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Prova Virtual (A1)

Atividade Complementar
VALOR DA PROVA: 3,0 pontos

CURSO: Bacharelado em Direito TURMA: 22620162V


DISCIPLINA: Direito Ambiental TURNO
PROFESSOR: GLAUCO FERREIRA DE SOUZA RIBEIRO MAT( ) VES( X ) NOT( )

ALUNO: Xeiner Barbosa de Souza


ALUNO: Lucas Fontes Gomes NOTA
ALUNO: Rafael Soares Moreto
ENTREGA (ENVIO): Prova Trabalho MÉDIA
Visto | Aluno Visto | Professor Visto | Coord.

Orientações gerais:

1) Atividade a ser desenvolvida em dupla;


2) Envio através do Portal Acadêmico – Uninorte;
3) Prazo limite de envio: 12/04/2021 (arquivo formato word)

QUESTÃO 01 (FCC, 2020, adaptada)

A Constituição Federal buscou estabelecer regência sobre o meio ambiente, estabelecendo


diretrizes, inclusive, para a Administração Pública e o seu patrimônio, num rol de ações
espraiadas entre os entes federativos. Neste sentido, é correto afirmar que “são disponíveis
as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por meio de ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais?” Justifique sua resposta, à luz da
CF/1988.
Ao analisarmos com atenção o artigo 225, §5° da Constituição Federal, é possível
encontrar certa semelhança com o trecho afirmado acima e o parágrafo, porém, a diferença mais
notória é que essas terras são INDISPONÍVEIS, segundo a CF.

QUESTÃO 02

É correto afirmar que, conceitualmente, embora contemplem um ideal de satisfação da


preservação ambiental à luz da Constituição Federal de 1988, são absolutamente distintos,
quanto à execução de seus objetivos, as Unidades de Proteção Integral e as Unidades de
Uso Sustentável? A partir desta premissa, classifique as reservas extrativistas entre os
dois institutos e estabeleça a sua relação com o princípio da solidariedade intergeracional.
É correto afirmar que, conceitualmente, embora contemplem um ideal de satisfação da
preservação ambiental à luz da Constituição Federal de 1988, são absolutamente distintos, quanto
à execução de seus objetivos, as Unidades de Proteção Integral e as Unidades de Uso
Sustentável? A partir desta premissa, classifique as reservas extrativistas entre os dois institutos e
estabeleça a sua relação com o princípio da solidariedade intergeracional.
Apesar de ambas as Unidades de Conservação (UCs) serem regidas pela Lei n° 9.985 de
2000, e terem o intuito de proteger o meio ambiente, elas se distinguem em suas especialidades,
as Unidades de proteção integral são extremamente rigidas, não aceitando a presença de seres
humanos no local, com a intenção de preservar o local, mas é possível a presença dos mesmo
para realizarem estudos e pesquisas; já as Unidades de Conservação de Uso Sustentável são
mais flexíveis quanto a exploração de recursos naturais, desde que de maneira controlada, e
também é permitido a presença de seres humanos habitarem o local.
Elas se dividem em 7 subespécies sendo elas:
• Reserva Extrativista (RESEX): São espaços territoriais protegido cujo objetivo é a
proteção dos meios de vida e a cultura de populações tradicionais, bem como assegurar o uso
sustentável dos recursos naturais da área. O sustento destas populações se baseia no
extrativismo e, de modo complementar, na agricultura de subsistência e na criação de animais de
pequeno porte;
• Reserva de Fauna (REFAU): É uma área natural com populações animais de
espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias. Ela é adequada para estudos
técnico-científicos que permitirão o aproveitamento econômico e o manejo sustentável dos
recursos que podem ser obtidos desses animais;
• Reserva de Desenvolvimento sustentável (RDS): São áreas naturais que abrigam
populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração de
recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas
locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da
diversidade biológica;
• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPNs): Foram criadas em 1990 através
do Decreto 98.914, mais tarde substituído pelo Decreto nº 1.922/1996, que pretendiam promover a
criação de áreas protegidas através da iniciativa dos proprietários particulares. Com a publicação
da Lei no 9.985, que institui o SNUC, as RPPNs passaram a ser uma das categorias de Unidade
de Conservação do grupo de uso sustentável. Elas são reguladas pelo Decreto nº 5.746/2006.
A relação dessas subespécies com o Princípio da Solidariedade Intergeracional é que este
princípio está presente no artigo 225 da Constituição Federal, onde fala:
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. ”
Demonstrando a solidariedade entre gerações de proteger o meio ambiente para que as próximas
gerações possam usufruir, de maneira responsável, dos recursos naturais.

QUESTÃO 03

Estabeleça a distinção entre os atos do licenciamento ambiental e da licença ambiental,


contemplando, quanto a esta última, a caracterização das etapas da licença prévia, licença
de instalação e licença de operação.
O licenciamento ambiental é o nome que se dá o procedimento administrativo apresentado
pela parte interessada para a administração pública, com a intenção de adquirir a licença
ambiental. Já a licença ambiental é um ato administrativo, que por meio de condições e restrições
como forma de controle do empreendimento, autorizam as atividades utilizadoras de recursos
ambientais.
Existem três tipos de licença, a primeira seria a licença prévia (LP), que é obtida na
fase de planejamento do empreendimento, ela serve para confirmar que o projeto atende os
requisitos necessários e tem atestado de viabilidade ambiental, mas ainda não é autorizado o
início das obras dele; a segunda seria a licença de instalação (LI), sendo essa logo em seguida,
quando estão em conformes as condições da licença prévia, e ela, autoriza o início da instalação
do empreendimento; e por fim a licença de operação (LO), sendo a última etapa, após atendidas
todas as exigências das licenças anteriores, esta licença autoriza o início do funcionamento do
empreendimento ou obra.

QUESTÃO 04

A partir da abordagem da revisibilidade ambiental na doutrina, o que significa afirmar que


há “na anulação um vício que corrói toda lisura do licenciamento ambiental e, por isto
mesmo, o seu efeito retroage ao início das tratativas, porque a lesão potencial ou efetiva ao
meio ambiente está para além da Administração Pública, o que não se observa na
cassação, ato em que o comprometimento da licença ambiental é maculado pelo seu
requerente, que mente, oculta e manipula informações essenciais a sua atividade”.
Justifique sua resposta.
É importante entender que no processo do licenciamento ambiental, uma das
características é de que o equilíbrio ecológico é instável, então, mesmo que a parte interessada
siga rigorosamente os critérios impostos, ainda é possível que ocorra um vício, e que, por causa
desse vício a licença acabe sendo modificada, suspensa ou anulada. Então mesmo que não tenha
culpa voluntária, a licença ambiental pode retroagir para evitar que aja riscos ao meio ambiente.
Quanto a questão da cassação, fica entendido que ela ocorre devido ao descumprimento
posterior do interessado às medidas impostas pela Administração Pública, não ocorrendo no
andamento do ato e sim posterior a ele.

QUESTÃO 05 (FCC, 2020, adaptada)

Analise detidamente o fragmento textual apresentado a seguir:


O Ministério Público ajuizou uma ação civil pública visando à declaração de nulidade de
licenciamento ambiental conduzido por estudo ambiental diverso do Estudo de Impacto
Ambiental e Respectivo Relatório (EIA-RIMA). O Magistrado, de plano, determinou a
produção de prova pericial para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no
licenciamento ambiental do caso concreto.
Na situação em tela, pode-se dizer que a Avaliação de Impacto Ambiental não vincula a
ferramenta adequada à sua efetivação e por isto a providência determinada pelo Magistrado
está absolutamente adequada às disposições da Política Nacional do Meio Ambiente?
Justifique sua resposta, contemplando na dissertação a conceituação dos institutos do
Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório do Impacto Ambiental.
O magistrado agiu corretamente, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) são necessários para instalação da obra ou para atividades com alto
podencial de degradação do meio ambiente. Segundo o artigo 225, §1°, IV da CF, “para instalação
de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”

QUESTÃO 06

Pode-se afirmar que, na perspectiva do delineamento de competências, há no SISNAMA


(Sistema Nacional do Meio Ambiente) uma estruturação híbrida, contendo instituições de
competência material e de competência formal? Justifique sua resposta, apresentando a
distinção entre as esferas de competência em matéria ambiental e suas principais
características.
Sim, é possível afirmar isso pois o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) tem
em sua estrutura hierárquica dividida em 6 órgãos, como nos mostra o artigo 6° e incisos da lei
6.938 de 1981:
I. Órgão Superior: O Conselho de Governo, como também é chamado, é órgão
integrante da Presidência da República, por força do Artigo 6º, I, da Lei da Política Nacional do
Meio Ambiente. É constituído por todos os Ministros de Estado, pelos titulares essenciais da
Presidência da República e pelo Advogado Geral da União;
II. Órgão Consultivo e Deliberativo: Também conhecido como Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA), tem a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e
deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio
ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;
III. Órgão Central: Sendo a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República,
com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política
nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente. Ele também tem a
finalidade de controlar e supervisionar a política do estado e também as diretrizes governamentais
fixadas para o meio ambiente e semelhantes;
IV. Órgão executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA. É uma autarquia federal criada pela Lei n.º 7.735/1989, vinculada
hierarquicamente ao Ministério do Meio Ambiente, com alçada para exercer o poder de polícia
ambiental federal e executar as ações da Política Nacional do Meio Ambiente. Devido a Lei n.º
11.516/2007, o IBAMA deixou de ser responsável pela política de conservação ambiental, através
da gestão das unidades de conservação, passando-a para a autarquia federal denominada de
Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBIO.
V. Órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais. É uma estrutura afeta aos
Estados e ao Distrito Federal, na parte em que são constitucionalmente responsáveis pela
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar
a degradação ambiental. Na forma do art. 8º da Lei Complementar n.º 140/2011, compete aos
Estados executar e fazer cumprir, no território estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente.
VI. Órgãos locais: os órgãos ou entidades municipais. Afetos aos Municípios,
exteriorizam-se por meio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, com atribuição de
controlar e fiscalizar as atividades capazes de provocar a degradação ambiental. A
implementação dos órgãos locais de meio ambiente representa um desafio à federação brasileira,
dada a realidade econômica que cinge a estrutura administrativa dos 5.570 municípios. O
problema é que pelo art. 9º da Lei Complementar n.º 140/2011, cabe aos municípios, com ou sem
estrutura, executar e fazer cumprir na circunscrição municipal, as Políticas Nacional e Estadual de
Meio Ambiente e todas as demais políticas relacionadas com a proteção do meio ambiente local,
inclusive as respectivas unidades de conservação criadas por legislação municipal.

QUESTÃO 07

Estabeleça a distinção entre os princípios da prevenção e da precaução, delineando sua


relação com o princípio do poluidor-pagador e a reparação do dano ambiental.
A principal diferença para se ressaltar entre os princípios da prevenção e da precaução é
que, o princípio da precaução tem a intenção de evitar a ocorrência de um simples risco, que
poderia se elevar até um perigo eminente que leve ao dano hipotético, já o princípio da prevenção
é uma aplicação focada em evitar que ocorra o dano concreto, que tenha sido comprovado.
Enquanto esses princípios fazem com que as obras utilizem de tecnologias mais atuais e
procedimentos mais seguros para evitar o dano ao meio ambiente, o princípio do poluidor-pagador
faz com que a própria empresa/indivíduo arque, com os danos que possam ser causados sem
compartilhá-lo com o poder público, que pode acabar interferindo para tentar amenizar o estrago
causado. Se diferenciando do princípio da reparação, que este serve apenas para deixar claro que
o causador de danos terá de reparar os mesmos.

QUESTÃO 08 (CESPE, 2020, adaptada)

Á luz da legislação ambiental, apresente as inconsistências contidas no seguinte fragmento


textual: “De acordo com a tutela processual do meio ambiente, de crimes ambientais e de
espaços territoriais especialmente protegidos, as populações tradicionais residentes em
unidades de conservação deverão ser, obrigatoriamente, realocadas pelo poder público e,
por conseguinte, indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes no local onde
habitavam”.
Ao analisarmos a lei N° 9.985 de 2000, existem diversos artigos que não coincidem com
esse fragmento textual:
O primeiro é o artigo 17, §2°, que permite a presença de populações tradicionais nas
florestas nacionais, o artigo 18 também fala sobre a utilização de populações tradicionais em
reservas extrativistas, o artigo 20 fala sobre as reservas de desenvolvimento sustentável que são
áreas naturais que abrigam populações tradicionais;
Outro ponto é o artigo 23 confirma que as populações tradicionais nessas areas tem o
direito de posse e uso são regulados por contrato;
E por fim, o artigo 42 onde tem o texto semelhante, porém, com um diferencial que é “...
nas quais sua permanência não seja permitida...” onde ressalta a diferença entre areas permitidas
e não permitidas.

QUESTÃO 09 (FUNDEP, 2018, adaptada )

Na análise da ponderação de que “O licenciamento ambiental não é ato administrativo


simples, mas sim um encadeamento de atos administrativos, o que lhe atribui a condição
de procedimento administrativo. Além disso, a licença administrativa constitui ato
vinculado, o que denuncia uma grande distinção em relação à licença ambiental, porquanto
esta é, como regra, ato discricionário, pode-se afirmar que a denegação à licença ambiental
pode apresentar como elemento essencial razões de interesse público, fundadas no
reconhecimento do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como
fundamental? Justifique sua resposta.
Sim. O licenciamento vem como um meio deste instrumento de controle ambiental,
visualiza-se uma constante proteção e tutela de direitos difusos, especialmente ao Direito a um
meio ambiente Ecologicamente Equilibrado, com base no art. 225 da CFRB.

QUESTÃO 10
É correto afirmar que a desapropriação é um instituto latente à definição das Unidades de
Conservação, mas que tal preceito não se aplica a outras espécies de espaços territoriais
especialmente protegidos, a exemplo da Área de Preservação Permanente?
Falso. A desapropriação pode ser aplica a outras espécies de espaços territoriais
especialmente protegidos, a exemplo da Área de Preservação Permanente como vemos o
exemplo do art. 5° da Lei 12.651/2012.

QUESTÃO 11

Acerca das unidades de conservação, estabeleça, quanto às características e fins


específicos, a distinção entre as áreas de proteção ambiental e áreas de relevante interesse
ecológico.

A Área de Proteção Ambiental: pode-se afirmar que é uma área em geral extensa, com
um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e
tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Essa área é constituída por terras públicas ou privadas, nas áreas sob propriedade
privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público,
observadas as exigências e restrições legais.
A área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável
por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei.
Área de Relevante Interesse Ecológico: é constituída por terras públicas ou privadas.
Sendo respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a
utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico.

QUESTÃO 12 (FUNDEP, 2016, adaptada)


Acerca das unidades de conservação, estabeleça, quanto às características e fins
específicos, a distinção entre as reservas biológicas, estações ecológicas e refúgios da
vida silvestre.

Estação Ecológica: tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de


pesquisas científicas, ela é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares
incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
A visitação pública é proibida, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o
que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico.
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela
administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem
como àquelas previstas em regulamento.
Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de:
medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; manejo de espécies com o fim de
preservar a diversidade biológica; coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades
científicas; pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado
pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma
área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um
mil e quinhentos hectares.
Reserva Biológica: esta tem como objetivo a preservação integral da biota e demais
atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações
ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as
ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade
biológica e os processos ecológicos naturais. Ela é de posse e domínio públicos, sendo que as
áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a
lei.
É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com
regulamento específico.
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela
administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem
como àquelas previstas em regulamento.
Refúgio de Vida Silvestre: Este tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se
asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local
e da fauna residente ou migratória. Ele pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja
possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais
do local pelos proprietários.
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não
havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela
administração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da
propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo
da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas
previstas em regulamento.
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela
administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem
como àquelas previstas em regulamento.

QUESTÃO 13

Acerca das unidades de conservação, estabeleça, quanto às características e fins


específicos, a distinção entre os parques nacionais e florestas nacionais.

Floresta Nacional: Pode ser definida como uma área com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos
florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de
florestas nativas. Ela é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em
seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a
habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de
Manejo da unidade.
A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da
unidade pelo órgão responsável por sua administração.
A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão
responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e
àquelas previstas em regulamento.
A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável
por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes. A unidade desta
categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada, respectivamente, Floresta
Estadual e Floresta Municipal.
Parque Nacional: Este tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais
de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas
científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de
recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Ele é de posse e domínio públicos,
sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o
que dispõe a lei.
A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo
da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas
previstas em regulamento.
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela
administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem
como àquelas previstas em regulamento. As unidades dessa categoria, quando criadas pelo
Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural
Municipal.

QUESTÃO 14

Estabeleça a distinção entre os institutos da servidão ambiental, concessão ambiental e


seguro ambiental.
Servidão ambiental: é dos instrumentos da política nacional do meio ambiente e consiste
na renúncia voluntária do proprietário rural ao direito de uso, exploração ou supressão de recursos
naturais existentes em parte ou totalmente de sua propriedade.
Concessão florestal: delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de
praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços numa unidade de
manejo, mediante licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do
respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco
e por prazo determinado;
Seguro ambiental: modalidade de seguro cujo objetivo é reparar os danos ambientais
advindos da execução das atividades econômicas, haja vista a responsabilidade em sede do meio
ambiente ser objetiva, baseada na teoria do risco integral. Tem respaldo nos princípios do
poluidor-pagador e da prevenção;

QUESTÃO 15

No contexto da Política Nacional do Meio Ambiente e seus instrumentos, disserte sobre a


relevância dos instrumentos de avaliação de impacto ambiental para materialização dos
princípios da participação e da informação quanto ao conhecimento dos efeitos da
exploração de atividades econômicas para a sociedade.
A avaliação de impactos ambientais (AIA) é de suma importância, pois é um instrumento
de gestão ambiental com o objetivo de garantir que projetos passíveis de danos ambientais
sejam avaliados de acordo com seus possíveis impactos ambientais. No processo
de Avaliação de Impacto Ambiental os possíveis impactos de um empreendimento são
analisados durante a fase de avaliação para aprovação do empreendimento.
Visto isso, a AIA vem como meio materializador dos princípios da participação e da
informação, tendo em vista que esses princípios são fundamentai no contexto da política
nacional do meio ambiente, tornando todo esse processo acessível e transparente para toda a
sociedade.

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