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º ano)
Avaliação: Professor:
precisam ser impostas pela violência. Mas repara, minha querida filha, que a violência de um pai é sempre
amor. Amor tem sido a minha condescendência e brandura para contigo. Outro teria subjugado a tua
desobediência com maus-tratos, com os rigores do convento, e talvez com o desfalque do teu grande
património. Eu, não.
Luís Amaro de Oliveira, Amor de Perdição (memórias de uma família),
de Camilo Castelo Branco (Edição didática), Porto, Porto Editora, 2017, pp. 47-48
Notas
1
varonil – varão, viril.
2
alvedrio – liberdade de escolha.
3
imprevidentes – negligentes.
4
aleive – traição.
5
ardis – manha, astúcia.
6
inexperta – inexperiente.
7
contemporizava – condescendia.
8
arrebataria – arrancaria.
9
sobejavam – excediam.
10
desvelava – passava as noites sem dormir.
Marca a página 12 Questões de aula – Educação Literária (11.º ano)
1. Com base nas linhas 1 a 15, explica duas das características que configuram Teresa como uma heroína
romântica.
2. Interpreta o sentido da afirmação “desvelava as noites arquitetando o seu edifício de futura glória” (linhas 19 e 20),
relacionando-o com a carta que Teresa enviou a Simão.
3. Refere os argumentos usados por Tadeu de Albuquerque para convencer a sua filha a casar-se com
Baltasar Coutinho.
MPAG1
Neste excerto, o narrador assume, frequentemente, uma posição , evidente, por exemplo,
nos dois primeiros parágrafos, em que as características e o comportamento da personagem
feminina.
Soluções
11.º ano
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
2. O comportamento de Simão, como “desvelar” e “arquitetar” o seu futuro, é a consequência – positiva – da carta que recebeu de
Teresa. De facto, Teresa teve o cuidado de saber apresentar “as novas” a Simão, para não o preocupar. Por isso, a personagem
masculina, descansada, passava as suas noites a pensar e a projetar um futuro promissor com a sua amada.
3. Para convencer a sua filha a casar-se com Baltasar Coutinho, Tadeu de Albuquerque convoca a sua autoridade paternal (“É
preciso que te deixes cegamente levar pela mão de teu pai”, ll. 25-26), para que ela, sem questionar, lhe obedeça, bem como a
sua benevolência, o seu amor, porque, se fosse outro, tê-la-ia castigado, “com maus-tratos, com os rigores do convento, e talvez
com o desfalque do [s]eu grande património” (ll. 28-29).
4. (A)
MPAG