique. (Valor: 0,65)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal
não confere pontuação.

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Gabarito comentado

A) Não. A criação de cooperativa independe de autorização, nos termos do Art. 5º, inciso XVIII,
da CRFB/88.

B) Não. A prioridade deve ser atribuída à cooperativa, na forma da lei, nos termos do Art. 174, §
4º, da CRFB/88.

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Distribuição de pontos

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