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Apresentação oral

Amor de Perdição
Camilo castelo Branco

Realizado por: Ana Carolina Casimiro nº5;


Leonor Ferro nº12; Madalena Torres nº18
CAPÍTULO III

01 Apresentação
do capítulo 02 Caracterização de
Tadeu de
Albuquerque

03 Relação de
Teresa e Baltasar
Caracterização de ambas
04 intertextualidade
com o texto de apoio ” O
romântico” de Rita Ferro.

as personagens.
0
1 Capítulo III
Breve resumo
Breve resumo- capítulo III
● Reforço do sentimento de ódio entre as famílias- “
Seria impossível o reconciliarem-se”.
● Rita comunica com Teresa, através da janela do quarto
do irmão. Teresa acaba por confessar o ” segredo do
seu grande amor”.
● Rita é descoberta pela sua irmã, que relata o sucedido
ao pai. Este acaba por ir à janela e grita com Teresa,
para que se afaste do seu filho.
Breve resumo- capítulo III
● O pai de Teresa, apressa o casamento da filha com o
primo, Baltazar Coutinho.
● Este, declara-se a Teresa. No entanto, a mesma opõe-se
a casar com um homem que não ama e demonstra o seu
amor constante por Simão.
● Tadeu não concorda que Teresa dê o seu coração a
Simão, logo faz uma ameaça à filha: ou se casa com o
primo ou vai para o convento.
● Teresa declara-se morta para todos os homens, exceto
o seu pai.
02
Tadeu de
Albuquerque
Caracterização
Tadeu de Albuquerque
• Não permite a concretização do amor da filha - ”mais
seguro expediente para levar a filha ao esquecimento
daquele pueril amor a Simão”

• Poder e superioridade “correu ao quarto dela,


disposto a espancá-la.”

• Inflexível, cruel, conservador e egoísta

• Sofre pela pressão hierárquica e apresenta um grande


apego à honra- “O magistrado mofava do rancor do
seu vizinho, e o vizinho malsinava de venalidade a
reputação do magistrado”.
0 Relação de

3 Teresa e
Baltasarde ambas as
Caracterização
personagens
Relação entre Teresa e Baltasar
- É tempo de lhe abrir o meu coração, prima. Está • Baltasar pensa que
bem disposta a ouvir-me? Teresa já está pronta para ter
- Eu estou sempre bem disposta a ouvi-lo, primo a conversa do casamento.
Baltasar.
O desdém aborrecido desta resposta abalou algum
tempo as convicções do fidalgo, respeito à inocência, modéstia
e acanhamento de sua prima. Ainda assim, quis ele no momento
persuadir-se que a boa vontade não poderia exprimir-se doutro • Baltasar está
modo, e continuou: apaixonado por Teresa e
- Os nossos corações penso eu que estão unidos; agora é pensa que esta sente o
preciso que as nossas casas se unam. mesmo por ele, querendo
assim “unir” casas;
Relação entre Teresa e Baltasar
Teresa empalideceu, e baixou os olhos.
– Acaso lhe diria eu alguma coisa desagradável?! – prosseguiu
Baltasar, rebatido pela desfiguração de Teresa.
– Disse-me o que é impossível fazer-se – respondeu ela sem • Teresa diz-se ser
turvação. – O primo engana-se: os nossos corações não estão unidos. amiga de Baltasar mas
Sou muito sua amiga, mas nunca pensei em ser sua esposa, nem me mais nada;
lembrou que o primo pensasse em tal.
– Quer dizer que me aborrece, prima Teresa? – atalhou corrido o
morgado.
• Diz que não o ama,
– Não, senhor: já lhe disse que o estimava muito, e por isso mesmo
mas que o estima
não devo ser esposa de um amigo a quem não posso amar. A muito, isto mostra uma
infelicidade não seria só minha… relação de respeito
entre primos;
Relação entre Teresa e Baltasar
– Muito bem... Posso eu saber – tornou com refalsado sorriso o primo –
quem é que me disputa o coração de minha prima? • Teresa não possui os
– Que lucra em o saber? valores socias da época, na
– Lucro saber, pelo menos, que a minha prima ama outro homem... É medida em que quer casar
por amor.
exato?
• Teresa mostra-se com
– É. muita maturidade para a
– E com tamanha paixão que desobedece a seu pai? idade que tem, pela maneira
– Não desobedeço: o coração é mais forte que a submissa vontade de como fala sobre o amor que
uma filha. Desobedeceria, se casasse contra a vontade de meu pai; mas sente; (amor-paixão)
eu não disse ao primo Baltasar que casava; disse-lhe unicamente que
amava. • Teresa não quer
– Sabe a prima que eu estou espantado do seu modo de falar!... Quem contar quem é o seu
pensaria que os seus dezasseis anos estavam tão abundantes de amado, ou seja, não tem
palavras!... muita confiança no primo;
Relação entre Teresa e Baltasar
– Muito, prima; todos temos a nossa vaidade, e eu folgaria
muito de me ver vencido por quem tivesse merecimentos • Teresa tem receio de dizer a
que eu não tenho aos seus olhos. Tem a bondade de me Baltasar quem é o seu
dizer o seu segredo, como o diria a seu primo Baltasar, se o amado, pois este pertence à
tivesse em conta de seu amigo íntimo? família rival;
– Nessa conta é que eu o não posso já ter... – respondeu
Teresa, sorrindo e pausando, como ele, as sílabas das
palavras. • Teresa não tem confiança
– Pois nem para amigo me quer?! suficiente no primo para poder
– O primo não me perdoa a sinceridade que eu tive, e será contar o seu segredo;
de hoje em diante meu inimigo.
Relação entre Teresa e Baltasar
• Baltasar descreve
– Não se zangue, prima. Vou-lhe dizer as minhas últimas Simão como um monstro
palavras: eu hei de, enquanto viver, trabalhar por salvá-la das e faz-se de herói.
garras de Simão Botelho. Se seu pai lhe faltar, fico eu. Se as leis
a não defenderem dos ataques do seu demónio, eu farei ver ao • Isto, porque
valentão que a vitória sobre os aguadeiros não o poupa ao Simão tinha tido alguns
desgosto de ser levado a pontapés para fora da casa de meu tio episódios de violência
anteriormente; (em Coimbra)
Tadeu d’Albuquerque.
• Mostra também
que Baltasar irá estar presente na vida de
Teresa, mesmo esta não se cansando com
este.
• Baltasar irá contar o segredo de Teresa a
Tadeu; (vingativo)
Caracterização de Teresa e Baltasar
Teresa: Baltasar:

• não vai à sociedade; • Primo de Teresa


• Tem muita maturidade para a • Apaixona-se por ela;
sua idade; • Considera o amor de
• Mulher-anjo/ Heroína romântica Teresa uma conquista.
• Tem um caracter firme e • Vaidoso não consegue
resoluto; perceber porque Teresa
• Age guiada pelo amor; gosta de simão e não
• Desafia a autoridade do pai; dele;
• Sentimentos fortes • Vingativo
04
intertextualidad
eCom o texto de apoio “ O
romântico” de Rita Ferro.
“ O romântico”
Rita Ferro

Podia dar-me para pior: vir para aqui falar de perfis ainda mais ultrapassados. Mas enterneço-me tanto com
este, que não resisto a esboçá-lo.
Refere pessoas fora do seu tempo e consideradas utópicas, mas a verdade é que são elas que nos recordam
aquela forma de amar incondicional e ilimitada em que acreditávamos aos dezoito anos e de que, no íntimo,
desejaríamos ser objeto pelo menos uma vez na vida.
Apesar de já só as encontrarmos nos livros.
Mais do que uma escola de escritores datada, um mito encarnado por julietas e isoldas, ou um movimento
espiritual e artístico caracterizado por uma profunda exaltação da Natureza, o romantismo corresponde, em qualquer
época e em qualquer latitude, à necessidade incontrolável e absolutamente prioritária de amar e de ser amado.
Haverá quem a satisfaça com trabalho, sexo ou oração, mas como o romântico se concentra numa pessoa, de
carne e osso, é para ela que dirige toda a sua energia benfazeja,
é dela e de mais nada que espera o pão da vida e o cálice da salvação.
É amado, logo existe.
Nestes parâmetros, é fácil imaginar o sofrimento de um romântico ao apaixonar-se por um ser racional ou
pragmático - o desajuste não pode ser senão pungente. Enquanto um faz escolhas calculadas, o outro sucumbe.
Ao apaixonar-se, o romântico passa as noites acordado pensando no outro, grato aos céus por não morrer sem
ter recebido a graça de amar, de olhos arregalados, sentindo um calor que lhe eriça os cabelos e um calafrio que lhe
transforma a pele dos braços na de galinha fervida, imaginando
encontros, incidentes, coincidências, colisões e surpresas e conjeturando com minúcia quase insana todas as fases de
um plano de fuga que os levará a ambos ao país da felicidade perpétua, libertos de todos os códigos terrenos e numa
dimensão acima do próprio juízo divino, numa alucinante viagem abençoada pelos anjos e
diligenciada pelo Cupido em pessoa, plena de carícias ténues, sussurros asfixiantes e lágrimas venturosas.
Na sua imaginação delirante, propõe-se formar com o outro um novo par amoroso que ficará gravado para
sempre na fantasia dos homens, comovendo os corações de pedra e
renovando a indulgência para todos aqueles que cegam e se atrevem.
Não é exagero.
O romântico vive num estado de exaltação patética, corado e arquejante, balbuciando uma aprovação
apalermada a tudo quanto o outro diz, dilacerado por toda a sua intensidade indisfarçável passar despercebida ao
outro, enquanto essoutro lhe retribui com indiferença, revelando-se claustrofóbico naquela estima e desejoso de lhe
escapar.
E o mesmo acontece com o primeiro beijo: o efeito é tão perdurável para o romântico que seis semanas
depois ainda se arrepia dos pês à cabeça só com a simples evocação. Pode ser um beijo afetuoso ou impressivo
como o de duas almas que se encontram ou despedem, mas ele é que não pode conceber que nenhuma outra forma
de contacto físico possa proporcionar um prazer tao absolutamente intenso e místico.
Resultado: quando o outro afasta a boca, dando o beijo por terminado, ele permanece de olhos cerrados e
testa franzida, concentrado no seu êxtase, como se quisesse açambarcar daquele momento felicidade que lhe
chegue até ao fim dos dias. Enquanto, para o outro, aquele foi apenas um dos mui-
tos beijos alternativos do seu cardápio, escolhido por lhe parecer o mais adequado ao corpo vibrátil que descobriu
entre os braços.
É um sofrimento encorajado.
O discurso do outro pode ser pobre e trivial ao fim de certo tempo de convivência, mas o romântico vê e
ouve o que quer ver e ouvir dele, redobrando a sua paixão não por ele, mas pelo tom de voz discutível, a beleza
subjetiva, a magia do mundo só aparentemente mais rico, mais perfeito e mais melódico em que o vê a flutuar, e
sobretudo por aquilo que ele próprio lhe adiciona e que é o mais belo e irresistível de tudo: o valor com que o
agiganta aos seus olhos.
É por isso que logo a seguir ao cancro e às doenças cardiovasculares, o romantismo surge como principal
causa de morte: nenhum romântico consegue sobreviver ao soco desferido pela verdade.
INTERTEXTUALIDADE
“aquela forma de amar incondicional e ilimitada “o romântico se concentra numa pessoa, de
em que acreditávamos aos dezoito anos” carne e osso, é para ela que dirige toda a sua
energia benfazeja”
• “Era máxima sua que o amor, aos • “TereSa falava de Simão, contava à menina de onze anos
quinze anos, (...)” o segredo do seu amor(...)”

• “Disse-me o que é impossível fazer-se - respondeu ela


sem turvação - O primo engana- se: os nossos corações
não estão unidos.(...)”
• “Amor puro, jovem, irracional e
impulsivo.” • “Teresa respondeu, chorando, que entraria num
convento, se essa era a vontade de seu pai(...)”

• Comportamentos atípicos
• Coragem e audácia
QUIZ!
Adivinhe a personagem

TERESA
Adivinhe a personagem

TADEU DE
ALBUQUER
QUE
Adivinhe a personagem

BALTASAR
Bônus

PORFIÇOR
GLÁUCIO
OBRIGADA

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