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Alek

Realeza MC
Carolina Dalcomuni
Copyright © 2016 B. Carolina
1° Edição – 2016
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução no todo ou em parte, por
quaisquer meios, sem a autorização da autora.
Capa: ESCapas
Revisão: Grace
Sinopse
Ele um agente duplo que faria de tudo para garantir a segurança de seu clube, e isso inclui
trabalhar para o FBI e trair a confiança da única mulher a quem já amou.
Cansada de ter que lidar com todos a sua volta ditando o que pode ou não pode fazer e com
homens mentirosos que gostam de partir corações, Lara decide que está na hora de fazer uma visita
para seu pai, que é um dos membros do clube Realeza MC.
Lá ela fica cara a cara com Alek, o homem que partiu seu coração e que aceitou trabalhar
para o FBI, para manter o clube a qual seu pai faz parte em segurança. O que nenhum deles
imaginou é que o destino os colocaria lado a lado no casamento do irmão do Alek. Em Vegas, uma
coisa leva a outra e basta um momento para que ambos cometam um grande erro, que pode ser
também a melhor coisa que já aconteceu com eles.
As vezes tudo o que precisamos é parar por um segundo e ver o que realmente está
acontecendo com o outro. A vida nem sempre é feita de certezas, os riscos tornam tudo melhor.
Capítulo 1
LARA

N ão posso acreditar que o café acabou e a minha


colega de quarto não comprou mais, ela nem me
disse que tinha acabado. Não é à toa que meus
avós queriam que eu morasse sozinha. Ainda mais quando minha colega de quarto insiste em levar
homens aleatórios diariamente, que vão comer toda comida geladeira. Comida essa que sou eu que
compro, já que a idiota não ajuda em nada e quando eu cobro, desaparece por dias.
Sei que pareço uma pessoa mesquinha, mas caramba, a minha família é rica e não eu, não
posso me dar ao luxo de bancar uma pessoa que eu mal conheço. Meus avós me educaram com
tudo do bom e do melhor, mas me ensinaram a valorizar tudo que conquisto.
Quando eu tinha dezesseis anos comecei a fazer estágio na empresa, e ao contrário do que
acreditam, comecei de baixo, passei por cada setor da empresa e conheço cada um deles como a
palma da minha mão. Os funcionários me respeitam e mesmo que eu esteja no final do meu curso,
tenho um cargo e coloco grandes executivos no chinelo.
Estou distraída pensando em como minha vida “é perfeita” em alguns termos e em outros
não, quando bato em uma parede sólida de músculos.
— Meu Deus! Me desculpe eu estava… — Começo a me justificar, mas sou cortada por uma
voz linda que fez minha calcinha ficar molhada imediatamente.
— Não interessa, da próxima vez olhe por onde anda. — O homem fala e sai me deixando
atônita pela ignorância.
Não consigo ver o rosto do mal educado, ficando apenas com a vista de suas costas, seus
ombros largos e musculosos e a bunda perfeita que se ajusta muito bem em suas calças feitas sob
medida.
Irritada com o estranho, entro na cafeteria. Eu preciso de café ou vou acabar tendo um
ataque.
— Oi Lara! — Fala Jonhy, o atendente que me reconhece já que eu sou uma cliente frequente
aqui graças a minha colega de quarto.
— Oi Jonhy! — Digo.
— Deixe-me adivinhar, a cadela tomou seu café de novo? — Aceno confirmando. — Não
sei por que você ainda a deixa morar lá, quer dizer não é como se você realmente precisasse da
grana. — Diz e me estende meu café.
— Eu sei, e agora estou pensando em mandar ela embora. — Admito.
— Pois faz bem. — Concorda. — Você viu o gato que acabou de sair daqui?
— Se você está falando do senhor costas largas e braços musculosos, sim eu vi e ele é um
imbecil de marca maior. — Digo.
— Alek? Um imbecil? — Pergunta. — Acho que estamos falando de pessoas diferentes.
— Ele estava com o terno feito sob medida?
— Esse mesmo.
— Então estamos falando do mesmo cara.
— Ele não é mal educado e, está na cidade há pouco tempo e mora em um dos vários
prédios por aqui. — Meu amigo derrama a fofoca. — Foi contratado por uma empresa de análise
financeira, como a do seu avô.
— Que ótimo, mais um idiota para morar aqui, quer dizer não é como se Nova York
precisasse de mais um, não quando já tem vários. — Digo e entrego a ele uma nota de 20 dólares.
— Fique com o troco. — Aceno pra ele antes de sair da cafeteria e atravessar a rua para entrar no
prédio da minha família.
Como hoje estou livre de reuniões, passo por minha secretária e vou direto pra minha sala.
Mas quem disse que Isabela sabe o que é querer ficar sozinha e trabalhar em silêncio? A mulher
leva a sério a missão de me infernizar, o único problema é que não vivo sem ela.
— O que é Isabela? — Pergunto vendo como ela está nervosa em frente à minha mesa.
Posso não ser uma das pessoas mais amistosas do mundo e admirar a competência dos
funcionários, mas isso não significa que vou tratá-los de forma diferente da profissional.
— Senhorita, seu avô solicitou uma reunião de última hora, e está te esperando na sala dele
acompanhado de um senhor.
— Você sabe sobre o que se trata? — Pergunto.
— Não senhorita, ele apenas pediu para que fosse imediatamente até ele.
E assim o meu dia começa em grande estilo.
— Nesse caso, não vou deixá-lo esperando.
Levanto, pego minha agenda e algumas pastas que tenho que entregar para meu avô e saio.
Assim que chego em frente à sala, simplesmente entro sem bater, e me deparo com o meu avô
sentado conversando com um homem.
— Lara minha querida, venha conhecer o nosso novo funcionário, ele vai trabalhar junto
com você. — Fala meu avô e se levanta da cadeira, gesto que é imitado pelo homem.
No momento em que o homem fica em pé, eu o reconheço imediatamente, posso não ter visto
o rosto, mas reconheço esses ombros em qualquer lugar. Esse é o homem da cafeteria que me
ofendeu.
— Esse aqui é Alek Walker, ele é um dos nossos novos analistas e estará encarregado do seu
setor. — Meu avô nos apresenta.
— Senhorita! — Me cumprimenta estendendo a mão, eu apenas olho para sua mão estendida
por um tempo até que retribuo o gesto cumprimentando-o.
Uma corrente elétrica passa por nossas mãos e tiro minha mão da dele imediatamente. Ele
leva a mão ao bolso da calça de uma forma bem sensual, pra um gesto tão simples, e isso me faz
querer pular nele.
— Senhor Walker, seja bem-vindo a empresa. Espero que goste de trabalhar aqui. — Digo.
— Tenho certeza de que gostarei. — Me olha com um sorriso.
— Se você puder fazer a gentileza de mostrar todo o setor a ele e explicar algumas regras
básicas da empresa lhe agradeço. — Fala meu avô, nos dispensando da sua sala.
Lidero o caminho até o elevador enquanto Alek observa a empresa atentamente, deixo ele
fazer o que tem que fazer e sigo andando, quando sinto seus olhos na minha bunda e me viro para
encará-lo.
Assim que entramos no elevador eu começo a falar algumas regras;
— Como você sabe, temos algumas regras e a principal delas é que não pode haver
relacionamentos amorosos entre funcionários. — Falo, devido a maneira como ele está me
olhando.
— Você já teve vontade de quebrar alguma dessas regras Lara? — Ele murmura próximo ao
meu ouvido.
— Não sou o tipo de pessoa que costuma quebrar regras. — Digo, para a minha sorte o
elevador para em nosso andar.
— É uma pena que pense assim, eu tenho certeza de que você gostaria de quebrar algumas
regras comigo. — Fala me deixando boquiaberta e sai do elevador.
Eu ando rápido para me aproximar dele e ir apresentando-o aos funcionários do nosso andar.
Depois de apresentar ele a todos, mostro a minha sala que fica em frente a dele e depois o levo a
dele.
— Deve ser legal trabalhar na empresa da família. — Fala. — Chegar onde quer sem
nenhum esforço. — E com essas insinuações o meu sangue começa a ferver.
— Deixe-me adivinhar, você me crítica por eu trabalhar na empresa dos meus avós, e isso
tudo porque você é o típico cara mimado que cursou a faculdade que seus pais não queriam com a
intenção de os magoar.
Parece que as minhas insinuações atingem um nervo dele, já que toda sua postura muda e a
raiva fica bem evidente em seus olhos.
— Você não sabe nada sobre mim. — Fala, com os dentes cerrados.
— E nem você sobre mim. — Digo, e viro as costas o deixando em pé no meio do
escritório.
Passo o resto do dia trancada dentro do escritório, não tiro nem a minha hora de almoço. Ao
final do dia tudo o que eu mais desejo é deitar na minha cama e dormir, mais nada. Mas quem
disse que os Deuses seguem o roteiro que eu criei?
A primeira merda que me acontece é sair do escritório e dar de cara com Alek, que me olha
e decide me ignorar. Mesmo com ambos seguindo para o elevador e ficando parados lado a lado,
não falamos nada um com outro. Depois foi a merda do elevador que decidiu travar na metade do
caminho.
Tento me manter calma e não deixar o medo tomar conta de mim, não preciso que esse cara
saiba que estou a beira de um ataque de pânico. Começo a andar de um lado para o outro na
pequena caixa apertada que todos chamam de elevador, nesse momento a única coisa que ele eleva
é meu medo de lugares fechados e sem janela.
Com esse pensamento eu começo a respirar com dificuldade e Alek parece notar isso, ele se
aproxima de mim e me faz parar e olhar em seus olhos.
— Lara olha para mim. — Manda.
— Você é Claustrofóbica? — Pergunta.
Aceno com a cabeça e começo sentir que as paredes estão ficando mais próximas de nós,
como se o ar estivesse acabando e eu não consigo fazer ele chegar ao meu pulmão.
— Olha para mim, mantenha a calma e continue olhando nos meus olhos. — Ordena. —
Respire pelo nariz e solte o ar pela boca quando eu mandar. — Aceno dizendo que entendi. —
Respire. — Manda e eu puxo a maior quantidade possível de ar para os meus pulmões. — Agora
você vai expirar pela boca bem devagar. — Diz e leva a mão ao meu pulso. — Ótimo, seus
batimentos cardíacos já estão se normalizando, continue fazendo isso.
Eu obedeço e aos poucos sinto que meu medo começa a diminuir. No instante seguinte eu me
vejo sendo puxada contra o peito do Alek. Ele está de todas as formas tentando me acalmar, e eu
sou mais do que grata por isso. No momento em que estou me acostumando ao ambiente confinado,
as portas se abrem e meu avô aparece com o olhar em pânico.
— Lara, eu vim imediatamente para cá quando soube o que aconteceu. — Meu avô diz
desesperado. — Já liguei para a manutenção dar uma olhada em todos os elevadores, você está
bem? — Pergunta.
— Eu estou bem graças ao Alek que me ajudou, obrigada. — Digo olhando em seus olhos, e
me aproximo dele para dar um abraço e sussurro em seu ouvido. — Me desculpe por hoje de
tarde. — Digo, sinto ele respirar profundamente meu perfume, ou não, talvez seja só minha
imaginação.
Me afasto e saio da empresa acompanhada do meu avô.
— Devo me preocupar com isso? — Pergunta meu avô se referindo ao abraço que eu dei no
Alek.
— Não vovô, eu apenas o agradeci por me ajudar a não surtar. — Conto.
— Quer ir passar a noite lá em casa? — Pergunta.
Meus avós foram contra eu sair de casa, mas como sempre me incentivaram a ser
independente, não ficaram bravos comigo e sim me apoiaram quando tomei a decisão de morar
sozinha.
— Não, eu só quero um banho e cama. — Falo e ele concorda.
Meu avô me dá carona pra casa, logo que o carro para em frente ao meu prédio, beijo sua
bochecha em despedida e saio. Na entrada no prédio vejo que o porteiro está numa conversa
acalorada com a moradora do 102. Eu odeio essa mulher e pela cara que ele está fazendo, ele
também a odeia.
Assim que entro no meu apartamento tomo um susto. Minha "colega de quarto” está de
quatro no chão da sala enquanto um cara mete nela por trás. Como se isso não bastasse tem uma
garota deitada em baixo dela, que ao que tudo indica a está chupando, em meio a gemidos e urros
de prazer dos três, vejo que ela também está chupando a mulher.
— Diana porra de buceta do caralho, — o homem geme. — Contraia ela novamente que eu
estou a ponto gozar! — Diz o cara.
Antes que ele fale mais alguma coisa eu vou em direção ao meu quarto, não preciso desse
tipo de imagem, muito menos saber que isso está acontecendo em minha casa. Amanhã eu vou falar
com ela e exigir que vá embora.
Depois de me trancar no meu quarto, tomo um banho e deito pegando no sono.
De madrugada, desperto com muita sede e ao olhar ao lado da minha cama vejo que não
trouxe um copo de água, mesmo com preguiça me levanto e vou para cozinha, vejo que a Diana foi
para o quarto dela e a outra garota já saiu, deixando apenas o cara sentado no meu sofá.
Passo por ele fingindo que não o vi, mesmo o cara sendo sexy e tudo, eu decido o ignorar.
Não tem chance de um pau que entrou na Diana, chegar perto de mim. Estou em frente a geladeira
quando sinto o homem atrás de mim e a mão dele passando na minha cintura.
— Eu vi você nos olhando, achou interessante? — Pergunta e sinto uma de suas mãos
descerem até minhas pernas descobertas pelo tecido curto da camisola.
— Não! — Digo, simplesmente.
— Engraçado, eu posso jurar que você gostou. — Ele foi erguendo a mão subindo pela
minha camisola, eu estava sem calcinha e minha boceta estava encharcada.
A voz do homem era rouca e grossa ao mesmo tempo, erótica. Eu tento ver o rosto dele, mas
a luz da cozinha não me ajuda.
— Eu posso provar que você me quer dentro de você. — Fala e eu prendo a respiração ao
sentir o dedo dele brincar com os lábios da minha boceta.
— A última coisa que eu quero de você é seu pau, talvez você possa usar apenas a língua em
mim, mas o seu pau não. — Falo.
As palavras mal saem da minha boca, e ele já me tem sentada no balcão da cozinha, ele
erguendo a minha camisola e suas mãos correndo por cima dos meus seios, ele aperta os meus
mamilos e então continua a explorar, até que sua mão chega na minha buceta e ele desliza os dedos
entre os lábios dela.
— Você está muito molhada para mim. — Fala convencido.
— Não é pra você, mas sim para sua boca. — Digo, sentindo meus sucos escorrendo pela
minha perna, eu estou muito molhada por esse estranho.
Ele chupa um ponto atrás do meu pescoço e isso faz com que meu tesão aumente cada vez
mais. Minha buceta está doendo de tanto tesão e louca para ser fodida, mas não tenho a intenção de
deixar esse estranho mergulhar seu pau em mim.
Pego sua mão e a guio para a entrada da minha buceta, pedindo silenciosamente para que ele
me ajude a aliviar essa dor entre minhas pernas. Para minha sorte ele me entende, pois mergulha
um dedo dentro de mim, enquanto sua outra mão ele usa para abrir mais minhas pernas dando a ele
um acesso total a minha boceta escancarada.
No momento em que ele passa sua língua por toda a extensão da minha vagina eu levo
minhas mãos a seu cabelo, o mantendo no lugar. Ele chupa meu clitóris e movimenta seu dedo
dentro de mim o vai e vem me deixando alucinada. O homem chupa, lambe e morde meu clitóris.
Literalmente me fodendo com a língua em questão de segundos eu estou gozando.
Quando ele levanta o rosto do meio das minhas pernas não é um estranho e sim Alek. E
nesse momento eu acordo arfando e percebo que tudo não passou de um sonho que me fez gozar
como louca.
Capítulo 2
ALEK

T alvez eu devesse me preocupar com essa


investigação que estou começando. A neta do
dono da empresa parece ser o tipo de garota
enxerida. Mas talvez eu possa usar maneiras mais divertidas para manter a boca dela fechada, e
posso garantir que ela não vai se arrepender, muito pelo contrário, vai adorar.
— Então? Como vai ser a investigação lá? — Pergunta Fernanda ao entrar em minha sala.
Ela é uma boa amiga, mas vive correndo atrás de mim na tentativa de ter meu pau dentro
dela, mal sabe ela que eu não a foderia nem com uma arma apontada para a minha cabeça.
— Tem tudo para ser um pouco complicado, o cara tem uma neta e ela não me parece nem
um pouco boba. — Digo.
— E como você vai tirar ela do seu caminho?
— Do único jeito que vai não só tirar ela do meu pé, como vai fazer com que ela cante como
um belo passarinho.
— E esse jeito seria?
— Fodê-la. — Vou em direção a porta da minha sala com alguns papéis na mão.
— Você não pode fazer isso! — Ela diz parecendo com ciúmes.
Sério isso? Cena de ciúmes pra cima de mim?
— Claro que posso e vou fazer isso.
— Talvez seja melhor você se afastar dela ou eu assumir seu lugar lá. — Volto para dentro
da sala e coloco os papéis em minha mesa, me viro para Fernanda e agarro seu pescoço a
prendendo contra a parede.
— Não se meta nas minhas coisas, cuide da merda da sua vida e se mantenha longe da minha
investigação. — Com isso eu a largo arfando em busca de ar e saio da sala.
Não tenho tempo para perder com aquela puta do caralho, eu preciso terminar essa
investigação o mais rápido possível e voltar para Hagerstow, o clube e meu irmão precisam de
mim.
Tudo isso que estou fazendo aqui é para manter o clube seguro.
— Quando você vai começar a trabalhar na empresa? Qual cargo você pegou lá? — Um dos
caras do departamento pergunta assim que me vê saindo da sala.
— O cargo que a gente necessitava, o que vai me dar todas as informações que precisamos
para acabar de uma vez com essa merda toda.
— E como diabos você conseguiu esse cargo? A última vez em que eu chequei era
necessário ter boas qualificações e ter feito uma faculdade relacionada a essa área.
— Eu fiz faculdade nessa área. — Falo.
— E por que você trabalha em um clube então?
— O clube não é trabalho é a minha família.
— Uma família que lida com negócios ilegais?
— Talvez, mas temos um laço muito mais profundo do que qualquer merda que temos aqui,
lá morremos um pelo outro. — Falo, não querendo dar muitos detalhes da minha vida no clube.
Como eu já disse antes, isso é um trabalho que estou fazendo pelo bem do clube.
— Isso é assustador. — Fala.
— Não, isso é família! Você faria a mesma coisa por seus pais, sua mulher e filhos, só não
tem que fazer isso o tempo todo.
— Talvez. — Responde e eu ignoro.
— Já mandaram os papéis do último caso que eu estava? Preciso organizar a transferência
dos presos.
— Já, os papéis chegaram ontem, mas como você estava envolvido com essa investigação,
conclui e já solicitei a transferência. — Fala enquanto procura em meio a bagunça da mesa dele.
— Eu preciso sair agora, mas mantenha a Fernanda longe da minha sala e do meu caso, a
cadela está querendo se meter onde não foi chamada.
— Você sabe que ela está assim desde que soube que o seu chefe tem uma neta gostosa, né
— Talvez eu devesse matá-la dê uma vez por todas. — Digo fazendo soar como uma
brincadeira.
— Ou talvez você deva fodê-la de uma vez por todas e acabar com essa vontade louca dela
de ter seu pau. — Responde no mesmo tom.
— Eu prefiro perder meu pau a chegar perto dela, definitivamente ela não tem nenhum apelo
para mim. — Admito.
— Então é só pra você, metade do escritório já fodeu ela e a outra metade está esperando
ela superar essa paixonite por você.
— Ela é louca! Meu pau fica mole só de pensar em um dia foder ela. — No momento em que
falo isso vejo Fernanda passar correndo e chorando.
— Cruel cara, muito cruel. — Diz balançando a cabeça.
— Ninguém manda ela ficar ouvindo por trás das portas, e outra não falei nenhuma mentira.
— Respondo. — Se ela tivesse me ouvido nas primeiras mil vezes que falei, não precisaria disso.
— Achei que vocês fossem amigos.
— Amigos não se metem na vida um do outro ou tentam entrar nas minhas calças, minha
única amiga é minha arma. — Falo pegando os papéis e saio.
Sei que isso saiu grosseiro e, que é a típica coisa que um babaca faria, mas a coisa do
assédio vem dos dois lados. Quando um cara fica dando em cima de uma mulher e ela não quer, é
considerado isso, a Fernanda é esse cara insistente e insuportável na minha vida.
As mulheres que eu fodo são espertas o suficiente para sair da minha vida antes que eu tenha
que pedir, elas não passam a noite, elas não me deixam bilhetes, não me ligam e muito menos
esperam uma ligação minha.
Saio do escritório e vou direto para meu novo apartamento. A empresa que me contratou tem
vários apartamentos de luxo que ficam à disposição dos funcionários, quanto melhor o cargo,
melhor o apartamento. Ao contrário do meu antigo apartamento, que era pequeno do tamanho de
uma caixa de sapatos. Não que eu não possa pagar por algo bom, só não quero chamar atenção.
Depois do que aconteceu no elevador ontem, eu sei que a Lara vai ser mais fácil de lidar
hoje. Nós dois começamos o dia errado ontem e por sorte, os acontecimentos mudaram o jogo pro
meu lado.
— Alek, bom ver você. — Diz e fica em silêncio.
— Vai sair pra jantar? — Pergunto, preciso me aproximar dela.
— Não, eu geralmente peço comida em casa, e eu sempre peço pizza. Acho que sou uma
viciada — Brinca.
Analiso o corpo dela, que está mais pra uma rata de academia do que pra uma comedora de
pizza.
— Você não me parece o tipo de garota que come pizza. — Falo sem pensar
— Eu fui criada pelos meus avós, e eles sempre nos educaram pra não ser esnobes. — Fala.
— Não sabia que ele era seu avô. — Minto.
— Como eu disse, meus avós me criaram. — Fala e o elevador chega no meu andar, e me
surpreendo quando nós dois descemos. — Você vai ficar nesse andar também?
— É, pelo jeito vamos ser vizinhos. — Vamos em direção a nossos apartamentos e vejo que
estamos um de frente para o outro, vai ser mais fácil do que eu pensava me envolver com ela. —
Até amanhã no trabalho. — Digo e fecho a porta.
Essa vai ser fácil, já está no papo. Eu só preciso estudar a ficha dela, o que ela gosta, os
horários, amigos, namorado, tudo que possa me ajudar a me aproximar dela.
Meu telefone toca e olho no visor vendo o número do meu irmão na tela.
Tayler é uma das poucas pessoas que eu escuto e respeito, ele faria de tudo pra me proteger
e foi por isso que eu fiz o que fiz anos atrás. Ele pode não saber e achar que a nossa infância era
perfeita, mas a cadela da nossa mãe acabou com a minha.
— Tayler o que você quer?
— Está chegando um carregamento novo pro clube e alguns membros dessa área vão
receber.
— Porque a droga está vindo pra cá?
— Simples mano, queremos expandir os negócios, e junto está chegando um carregamento
de armas que precisamos que chegue em segurança até aqui.
— Eu vou cuidar disso, mas tenho o pressentimento de que não é só isso que você quer me
dizer.
— Bradox está pensando em trazer Alexa de volta. — Diz e eu finalmente entendo o drama
do meu irmão.
Meu irmão mais velho dormiu com a filha do nosso presidente há alguns anos e quando ele
pensou que a merda ia bater no ventilador, Alexa foi embora. O que foi uma boa coisa, já que a
garota é encrenca pura e não é conhecida por levar desaforo ou deixar que pisem nela.
— E você está com medo de não manter seu pau dentro das calças?
— Porra não, mas eu não sei se vou conseguir ver ela partindo novamente.
— Seja homem Tayler e pare de agir como uma maldita bicha. Você quer ter seu pau
enterrado dentro da boceta dela? A convença que você gosta dela, e depois que finalmente
conseguir tirar ela do seu sistema de um pé na bunda.
— Alexa não é assim pra mim, e porra, qual é o seu problema?
— Meu problema é meu irmão agir como se tivesse uma boceta. — Rebato sem paciência.
— Nós não amamos, o amor é uma fraqueza e eu espero que você pare de agir como um babaca.
— Foda-se! — Diz e desliga o telefone na minha cara.
Graças a Deus amar é um erro que nunca vou cometer, minha querida mãe me mostrou que o
amor não existe no momento em que deixou que o desgraçado do marido dela acabasse comigo.
Depois de pensar um pouco sobre meu passado, o que eu odeio fazer. Decido ir para a
academia do prédio. Esses ricos gostam de ter todo o conforto à disposição deles e de forma fácil.
Coloco um short de corrida e uma camiseta e vou para a academia, o espaço tem os melhores
equipamentos.
Vou para a esteira e começo a correr, correr é uma coisa que me deixa pensar, não pensar em
coisas fúteis ou esvaziar minha mente, mas sim algo que me deixa atento aos planos, me faz ver
onde podem haver possíveis falhas.
— Essa esteira está livre? — Pergunta uma morena com peitos grandes praticamente
saltando para fora.
— Tem alguém correndo nela? — Pergunto.
— Nesse momento não. — Diz e cora.
— Então ela está livre. — Falo e coloco os meus fones de ouvido, o som das batidas da
música me ajudam a ignorar a mulher ao meu lado.
Estou cansado desse tipo de mulheres. Eu gosto de um pouco de resistência nas minhas
mulheres, gosto da emoção da caça e de perseguir. Depois de passar uma hora na academia volto
pro meu apartamento. Saio do banho come fome então vou para a cozinha e abro a geladeira. Ao
contrário de muitas pessoas não gosto de comer fora, não sei a procedência da comida ou se o
lugar é limpo.
É você já deve ter percebido que eu gosto de me manter no controle de tudo ao meu redor.
Preparo legumes refogados no alho, com frango grelhado e uma cerveja bem gelada. Como
tranquilamente e depois começo o processo de limpar a cozinha, não gosto de bagunça, quando
termino o apartamento está em silêncio.
Mas o silêncio dura pouco, um som de grito vem do apartamento da frente, e eu sei que esse
é o lugar da Lara. Saio do meu apartamento na hora em que duas pessoas muito peladas estão
segurando roupas trancados para o lado de fora, a garota está esmurrando a porta e chamando a
Lara de nomes.
— Sua cadela filha da puta, pensa que vou ficar aqui rastejando pra você? — Grita dando
socos na porta.
— Você está fazendo isso sua imbecil, fui muito boa com você, mas estou farta de
aguentar suas aventuras sexuais na minha sala. — Diz uma voz através da porta. — Não sou eu
quem precisa de um lugar para morar, esse apartamento é meu e não vou mais tolerar sua falta
de respeito.
— Desrespeito? Eu nunca…
— Ah! Você sempre. Vou deixar suas coisas com o porteiro e você não precisa nem subir,
não quero você aqui.
— Sua puta desgraçada, você me paga. — Fala a garota e sai acompanhada do cara nu.
Fico encarando a porta por um tempo, não sabia que Lara era esse tipo de garota, a que tenta
ao máximo se controlar e no final explode.
Será que ela é assim na cama?
Volto para o meu apartamento e me sento no sofá, amanhã é oficialmente um grande dia, o
dia em que vou entrar em ação e terminar o meu último trabalho para o FBI. Lara não perde por
esperar, vou fazê-la me ajudar e em troca vou dar prazer a ela.
E ela vai gostar.
Ah se vai.
***
Primeiro dia trabalhando oficialmente para a empresa, minha sala fica de frente para a da
Lara. Ela já estava aqui quando eu cheguei hoje e perguntei a secretária se ela sempre chega cedo
ou se isso tudo é porquê eu estou aqui.
— A senhorita Lara sempre chega cedo no escritório, ela gosta de se manter informada sobre
tudo o que acontece. — Explica. — Claro na medida em que o avô dela deixa.
— Ele não conta tudo para ela? — Pergunto.
— Não, — ela me encara como se eu fosse maluco. — Na verdade acredito que nem ele
sabe tudo que acontece aqui. Lara tem um primo, e onde essa menina é um amor o primo parece a
encarnação do diabo. — Fala.
— Como assim?
— Todos aqui suspeitam que ele está metido em algo ilegal.
Parece que essa investigação já ganhou um rumo.
— Ilegal?
— Sim, o boato que corre é lavagem de dinheiro e outras coisas. — Explica. — Ele está
metido com a máfia Russa. Pessoas muito perigosas, o líder da máfia tem alguns negócios com o
chefe.
— Negócios ilegais também? — Essa secretária está me saindo uma grande fofoqueira, e
tenho o pressentimento que vamos ser melhores amigos enquanto eu trabalhar aqui. — Vocês têm a
confirmação de que esse cara é mafioso mesmo?
Ela nega com a cabeça, em seguida retoma o assunto.
— Não, o boato é que esse “mafioso” Dimitri tem algumas empresas e está interessado em
nossas consultorias, assim fica mais fácil chegar no Lorenzo.
— Você está dizendo que esse cara é um mafioso, mas não tem provas. — Aponto.
— É uma coisa que ele exala. — Diz, dando de ombros.
Essa mulher pode ter uma mente bem fértil, se eu não me cuidar com ela vou virar o motivo
da próxima fofoca do escritório.
— Alek, meu avô pediu para que eu te mostrasse alguns dos nossos setores. — Um homem
forte se aproxima e estende as mãos para mim. O problema é que mesmo sendo forte, ele me
lembra uma mulher com seus traços femininos.
— Claro, vamos. — Digo e vejo a forma como a secretária ficou.
O sigo até o elevador em silêncio, se eu quero terminar essa merda de uma vez tenho que me
aproximar do meu único possível culpado até o momento.
— Então, você veio bem recomendado. — Diz, quando o elevador se fecha. — Algumas
pessoas de confiança o indicaram e eu sabia que tinha que te ter no nosso time. No entanto, estou
surpreso de você ter se aproximado da minha prima idiota e do meu avô babaca.
Esse cara é exatamente o tipo de pessoa que eu amo colocar atrás das grades, isso tudo
porque eu sei que ele vai lutar e então eu posso arrebentar a cara dele. Mas o que mais me
surpreende é o fato da minha raiva ter aumentado quando ele se referiu a Lara.
— Talvez eu esteja à procura da pessoa certa para me fazer lucrar mais. — Minto, não sabia
que ele ia ser tão estúpido a ponto de colocar qualquer um no esquema ridículo dele.
— Eu posso te colocar no esquema, mas eu vou precisar que você falsifique documentos e
faça com que o responsável assine, já que está no mesmo setor que a vaca da Lara. Isso vai nos
manter fora do radar.
Então esse é o esquema que ninguém nessa empresa conseguiu descobrir? E que tipo de
idiota é esse que arma e tenta tirar o melhor às custas da própria família? Por mais que eu não
tenha uma família e a única pessoa que tem o meu sangue e vale a pena é o meu irmão, eu sei que
não se faz isso.
Ou talvez o clube esteja certo e laços de sangue não signifiquem muita coisa.
— Claro, pode contar comigo. Mas quero saber a minha porcentagem nessa coisa. — Digo,
enquanto o meu pensamento é quão rápido vou ter esse idiota atrás das grades.
Esse cara vai ser a puta de algum idiota na cadeia, e se eu puder opinar em alguma coisa, vai
ser com o maior.
Ele me mostra todo o setor da empresa e então eu subo novamente para o meu andar. Hoje eu
vou ganhar a Lara, preciso das informações direto da fonte, e se ela está percebendo as merdas
que o primo está fazendo, talvez ela queira me ajudar.
— Hey, já voltou do passeio pelo setor do meu primo? — Pergunta sem tirar os olhos da tela
do computador.
— Acho que seu primo não sabe muito bem o que está fazendo. — Falo.
— Como assim? — Me olha intrigada.
— Ele não me parece um cara muito confiável, quer dizer você e seu avô confiam nele de
verdade? — O que diabos está acontecendo comigo?
— O que está querendo dizer? — Ela cruza os braços e me encara.
— Que tal uma pizza hoje no meu apartamento? Assim podemos conversar. — Ofereço,
querendo me livrar dessa situação.
E eu espero que esse jantar termine com ela em baixo de mim gemendo o meu nome.
— Acho que é uma ótima ideia, assim você pode me contar o que está acontecendo. — Diz e
me dá um sorriso simpático. — E por favor, seja objetivo.
Eu sei o que ela está querendo dizer;
Se você tem coragem de vir até aqui insinuar coisas, então seja homem e me diga o que
você está pensando.
— Te vejo lá, a não ser que você queira uma carona. — Ofereço.
— Eu adoraria. — Ela sorri, e então volta ao trabalho.
Saio da sala dela e vou direto pra minha, me trancando lá dentro. Não sei o que diabos está
acontecendo comigo, mas minhas atitudes sobre essa garota estão me deixando louco, isso não
pode ser normal.
Pelo menos não para mim.
Me perco no trabalho, conferindo todos os arquivos e vejo que o imbecil do Lorenzo está
armando essa merda há muito tempo, tanto que ele ficou confiante no que estava fazendo. Mas
como todo idiota confiante ele deixa muitas brechas e o trabalho de porco dele, está facilitando a
minha vida.
Obrigado Deus dos imbecis.
Sou tirado do meu trabalho por uma leve batida na minha porta, mas que diabos, me levanto
para abrir e então volto para a minha cadeira quando a Lara aparece na porta com um sorriso
tímido.
— Alek talvez a gente devesse deixar a pizza para outro dia. — Fala. — Você deve estar
muito ocupado e eu…
A interrompo antes que ela termine de falar.
— Claro que não, eu já tinha terminado aqui por hoje. — Minto. — De qualquer forma o
trabalho não vai fugir de mim. — Me levanto em um pulo, pego meu paletó e as chaves da minha
moto e saio com ela.
Lembranças do nosso pequeno momento no elevador invadem a minha mente e posso apostar
que a de Lara também. Fico feliz que tenho esse efeito nela, vai me ajudar a conseguir o que eu
quero, e nesse momento eu a quero, me montando e ordenhando o meu pau.
Só de pensar nisso o meu pau já fica duro.
— Qual é o seu carro? — Pergunta enquanto saímos do elevador, no estacionamento da
empresa.
— Não estou de carro. — Respondo, apontando para a minha moto que está estacionada ao
lado de um conversível.
— Não tem chance de eu andar nessa coisa, não posso… nunca andei. — Murmura tentando
voltar para o elevador.
— Vai ser uma covarde? — Provoco.
Ela estreita os olhos para mim e toma o capacete da minha mão, com um olhar desafiador
espera eu subir na moto, em seguida monta atrás de mim. O calor de suas pernas em volta do meu
quadril me deixa com uma puta ereção, não sei como vou conseguir andar depois dessa.
— Se segure firme. — Mando.
Lara desliza seus braços em volta de mim, a sensação do seu corpo contra o meu, me faz
pensar em como vai ser quando eu estiver dentro dela, a fodendo. O caminho até o meu
apartamento é uma deliciosa tortura, e eu me vi tomando o caminho mais longo pra não acabar.
Mas tudo o que é bom dura pouco e enfim chegamos ao apartamento. Lara cumprimenta o
porteiro com um abraço, e mesmo o porteiro sendo um velho, não pude deixar de ficar com raiva.
— É sempre tão hospitaleira com as pessoas? — Digo enquanto entramos na lata de
sardinha chamada elevador.
— Só com as que eu gosto. — Fala.
—O que aconteceu com a sua amiga? — Me refiro a cena que eu presenciei.
— Eu cansei de ser desrespeitada na minha própria casa. — Fala e muda se assunto. — Por
que você está desconfiando do meu primo?
— A gente vai precisar ter uma conversa séria e eu preciso ser sincero, descobri que vou
precisar da sua ajuda. — Admito.
— E no que vai precisar da minha ajuda? — Pergunta enquanto espera eu destrancar meu
apartamento.
— Sente-se que eu irei explicar com calma. — Peço uma pizza através de um aplicativo de
celular e enquanto aguardamos eu abro o jogo. — Seu primo está usando a empresa para lavar
dinheiro. Ele está metido com pessoas muito perigosas e fazendo tudo para que pareça que você e
seu vô que estão por trás disso.
Lara finalmente percebe a gravidade do que está acontecendo por lá, acho que fiz bem em
contar a ela o que está acontecendo.
— Aquele filho de uma anta, desgraçado! — Xinga. — Eu sempre suspeitei que algo estava
errado, os contratos e planilhas nunca batiam. Pensei que poderia ser um erro meu, mas agora está
mais que explicado. E como você sabe de tudo isso? — Pergunta depois de se recuperar do seu
ataque de raiva.
Ela é engraçada quando está com raiva.
— Ele me convidou para o esquema dele. — Admito.
— Como eu posso acabar com ele? — Pergunta.
— Reunindo provas, isso vai ajudar você a colocá-lo atrás das grades.
— Eu vou fazer isso, mas não sei se eu consigo sozinha. — Ela encolhe os ombros. — Meu
vô vai se assustar e não sei se a minha vó vai aguentar esse baque. — Começa a andar de um lado
para o outro.
— Eu vou te ajudar. Estou lá na empresa para investigar isso, mas vou precisar da sua ajuda.
— Como assim está lá para isso? — Pergunta estreitando os olhos para mim.
— Sou um agente do FBI, estou trabalhando disfarçado nesse caso. — Admito.
Ela me olha estranho, então desaba no sofá. Lara parece que está carregando o mundo em
suas costas. Me aproximo e a puxo para o meu peito, quando ela ergue os olhos e olha para mim
me descontrolo e a beijo.
Um beijo que poderia ser capaz de roubar almas.
Se eu tivesse uma!
— Não podemos, quer dizer o contrato da empresa…
— Foda-se isso! Eu não sou um funcionário da empresa. — Puxo a boca dela para minha.
Ela fica tensa por um momento e então relaxa, ajudo ela tirando a camisa e em seguida abro
o fecho do sutiã, que no segundo seguinte está fazendo companhia para a camisa no chão da sala.
Os mamilos dela estão duros e excitados, chamando a minha atenção. Passo os dedos
levemente por cima deles, e ela geme contra a minha boca. Enquanto eu brinco com seus mamilos,
suas mãos alisam a minha camisa, em seguida ela começa a desabotoar.
— Fique de pé. — Mando, e com um sorriso no rosto assisto ela me obedecer. — Agora eu
quero que tire suas calças, mas deixe a calcinha.
Ela me obedece e eu tenho a mais bela vista de todas, ela está com uma pequena calcinha
azul que mal cobre a bucetinha, posso ver que ela já está pingando pronta pra ser fodida. Em um
impulso, puxo ela para perto de mim e a beijo.
Seguro seu cabelo com força, enquanto minha outra mão exige passagem entre suas pernas, e
no momento que ela as abre, traço o contorno de sua buceta com os meus dedos, que ficam
encharcados com o simples toque.
Sem conseguir me conter, afasto a calcinha para o lado e acaricio seu clitóris. Lara parece
gostar quando eu a torturo com toques leves, mas quando mergulho meus dedos dentro dela e
começo a fodê-la com eles, Lara geme baixinho.
— Isso… — Geme.
— Você gosta? Gosta da minha mão nessa sua bucetinha encharcada? — Provoco, ela não
responde, apenas geme. — Responda quando eu te pergunto. — Digo enquanto eu dou um leve
beliscão em seu clitóris.
— Ahhh… Si… Sim… Por favor. — Implora.
— Por favor o que? — Pergunto.
— Me foda.
— Eu vou te foder, mas antes eu quero provar você, quero gozar na sua boca, quero te beijar
e provar o meu gosto em você. — Digo.
— Por favor.
— Eu quero que diga o meu nome, vai geme ele pra mim. — Mando.
— Por favor Alek, eu preciso do seu pau dentro de mim, me fazendo gozar. — Fala.
Eu retiro minha mão de dentro dela e a levo para o balcão da minha cozinha, lá vai ser mais
fácil pra eu prová-la. Deposito ela em cima do balcão e com um puxão rasgo sua calcinha, e levo
ao meu nariz.
Sinto o cheiro da excitação dela.
— Abra bem suas pernas pra mim, e mantenha as mãos atrás da cabeça. — Mando. — Se eu
sentir suas mãos em mim eu paro o que estou fazendo e vou foder a sua boca. Você me ouviu? —
Vejo que ela confirmar com a cabeça.
Aproximo meu rosto do meio de suas pernas, noto também que ela está prendendo a
respiração, ansiosa para o que vai vir a seguir. Vou com tudo para a boceta dela, caindo de boca
em seu clitóris inchado.
Ela está muito excitada, e me aproveito para fazer o que quiser com ela, eu puxo, mordo e a
fodo com a minha língua, até que sinto que está prestes a gozar quando ela coloca as mãos em meu
cabelo.
Imediatamente paro o que eu estou fazendo e a puxo para fora do balcão, seus olhos se
arregalam.
— Eu avisei o que ia acontecer caso me desobedecesse, agora de joelhos que eu vou foder
essa sua boquinha deliciosa.
Ela me obedece e seus olhos acompanham minha mão enquanto tiro o cinto e desabotoo
minha calça, puxando minha ereção com pré sêmen escorrendo. Lara não espera uma ordem, ela
simplesmente pega meu pau e enfia todo de uma vez dentro da boca, em seguida ela tira e rodas a
língua na ponta, no meu piercing, enquanto acaricia o meu saco com uma mão e me masturba com a
outra.
Lara passa a língua da base do meu pau até a ponta, e sempre que chega na ponta ela o
coloca todo dentro da boca e faz uma garganta profunda. Em questão de minutos eu gozo, e assisto
maravilhado quando ela engole toda a minha porra.
— Boa menina. — Elogio, ainda aproveitando a sensação de gozar em sua boca. — Agora
eu vou te foder, preciso estar em sua boceta apertada.
Pego ela e a coloco de bruços sobre o balcão da cozinha, deslizo uma camisinha no meu pau
e meto nela por trás com tudo. Cada movimento do meu quadril, cada bombada que dou nela por
trás me deixa mais perto de outro orgasmo, como ela não tinha gozado eu sinto sua boceta se
contrair em volta do meu pau e logo ela está gozando.
Meto nela mais umas vezes e logo encho ela com minha porra.
Estamos ofegantes e eu a carrego para o meu quarto, ela está praticamente dormindo depois
de ter tido um orgasmo, mas eu ainda devo um orgasmo para ela e eu vou pagar ele amanhã de
manhã.
— Nós precisamos conversar. — Murmura sonolenta.
— Amanhã de manhã a gente conversa, agora vamos dormir. — Apago as luzes e antes de
dormir, cancelo a pizza, afinal eu já matei minha fome.
E com a Lara em meus braços durmo tranquilo. Pela primeira vez em muito tempo
acompanhado de uma mulher.
Capítulo 3
LARA

N ão consigo acreditar no que Alek e eu fizemos.


Em um momento estávamos falando sobre
sermos amigos e eu o ajudar e no outro
estávamos fodendo como coelhos. E o pior, engoli toda a porra dele como se fosse água, e eu fosse
uma pessoa que ficou perdida em um deserto por dias sem ter o que beber.
Claro que vocês também teriam feito o que fiz se estivessem no meu lugar, e aquele piercing
dele? Meu deus sempre que ele saia de mim e esbarrava em meu clitóris me levava à loucura. E
não só quando estava fora, mas dentro de mim também.
Acho que tenho um novo pré-requisito para minhas fodas.
Me levanto silenciosamente e recolho minhas roupas. Está perto da hora de ir para o
trabalho e eu quero ter certeza de que Alek não pense que vou ser uma maluca que vai ficar
perseguindo ele, mesmo com essa sendo a minha vontade.
O que? Depois de uma foda monumental como essa, eu poderia virar uma psicopata
perseguidora e sair correndo atrás dele.
Entro em meu apartamento e vou direto para o chuveiro, meu corpo está dolorido, mas é um
dolorido bom. Minha menina não teve nenhuma ação durante um bom tempo, por isso a dor, mas é
uma dor que vale a pena.
Coloco uma calça de couro preta, ela é sexy, mas, ao mesmo tempo, formal. Escolho uma
camiseta branca e coloco um blazer por cima, ele dá um ar formal, com o cabelo preso em um
coque e uma maquiagem básica, estou mais do que pronta para enfrentar Lorenzo e acabar com a
raça do meu primo.
Meu primo é um verme, e estou mais do que satisfeita em acabar com a raça dele e garantir
que ele seja a puta de alguém na cadeia. Ele sempre se vangloria por ser bonito, vamos ver se ele
vai querer continuar sendo bonito quando estiver tendo o cu arrombado por um brutamonte.
Não me olhe assim! Estou mais do que furiosa com meu primo, nunca nos demos bem, mas
isso que ele está fazendo com nosso avô não se faz. Vou fazer ele pagar cada centavo, cada
humilhação que esse escândalo vai causar aos nossos avós.
Hoje eu decidi ir de carro para o trabalho, geralmente vou andando ou eu pego um táxi, mas
hoje eu quero dirigir. Se tem uma coisa que te dá tempo para pensar nessa cidade, essa coisa é
dirigir. Saio do meu apartamento e vou pro elevador, aperto o botão e espero ele chegar, enquanto
espero a porta do Alek se abre, e a visão dele já me deixa molhada.
Lara calma não caia em tentação, entoo meu mais novo mantra.
— Porque você sumiu? — Pergunta.
— Eu tinha que me arrumar para ir trabalhar, e não quero que você tenha a ideia errada…
— E que ideia errada seria essa?
— A de que eu espero alguma coisa de você Alek, nós mal nos conhecemos e eu não quero
que pense que faço isso sempre. — Falo sem me importar com o que ele vai pensar de mim.
— Tenho certeza que você não é esse tipo. No entanto, eu quero mais. A noite de ontem foi
boa e não me dei por satisfeito.
— Como assim? Alek eu conheço caras como você e tenho certeza que não são o tipo de
caras que pedem um relacionamento depois da primeira noite de sexo.
— Não estou te pedindo em casamento, eu estou te propondo uma foda casual, sem amarras
e sem cobranças. — Propõe.
— Então sem amarras significa que se você quiser foder outra mulher você pode?
— Exatamente. — Sorri.
— E se eu quiser foder outro homem eu também posso?
— Não sou o tipo de cara que compartilha o que é meu. — Resposta errada idiota.
Eu deveria dar na cara dele só por pensar que eu sou uma propriedade, que ele pode
controlar e fazer o que quer. Não gosto de regras diferentes apenas por eu ser mulher e ele ser um
idiota que pensa que pode me controlar com essa desculpa patética.
— Então eu tenho que aceitar você com outras mulheres e você não pode me aceitar com
outros homens? Cadê a parte do sem amarras e sem cobranças? — Jogo de volta suas palavras. —
Não sou uma propriedade sua, Alek.
— Eu posso ceder em não sair com outras mulheres, vamos tornar isso exclusivo por um
tempo, apenas nós dois. — Ele é um cara esperto.
— Por que está cedendo? — Pergunto curiosa.
— Porquê eu posso fazer concessões quando quero alguma coisa, e gatinha eu quero essa
sua boceta apertada em volta do meu pau de novo.
— E eu quero sua boca na minha boceta, se eu bem me lembro ontem você não terminou seu
trabalho. — Respondo no mesmo tom.
— E que trabalho seria esse? — Pergunta com um olhar provocador.
— O de me lamber até eu gozar — digo, e entro no elevador, o deixando com um olhar
embasbacado.
Ótimo, agora ele aprende que eu não sou o tipo de garota que entra em algo para brincar. Se
eu vou me envolver com ele vai ser puramente físico, vou proteger meu coração. Se tem uma coisa
que eu sou boa é em fingir não ter sentimentos.
O trânsito está relativamente tranquilo hoje o que me faz chegar rapidamente na empresa.
Paro ao lado de um carro esporte preto, é um belo carro e geralmente caras feios têm belos carros.
Acho que tem mulheres que saem com eles só pra dar uma voltinha no carro chique. Já os caras
bonitos têm carros antigos, por que sabem que as garotas vão sair com eles pela beleza deles e não
do carro.
Ufa que lógica estranha a minha, mas eu acho que é verdade.
O motorista do carro está dentro dele ainda, e eu não consigo ver quem é. Mas de qualquer
forma deve ser alguém vindo para uma reunião com meu avô. Desço do carro e vou em direção ao
elevador da garagem, pra minha sorte assim que eu chego lá às portas se abrem.
E um homem que eu nunca vi na minha vida sai dele, eu teria me lembrado de ver um outro Deus
grego andando pela terra se o tivesse visto. Esse homem só não é mais bonito do que o Alek. Mas
competir com Alek seria uma grande injustiça.
— Senhorita Lara? — Pergunta, me surpreendendo ao saber meu nome.
— Sim sou eu, e o senhor é?
— Você não me conhece, mas eu espero em breve que tenhamos tempo para nos conhecer
melhor. — Fala e me deixa parada assistindo ele se dirigir para um carro escuro, junto com dois
seguranças.
— Quem era ele? — Alek pergunta parado atrás de mim, me dando um susto.
— Não faça isso, nunca mais! Você me deu um baita susto. — Digo segurando meu peito,
Alek me encara esperando por uma resposta. — Não sei quem ele é, mas ele disse que vamos nos
conhecer em breve.
— Isso não pode ser uma coisa boa, temos que descobrir quem ele veio ver na empresa. —
Diz Alek e coloca a mão nas minhas costas, me guiando para dentro do elevador.
— Como assim? Você acha que tem algo com o meu primo?
— Seu primo está envolvido com a máfia, eu tenho alguns contatos lá dentro e vou marcar
uma reunião com o capo, a notícia que eu recebi recentemente era que o pai estava morrendo e por
isso o filho estava assumindo.
— Você tem agentes infiltrados na máfia? — Pergunto curiosa.
— Não, eu tenho amigos que trabalham lá. — Fala simplesmente.
— Você tem amigos que estão na máfia?
— Sim. — Responde. — Eu conheço muitas pessoas.
O elevador finalmente nos deixa em nosso andar e cada um vai para sua sala. Assim que
entro fecho a porta da minha sala e abro meu computador, lá tem um e-mail do meu primo me
pedindo para jantar com ele hoje à noite.
Isso é muito estranho, ele nunca pediu para fazer nada comigo.
Encaminho o e-mail para Alek, se alguém pode me ajudar é ele, talvez isso ajude-o na
investigação. Pouco tempo depois de eu enviar, Alek entra no meu escritório, seu rosto carrega
uma expressão estranha.
— Acho que sei o que seu primo está tramando com esse e-mail. — Fala. — Eu já tenho um
plano e preciso que você confie em mim.
— Será que dá pra você me dar alguma pista? — Peço.
— Falei com um contato meu e ele me disse que o chefe da máfia está à beira da morte, e
quer que o filho se case imediatamente. — Responde. — Seu primo deve ter te negociado.
— Como assim me negociado? — Pergunto em choque.
— Ele te ofereceu para o velho.
— Me ofereceu? Aquele filho da puta desgraçado. — Dou um tapa na mesa e começo a
andar de um lado para o outro.
— Hoje é seu dia de sorte. — Diz me surpreendendo. — O filho dele tem outros interesses e
não aceitou se casar com você, mas deixou evidente o desejo dele ter sua prima.
— Minha prima? Ela é muito jovem para se casar com alguém! — Falo, não querendo entrar
em detalhes sobre a vida da Allyssa. — Não pode permitir isso.
— O que eu não posso é interferir em negócios da máfia. — Responde. — Sua prima vai ter
que ficar com ele. E para a sua sorte, ele não pediu para que seu primo fosse inocentado.
— Então é assim? Minha prima vai ter que conviver com um lixo de homem por causa do
imbecil do meu primo? E se ele for um velho, gordo e barrigudo?
— Posso te garantir que ele não é gordo e nem barrigudo. — Fala.
— E como pode me garantir isso?
— Simples você o conheceu hoje no estacionamento.
— Você tá falando do Deus grego do elevador? — Pergunto.
— Não, eu estou falando do homem que saiu do elevador. O único Deus grego aqui sou eu.
— Ele se levanta e vem em minha direção, mas antes que ele possa me beijar a porta se abre e
meu primo entra.
— Vamos almoçar?
— Não. — Digo.
— Desculpe? — O filho da puta tem a cara de pau de ficar irritado com a minha resposta.
— Eu disse não! Não vou sair pra almoçar com você. — O dispenso irritada. — Agora saia
da minha sala, que estamos no meio de uma reunião.
Não sei as intenções dele, mas eu vou alertar a minha prima e fazer com que ela evite ficar
longe da gente e sozinha com Lorenzo, não podemos confiar nele.
Minha prima e eu somos próximas e não vou permitir que aquele filho da puta a leve para
longe de mim. Allyssa é a minha melhor amiga, ela sabe todos os meus segredos e assim eu
acredito saber os dela.
— No que está pensado? — Pergunta Alek parecendo curioso.
— Nada não, apenas algumas coisas que eu tenho que fazer.
— Posso saber quais são?
— Na verdade eu vou precisar da sua ajuda em uma delas. — Admito.
— Estou ao seu dispor madame. — Ele tranca a porta da minha sala, em seguida se senta na
poltrona no canto e me puxa para sentar em seu colo.
— Preciso que você coloque meu primo na cela de algum maníaco sexual perigoso, quero
que ele seja a puta de alguém na cadeia. — Digo, não ligando para o que vão pensar de mim.
— Eu posso fazer isso, mas você está me assustando. — Ele abre a minha calça e sua mão
vai para o elástico da minha calcinha.
— Quero que ele pague por tudo o que está fazendo para a minha prima e meus avós. —
Abro as minhas pernas para ele ter acesso à minha calcinha. — E esse é só o começo.
— E o resto?
— O resto inclui fazer meu primo ficar pobre, o quero sem nenhum dinheiro. — Tudo o que
ele roubou de nós vai voltar para as nossas contas e o que ele conseguiu honestamente vai ser
tomado como juros.
— Isso deve ser um grande castigo pra ele. — Alek diz.
Ele desliza um dedo pelo meu clitóris e isso envia vibrações deliciosas por meu corpo, o
vai e vem de seus dedos me deixa a beira de um orgasmo, uma combinação perigosa de dedos
mágicos e beijo avassalador me faz gozar.
— Acho que paguei minha dívida com você. — Provoca e eu observo enquanto ele tira a
mão de dentro de mim e leva a boca.
— Não, não pagou não. — Protesto. — Pra você pagar vai ter que me chupar até me deixar
desmaiada e isso não aconteceu. — Me levanto do colo dele e vou em direção a porta e a
destranco.
— Você é uma bruxa, sabia? — Ele diz, vindo em minha direção.
— Posso ser uma bruxa, então não me confunda com um mendigo pra me contentar com essa
esmola. — Desvio o rosto do beijo que ele ia me dar, abro a porta e o coloco para fora. — Agora
vá trabalhar no seu caso que eu tenho mais o que fazer.
— Você é muito má, uma verdadeira cadela do mal. — Ele me dá um selinho e sai.
Céus esse homem vai ser minha desgraça.
***
Duas semanas depois
Conforme os dias passaram, Alek e eu nos tornamos muito próximos, dentro do que um caso
como o nosso pode ser, e eu posso dizer que ele me pagou com juros e correção monetária cada
orgasmo que ele prometeu.
Hoje é o grande dia! Finalmente a casa caiu para o meu primo. O FBI conseguiu provas o
suficiente para deixar meu primo preso por muito, muito tempo. Nesse exato momento eu estou
vendo os computadores da sala do meu primo sendo carregados para fora por homens-grandes e
com cara de mal.
Talvez se meu primo tivesse chego um pouco antes, ele tivesse sido o primeiro a ser
carregado para fora. A cena dele sendo carregado teria sido muito divertida, mas o show teve que
esperar e finalmente o imbecil chegou.
— Que porra tá acontecendo aqui? — Pergunta meu primo entrando na sala.
Sério que ele acha que pode vir até aqui e agir como se fosse inocente e não soubesse do
que está acontecendo?
— Você foi rebaixado, de um executivo da empresa para presidiário investigado pelo FBI.
— Zombo.
— Sua puta, desgraçada. — Diz vindo na minha direção. — Eu devida ter te matado.
— Nem pense em fazer isso. — Escuto a voz irritada do Alek e o vejo vindo em nossa
direção. — Lorenzo se encolhe, como se estivesse com medo dele. Eu não tiro a razão, Alek tem
um olhar mortal direcionado a ele. — Vou ter certeza de quebrar você todo antes de te por atrás
das grades, onde você vai ter seu cu fodido por algum fedorento que não vê uma boceta a algum
tempo.
— Você não faria isso. — Lorenzo murmura.
— Quer pagar pra ver? — Pergunta Alek.
— Eu sou um empresário milionário! Acha mesmo que vou me curvar para um pobretão
como você? — Ironiza meu primo.
— Não acho, eu tenho certeza. — Antes que possa piscar Alek tem meu primo preso contra a
parede, uma mão na garganta dele. Os músculos de Alek estão tensos enquanto meu primo está
ficando vermelho. — Nunca mais fale com a Lara, muito menos olhe para ela. — Nesse momento
um dos homens que trabalham para o Alek se aproxima. — Leve esse merda para a sala de
interrogatório, eu quero fazer essa merda pessoalmente.
O homem segue a ordem de Alek e desaparece carregando meu primo. Sigo ele com o olhar
até que encontro meu avô perto do elevador, o olhar decepcionado no rosto dele me diz o quanto a
traição do meu primo o feriu.
— Vai lá com seu avô, depois a gente conversa. — Alek manda em um tom de voz seco.
É nesse momento que percebo que o nosso tempo junto chegou ao fim.
Vou até o meu vô, passando meus braços pelo seu ombro na tentativa de dar apoio para ele.
E de vez enquanto tenho lampejos do Alek, ele está ao lado de uma mulher que eu imediatamente
reconheço como sendo a Fernanda, ela é muito bonita e sempre faz de tudo para nos atrapalhar.
Talvez ela seja o motivo dele não assumir compromissos.
Mesmo sabendo das regras eu me envolvi com ele, tudo o que ele me prometeu foi foda sem
compromisso, e eu aceitei. Achando que ficaria bem com nosso acordo, e agora estou agindo como
uma mulher rejeitada e patética. Me apaixonar não faz parte do nosso acordo e por isso hoje vou
dar um basta na nossa situação, deixá-lo livre, e tomar meu tempo para cuidar das minhas feridas.
Talvez eu vá para a casa do meu pai, eu não vejo ele há um tempo e estou com saudades.
Capítulo 4
ALEK

L ara estava agindo de forma estranha hoje, não sei


qual é a dela, mas tenho um sentimento de que
vem merda por aí.
— Então aquela é a garota que você fodeu pra conseguir as pistas? — Pergunta um dos homens da
minha equipe.
— Tudo pelo trabalho. — Falo e sinto minha garganta se contrair não sei que merda é essa.
— Acho que não foi só pelo trabalho, se apegou a garota? — Provoca.
— Eu não me apego, sou o tipo que fode duro e outra, o único motivo pra eu ter fodido ela
mais de uma vez foi por causa desse caso. — Minto.
— Eu queria estar no seu lugar. — O filho da puta bate no meu ombro. — Por falar nisso,
você está indo embora? Vai abandonar o trabalho?
— Isso já estava decidido, eu estou voltando para casa e para o meu clube, minha família
precisa de mim. — Conto. — Meu irmão me ligou e disse que estão tendo problemas
—E que tipo de problemas?
— Assunto do clube, não vou falar disso com você. — Corto, ninguém de fora do clube
pode saber do que acontece lá.
— Sabe que eu posso te rastrear e colocar grampo no seu telefone. — Ameaça.
— E você sabe que não sou idiota, eu não uso meu telefone do trabalho para tratar de
assuntos particulares. — Respondo. — Seria engraçado você tentar e seria mais engraçado ainda
ajudar meu irmão moer você. — Me afasto dele e vou em direção a minha sala, quer dizer ex sala.
Olhando tudo isso aqui, penso no que minha vida poderia ter sido se minha mãe não fosse
uma vaca que me fez escolher os piores caminhos. Sofrer abusos quando criança mexe com a
cabeça de uma pessoa. Eu era apenas um maldito menino quando o marido dela começou a abusar
de mim e minha mãe não fez nada. Os abusos só pararam quando me tornei forte o bastante para
matar seu companheiro.
Se não fosse por isso eu teria focado na faculdade e não seguido meu irmão para a vida no
clube. Agradeço ao Bradox, se não fosse por ele eu estaria perdido, quem sabe até na cadeia
apodrecendo como um marginal qualquer. Ele me obrigou a concluir a escola e ir para a faculdade,
e quando a chance de ajudar o clube apareceu a agarrei com unhas e dentes.
Arrumo minhas coisas que estão pela sala e vou para a porta, lá tenho um vislumbre da Lara.
Ela está sentada olhando para o computador como se tivesse algo muito interessante que ela não
pode desviar o olhar.
Bato na porta dela, na tentativa de chamar a sua atenção. Ela olha para mim e me dá um
sorriso que não alcança seus olhos. Que merda aconteceu?
— Você está bem? — Pergunto preocupado.
— Estou bem, apenas digerindo tudo o que aconteceu. — Responde. — Eu tive muitas
descobertas em um único dia.
— Eu sei que deve ser difícil ver um membro da família sendo preso, mesmo ele não
valendo nada. — Digo.
— É, isso é uma grande merda.
— Ainda vamos nos ver em meu apartamento hoje? — Peço, essa atitude dela está me
deixando muito inseguro.

— Claro. — Diz, mas eu tenho a impressão de que algo mais está por vir. — A gente se vê
lá. Agora eu preciso trabalhar, colocar as coisas que meu primo estragou em ordem. — Ela me
dispensa com essa frase e eu aceno com a cabeça e saio de lá.

***
LARA
Não posso acreditar em tudo que ouvi Alek dizer. Tudo bem, ele não falou exatamente na
minha cara e sim para o amigo dele. Ouvir ele admitir que me usou o tempo todo foi como tomar
um soco no estômago.
Eu já sabia que o que tínhamos não duraria, mas ouvir suas palavras fez com que me sentisse
suja. Agora estou determinada a me reerguer e dar a volta por cima, Alek pode não gostar de mim,
mas eu sei que ele gostaria de estar perto do…
Lamento não falar agora, mas tudo tem seu tempo e esse não é o tempo certo para as
descobertas que estão por vir.
Passo um pouco mais de tempo na empresa, penso em tudo o que vou fazer e finalmente com
a minha cabeça no lugar vou para a minha casa. Durante o caminho evito pensar nos
acontecimentos de hoje, quero esquecer tudo isso, até mesmo já conversei com o meu avô e vou
fazer uma viagem de alguns dias.
E quando voltar vou ficar com meu pai por um tempo, meu avô gosta dele e nunca julgou
minha mãe por ter engravidado de um motociclista, se ele fez uma coisa foi dar apoio e mandar
minha mãe contar a ele. Meu avô sabia que meu pai tem caráter e que ele iria me assumir, e foi
exatamente o que ele fez.
Estaciono meu carro na garagem subterrânea e espero o elevador chegar. Ele não demora
muito e vem vazio, no momento em que entro dentro do elevador um homem aparece, e eu o
reconheço imediatamente. Ele é o mafioso que está atrás da minha prima e está me encarando de
uma forma que me deixa tensa.
— Senhorita Lara. — Fala e eu reconheço o sotaque russo.
— Senhor? — Peço querendo saber seu nome.
— Eu me chamo Dimitri. — Estende a mão em minha direção.
Estou tão cansada de jogos e de fingir que tudo está bem, que decido ser direta com ele.
— Não sei se posso dizer que é um prazer em conhecê-lo, levando em conta o acordo que
você fez com meu primo idiota. — Falo.
— Sua prima é tão fogosa como você? — Pede, com um sorriso no rosto.
Dimitri não parece que precisa de uma resposta, é como se ele já soubesse a resposta e está
apenas gostando de jogar comigo.
— Não. — Falo e vejo um sorriso se formar em seu lábio. — Ela é muito pior que eu. — O
sorriso que estava lá desaparece do rosto dele.
— Acho que vou ter que domá-la. Mas ela tem sorte, eu gosto e muito de cavalos,
principalmente os selvagens. — Fala.
— No seu lugar eu não estaria tão presunçoso, ela não vai ceder fácil. — Digo e pra minha
sorte o elevador chega no meu andar, pro meu azar ele desce também. — Onde você vai?
— Seu avô me disse que sua prima estava aqui, ela está te esperando com as suas coisas
prontas para a tão misteriosa viagem para casa do seu pai. — Diz.
— E o que você quer com ela?
— Eu a quero, existe uma dívida e ela é o pagamento que eu quero. — Responde
simplesmente. — Você pode esclarecer suas merdas com o Alek agora ou você pode ser a maior
empata foda de todos os tempos.
— Posso ser uma mulher pequena, mas machuque minha prima e eu vou arrancar suas bolas
e fazer você comer elas. — Ameaço.
— Se eu a magoar vou deixar que você faça o que quiser. — Diz me pegando de surpresa.
— Como assim? Acho que estou falando com outra pessoa, que não é um mafioso que vai
pegar minha prima. — Respondo.
— Eu conheci sua prima há alguns anos, ela me ajudou em um momento difícil e eu agi
errado, mesmo depois do que eu fiz ela não disse uma palavra sobre mim.
— E você vai retribuir ela dessa maneira? Levando-a para longe de todos que ela ama?
Dimitri não parece muito feliz com o que eu digo.
— Estou protegendo ela porra! Fique fora disso e mantenha sua boca fechada, caso contrário
vai ficar difícil falar em baixo da terra. — Impressionante, em um minuto ele era um cara fofo e
que estava protegendo minha prima e em outro ele ameaça.
— Para quem está querendo proteger minha prima você é um cara bem volúvel, não?
Mais uma vez ele me ignora e continua com as ameaças.
— Eu estou protegendo sua prima e vou continuar fazendo, nem que pra isso você tenha que
desaparecer.
— Se você quer realmente proteger a minha prima eu vou me manter longe, mas se algo
acontecer…
— Já sei, agora vá resolver suas coisas que eu vou resolver as minhas.
E assim ele foi para o meu apartamento enquanto eu vou para o do Alek, queria ter mais
tempo e adiar essa conversa que vamos ter. Mas depois de Dimitri, vou antecipar tudo. Não bato
na porta já que Alek está me esperando, ele disse que podia me sentir à vontade.
E qual é a minha surpresa ao entrar no apartamento dele e encontrar a Fernanda pelada no
meio da sala. No momento em que ela me vê faz um olhar chocado e se não conhecesse a peça,
teria caído na onda dela.
— Oh meu Deus Lara, na…não era nossa intenção que você descobrisse assim. — Mente,
posso ver nos olhos dela o brilho de maldade.
— Oh Fernanda querida, não acredito que você é idiota o suficiente para pensar que eu
cairia nesse seu truque ridículo. Sério isso? — Minha voz está cheia de desdém.
— Não estou te entendendo, sei que está em negação e Alek e eu estávamos discutindo agora
pouco sobre lhe contar. — Fala.
— Fernanda sabe a diferença entre você e eu? — Pergunto, rodeando-a. — É que eu já
provei do Alek e você tem que se rebaixar a isso para tentar conseguir um pouco da atenção dele.
— Você é só uma foda por obrigação. — Diz com um sorriso maldoso nos lábios.
— E você é aquela que ele não foderia nem com uma arma apontada na cabeça, a mulher que
deixa ele de pau mole só de pensar em você. — Vejo ela serrar os punhos e me olhar com raiva.
— Ele me contou tudo! Desde sua cena no escritório dele, até a conversa dele com seu amigo. Se
eu estivesse no seu lugar já teria desistido. Mas fazer o que? Você gosta de ser lixo.
— Sua… — Nesse momento Alek entra na sala e franze a testa ao ver ela totalmente nua em
sua sala, isso era o que eu precisava para saber que ele não me traiu.
Mas o que eu posso fazer? Em uma coisa ela tem razão eu fui a foda por obrigação, uma foda
que teve consequências, mas que ele não vai saber. Quando tomei a decisão de manter essa
informação dele, foi em um momento de raiva, mas eu sei bem como Alek funciona e se ele souber
o que estou escondendo seu senso de responsabilidade vai falar mais alto.
Existem coisas que não precisam ser ditas, Alek não me prometeu nada a não ser um sexo
quente e alucinante, eu não vou fazer com que fique preso e infeliz ao meu lado.
— Lara, não é isso que você está pensando. — Diz ele.
—Tão cliché você Alek, eu podia esperar tudo de você menos isso. — Falo e aponto pra
Fernanda, que está quieta, eu não cai no plano dela, mas isso não muda nada. — Na verdade você
não me deve satisfação. — Lembro.
— Não aconteceu nada! — Garante. — Por favor acredite em mim.
— Eu já estou farta disso Alek, essa vagabunda está sempre armando alguma e você ainda
assim cai nas armações dela. — Conto. — Me mantive quieta sempre porque você em todos os
momentos me lembrou do nosso acordo estúpido.
— Ela foi atacada, e…
— E então ela aparece nua na sua sala. — Completo — Claro que sim! Você é um idiota.
— Não fale assim, porra cresça. Ninguém brinca com uma coisa dessas, você tem que
acreditar em mim. — Fala furioso.
— Acredito em você, mas não posso ficar nesse nosso maldito acordo. Toda vez que ela
arma uma coisa assim você faz de conta que não vê, você me ataca pra defender ela.
— Por favor, não faça isso. — Implora, passando a mão na cabeça. — Nosso acordo sempre
voltando para me assombrar.
— Não posso mais, simplesmente não dá.
— Por favor fique aqui, empreste uma roupa sua para a Fernanda e então ela vai embora.
Assim a gente conversa, só nós dois. — Fala lembrando das roupas que eu deixei aqui há alguns
dias.
Marcho para o quarto e pego um vestido meu, durante todo momento eu sei exatamente o que
vou ter que fazer. Volto para a sala e atiro o vestido para vaca ambulante e ela rapidamente veste e
sai, sem falar nada, ela nunca diz nada quando o Alek está por perto.
Assim que ela sai, ele me puxa para o colo dele. e sussurra;
— Por favor, não me deixe — Pede, sussurrando contra o meu pescoço.
— Alek… — gemo. — Eu não…
— Eu preciso foder você. — Diz, sua voz carregada de necessidade, desejo.
Ele me levanta do colo dele, suas mãos deslizam pelo meu corpo me levando a loucura, em
seguida aperta meus seios, e quando me dou conta eu estou apoiada no braço do sofá com ele
metendo em mim por trás. Seus piercing deslizando sob meu clitóris, o metal gelado me deixa a
ponto de ter outro orgasmo.
O piercing dele desliza sobre as paredes da minha boceta e me deixa louca, quando ele sai
de dentro mim e desliza acidentalmente pelo meu clitóris eu solto um grito, uma mistura de desejo
e necessidade.
— Alek, eu vou gozar. — Aviso. — Mais forte e mais rápido.
— Não goze ainda, eu estou quase lá. — Diz, a voz rouca.
A minha boceta se contrai mais, na medida em que Alek aumenta o ritmo das estocadas.
— Goze agora. — Ordena.
Eu gozo e logo sinto os jatos de porra dele, ele me puxa para perto e eu acabo pegando no
sono. Acordo um pouco desorientada, sem lembrar direito onde estou até que a noite de ontem vem
com tudo e me levanto.
Claro que eu poderia ter lutado contra o Alek, mas ambos precisávamos dessa despedida.
Não quero deixa-lo sem um adeus, sem esse encerramento que tanto precisávamos. Pego uma
caneta e papel e escrevo um bilhete.
A cada palavra que escrevo é como se um pedaço do meu coração estivesse sendo
arrancado. Alek se tornou minha vida e eu não quero o obrigar a ficar com alguém que ele não
ama.
Eu não suportaria o desprezo dele.
Alek
Você disse desde o começo que o que tínhamos era apenas sexo, não sei onde exatamente
meus sentimentos começaram a mudar, mas, na verdade, eu me apaixonei por você. Sei que você
não está à procura de um amor e por isso decidi me afastar.
Espero que seja feliz e que um dia encontre alguém capaz de mudar sua opinião sobre o
amor.
Com Amor Lara.
Depois de escrever o bilhete, vou para meu apartamento e não vejo nada da minha prima ou
do Dimitri, mas para minha sorte ela deixou a minha mala pronta. Tomo um banho rapidamente,
preciso sair daqui antes que o Alek acorde e venha ver onde estou. Coloco um vestido simples e
sapatilhas, prendo meu cabelo em um coque e saio.
— Vai viajar senhorita Lara? — Pergunta meu porteiro.
— Vou, eu preciso passar um tempo fora e depois vou visitar meu pai. — Conto. — Será que
você poderia chamar um táxi pra mim?
— Seu dia de sorte, a moradora do 302 pediu um, mas está demorando, chamo outro para
ela.
Tiro uma nota de cem dólares e entrego para ele, entro no táxi e logo estou a caminho do
aeroporto. Vou aproveitar passar umas semanas em Londres e depois vou para a casa do meu pai,
fiquei sabendo que a Alexa está lá, e tenho certeza que vamos nos divertir muito.
Talvez eu fique por lá mesmo.
E com esse pensamento me distancio da minha casa, da minha família, do meu trabalho e do
homem a quem eu entreguei meu coração. Talvez um dia a gente se encontre, um dia quando ele
estiver pronto para amar ou que eu tenha aprendido a manter meus sentimentos para mim mesma.
Capítulo 5
ALEK

E ntro no meu apartamento e encontro minha amiga


Fernanda sentada no meu sofá. Dei a ela há
algum tempo, a chave do meu apartamento, pra
usar em caso de emergência. O problema de tudo isso? Eu esqueci que ela tinha essa chave e justo
hoje que a Lara está vindo, ela decide usar essa merda de chave.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunto.
— Preciso falar com você. — Ela se levanta.
— Olha Fernanda, eu não posso falar agora. — Vou direto ao ponto. — A Lara já está
chegando e ela não gosta de você. — Lembro.
— Eu sei, mas eu preciso da sua ajuda. — Diz. — Eu fui atacada, olhe meu estado. —
Aponta para as próprias roupas, que estão rasgadas.
Na verdade, ela está praticamente nua.
— Quem fez isso com você? E por que não se defendeu? — Pergunto, ela sabe se defender
— Eu... Eu... Fiquei nervosa, não consegui me defender. — Diz.
Porra, eu não sei o que fazer com isso tudo. A Fernanda é uma agente do FBI, é treinada para
se defender em qualquer situação, e logo quando ela precisa dessas qualidades, ela fica nervosa e
esquece como fazer isso?
— Calma, espera aqui que eu vou pegar um roupão pra você se cobrir. — Falo, e vou em
direção ao quarto.
Entro no banheiro e pego o meu roupão, não quero que Lara chegue e tire conclusões
precipitadas. Ela já não gosta da Fernanda, e se a pegar assim aqui no meu apartamento ela vai a
odiar ainda mais.
— Eu trouxe um roupão pra você. — Digo, sem olhar pra frente. E quando chego na sala
vejo Fernanda nua, e ao lado dela está Lara.
Lara me olha com olhar ferido, cheio de lágrimas. Eu também estaria assim se a situação
fosse ao contrário, mas eu não esperava que a Fernanda fosse ficar pelada na minha sala.
Porra.
— Lara, não é isso que você tá pensando. — Digo, indo em sua direção.
Ela se afasta de mim.
— Tão cliché você Alek, eu podia esperar tudo de você, menos isso. — Ela aponta pra
Fernanda, que está quieta. — Mas na verdade você não me deve satisfação. — Ela me lembra do
nosso acordo.
— Não aconteceu nada! Por favor acredite em mim.
— Já estou farta disso Alek, essa vagabunda tá sempre armando alguma e você ainda cai nas
armações dela. Me mantive quieta sempre porque você em todos os momentos me lembrou do
nosso acordo estúpido.
— Ela foi atacada, e…
— E então ela aparece nua na sua sala. — Completa. — Claro que sim, faz sentido, você é
um idiota!
— Não fale assim sobre mim. Porra, cresça. Ninguém brinca com uma coisa dessas, você
tem que acreditar em mim. — Digo furioso.
— Eu acredito em você, mas não posso mais ficar nesse maldito acordo nosso. Toda vez que
ela arma uma coisa assim você faz de conta que não vê e, me ataca pra defender ela. — Fala.
Eu não sei o que pensei quando disse pra Lara que só queria ter um acordo com ela, nunca
foi apenas isso. E eu não sei o que vou fazer se ela me deixar, Lara se tornou a minha vida nesse
tempo em que estivemos juntos, eu sei que fiz muita merda, mas não posso aceitar que ela me
deixe.
— Por favor, não faça isso. — Imploro, sabendo que ela vai me abandonar. — Esse acordo
sempre voltando para me assombrar.
— Eu não posso mais, simplesmente não dá.
— Por favor fique aqui, empreste uma roupa sua para a Fernanda, pra ela poder ir embora.
Assim a gente conversa, só nós dois. — Falo lembrando que ela deixou uma muda de roupa da
última vez que esteve aqui.
Ela vai até meu quarto e traz um vestido, jogando para a Fernanda, que está parecendo que
engoliu um inseto. Fernanda veste o vestido, e sai do meu apartamento sem dizer uma palavra, eu
ainda estou furioso por ela ter ficado pelada aqui, ainda mais furioso por ela ter ficado em silêncio
e não ter dito que tudo isso não passou de um engano.
Assim que Fernanda sai, eu me sento no sofá e puxo Lara para os meus braços. Ela fica tensa
e isso me incomoda, mais do que eu quero deixar transparecer.
— Por favor, não me deixe, — sussurro beijando seu pescoço e logo sinto ela se desfazer
em meus braços.
— Alek! — Geme. — Eu não…
Antes que ela diga qualquer coisa, eu a beijo, mergulhando a minha língua em sua boca e
sentindo o gosto de café, que ela deve ter acabado de beber. Ela tenta me afastar, mas seguro suas
mãos com uma das minhas, enquanto a outra, deslizo dentro de seu vestido. Afasto nossas bocas e
vou descendo, deixando chupões em seu pescoço, sinto ela se arrepiando.
— Eu preciso foder você. — Falo.
Levanto do meu colo, e arranco seu vestido o arremessando no outro lado da sala. Lara me
encara excitada, então começa a deslizar a mão por todo seu corpo, ela aperta seus seios com a
mão esquerda enquanto sua outra mão vai em direção a sua calcinha. Ela geme, enquanto se toca e
isso me leva a loucura, tiro meu pau pra fora da calça e começo a deslizar a minha mão para cima
e para baixo sobre meu comprimento, me masturbando.
— Eu quero você Alek, — fala. — Eu quero você me fazendo gozar.
Quando ela fala isso, eu me lanço sobre ela, rasgo sua calcinha e a jogo fazendo com que ela
vá parar em cima da TV. Em seguida a coloco de quatro sobre o sofá, com as mãos apoiadas no
encosto. Meto nela com tudo, enquanto eu arrombo a bucetinha apertada dela por trás, acaricio seu
clitóris. Meu piercing aumentando o prazer dela, eu retiro meu pau de dentro dela e deslizo sobre
seu clitóris, então novamente eu meto nela com força a fazendo gemer.
— Alek, eu vou gozar. — Anuncia. — Mais forte e mais rápido. — Pede.
— Não goze ainda, eu tô quase lá. — Aviso.
Eu meto nela, com mais força, até que eu sinto minhas bolas se apertarem, e quando vejo que
vou gozar digo:
— Goze, — ordeno.
Sinto seu interior se apertar em volta do meu pau e logo estamos gozando juntos, em seguida
caímos exaustos em cima do sofá. Lara logo pega no sono, cansada do orgasmo que teve. Puxo ela
pra perto de mim e a observo dormir por um tempo, até que eu caio no sono. Acordo mais tarde
sentindo a ausência do seu corpo quente junto ao meu.
Me levanto e começo a procurar por ela no meu apartamento, minha garota merece uma surra
por ter me deixado sozinho. Enquanto a procuro, coloco a minha calça e vou em direção ao meu
quarto, em seguida banheiro. O medo começa a tomar conta de mim conforme não a encontro.
Na cozinha encontro um bilhete em cima do balcão e conforme leio suas palavras o meu
mundo se desfaz. Saber que a única mulher que já amei em toda a minha vida me abandonou, me
leva direto para um lugar obscuro dentro de mim.
Alek
Você disse desde o começo que o que tínhamos era apenas sexo, não sei onde exatamente
meus sentimentos começaram a mudar, mas, na verdade, eu me apaixonei por você. Sei que você
não está à procura de um amor e por isso decidi me afastar.
Espero que seja feliz e que um dia encontre alguém capaz de mudar sua opinião sobre o
amor.
Com Aamor Lara.
Se a intenção dela era me magoar e acabar com a porra do meu mundo ela conseguiu. A
primeira e única mulher a quem eu amo, me deixou porque eu fui a porra de um covarde para
assumir os meus sentimentos.
Capítulo 6
LARA

E nquanto esperava o voo para Londres verifiquei


todas as mensagens do meu celular e em
momento algum Alek tentou entrar em contato
comigo. Não esperava que ele se importasse com a minha ida, mas poxa nem mesmo uma ligação.
Tentei me enganar e pensar que talvez… Só talvez ele ainda não tenha acordado e percebido
que eu não estava lá. Mas quando finalmente embarquei e desliguei meu celular, percebi que não
teria volta.
O voo foi tranquilo e eu dormi um pouco o que foi um bônus. Depois de horas vendo filmes
ruins e ouvindo música, eu finalmente desembarquei em Londres. Minha família tem uma casa lá, e
eu vou aproveitar pra me recompor e ficar bem comigo mesma.
— Senhorita. — O taxista me cumprimenta enquanto carrega as minhas malas.
— Obrigada. — Agradeço quando ele abre a porta do carro pra eu entrar.
— Para aonde vamos? — Pergunta.
Passo o endereço da casa da minha família e ele arranca com o carro em direção. Durante o
caminho vou vendo as ruas e as pessoas, isso me ajuda a levar meu pensamento para longe do
Alek.
— Chegamos. — Avisa, espero ele retirar minhas malas do porta-malas, entrego o dinheiro
e entro em casa.
Adoro essa casa! Me lembro de ter passado parte da minha infância aqui, um tempo em que
meu primo era um bom garoto e não esse filho da puta calculista.
Durante essas duas semanas eu quero relaxar e ir a algumas conferências que estão tendo na
cidade. Mas antes disso vou subir pro meu quarto e tomar um bom banho de banheira. Ligo a água
e enquanto a banheira enche tiro minha roupa, minha maquiagem e joias. Jogo sais na água, ligo
uma música e entro na banheira.
Melhor banho de banheira de todos os tempos.
Como tudo que é bom dura pouco, meu telefone começa a tocar, tento ignorar, mas seja quem
for quer muito falar comigo. Então atendo a ligação. Não se iluda pensar que eu sai da banheira,
isso definitivamente não vai acontecer. Já que nenhum homem vai me fazer esquecer Alek
temporariamente pelo menos a banheira vai.
— Alô. — Falo e nem se quer olho no identificador de chamadas, sei que Alek não vai me
ligar.
— Lara, eu preciso da sua ajuda. — É a voz da minha prima Allyssa.
— O que foi? Você está bem? — Pergunto.
— As coisas estão complicadas. — Pela voz dela, percebo que está chorando. — Estou em
um avião com esse cara e não faço ideia de para onde ele está me levando.
— Olha eu falei com esse cara antes e ele me disse que está fazendo tudo isso pra te
proteger. — Digo para tentar acalmá-la. — Não sei o que está acontecendo, mas esse homem quer
te manter segura. Porém, se ele te machucar você me liga que eu vou correndo te salvar.
— Eu estou com medo Lara. — Fala. — Ele me traz lembranças que eu não quero reviver.
Será que isso tem algo relacionado com o meu sobrinho que morreu?
— Eu sei, mas tenta confiar no Dimitri. — Peço. — Ele me pareceu muito protetor com
você. — A linha fica muda. — Allyssa? Você está aí? — Chamo e nada dela responder, a ligação
deve ter caído.
Não pense que eu sou uma puta por deixar a minha prima nessa furada. Apenas acho que
Dimitri gosta dela e que essa história tem tudo pra acabar bem.
***
Dias depois
Esses dias aqui me fizeram muito bem, eu conheci empresários que podem ajudar e muito no
crescimento da empresa. Também aproveitei pra relaxar, por sorte, em momento algum pensei no
Alek.
Tá bom!
Eu admito, última parte é mentira. O desgraçado não saiu da minha cabeça, mas assim como
ele não tentou entrar em contato comigo eu também não vou tentar falar com ele. Se Alek tivesse
me procurado, talvez eu tivesse contado a ele sobre a minha gravidez, mas ele não se importa
comigo e eu não quero prender ele a mim por causa de uma criança.
Hoje estou voltando para casa, quer dizer para os Estados Unidos. Mas não vou pra minha
casa, vou visitar meu pai. Sinto falta dele, mesmo ele sendo meio bronco e superprotetor, sua
presença me faz falta.
Vou descer no aeroporto internacional de Vegas e de lá pego uma conexão para a cidade do
meu pai.
— Última chamada para embarque do voo 215 para Las Vegas. — Os alto-falantes do
aeroporto anunciam.
Eu já fiz tudo o que tinha que fazer inclusive despachar minhas malas. Agora o que me resta
é embarcar e esperar para ver meu pai. Parece que quando estamos ansiosos para chegar logo o
tempo demora o dobro pra passar. Não sei porquê, mas eu estou com pressentimento estranho, se é
bom ou ruim ainda não decidi.
Ando muito cansada nesses dias, no entanto, para minha sorte não estou tendo doença da
manhã. Admito que não sei vomitar, nunca levei numa boa quando tive que vomitar quando estava
doente.
Finalmente o avião pousa em Vegas, e eu corro para pegar minhas malas e embarcar logo no
próximo voo. Cerca de algumas horas depois finalmente chego e a primeira pessoa que vejo é
Alexa, minha amiga maluquinha.
Mas quem eu abraço primeiro é o meu pai.
O grande e mal senhor Mick. Quando as pessoas descobrem que eu sou filha de um
motociclista, pensam que eu moro com meus avós porque ele é abusivo, mas meu pai é a melhor
pessoa do mundo.
— Ei baixinha, eu estava com saudades de você. — Fala.
— Eu também estava com saudades. — Me afasto dele e vou para Alexa.
Enquanto a gente conversa não deixo de perceber que tem um cara nos observando. Posso
dizer que Tayler não foi muito com a minha cara, e o fato de eu ter pego o lugar dele ao lado da
minha amiga, influência e muito na sua opinião.
Alexa e eu passamos o caminho todo conversando e colocando nosso papo em dia. Quando
finalmente o carro para em frente a uma mansão enorme, tenho que admitir que estou mais do que
curiosa para saber de quem é. Felizmente Alexa responde a minha pergunta não formulada.
— Essa aqui é a casa do Tayler. — Diz, dando de ombros. — Surpreendente, eu sei.
Alexa me guia para dentro e vamos direto para a cozinha, quando tomo o maior susto da
minha vida. Parado bem na minha frente está nada mais nada menos do que o Alek. Acabei de
descobrir o que meu pressentimento significava.
Nos poucos segundos que ficamos na cozinha, Alek e eu temos um tipo de conversa estranha,
e então ele me pega pelo braço e me leva para a sala.
— Que porra você faz aqui? — Pergunta.
— Vim visitar meu pai. — Respondo, me fazendo de difícil. — Agora tenho que admitir, que
mundo pequeno esse.
— Não tenho tanta certeza do quão pequeno o mundo é, sentiu falta do meu pau? — Ri.
— Não senti a sua falta. — Minto. — E com toda certeza do mundo, não te procurei.
— Não minta para mim. — Ele põe as mãos no meu pescoço e aperta um pouco. — Sempre
que você mente pra mim esse músculo do seu pescoço se contrai.
— Deixe de ser um imbecil, estúpido. Eu não perderia meu tempo te procurando, caso não
se lembre fui eu quem te deixou, e nesse momento eu vejo que fiz a coisa certa. — Me livro do
aperto dele, e me aproximo de seu rosto. — Eu te odeio, nunca mais chegue perto de mim! — Me
afasto dele, depois dessa discussão ridícula, e subo pro quarto que vai ser meu temporariamente e
me jogo na cama.
Me nego a chorar por ele, posso ter ficado mexida com a presença dele e tudo mais, mas
nesse momento eu quero que ele morra sem saber que estou grávida. E foi assim que passei o resto
do tempo na casa do Tayler, evitando Alek ou agindo como se nada tivesse acontecido entre nós, e
ele não existisse.
Mas como diz meu pai, a merda bateu no ventilador e alguém invadiu a casa. Foi quando o
Alek meio que surtou e me trancou no escritório, até mesmo a Alexa saiu para o ajudar. E como
não sei atirar, então tudo o que me restou foi rezar para que o homem que eu amo fique bem e saia
com vida dessa situação.
Quando os tiros pararam, Alek veio e me tirou da biblioteca e não pude o agradecer por
nada já que meu pai me levou para a sede do clube imediatamente. O clube estava em bloqueio,
ninguém entrava sem ser conhecido e ainda assim era capaz de não entrar.
Estou sentada no bar do clube fingindo beber quando a Alexa chega e começamos a
conversar, acho que ela caiu no meu falso momento bêbado e começa a rir e a beber. Nós nos
divertimos muito, até que o Tayler vem e a leva para longe.
Me viro para acompanhar a cena engraçada dos dois e vejo Alek com uma das prostitutas do
clube. Ele não é meu, penso. Viro as costas para ele e vou para o quarto que meu pai disse ser
meu. Mas quem diz que Alek é esperto o suficiente para se tocar que, eu não quero falar com ele?
Ninguém, o estúpido me segue e puxa meu braço.
— Aonde você pensa que está indo?
— Eu estou indo para o meu quarto e você deveria estar lá em baixo. — Respondo. — Não
vá deixar aquela puta sem receber seu pau. — Provoco.
— Está com ciúmes? — Ele está com um sorriso irônico no rosto.
— Ciúmes de você? Nunca!
— Então não vai se importar se eu foder aquela mulher?
— Por mim você pode enfiar seu pau onde quiser. -—Ele se vira e vai saindo quando eu
volto a falar. — Assim como eu posso foder quem quiser, você viu aquele cara que está na
enfermaria, acho que se chama Nick. — Ele volta e me prende contra a parede.
— Não se atreva a fazer nada com nenhum outro cara. — Ameaça.
— Não me diga o que fazer. — Não vou bancar a menina mimada então em vez de fazer um
escândalo e pedir pra ele me soltar eu chuto o saco dele e enquanto ele profere vários palavrões
eu me tranco em meu quarto.
Me jogo na cama e choro até dormir. Preciso apagar o Alek da minha vida, nesse tempo que
passei ao lado de Tayler e Alexa vi como eles se amam e por mais que seja um amor maluco, está
evidente o quanto um se importa com o outro.
É isso que eu quero pra mim, um amor de verdade. Pode até ser difícil agora que eu estou
grávida, mas eu vou encontrar um homem para mim, e Alek nunca vai saber que eu estou grávida.
Nas semanas seguintes tudo foi um borrão. Alek tentava falar comigo e eu sempre o evitava
até que ele passou a ter ligações estranhas e nela sempre falava de um contrato. Eu ouvia sem
querer já que ele sempre falou perto de mim. Se for sincera, acho que ele queria que eu
perguntasse do que ele estava falando, porém eu não fiz.
Logo o casamento do Tayler e da Alexa chegou. Eles estavam felizes e Tayler organizou tudo
sozinho, o coitado até me ligou e pediu para que eu organizasse a ida dos membros do clube para a
festa. Festa essa que eu podia jurar que seria um caos, mas foi uma das coisas mais maravilhosas
que eu vi.
Capítulo 7
LARA

S
coração eu diria que você perdeu sua mente.
e há alguns dias você me dissesse que eu estaria
sendo madrinha de casamento da minha melhor
amiga junto com o irmão do homem que roubou meu

Mas a vida prega peças na gente, e por mais incrível que pareça, estou em pé no altar ao
lado do Alek, em uma das cerimônias mais lindas e perfeitas que eu já vi. Tayler fez tudo que pode
para conseguir realizar o casamento dos sonhos para a Alexa, que estava achando que iria se casar
em uma capela com Élvis.
Mas ao contrário do que se esperava, Tayler fez uma cerimônia enorme em um jardim, com
fileiras de cadeiras brancas distribuídas perfeitamente pelo jardim, o caminho até o altar está
repleto de flores.
O vestido de Alexa é um espetáculo à parte, minha amiga está com uma maquiagem escura
realçando os olhos e um batom claro. Suas bochechas estão coradas e ela tem o maior sorriso que
uma pessoa pode ter. A maior parte das mulheres sonha em se casar em um longo vestido branco,
mas ao contrário de todas essas mulheres, Alexa foi firme em sua decisão de se casar com um
lindo vestido curto, branco com renda.
Eu sinceramente não sei como ela conseguiu andar com salto agulha nessa grama, não
quando eu mesma quase cai. Mas quando olho para o altar e vejo a forma como o Tayler a
observa, sei que nada impediria a minha amiga de chegar até ele.
Estou distraída observando o casal de noivos, quando sinto Alek me encarando, ele está do
outro lado do altar, ao lado de um cara muito bonito, se não me engano seu nome é Nick e ele é um
grande amigo da Alexa.
Depois da cerimônia Tayler e Alexa fazem todas as coisas típicas de noivos como a
primeira dança, cortar o bolo, as fotos, e em tempo recorde, em seguida Alexa reúne todas as
mulheres para atirar o buquê. As convidadas se amontoam, prontas para brigar pelo grande
prêmio. Enquanto isso eu apenas observo sentada no meu lugar designado, não tem motivos para
que eu me levante, não quando não pretendo me casar por um bom tempo.
— E 1…2…3…— Alexa joga o buquê e meus olhos se arregalam no momento em que ele
cai bem no meu colo.
— Quem será que vai ser o homem de sorte? — Pergunta Nick.
— Você com certeza que não. — Corto o papo furado e vejo um sorriso aparecer em seu
rosto.
Idiota, penso.
Ergo meu olhar e vejo Alek, ele está em uma conversa animada com uma garota ruiva e eu
imediatamente a odeio. Mas como uma boa garota, vou me fazer de idiota e me divertir com o
primeiro imbecil que aparecer.
Imbecil esse que no caso é o Nick.
— Que tal a gente ir dançar — Convido.
— Há alguns minutos você estava me dispensando e agora está me convidando pra dançar
— Confuso ele olha na mesma direção que eu estava olhando e vê Alek e a ruiva. — Entendi,
parece que as mulheres do clube só sabem me usar. — Diz, mas ele não está ofendido muito pelo
contrário ele tem um sorriso enorme no rosto. — Vamos dançar.
Ele se levanta e pega minha mão, quando vamos para a pista de dança a música muda e uma
lenta começa a tocar. Nick me puxa contra ele e dançamos colados. Eu podia sentir o olhar do
Alek em nós, e antes de acabar a música ele se aproxima e pergunta:
— Posso interromper essa dança?
— Não. — Digo, ao mesmo tempo em que Nick diz; — Sim.
Alek abre um sorriso presunçoso e toma o lugar de Nick na dança.
— Então está confraternizando com membros do clube? Achei que éramos babacas e que
você nunca ficaria com um de nós. — Acusa.
— Quando eu disse isso, me referi exclusivamente a você. Toda chance de você ficar
comigo novamente foi pelo ralo no momento em que te encontrei se esfregando em uma puta na
festa do clube. — Acuso.
— Eu já disse que eu não estava me esfregando em ninguém! — Ele rosna. — Ela entrou no
meu quarto tentando me seduzir.
— Isso explica por que você estava pelado. — Zombo.
— Eu estava no banho e quando sai ela estava lá, se eu quisesse tanto foder ela eu teria
feito, e não expulsado ela do meu quarto e corrido atrás de você. Tem sido meses desde que eu
tive alguém na minha cama, a última pessoa foi você. — Fala.
— Eu acredito em você, mas isso não significa que vamos voltar. A última vez que
discutimos isso, você deixou bem claro que não fica sério com ninguém. E eu estou procurando um
amor, não mais uma aventura. — Digo sendo sincera.
Quando Alek diz que não ficou com ninguém eu acredito nele, é um idiota, mas não um
mentiroso compulsivo. Embora seu antigo emprego mostre que ele sabe mentir muito bem, afinal,
ser um agente é algo que exige essas coisas.
— E o que eu posso fazer para provar que eu sou esse amor? — Diz e me aperta contra ele.
— Eu gosto de você! Chega de jogar as merdas que eu disse há muito tempo na minha cara, eu não
te conhecia bem e quando fiz…
Ele fica em silêncio e esse silêncio diz mais do que suas palavras.
— Viu só o que estou dizendo? — Peço. — Você não pode nem ao menos dizer que me ama.
Alek eu amo você, mas estar perto de você me faz mal, eu não posso ficar esperando que um dia
você consiga dizer essas palavras. — Me afasto dele e o deixo parado no meio da pista de dança.
Eu preciso sair dessa festa o mais rápido possível. Graças a Deus Tayler é um idiota que
pensa em tudo e contratou um serviço de transporte para todos os convidados. Mal saio da festa e
um dos motoristas já se aproxima e eu entro no SUV prata, e peço para que o motorista me leve
para o hotel.
No momento em que chego lá, em vez de ir para o meu quarto vou em direção ao bar.
— Eu preciso da bebida mais forte que você tem aí. — Digo para uma garota morena
baixinha, que está atendendo no bar do hotel.
— Problemas com homem? — Pergunta.
— Sim.
— Pode deixar, vou trazer a bebida mais forte que eu tenho. — Ela se afasta por alguns
minutos do bar e quando volta traz um copo com um líquido branco.
Eu bebo e me surpreendo em sentir um gosto bom, seguido de uma queimação na minha
garganta. Peço outro e mais outro e em alguns minutos não me sinto mais tão quebrada quanto eu
estava. Essa luta do Alek em dizer que me ama é o que mais me machuca. Ele poderia ao menos
ser sincero comigo, se abrir.
Mas agora já chega, eu não posso mais fazer isso com ele.
Sinto um corpo quente contra as minhas costas, e o perfume dele toma conta de mim, eu
reconheceria esse cheiro e esse corpo a milhas de distância.
— Então você ainda foge? — Alek fala no meu ouvido.
— O que diabos está fazendo aqui? — Pergunto, mas minha voz sai enrolada.
— Eu vim trazer isso aqui para você. — Me mostra uns papéis.
— O que é isso? — Pergunto olhando para o maço de papéis na minha frente.
— Isso é a garantia de que você vai ser feliz! — Diz com sorriso no rosto.
— O que diabos é isso? — Peço, sem conseguir ler o que está escrito.
— Brincadeira. — Fala erguendo as mãos. — É um presente comunitário. Tayler me deixou
encarregado de colher as assinaturas para enviar o documento de doação para a instituição de
caridade. Como ele e Alexa não precisam dos presentes esse foi o pedido deles. — Explica.
— Eu já doei o dinheiro. — Aviso.
— Eu sei, mas a instituição pediu para que todos assinassem, e esse aqui é o seu.
Eu pego o documento e assino sem ler. Pela cara da Alek uma pequena dúvida toma conta de
mim, talvez eu devesse ter lido os papéis, minha mente bêbada protesta “Claro como se você
conseguisse ler qualquer coisa assim.”
Eu pago a conta e vou em direção ao elevador, Alek me segue e a tensão toma conta do meu
corpo. Ele sabe que eu tenho medo de elevadores, afinal ele foi a única pessoa a me ajudar com
esse medo durante um ataque de pânico na empresa do meu avô.
— Você está bem? — Pergunta e coloca as mãos no meu ombro.
— Estou sim. — Falo, e o elevador finalmente chega em meu andar, que por acaso também é
o andar do Alek.
— Venha, não vou deixar você bêbada e sozinha. — Diz.
— Eu estou bem. — Digo de forma enrolada, mas fico tonta e quase caio.
— Não sei porquê, mas não acredito em você. — Fala e me arrasta para o quarto em frente
ao meu.
— Eu não vou transar com você.
— Ainda bem que eu gosto de te foder quando você está acordada e pode gritar meu nome e
me dizer como quer que eu foda essa sua buceta gostosa. — Diz.
— Você é um babaca! — Afirmo.
— Eu sou um maldito deus. — Ri.
O quarto para o qual ele me leva é muito parecido com o meu, a exceção é a bagunça do
Alek, o que me faz lembrar da primeira vez que eu passei a noite com ele. Nós dormimos
tranquilamente, até que no meio da noite ele acordou gritando desesperado, quando ele me viu ao
lado dele, se levantou e me deixou sozinha.
Eu me senti tão magoada com ele, então me levantei, peguei as minhas coisas e sai da casa
dele. Depois disso o nosso relacionamento se baseou em sexo, a gente se encontrava transava e
então cada um ia para o seu canto. Se ele estivesse na minha casa, eu pediria pra que ele fosse
embora, e eu faria o mesmo na casa dele.
O pior é que mesmo com tudo isso fui idiota o suficiente para me apaixonar por ele e pela
merda que estava acontecendo em sua vida. Eu estava apaixonada e ele simplesmente gostava de
mim.
— Só se for o deus da idiotice. — Digo.
— Acho que tenho que te lembrar no que sou bom, mas aí levaríamos muito tempo. —
Provoca. — Vamos deixar para outro dia.
— Não vai haver outro dia. — Respondo, sem me importar em discutir os motivos de nunca
mais ficarmos juntos.
Ele me leva para o banheiro de mau humor.
— Eu posso garantir que vai. — Diz e sai, me deixando sozinha no banheiro.
— O que você quer dizer com isso? — Pergunto, parando na frente da porta e o encarando.
— Amanhã você vai saber. — Ele tira a roupa e entra embaixo das cobertas.
Irritada com toda essa merda e sem acreditar que ele está tentando me manipular dessa
forma.
— Eu vou para o meu quarto. — Falo, saindo do banheiro e começando a andar em direção
a porta.
— Não vai não, e é bom você se acostumar a dormir comigo. — Ele se levanta e se coloca
na minha frente.
Eu o encaro com raiva não apenas de suas palavras, mas também do modo como ele tem
agido.
— Alek eu achei que tivesse deixado claro que não quero mais estar perto de você. — Digo.
— Você não tem mais escolha. — Responde. — Agora você pode deitar aqui e dormir ou
simplesmente ficar aí em pé, mas você não vai sair daqui! — Ele tranca a porta, guarda a chave
com ele, volta pra cama, se vira e fecha os olhos.
Não acredito que ele me trancou aqui.
Com raiva volto para o banheiro e bato a porta atrás de mim, fico um tempo trancada,
sozinha, pensando no comportamento ridículo do Alek. Quando finalmente me recomponho, saio
do banheiro, e vou para o sofá e me deito. A última coisa que preciso é me reaproximar do Alek,
eu já fui muito magoada e não vou sair ferida novamente.
Pego no sono em poucos minutos, durante a madrugada eu sinto braços fortes me levantando
e me levando para a cama. Começo a me mexer, mas a voz do Alek me acalma.
— Chiii.... Eu vou cuidar de você. — Ele sussurra. — Você vai me odiar por um tempo, mas
vai passar.
Estou com tanto sono que nem presto atenção no que ele diz, ou o que suas palavras
significam não só pra mim como para o nosso futuro.
***
Alek
Mesmo contra minha vontade segui com o plano maluco da Alexa. A cadela do meu irmão
tem uma mente do mal e bolou esse plano maluco. Alexa criou um contrato que vai manter a Lara
comigo. Quando eu recebi esse contrato, pensei que ela estava maluca.
Nunca pensei que usaria esse contrato, na verdade pensei em mantê-la comigo de outra
forma, qualquer forma que não envolvesse esse contrato. Mas depois de ontem, me desesperei e
entrei em pânico, então coloquei o contrato na mesa.
Eu sei que a Lara pensa que não me importo com ela, sei que ela pensa que tenho
sentimentos por outra pessoa. Mas a verdade é que eu não sou feito pra esse tipo de coisa, eu não
sei como é amar outra pessoa. Algumas pessoas não são feitas pra ter esse tipo de sentimentos.
Aprendi desde cedo que o amor enfraquece o homem.
O homem que me criou disse isso incansáveis vezes, esse ensinamento geralmente era
acompanhado de uma surra ou de…
Chacoalho a cabeça, tentando me livrar das memórias que esses pensamentos me trazem.
Não importa quanto tempo passe, eu sempre fico mal quando essas lembranças vêm, e isso me
altera durante dias.
Observar Lara dormir ao meu lado, é como se tudo voltasse ao seu devido lugar. Por mais
que eu não a ame, me parece certo tê-la em meus braços, na minha cama e na minha vida. Sei que
vou ter que mentir pra ela quando amanhecer, por isso deixo ela apenas com uma camiseta minha.
Em seguida me levanto e tiro minha roupa, e volto a me deitar ao seu lado e o simples fato dela
estar aqui, já é o suficiente pro meu pau levantar pra vida.
E por mais que dormir de pau duro seja difícil, durmo muito bem.
***
Lara
Acordo com uma dor de cabeça dos infernos, a última coisa que me lembro foi de ir para o
bar do hotel e beber como se a minha vida dependesse disso, tirando essa parte, tudo é um grande
borrão.
Me mexo na cama e sinto um corpo quente e nu, se apertar contra as minhas costas. Se isso
não bastasse, a ereção enorme pressionada contra a minha bunda teria tornado as coisas bem
claras. Talvez a minha noite não tenha sido tão ruim, sexo com um estranho pode ter sido tudo que
eu precisava para tirar o Alek da minha cabeça.
Talvez da cabeça sim, mas quando o assunto é o coração, duvido que ele vá sair de lá algum
dia.
Me afasto do aperto do estranho, que está com a coberta cobrindo a cabeça dele, e começo a
olhar em volta, por mais que o quarto se pareça com o meu, as coisas estão diferentes, não sou
bagunceira a esse ponto.
Parece que eu não levei ninguém para o meu quarto e sim fui para o quarto dele.
Enquanto olho em volta, noto uma jaqueta com o símbolo do Realeza MC em uma cadeira no
canto. É quando eu volto para a cama e puxo a coberta da cabeça do desconhecido, apenas para o
meu coração pular uma batida.
Eu não fui pra cama com qualquer homem, não! Eu simplesmente fui pra cama com o homem
que acha que o meu coração é uma pista de sapateado, de tanto que ele tem pisado nele. Alek está
dormindo na cama, nu como no dia em que nasceu, e com a bunda perfeita dele pare cima, me
dando uma grande visão.
Ao sentir que está sendo observado ele acorda e me encara.
— Já acordou, baby? Pensei que ia querer mais uma rodada. — Diz e um sorriso presunçoso
toma conta de seu rosto.
— Não sou seu amor e não acredito que dormimos junto. — Falo.
Alek não se abala com a minha raiva, muito pelo contrário.
— Que mal tem você dormir com seu marido? — Diz, tentando me irritar.
— Corte essa merda, eu não me casaria com você! — Afirmo, convicta do que estou
dizendo.
— Não é isso que o documento que você assinou diz, agora você é minha mulher! — Ele
coloca as mãos atrás da cabeça, como se fosse um maldito rei esperando ser servido.
— Documento? Que documento? — Pergunto, sentindo a minha confiança ir pelo ralo.
— Um que diz que você é minha mulher.
Isso não pode ser verdade, a Lara bêbada não faria isso comigo, não quando nós duas
estávamos com raiva dele.
— Isso é mentira. — Acuso.
— Se você pensa assim, veja por si mesma. — Ele se levanta e vai até a jaqueta, lá ele
retira alguns papéis e estende pra mim.
Com raiva arranco os papéis da sua mão e começo a ler atentamente. Quanto mais eu leio,
mais certeza eu tenho de que estou além de ferrada.
— Eu…
— Você assinou e ontem estava toda feliz montando em cima de mim, enquanto cavalgava no
meu pau. — Ele diz, e eu me encolho de raiva. — Eu senti falta dessa sua boceta apertada. —
Fala.
— Seu desgraçado, eu te odeio! — Parto pra cima dele dando vários tapas em seu peito,
lágrimas escorrendo pelo meu rosto. — Como pôde fazer isso comigo?
— Eu tinha que garantir que você seria minha. — É a desculpa que ele me dá.
— Eu queria casar com alguém que me amasse, que eu amasse.
— Você me ama! — Fala com um olhar divertido no rosto.
— Mas você não me ama, e eu quero alguém que me ame.
E quando eu penso que ele vai se desculpar e agir como alguém digno, Alek me prova que
ele é apenas um idiota que não merece nada de mim.
— Não seja idiota Lara, o amor é dispensável. — Diz. — Um homem não vai amar sua
personalidade encantadora!
— Então o que ele vai amar? — Zombo.
— Ele vai amar sua boceta apertada, vai amar foder sua bunda virgem, mas ele não vai te
amar. E sabe o porquê? O amor não existe! — Fala entediado.
Eu não posso acreditar nas palavras dele, como alguém pode dizer coisas assim?
— Pode não existir pra você, que é um idiota. — Rio. — Amor não é só sexo, se fosse o que
não faltaria pras putas seriam homens apaixonados. Amor é companheirismo, é cuidado, é carinho,
amizade, é saber estar lá pra pessoa tanto nos bons quanto nos maus momentos. — Ele me encara,
sem demonstrar nada. — Eu sinto muito que você não saiba o que é isso, que você seja tão
emocionalmente deficiente, que não perceba o que está perdendo na vida. — Ele vai começar a
falar, mas eu levanto a mão o impedindo. — Não importa o que você vai dizer, eu vou dar um jeito
de sair desse contrato.
— Tanto faz, mas enquanto você tenta arrumar esse jeito de se livrar de mim, arrume a sua
mala, pois estamos indo embora hoje. — Em seguida ele vai para o banheiro.
Enquanto assisto ele entrar no banheiro, me sento na cama e choro. A essa altura eu não me
importo mais com quem me vê chorando, não quando eu tenho a certeza de que Alek acabou de
matar tudo o que eu um dia senti.
Como pude me apaixonar por ele? Como pude me entregar a alguém que não se importa com
nada e nem ninguém, além de si mesmo e dos prazeres momentâneos?
Capítulo 8
LARA

N a minha estadia em Londres pensei muito sobre


Alek e eu, e no nosso relacionamento, junto com
as consequências do nosso tempo juntos e como
acabamos nessa situação. A questão é, durante todo o tempo que fodemos, usamos camisinha, eu
era muito cuidadosa com tudo e então, descubro que estou grávida.
Pensei em contar para ele antes de ouvir sua conversa com seu amigo e descobrir que o
único motivo para ele dormir comigo tinha sido essa missão estúpida. Mas então fui fraca e com
medo me calei, em seguida quando cheguei no país eu pensei em entrar em contato e contar a ele a
verdade. No entanto, no momento em que o reencontrei, Alek agiu como um idiota e mais uma vez
me calei por causa do ódio.
Eu sei que o fato de eu estar grávida e ter bebido foi idiotice, foi péssimo da minha parte e
nada justifica. A verdade é que eu estava de cabeça quente e por um momento eu não era uma
mulher grávida e sim apenas uma mulher furiosa que queria esquecer de tudo.
A questão é, como vou lidar com o Alek depois desse contrato ridículo? Ele tem me tratado
como uma maldita prostituta que ele pode usar e controlar como bem entende.
Depois de todo esse show, vou pedir ajuda para a Alexa. Tenho certeza que ela vai me
ajudar, sem contar que ela é uma advogada e vai me instruir em como sair desse contrato ridículo
que o Alek me fez assinar.
O fato de eu estar bêbada deve contar a meu favor.
— Ainda está sentada aí? — Alek pergunta saindo do banheiro. — Não quer que eu vá fazer
suas malas, quer?
— Por que está fazendo isso? — Deixo escapar a pergunta que não quer calar.
— Isso o que? — Pede se fazendo de desentendido.
— Me prendendo a você. — Respondo. — Você mesmo disse que não sabe amar. E me
desculpe por ser honesta, mas eu quero alguém que me ame e com quem eu possa construir uma
família.
— Acha que eu não posso ser esse cara? — Posso ver o olhar desafiador que ele me lança.
Não era isso o que queria, ele não devia tomar essa situação como um desafio e sim como
uma explicação e quem sabe, por um ponto final nesse contrato idiota.
— Você me disse que não pode ser esse cara. — Lembro.
— É uma pena, pois você terá que se contentar comigo. — Diz sua voz escondendo seus
sentimentos.
— Eu odeio você com todas as minhas forças. — Finalmente deixo a raiva me dominar. —
Você querendo ou não, vou me livrar de você. E quando eu conseguir, nunca mais vou olhar na sua
cara, tenho nojo de você.
— Lamento ter que te informar, mas você pode me odiar e ameaçar o quanto quiser, ainda
assim vai ser minha. — Avisa. — Eu não vou deixar você ir.
— Por que está fazendo isso?
— Chame de vingança por ter me abandonado aquela noite. Cá entre nós, não lido bem com
rejeição. Agora arrume suas malas, ou deixe. — Ele dá de ombros como se não ligasse. —Sempre
podemos andar pelados dentro de casa.
—Você nunca mais vai me ver nua.
— Eu aposto que sim, você não resiste a uma boa trepada com o deus grego aqui. —
Provoca.
— Vamos ver quem vai implorar. — Respondo com raiva. — Sabe Alek antes eu queria sair
da sua vida pra te ver bem, eu sabia que você merecia ser feliz. — Falo e dou um sorriso de
desdém. — Mas agora? Vou ficar na sua vida e fazer dela um inferno! Vai se arrepender do dia em
que me fez assinar aquele contrato. — Me enrolo na toalha e vou para a porta.
— Vai sair assim, enrolada na toalha?
— Vou sim, algum problema?
— Muitos, você não pode sair assim.
— Prefere que eu saia nua? — Ele estreita os olhos para mim.
— Não se atreva. — Fala vendo o desafio em meus olhos.
Eu largo a toalha no chão e abro a porta, no momento em que um casal está passando. O
homem para e me olha da cabeça aos pés e a mulher está com um olhar mortal. Que culpa eu tenho
se o Alek me desafiou?
— Fique tranquila querida, — sorrio para a mulher. — Eu já tenho um homem para tornar a
vida um inferno. — Falo e destranco a porta. Alek vem para entrar, mas eu bato a porta na cara
dele.
Chupa essa, babaca filho da puta.
Se pensa que vou ser submissa a você está enganado, eu vou inverter esse jogo e no final
você sai ser meu cachorrinho.
Sem parar para arrumar minhas malas, vou direto para o banheiro, entro embaixo dos jatos
de água quente e relaxo. Alek pensa que vai me fazer cair nesse jogo idiota, tentando fazer com
que eu acredite que transamos na noite passada.
Tadinha, acha que não o conheço.
Quando saio do banheiro vejo que minhas malas estão abertas e tem roupas por todos os
cantos, me abaixo e pego uma das peças e o estado dela me assusta. Pego outra roupa e ela está
toda rasgada também. Minhas roupas estão um lixo, meus perfumes foram quebrados e em cima da
minha cama tem uma rosa negra e com ela tem um bilhete.
“Suas escolhas a trouxeram até aqui, aproveite enquanto ainda tem tempo”
Que tipo de pessoa faria isso? Eu não tenho inimigos, pelo menos não que eu saiba.
Você não, mas seu pai tem!
A voz no fundo da minha mente praticamente grita essas palavras para mim.
Porra, como eu vou conseguir resolver isso? Será que conto para o Alek?
Melhor não, vai que isso é apenas uma pegadinha maluca. Quer dizer, tem amigos que fazem
isso, ou pode ser até mesmo coisa do Alek pra tentar me assustar e me fazer correr como uma bela
idiota para seus braços.
Procuro por uma peça de roupa que não esteja estragada, mas não encontro. Um pacote no pé
da cama me chama atenção. É uma sacola vermelha de grife, quando eu abro vejo um vestido
preto, solto e com um laço na cintura.
Sem outra opção de roupa eu a visto, e deixo todas as outras jogadas no chão. Quando estou
quase na porta, alguém bate. Assim que abro vejo Alek, mas ele está vestido de uma forma
totalmente diferente da forma como ele se vestia antigamente.
O Alek que eu conheci se vestia com ternos feitos sob medida e sapatos de couro italiano. Já
esse aqui, ele se veste com jeans pretos, um coturno, camiseta branca, uma jaqueta com o símbolo
do clube e óculos de aviador. Bem se ele não é o sexo em forma de gente eu não sei o que ele é. O
cabelo está bagunçado, e o sorriso de canto dele não está me ajudando em nada além de deixar a
minha calcinha molhada.
— Está indo em um enterro? — Pergunta.
— Só se for o seu. — Respondo mal humorada. — Não gostei da sua brincadeira estúpida, a
próxima vez que fizer o que fez com minhas roupas eu te mato. — Falo e passo por ele furiosa.
— Do que está falando? Cadê suas malas? — Alek realmente parece confuso.
— Minhas malas? Você rasgou todas as minhas roupas, não tenho o que levar.
— Não rasguei nada seu. — Fala irritado.
— Claro, e por que a rosa negra? E o bilhete estúpido? — Peço.
Mais uma vez ele não me responde, muito pelo contrário, me rebate com mais perguntas.
— Me deixe ver esse maldito bilhete. — Exige.
Pego o bilhete do bolso do vestido que guardei e entrego a ele. Alek leva um tempo lendo e
estudando o recado estúpido, em seguida abre a boca para começar a falar, mas não consigo ouvir
nada. Minha visão começa embaçar e a minha respiração se torna cada vez mais difícil até que eu
mergulho na escuridão.
Alek
Ler aquele bilhete que deixaram no quarto de Lara me deixou cego de raiva. Quero saber
quem é esse filho da puta que está atrás da minha garota. Encaro o papel por um tempo,
memorizando cada maldita palavra e quando finalmente levanto meus olhos para olhar para Lara,
vejo que ela está respirando com dificuldade e logo seu corpo amolece. Por sorte a seguro em
meus braços, antes que ela caia no chão.
Carrego ela até o elevador, por mais que não saiba o que esteja acontecendo com ela, sei
que preciso chegar no hospital o mais rápido possível. Quando as portas se abrem no térreo do
hotel, vejo o Erick. Ele está com um olhar preocupado, mas assim que me vê máscara suas
emoções e vem em minha direção.
— O que está acontecendo?
— Erick, eu não tenho tempo para falar agora. — Corto antes que ele possa começar a
tagarelar. — Preciso que você vá até o quarto da Lara e pegue uma rosa preta que está em cima da
cama. Mas não toque sem estar com as mãos protegidas, estou achando que envenenaram a flor.
— E o que eu faço com essa flor?
— Leve ela até o hospital central. Vou levar a Lara para lá e preciso que seja feita uma
análise de toxinas. — Não espero ele responder, corro para a entrada e pego o primeiro táxi que
aparece.
— Para onde…
— Hospital central, preciso que você chegue lá em cinco minutos. — Falo direto, o taxista
vendo meu estado acelera.
Vejo que Lara está com a respiração fraca, e quando checo os batimentos cardíacos noto que
eles estão fracos. Pela primeira vez em muito tempo eu rezo. Se Deus existe ele vai proteger Lara.
Ele não pode me tirar ela, não agora que eu decidi lutar pra mantê-la na minha vida.
— Chegamos senhor. — Avisa o taxista, eu nem percebi os minutos passarem.
Jogo uma nota de cem dólares para ele e saio do carro.
— Por favor, ajuda. — Grito ao entrar na emergência do hospital, uma enfermeira vem em
minha direção e logo dois outros enfermeiros trazem uma maca.
— Coloque ela aqui para que possamos examiná-la. — Faço imediatamente o que me é dito
e eles começam a examinar ela. — O que aconteceu com ela?
— Não sei, ela recebeu uma flor e no momento seguinte desmaiou, os batimentos cardíacos
dela caíram e ela também está respirando com dificuldade.
— Possível intoxicação, vamos levar ela para a sala do Dr. Nagata. — Eles começam a
levar ela para longe de mim e eu os sigo. — Lamento, mas o senhor não pode ir com ela.
E assim sou separado de Lara. Mick chega logo depois, preocupado.
— Que porra você fez pra minha menina? — Diz e me dá um soco no rosto.
— Eu não fiz nada! — Me defendo. — Mas alguém fez e ela precisar ser mantida em
segurança, não tem ninguém melhor do que eu para fazer isso, e não encoste em mim nunca mais ou
não responderei pelos meus atos.
— O que está acontecendo aqui? — Bradox se mete no meio.
— Esse moleque fez alguma coisa para minha filha. — Diz Mick.
— Se eu fiz alguma coisa com a sua filha, foi salvar a vida dela! — Lembro. — Fale a meu
respeito mais uma vez e vou arrebentar sua cara.
— Já chega! Seus dois filhos da puta. Você quer cuidar da Lara? — Pede olhando para mim.
— Foda-se, eu já estou fazendo isso. — Falo.
Bradox finalmente percebe que estou falando sério a respeito da Lara, nada vai me afastar
dela, nem mesmo um irmão do clube.
— Mick, não tem pessoa melhor para manter sua filha segura do que Alek. — Diz Bradox.
— Assim espero. — Mick fala e vira as costas nos deixando sozinhos.
Eu ando de um lado para outro na recepção do hospital, leva uma eternidade, mas o médico
finalmente aparece para nos dar informações.
— O responsável por Lara? — Chama.
— Sou eu. — Digo, ignorando Mick que me olha feio.
— Fizemos alguns exames nela e o hemograma constatou a presença de uma toxina chamada
andromedotoxina. Ela é encontrada em uma planta nativa chamada Kalmia Latifolia, mais
conhecida como Louro-da-montanha. — Conta. — Ela tem como sintomas a aceleração ou
diminuição dos batimentos cardíacos, respiração irregular, perda da coordenação motora, podendo
levar a um ataque cardíaco. Para nossa sorte não havia toxina o suficiente para levar a tanto, e o
senhor pode ficar tranquilo que os dois passam bem.
— Como assim os dois?
— A senhorita está grávida de quatro semanas. — Responde me pegando de surpresa. —
Devo acreditar que o senhor é o pai? — Pede desconfiado.
— Claro que sou o pai. — Garanto. — Agora me deixe ver minha mulher.
— Ela está inconsciente, e vai levar um tempo para acordar. — Avisa enquanto me guia para
o quarto da Lara.
Assim que entro, fico quieto ao lado da cama de Lara, apenas olhando ela dormir.
Filho, eu vou ter um filho. Estou furioso com ela por não me contar, mas, ao mesmo tempo
estou explodindo de alegria ao saber que meu plano deu certo. Ter furado os preservativos no
momento que vi que ela ia me abandonar, deu certo. Agora temos um vínculo para o resto de
nossas vidas, e vou me assegurar de que minha mulher e meu filho estejam seguros.
Capítulo 9
LARA

A cordo aos poucos e tento descobrir onde estou,


minha cabeça está doendo. Tento levantar minha
mão, mas algo impede e quando olho para o
lado vejo que a mão de Alek está firme na minha. Ele está dormindo tranquilamente e não quero
acordá-lo.
Uma enfermeira entra no quarto e abre um sorriso ao me ver acordada. Ela tem um sorriso
gentil e reconfortante.
— Você está bem? — Pergunta.
— Estou sim, mas não sei o porquê estou aqui no hospital.
— Envenenamento. — Responde e logo me tranquiliza. — Fique calma, você já foi
medicada, o Doutor vai te ver em alguns minutos.
— Vou poder ir para casa? — Peço.
— Acredito que sim, seus últimos exames mostraram que você já eliminou toda a substância
do organismo.
— Ainda bem. — Sussurro e vejo a enfermeira sair do quarto. Alek escolhe esse momento
para acordar.
— Até que enfim você acordou. — Diz. — Preciso que me explique algumas coisas. — Seu
tom de voz é sério.
— E o que seria? — Me faço de boba.
A essa altura o médico já deve ter contado a todos sobre a minha gravidez.
— Sua gravidez. — Responde confirmando minhas suspeitas. — Há quanto tempo você sabe
que está grávida do meu filho? — Ele larga a minha mão e se levanta, andando de um lado para o
outro.
— Eu descobri uma semana antes do Lorenzo ser preso. — Admito. — Estava com minha
menstruação atrasada, mas não dei bola, isso sempre acontece comigo. Então fui ao meu
ginecologista e expliquei o que estava acontecendo, ele pediu um exame de sangue para confirmar
que eu não estava grávida e assim poder me dar um medicamento, então os resultados deram
positivo.
— Você não ia me contar? — Sua pergunta soa mais como uma acusação.
— Não aja dessa forma comigo. Nosso caso era passageiro, não tínhamos nada que fosse
durar muito tempo. Por que eu te contaria?
— Por quê? Já pensou que eu merecia saber que seria pai? Essa criança merece saber quem
é o pai dela. — Ele vem em minha direção e coloca as mãos na cama. — Já parou para pensar que
eu posso ter feito isso de propósito?
— O que você quer dizer com feito de propósito? — Mas que droga ele aprontou?
— Isso mesmo que você ouviu. Eu fiz de propósito. — Admite. — Quando vi que você não
ficaria comigo, furei os preservativos para que você engravidasse, e deu certo. — Ele me dá um
sorriso debochado e eu sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
— Quando você fez isso? — Tento conter o tom de choro.
— Uma semana depois que a gente se conheceu, gostei de ter você por perto e pensei em
uma forma de te prender a mim.
— Você me ama? — Isso me parece algo que apenas uma pessoa que ama a outra faria.
— Não! — Rebate. — Já disse mais de uma vez que não sou esse tipo de pessoa. Eu não
amo ninguém, mas tenho carinho por você. — Fala e isso parte meu coração.
Quanto mais eu penso que ele não tem mais esse tipo de poder sobre mim, mais percebo que
me enganei.
— Como pôde? — Falo baixo.
— O que?
— Como você pode tomar essas decisões por mim? Você brincou com a minha vida, com
meu futuro. — Digo entre dentes.
— Eu não fiz isso, apenas simplifiquei as coisas para você.
— Eu te odeio, nunca vou te perdoar por tudo que você fez comigo. — Digo.
Alek não parece estar arrependido do que fez, se ele me parece alguma coisa, isso seria
determinado.
— Lamento, mas vai ter que conviver com isso. — Responde. — Você vai ficar perto de
mim, morar comigo e se pensar em me deixar, a criança fica comigo. Não seja uma vaca e aceite
isso de uma vez por todas, se você sair vai perder tudo.
Não posso acreditar que ele teve a cara de pau de me dizer isso. Será que Alek acredita
mesmo que vou me conformar com essa situação? Não sem uma boa luta, ele não vai conseguir
ficar com mais uma parte de mim.
— Você quer jogar? — Pergunto com uma risada na voz. — Tudo bem, se você quer jogar,
então vamos jogar, mas saiba que isso só me faz te odiar ainda mais. Agora saia daqui. — Aponto
para a saída.
Alek me encara, esperando que eu volte atrás e permita que ele fique no quarto comigo, mas
quando ele percebe que isso não vai acontecer, ele se vira e começa a andar até a porta, parando
ates de sair.
— Não vá pensando que vou fazer todas as suas vontades. — Diz. — Isso aqui é coisa
única. — Ele sai e bate à porta atrás dele, me deixando sozinha.
Se antes eu queria que ele morresse, agora eu quero que ele viva por muito tempo apenas
para que eu possa fazer ele sofrer. A cada maldito dia que eu viver, vou fazer Alek desejar estar
morto.
Logo que esse pensamento me ocorre o médico entra na sala. Ele vai direto ao ponto e me
explica o que aconteceu. Posso não ser a pessoa mais esperta, meu relacionamento com Alek é a
prova disso, mas sei identificar quando estou em perigo e seja quem for que está por trás disso vai
pagar por tentar me matar e ao meu bebê.
— E o meu bebê?
— Seu bebê está bem, não tinha muita toxina em seu organismo e isso salvou não só a sua
vida, mas também a do feto. — O médico me tranquiliza.
Eu odeio a linguagem médica e seus termos frios.
— E quando vou ter alta? — Estou louca para ir pra casa.
— Você passou a noite aqui sendo monitorada e os últimos resultados dos seus exames
foram ótimos, você poderá ir para casa ainda hoje.
— Graças a Deus, odeio hospitais e agulhas. — Penso em voz alta, o médico apenas sorri e
em sai.
Pouco tempo depois meu pai entra na sala, ele está um pouco nervoso e tem um corte no
lábio. Ao que parece a hora da verdade chegou para todos e eu vou ter uma conversa muito difícil
com o meu pai.
— O que aconteceu com você? — Peço preocupada.
— Apenas um incidente, nada que você deva se preocupar. — Ele se aproxima da cama e
passa a mão nos meus cabelos. — Você está melhor? Eu soube da gravidez.
— Estou bem. Melhor ainda depois que eu soube que meu bebê está bem e que logo terei
alta.
Mesmo com as minhas palavras posso ver a preocupação nos olhos do meu pai e junto de
toda essa preocupação estão as perguntas que ele está ansioso para me fazer.
— Como você e Alek se conheceram? — Esse é meu pai, direto ao ponto.
— Ele estava por trás da investigação que prendeu Lorenzo.
— E você foi parte da missão, como descobriu? — Pergunta.
— Ele me contou. — Explico. — Pai? — Espero ele me olhar nos olhos. — Alek foi aberto
comigo sobre quem ele era desde o começo, ele não mentiu ou me fez fazer algo que eu não queria.
— Ele foi tão aberto que você acabou grávida. — Seu tom de voz está carregado de
desaprovação.
— Não vamos seguir por esse caminho, até porquê se alguém foi aberta, foi eu. — Brinco e
vejo o olhar horrorizado dele.
— Porra menina, não fale essas coisas para mim. Prefiro não me envolver nessa parte da sua
vida, e por não me envolver significa nenhuma informação. Eca! — O Eca do meu pai foi uma
coisa tão engraçada que eu não resisto e caio na gargalhada. — Mudando de assunto, seu médico
já te liberou.
— Ele disse que me liberaria mais tarde!
— Bem, digamos que ele mudou de ideia.
Tem coisa aí!
— Defina mudou de ideia.
— Alek o ameaçou, disse que se você está bem, não tem motivos para passar mais tempo
aqui, ainda mais depois que alguém tentou te matar.
— Mas é um imbecil mesmo. — Falo irritada com o comportamento controlador do Alek.
— Ele está preocupado. Alguém tentou te matar e depois de toda essa merda que teve com a
Alexa, não queremos repetir o erro.
— Eu sei e entendo, mas não quero ficar com ele.
Tentar manipular o meu pai para que ele fique entre o Alek e eu, me parece uma boa saída
para alguns dos meus problemas.
— Filha, eu tão pouco gosto da ideia de você ficar com ele. Mas se tem uma pessoa que
pode te proteger e eu sei que vai fazer de tudo por você, essa pessoa é o Alek. Mesmo não
parecendo, ele tem um bom coração, assim como Tayler. A diferença é que Tayler é um idiota
apaixonado e Alek é um burro teimoso.
Essa explicação do meu pai não me levou a nenhum lugar, apenas me deixou mais confusa, é
como se eles estivessem escondendo algo.
— Não vejo o motivo do Alek querer me manter perto dele, ele mesmo disse que não me
ama.
— Às vezes as pessoas não sabem demonstrar amor ou tem medo.
— Alek não tem medo de amar. — Falo. — Ele e Tayler são irmãos e olha a diferença, basta
ver a forma com que o Tayler trata Alexa. — Comparo.
— Filha cada pessoa ama de uma forma diferente, de tempo a ele. — Aconselha. — Agora
vamos mudar de assunto, sinto que estou ganhando uma buceta.
— Ok, Sr. buceta, vou me trocar e estarei pronta para ir embora.
Para variar, o meu pai ignora minha provocação e foca no que eu não quero conversar.
— Filha, de uma chance ao menino. — Pede, indo em direção à porta. — Mas faça ele
sofrer um pouco.
— Pode deixar. — Sorrio, como se tivesse concordado com o que ele disse.
Mal ele sabe que Alek vai sofrer e muito.
Pego a sacola com roupas que está no sofá em frente a cama. Lá tem um vestido de verão,
sapatilhas e nada mais. Cadê as minhas roupas de baixo? E onde está minha bolsa?
— Sua bolsa está guardada comigo, não sou idiota de te deixar com tudo o que você precisa
para fugir de mim. — Fala Alek, parado atrás de mim.
Quando foi que ele entrou aqui?
— Fugir de você e perder a chance de tornar sua vida um inferno? Nunca!
Alek sorri.
— Vou esperar ansioso por esse inferno. Principalmente se for na minha cama, agora vamos
de uma vez por todas. — Me apressa.
— Pode deixar que vou cumprir a minha missão, Alek. — E não vai ser divertido para você.
Depois de pegar todas as minhas coisas Alek e eu saímos de lá. Quando chegamos no
estacionamento tem um carro preto nos esperando.
— Que carro é esse? — Pergunto.
— Não interessa, basta saber que ele vai nos levar para o aeroporto. — Diz, enquanto abre
a porta para que eu entre.
— Se você vai fazer esse lance de neandertal, talvez queira que eu prenda o cabelo, assim
fica mais fácil me arrastar pela rua.
— Se eu fosse te arrastar contra sua vontade, não seria pelo cabelo que te puxaria, na
verdade puxão de cabelo só se você for uma boa garota. — Ele dá um tapa na minha bunda e então
me ajuda a entrar no carro.
— Filho da puta. — Falo baixo e ele escuta.
Suas próximas palavras me pegam de surpresa, assim que ele dá a volta e entra no carro,
diz:
— Minha mãe não era uma puta, ela é algo muito pior. — Liga o carro e sai do estacionando
do hospital.
Sua confissão me pega de surpresa e me deixa curiosa.
— Já estamos na fase de falar da família? Porquê estou muito curiosa pra saber sobre a sua.
— Ainda não chegamos nessa fase, pelo menos não do meu lado. — Responde. — Mas se
quiser falar algo que eu ainda não saiba sobre a sua, sinta-se à vontade.
— Ainda não entendo, por que quis ficar comigo? Pra que me engravidar de propósito? A
maioria dos caras corre de gravidez e você… você me engravida de propósito.
— Não sou a maioria dos caras que estão por aí, eu queria ter um filho e achei você boa o
suficiente para ser a mãe dele.
— Tudo o que está fazendo só me faz te odiar cada vez mais. — Declaro. — Isso aqui não
vai durar para sempre, um dia eu estarei livre e talvez nesse dia você aprenda a amar e não sair
por aí brincando com as pessoas.
— Duvido disso. — Fala e eu olho para fora da janela.
Quando chegamos no aeroporto estranho o fato de não estarmos indo para a área de
embarque.
— Aonde estamos indo? — Pergunto, quando noto que ele entra em um portão onde tem uma
garagem de aviões e um jato está parado em frente.
— Não acha que vou viajar com você em voo comercial, ainda mais com alguém tentando te
matar! — Diz.
— Então você emprestou um avião. — Concluo.
— Não, eu aluguei um avião.
— E de onde você tirou dinheiro? — Até onde eu saiba Alek não tem dinheiro de sobra.
— Eu tenho muito dinheiro, apenas não sou de usar. Por isso conto com você para gastar um
pouco. — Pisca para mim e me deixa dentro do carro sozinha enquanto vai falar com o homem que
está na porta do avião.
Pelo visto não conheço nada dele mesmo, afinal o cara que eu conheci não agia como um
babaca 24/7. Saio do carro e vou na direção deles, odeio ter que subir essas escadas do avião,
meu corpo ainda está um pouco mole.
— Helton, está aqui é minha esposa Lara. — Apresenta. — Amor este aqui é Helton o piloto
do avião. — Alek é tão cara de pau que ele passa os braços em volta de mim e beija o topo da
minha cabeça, agindo como se realmente me amasse.
— Prazer em conhecer você. — Falo e jogo um pouco de charme para o homem bem
aparentado.
Toma essa Alek filho da puta.
— O prazer é todo meu, senhora.
— Assim que você parar de foder a minha mulher com os olhos, eu estaria mais do que feliz
em ir para casa. — Alek está furioso, eu não queria ser esse pobre infeliz.
Helton cora e com um aceno de cabeça entra no avião, logo Alek me puxa para dentro e me
acomoda em uma cadeira confortável. Ele se ajoelha na minha frente e diz:
— Não me provoque mais. Da próxima vez que isso acontecer você vai ficar um pouco
dolorida, se é que me entende. — Diz e passa a língua pelo meu lábio, de forma provocante. —
Agora durma um pouco, logo estaremos em casa. — Dito isso ele se levanta e sai.
Tento lutar contra o sono que toma conta de mim, mas sou vencida. E logo estou tendo
sonhos indecentes com o homem que não fez outra coisa se não me irritar.
Capítulo 10
ALEK

O bservo Lara dormir por um tempo. Ela está


tranquila, e ainda um pouco fraca por causa dos
medicamentos que deram a ela no hospital. Quero
me aproximar dela e colocar a minha mão sobre sua barriga e conversar com nosso filho.
Meu irmão percebeu meu plano e quer acabar comigo por telefone. Tayler está tornando as
coisas ainda mais difíceis do que já estão.
— Seu imbecil. — Chama. — Acha mesmo que ela vai ficar presa a você por causa de um
bebê? — Grita.
— Eu…
— Cala essa boca! — Manda. — E se ela não quiser ficar com você depois? Até onde eu
saiba seu plano ridículo está com muitas falhas e…
— Tayler não fale assim com seu irmão, ele fez isso por amor. — Interfere Alexa.
— Por amor? Você deve ter algum problema mulher. — Eles começam a discutir e penso que
posso ter me safado dessa briga.
— Não fale comigo assim! Ainda mais em nossa lua de mel. — Alexa grita de volta. — Se
você quer conseguir um pouco de diversão peça desculpa ao seu irmão, desligue a ligação, e
vamos foder. — Depois dessa, meu irmão não resiste muito.
— De um jeito nas suas merdas, tchau. — Tayler não espera nenhuma resposta, ele
simplesmente desliga na minha cara.
Me levanto de onde estou sentado e vou para o lado de Lara, que a essa altura está dormindo
tranquilamente. Me aproveito desse momento e coloco minha mão em sua barriga, que ainda não
aparenta a gravidez.
Meu filho… Nosso filho está crescendo aqui, protegido do mundo, e cabe a mim garantir que
as duas pessoas mais importantes da minha vida, fiquem em segurança.
— Oi filho. — Falo baixo, com meu rosto próximo a barriga da Lara. — Eu posso não ser o
melhor cara do mundo, mas eu amo você e sua mãe apenas não conte a ela.
Como posso já amar tanto alguém que nem conheço? Eu não sabia que poderia amar alguém
dessa forma, mas aqui estou eu, prendendo uma mulher a mim com um bebê.
— Aceita alguma coisa senhor? — Pergunta uma das assistentes de bordo.
— Não, eu estou bem. — Digo. — Me avise um pouco antes de pousarmos para que eu
possa acordar minha mulher.
— Tudo bem. — Diz e se retira para a cabine do piloto.
Levanto e vou para mesa onde estava antes, não quero que Lara me pegue conversando com
o bebê. Me perco no meu trabalho. Estou à procura de pessoas que possam ter algum interesse em
ferir não só a mim, mas a Lara também.
Quem armou essa situação toda, tem algo contra nós dois, essa merda é pessoal.
Lorenzo é a primeira pessoa que passa pela minha cabeça, mas seria impossível que ele
esteja envolvido, ainda mais sabendo que está preso e a promotoria me garantiu que o desgraçado
ficaria algum tempo atrás das grades.
A segunda pessoa que vem a minha mente seria Fernanda, mas ela não se sujaria por
vingança, e que eu saiba, ela e a Lara nunca discutiram diretamente.
— Senhor, nós vamos pousar em breve. — A aeromoça me avisa.
— Obrigado. — Assisto ela voltar para a cabine do piloto.
Me levanto e vou acordar Lara, quando eu coloco a mão sobre o braço dela, ela solta um
gemido.
Mas que porra é essa?
— Lara, nós estamos prestes a pousar. — Aviso. — Você precisa acordar e colocar seu
cinto. — Ela não parece escutar, e em vez de acordar ela geme meu nome de uma forma sexy.
— Alek. — Diz.
— Lara, você precisa…
— Sim, eu preciso de você. — Geme.
— Lara, acorda. — Eu mexo nela, até que ela acorda ofegante e corando.
— O que aconteceu? — Pergunta sem me olhar nos olhos.
— Você precisa colocar seu cinto, estamos prestes a pousar. — Não quero que ela fique
constrangida então não digo nada sobre ela gemendo o meu nome.
Por mais que ela pense que não, eu a conheço muito bem a ponto de saber que ela ficaria
com mais raiva ainda, do fato de eu saber que ela estava sonhando comigo.
Essa é a prova de que não sou um babaca 24/7, tenho meus momentos.
— Ok. — É tudo o que ela fala.
Vejo que ela está se batendo com o cinto e tento ajudá-la a colocar, mas Lara bate na minha
mão. Ótimo nos sonhos dela eu posso tocar e fazê-la gozar, mas na vida real nem ao menos
esbarrar nela eu posso.
Cadela!
— Deixe me ajudá-la, o avião está prestes a pousar e não vamos ficar voando até que você
consiga prender essa merda. — Falo. — O remédio que você tomou deve ter deixado você
sonolenta.
— Posso fazer isso sozinha.
— Lara, você obviamente não está conseguindo. — Sem paciência afasto suas mãos e
prendo o sinto nela.
— Não me olhe com essa cara, estou cuidando de você e do nosso filho. — Vejo o olhar
dela amolecer quando falo “nosso filho”.
Acho que finalmente fiz alguma coisa certa.
— Obrigada pela ajuda, mas não me venha com puxação de saco, isso aqui é culpa sua. —
Gesticula.
— Quando você entender tudo, vai perceber que por mais egoísta que eu seja, não fiz isso
para te prejudicar e que te dei uma das melhores coisas da sua vida. — Me afasto dela e volto
para o meu lugar.
— Como você pode ser assim?
— Assim como? — Pergunto sem entender.
— Dizer que não quis me prejudicar e que isso vai ser uma das melhores coisas da minha
vida?
— Um dia você vai descobrir que estou apenas quebrado e que você e nosso filho são uma
forma de conseguir o que eu quero de verdade. — Respondo, sem dar muitas pistas do que
realmente sinto.
— E o que você quer?
— Amor. — Falo e olho pela janela.
Posso sentir o olhar da Lara em mim, mas não estou pronto para explicar certas coisas da
minha vida para ela, o passado é passado e não quero que ele volte para me assombrar. Os tempos
que passei ao lado dela foram os melhores e mais felizes dias que já tive na minha vida.
Lara sem saber me deu um paraíso que eu não fazia ideia de que estava precisando, e que
agora eu não posso me imaginar sem ele.
— Você não pode exigir amor Alek, não pode exigir algo que não está disposto a dar. — É a
resposta dela.
— E se eu estiver disposto a tentar? E se tentar for tudo o que eu posso fazer? — Peço.
— Pelo menos está tentando, e não sendo um maldito covarde, impondo sua vontade aos
outros. — Diz, nervosa.
— Posso tentar, por nós e pelo nosso filho.
— Agora é tarde, Alek. Você pegou algo bom que eu sentia por você e pisou, destruiu e até
mesmo de certa forma me humilhou.
— Não fiz isso. — Me defendo.
— Não? Lembra das suas palavras no dia seguinte ao que me fez assinar o contrato? —
Pergunta.
— Foi coisa de momento, eu estava com medo. — Admito, eu não sou bom em lidar com
algumas emoções.
Desde jovem tudo o que senti foi medo, quando cresci e me livrei dos meus medos, deixei
de lado outras emoções junto com o medo. E estar com a Lara trouxe todas essas emoções à tona e
não sei se gosto.
— E você está com medo agora? — Pede me observando.
— Um pouco. — Olho para ela.
— A não ser que me prove que seus medos e receios não vão me machucar novamente, eu
não acredito em você e nem estarei disposta a tentar nada.
Justo!
— Vou fazer isso. E vou provar que tudo o que fiz, não foi só por mim, mas por nós dois.
— Realmente espero que consiga. — Diz. — Li seu contrato estúpido e ele tem um prazo
validade.
Que porra é essa?
— Como assim?
— Ele tem um ano de validade. — Ela me dá um sorriso presunçoso e meu coração dispara.
Vou ter que ligar para Alexa e perguntar que merda ela fez, como ela pode ter colocado isso
lá? É bom que a cadela do meu irmão tenha uma boa desculpa, caso contrário meu irmão vai se
tornar um viúvo pouco depois do casamento.
— É tudo o que preciso para te mostrar que posso ser bom para você. — Com isso eu
encerro o assunto, ao menos por enquanto.
O avião pousa tranquilamente e de lá vamos para o meu apartamento em um carro preto e
blindado, não vou brincar com a vida da minha mulher e do meu filho.
— Pra que tudo isso? — Questiona.
— Não vou arriscar a vida de vocês dois. — Explico e abro a porta do carro para que ela
entre.
— Um pouco demais, não? — Diz divertida.
— Não me faça repetir as merdas que acabei de dizer.
— Longe de mim. — Ergue as mãos como estivesse se rendendo. Tenho que admitir que
gosto dela assim, rendida. Principalmente na minha cama, nua e de quatro. — Mas pelo amor de
Deus, tire esse olhar maluco do rosto porque está me assustando.
— Seu desejo é uma ordem. — Faço uma reverência, brincando com ela.
— Não faça promessas que não vai cumprir. — Rebate.
— Não estou fazendo, peça qualquer coisa, que não inclua me abandonar, e vou fazer o que
for preciso para que você tenha. — Garanto.
— Vou me lembrar disso. — Finalmente ela entra no carro.
Dou a volta e cumprimento o motorista, ele veio bem recomendado e estou contando com
ele, depois de cumprimentá-lo entro no carro. Lara está me encarando com os olhos semicerrados.
— O que foi? — Pergunto.
— Nada não.
— Fale de uma vez.
— Você e seu irmão são tão diferentes um do outro. — Diz. — Tayler é todo bronco e
apaixonado ao mesmo tempo, e você é educado e frio. Não entendo isso.
— E não é hoje que vai começar a entender. — Digo, sem estar pronto para explicar como a
vida nos fez tão diferentes um do outro. — Tudo o que precisa saber é que meu irmão entrou cedo
para o clube e eu levei mais tempo, fui para a faculdade e tudo mais.
— Tayler não tem faculdade?
— Fez, mas foi porque Bradox o obrigou.
— E que curso ele fez? — Pergunta curiosa.
— Administração e comércio internacional, ele não é só o músculo e VP do clube, mas ele é
quem negocia as drogas e armas.
— Seu irmão usa o que aprendeu para traficar drogas e armas e administrar o clube?
Lara parece chocada.
— Isso aí.
— E por que ele fala tantos palavrões e é meio bronco?
— Ele gosta de fazer isso, em parte é quem ele é e outro fato é que a Alexa gosta. Caso não
tenha percebido ela é a advogada mais boca suja e malandra que eu já conheci. — Digo isso por
experiência própria, a vaca me passou a perna colocando um prazo nesse contrato.
— Não fale assim dela, Alexa é uma ótima pessoa. — Quero ver se você vai pensar a
mesma coisa dela se descobrir que foi ela quem teve a ideia desse contrato.
— Quero ver se você vai ficar do lado dela por muito tempo. — Murmuro.
— Como disse?
— Nada, não. Eu disse que espero que você goste da nossa casa.
— Achei que ficaríamos na casa do Tayler e da Alexa enquanto eles estão em lua de mel.
— Não, eu já comprei a nossa casa e caso não goste da decoração você pode mudar.
— Quando você fez isso?
— Logo que cheguei e descobri que você era a filha do Mick.
— Trabalhou rápido. — Fala e olha para fora.
— Eu sempre trabalho rápido quando se trata daquilo que quero. — Falo e então caímos em
um silêncio agradável.
Quando chegamos na frente dos portões de entrada Lara levanta a cabeça, que estava
apoiada na janela e olha curiosa os grandes muros e o portão de ferro.
— Que lugar é esse?
— Nossa casa.
Depois de digitar o código de segurança, o carro segue por uma estrada de pedras, rodeada
de árvores grandes e uma grama impecavelmente aparada. Dois quilômetros depois a fachada da
mansão começa a aparecer, uma casa enorme com pilares e uma fonte em frente.
— Você não acha que exagerou ao comprar essa casa?
— Não, eu gostei dela. É grande e nossos filhos vão poder correr à vontade por todos os
lugares sem se preocupar. — Falo, e completo. — O lugar é seguro e todo cercado por muros.
Sem falar mais nada, arrasto Lara para a parte de trás da casa, onde temos uma
churrasqueira e uma piscina enorme, junto com mesas de jardim e um pequeno parque infantil, para
que as crianças brinquem.
— Temos tudo isso, mais uma jacuzzi, sauna e uma academia, assim não precisa ficar indo
malhar junto com um bando de homens com tesão. — Digo, não gostando da ideia dela perto de
outros homens.
— Desnecessário seu comentário, mas me pegou pelo parque para o bebê, quando estiver
maior. — Ela viu o balanço de madeira que fica no canto em baixo de uma árvore.
— Gostou do balanço? — Pergunto vendo ela caminhar até ele e se sentar.
— Adorei. — Começa a pegar impulso com os pés e em questão de segundos ela está se
balançando alto, e eu estou a ponto de ter um ataque do coração.
— Já chega, você pode cair e se machucar. — Digo, preocupado. — Vamos conhecer o resto
da casa. — Vou aos poucos parando o balanço, com cuidado para que ela não caia.
— Estraga prazer. — Diz e então me deixa parado ao lado do balanço enquanto sai na frente.
Corro atrás dela e mostro todos os cômodos da casa, a cada quarto e sala ela se encanta
mais. Quando eu mostro o nosso quarto para ela, Lara me encara, tensa.
— Aonde você vai dormir? — Pergunta.
— Aqui. — Respondo.
— E eu? — Ela tem a cara de pau de parecer confusa.
— Aqui! — Respondo. — Eu não sou meu irmão que arrisca dormir longe da mulher dele, e
você mesma disse que me daria uma chance. — Lembro.
— Não vamos fazer sexo. — Fala firme.
— Prometo não tocar em você, a não ser que implore pelo meu toque. — Passo por ela e me
jogo na cama.
— Não vou implorar por você. — Lara diz, sem me parecer segura.
— Tudo bem. — Me ajeito na cama e fecho meus olhos, pegando no sono.
Em algum momento Lara se junta a mim, pois quando desperto com meu celular tocando ela
está com as pernas jogadas em cima do meu quadril.
— Bradox?
— Preciso que você vá receber o carregamento de drogas no galpão.
— Tudo bem, estou indo.
Me levanto, tentando fazer o mínimo possível de barulho e com a mesma roupa, pego a
minha moto e saio de casa. Algo me diz que essa noite não vai acabar do jeito que eu planejei, mas
o que importa é que Lara esteja segura na nossa casa.
Capítulo 11
ALEK

Q
uando chego no galpão percebo que Bradox mandou Mick
de apoio. Não estou muito confiante dessa noite, acho que
algo ruim vai acontecer, e ainda para ajudar, o pai da minha
mulher está aqui.
Lara vai ficar puta comigo se algo acontecer com o velho dela.
— Essa merda tá fedendo. — Mick diz, se referindo ao fato de a situação estar estranha.
Tirando nós dois, o lugar está praticamente deserto. Os outros dois homens que estão no
local não fazem parte do clube, e eu nunca os vi trabalhando aqui.
— Olá. — Um dos homens se aproxima e o observo com atenção.
Esse filho da puta pode pensar que não percebi, mas eles estão armados
— Meu chefe me mandou no lugar dele, sabe como é, ele é um homem muito ocupado.
Esse filho da puta só pode estar tentando foder comigo.
— Esse não era o acordo e vendo que vocês não cumpriram, não vejo por que ainda estamos
aqui. — Me viro em direção à minha moto e Mick me segue.
— Lamento, mas não posso deixar vocês saírem daqui assim. — Fala o homem.
— Voltaremos para buscar o nosso carregamento quando o seu chefe aparecer. — Mick
responde.
— Não quis dizer sem as armas, mas sim vivos. — O homem ri, nisso ele pega uma arma.
Sabendo o que está por vir, pego a minha arma e aponto para ele, antes que ele saiba no que
se meteu, atiro em sua cabeça. Outro tiro é disparado e quando olho para o lado me deparo com
Mick caído no chão, ensanguentado.
Não sou médico, mas sei que onde a bala o atingiu se não for socorrido em breve Mick
morrerá. Pego meu telefone e disco o número de Bradox, ele vai vir com a médica e tudo ficará
bem.
Tem que ficar!
Não posso voltar para casa e dizer a Lara que o pai dela está morto.
— Mick? — Chamo e espero ele me olhar. — Fica calmo eles estão vindo. — Estanco o
ferimento.
— E… Eu… quero… que… você… cuide… da… minha... me... menina. — Diz com
dificuldade.
— Eu vou cuidar, mas você também estará lá comigo e vai me ajudar a cuidar dela, não
desista pense na Lara e no seu neto.
— Eu…
— Mick, cale-se e lute porra. — Rosno para ele. — Você é um Realeza MC e o que a gente
faz? Nós lutamos! Você vai lutar.
Não sei quanto tempo passo gritando com ele, mas graças ao bom Deus, pouco tempo depois
Willow a médica do clube chega, com uma maleta de cuidados, ela está acompanhada de alguns
enfermeiros, eles vão prepará-lo para ir embora.
— Eu preciso que se afaste Alek e deixe que a gente trabalhe. — Pede com uma voz calma,
tentando me acalmar.
— Mantenha-o vivo. — Peço.
— Vou fazer tudo ao meu alcance para que ele fique vivo. — Ela diz e no momento que me
afasto, ela assume o controle da situação.
— Cara se você falar com ela mais uma vez, vou chutar sua bunda. — Bishop diz ao meu
lado.
— Achei que o seu lance fossem as magras e plastificadas e não as curvilíneas e inocentes.
— Zombo.
— Eu gosto dela, não sei te explicar como, mas eu gosto dela. — Fala.
Bishop pode pensar que gosta da Willow, mas nós dois sabemos o que está acontecendo na
cabeça dele.
— Ela gosta do Erick. — Lembro.
— Antes talvez, mas nos últimos tempos ela o evita. — Diz. — E ele está começando a
perceber.
Eu duvido que o Erick esteja caindo na real, conhecendo o amigo do meu irmão, ele só vai
perceber as coisas quando estiver sozinho.
— Não queria estar na pele do Erick, ainda mais depois de descobrir que ela tem dois
irmãos mafiosos. — Bishop diz.
— Como assim? — Pergunto.
— O pai dela é um dos membros da máfia russa.
Mas que porra é essa?
— Ela é irmã do Dimitri Petrov? — Se for Erick pode dar adeus as bolas dele, os irmãos
Petrov são protetores com a irmã e ela é a única que pode aplacar o velho.
— Eu não queria estar na pele do Erick, mas, de qualquer forma, se algo acontecer com ele,
é porque ele mereceu. Low não é má com as pessoas sem um bom motivo. — Olho meu amigo e
tenho pena dele, coitado.
— Erick é idiota com todos sem motivo, então vamos rezar para não ter que fazer um enterro
duplo. — Rio.
Mesmo com a conversa fiada do Bishop, eu não consigo deixar de pensar no que está
acontecendo com o Mick. A simples ideia de ter que dar uma notícia ruim para Lara, mexe com a
porra da minha cabeça.
— Calma. — Pede. — A Low vai dar um jeito, ela se formou em medicina para cuidar dos
capangas do pai dela.
— Não os chamaria de capangas, levando em conta que para Dimitri eles são família,
exatamente como a gente, a diferença é que eles têm classe. — Provoco.
— É uma péssima comparação para se fazer, mas vamos manter o nosso acordo em pé. —
Me refiro ao acordo que temos com os Petrov.
E nesse acordo, um ajuda o outro e em caso de emergência, se eles precisarem fornecemos
armas. Mesmo com os Petrov sendo traficantes de armas, drogas e outras coisas.
— Vai ligar e contar o que está acontecendo para a Lara?
— Não sei, acho que vou contar apenas se o pior acontecer com ele, não quero colocar ela e
nem o bebê em risco. — Falo, estou com medo da decisão que estou tomando.
Se a Lara ficar com raiva de mim, a nossa paz recém-selada vai para o espaço.
— Acho que está fazendo a coisa certa, mesmo com o risco dela ficar puta com você. — Ele
pega um cigarro do bolso e acende.
Desde quando ele fuma?
— É disso que eu tenho medo, mas sei que estou pensando no bem dela.
Saio de perto dele, não gosto de cigarros.
— Filho. — Bradox me chama e me dá um tapa no ombro.
— Ele está…? — Não posso terminar de falar.
— Não, a bala passou perto do coração, mas o filho da puta tem sorte. Ele vai passar um
tempo fora do ar, mas vai ficar bem.
— Quem fez isso aqui? — Me refiro a tentar nos matar.
— Eu não faço ideia. Seu irmão é quem cuida desses assuntos, mas devido ao acidente e
depois ao casamento ele ficou afastado e isso acabou na mão de Mick. Ele achou que era um dos
clientes antigos. Quem armou isso, sabia que Tayler ia estar fora.
— Então tem alguém tentando nos matar novamente, quando será que essas merdas vão
acabar? — Falo com raiva.
— Nós dois sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, parece que a calmaria passou e
agora estamos prestes a entrar em um maldito furação. — Resmunga.
— Seja quem for que está por trás disso tudo merece tomar uma surra, vou matá-lo
lentamente, e não me importa quem seja, homem ou mulher. — Estou com tanta raiva.
— Pode deixar, eles vão ser seus. — Bradox diz. — Agora vá para sua casa e cuide da sua
mulher. — Ele me dá um tapa nas costas novamente e sai andando, mas logo para e diz: — Antes
que me esqueça, você vai ter que reivindicar a Lara.
— Ela já é minha, mas eu vou dar a ela o meu colete. — Lara não me perdoaria nunca se eu
não cuidasse do pai dela.
Subo na minha moto e vou para o clube. Mick vai ser tratado na enfermaria do clube, sorte
do bastardo temos uma ala muito bem equipada, digna de dar inveja a qualquer hospital por aí.
Infelizmente para ele, vamos ter que contar com a ajuda de enfermeiros que nunca vimos antes.
Penso em passar em casa e ver se está tudo bem com a Lara. Mas ela perceberia que a
merda fugiu do controle, basta um olhar para as minhas roupas ensanguentadas e ela vai ver que
algo ruim aconteceu. E mais uma vez estou me questionando se devo ou não contar a ela o que
aconteceu.
É isso, a Lara precisa saber!
Durante o caminho para casa, eu rezo e imploro a Deus e quem quer que esteja me
escutando, para que a Lara escute tudo com calma e não surte, e que por favor, ela não me afaste
dela mais uma vez. No momento em que entro em casa, Lara me recebe com uma carranca, que
logo se transforma em um olhar preocupado quando ela percebe o sangue nas minhas roupas.
— Meu Deus, você está bem? — Pergunta parando a poucos centímetros de mim, insegura se
deve me tocar ou não.
— Sim, mas… eu estava com seu pai. — Falo e ela me encara, pálida. — A gente foi
receber um carregamento e acabou sendo uma emboscada. Nós lutamos, seu pai foi atingido, mas
ele está bem, a bala não atingiu nenhum órgão vital.
Eu jogo tudo em cima dela o mais rápido possível, não quero que ela surte e se preocupe.
— Preciso ir até meu pai, Alek eu preciso ver ele.
— Calma Lara, vai ficar tudo bem. — Garanto. — Seu pai está bem, me deixe tomar um
banho e trocar de roupa e nós dois vamos até ele. — Puxo-a para os meus braços e deixo que
chore contra o meu peito.
— Você tem certeza? — Funga.
— Eu não sai de lá até saber que ele estava bem. — Pego o meu celular e vejo que o Bradox
mandou uma mensagem. — Achei que iam levar para a ala médica do clube, mas a Willow decidiu
que era melhor levá-lo para o hospital municipal. — Mostro a mensagem para ela. — Ele vai para
o quarto amanhã e vai continuar sendo monitorado.
— Eu preciso ir ver ele. — Ela ignora a mensagem, do jeito que eu sabia que faria.
— Eu sei, vamos tomar um banho comigo. — Ela começa a negar, mas eu aponto para suas
roupas. —Você está suja de sangue. — Lara não quer aceitar. — É só um banho, eu disse que não
vou fazer nada com você a não ser que você me peça. — Finalmente a minha garota concorda e
vamos para o quarto.
O banheiro é enorme e espaçoso, temos uma banheira enorme um chuveiro no canto e uma
pia de mármore preto com bancada dupla. Ligo o chuveiro e espero a água esquentar, enquanto
isso ajudo Lara a tirar a roupa dela, quando terminamos eu tiro a minha rapidamente e entramos em
baixo dos jatos de água.
Coloco sabão na minha mão e esfregou as costas dela, estaria mentindo se dissesse que meu
pau não ficou duro com simples contato com sua pele, mas eu me controlei.
— Você prometeu. — Fala vendo a reação do meu corpo ao dela.
— E não estou fazendo nada, mas não consigo controlar meu pau. — Justifico, ela dá de
ombros e se vira. Eu lavo todo o corpo dela e quando vou para boceta dela, ela está encharcada.
— Pelo visto não sou só eu.
— Não vamos fazer nada. — Diz.
— Eu sei, apenas estou te esfregando. — Me defendo.
— Sei, não espere que eu retribua o favor. — A megera rebate.
— Nesse caso, você está limpa.
— Faltou meu cabelo. — Reclama.
— Achei que não queria a minha ajuda.
— Digamos que eu gosto de ser limpa. — Dá de ombros.
Encho minha mão com shampoo e esfrego a cabeça dela em círculos, ela fecha os olhos e
solta um gemido em sinal apreciação.
— Bom?
— Ótimo, se não estivesse com raiva de você eu até te daria um beijo.
— Se eu fizer isso amanhã, tenho chances de ganhar o beijo?
— Quem sabe? Agora é a minha vez. — Ela pega o frasco de shampoo e despeja um pouco
nas mãos, e faz sinal para eu me abaixar um pouco.
Fico um pouco receoso do toque, mas o movimento suave das mãos dela e a leve passada
das unhas dela em meu couto cabeludo me fazem relaxar e fechar os meus olhos.
— Está gostando? — Pergunta.
— Sim, é diferente. — Admito, eu nunca tive esse tipo de aproximação com outra pessoa. —
Mas um diferente bom.
Ela faz sinal para que eu me ajeite e coloque a cabeça em baixo da água.
— Preciso de roupas.
— O seu lado do closet está cheio de roupas que mandei que comprassem para você.
— Você é o que? Algum tipo de Christian Grey?
— Não, mas se quiser que eu bata na sua bunda é só virar que eu faço com todo prazer.
— Isso é…
— Fantástico?
— Ridículo, bem ridículo. Agora termine seu banho de uma vez enquanto eu me visto. Quero
ir ver meu pai. — E assim ela me deixa sozinho no banho.
Não me demoro muito no banho, sei como é difícil ter um parente em um hospital. Eu fiquei
apavorado quando meu irmão tomou um tiro, imagino ela. Me seco e saio nu do banheiro em
direção ao closet. Lara fica parada me olhando com a boca aberta.
— Qual é o seu problema?
— Meu problema?
— Sim cadê suas roupas?
— Eu estou indo pegar, e não é como se você não tivesse me visto pelado agora pouco.
— Mas foi diferente.
— Não foi diferente, e não comece. — A deixo parada no quarto.
Vou para o closet, coloco uma roupa simples. Jeans escuro, camisa branca, jaqueta do clube
e um coturno. Lara está vestida da mesma forma que eu, jeans, camiseta e jaqueta. Por falar em
jaqueta, volto para o meu lado do armário e pego o Patch de senhora dela.
— O que é isso? — Ela diz, olhando para o Patch.
— Meu Patch, você tem que usar ele.
— Não tenho que usar ele, caso não lembre estou com você por causa do maldito contrato e
não por vontade própria. Portanto se quer que eu use suas merdas faça por merecer. — Ela se vira
e me deixa parado em meio ao quarto, com a boca aberta.
Lara está empenhada em me fazer sofrer e estou com muito medo de que consiga. Nesse
pouco tempo ela tem mais coisas minhas do que qualquer outra mulher que já esteve na minha vida
conseguiu.
E ela não faz ideia do que conquistou.
Capítulo 12
ALEXA

N ão posso acreditar que Alek engravidou Lara.


Ter esperma mágico deve ser uma coisa de
família, já que Tayler fez a mesma coisa
comigo. Mas isso não vem ao caso agora, não quando estou deitada nos braços do meu marido
enquanto ele apalpa a minha bunda.
Sei que isso não é nem um pouco romântico, mas ei, eu sou casada com um motociclista, e
depois do casamento que o Tayler fez pra mim, tenho certeza que ele é um homem romântico, ou o
que eu gosto de chamar de romântico enrustido. Novamente isso não vem ao caso.
Hoje eu tenho uma consulta marcada com a minha ginecologista aqui de Vegas, ela vai ver se
está tudo bem com o nosso bebê e me indicar um bom médico na minha cidade, já que não
pretendo ficar viajando de um lado ao outro com um baita barrigão.
Viajar costuma me deixar de mau humor e eu normalmente desconto isso no Tayler, que por
consequência me dá o melhor sexo de reconciliação de todos os tempos.
— O que você está pensando? — Meu marido pergunta.
— Na minha consulta com a Doutora Cris.
— Quem é essa doutora Cris?
— Minha média ginecologista, eu quero ver como está o bebê e depois pedir a ela um
encaminhamento para um médico lá perto de casa, não quero ficar viajando sempre. — Passo a
língua na tatuagem que ele tem no peito.
— Hum… — Ele geme. — Concordo com você, não vou querer viajar com você grávida. —
Deslizo minha mão até o pau dele e o agarro. — Porra, Alexa. — Ele me tira do peito dele com
um movimento e se encaixa entre minhas pernas.
— Vamos ter que ser rápidos, a consulta é em uma hora.
— Eu posso ser rápido e ainda assim te fazer gritar o meu nome. — Dito isso ele desliza a
mão dele no meio das minhas pernas e começa a acariciar meu clitóris em movimentos circulares.
— Isso, coloque seus dedos dentro de mim. — Peço.
— Tudo a seu tempo, baby. — Ele leva um dos meus seios na boca e chupa meus mamilos.
Sua língua ajuda a aplacar um pouco da deliciosa dor, e a combinação de mordidas e
chupões, seguida de mais lambidas me deixa louca de desejo e minha boceta que antes estava
molhada agora está encharcada.
— Não deixe marcas em mim Tayler e não esqueça que temos que ser rápidos, não posso ir
com a minha boceta toda gozada na médica. — Reclamo.
— Baby você não vai ir, depois que eu acabar de te foder eu vou limpar sua bucetinha com a
minha língua. — Ele intensifica o movimento dos dedos dele dentro de mim, me deixando mais
perto se um orgasmo.
— Tayler mete logo seu pau dentro de mim. — Mando e em seguida completo; — Se deixar
marcas de chupão em mim, você não vai ter nenhuma ação pelo resto da nossa lua de mel.
— Porra mulher, não me trate como seu escravo sexual. — Ele fala e sem que eu espere
mete seu pau com tudo dentro de mim, ele não me machucou, mas definitivamente não foi muito
gentil.
A cada movimento que ele fazia com o quadril e as mãos dele apertando minha cintura me
faziam delirar de prazer, até que finalmente eu me entrego ao prazer e gozo. Mesmo tendo me feito
gozar, Tayler não para e torna suas estocadas mais intensas, em busca do próprio prazer, e quando
ele goza eu o sigo.
É cadelas, eu tenho um marido que cumpre o que promete!
Tayler sai de dentro de mim e quando penso que acabou, ele ergue o meu quadril em direção
ao seu rosto e começa a me torturar com sua língua.
— Ohh…
Mesmo com as minhas manifestações de prazer, Tayler fica em silêncio, seus olhos fixos nos
meus enquanto sua língua suga todos os vestígios do nosso prazer. Infelizmente tivemos um
imprevisto, eu gozo mais uma vez.
— Acho melhor nós terminarmos isso mais tarde, por hora temos que tomar banho e ir ver
nosso bebê. — Ele fala e me puxa para ele, passo minhas pernas em volta do seu quadril e ele nos
leva para o chuveiro.
Ao contrário do que se poderia pensar de uma foda como a nossa, nosso banho não foi nem
um pouco interessante, nós nem mesmo nos tocamos para que as coisas não ficassem intensas. É o
que estar atrasado faz com o romance, deixa a sua periquita com a sensação de estar em um vulcão
e dá a ela apenas um pequeno ventilador.
Deus, essa cena seria engraçada!
Saio do banho e coloco um sutiã e calcinha, seguido de um vestido de verão, para o calor
infernal de Vegas, é a roupa mais adequada, deixo o meu cabelo solto com apenas um arco o
prendendo. Quanto ao Tayler? Bem, ele está no seu usual estilo fodão gostoso.
Se nós não estivéssemos tão atrasados, eu pularia nele. Mas como tudo o que é bom dura
pouco, o meu marido deixa de ser o cara sexy e passa a ser o chato que reclama das minhas
roupas.
— Todos os homens vão olhar para as suas pernas, é melhor você trocar a porra do vestido!
— Ele está me encarando com os braços cruzados.
— Nem venha com essa, não vou trocar o vestido só porque você está de implicância. —
Passo por ele, mas ele me puxa para ele e me prende contra seu peito.
— Eu sou seu marido e você podia ser gentil comigo e trocar o vestido. — Encaro ele por
um tempo e depois falo.
— Não, baby não é como se os homens fossem dar em cima de mim, ainda mais com você. E
outra nós vamos de carro até a clínica e lá só vai ter mulheres grávidas. — Falo.
É mais provável que eu tenha que bater em alguma vadia grávida por olhar para o meu
homem.
— Ok, mas não me culpe se eu matar alguém. — Ele me puxa para porta e saímos.
— É mais fácil eu ter que atirar em mulheres grávidas por olharem para o meu marido do
que o contrário. — Digo a ele o meu pensamento.
Felizmente ninguém entra no elevador e eu não passo muito tempo dentro dessa caixa da
morte. Quando chegamos no estacionamento, Tayler me guia até o nosso carro e me ajuda a entrar.
Luto para não revirar os olhos para o quão exagerado Tayler pode ser. Por mais que eu
esteja casada com um motociclista fodão, sou obrigada a andar de carro até que os bebês nasçam.
E se eu for sincera, acho isso muito fofo da parte dele.
Passo o endereço da minha médica e em silêncio vamos até a clínica. Sabe, antes do Tayler
eu tinha medo de que quando me casasse esses momentos de silêncio fossem ser chatos e
desconfortáveis, mas agora percebo que nada fica chato ou desconfortável com Tayler. Só de estar
perto dele já é o suficiente para me deixar calma.
— Será que tem muitas pessoas na nossa frente? — Ele pergunta enquanto estacionamos.
— Não, eu liguei mais cedo e confirmei a consulta. — Conto. — Logo que entrarmos a
doutora vai nos chamar.
Como prometido assim entramos, a secretária avisa que a doutora já está nos esperando.
— Alexa, a que devo a visita? — Cris vem me cumprimentar e se surpreende ao ver Tayler
ao meu lado.
— Estou grávida e queríamos ver se o bebê está bem, também temos algumas perguntas e
queríamos ver se a senhora conhece algum profissional bom que atenda em nossa cidade. — Ela
assente com a cabeça.
— Ok, sentem-se, você está com a bexiga cheia? — Pergunta.
— Não. — Admito.
— Bem, enquanto vou esclarecendo as suas dúvidas você pode tomar essa garrafa de água e
em seguida podemos fazer uma transvaginal. — Concordo com a cabeça e começo a tomar água.
Tayler é o primeiro abrir a boca e começar a fazer perguntas a médica.
— Eu quero saber se essa gravidez traz algum risco para a minha mulher?
— De forma alguma, a gravidez é um processo natural para nós mulheres. Pode haver alguns
riscos, por isso é necessário que ela tenha acompanhamento adequado em todas as fases. — A
médica explica. — A pressão de Alexa está perfeita e ela é uma mulher saudável, tudo vai ocorrer
bem.
— E sexo? — A pergunta de Tayler me faz ficar vermelha.
— Muitos maridos se preocupam com isso, e está tudo bem. Ter relações sexuais durante a
gravidez é perfeitamente normal, seu bebê está seguro lá dentro. — A médica tranquiliza.
Eles passam alguns minutos conversando sobre o bebê e eu, Tayler está agindo como se eu
não estivesse ali, meu marido tomou as rédeas da minha gravidez e está definitivamente virando o
papai urso. Enquanto isso eu tento controlar a minha ansiedade para ver o meu bebê e ouvir seus
batimentos.
Quando finalmente chega o meu momento, a doutora primeiro nos mostra o batimento
cardíaco, e eu não consigo me controlar e começo a chorar. Nunca me imaginei como sendo uma
mãe e agora que sou, sinto como se o meu coração fosse explodir de amor por um ser que eu nunca
vi antes.
Passado a parte dos batimentos a doutora nos mostra três pontinhos na tela e eu me pergunto
o que está acontecendo aqui?
— Por que têm três pontinhos na tela? Nosso bebê tem três corações? — Tayler fala cada
maluquice.
A doutora Cris dá risada e balança a cabeça.
— Não senhor, vocês terão trigêmeos. — Diz. — Meus parabéns.
Eu estava prestes a ter um ataque ou até mesmo desmaiar devido a esse misto de sentimentos
de pavor, medo e então mais uma vez é como se o meu coração tivesse dobrado de tamanho. A
questão é, enquanto eu estava me tornando essa bagunça interna, Tayler estava sendo bem, ele
estava sendo um homem.
Primeiro ele chorou, segurando a minha mão e dizendo o quanto me amava e como seriamos
bons pais, e em seguida o meu marido corajoso, caiu duro no chão.
Nos primeiros minutos eu até me preocupei com ele, mas então a médica me garantiu que ele
estava bem e alguns enfermeiros vieram e o colocaram em uma maca. Até mesmo considerei
deixá-lo sozinho no hospital, mas isso pegaria mal.
Que esposa abandona o marido em plena lua de mel? Nenhuma.
Então eu esperei e enquanto fiz isso, coloquei os meus pensamentos em ordem. Nossa vida
vai ser um caos, ter três bebês de uma vez só deixaria qualquer um assustado, mas então eu vejo
Tayler deitado na cama e sei que ele vai fazer de tudo para me ajudar, e essa sensação vai embora
e eu não vejo a hora dessas crianças saírem de mim.

***
TAYLER
— Meus parabéns vocês vão ter trigêmeos. — Fala a médica da Alexa nos olhando com um
sorriso.
Fico parado por um tempo digerindo a informação em seguida tenho um misto de
sentimentos; fico feliz, assustado e por fim o medo me vence e a minha vista escurece e não vejo
mais nada. A próxima coisa de que me lembro é de acordar com a Alexa sentada ao meu lado, com
uma cara de riso.
— Finalmente você acordou, Bela Adormecida. — Zomba, passando a mão pelo meu
cabelo. — Agora podemos ir embora?
— Claro. — Faço de conta que não paguei a porra do mico do século, me levanto e dou a
mão para Alexa a puxando gentilmente para fora da sala.
Felizmente o meu desmaio não é o tema de conversa que a Alexa escolheu.
— Satisfeito? Seu pau sabe trabalhar direito e graças a Deus vou ter que passar por uma
única gravidez.
— Não estou gostando de você agora. — Brinco.
— Mas gostava antes de desmaiar no consultório da minha ginecologista. — Ela nunca vai
me deixar esquecer essa merda.
— Vai ficar me lembrando disso para resto das nossas vidas?
— Claro que sim! Mas não só eu, tirei algumas fotos e mandei para o meu pai. — Confessa.
— Vou dar uns tapas na sua bunda. — Pra afirmar o que eu estou dizendo dou um tapa em
sua bunda, devagar.
— Ei, eu não tenho culpa que você é um molenga. — Provoca assim que entramos no carro.
— Vou mostrar o molenga para você lá no hotel. — Ela deita com a cabeça no meu ombro
enquanto dirijo.
Infelizmente no momento em que chego ao hotel, recebo uma chamada do meu irmão e
depois outra só que em outro número, ao que parece as coisas estão fodidamente estranhas no
clube e ele está precisando de mim lá. No entanto, como nada com Alek é normal ou previsível
tenho que alugar a porra de um jato particular e não deixar ninguém saber que estamos voltando
para casa.
— Por que ele pediria uma coisa dessas? — Alexa está sentada em cima das minhas costas
me massageando.
— Alguma merda grande aconteceu, e tudo o que sei é que o clube foi atacado.
Ela sai das minhas costas e deita ao me lado, coloca a mão no meu rosto e faz carinho. Posso
ver pela expressão que ela está com medo.
— Alguém se machucou?
— Alguns prospectos que estavam de guarda morreram, e por mais merda que isso seja, não
quero pensar nisso agora. Esse é nosso último dia aqui e confio neles para segurar a onda enquanto
fingimos que nada está acontecendo por mais algumas horas — Falo me levantando e me
colocando entre suas pernas.
— Não fique assim. — Ela passa os dedos pelos meus cabelos, e suas carícias são sentidas
no meu pau. — Tayler, nós dois sabíamos que isso poderia acontecer, e eu também quero fingir por
mais algumas horas que não tenho o risco de quase te perder mais uma vez.
Porra, eu não quero que ela fique se sentindo dessa forma.
— Não vai acontecer de novo, agora que tenho vocês na minha vida, vou matar antes de
morrer. — Garanto. Nenhum filho da puta vai brincar com a minha família e desde que Lara é
parte do clube e namorada do meu irmão então isso inclui ela.
— Ótimo e como pretende ir para casa sem pegar um voo normal?
— Alugando um jato.
— Isso não vai dar certo! Mesmo pagando eles vão pedir documentos e podemos ser
rastreados.
— Alek disse que podem estar usando os recursos do FBI.
Pensar que alguém que tem conhecimento e poder para nos atacar está correndo por aí a
solta me deixa nervoso.
— Nesse caso vamos usar os meus recursos.
— Eu fico duro só de ouvir você falar assim.
— Sorte sua que sou boazinha e posso dar um jeito nisso. E quando digo isso, estou me
referindo as duas coisas.
— E como você pretende dar um jeito?
— Em você ou em nosso transporte? — Ela franze a testa, a barriga de Alexa está
aparecendo já.
— No voo?
— Eu tenho alguns amigos a quem sempre dou uma ajuda quando se encrencam, e por acaso
eles são pilotos e tem um avião. — Ela sai de baixo de mim e faz com que me deite por baixo
dela.
— Sabe que não podemos ser bruscos. — Reclamo, pensando no que sua médica me disse.
— Pobre bebê, você não pode ser brusco comigo, mas eu posso ser com você. — Provoca.
— Baby, eu só quero estar dentro de você agora. — Com isso eu a puxo com cuidado para
cima de mim e rolo pro lado. — Vamos ser contidos agora.
— Você é tão chato.
— Apenas seguindo ordens médicas, não vamos fazer nada que possa machucar você e os
bebês.
— Bebês. — Repete e suspira. — Já imaginou isso, vamos ter três filhos de uma vez. — Ela
fala com um misto de medo e emoção.
— Não pode negar que sou um garanhão reprodutor. — Me gabo.
— Um garanhão reprodutor que vai transar comigo apenas de camisinha depois que essas
crianças nascerem, não podemos arriscar ter mais bebês, não quando vamos ter três de uma só vez.
— Divaga.
Olho nos olhos da Alexa, e me pergunto como pude viver tanto tempo sem ela? Como eu tive
coragem de afastá-la de mim há sete anos? Se eu tivesse que fazer isso novamente, tenho certeza
de que estaria morto, o meu coração não aguentaria passar por isso mais uma vez.
— Eu te amo e não importa quantos filhos nós teremos, e olha que eu quero muitos com
você.
— Muitos?
— Uns 10 está de bom tamanho, já temos três.
— Você acha que eu sou o que, uma cadela que pari de monte? — Pede irritada.
— Não. — Respondo, para evitar uma briga desnecessária. — A mulher que eu amo e não
vou abrir mão de construir uma família e te manter presa a mim.
— Eu também te amo. — Ela fala e ergo o vestido dela, puxo meu pau para fora da calça,
deslizando-o sobre seu clitóris, em seguida guio para a sua entrada apertada.
Deslizo com facilidade dentro dela já que ela está encharcada. E assim nós fazemos amor
com calma e cuidado, como deve ser quando se está grávida de trigêmeos.
— Se você continuar com essa folia de ir devagar, vou chutar sua bunda e usar um vibrador.
— Ameaça.
— Não me provoque. — Movimento meu quadril fazendo ela gemer mais alto.
— Lara me disse que seu irmão tem um piercing, por que você não põe um? — Alek sempre
fodendo a minha vida.
— Nem fodendo vou deixar uma agulha perto do meu pau. — Meto nela com força, se Alexa
quer uma foda bruta, vou dar uma foda bruta e com carinho ao mesmo tempo.
— Foda sim. — Grita. — Mais forte Tayler, toque meu clitóris. — Pede e eu levo a minha
mão sobre o pequeno botão inchado dela e ela geme e se contorce em baixo de mim. — Mas sobre
o piercing eu adoraria que você colocasse um.
— Meu pau não está bom o suficiente assim? — Giro meu quadril de novo e ela geme e
crava as unhas nas minhas costas, e porra isso é muito sexy.
— Está! Mas sabe como é, a grama é mais verde do outro lado. — Alexa passa língua no
meu pescoço e depois dá um chupão.
— Posso perder a ponta do meu pau se aquilo infeccionar. — Ela quer mesmo ter esse tipo
de conversa em uma hora dessas? Justo quando estou tão perto de gozar?
— Nesse caso, deixa quieto não quero correr o risco de perder uma das… Oh céus, sim…
Eu vou gozar. — Ela interrompe o que estava falando, sinto seu interior se apertar e ela goza em
volta do meu pau.
— Porra Alexa, não vou aguentar mais. — Meto nela mais algumas vezes e enfim gozo,
enchendo a minha mulher, e futura mãe dos meus filhos com a minha porra.
— Eu gosto das nossas conversas durante a foda, elas são esclarecedoras. — Provoca, e eu
a beijo.
— Gosto de todas as nossas conversas. — Admito.
— Que bom, você ainda consegue me deixar surpresa com o quanto pode ser fofo!
— Sou assim com você, só com você. — Respondo com toda sinceridade. — Mesmo
espalhando fotos minha desmaiado. — Dou um selinho nela que cai na gargalhada.
— Eu te amo porque você me faz dar risada quando eu estou apavorada. — Ela acaricia meu
rosto. — Agora preciso levantar e telefonar para esse meu contato.
— Não sei, eu gosto de onde estou. — Digo, mas saio de dentro dela.
— Também gosto de ter você assim baby, mas temos coisas a fazer e uma delas é salvar a
bunda do seu irmão.
Observo Alexa se levantar e andar pelo quarto nua, ela é a grávida mais linda que já vi. E a
ideia de que em breve vamos ter três bebês chegando me deixa com uma sensação de paz, sei que
vamos ficar um tempo sem sexo e também vamos dormir pouco, mas é assim que uma família de
verdade é.
E quero dar para os meus filhos, tudo aquilo que eu não tive.
Capítulo 13
LARA

F
acalmar, mesmo com todo o meu mau humor constante.
inalmente estou no hospital e vou poder ver o meu
pai. Por mais preocupada que eu esteja, tenho que
admitir que Alek foi muito gentil em tentar me

— Olá, estou aqui procurando por um paciente, o nome dele é Mick. — Falo com a
recepcionista. — Ele deu entrada aqui há pouco tempo.
— Lamento, mas eu só posso dar informações para familiares então…
— Eu sou a filha dele e se você não me falar onde ele está vou fazer um escândalo aqui. —
Ameaço.
— Fique calma senhorita, ele está no quarto 210 e o médico está com ele.
Assim que a mulher me diz, eu saio em disparada em direção ao quarto onde meu pai está,
Alek me segue de perto, preocupado comigo e com o que os meus nervos podem fazer com o nosso
bebê.
Ele me disse que me contou sobre o meu pai para que eu soubesse que ele está falando sério
sobre a gente e que não vai mais esconder nada de mim. Não vou negar que fiquei muito
agradecida por sua atitude, mas se Alek pensa que vou facilitar para o lado dele, está muito
enganado.
Por mais que eu sofra no processo, se ele me quiser de volta vai precisar mostrar que está
empenhado em nos fazer dar certo.
Quando entro no quarto, vejo meu pai dormindo. O médico está ao lado dele com uma pasta
nas mãos e fazendo anotações enquanto a enfermeira monitora sua pressão arterial. Assim que
entro sua atenção se volta para mim.
— Quem é você? — Questiona.
— Eu sou a filha, gostaria de saber se está tudo bem com o meu pai. — Respondo.
— Certo. — Diz. — Seu pai nos deu um grande susto, em especial na doutora Willow. A
bala passou perto do coração, por sorte não atingiu nenhuma artéria. — Explica. — Ele está
sedado e vai passar um tempo aqui em observação.
Claro que algum bastardo tentaria matar meu pai. Essa situação tinha que acontecer justo
quando a minha vida está uma verdadeira bagunça.
— Posso ficar aqui com ele?
Sinto Alek me encarando do outro lado do quarto.
— Lamento, mas não. — Ele deve ter visto a minha cara nervosa, pois logo diz; — Vou dar
uns minutos para vocês dois ficarem a sós com ele e em seguida peço que vão embora, ele precisa
de descanso. — Com isso ele sai e a enfermeira o acompanha.
Assim que eles saem, vou até a cama do meu pai e seguro sua mão na minha. A sensação de
medo que estou sentindo é horrível. Eu nunca pensei muito sobre a morte e ter ficado cara a cara
com ela duas vezes em um curto espaço de tempo está me deixando apavorada.
— Lara? — Alek me chama e imediatamente sinto sua mão no meu ombro. — O médico
disse que não podemos ficar muito tempo, nós precisamos deixar seu pai se recuperar.
— Nós acabamos de chegar. — Protesto.
— Não, nós estamos aqui há meia hora e você ficou apenas olhando para o seu pai.
— Estou assustada Alek, quase perdi meu pai. — Me viro e choro contra seu peito. — Não
quero ir embora e deixá-lo aqui.
— Eu sei que é difícil para você ir, mas nós temos que deixar ele sozinho agora. Amanhã de
manhã voltaremos. — Ele me dá um beijo na testa.
Alek me leva para fora do hospital e entramos no carro dele, como não quero conversar, ligo
o rádio e espero que ele entenda que não estou a fim de conversar nesse momento. No entanto,
Alek tem outros planos e em vez de ir para casa, ele para em uma pizzaria.
— Você não comeu nada o dia todo e eu estou faminto, juntei o útil ao agradável e por isso
estamos aqui. — Sai do carro e dá a volta, abrindo a minha porta. — Senhora. - Ele faz uma
reverência, eu desço do carro e ele me guia para dentro da pizzaria.
Quando entramos vejo que o lugar é simples, mas sofisticado ao mesmo tempo, para que
ninguém se sinta deslocado.
— Gostou? — Pergunta.
— Sim, como você conhece esse lugar? Achei que tivesse mudado para Nova York ainda
jovem e esse lugar aqui parece ser novo. — Estou intrigada.
— Venha. — Ele me puxa para uma mesa no canto e eu me sento com ele ao meu lado, e só
então Alek começa a falar. e começa a contar. — Esse lugar está aberto desde que eu era criança,
eles apenas fizeram uma reforma.
— Sua mãe te trazia aqui?
— Às vezes. — Dá de ombros e olha em volta. — Quando ela queria me manter de boca
fechada sobre… — Ele para de falar, vendo que deixou escapar algo. — De qualquer forma, não é
a hora certa para falar disso.
— Um dia você vai ter que falar comigo sobre isso, mas só quando estiver pronto.
— Isso quer dizer que você vai nos dar uma chance? — Pergunta esperançoso.
— Não, isso significa que estou te dando um ano para me conquistar, caso não aconteça vou
embora e a única ligação que teremos será nosso filho.
— Vou te contar, só não estou pronto pra falar agora. — Ele parece desesperado.
— Não vou te pressionar, isso é coisa sua. — O tranquilizo. — Só espero que um dia você
confie em mim. — O garçom escolhe essa hora para aparecer.
— Alek, quanto tempo. — O garçom é um senhor de cabelos brancos com um sorriso gentil.
— É ótimo te ver de volta, gostei da reforma. — Alek responde sorrindo.
— Foi uma coisa necessária, depois da reforma o movimento aumentou muito. — Conta.
— Isso é muito bom. — Alek pisca para mim e nos apresenta. — Toni essa aqui é minha
mulher Lara, Lara esse é Toni, um velho amigo meu. — Estendo minha mão para Toni e ele em vez
de apertar, dá um beijo.
— É um prazer conhecê-la madame. — Me divirto com o galanteio.
— Pode me chamar de Lara, todo amigo do Alek é meu amigo.
— Então você vai ter poucos amigos, esse garoto é marrento. — Toni me faz rir.
— Assim que você parar de flertar com a minha mulher, Toni, vou querer a mesma de
sempre. — Alek brinca.
— Claro, e para beber?
— Refrigerante. — Falo ao mesmo tempo que Alek diz. — Suco de laranja.
Alek me encara e diz;
— Você não pode tomar cafeína e isso tem no refrigerante.
— Eu quero. — Cruzo os braços, Toni está assistindo nossa cena com sorriso no rosto.
— Não pode tomar e ponto! — Rebate ele.
— Se o bebê nascer com cara de Coca-Cola, a culpa vai ser sua. — Digo e isso o convence.
— Tudo bem, mas apenas hoje.
— Ótimo, vou buscar o pedido de vocês dois. — Toni sai.
Alek fica me olhando por um tempo, ele está pensativo, mas o sorriso no rosto dele me faz
querer saber tudo o que está se passando em sua mente.
— Alek, você está me assustando.
— Eu estou feliz, e eu também gosto disso. — Ele acena para nós.
— Disso?
— Estar aqui, com você e em breve nosso filho. — Sorri, e eu realmente percebo o que ele
está querendo dizer. — É como se eu estivesse tendo uma segunda chance.
Ok, essa parte eu não tenho nenhuma ideia do que signifique, mas entendo o que ele diz
sobre estar feliz, eu posso ver um pouco daquela aura sombria e obscura que sempre está presente
em seus olhos.
— Acho que só vou entender as coisas que você fala quando você decidir me contar sobre
seu passado. — Brinco com o meu guardanapo.
— Talvez quando chegarmos em casa eu te conte tudo. — Ele sabe o que está fazendo.
— Você está me deixando nervosa e ansiosa, se você não me contar, vou morrer de
curiosidade. — Declaro, e ele ri.
— Prometo não mudar de ideia, mas não vai ser uma coisa fácil e muito menos bonita. —
Ele fala, meu coração se parte só em pensar que alguém um dia fez mal a ele.
— Eu sei, mas independente disso quero que saiba que estou aqui agora e seu filho e eu
vamos sempre te apoiar e te amar. — Estendo a minha mão por cima da mesa e pego na dele.
— Sei que vou soar como uma bicha agora, mas diga de novo. — Ele pede.
— Dizer o que? — Pergunto confusa.
— Que você e meu filho me amam e sempre estarão comigo. — Vejo dor em seus olhos.
Maldito machismo e sua forma de fazer com que todos tenham que seguir suas regras
estúpidas. Qual o problema que os homens veem em chorar, declarar seu amor e até mesmo pedir
por ele? Demonstrar sentimentos não é algo que deveria fazer as pessoas se sentirem mal.
— Em primeiro lugar, demonstrar sentimentos não faz de você uma bicha, na verdade esse
termo é horrível. — Declaro. — Em segundo lugar, nós sempre estaremos ao seu lado. Eu te amo
Alek e mesmo se no final desse ano nós não ficarmos juntos, sempre vou te apoiar. Acima de tudo
te admiro e isso não muda, nem com esse contrato maluco ou com as camisinhas furadas. —
Admito.
— Eu vou conquistar você, vou te provar que por mais estranho que seja a minha forma de
amar, eu te amo. — Essa confissão dele faz meu coração disparar.
Toni escolhe esse momento para trazer nossos pedidos, a pizza de quatro queijos está
cheirando muito bem. Depois que ele se afasta, Alek nos serve um pedaço e a primeira mordida
que eu dou é como se tivesse tendo um orgasmo pela boca.
Ok! Isso foi estranho, mas a pizza é fantástica! Tão fantástica que eu solto um gemido, e
quando abro meus olhos, Alek está me observando olhos escuros de desejo. Engraçado, achei que
agentes secretos fossem bons em esconder as emoções, mas Alek sempre deixa claro o que está
sentindo, principalmente em relação a sexo.
— Porra Lara, não faça isso. — Diz. — Você não quer que eu te toque, então pare de me
deixar de pau duro. Coma direito essa comida, e não como se tivesse comigo chupando sua boceta.
Claro, ele tem que ser um ogro.
— Céus Alek, não fale essas coisas aqui, alguém pode escutar. — Sinto as minhas
bochechas ficarem vermelhas.
— Não é como se as pessoas possam nos escutar aqui e outra, esses casais também fazem
isso.
— Mas eles não precisam saber que você… — Não consigo terminar de falar, Alek me
interrompe.
— Que eu chupo sua boceta até que você goze e não consiga sentir suas pernas?
— Por aí.
— Bem dona inocente, você está grávida de um filho meu e não foi comendo melancia que
ele chegou aí. — Com um sorriso e uma piscadela, Alek morde sua pizza, e nós damos o assunto
por encerrado.
O resto do jantar é tranquilo e divertido, Alek e eu falamos sobre nossas vidas e o que
vamos fazer no quarto do bebê. Eu quero um quarto branco e com tema de circo, já Alek quer um
quarto amarelo-claro e tema de bichinhos.
Bem depois de ouvir toda a ideia dele eu admito que o quarto ficaria um sonho de tão fofo.
— E quanto ao sexo do bebê? — Questiono.
— O que tem isso? — Pergunta confuso.
— Você quer saber se é menina ou menino antes de nascer, ou vai esperar pelo nascimento?
— Eu queria saber antes, para que a gente possa se preparar para a chegada. Mas se você
quiser saber depois, eu vou aceitar a sua decisão, afinal vindo com saúde é o que importa. — Dá
de ombros e volta beber seu refrigerante.
Alek sempre sabe como balançar o meu mundo. Tem como uma pessoa ser mais amável do
que isso?
— Também quero saber, e assim saber o que comprar de roupas, decoração e enxoval.
— Você e a Alexa vão gostar de ir as compras juntas.
— Claro que sim! Falei com a Alexa hoje e ela me disse que tinha novidades para todos,
Tayler, no entanto, parecia que estava passando mal. — Conto.
— Meu irmão só fica nervoso se for algo envolvendo a Alexa, caso contrário ele resolve
tudo friamente. — Comenta Alek e sei que ele está certo.
— Dessa parte eu sei. — Concordo, lembrando dos dramas do Tayler com o casamento. —
O que nos resta é esperar ambos voltarem para casa. Eles estarão de volta essa semana?
— Tayler não pode ficar tanto tempo longe do clube, e ele quer manter Alexa em casa e
perto de um médico confiável. Por falar nisso, nós precisamos achar um médico na cidade para
acompanhar a sua gestação.
— Eu sei, vou esperar Alexa e Tayler voltarem e vou no mesmo médico que ela.
— A única condição que tenho é que seja um bom médico, quero vocês dois seguros.
— Eu também quero manter o bebê bem seguro. — Falo. — E o Tayler não deixaria a Alexa
na mão de qualquer um. — Lembro e em seguida bocejo, Alek vê e imediatamente levanta a mão,
chamando Toni.
— Sim. — Concorda enquanto ele se aproxima da nossa mesa, e assim que ele chega diz; —
Eu preciso da conta, estamos cansados e a Lara precisa ir para a cama. — Explica e Toni pega um
bloco e calcula tudo o que consumimos, Alek tira uma nota de cem dólares e diz para ele ficar com
troco.
Toni não se surpreende com a gorjeta o que mostra que é algo normal das visitas do Alek a
pizzaria.
— Até a próxima Toni. — Nos despedimos e saímos.
Do lado de fora, Alek me ajuda a entrar no carro. Tento lutar contra o cansaço, ansiosa para
saber sobre a infância dele e o que ele quis dizer no restaurante. Seja o que for que tenha
acontecido fez um grande estrago nele. Mas o som suave do motor do carro e seu movimento logo
me fazem pegar no sono.
Só percebo que já chegamos, quando Alek abre minha porta e me leva no colo para dentro
de casa, não sei como ele consegue subir comigo até o nosso quarto, mas ele me deita na cama e
com um beijo na minha testa me cobre, e logo estou dormindo novamente.
Capítulo 14
LARA

A cordo no meio da noite com um pouco de enjoo,


e corro para o banheiro tento não fazer muito
barulho para não acordar Alek, enquanto coloco
meu estômago para fora. Meu médico tinha me advertido sobre os enjoos, mas ele nunca me disse
que os enjoos matinais poderiam começar de madrugada.
— Lara? — Chama Alek, sua voz preocupada. — Você está bem?
— Sim. Volte a dormir, já estou voltando para a cama. — Falo, antes que mais uma onda de
ânsia tome conta de mim e eu vomite novamente.
Alek fica quieto e eu penso que ele voltou a dormir, mas logo sinto suas mãos puxando o
meu cabelo longe do meu rosto, me sinto envergonhada e ao mesmo tempo agradecida por ele ter
vindo me ajudar.
— Por que não me chamou e disse que estava passando mal? — Ele pergunta zangado.
— Não tem porque nós dois ficarmos acordados se o problema é meu.
— Não é um problema seu, você é minha mulher e está grávida do meu filho. — Rosna
irritado. — O mínimo que posso fazer é cuidar de você e do nosso filho. — Ele me ajuda a
levantar do chão.
— Isso não é…
— Lara, cale-se. — Manda. — Vou pegar uma água para você se hidratar.
Alek sai e eu vou para o quarto e me sento na cama. Surpreendentemente depois de ter
vomitado que nem uma maluca, percebo que estou com fome, e assim que Alek entra no quarto e
me estende a garrafa d’água, eu falo;
— Alek, eu estou com fome.
— Você acabou de pôr tudo para fora, acha que comer é uma boa ideia? — Ele está me
olhando como se eu fosse maluca.
— Acontece que estou com muita fome. — Levanto da cama e sigo para a cozinha.
Ele tenta me segurar e quando percebe que não vai conseguir, me segue em silêncio para a
cozinha.
Abro a porta da geladeira e tiro de lá um bolo enorme de chocolate com recheio de
brigadeiro, depois que o coloco no balcão abro o congelador e tiro um pote de sorvete de creme,
em seguida vou para o armário e pego um prato e colher, corto uma fatia do bolo e coloco um
monte de sorvete do lado.
Alek está me olhando horrorizado com a quantidade de bolo e sorvete, mas depois ele pega
uma colher e se junta a mim. Comemos juntos o bolo e o sorvete e quando terminamos ele guarda
as coisas e vamos para a cama.
Me viro de costas para ele, mas quantidade de doces que eu comi acabou me tirando o sono.
— Alek?
— Está tudo bem? — Pergunta.
— Sim. Acha que pode me contar agora o que aconteceu com você?
— Não. — Diz seco.
— Mas você disse…
— Eu sei e lamento isso, achei que estava pronto, mas percebi que não quero que mude a
forma como me vê.
— Como um canalha? — Brinco.
— Como alguém digno de amor. — Eu não sei o que fizeram com ele, mas o fato dele ter
medo de eu não o achar digno de amor me mata. — Lara? — Ele me chama depois de uns minutos
de silêncio.
— Sim?
— Será que você pode deitar no meu peito? Preciso de você perto de mim.
Me arrasto até o peito dele e passo a perna por cima das dele, foi bom ter essa proximidade
com Alek depois de tudo, e ele ainda me ajudou a dormir mais rápido. No dia seguinte acordo
sozinha na cama, pelo visto Alek é um madrugador ou ele está me evitando. Olho no relógio ao
lado da cama e vejo que já passa das10:00hs da manhã.
Acho que sou eu que durmo demais.
— Estava vindo te acordar. — Fala Alek saindo do banheiro. — Meu irmão e a Alexa estão
voltando amanhã e as senhoras estão se reunindo no clube, planejando uma festa. Não que a Alexa
vá ficar feliz com algumas delas.
— Alexa não gosta das putas lá, as senhoras não são nenhum problema. — Me levanto e
passo por Alek para ir ao banheiro.
Fico sozinha lá e evito pensar na noite de ontem, Alek mexeu comigo com a forma carinhosa
que ele me tratou, mas minhas barreiras estão erguidas com tudo. Claro não ficaram erguidas por
muito tempo já que ele entrou comigo no banho e passou a mão em volta de mim, me abraçando
por trás.
— O que você está fazendo aqui? — Tento me afastar dele, mas ele me mantém presa contra
seu corpo.
— Eu preciso de você. — Me prende com a minha frente colada na parede, meus mamilos
ficam duros.
— Não quero isso agora, Alek. — Falo nervosa, desejo ele mais que tudo no mundo, mas sei
também que se eu ceder ele vai me usar e em seguida se afastar.
Alek segura uma das minhas mãos em cima da minha cabeça, enquanto a outra mão dele
explora meu corpo até chegar entre as minhas pernas. Quando sua mão chega na minha boceta
encharcada, seu dedo brinca com meu clitóris, e com seus movimentos lentos ele me tortura, me dá
prazer e me leva a loucura, meus seios estão doloridos e implorando por atenção.
— Alek eu preciso…
— Sim, me diga o que você precisa. — Sussurra contra o meu ouvido. — Me diga que
precisa de mim dentro de você, da minha boca na sua pele, diga que me quer e eu vou ser todo seu.
— Sua ereção está pressionada contra as minhas costas.
Sou tomada por lembranças da mágica que o piercing dele faz comigo, do metal frio
deslizando sobre meu clitóris de forma provocante. Em um momento de súbita loucura eu cedo e
deixo Alek me usar, mas eu também tiro proveito.
— Me foda. — Mando.
— Vamos devagar com…
— Não Alek. — O interrompo. — Apenas me foda, isso aqui é uma foda e nada mais. Não
confio em você ainda e nesse momento estou prestes a subir pelas paredes se você não me foder
com força contra essa parede.
— É isso que você quer? Uma foda dura e bruta contra parede do banheiro? — Vejo um
lampejo de raiva em seu olhar.
— Sim, é tudo o que preciso de você nesse momento. — Respondo com o meu coração
gritando que não
Ele não discute comigo, simplesmente me vira de frente para ele e me beija, a língua dele
invade a minha boca e começamos a esfregar nossos corpos molhados um no outro. Levanto a
minha perna e Alek me pega em seu colo, com as mãos espalmadas na minha bunda. Passo as
minhas pernas em volta de seu quadril, ele guia sua ereção dentro de mim.
Fico esperando algo bruto e cru, mas não é isso o que acontece.
Ele me beija devagar, um beijo com necessidade, mas, ao mesmo tempo, querendo mostrar
amor, suas estocadas são firmes e ao mesmo tempo cuidadosa. Arfo em busca de ar quando ele
liberta a minha boca, e dá beijos no meu pescoço, lá ele me dá mordidas e chupões.
Suas mãos estão firmes na minha bunda, apertando e me mantendo no lugar.
— Isso não é o que você costuma fazer. — Falo e sinto o metal do piercing dele tocar um
lugar sensível na minha boceta.
— Isso é como eu faço com você. — Responde. — Você me pediu pra te foder e essa é
minha forma de mostrar que mesmo quando eu estou te fodendo, estou te venerando com meu
corpo, e que me importo com você e com nosso filho.
O meu subconsciente estava a ponto de me estapear, por ter caído em tentação e aceitado
dormir com Alek. Ele sabe como mexer comigo, as palavras que tem de usar e a forma de me tocar
para que eu fique mais apaixonada por ele.
Decido ficar quieta a respeito da sua declaração, e foco no prazer que ele está me dando.
— Eu vou gozar. — Anúncio.
— Ainda não, hoje vamos gozar juntos. — Ele fala e mete em mim mais umas cinco vezes e
grita — Goze agora. — E entre gemidos de prazer, gozamos juntos.
Alek não me coloca no chão imediatamente, ele me mantém com as pernas em volta de sua
cintura. É uma sorte ele ser um homem forte caso contrário estávamos os dois no chão, com as
pernas fracas dos orgasmos.
— Pode me colocar no chão. — Falo depois de me recuperar e Alek me libera.
— Preciso que você deixe que eu me aproxime de você. — Pede. — Se você lutar comigo a
cada segundo do dia, não vamos sair do lugar no nosso relacionamento. — Ele explode comigo, e
como eu não respondo ele abre a porta do chuveiro para sair.
— Não vá. — Peço. — Eu só estou nervosa, confusa e com medo. — Decido que me abrir
com ele não é uma ideia tão ruim e que isso vai ajudá-lo a me entender. — Olha só tudo o que
você fez comigo, a forma como me tratou e tudo mais. Eu me importo com você, mas não vou negar
que estou com medo de me entregar e te deixar entrar na minha vida novamente.
— Lara? — Ele se aproxima e me puxa em sua direção. — Vou te mostrar que me importo
com você. Não fique com medo de mim, prefiro morrer a ter que te magoar.
Fico em silêncio e me afasto dele, termino o meu banho e Alek continua no chuveiro comigo.
Esbarramos um no outro, algumas vezes, e diferente de antes o clima de agora é diferente, sempre
que nos esbarramos sorrimos um para o outro e trocamos olhares desejosos, mas nada além disso.
Quando saímos do chuveiro, Alek me observa enquanto me seco, seu olhar fica na minha barriga
que ainda está plana.
— Não vejo a hora do meu filho começar a aparecer. — Ele toca a minha barriga
timidamente, com medo da minha reação.
— Eu também, Alek. — Respondo. — Quem fez esse contrato?
Faz tempo que estou me perguntando que tipo de advogado maluco toparia fazer algo assim?
— Não tenho permissão pra falar sobre essa pessoa, mas posso te garantir que a intenção foi
a melhor. Agora entendo que essa brecha no contrato de um ano, é a forma dessa pessoa me fazer
lutar por você.
— Traduzindo, essa pessoa quer que você tire sua cabeça da bunda e se torne um homem. —
Dou risada.
— Foi basicamente o que essa pessoa me disse. — Da risada comigo. — Agora vamos nos
aprontar e ir para o clube. Alexa mandou um vídeo para Bradox do Tayler desmaiando, disse que
foi a coisa mais engraçada que viu.
— Conhecendo a Alexa, ela deve ter batido no Tayler quando ele acordou. — Brinco
— Tayler dormiu no sofá depois da vergonha que a fez passar. — Fala sério.
— Essa é a Alexa. — Sorrio pensando na minha amiga. — Será que ele ficou bravo com o
negócio do bebê?
— Não, eles até foram em uma consulta, deve ter sido de emoção.
— Deve ser, Tayler é um ursinho de pelúcia preso em um corpo de motociclista bravo.
Alek me dá um olhar sombrio.
— Não se engane com a forma que meu irmão trata Alexa. — Fala. — Ele só é assim com
ela, caso contrário ele se torna uma máquina de matar. Meu irmão é apaixonado por tudo o que faz
e está disposto a matar e morrer por quem ele se importa, mas Alexa está num nível diferente.
— Eu sei, vi como eles são um com o outro.
A dor e a inveja pela relação de Tayler e Alexa está ali no meu peito, fazendo com que eu
tenha vontade de chorar desesperada implorando para que Alek e eu tenhamos algo ao menos
parecido com o que eles têm.
Me afasto do banheiro e pego um vestido curto de verão que graças a Deus, não precisa de
sutiã, em seguida coloco uma calcinha azul rendada e um par de chinelos e estou pronta para o dia,
em seguida escovo e seco o meu cabelo e o prendo.
Alek está se vestindo ao meu lado, não nos falamos e quando término de me arrumar, sento
na cama e espero ele terminar. Ele não muda o estilo motociclista fodão sofisticado, e quando está
pronto saímos de casa. Alek me ajuda a entrar no carro, eu ligo o som em uma música do Ed
Sheeran e Don't começa a tocar.
É incrível como a vida pode ser um pouco irônica, por mais que algumas partes da letra
dessa música não se encaixem, o refrão é perfeito.
Acho que essa música pode traduzir um pouco do que eu estou fazendo com Alek, meu
coração está frio. O quanto ele brincou com meu coração até que o deixou em pedaços e eu estou
tentando ser forte para evitar que ele me machuque mais uma vez.
O problema é que ao mesmo tempo em que o odeio, eu o amo. Será que isso é normal ou até
mesmo saudável? Vou cantarolando a música até que ela acaba e a próxima me faz parar e olhar
para o lado. Essa música me faz lembrar das últimas atitudes do Alek, a forma como ele está me
tratando e me pedindo pra ficar do lado dele.
— Está tudo bem? — Pergunta, seus olhos estreitos de preocupação.
— Sim, só estou pensando em algumas coisas.
— E essas coisas seriam?
— O quarto e as coisas do bebê. — Minto. — Estou ansiosa para a chegada da Alexa, quero
que ela me dê uma ajuda.
— Estarei com você em tudo Lara. Podemos comprar algumas coisas para o bebê hoje., o
que você acha?
— Eu adoraria. — Sorrio.
Eu acabei de bolar um plano!
Se Alek e eu passarmos mais tempo junto, e eu conseguir provar para ele que estou do lado
dele para o que ele precisar, talvez ele se sinta confiante e me conte o segredo dele.
O telefone que está ligado às caixas de alto-falante do carro toca e Alek atende, uma voz
grossa vem do outro lado da linha.
— Preciso falar com você. —A pessoa é direta.
— Estou no carro e tenho companhia. — Alek adverte.
— Müssen Sie prüfen, die Belastung der Drogen und Waffen kommt — Pela pronuncia eu
percebo que é Alemão, bem que azar pra eles que eu sei falar alemão.
"Preciso que você cheque o carregamento de drogas e armas que está vindo –
— Ich kann das heute nicht tun, sagte Bradox er für eine der anderen unserer Männer
Überprüfung bitten. — Mesmo bisbilhotando a conversa, não deixei de ficar com a calcinha
molhada de ver Alek falando Alemão.
"Não posso fazer isso hoje, Bradox já tinha pedido para um dos nossos homens cuidar
disso"
— Okay, dann Bye — O homem se despede e desliga o telefone.
Alek me encara, sabendo que a técnica de mudar de língua não funcionou.
— Você sabe falar Alemão? — Pergunta.
— Um pouco. — Admito. — Por que ele queria que você fosse ver esse carregamento? —
Isso me deixou curiosa. — Você já tinha feito isso antes?
— Aonde você quer chegar com essa conversa?
— Até onde eu saiba você nunca viu carregamentos nessa área aqui. — Falo, usando as
minhas habilidades de prestar atenção. — Como você mesmo disse, Bradox não deixava você
participar de coisas assim, tem alguma coisa por trás disso.
— Você tem razão, mas agora não é hora. — Muda de assunto. — Divirta-se com as
senhoras enquanto vou conversar com Bradox.
É quando ele diz isso que noto que já estamos no clube, Alek sai do carro e dá a volta para
abrir a minha porta e me ajudar, então ele me leva para dentro do clube e me deixa com as
mulheres dos outros membros. Infelizmente, também tem muitas das putas do clube por perto,
mulheres essas que estão andando na direção do meu homem. Tento não ficar pensando nelas o
tocando, mas é inevitável.
— Precisamos de um dos homens aqui para nos ajudar a erguer esse arco e colocar os
balões no teto. — Uma das senhoras diz.
— Vou ver se encontro algum. — Outra delas oferece.
Não quero atrapalhar os caras porque nenhuma delas quer subir em uma escada, então eu me
ofereço para subir.
— Deixa que eu subo e vocês seguram a escada.
As mulheres me olham como se eu fosse algum tipo de heroína e me ajudam com a escada.
Quando estou quase terminando o meu trabalho prendendo a decoração, acabo me desequilibrando
e caindo. Para a minha sorte alguém me pega e evita que eu me machuque ou ao bebê.
— Peguei você, estava querendo voar? — O homem que me pega é Erick, e até aonde eu sei,
a médica do clube gosta dele, mas ele não deu muita trela pra ela.
Uma pena porque Willow é um amor de mulher.
— Obrigada eu… — Estou agradecendo mais sou interrompida por Alek.
— Que porra está acontecendo aqui?
Olho para ele com raiva, não posso acreditar que ele está reagindo dessa forma.
Capítulo 15
ALEK

M eu sangue ferve de ver o filho da puta do


Erick olhando para a bunda da Lara. Estou
cego de raiva, e quando olho para o lado
vejo que outra pessoa também está chateada com a cena se desenrolando na minha frente. Willow
está limpando as lágrimas enquanto olha para os lados para garantir que ninguém está vendo ela
chorar.
Como se não bastasse toda essa merda, Lara se desequilibra e cai, felizmente Erick segura
ela antes que se machuque. Ver ela nos braços dele, mesmo que sendo um acidente, se soma com a
raiva dela estar grávida em cima de uma escada, me sinto a ponto de matar o bastardo, que sabe
que Lara tem um homem, e que continua magoando os sentimentos da Willow.
Sem conseguir conter o meu temperamento, me descontrolo e vou na direção deles com meus
punhos cerrados, minha primeira crise séria de ciúmes é causada por um cara que devia me apoiar
e estar do meu lado.
— Que porra está acontecendo aqui? — Pergunto furioso e vejo Lara estreitar os olhos.
— Como assim? Eu estava em cima da escada e cai, o Erick apenas me segurou para que eu
não me machucasse. — Ela defende o bastardo.
— Alek mano…
Dou um soco na cara dele com toda a força, não tenho paciência para suas desculpas. Erick
cambaleia e eu aproveito e dou um chute nele, quando ele cai subo em cima dele e dou vários
socos em sua cara. Ele não fica por muito tempo no chão, e logo começa a se defender, depois que
ele me dá um soco a minha raiva se intensifica e eu volto a bater a merda fora dele.
— Que merda está acontecendo aqui? — Grita Bradox, mas eu e Erick não paramos.
—Ajudem a separar esses dois idiotas. — Manda e em seguida vários homens tentam nos afastar,
tento me libertar, mas não consigo.
— Qual é o seu problema? — Pergunta Erick com a mão no queixo.
— Meu problema? Meu problema é você parado atrás da Lara admirando a bunda dela, meu
problema é que você não só desrespeitou a minha mulher, mas também magoou uma das únicas
pessoas que te aturam. — Rosno na cara dele. — Esse é meu problema.
— Desrespeitei? — Repete.
— Me solta. — Grito e puxo meus braços, Nick e Bishop me liberam. — Vou te dar um
único aviso Erick se você se aproximar ou desrespeitar minha mulher mais uma vez, eu te mato.
Você não pode cobiçar a mulher de outro membro.
— Ele tem razão, se isso voltar a acontecer não vou poder fazer nada. — Bradox avisa. —
Agora parem com essas merdas antes que eu faça vocês ficarem na limpeza a semana toda. —
Depois dessa ele sai e nos deixa.
— Você me atacou por isso? Eu não a vi usando seu Patch.
— Lara está carregado meu filho, e ela querendo ou não é minha! Se você se aproximar dela
mais uma vez, te garanto que não respirará por mais tempo.
— Mano, eu não sabia, me desculpa. — Ele fala.
— Sabe Erick, acho que os problemas que tenho para dizer as três palavras que a Lara quer
ouvir, não se comparam com a sua cegueira. — Noto que ele me encara sem entender onde eu
quero chegar. — Vai perder uma pessoa que se importa com você, porque é um idiota. — Falo e
vou atrás de Lara.
Lara está no bar, com uma xícara de café na mão e um olhar melancólico e perdido no rosto.
Eu sei que explodi na frente dela e quero me desculpar. Me sento ao seu lado e coloco a minha
mão em cima da sua, tenho medo que ela me afaste, mas para minha sorte, ela não faz isso.
— Quero pedir desculpas por ter explodido na sua frente. — Decido que ser honesto com
ela é o caminho que quero seguir.
— Por que você agiu assim? Não fiz nada demais e se você não vai confiar em mim não vejo
aonde podemos chegar nessa relação. — Então temos uma relação, penso.
— Eu não desconfio de você. Só fiquei bravo de você estar em cima de uma escada
enquanto aquelas cadelas estavam olhando, você está grávida e para piorar a situação, o Erick
estava olhando para sua bunda e então você caiu, e eu explodi.
— Você ficou com ciúmes? — Ela me dá um sorriso e aproximo meus lábios dos dela,
roçando um no outro.
— Eu sempre fico com ciúmes de você, nada do que sinto quando estou com você é normal.
— Admito. — Fico agressivo, maluco com uma vontade absurda de matar quem quer que se
aproxime de você.
Sem que eu espere Lara puxa a minha cabeça por trás e isso faz com que nossas bocas
fiquem coladas uma na outra, ela mergulha a língua dela em minha boca e aprofunda o beijo.
Estávamos envolvidos no nosso momento de perdão e amor, quando um barulho de explosão é
ouvido e todos nós pulamos alarmados.
— FOI NOS MUROS DA ENTRADA DO CLUBE. — Grita Erick, que corre na direção do
barulho.
— Lara, preciso sair e ver o que está acontecendo, suba e se tranque no quarto que era meu.
— Mando, ela assente com a cabeça e corre para o andar de cima.
No momento em que chego nos portões de entrada e vejo destruição por todos os lados,
alguns dos prospectos que estavam de guarda estão caídos no chão, uns feridos e outros mortos.
Me ajoelho perto de um deles que está ferido agonizando, sua camiseta está cheia de sangue, seu
Patch de prospecto está rasgado e mostra uma ferida de bala.
— Va… vão pra dentro. — Ele fala em um só fôlego. — Atiradores no telhado e…em frente.
— Quando termina seus olhos se fecham, checo o pulso e vejo que está morto.
Olho nos telhados das construções próximas e vejo o vislumbre de alguém em uma das
janelas de cima, o movimento suspeito chama a minha atenção.
— Recolham todos, tem um atirador no prédio da frente. — Grito e saio do clube, correndo
para o prédio em frente.
Encontro a porta fechada, mas por sorte, uma moradora sai logo em seguida e antes que a
porta se feche, eu a seguro e entro. O prédio é simples e não tem elevador, significa que quem quer
que esteja tentando matar todos no clube ainda está aqui dentro.
Subo correndo as escadas e paro no 10 andar, antes de virar em direção ao apartamento
escuto uma porta bater, corro para ver e o filho da puta está correndo de volta para o telhado, sem
pensar, corro atrás e o encurralo lá.
O filho da puta deve estar de brincadeira comigo, o homem deve ter por volta de 25 anos e
tem várias tatuagens de gangues, ele me parece familiar.
— Pare de correr, e se afasta daí. — Mando já que ele parecia querer pular.
— Você não entende. — Diz desesperado. — Se eu não matasse você e sua namorada eu
morreria, eles vão me torturar e me matar.
— Fica calmo. — Peço. — Não vou deixar que eles toquem em você, não se me disser quem
está por trás disso. — Meu lado de agente fala mais alto.
—Uma mulher e um homem me procuraram, não me disseram seus nomes, apenas que eu
tinha que matar você e sua namorada ou eles me matariam. — Ele começa a caminhar na minha
direção quando um tiro o acerta na cabeça.
Que porra tá acontecendo aqui?
De repente, mais tiros são disparados na minha direção, e eu corro para dentro do prédio e
fecho a porta com o pé. Eu cai um uma armadilha, e só agora percebi que era isso o que eles
queriam o tempo todo. Estou preso dentro desse prédio que tem apenas uma saída.
Rapidamente me recomponho e saio correndo pelas escadas, mas paro quando escuto vozes.
— Ele foi por aqui.
— Vamos nos separar, nossos chefes quererem ele e a namorada, vivos.
Me escondo em um canto e fico esperando, até que eles começam a procurar nos
apartamentos passando por mim; eles começam a subir e saio de onde estou escondido, e começo a
descer as escadas, quando sou surpreendido por trás e levo uma coronhada.
Cambaleio um pouco, e felizmente não caio no chão. O homem que me atacou não estava
esperando que eu continuasse acordado, muito menos eu me virar e o atacar, jogando-o no chão e
dando vários chutes nele, até que escuto alguém vindo na nossa direção e quebro seu pescoço.
Eu queria ficar lá e caçar todos eles, mas eu preciso dos meus irmãos ao meu lado. Saio do
prédio e volto para o clube, sem parar vou até o meu quarto, e assim que a vejo, tomo Lara em
meus braços e aperto seu corpo contra o meu.
Depois dessa descoberta, não sei o que fazer. Apenas que preciso tirá-la da cidade e mantê-
la em um lugar seguro, até que eu resolva essa situação. Imediatamente um plano começa a se
formar na minha cabeça.
— Alek, o que está acontecendo? — Pergunta.
— Preciso que me dê um minuto, apenas um minuto para falar com o meu irmão e então eu te
conto tudo. — Peço e ela concorda.
Saio do quarto por um momento e ligo para o meu irmão. Sei que não é justo metê-lo nessa
situação, mas Tayler é a única pessoa a quem eu confiaria a segurança da minha garota.
— Mano. — Atende.
— Preciso que você fique aí e não volte para casa. — Digo. — Lara e eu vamos nos
encontrar com você e Alexa.
— O que está acontecendo? — Pergunta confuso.
— Estão atrás de nós dois, mas tenho um plano para pegar quem quer que seja.
— Será que você pode me explicar esse plano?
— Quando eu chegar aí te falo.
Assim que desligo a ligação meu telefone toca, olho para a tela e vejo que é a Fernanda.
Prestei atenção no que o cara do telhado disse e uma coisa ficou clara para mim, a única mulher
que eu afastei e rejeitei abertamente foi a Fernanda e quanto ao cara, tenho minhas suspeitas.
— Alô. — Saúdo, mantendo o tom de voz calmo.
— Alek, fiquei sabendo o que aconteceu com você e o seu clube, você precisa de ajuda?
— Não, já dei um jeito e mandei a Lara para Vegas há alguns minutos. — Minto.
— Sério?
— Sim. Ela estará mais segura lá e logo me juntarei a ela. — Mais uma mentira.
— Espero que dê tudo certo, tenho que ir. — Ela se despede rapidamente e desliga.
Vou até o escritório do Bradox, e pego em uma das gavetas um celular que não pode ser
rastreado em seguida ligo para o meu irmão novamente, mas dessa vez em seu número não
rastreável também.
— Agora me explica o que está acontecendo.
— Venha para a cidade em um voo particular, use sua identidade falsa e não fique no radar,
alguém está tentando nos matar, e não estou disposto a ser a caça nesse jogo.
— Ok, eu vou jogar esse celular quando a gente terminar, mas a Alexa tem um desses
também que ela usa para os clientes perigosos dela e você pode ligar nele.
— Ok. — Falo e depois de anotar o número desligo.
Pego o telefone que estou usando e o jogo no chão, em seguida piso nele, só então volto para
o quarto e mais uma vez, puxo Lara para os meus braços e a aperto com força, me sentindo em
casa.
— O que está acontecendo Alek? — Ela pergunta mais uma vez, e agora está visivelmente
nervosa.
— Alguém está tentando nos matar e preciso que você evite usar seu telefone.
— Evitar? E meus avós?
— Você pode falar com eles, mas não deixe escapar aonde estamos, se eles perguntarem
você embarcou hoje de manhã para Vegas. — Esse é o plano. — Mas não fique com eles no
telefone por muito tempo, não quero que o sinal seja rastreado.
— Então eu posso falar com eles se não falar aonde estamos e o que estamos fazendo de
verdade?
— Isso aí, e se alguém perguntar, Tayler e Alexa estão junto com você.
— Como essas pessoas conseguem grampear nossas chamadas? — Pede confusa.
— Simples, eles têm a tecnologia do FBI a disposição deles.
— O FBI está atrás de nós?
— O FBI não, mas Fernanda e possivelmente seu primo sim. — Explico.
— Está achando que…
— É bem provável, mas não se preocupe vou manter vocês a salvo.
Espero que meu plano dê certo, pois tenho muito a perder nesse jogo.
Capítulo 16
WILLOW

M ais uma vez estou tratando do Erick na


enfermaria do clube. Remendar seus
ferimentos pós brigas está se tornando uma
atividade frequente, e uma que tem me deixado muito irritada. Mesmo sendo uma coisa que já
estou acostumada a ver, afinal minha família é da máfia.
Eu tenho um irmão mais velho que é praticamente minha vida e tenho dois mais novos que
são muito importantes para mim. Nós quatro somos muito próximos, e todos temos algo em comum,
a raiva pelo nosso pai, Miguel Petrov. Ele só me deixa ficar aqui porquê sabe que não vou me
casar com o capo de outra máfia para “Selar a paz” entre nossas famílias, nunca.
Mesmo que para me manter longe, eu tenha que ficar aqui e assistir o homem que gosto
saindo com outras mulheres na minha cara. Assistir o Erick admirando a bunda da Lara foi um tapa
na cara, e ao mesmo tempo um choque de realidade.
Eu nunca vou ser o tipo de garota que ele gosta, e finalmente estou percebendo isso.
— Você é um idiota! — Escuto Bishop falando com Erick, eles não perceberam que estou
aqui. — Willow é uma garota maravilhosa, eu daria tudo para ficar com ela. — Bishop é meu
amigo e sei que ele não me vê desse jeito, ele é apaixonado por uma garota que o abandonou.
— Então fica com ela porra, a única coisa que eu quero é que ela pare de ficar no meu pé.
— Erick está irritado. — Escuta, aquela garota não faz o meu tipo e eu só quero que ela suma da
minha vida. — Luto contra as lágrimas enquanto corro para fora do quarto, em busca da saída do
complexo.
Chegou a hora de voltar para casa e me distanciar de tudo isso, mesmo que voltar signifique
viver pelas leis da família, é bom ficar longe de tudo o que está acontecendo, e principalmente,
ficar longe de um homem que me vê como lixo.
Quando saio nos portões do clube escuto um grito e de repente sinto o impacto da bala
contra o meu corpo, em seguida caio no chão e vejo o sangue manchando a minha camiseta, pela
quantidade de sangue, sei que preciso ir para o hospital o mais rápido possível.
A primeira pessoa que chega até mim é o Erick, e a dor que estou sentindo só aumenta
quando o vejo.
— Willow você está bem? — Ele pergunta e logo atrás vejo Bishop o seguindo.
— Low você está ferida, me diga o que eu tenho que fazer. — Ele está desesperado e Erick
franze a testa depois serra os punhos.
Penso por um segundo e imediatamente começo a dar ordens em meio a dor, é a minha vida
que está em risco aqui.
— Preciso que você estanque o sangue e chame uma ambulância, vou precisar ser operada e
não sei se vou conseguir sobreviver por muito tempo. — Sou direta com ele, a dor está me fazendo
perder a consciência.
— Chame uma ambulância Erick. — Bishop grita, em seguida tira a camisa dele e pressiona
sobre o ferimento.
Começo a me sentir tonta, e a minha vista escurece.
— Escuta Bishop, estou perdendo a consciência e se eu morrer quero que diga a minha
família que os amo e também quero que saiba que você é a pessoa mais digna de amor que eu já
conheci e que se essa garota que você ama for esperta ela vai correr atrás de você. — Falo. Erick
aparece em meu campo de visão e tenta segurar a minha mão, mas solto um grito, não quero que
ele me toque. — Sai daqui.
— Willow eu…
— Não quero saber Erick, acho que nós dois sabemos o que você pensa de mim e eu não
quero ter que obrigar você a me aturar, você não gostava de mim antes e não é agora que precisa
fingir sentir algo por mim.
Seu olhar horrorizado faz parecer que eu dei um soco em seu estômago, mas eu o amo e não
quero que ele tenha que fingir gostar de mim por que posso morrer.
— Bishop fique comigo até que a minha família chegue. — Peço antes de ser envolvida pela
escuridão
Erick
Willow estava morrendo e não me queria perto dela, não sei o que deu em mim, mas no
momento em que a vi que caída no chão com um buraco no peito e sangrando, tão frágil, foi como
se tudo se encaixasse e eu descobrisse que gosto dela.
Estamos a umas 12 horas aqui na sala de espera e nada do médico aparecer, Bishop disse
que a família dela está a caminho e que em breve estarão aqui. Eu nunca vi nenhum dos parentes da
Willow antes e ela nunca falou deles para mim, acho que mais uma vez Bishop me mostrou que ela
falava mais com ele do que comigo o cara que ela dizia gostar.
Será que essa sensação de aperto no peito e a vontade de matar um dos meus melhores
amigos é ciúmes?
Nunca tive esse sentimento e para ser sincero eu nunca quis que a Willow estivesse perto de
mim, sempre a evitei e hoje eu explodi e falei coisas horríveis sobre ela para Bishop. O estranho
foi que ela não me quis por perto enquanto estava mal, ela pediu para Bishop ficar ao lado dela
e…
— Onde está a minha irmã? — Um homem grande em um terno sob medida entra nervoso,
ele está cheio de seguranças e pelas armas posso ver, são mafiosos.
— Ela está em cirurgia. — Bradox fala. — Um dos meus homens está lá com ela, ela e
Bishop são amigos, apenas amigos. — Ele se apressa em esclarecer.
— Como isso aconteceu? — Pergunta outro cara, ele é parecido com o primeiro só que em
uma versão mais nova.
— Ela saiu do clube sem permissão, estávamos sobre ataque e…
— E nada, quando isso aqui acabar vou levar a minha irmã direto para a Rússia e vocês vão
ter que arrumar outro médico.
— Vou garantir que encontremos quem fez isso a nossa irmã, e vou matar com as minhas
próprias mãos. — O mais novo fala.
— Dimitri eu posso te garantir que vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para
pegar essa pessoa, Willow faz parte do Realeza MC.
— E foi isso que fez com que ela quase fosse morta! — O tal do Dimitri responde, sua frieza
tomando o lugar da raiva. — Minha irmã vai para casa comigo e eu e meus homens vamos nos
certificar de que quem fez isso com ela morra.
— Os parentes de Willow Petrov. — O médico chama.
— Somos nós — Dimitri se aproxima do homem.
— São os mais próximos?
— Sou o irmão dela. — Corta. — Então como ela está?
— Por um milagre a bala não atingiu nenhum órgão vital e ela vai ter que ficar aqui no
hospital por alguns dias, mas logo será liberada.
— Ela está em condições de ser transferida para outro país?
— Como eu disse o estado não é crítico porém inspira cuidados. Se a família acha que é
prudente levar ela para outro lugar então, sim ela pode ir para outro país.
— Então cuide dos detalhes para que essa transferência seja feita com os mínimos cuidados
eu não quero que nada coloque a vida da minha irmã em risco.
O médico assente e depois de permitir que a família veja ela, sai sem dizer uma palavra.
— Vai levar ela para outro país? — Pergunto chocado, a ideia de não a ver nunca mais me
deixa apavorado, e mais uma vez me surpreendo comigo mesmo.
— Claro que sim! Não acha que vou deixar minha irmã aqui.
— Ela pode morrer no caminho para casa e você está preocupado em mantê-la longe de nós.
— Não sei se essa luta que eu estou travando é por Willow ou por mim.
— Tudo bem, vamos ficar aqui por mais dois dias e em seguida partiremos. Agora se me
dão licença quero ver a minha irmã. — Ambos os irmãos começam a caminhar para a porta que
leva aos quartos, quando Bishop aparece e Dimitri dá um tapa amigável no ombro dele.
— E então? — Pergunto.
— Ela vai ficar bem, não posso acreditar que quase a perdi. — Bishop fala e isso mexe com
alguma coisa em mim.
— Quase perdeu ela? Até onde eu saiba ela não era nada sua.
— Era muito mais minha do que sua, eu sou o amigo dela e você é o que? — Pede com
raiva.
— Eu sou o cara que ela gosta. — Jogo na cara dele.
— Não você é o cara que disse que não suportava ela e que não a queria no seu pé. É seu
idiota, ela ouviu tudo o que você disse e saiu do clube por sua culpa. — Saio de perto dele e vou
para a saída do hospital.
Não posso acreditar que a Willow ouviu tudo que eu disse. E o pior de tudo é, por que não
estou feliz que ela finalmente saiu do meu pé?
Capítulo 17
ANÔNIMO

N ão posso acreditar na idiotice que você fez seu


estúpido.
— Mais…
— Mais nada! — Grito. — Por pouco eles não descobrem quem somos.
— Eu sei disso, foi um risco que tive que correr.
— Um risco? Era para fazermos tudo no mais absoluto sigilo e não entregar de bandeja
nossas intenções. — Luto para controlar o meu temperamento. — No momento em que você deixou
aquelas flores envenenadas no quarto da Lara, eles sabiam que deviam tomar cuidado.
— Foi ele quem mandou. — Aponta para o meu parceiro.
— Não importa quem mandou, você obedece apenas a mim. — Puxo a arma da minha cintura
e aponto para a cabeça dele.
— Por favor… — Ele não tem tempo para terminar de implorar, puxo o gatilho e atiro em
sua cabeça.
Depois que ele cai morto no chão, me viro com um olhar mortal para o outro e me aproximo,
puxo seu cabelo e trago sua boca para minha.
— Você foi um garoto muito mau quando desobedeceu às minhas ordens, mas para tudo tem
uma punição. — Mordo a boca dele com força, até que sinto o gosto de seu sangue.
— Desculpe, não pude me controlar.
— Seu descontrole vai lhe custar caro. — Sussurro em seu ouvido. — Estou tentando
ensinar você a ser um bom garoto e me obedecer.
— Não vou aguentar ficar me escondendo e assistir a felicidade daquela puta desgraçada.
— Meu lindo cachorrinho, é necessário ter paciência. Temos que ir devagar se quisermos
atingir nossos objetivos. — Falo. — É por isso que você é meu submisso, estou te ensinando a ter
controle sobre as suas emoções.
— MAS EU NÃO VOU CONSEGUIR AGUENTAR! — Ele grita.
— Vai e sabe porquê?
— Por quê?
— Sempre que você fizer merda e ser um mau cãozinho, irei chicotear você e fazê-lo se
lembrar do motivo da punição. — Digo, me sentindo bem em ter esse poder sobre outra pessoa. —
Agora de joelhos.
— O que você vai fazer?
— Vou ensiná-lo a ser um bom garoto e também obter o meu prazer. Matar sempre me deixa
com tesão.
— Você está é louca se pensa que eu vou transar com você, com esse cadáver ali. — Aponta
ainda em pé.
Ignoro seu mau comportamento.
— Meu querido, ajoelhe-se.
Ele faz o que eu mando, afinal sabe que se não fizer o que mandei as consequências serão
piores para ele. A cada coisa errada que ele faz, sua conta comigo aumenta.
Vou até minha mesa pego um chicote de fitas de couro, uma venda, e amarras para os pulsos,
em seguida volto para perto dele. Que está ajoelhado e olhando para o chão com as mãos pousadas
nas coxas. Me aproximo dele e coloco minha bota em seu queixo, um aviso silencioso de que eu
estou disposta a fazer ele sofrer.
— Olhe para mim. — Ordeno e ele imediatamente faz o que mando.
— Sabe o motivo pelo qual você está sendo punido? — Pergunto.
— Sim senhora. — Dou um tapa na cara dele com força.
— Eu dei permissão para falar? — Silêncio. — Me responda.
— Não.
— Não o quê?
— Não senhora.
— Melhor assim, agora mãos para trás. Você lembra da nossa palavra de segurança?
— Sim senhora.
— E qual é a palavra de segurança?
— Vermelho.
Quando ele coloca as mãos atrás pego as amarras e passo em volta do pulso dele, firme e
forte, quero que ele fique com marcas nos pulsos, um lembrete constante para não me desobedecer
nunca mais.
Depois que o prendo, pego a venda e bloqueio sua visão. Volto para trás dele. Deslizo o
chicote lentamente por suas costas, acariciando ele e em seguida dou uma chicotada forte e depois
volto massageando com a ponta do chicote.
— Sabe por que está sendo castigado? — Mais uma vez silêncio, ele está aguardando a
minha permissão. — Fale.
— Porque te desobedeci, senhora.
— Exatamente. — Dou outra chicotada com força. — A partir de agora você vai contar cada
chicotada que eu te der e no final quando tudo acabar eu vou foder você.
A primeira chicotada o pega de surpresa e ele solta um gemido de dor, mas na medida que
sua punição acontece, a dor vai dando lugar ao prazer e quando chegamos no final, o meu bichinho
de estimação está ostentando uma ereção.
O pau do bastardo está tão duro, que se eu não fizer nada com ele, já seria punição o
suficiente, mas estou louca para gozar, com isso decido usar meu plano B. O deixo imobilizado,
enquanto subo para o segundo andar e pego um dos meus brinquedos favoritos, uma cinta que tem
dois consolos ligados a ela, pego também o lubrificante. E volto para terminar o que comecei.
— Vou foder a sua bunda. — Falo.
— Não. — Protesta e novamente dou um tapa com força em sua cara.
— Não te dei permissão para falar, muito menos questionar as minhas ordens. — Essa é a
melhor forma de pôr ele em seu lugar. Não estou disposta a aguentar coisas de submissos
iniciantes, ainda mais um que deve tanto a mim.
Coloco a calcinha e ajusto a ponta do vibrador para que entre em minha boceta e então me
aproximo dele.
— Abra a boca. — Mando e encosto a ponta do consolo em seus lábios. Ele faz o que eu
mando e começa a chupar o consolo com vontade, um sorriso presunçoso se forma em meus lábios.
— Olha só o meu cachorrinho gosta de chupar o pau da sua dona. Já chega. — Aviso. — Vou
arrombar esse seu lindo cuzinho e te ensinar a não me desobedecer mais. Agora levante-se e vá
para perto do capo do carro e deite de barriga para baixo.
Enquanto ele faz o que mandei, pego lubrificante e despejo por cima do consolo, e com a
mão eu espalho bem, então vou e me posiciono atrás dele. Passo um pouco de lubrificante na
entrada da sua bunda e Deslizo um dedo dentro dele, alargando e deixando mais fácil para que o
nosso brinquedo entre.
Seus gemidos de prazer me provam que ele está gostando, mesmo sendo uma punição. Retiro
meu dedo e coloco a ponta do consolo, cutucando a sua entrada e quando ele menos espera meto
nele com tudo.
— Ahhh… — Com minha mão o masturbo, e lhe deixo perto de gozar.
— Não goze. — Ele faz um som frustrado e eu o masturbo com mais força e mais rápido e
quando sinto que ele está gozando eu paro e fico apenas metendo nele por trás.
Toda a cena a minha frente me faz gozar, e como o meu bichinho está tendo a sua punição,
não o permito gozar. Como ainda não me cansei da nossa brincadeira e ele está fazendo muitos
barulhos saio de dentro dele, pego minha calcinha que estava jogada no chão perto de onde
estávamos e a uso para o silenciar.
— Mandei você calar a porra da boca, mas parece que você não sabe seguir ordens. Agora
deite-se. — Mando e ele deita de costas no chão.
Imediatamente eu sento em cima dele e cavalgo em seu pau, gozando de tesão e também de
felicidade. A essa hora meus inimigos devem estar mortos, com o que eu planejei.
***
Estou em minha sala de tortura. Cercada por todos os meus brinquedos e por dois submissos
meus, mas um deles tem uma participação especial nisso tudo enquanto o outro é apenas um idiota
que faz tudo que eu mando.
— Que bonitinho meus dois cachorrinhos um ao lado do outro e sabem o porquê disso? —
Pergunto, eles estão amarrados, cada um ligado a uma cruz de madeira que fica no centro da sala.
Eles ficam quietos.
Idiotas! Só agora eles decidem me obedecer.
— Respondam. — Ordeno, enquanto passo o chicote no peito de um deles.
— Estamos assim porque desobedecemos a uma de suas ordens mestra. — Ele fala.
— E você acha isso bonito? — Pergunto, dando uma chicotada no peito dele.
— Não.
— E você? Quando falo com meus dois cachorrinhos quero uma resposta! Nem que seja em
forma de latido. — Falo e dou uma chicotada no outro, em seguida seguro seu rosto pelo queixo
com força e faço ele olhar em meus olhos.
— Por favor nos perdoe. — Imploram.
— Lamento, mas eu tenho que ensinar vocês dois a não me desobedecerem, afinal preciso
adestrar meus cães para serem obedientes e fiéis. — Me afasto deles e vou até a mesa que fica no
centro da sala, em frente a um espelho.
Olho meu reflexo, cabelos loiros soltos, batom vermelho e um macacão colado de couro e
por cima um corpete preto também. Meus seios estão empinados e evidentes pelo decote, minha
bota que vai até a minha coxa me deixando mais alta e a máscara que eu estou usando completa a
atmosfera de mistério e sensualidade. Me sinto poderosa e pronta para acabar com qualquer um
que se meta no meu caminho.
Com duas faixas nas mãos, vou até eles e vendo-os, uma das principais coisas que ajudam a
atiçar os outros sentidos é os privar da visão.
— Vou cuidar de vocês dois e vou fazer com que se arrependerem do dia que traíram a
minha confiança. — Falo em voz alta.
Evito ficar os tocando a toda hora, não quero que tenham prazer com meu toque. Os privar
do toque é importante e primordial para uma boa punição. E é exatamente isso o que eu faço nas
horas seguintes, faço com que ambos lembrem como é ruim me desagradar.
E quando finalmente termino com eles, volto ao meu modo mulher de negócios, preciso
deixar claro quem está no comado aqui.
***
Meu escritório é escuro e tem tons de vermelho e preto, com tapetes grandes de pele e umas
esculturas de bronze.
— Quando vou poder ver você? — Ele pergunta entrando.
— Tudo a seu tempo. — Dou a volta na mesa e me sento em minha cadeira confortável,
coloco meus pés sobre a mesa e o encaro, mordendo meus lábios. — Para quem fez merda e quase
pôs todo meu plano a perder, você até que é bem corajoso.
— E você é maluca, mas como me tirou da prisão vou aceitar suas ordens.
— Você não vai aceitar minhas ordens simplesmente pelo fato de eu ter tirado você da
cadeia mas, também por impedir que você seja preso por tentar matar aquela pequena puta do
Alek. — Sorrio. — Você vai me obedecer porque além de um cão, você como todo animal usa seu
instinto de sobrevivência. — Me levanto e vou até ele, sorrindo paro em sua frente. — E seu
instinto de sobrevivência diz que tem que me obedecer caso contrário vai acabar morto. Agora
seja um bom cão e me prepare uma bebida enquanto espero respostas sobre meu plano que está em
andamento. — Volto para a minha cadeira, sento e cruzo as pernas de forma provocante.
L me prepara um uísque e me entrega. A sensação de queimação na garganta é bem-vinda,
esse fogo me lembra da minha raiva. Me faz lembrar em tudo o que passei para chegar aqui e ter
minha vingança. Alek Walker vai desejar nunca ter cruzado o meu caminho.
— Posso saber o que tem em mente?
— Nesse exato momento o clube está sob ataque e as chances do Alek sobreviver serão
mínimas.
— E a minha prima?
— Ela é apenas um bônus. — Respondo. — Quero que Alek veja ela morrendo, agonizando
enquanto ele implora para que eu tenha piedade deles dois. Assim como…
— Assim como?
— Não é da sua conta.
Alek vai me pagar por tudo o que fez para mim, ele acabou com a minha vida e com minha
família.
Capítulo 18
LARA

N ão sei qual é a do Alek. Ele realmente acha que


vou ficar sentada aqui esperando que algum
maluco venha nos matar? Homens, por que eles
acham que podem sair dando ordens por aí e as pessoas tem que simplesmente acatar?
Ele está desde ontem a noite acordado andando de um lado para o outro esperando Tayler e
Alexa chegarem, já os outros estão todos putos da cara pelo que aconteceu com a Willow. E como
se isso tudo não bastasse, Erick está agindo como um grande idiota, depois do que aconteceu com
a Willow ele se fechou no quarto e até agora não deu sinal de que vai sair de lá.
— O que você está fazendo? — Pergunta Alexa, me assustando.
— Não sabia que já tinham chegado. — Falo, estudando minha amiga. Alexa está radiante e
usando um vestido solto de verão. Uma roupa um pouco diferente de tudo o que ela costuma usar,
embora o Patch de propriedade do Tayler, dá ao visual o ar rebelde.
— Não iríamos conseguir ficar muito tempo longe sabendo de tudo que estava acontecendo,
assim que meu pai contou para Tayler a real situação das coisas por aqui, viemos correndo. — Ela
explica. — E posso garantir que o Tayler quer dar uma surra no Alek por omitir alguns fatos
importantes. — Ela se senta no banco do outro lado da mesa em que estou e leva a mão a barriga.
— As coisas estão complicadas para nós nesse momento. — Imito o gesto da Alexa, levando
a mão a minha barriga.
— Eu sei, geralmente as coisas são assim aqui no clube e você tem que ser forte para
aguentar isso. Não quero ser aquela pessoa que vê o lado negativo em tudo, ou a que te coloca
para baixo, mas a verdade é que você tem que ser forte se quiser ficar por aqui. — Diz e eu não
levo para o lado pessoal. — Alek pode não demonstrar que te ama, e se mesmo assim, você
decidir que quer ficar com ele, saiba que ele não vai te deixar ir. Usar seu Patch é aceitar tudo e
todos, seremos sua família e seus protetores. Mas se você disser que não, não podemos fazer muita
coisa. — Suas palavras sinceras me deixam a beira de lágrimas, essa dúvida e esse medo de que
ele me deixe.
— Alexa, eu estou com medo. — Admito. — Alek não é como o Tayler que grita aos quatro
cantos que te ama. Ele na verdade não fala de amor diz que não é capaz disso, e isso me deixa
apavorada com medo de ficar com uma pessoa e no final ela não me amar e me valorizar.
Finalmente tenho a palavra que tanto busquei ao longo dos últimos tempos, apavorada.
— Lara, claro que o Alek não é igual ao Tayler. — Ela sorri. — Essa coisa de que todos os
homens são iguais? Mentira, e das grandes. O Tayler é um idiota e geralmente grita aos quatro
cantos que me ama, porquê tem o rabo preso comigo. A questão é saber levar os erros e
peculiaridades do seu parceiro, talvez Alek não diga as três palavras para você por medo e
insegurança e isso é absolutamente normal. Todos nós temos medo, você dele não te amar, e ele de
dizer que te ama e acabar te perdendo.
— Acho que você tem razão.
— Não, você não acha. Você sabe que tenho razão e está bancando a garota assustada e
idiota. Eu digo para você uma coisa, se você não tentar fazer isso dar certo e lutar pelo que vocês
têm, vai ser uma maldita covarde e perder ele para alguma vadia que seja decidida o bastante para
lutar por ele. Fui clara? — Pergunta exaltada.
— Clara? Cristalina. — Sou irônica.
— Baby. — Tayler aparece na porta e vem para o lado da Alexa, se ajoelhando em frente a
ela. — Nós vamos para o esconderijo.
— Ótimo, eu estou morta de cansaço e preciso de massagem nos pés. — Ela faz beicinho e
vejo a expressão do Tayler mudar, será que Alek faria a mesma coisa comigo? Me olharia da
mesma forma?
— Vou pegar sua bolsa e depois venho te chamar. — Ele dá um beijo nela, um que parece
coisa de cinema e depois se afasta. Lança uma piscadela para mim e sai.
— Não faça essa cara de inveja, Tayler vai fazer a massagem porque sabe que me deixa com
tesão. — Isso me faz dar risada e ela dá de ombros e diz. — O que? Hormônios da gravidez.
— Espero não passar por isso. — Murmuro.
— Olha, eu diria que é ótimo.
— É disso que eu estou falando, não sei se Alek e eu vamos chegar um dia a ter o que vocês
têm juntos.
— Lara, minha amiga você tem que parar de querer ter um relacionamento que obviamente
não é o seu, Alek te ama e ele vai dizer para você na hora certa. Nem eu e Tayler tivemos o
começo perfeito pra ser sincera.
— Não?
— Não, ele tirou minha virgindade há sete anos e depois me tratou como lixo, e quando
voltei o idiota ficou em cima de mim até que cedi e acabei grávida e casada com o homem que eu
mais amo.
— Fico feliz em saber que me ama, agora vamos enquanto estão cobrindo a saída. — Tayler
entra na sala acompanhado de Alek e seu olhar se prende em mim.
Me levanto e sigo atrás do casal feliz em silêncio, Alek se junta a mim e coloca a mão em
minhas costas. Esse gesto, mesmo simples, significa muito.
— Você está bem? — Murmura.
— Sim. — Respondo sem olhar em seus olhos.
Sem esperar ele me puxa para um canto, sem que Alexa e Tayler percebam. Presa contra a
parede ele coloca as mãos em meu rosto e me faz olhar para ele.
— O que foi bebê? — Espera, isso foi um apelido carinhoso?
— Nada Alek, apenas toda essa coisa que está acontecendo. Estou cansada e preciso dormir
um pouco. — Minto, como se esse fosse o problema real.
— Pensa que vou cair nessa sua mentira? Eu ouvi toda sua conversa com a Alexa e na
verdade ela está certa.
— Está? Sobre o que?
— Tudo! Se quiser realmente assumir o risco e ficar vai ter que usar meu Patch. Estou
cansado de ficar com o pé atrás por medo de que você saia correndo por qualquer coisa que
descubra a meu respeito.
— Não sei nada sobre você Alek e as suas atitudes me fizeram ficar receosa.
— Minhas atitudes? Quer saber o porquê de eu ser assim? Quer saber o que me fodeu dessa
forma?
— Eu quero saber tudo de você! Mas não porque está se sentindo pressionado. — Seguro
suas mãos e fico lá olhando em seus olhos.
— Eu vou te contar tudo hoje à noite quando você estiver em um lugar seguro. Mas antes eu
quero que você me dê uma garantia que não vai ir embora na primeira chance que tiver. — Seu
desespero me faz querer o confortar, então puxo seu rosto e colo minha boca na dele.
Seus braços envolvem a minha cintura e suas mãos correm até minha bunda, apalpando com
força, sinto sua ereção cutucando contra a minha barriga.
— Huhumm! — Alguém grunhe atrás de nós e imediatamente nos separamos. — Não é
querer apressar vocês, mas temos que ir, o caminho está limpo e vamos chegar em segurança isso
se vocês apressarem aí. Alexa está a ponto de matar alguém e não sou eu.
Nós dois damos risada da expressão de Tayler. Todos nós sabemos do que a Alexa é capaz
de fazer por Tayler e por todos do clube.
— Vamos lá, ela está comendo por 4 agora e preciso alimentá-la. — Ele sai murmurando.
— Por quatro? — Pergunto baixo para Alek.
— Ela está esperando trigêmeos, ao que parece meu irmão tem uma puta mira e sabe o que
está fazendo.
— O que será que farão com tantos bebês?
— Tayler está animado e torcendo para um apenas ser menina, ele disse que com dois
irmãos a princesinha dele vai acabar em um convento. Eu digo que a menina vai ter a
personalidade da Alexa e triplicar a dor de cabeça do Tayler.
— Provavelmente ele vai ter um ataque cardíaco. — Rio pensando em Tayler com uma filha.
— Quando o casal parar de falar sobre os meus filhos, que ainda nem nasceram e entrarem
na porra do carro de uma vez eu vou agradecer. — Tayler resmunga e entra no lado do motorista.
— Sim senhor. — Respondo enquanto entro no banco de trás e me sento ao lado de Alexa
que está dormindo.
O Tayler sai com o carro de uma garagem subterrânea que fica nos fundos do clube, sempre
andei por todos os lugares e nem sequer vi que esse lugar existia.
— Eu não sabia desse lugar. — Digo.
— E não era para saber, ninguém além de membros do clube sabem, nem mesmo prospectos
em treinamento. Leva um tempo de três anos depois que se torna um membro para contarmos onde
fica esse lugar. — Explica Tayler.
— E posso saber por que tanto segredo?
— Pra salvar a nossa bunda quando estamos em problemas como esse. E fora que nunca se
sabe quando temos um membro de outro clube disfarçado. — Continua, Alexa geme um pouco em
seu sono e ele abre um sorriso para ela.
— Ela dorme muito. — Me refiro ao sono pesado.
— Você também dormiria se tivesse grávida de trigêmeos e fodendo como coelho no cio,
sem contar que ela passou a noite em claro falando com os contatos dela para não usarmos um
avião rastreável.
— Como assim? — Alek encara o irmão.
— Empresas de frete de avião pedem documentos e tudo mais, não estávamos com
documentos falsos já que tudo que iríamos fazer era foder como coelhos e não voltar para casa e
salvar sua bunda. — Rebate.
— E como ela tem esses contatos? — Peço.
— Ela é uma advogada que conhece alguns caras realmente perigosos, na verdade ela é
amiga deles. — Alek me explica dessa vez.
— Ela me dá medo. — Brinco.
— Ela é um anjo. — Defende Tayler e olha para ela pelo retrovisor com um sorriso bobo no
rosto.
Quem diria que Tayler, o homem que todos temem e respeitam, agiria dessa forma com
alguém? Eu com toda certeza não. Meu pai é um dos admiradores do Tayler e de como ele
consegue sair dos problemas.
Meu pai, coitado está no hospital, a sorte é que foi solicitada a transferência dele para um
outro quarto, onde ficarão seguranças e membros do clube. E graças a vinda da família da Willow
para a cidade, a segurança do hospital foi reforçada, não é todo dia que uma família tão poderosa
vem para a cidade.
Quem diria que a doce médica curvilínea, era nada mais nada menos que princesinha da
Máfia, e membro da família mais importante na Rússia? E tem o bônus, do irmão dela ser o homem
com quem a minha prima Allyssa está.
O caminho até o lugar onde vamos ficar, não é muito longo, o que me deixa curiosa, por que
estamos tão perto do clube?
— Esse lugar é próximo do clube. — Digo.
— Sim, caso a gente precise de ajuda estamos perto e não vamos ficar encrencados. Um
minuto pode salvar uma vida. — Alek fala.
Descemos do carro, e como Alexa não acordou Tayler a pegou no colo e a levou. Ele
parecia feliz a carregando.
— Ela ficaria orgulhosa em ver que você respeitou a tradição de carregá-la porta adentro.
— Provoca Alek.
— Foda-se.
E nesse clima entramos em uma casa aconchegante e acolhedora, toda mobiliada, que tem
três quartos espaçosos. Alek e eu pegamos o mais distante no corredor e Tayler e Alexa o primeiro
quarto. Felizmente todos entendemos que quanto mais próximo os quartos estiverem, maior a
chance de ouvir o outro transando.
Entro no quarto e vou até o banheiro, lavo o rosto e me olho no espelho. Alek me prometeu
um segredo essa noite e me nego a dormir sem ele. Assim que saio, vejo que ele está sentado na
cama, tenso. Dessa vez, ele sabe que não vou dormir sem que ele me conte.
— Está pronta para saber de tudo? — Pergunta.
Essa é a primeira vez nas últimas horas, que fico com medo do que ele está prestes a me
contar.
Capítulo 19
ALEK

P ude ver como Lara está se sentindo insegura com


nossa relação, e acha que o fato de eu contar
sobre meu passado vai fazê-la confiar mais em
mim, mas a verdade é que vai fazer ela sair correndo e me deixar.
Estou sentado na cama, com ela parada em pé me encarando, posso ver que ela está com
medo de que o que falarei nos afaste ainda mais. Não tento tranquilizá-la, não quando esse é o meu
medo.
— Quer mesmo saber o que aconteceu? — Peço, minha esperança é que ela diga não, mas
ela assente com a cabeça, confirmando.
— Eu tinha uns 12 anos e Tayler estava metido com as coisas do clube, tinha saído de casa e
só voltava para me visitar. — Dou um sorriso amargo. — A nossa mãe não era o que pintam os
livros, muito pelo contrário.
"Ela era casada com um cara chamado Billy, na verdade era amante dele. O desgraçado
ia todas as tardes lá em casa, até onde sei ele deixava a filha na escola e seguia direto pra
minha casa. E então teve um dia que ele chegou e minha mãe não estava, achei estranho já que
ela sabia que ele vinha sempre no mesmo horário.
Ela era a maldita puta dele e fazia tudo o que ele queria, teve uns tempos em que iam
mais duas mulheres lá pra casa e eu sempre saia nessa hora. Mas então as coisas começaram a
mudar, ele quase nunca falava comigo e então de uma hora para outra trazia coisas para mim.
Levei um tempo para entender o que ele queria com isso. Um dia eu estava no sofá, vendo
desenhos animados e ele se sentou ao meu lado, colocou a mão na minha perna e levou ela até
meu pau.
Eu fiquei tenso imediatamente, sabia que tinha algo errado e tentei me afastar, foi quando
me levantei e corri pro meu quarto, achei que seria rápido o suficiente para fugir e me trancar
lá até que minha mãe chegasse. Mas ele me pegou na metade do caminho, eu era um garoto
fraco e não tinha os músculos que tenho hoje, gritei, chorei e lutei o máximo que consegui. Mas
ele me jogou de barriga pra baixo na cama e quanto mais eu lutava, mais ele ficava excitado.
Deu um jeito de abaixar minhas calças e tirou o pau dele fora. Aquela foi a primeira vez que ele
me estuprou. A dor física não foi nada comparada com o nojo que senti dele e de mim depois
que ele finalmente me deixou em paz.
Depois disso ele continuou vindo e duas vezes por semana minha mãe saia e me mandava
ficar lá e aceitar as coisas nojentas que ele fazia comigo. Minha própria mãe não me amou o
suficiente para me proteger dele, ela me deixou lá todas as vezes e até assistiu algumas. A
vergonha não me deixou contar nada para Tayler, sempre que ele vinha eu me afastava ou fingia
que tudo estava normal, quando na verdade eu queria implorar por ajuda.
Então fui crescendo e virando um adolescente encrenqueiro, brigava na rua e fazia
qualquer coisa para não ter que ficar em casa. O Tayler estava subindo no clube e isso tomava
cada vez mais o tempo dele.
Um dia eu estava farto, Tayler deixou uma arma em casa, para que se alguém entrasse e
tentasse me machucar, eu conseguisse me defender. Quando ele chegou em casa um dia, entrei
em desespero, não poderia mais aguentar tudo o que ele fazia, então peguei a arma e quando
ele veio para me machucar, dei um tiro nele, o tiro acertou a barriga dele e isso me deu a
oportunidade para o matar.
Mas não o matei logo de cara, eu queria que ele sentisse a mesma dor que senti cada
maldita vez que ele me machucou, foi aí que peguei um taco de beisebol que eu tinha e coloquei
com tudo na bunda dele, não sei como aquilo entrou, mas o que importava era que ele estava
sofrendo e pagando pelo que me fez. O filho da puta gritou de dor e implorou para que parasse,
mas não parei, nunca quis fazer tanto mal a alguém como queria aquele dia, e continuei por um
bom tempo. Depois de duas horas o torturando, eu finalmente o matei. Sufoquei ele com um
saco.
Depois de ver que ele estava morto, o coloquei no carro dele e dirigi até um penhasco que
tem fora da cidade, desci e soltei o freio de mão. Todos pensaram que ele perdeu o controle do
carro e caiu do penhasco. Não voltei pra casa nunca mais, fui até o clube e falei com Bradox.
Ele foi como um pai para mim e me ajudou. Ele é a única pessoa que sabe de tudo e ainda assim
não em detalhes.
Bradox me deu cobertura e a proteção que eu precisava na época. Todos queriam saber
por que um dos maiores banqueiros da cidade tinha morrido, alguns suspeitavam que ele tinha
se matado e outros… bem esses estavam felizes que ele estava morto.
— E a sua mãe, o que disse de você ter matado ele? — Pergunta ela.
— Ela me procurou e exigiu dinheiro para ficar quieta, pro azar dela eu estava cansado de
ter que aguentá-la e disse que se ela se aproximasse de mim novamente eu diria a todos que ela o
matou e jogaria ela na cadeia, e ela não sairia tão cedo.
Será que Lara percebeu o lixo que eu sou e vai me deixar?
— Bom, e você sabe onde ela mora? — Pede.
— Ela se casou com um idiota rico e se mudou, mas mantenho um olho nela por precaução.
É agora que ela vai correr de mim e dizer que não me quer perto do meu filho? Fico
pensando nisso e o silêncio domina a sala. Mas Lara me surpreende colocando a mão no meu rosto
e me fazendo olhar para ela, seu toque suave e gentil. Tenho medo do que vou encontrar quando
olhar em seus olhos, porém, se esse é o nosso fim, não quero agir como um covarde.
— É por isso que eu não digo que te amo. — Admito. — Fui criado por uma mãe que dizia
me amar e deixou tudo aquilo acontecer comigo. Por isso Lara eu não te amo! Amor não é algo
bom para mim e você é meu tudo, minha vida. E ainda assim fui capaz de fazer o que fiz, um
contrato de merda para não te perder. Sei que agi como um idiota e entendo se disser que tem nojo
de mim e não quer mais me ver, mas por favor me dê uma chance. — Imploro segurando as mãos
dela e olhando em seus olhos.
Ela se aproxima de mim e deposita um beijo suave em meus lábios, sua mão começa a
acariciar meu peito e vai descendo até o zíper da minha calça. Aprofundo o beijo e nossas línguas
começam uma dança sensual apenas delas, estamos famintos um pelo outro, mas, ainda assim, é
algo gentil e leve. Ela se afasta de mim por um momento e olhando em meus olhos fala:
— Lamento pelo que te aconteceu e acredite em mim quando te digo que queria matar a puta
da sua mãe com as minhas próprias mãos. Alek o que a sua mãe falava não passavam de palavras
vazias, o amor é uma coisa boa e poderosa, e ainda assim não chega perto do que sinto por você.
Eu não te amo Alek. — Congelo com suas palavras, mas logo ela completa. — Eu necessito você,
desejo você mais que tudo. Você não é meu amor, você é toda minha vida, meu ar.
Com isso voltamos a nos beijar, ela vai subindo em cima de mim, me fazendo deitar de
costas na cama. Lara me beija e passa a mão por meu corpo, de vagar ela desce até ficar com seu
rosto na altura do meu pau, então abaixa a cueca e puxa ele pra fora passando a língua pela ponta.
Meus quadris se contraem e solto um gemido de prazer.
Não sei como pude ficar tanto tempo sem essa mulher na minha vida.
Meus pensamentos são interrompidos quando ela começa a acariciar minhas bolas e leva
todo meu pau na boca, meu piercing tocando a sua garganta. Meu pau não cabe todo na boca dela,
mas ela compensa o resto com a mão. Logo estou sentindo um formigamento no quadril e minhas
bolas se contraem e jatos de gozo atingem o fundo de sua garganta.
Quando Lara liberta meu pau, percebo que ela estava se dando prazer e vou me levantar para
dar prazer a ela, mas sou empurrado de volta contra a cama, me impedindo de fazer qualquer
coisa.
— Não senhor, hoje é tudo sobre você. — Fala e sobe em cima de mim, guiando meu pau em
sua entrada apertada.
Lara começa cavalgar no meu pau, em ritmo calmo e lento, e vai aumentando o ritmo até que
está me montando como se eu fosse um maldito cavalo, e porra se isso não está muito bom.
Começo a acariciar seu clitóris enquanto a minha outra mão está apertando um dos seus
seios, que estão maiores por causa da gravidez. Puxo ela de encontro ao meu peito e coloco os
peitos dela na minha boca, dando mordidas e chupões enquanto meto nela com tudo.
Lara é perfeita para mim, a mulher ideal que me corresponde na mesma intensidade em todos
os meus impulsos. Ela gosta de sexo bruto e nunca pediu para que eu fosse com calma, muito pelo
contrário ela sempre pediu por mais.
— OHH… Alek eu vou gozar. — Anuncia e aproveito esse momento para colocar um dedo
na bunda dela. Sinto que ela fica tensa por um momento, mas depois ela relaxa e aceita.
Seus gemidos aumentam na medida em que combino as estocadas do meu pau em sua buceta,
e movimento meu dedo em sua bunda. Quando ela goza em volta do meu pau me sinto nas nuvens e
mais algumas estocadas estou gozando novamente.
— Caramba Alek, isso que você fez foi fantástico. — Diz deitada em peito.
— Quando você estiver pronta vou foder a sua bunda, te garanto que vai adorar quando eu
foder seu cu. — Falo, ela deita a cabeça em meu peito e eu a chamo. — Lara? — Espero ela me
olhar e quando ela faz, falo. — Você é a minha vida.
Ela abre um sorriso e me dá um beijo.
— Você é a minha vida também, Alek. — E com ela em cima de mim e meus braços em volta
dela, nós dois caímos no sono.
Essa foi a melhor noite da minha vida, fico feliz que ela entenda isso e que fique ao meu
lado. Meus pensamentos vão para quem quer fazer mal a nós dois, preciso resolver isso antes que
algo aconteça com a Lara e o meu filho.
Capítulo 20
LARA

A história do Alek me deixou chocada, mas não


pelo que ele fez e sim como a vagabunda da
mãe dele pode deixar tudo aquilo acontecer.
Uma mãe tem que proteger seu filho e não permitir que o machuquem.
Se eu cruzar com ela um dia, eu a mato.
Olho para o lado e observo Alek dormindo tranquilo, me faz questionar se a vida dele fosse
diferente, se a mãe dele tivesse o protegido como devia ter sido, ele seria um homem diferente,
talvez a gente nunca tivesse se conhecido.
Não gosto de pensar no que poderia ter sido ou não, o que importa é que ele não está mais
sozinho e vai descobrir isso. Alek entrou na minha vida e agora me nego a deixar que ele se vá, ou
que alguém o prejudique.
— Não vai dormir? — Alek pergunta.
— Não consigo dormir. — Admito e dou um beijo em seu rosto.
— Isso é pelo que eu te disse? — Parece preocupado.
— Não, isso é porquê estou pensando em como pude viver até agora sem você na minha
vida. — Ele me olha de um jeito diferente, e eu sorrio. — Eu nunca vou te abandonar.
— Eu também, prometo que nunca vou te deixar. — Diz. — Lara você foi feita para mim.
— Você também. — Digo e assisto ele aos poucos cair no sono novamente.
Não consigo dormir e para não o acordar me levanto e vou para a cozinha, no caminho dou
de cara com Alexa. Ela está com a geladeira aberta e tira de lá um pote de sorvete de morango e
creme, quando ela me vê dá um pulo.
— Que porra Lara, tá tentando ser o Gasparzinho? — Reclama com a mão no peito.
— Não, já você está me saindo uma boa ladra de comida.
— Você ficaria assim se tivesse esperando trigêmeos. — Pega uma colher, abre o pote e
senta em uma cadeira no balcão e começa a comer. — Você viu o quanto Tayler come?
— Ele come muito e pelo que me lembro você também. — Brinco.
— Então junte o estômago dele e o meu, que mais parecem buracos negros, e coloque mais
três dentro de mim. — Responde.
— Isso é muita fome.
— Exato, quer um pouco? — Oferece.
— Sim. — Pego uma colher e me sento ao lado dela, passamos um tempo comendo e
combinando o que vamos comprar para nossos bebês.
— Estou com muito medo. — Admite.
— Medo do que?
— Estou esperando três crianças que tem o DNA do Tayler, eu mal dou conta do pai imagina
de três crianças. — Ela suspira.
— Ele está com você para o que der e vier, o Tayler te ama e está tão feliz com essas
crianças.
— Eu sei, é só um medo bobo. — Suspira.
— Não é bobo. — Falo, acho que toda mulher se sente assim durante a gravidez. — Eu sei
como se sente, mas vamos apoiar uma a outra. Quando vai dar para saber o sexo dos seus bebês?
— Pergunto.
— Daqui um mês, até lá vou ficar maluca com o Tayler. — Ela larga a colher na pia. — Vou
voltar pra cama, até amanhã.
— Até. — Largo minha colher na pia e vou para a sala, me sento ligo a TV em um canal que
está passando a série de um cara bonito que sai usando arco e flecha. Arrow é o nome e o cara é
muito gostoso!
Vejo a série e acabo pegando no sono durante a propaganda, a próxima coisa que sei é que
estou sendo levada para a cama por braços fortes e logo me aninho no peito do Alek e volto a
dormir.
Na manhã seguinte, acordo sozinha na cama, me levanto, tomo um banho, do quarto posso
ouvir as conversas animadas na cozinha. Por isso me apresso e coloco uma das camisas do Alek já
que não sei onde estão minhas roupas, para não ficar sem nada por baixo coloco o roupão e vou
até eles.
Quando entro na cozinha vejo que estão todos sentados em volta de uma pequena mesa com
ovos, panquecas e bacon. Alexa está com o computador aberto e os meninos estão distraídos
falando alto sobre um jogo de futebol. É como se eles tivessem se esquecido do real motivo para
estarmos aqui.
— O que estão fazendo? — Pergunto, esperando uma resposta lógica para cena que eu estou
vendo.
— Tomando café da manhã. — Eles acham que não fui capaz de perceber por mim mesma?
— Percebi isso, mas e quanto a esses malucos que querem nos matar?
— Você não entendeu nada? — Pergunta Alexa, desviando os olhos da tela do notebook por
um momento. — Eles estão fingindo na nossa frente por causa da gravidez e tudo mais. — Volto
minha atenção para a tela.
— E você vai aceitar isso assim, numa boa? — Pergunto, essa não é a Alexa.
— Não, eu vou fingir que acredito nisso e então arrancar a verdade do Tayler no quarto.
Você sabia que um boquete abre portas? — Pergunta pra mim, como se eu fosse uma idiota por não
saber.
— Você é bizarra. — Falo e pego uma caneca para tomar café
— Você está vestida que nem uma maluca e eu que sou a bizarra? Antes que você encha sua
xícara, cafeína não faz bem para o bebê. — Paro com a garrafa de café no ar.
— E sorvete no meio da noite? — Pergunto e Tayler olha para ela com uma cara.
— Você também comeu! — Fala. — E na verdade pode sim.
— As duas vão ficar brigando ou vão voltar a ser as duas cadelas de sempre e jogar a raiva
de vocês em cima de nós? — Isso é claro veio do Tayler.
— Na verdade, quero saber quanto tempo vamos ter que ficar aqui?
— Não muito tempo, apenas mais alguns dias até a gente ter certeza do que estamos fazendo.
—Você é muito estúpido sabia? — Alexa volta a ser a general de sempre. — Acha que eles
não vão suspeitar de nada se o Tayler e eu desaparecermos junto com vocês dois? Porque a não
ser que seja uma pessoa muito estúpida, eu não cairia nessa.
— Às vezes me pergunto se você se casou com a filha do Bradox ou com a cria do diabo. —
Alek fala e em vez de se sentir ofendida, Alexa dá uma risada.
— Eu sou um anjo, não tenho culpa se sou mais esperta que todos vocês juntos. Agora se me
dão licença vou arrumar minhas coisas para voltar para nossa casa. Tenho que começar a preparar
o quarto dos bebês e quero ver Nick e o Erick. — Diz. — Erick está tendo um tipo de surto com
seus sentimentos pela Willow. — Ela vai saindo e Tayler apenas dá de ombros como quem diz “Eu
a amo e não vou discordar de nada que ela fale.”
A saída deles da casa me dá algumas ideias, e uma delas é pedir para que a Alexa vá ver o
meu pai e também que ela descubra como a minha prima Allyssa está. Não gosto da ideia dela
presa com um mafioso.
— Você está bem? — Alek pergunta vindo até mim.
— Sim, apenas queria poder sair sem ter medo de que alguém vá nos matar. — Admito. —
Quero comprar coisas para o bebê e tomar sorvete com você.
— Qual é a coisa de grávida com sorvete? — Ele me abraça e pergunta, embora ele não me
tempo para responder, uma vez que me beija.
Nosso beijo me deixa de pernas bambas e sem fôlego, estou pronta para irmos para a
segunda fase, quando o Tayler entra e nos interrompe, ganhando o título de empata foda.
— Vocês estão ganhando da Alexa e eu, e olha que somos recém-casados. — Resmunga.
— E a culpa é minha por vocês dois não estarem assim? — Alek resmunga.
— Tecnicamente sim, levando em conta que a Alexa e eu estamos sem foder por dois dias. E
acredite em mim quando digo que o sexo é mais para ela do que para mim.
Alexa aparece carregando uma mala e Tayler corre para ajudá-la. Tenho que admitir que a
gravidez cai muito bem na Alexa, ela está brilhando, como se tivesse acabado de ter um dia no
SPA.
— Lara eu te amo, mas parede me olhar assim, não gosto de mulheres. — Ela me provoca.
— O Tayler tem razão, você precisa de sexo o mais rápido possível. — Brinco e ela me
mostra o dedo do meio. — O tio Bradox não vai ficar feliz de ver você fazendo isso.
— Ele vai ficar mais feliz de saber que eu mostro o dedo do meio, do que ficou quando me
pegou fazendo um boquete no Tayler quando saiu do hospital. Na verdade, meu pai ficaria orgulhos
do dedo. — Não posso acreditar que isso realmente aconteceu.
— Tá de brincadeira? — Alek fala entes de mim.
— Antes fosse, quase perdi meu pau naquele dia. — Tayler estremesse como se estivesse se
lembrando do acontecido.
— Vocês dois são malucos. — Declaro.
— Um pelo outro. — Tayler completa e Alexa olha para ele com um sorriso no rosto.
— Eu amo todos vocês, mas quero ir para a nossa casa. Preciso tomar um banho de banheira
e foder meu marido como se não houvesse amanhã e em seguida procurar uma forma de ajudar o
Alek, pela segunda vez. — Ela murmura a última parte.
— E quando foi a primeira vez? — Pergunto, suspeitando de algo.
— Quando tirei o Tayler do pé dele. — Responde rápido.
— Por que será que não acredito nisso?
— Por que você é psicótica? — Oferece.
— Acho que foi você quem fez aquele contrato maluco. — A verdade sempre aparece.
— Que contrato? — Agora sei o que é necessário para ser uma boa advogada.
— Não se faça de sonsa. — Me fasto do Alek e paro na frente dela. — Que tipo de amiga
faz isso?
— Quer saber? — Ela pergunta irritada e eu aceno com a cabeça. — O tipo de amiga que se
importa com vocês dois agindo como idiotas, estúpidos e orgulhosos para dar o braço a torcer. O
tipo de amiga que está perdidamente apaixonada e que quer que todos fiquem bem. — O discurso
dela pode ter me amolecido, mas, ainda assim, preciso de um tempo para digerir isso.
— Acho que é bom você estar indo embora. — Falo.
— Eu também acho, não vou ficar aqui me justificando por algo que fiz para o bem de vocês.
Não quando eu sou aquela que os conhece o suficiente para saber que se não fosse por
interferência minha, você fugiria do Alek, agindo como uma mocinha patética de romances cliché.
— Responde. — Deus sabe que te amo como uma irmã Lara, mas essa sua indecisão e esse seu
medo de lutar pelo que quer, me irritam as vezes.
— Nós duas temos defeitos, o meu é fugir e o seu é se meter onde não é chamada. — Digo, e
antes que ela responda, saio e volto para o quarto.
Me deito na cama e fico pensando nas coisas que ela me falou, eu quero agradecer a Alexa
pelo que ela fez, mas, ainda assim, quero que ela aprenda uma lição com tudo isso. Como ela pode
pensar que vai fazer coisas assim e que não vai ter consequências? Ela não é Deus!
Alek entra no quarto e deita na cama ao meu lado.
— Será que a noite de ontem foi uma mentira? — A vulnerabilidade em sua voz me pega de
surpresa.
— Claro que não! — Falo e subo em cima dele.
— Então por que tratou a Alexa daquela forma? — Ele não toca em mim e isso me faz
perceber que ele entendeu errado a situação.
— Alek tudo que aconteceu ontem foi real. — Garanto. — Mas Alexa brincou com nós dois,
ela queria jogar com o nosso relacionamento e conseguiu. — Seguro seu rosto.
— Você está falando da Alexa? Porquê até onde eu saiba ela é a pessoa que mais tentou te
ajudar. Ela quase me matou por ser o cara que quebrou o coração da melhor amiga dela. — Ele
fala, droga eu não quero ser a vilã.
— Eu te amo Alek e não pense que não sou grata pelo que ela fez, mas poderíamos ter
resolvido tudo nós mesmos.
— Você nem sequer olhava na minha cara antes desse contrato. — Lembra. — Mas tudo
bem, não vou discutir sobre isso, só espero que não transforme a Alexa na vilã que nós dois
sabemos que ela não é, as intenções dela foram boas ela apenas não soube como executar. — Ele
segura meu rosto e me puxa para um beijo.
— Eu só quero que ela aprenda uma lição.
— Acha que a Alexa vai aprender alguma coisa? Bradox só ensinou ela a ser esperta e
conseguir o que quer.
— Ela é mimada né? — Brinco.
— Você também é, deve ser por isso que estão se bicando tanto. — Diz e eu dou risada.
Esse nosso momento é tão especial, que logo deixamos os problemas para trás e
aproveitamos a nossa manhã, esquecendo dos problemas que nos esperam lá fora, e aproveitamos
o nosso mundinho.
Capítulo 21
ALEXA

A inda não acredito que a Lara descobriu e falou


aquilo para mim. Porra se não fosse pelo que
fiz ela ainda estaria sozinha sofrendo em um
canto e o Alek em outro. É um crime estar feliz e querer que todos a sua volta estejam também?
— Porra Alexa, não acredito que você fez tudo isso com meu irmão. — Tayler reclama ao
meu lado. — A porra de um contrato.
— Você só está assim porquê eu não te contei, isso não tem nada a ver com a gente. —
Reclamo e entro no carro.
Alek não nos acompanhou até o carro, ele foi rastejar um pouco e descansar, e como sempre
o trabalho pesado aqui sobra para mim. A futura mamãe que em vez de se ocupar com seus filhos,
tem que resolver a merda de adultos que não saber fazer nada.
Espero que esses bebês saíam logo de dentro de mim, quero muito ver o rostinho deles.
Voltando ao assunto principal, tenho um amigo que pode ter uma pista sobre o que está
acontecendo e quem está atrás do Alek. Por isso eu comecei a executar meu plano, o Tayler não
sabe ainda, mas se tudo der certo o próximo capítulo dessa história eu vou botar pra quebrar.
— Senhora mundo da lua, vamos voltar para o aqui e agora onde você me explica o por que
diabos fez aquilo? — O Tayler é tão sexy quando está assim.
Será que ele merece um boquete?
— O Alek precisava de uma força e eu dei. — Dou de ombros. — Acho que preciso
espalhar pelo mundo a febre do amor. — Falo e abro o zíper da calça dele, seu pau fica em
posição de sentido.
— O que diabos você está fazendo? — Pergunta.
— Eu estou me preparando para chupar o pau do meu marido. — Falo e quando vou para me
aproximar uma pancada no carro me joga para a janela.
Que diabos está acontecendo aqui? Tayler luta para manter o controle do carro e acelera,
mas quem disse que a vida é boa? Novamente me vejo sendo jogada para fora da estrada e batendo
a cabeça. Tayler está acordado, mas sua cabeça está sangrando, e eu estou apavorada com a ideia
de perder o meu marido.
— Tayler? Amor? — Chamo e solto meu cinto e dou alguns tapas de leve em rosto. Alívio
toma conta de mim quando ele se meche e solta um gemido.
— Que merda aconteceu aqui? — Diz quando se recupera.
— Não faço ideia, mas precisamos sair daqui antes que eles venham e nos levem. —
Lembro da última vez que estive em um acidente e as coisas terminaram de uma forma desastrosa.
— Consegue se mexer? — Pergunta e eu aceno.
Me solto e rastejo para fora do carro, através da janela de vidro quebrada. Tayler faz o
mesmo e rastejamos para longe do carro para que não possam nos ver, escondidos no meio do
mato que fica no caminho para a nossa casa, vejo que alguém se aproxima do carro e sem verificar
se tem gente dentro ou não ateia fogo nele.
Isso foi um aviso! Tenho certeza que essas pessoas estão atrás do Alek e da Lara, e eles
sabem que os dois estão na cabana.
— Temos que ligar para o Alek e avisar que eles sabem onde estão. — Falo e Tayler tira o
celular do bolso de trás da calça. Ainda bem que ele sobreviveu ao acidente.
Infelizmente nossa sorte termina aí, o telefone toca várias vezes e vai direto para a caixa
postal e imediatamente começamos a pensar o pior, mas não desistimos, ligamos no telefone da
Lara que depois de uma eternidade atende.
— O que está acontecendo? — Saúda.
— Você e o Alek precisam sair logo daí, eles estão indo buscar vocês. — Tayler fala.
— Eles quem? — Escuto Alek.
— O papai Noel e seus duendes. — Zomba. — Quem você acha, Alek? Óbvio que os caras
que querem matar você e a Lara. Eles atacaram a Alexa e eu, e agora estão indo pra aí, porra. —
Tayler está furioso.
— Merda, eu vou dar um jeito de sair daqui, onde vocês estão?
— Estamos escondidos no meio do mato que fica perto da nossa casa. — Tayler responde.
— Preciso ligar para os caras do clube virem nos buscar, tome cuidado…
Estou ouvindo a conversa distraída até que sinto uma cólica muito forte e começo a pensar o
pior, não quero perder meus bebês.
— Alexa amor, você está bem? Tayler para de falar no telefone e olha para minha expressão
tensa.
— Acho que estou perdendo nossos bebês. — Falo, e mais uma onda de dor me atinge,
minha visão escurece e perco o sentido, desmaiando.
Capítulo 22
ALEK

Q
uando desligo o telefone fico preocupado com o que pode
acontecer a seguir. As pessoas que estão por trás disso
seguiram o meu irmão, o que significa que eles sabem onde
estamos, eles sabem do lugar seguro do clube.
Em uma tentativa desesperada de sair daqui sem levantar maiores suspeitas, chamo dois
táxis.
— Porque chamou dois carros? — Lara pergunta.
— Vamos nos esconder em um deles, enquanto o outro vai ser pago para dirigir para fora da
cidade, o mais longe que ele conseguir. — Explico.
— E você acha que isso vai dar certo? Será que esses caras não vão pensar a mesma coisa e
vão se dividir como estamos fazendo?
— Pode ser que sim, porém seriam menos homens para eu enfrentar. — Respondo.
— Tayler e Alexa estão bem?
— Alguma coisa aconteceu.
— O que eles disseram?
— O carro capotou, por sorte eles conseguiram sair do carro antes de quem os perseguia
ateasse fogo. — Meu celular apita com uma mensagem.
Tayler: Alexa não está bem, ela pode perder os bebês
Alek: O que o médico disse?
Tayler: Não falamos com um ainda. Fique vivo e se precisar fale com Bradox, ele está por
dento de tudo.
Alek: Alexa vai ficar bem e os bebês também. Pode deixar que eu vou resolver tudo isso.
Tayler: Sabe os caras que nos atacaram? Eu vou matá-los com as minhas próprias mãos.
Alek: Já são seus!
Essas notícias me fizeram perceber que preciso agir logo contra essas pessoas. Não é só a
minha vida que está em risco aqui, mais a dos meus irmãos do clube, e principalmente da minha
mulher e filho.
— Alguma novidade? — Lara me abraça.
— Alexa está no hospital, e está correndo risco de perder os bebês. — Conto, e sinto-a ficar
tensa contra mim.
— Ela não pode…
— Xiii, eu sei como se sente sobre isso, mas não vou deixar nada acontecer com o nosso
bebê. — Garanto.
— Não estou preocupada com isso, e sim com o fato da Alexa e do Tayler perderem seus
bebês. — Chora. — Me sinto tão culpada, eles estão no meio dessa bagunça por nossa culpa.
Me sinto um lixo em pensar nisso. Lara está certa, meu irmão estava seguro com a mulher
dele em Vegas e agora ele está em um hospital correndo o risco de perder seus filhos, e tudo isso
por que eu não soube me virar sozinho.
A campainha toca e vou atender com a arma na mão. Nesse momento não estou pensando
com clareza, a única coisa que está me mantendo no jogo é a minha raiva, e estou prestes a
descontar um pouco dela em algum desavisado. No entanto, quando abro a porta não tem ninguém,
e quando olho para o chão vejo que deixaram um envelope branco.
Olhando para os lados a procura de quem o deixou ali, eu me abaixo e o pego, em seguida
volto para dentro e tranco a porta. Esses filhos da puta estão cada vez mais ousados, e nós
precisamos sair daqui o mais rápido possível.
Ando até a cozinha, e coloco a minha arma sob o balcão, lá eu abro o envelope e me deparo
com uma caligrafia elegante.
Jovem tolo.
Pensa que pode fugir de mim e se esconder? Sei tudo sobre você e seus atos capazes de
destruir famílias inteiras, ou vai me dizer que sua namorada sabe do seu passado nojento? De
qualquer forma os seus dias estão contados, e quando ficarmos frente a frente, vou te matar
com as minhas próprias mãos.
PS: Não é triste o fato da sua cunhada ter perdido os bebês? E o mais engraçado, tudo
por sua culpa!
Preciso saber quem é esse filho da puta, desgraçado. Esse bilhete não me deu muitas pistas
já que eu fiz muitas coisas desprezíveis no passado, matei, torturei e roubei de pessoas poderosas
para o clube e também para o FBI.
— Quem era? — Lara está agora com as coisas dela prontas e vestida apropriadamente para
uma fuga.
— Um entregador. — Não posso contar a verdade para ela. — Ele estava na casa errada.
— Alek só tem essa casa por aqui. — Diz.
— Na verdade não, tem algumas casas descendo a rua e o único motivo para você não ter
visto é porquê estava escuro.
— Vamos voltar para o clube?
— Ao que parece aonde quer que vamos eles sempre sabem. O clube vai fazer um bloqueio
e vamos ficar bem lá. — Puxo ela para o meu colo e enterro a minha cabeça no pescoço dela.
— O que é um bloqueio? — Pergunta enquanto me dá acesso ao seu pescoço.
— Vamos ficar retidos no clube, ninguém entra e ninguém sai.
— E se essas pessoas decidirem nos atacar lá?
— Essas pessoas uma hora vão aparecer e eu percebi que é melhor estarmos cercados de
pessoas em quem confio e de armas que serão uteis, do que sozinhos e isolados.
— É disso que tenho medo, essa pessoa aparecer e tentar fazer algo contra nós.
— Baby, ela já está fazendo algo contra nós.
— E eu estou com medo, não quero te perder.
Nosso momento é interrompido pelo barulho de carros, e logo em seguida os táxis aparecem.
É quando mando ambos irem para a garagem subterrânea, assim ninguém vai nos ver entrando
neles. Ambos os motoristas são funcionários de um velho amigo meu, que é dono de uma frota de
táxis, e foi a quem eu pedi ajuda.
Enquanto eles fazem o que mandei, viro para Lara e digo;
— Fique aqui, vou ver se não é uma armadilha. — Ela concorda.
Vou até a garagem e comprimento os taxistas, pelo que vi as identificações batem e eles são
realmente quem dizem. No entanto, eu revisto os táxis para ter uma garantia maior de segurança.
— Por que você precisa fazer tudo isso? — Pergunta um deles nervoso, já o outro está
suando frio.
— Por garantia. — Encontro uma arma em baixo do banco e junto um silenciador, pego a
arma e viro para encará-los — Quero saber que tipo de estúpido vocês pensam que eu sou? Sério
mesmo, não se deram ao trabalho nem mesmo de ficar com ela na cintura.
— Ei cara, não viemos fazer nada. — O que estava sentado se levanta e começa a andar em
minha direção. — Tudo o que tínhamos de fazer era levar você e a garota, vivos para o chefe.
— Isso vai ser divertido. — Eles batem em mim e correm pela garagem em direção a saída,
mas eu sou mais rápido e dou um tiro em suas costas, que caem imediatamente no chão.
Não sabia que ia gostar tanto de pessoas idiotas como gostei desses dois, quero dizer, eles
me deram a arma perfeita para detê-los sem que a Lara escute. Infelizmente a minha sorte termina
quando ela aparece na porta.
— Alek, podemos ir? — Lara fica pálida ao ver os dois caídos no chão, sangue saindo de
suas costas. — Eles estão…
— Ainda não. — Interrompo. — Fique lá dentro, eu quero ver se consigo algumas
informações.
Lara concorda e volta para a casa.
Essa cabana já foi usada como enfermaria, e como resultado, ainda tem algumas macas
guardadas aqui, e uma cadeira de escritório. Em uma ocasião diferente, elas seriam usadas para
algo bom, mas hoje, vou usá-las para me divertir com esses dois idiotas.
Com um pouco de dificuldade, arrasto os dois até a maca e a cadeira, com um pouco de
trabalho, arrumo um em cima da maca e outro em sentado na cadeira, amarro bem seus pulsos e me
afasto. Vou até o freezer e pego pedras de gelo, jogo em dois baldes com água, e quando a água
fica gelada, jogo em cima deles.
Não quero perder mais tempo com essa merda.
— Desculpem a minha falta de educação, em interromper o sono de vocês, mas eu estava
louco para brincar um pouco. E para as brincadeiras que tenho em mente, vou precisar da ajuda de
vocês. — Coloco uma luva cirúrgica.
— Cara deixa a gente sair daqui você está louco. — O que está na cadeira fala.
— Logo agora que decidi brincar com vocês?
— Se isso é sobre a puta morena e o cara da estrada, estávamos cumprindo ordens.
— Então foi você? — Ele engole em seco, obviamente arrependido do que deixou escapar.
— Foram ordens, eu tenho família. — O bastardo fala como se não fosse nada demais.
— Apelar para família não vai adiantar, meu irmão estava naquele carro com minha
cunhada, ela estava grávida e por sua culpa perdeu os bebês. Mas fique calmo que com você não
sou eu quem vai brincar.
Tayler quer ter sua vingança contra esse homem, e não sou eu que vai tirar dele.
Alek: Venha agora, tenho um presente pra você.
Tayler: Mano, não tô no clima pra essas merdas agora, e outra eu disse que você e Lara
tem que sair daí.
Alek: Peguei o cara que atacou o carro de vocês, sua chance de fazer ele pagar.
Tayler: Chego em 30 minutos, mantenha ele vivo até eu chegar.
Alek: Ok.
— Não queria estar na sua pele. — Dou um tapinha no ombro do homem sentado na cadeira.
— Enquanto você espera, vou brincando com seu amigo aqui, espero que não se importe. — Ele
grita desesperado, e seu amigo que estava quieto se esperta. — Finalmente, achei que teria que te
dar choque para te acordar.
— Por favor. — Pede e em seguida grita; — Socoroooooo. — Ele tenta se soltar das
amarras que o prendem na maca.
— Pode gritar o quanto quiser, ninguém vai te ouvir. Se quiser ajuda para gritar, posso te
ajudar. — Pego um bisturi e deslizo sobre o peito dele, não corto sua pele, mas faço ele ficar com
medo.
— Por favor! — Ele implora.
— Sabe, eu me coloco no lugar de vocês nesse momento, deve ser difícil saber que está
prestes a morrer. Mas sei que se fosse minha mulher e eu dentro daquele carro, vocês teriam nos
levado para essas pessoas, sem se importar com nosso destino. — Aperto o bisturi em seu mamilo
e o arranco, apreciando seu grito de dor. — Homens como vocês, quando tem uma arma nas mãos,
tornam-se tolos o suficiente a ponto de achar que são invencíveis.
— Pensa que eles não nos vingarão? — Ele tem a audácia de sorrir.
Infelizmente para esse idiota, eu gosto de jogar duro.
— Eu sei que não. — Sorrio. — Vocês se acham importantes, mas não passam de dois paus
mandados de merda. Foram enviados para ser meus brinquedos, eles sabem do que sou capaz e
nesse momento, estou muito feliz com a ideia de matá-los.
O bastardo cospe na minha cara, e o meu sorriso aumenta, parece que alguém quer começar
a brincadeira. Caminho até a bancada de ferramentas e pego um alicate, em seguida me aproximo
do seu ouvido.
— Eu deveria cortar a sua língua, mas como você é o único estúpido que está falando, vou
ser bondoso e apenas arrancar seus dentes. — Digo. — Um a um, cada vez que você abrir a sua
boca para falar merda sobre minha família.
O desgraçado não leva em conta meu aviso, e começa a me provocar.
— Acha que eu ligo para o que você vai fazer comigo? De um jeito ou de outro você e
aquela sua putinha vão acabar mortos. — Diz e eu forço sua boca aberta e arranco um dente.
— Admiro sua resistência, poucos imbecis continuam suas provocações depois disso. —
Sorrio.
— Talvez esteja olhando da forma errada, eu vejo prazer onde você só vê dor. — Olho para
baixo e solto uma maldição, o filho da puta está excitado.
Que tipo de bandido lida bem com a dor e sente prazer em ser torturado? Claro, o tipo de
bandido que é dominado por uma pessoa muito esperta e que sabe manipular pessoas e levá-las a
fazer o que ela quer. É brilhante de certa forma, se eles gostam de dor, não abrem a boca.
—Se você quer se divertir um pouco, vou permitir que faça isso. — Digo. — Antes de
retomarmos a nossa brincadeira, vou garantir que não sinta prazer com mais nada. Está na hora de
te castrar.
Capítulo 23
ALEK

seu próprio corpo, arrancadas?


A inda estou tentando assimilar essa merda de
situação.
Que tipo de pessoa sente prazer ao ter partes de

Pego um pouco de soda cáustica e misturo com cuidado, em um recipiente. Se esse filho da puta
gosta de sentir dor, é exatamente isso que vou dar a ele. Talvez eu até seja legal e permita que ele
saia vivo daqui.
— Gosta de sentir dor, não é? — Pergunto enquanto pego uma seringa de metal e encho com
a soda.
O filho da puta tem sorte de ser eu quem está aqui e não o meu irmão. Tayler não é uma
pessoa famosa por sua paciência, muito pelo contrário, meu irmão a essas horas, teria esse filho da
puta pendurado no teto pelo pau dele, e amputaria o membro puxando.
— Alek? — Escuto Lara me chamar e como não a quero aqui, deixo a seringa longe dos dois
e vou até a porta da garagem.
— Lara? — Chamo ela que se aproxima. — Preciso que fique aqui e se a campainha tocar,
você me dá um toque no celular e eu vou ir ver quem é. Mas preciso que você fique longe da porta
de entrada e daqui também. — Aviso.
— Tudo bem, mas o que vai acontecer com eles? — Ela está curiosa e nervosa.
— Esses homens são maus, eles fizeram o Tayler e a Alexa sofrerem um acidente e até agora
a única pista que tenho é de que eles perderam os bebês. E tudo isso graças a esses animais idiotas
que iriam nos levar para nos matarem. — Eu falo. — Agora por favor feche a porta e fique no
quarto e se alguém bater me ligue. — Dou um beijo nela e em seguida me afasto fechando a porta.
Assim que me viro para eles a expressão em meu rosto muda de apaixonada para puto, e eu
estou pronto para matar, e é exatamente isso o que vou fazer. Pego a seringa da mesa e me
aproximo do infeliz deitado lá, esse cara vai pagar por ser burro e vou me encarregar de fazer isso
doer o máximo possível.
— Por que não convida sua namoradinha para assistir enquanto você me dá prazer? —
Mesmo sem dentes e sabendo que vai morrer, ele está sentindo prazer e implorando por mais.
— Pensa que vai conseguir me afetar? — Pergunto escondendo a minha raiva. — Acha que
vai continuar se divertindo?
— Tenho certeza que sim, minha mestra me treinou para isso.
— Quer me falar algo sobre sua mestra? Adoraria que começasse a falar, antes que eu acabe
com você? — Eu removo a parte de baixo da roupa dele e o deixo pronto para a próxima fase.
— Não tem nada que eu vá dizer depois que você brincar comigo. — O sorriso desdentado e
ensanguentado continua lá.
Fico em silêncio, não sinto como se tivesse que falar algo depois dessa cena.
Esse cara tem uma mente venenosa e ardilosa, e se ele continuar sem me dizer o que quero
saber, vou mantê-lo aqui, e as coisas só vão piorar para o lado dele. Não sou o tipo de cara que
vai ficar aqui e deixar que ele se divirta as minhas custas. A minha decisão de injetar o ácido em
seu pau, é a certa, ele não vai ter como sentir prazer com essa merda.
Seu pau é pequeno e está duro, o que facilita para que eu não tenha que tocar nele.
O bastardo sorri quando aproximo a seringa do pau dele, mas o sorriso dele morre quando
começo a injetar o conteúdo da seringa em suas bolas. Mesmo com a dor que começa na medida
em que o líquido vai se espalhando ele ainda ri, e me provoca.
— Isso é estranho, mas, ainda assim, gostoso.
— Vamos ver se você vai gostar disso por muito tempo. — Falo, e na medida que o tempo
passa, ele começa a gritar, e dessa vez seus gritos são de dor.
— Ahhh… Para com isso… Por favor… — Ele tenta se soltar.
De onde estou, posso ver seu saco derretendo.
Olhar o que acabei de fazer a esse homem embrulha o meu estômago, começo a sentir uma
onda de remorso pelo que fiz a ele, até que me lembro que esse cara é a razão pela qual meu irmão
e a Alexa estão no hospital, sofrendo depois de um aborto.
— Não acho que esteja com tesão agora. — Provoco e escuto o outro cara dar uma risada,
me viro pra ele e com o maior sorriso cínico, pergunto; — Achou engraçado? Se eu fosse você,
estava rezando em vez de dar risada. Se pensa que o que estou fazendo com ele é doloroso e
engraçado, não queira estar na sua pele quando meu irmão chegar aqui.
Vejo seus olhos se arregalarem e o medo estampado em seu olhar, me faz dar risada.
Não sei o que está acontecendo comigo; se é a adrenalina ou se sou um filho da puta fodido
que gosta de ver essas coisas. Por um momento me preocupo com a minha sanidade, até que me
lembro que estou aqui pelo meu irmão e pela minha mulher, ninguém fode com a minha família e
sai impune.
— Você é doente. — Geme o que está na maca improvisada.
— Acha que sou doente? Não sou eu quem está sentindo prazer ao ser torturado, também não
eu quem está por aí perseguindo pessoas em nome de um sádico filho da puta. — Rebato.
— Isso não vai acabar tão cedo. — Garante. — Minha mestra não vai te deixar sair impune.
— Chora. — E eu nunca vou falar nada para você. Não com esses truques baratos que está usando,
eu até senti prazer nisso. — Sorri em meio a dor.
Doente do caralho.
— Sua “mestra” — falo fazendo aspas com a mão. — Não dá a mínima para você. Se ela se
importasse com você, te mandaria até mim? Ela sabe o que está acontecendo aqui e até agora não
apareceu.
— Ela vai vir, ele apenas não permite que ela venha agora, precisa dela por mais tempo ao
seu lado.
Esse idiota está me dando o que quero e nem percebeu isso.
Existem duas pessoas por trás de tudo isso, duas pessoas que querem acabar comigo e com a
Lara. Pensando em tudo o que nos aconteceu até agora, o envenenamento da Lara é uma coisa
pessoal. Veneno sempre é algo pessoal, mais fácil de matar, e ajuda a suprir a raiva que o
assassino nutre contra sua vítima, e tudo isso sem levantar pistas.
— Lembra da sua infância? — Pergunta, e fico paralisado com suas palavras. — Todos
aqueles abusos e a dor? — Como ele sabe sobre minha infância? — Não fique parado aí com essa
cara de idiota, não era isso que você queria; que eu te contasse a verdade? Tem certeza que é isso
o que quer?
— Se vai começar a falar faça isso de uma vez, e talvez eu tenha piedade de você. — Falo.
— Era uma vez… não essa não vai combinar com a história que tenho para contar. Vai ficar
muito cliché. — Zomba. — Você pode ter acabado com as minhas bolas, mas quem vai dar o golpe
final aqui sou eu.
— Estou esperando, não vai querer me deixar com raiva. — Digo, ignorando suas palavras.
— Talvez eu queira, mas vamos lá…
"Havia uma pequena garota, ela era filha única de um homem bom e gentil. Esse homem
amava sua esposa e sua filha acima de tudo, mas esse homem foi seduzido pelo poder de
sedução de uma bruxa má e sua pequena cria. A cada dia que passava o homem negligenciava
cada vez mais sua família, e tudo para passar mais tempo com a prostituta do mal, até
brinquedos e presentes ele levava para essa nova família.
A pobre garotinha chorava cada vez que ele saia, e conforme o tempo passava ela
descobriu o lado negro que existia dentro dela, e aos poucos ela foi dominada pela raiva. Como
toda criança, ela não tinha o controle de nada e, na medida em que os anos se passaram essa
raiva só se fez maior.
Um dia o pai dessa garotinha não voltou para casa e quando foram o procurar,
encontraram ele morto. Seu carro havia caído do penhasco e explodido. Mas a menina sabia
que era obra do demônio, e jurou vingança! Não só para quem acabou com a vida de seu pai,
mas para todos aqueles que ele amar."
— Então aquele pedaço de lixo teve uma filha? — Era só o que me faltava. — Uma puta
psicótica querer vingança porquê matei o pai dela?
— Ela é superior a você. — Fala em tom baixo devido a dor.
— Vou te dizer o que vai acontecer, já que você não estará aqui para ver. — Finjo pensar
por um minuto. — Ou talvez eu te deixe sobreviver já que quero fazer essa vadia sofrer. Eu vou
matá-la, mas não vai ser rápido, vou torturá-la tanto que a desgraçada vai desejar estar morta.
Escuto um celular tocando, o barulho vem de dentro da calça que tirei desse verme. Quando
pego o telefone vejo no visor a foto de uma mulher, ela me parece um pouco familiar, então a ficha
cai, eu estudei com ela.
Atendo a ligação e espero que ela termine de falar.
— Até que enfim você atendeu, não posso acreditar que aquele filho da puta te mandou
nessa missão. Assim que voltar vou te castigar por não ter pedido a minha permissão.
— Lamento te informar, mas seu capacho não vai voltar. Vou me divertir tanto torturando ele,
que quando finalmente o matar ele vai me agradecer por isso. Na verdade ele já não tem mais o
saco. — Saúdo a desgraçada.
— Vejo que finalmente pode ter uma pista de quem eu sou. — Consigo ouvir a alegria em
sua voz. — É bom conversar com você depois de tanto tempo.
— Não me venha com essa Charlotte. — Corto a merda do papo furado. — Eu quero que
venha até mim, se quiser realmente ter uma vingança digna ou vai continuar se escondendo como
uma maldita rata? — Ela tem que aparecer.
— Tentador meu amigo, no entanto, tudo tem seu tempo. — Diz. — Não faça nada com
meu pequeno bichinho, isso não vai ser legal para você.
— Quando você decidir dar as caras aqui eu paro de torturá-lo, até lá nosso tempo juntos
vai ser um pesadelo para ele. — Desligo o telefone.
No momento em que eu desligo o celular e me viro vejo Tayler parado na porta.
— Esse telefonema significa que você descobriu quem está por trás de tudo? — Pergunta se
aproximando.
— Sim, lembra de quando estava na escola e tinha uma garota estranha que estudava comigo
que era filha de um traficante de drogas, ele era um dos pequenos. — Não conto para ele sobre o
filho da puta ter me estuprado por anos até que consegui me defender.
— Então a estranha quer vingança pelo que? — Pede, enquanto analisa o estrago que fiz no
homem.
— O pai dela teve um caso com a vadia da nossa mãe. — Conto.
— Não posso acreditar que ela se rebaixou tanto a ponto de sair com aquele desgraçado. —
Diz.
— Mesmo sendo um dos pequenos traficantes, ele tinha dinheiro e ela gostava de qualquer
um que bancasse seus vícios. — Dou de ombros.
— Qual desses dois aqui tentou foder com a vida da minha mulher?
— O que está sentado. — Digo. — Vou aplicar um sedativo no que está na maca e aplicar
uns remédios para a dor.
— Posso saber motivo do cuidado?
— Ele é alguém importante para a vadia, e eu quero fazê-la sofrer. — Conto. — Mas posso
fazer isso depois, vou deixar você se divertir com esse verme aqui. — Falo e com um
comprimento caminho até a porta, mas antes de sair me viro e pergunto. — E a Alexa e os bebês?
— Eles estão bem, foi apenas um susto causado pelo estresse da situação, o médico deu um
sedativo para ela e a deixou em observação. — Explica.
Não consigo descrever a sensação de alívio que toma conta de mim ao receber essa notícia.
Capítulo 24
LARA

E nquanto Alek cuida dos homens, vou para o


quarto e fico quieta. Não quero ver e muito
menos pensar no que Alek está fazendo lá em
baixo, em sua tentativa de nos manter seguros. Foi por isso que deixei Tayler entrar e ir direto para
a garagem, enquanto me ocupo arrumando as minhas coisas.
— Está pronta? — Alek pergunta me assustando quando entra no quarto.
— Sim! Já cuidou do tudo? — Me refiro aos homens na garagem.
— De certa forma não, mas não quero falar sobre isso agora. — Muda de assunto. — Vou te
levar para o clube. — Me puxa para seus braços.
— O que quer dizer com me levar? — Peço.
— Não vou ficar lá.
— Mais, Alek…
Ele me cala com um beijo, sua língua invade a minha boca, seus braços me apertam contra
seu corpo e ele me ergue. Aproveito para passar a minha mão nos cabelos dele e aprofundo ainda
mais o beijo; quando estamos sem fôlego nos separamos ofegantes olhando um nos olhos do outro.
Alek não pode me deixar sozinha!
— Sei que você está com medo Lara, não por você e sim por mim. Mas sei o que estou
fazendo e isso é manter todos vocês em segurança. — Não acredito que ele está me dando isso
como explicação.
— Tudo bem, mas isso não terminou aqui. — Ele sabe que estou esperando a gente entrar no
carro, aonde ele vai ter que ficar concentrado na estrada e não me distraindo com beijos de tirar o
fôlego, para não começar fazer perguntas.
— Pensa que não sei a batalha que você vai me fazer lutar? — Ele brinca e me dá um tapa
na bunda.
— Você é esperto. — Parabenizo. — Porém gatinho, o que está por vir não chega nem perto
de ser uma batalha. — Falo e saio de perto dele, enquanto me afasto tudo o que consigo ouvir é a
risada baixa dele.
— Então eu sou gato? — Vem atrás de mim.
— Você sabe que é, e não precisa de mim para ficar te lembrando. — Bufo revirando os
olhos.
— Você é má. — Brinca.
— Talvez um dia eu decida te mostrar o quanto posso ser má, principalmente no quarto. —
Pisco para ele e noto sua boca aberta.
— Você não devia me provocar assim. — Reclama. — Isso não é legal, ainda mais quando
se tem que andar com o pau duro. — Diz, me seguindo o que me faz revirar os olhos.
— Vai ficar me seguindo ou já podemos ir? — Pergunto.
— Já podemos ir, na verdade deveríamos ter ido já há algum tempo, não quero deixar Tayler
sozinho.
— Tudo bem, vamos lá.
Ele me guia até o carro que está parado na frente de casa, não entendo porque estamos indo
com o carro de Alexa, ou melhor, porque o Tayler não está com ela, em vez de perder tempo
torturando um homem, que não tem como correr.
— Alexa está bem? Ela está aqui? — Pergunto, tentando dar um sentido ao comportamento
do Tayler.
— Ela e os bebês estão bem, apenas um susto. — Alek me tranquiliza. — Porém, ela está
sob cuidados do Bradox, e já está no clube. O carro dela está aqui porque Tayler veio com ele,
para que eu possa te levar em segurança.
— E o que o carro tem de tão especial? — O carro da Alexa é grande, na verdade é um
monstro enorme.
— É blindado, meu irmão comprou pra ela depois que eles descobriram sobre a gravidez.
Ela nem teve a chance de ver ainda. — Ele para pensativo olhando para o volante e sei que está se
culpando por isso.
Alek me ajuda a entrar no carro e dá a volta, quando ele entra, coloco a mão na perna dele e
tento de forma silenciosa, dizer que a culpa não é dele. Talvez agora seja a hora perfeita pra tirar
meu time de campo e deixar a nossa discussão de lado.
— Alek, eu te amo e se você precisa ter sua vingança para deixar de lado tudo o que tem
acontecido, vou te apoiar e estar ao seu lado. E tudo o que te peço é que tome cuidado. —
Praticamente imploro para que ele se cuide.
Em resposta a minha declaração, ele apenas liga o carro, e seguimos em silêncio até o clube.
Ambos estamos tensos no caminho até o clube, depois do ataque ao Tayler e a Alexa, não podemos
descuidar.
Quando chegamos no clube, Alek me ajuda com as minhas malas e me guia para a porta de
entrada, é quando meu pai aparece. Eu não fazia ideia de que ele tinha saído do hospital, ainda
mais agora que não temos a Willow para cuidar dele.
Tem algo estranho acontecendo aqui, e não é o que está acontecendo com Alek e eu.
— Pai? — Corro para ele e sou recebida com um abraço apertado, seguido de um gemido de
dor. — Não acredito que já recebeu alta do hospital.
— Ele não recebeu. — Bradox se intromete. — Seu pai fugiu do hospital, o que em tese foi
uma coisa boa já que conseguimos um médico substituto para ocupar o lugar da Willow.
— E como ela está? — Pergunto.
— Bem, os irmãos dela decidiram levá-la para Moscou. — Responde. — Alexa está lá
dentro. — Muda de assunto.
— Ela está melhor?
Só de pensar no susto que ela e o Tayler passaram, eu sinto o meu sangue ferver de raiva.
— Sim, apenas com raiva por ter que ficar na cama por um tempo. — Diz. — Você conhece
a minha filha, para ela ficar presa a cama é pior do que tomar um tiro.
Bradox é um pai orgulhoso, posso ver isso pelo sorriso que aparece em seu rosto quando
fala da Alexa e do fato dela ser uma mulher durona, que detesta receber ordens.
— E você está orgulhoso dela ser difícil de lidar. — Alek aparece ao meu lado, e passa os
braços em volta de mim.
— Sabe que eu sou orgulhoso de tudo que a minha menina faz. — Dá de ombros. — No
entanto, ela precisa acatar as ordens, o bem-estar dos meus netos depende disso.
— Já Descobriram o sexo dos bebês? — Pergunto.
Antes que Bradox me responda o celular do Alek apita, nos lembrando que ele precisa
voltar ao trabalho.
— Eu tenho que ir. — Diz, em seguida me dá um beijo. — Eu te amo. — A forma como ele
diz essas palavras me dá um aperto no peito.
— Se espera que eu fale que te amo como se fosse uma maldita despedida, está enganado.
— Falo e o aperto mais. — Eu te vivo! E você precisa se manter seguro não só por você, mais
pelo nosso filho e por mim. — Dou mais um beijo nele e me afasto.
Alek vai embora, e quando entramos no clube, meu pai volta para a enfermaria e eu sigo
Bradox para encontrar a minha amiga.
— Não achei que você fosse querer ficar sozinha aqui, então vou te levar até a Alexa. — A
voz do Bradox soa gentil. — Lembrando que ela é uma dor na bunda quando está mal humorada, se
ela te ofender ou te irritar, me chame que te levo para outro lugar.
— Eu ouvi isso! — Escuto a voz da Alexa vindo da primeira porta.
Quando entro no quarto e me deparo com a minha amiga, lembro dos últimos acontecimentos
e da briga que tivemos antes dela sair da cabana. Ela foi a pessoa que fez o contrato com a qual
Alek me chantageou.
— Oi. — Murmuro, não sabendo como agir.
— Sente-se, e não fique toda estranha comigo. — Diz de forma rude.
Alexa está magoada comigo!
— Estranha ou com raiva? — Pergunto.
— Quer saber, Lara? — Diz, mas não espera uma resposta. — Eu fiz aquilo porque vi o que
Alek sentia por você e sabia que você gostava dele, mas era covarde demais pra lutar pelo cara
que queria. — Ela dá uma risada de escárnio. — E eu estava certa em fazer tudo isso, já que você
prefere fugir e se esconder do que lutar pelo que quer.
— O que você sabe sobre lutar pelo que quer? Caso não lembre, você fugiu do Tayler e do
que sentia por ele durante sete anos. — Jogo na cara dela.
— Eu não fugi! — Rebate. — Ao contrário de você que decidiu chutar o balde, apenas
porquê o acordo que vocês tinham não deu certo, e decidiu se fazer de vítima. Posso ter saído da
vida do Tayler durante muito tempo, mas quando voltei e nós ficamos juntos, eu não fugi ou fiquei
em cima do muro. Muito pelo contrário, fiquei e lutei.
— Você não sabe de nada a respeito da minha vida! Tudo o que aconteceu com você foi por
causa dos in…
— Tudo o que passei foi por causa da minha mãe, ela ia me matar. — Me corta. — Você
sabe o que é ter que matar a própria mãe, mesmo que ela seja um pedaço de lixo? Não, é claro que
não. Você é a menina perfeita que foi superprotegida por todos a sua volta, aposto que pensou em
pedir para o Alek abandonar o clube, não é?
Me mantenho em silêncio, e Alexa sabe que me pegou.
Quando Alek e eu nos entendemos, ia pedir para ele abandonar o clube, estava apavorada
com a ideia dele se machucando. Então, depois de um tempo, acabei entendendo que essas pessoas
e esse clube, são a família dele, eles vivem e morrem uns pelos outros. Como uma família tem que
ser.
— Por que está fazendo isso? — Pergunto. — Você fez tudo o que fez pra mim e agora está agindo
como se eu fosse a vilã.
— Sabe Lara, eu te ajudei e você me tornou a vilã. Abri seus olhos o tempo todo e você nem ao
menos me deixou explicar. — Vejo uma lágrima escorrer dos olhos dela. — Eu quase perdi meus
filhos e meu marido hoje por causa de um acidente estúpido. Eu cansei de ver você pensando que
isso aqui é um conto de fadas em que o príncipe vem montado em uma moto ao invés de cavalo. Isso
aqui é vida real e se você não vai apoiar seu homem e lutar por ele acho que está no lugar errado.
Uma hora você vai ter que fazer uma decisão difícil e vai ter que estar pronta pra não culpar o Alek.
— Do que está falando? — Ela começou com isso e agora fica em silêncio? Que escolhas eu tenho
que fazer?
— Eu andei investigando e tudo o que eu descobri vai fazer você questionar muita coisa, eu não falei
nem com Tayler sobre isso porque é um segredo seu. Só estou esperando mais informações pra agir
eu mesma. — Então é disso que se trata? Tudo isso pra me preparar para uma notícia que
aparentemente vai mexer comigo.
— Eu preciso saber. — Falo.
— Eu posso te contar, mas você vai ter que me prometer não contar pra ninguém, caso contrário eu
não vou ter como proteger todos vocês. — Ela fala. — Lara você é como uma irmã pra mim e tem
que entender que não quero ser a vilã, mas preciso saber onde sua lealdade está. Se com o clube e
Alek ou com sua família e amigos?
— Eu estou com Alek, sempre ele. — Falo sem hesitar. — Mas não entendo o que tem a ver?
— Tudo começou quando eu entrei em contato com...
A próxima uma hora passa com a Alexa me explicando tudo o que descobriu e os motivos para não
ter falado nada para o Tayler. A cada palavra meu mundo ruía um pouco mais, não pude acreditar no
começo, mas então Alexa percebem meu ceticismo e tirou uma pasta com várias provas e isso mudou
meu ponto de vista completamente. Raiva foi o sentimento que tomou conta de mim.
Como pude ser tão cega durante tanto tempo? Ou melhor como pude me deixar ser iludida dessa
forma?
Vou fazer de tudo para dar um fim nisso.
Erick
Talvez você esteja pensando que essa história aqui é ligada à do Alek e da Lara, mas eu vou te dizer
uma coisa, não é. Faz exatamente três meses que nos livramos das merdas que a maluca do passado
do Alek jogou sobre o clube, mas principalmente sobre o Alek e a Lara. Essa história aqui é a minha
e não vai ser bonita e nem ter um final feliz, ou talvez tenha, mas por enquanto vamos nos concentrar
no aqui. No meu aqui, esqueça Alek e Lara e pense somente em mim.
******
Faz exatamente dois meses que a Willow se foi e por mais que me doa tenho que admitir que ela
conseguiu me pegar. Talvez ela volte e então eu possa foder ela e tirar ela do meu sistema. Mas
enquanto ela não volta eu me divirto em foder as prostitutas do clube. Como essa que está ajoelhada
na minha frente fazendo um boquete fantástico em mim.
— Chupe mais forte, leve ele todo na boca. Se você queria tanto meu pau na sua boca deveria pelo
menos fazer um serviço melhor. — Falo e ela segue as minhas ordens.
Logo depois que a Willow se foi eu fiquei sem uma boa boceta por semanas, até que percebi que não
ia ser ela que me faria ficar sem sexo. Eu tentei lutar contra a memória dela, até que desisti também e
percebi que seria mais fácil fingir que toda prostituta que eu fodo é ela.
— Preciso falar com você. — Taylor entra no salão do clube, não me preocupei em ir à outro lugar já
que ela só vai chupar meu pau.
— Será que pode esperar? - Pergunto e me pego quase gozando quando a vadia leva meu pau até o
fundo da garganta. — Isso, faça isso de novo.
— Dois minutos e quero você pronto, teremos uma missa em 10 minutos e te quero pronto.
— Ok mano. — Falo, mas não dou tempo pra seja qual for o nome dela terminar o que começou.
Perdi todo o tesão. — Me deixe. — Mando e ela se afasta.
— Não quer que eu termine? Talvez eu possa fazer isso pra você mais tarde, no seu quarto. — Ela
começa a passar a mão pelo corpo dela.
— Se você não terminou em 10 minutos que tá com meu pau na sua boca, o que faz você pensar que
vai conseguir ir pra minha cama? Vá foder com outro. — Mando e me afasto indo pra sala de
reuniões do clube.
Quando entro Tayler está sozinho na sala, mexendo no celular dele. Provavelmente falando com a
mulher dele. Bufo de raiva ou talvez seja inveja? Eu nunca pensei que sentiria inveja do meu melhor
amigo por ele ser casado e ter uma mulher que o ama.
— É assim que você resolve suas coisas. Desde que a Willow se foi você está estranho. — Ele fala
guardando o celular no bolso.
— Eu não estou estranho. — Falo simplesmente.
— Não foda comigo mano, nós dois sabemos que você está todo arrependido de ter perdido a
Willow. E quer saber? Você é um idiota. — Ele bate na mesa.
— Seja o que for essa merda toda não é da sua conta. — Puxo uma cadeira e me sento.
— Talvez se torne da conta do clube já que a família dela está pedindo para que cuidemos de alguns
carregamentos de armas pra eles. E talvez ela esteja voltando. — Ele fala.
— Willow vai voltar? — Pergunto, não conseguindo esconder a minha surpresa.
— Sim ela vai vir cuidar de uns negócios dos irmãos na cidade. — Eu não sei se foi eu ou meu
ouvido me pregando uma de que a Willow vai vir para a cidade de novo.
— Então ela vai voltar depois para a Rússia?
— Talvez sim, talvez não. Dimitri está preso em Moscou com alguns problemas e ainda mais agora
que ele se casou. E pelo visto a vida está mandando mais herdeiros por aí.
— Então existe uma chance de que ela fique?
— Se você for um bastardo de sorte e trabalhar pela sua mulher. Mas uma coisa eu te digo ela não
vai ficar com o Erick que mantém o pinto dele dentro da boca de qualquer puta. — Direto como
sempre.
— Anda aprendendo muitas coisas com a Alexa. — Provoco.
— Ela é minha mulher, temos que aprender um com o outro. — Fala com um sorriso. Não estou
acostumado a ver Tayler sorrindo e agindo como uma bicha, mas fale da mulher dele e dos filhos que
ele fica assim. — Ela está cansada demais, as crianças são fantásticas e dormem como anjos.
— Cara eu não entendo nada sobre bebês. — Falo.
— Talvez você devesse começar a aprender, vai que Willow decide que quer ter muitos filhos. —
Provoca.
— Se ela quiser e nós dois estivermos juntos então tudo bem, mas se ela não quiser é melhor ainda.
— Uma mulher não quer ouvir isso de um homem. Portanto fique feliz e fale sobre bebês com ela. —
É uma boa dica.
— Vou anotar no meu bloco de notas. — Falo no mesmo momento em que os caras entram na sala e
se sentam em volta da mesa.
— Não sei o que diabos aconteceu e nem porque eu não sabia que a Willow era filha de um mafioso
russo. — Bradox fala. — Mas ao que parece alguns de vocês sabiam. — Todos nós nos olhamos e
mantemos o silêncio. — Dimitri Petrov está mandando a irmã e exigiu que cuidemos dela e não a
deixemos se ferir novamente. Eles entraram em contato e pediram a nossa ajuda pra lidar com um
carregamento de armas que está vindo. Vamos ganhar pra ajudar, alguns milhões e isso me faz dar o
melhor serviço para eles.
— Então é um trabalho enquanto ele está ocupado demais para cuidar dessa merda? — Nick
pergunta. Ele está melhor assim como eu do nosso pequeno acidente há alguns meses.
— Exato, ela vai ficar na cidade e eles querem que tudo seja cuidado o mais rápido possível. — Ele
fala e bate o martelo, concluindo que assim vai ser feito. Todos se levantam e vão em direção a
porta.
— Erick. - Ele me chama e eu volto pra dentro.
— Sim?
— Dimitri me pediu mais uma coisa e acredito que não teremos problema com isso.
— E o que seria?
— Ele me pediu pra avisar que você deve ficar longe da irmã dele se for para magoa-la novamente.
Ele falou que uma lágrima da irmã dele e você pode se considerar morto. Nós como sua família
vamos te proteger, mas quero que você saiba que não ganharíamos uma guerra contra a Máfia
Vermelha.
— Eu não posso me aproximar da Low? — Ele pensa que pode me manter longe da minha mulher?
— Ele me disse que "se você for magoa-la, é melhor ficar longe dela". — Com isso ele me dá um
tapa no ombro e sai da sala me deixando sentado de boca aberta.
Será que estamos prontos para isso, ajudar algum mafioso só porque ele achou que somos dignos
dele? Mal acabamos com a merda do Alek e da Lara.
Capítulo 25
ALEK

D epois de deixar Lara no clube com o pai


dela e Bradox, volto correndo pra casa.
A placa do carro foi trocada pra que não
suspeitem e junto foi removido o adesivo colado sobre a pintura, não falei nada sobre isso com a
Lara pra que ela não ficasse com medo ou paranoica. Mas a verdade é que isso tudo foi feito pra
caso fôssemos seguidos, é mais fácil fugir quando se pode trocar de pele.
Assim que entro na garagem avisto meu irmão carregando um barril e deixando ele no canto
da garagem. Não sei porque, mas algo me diz que não vou querer saber o que ele fez com aquele
cara. Enquanto ele arruma o barril fecho o carro e vou até a mesa onde deixei o meu futuro brinquedo
desmaiado de dor.
— O que você fez com ele? — Pergunta Tayler. — Eu não me meto nas suas coisas mano,
mas o saco dele está destruído.
— Ele é um sádico, tudo o que eu fiz pra ele, cada dor infligida ele gostou. Ele sentiu prazer.
— Explico.
— E acabar com os grãos dele foi a solução? — Ele está desaprovando minha técnica? Foi
ele quem arrancou o pau de um homem, bem na minha frente.
— Foi a única que eu pensei. Porque você tá me criticando? — Cruzo os braços e o encaro.
— Não estou te criticando, apenas te perguntei. Nós dois sabemos que eu não estou no melhor
lugar pra criticar um torturador, mas ácido nas bolas dele? Foi doloroso no mínimo. — Ele se afasta
de mim e pega uma seringa na mesa, prepara uma medicação e vem para perto do lixo bastardo que
está desmaiado com dor e aplica nele.
— Vai cuidar dele? — Isso me deixa puto.
— Não mano, mas acredito que você vai querer ter seu brinquedo por um tempo e fazer a
vadia ver tudo o que você fizer pra ele! Por isso precisa manter ele vivo e anestesiado.
— Obrigado. — Falo e não sei nem porque estou o agradecendo, se é por ficar aqui comigo?
Por me aceitar como eu sou? Ou simplesmente por manter esse pedaço de merda vivo pra mim?
— Não tem problemas, agora vou entrar e me lavar. Preciso me livrar desse cheiro de morte
que está em mim. — Ele vai até a saída que leva até a casa e hesita, parando na porta. — Você viu a
Alexa?
— Não! Bradox ia levar a Lara até ela, espero que elas façam as pazes de uma vez por todas.
— Falo.
— Não esperaria tanto dessa conversa, depois que saímos do hospital e tudo mais, Alexa
recebeu um telefonema e acabou saindo de lá puta com a Lara. Talvez elas não sejam mais amigas. —
Fala e sai, me deixando sozinho.
Uma coisa que aprendi sobre a minha cunhada, é que ela não dá ponto sem nó. Se ela
descobre alguma coisa ou se invoca com algo, ela pode fazer da sua vida um inferno até descobrir a
verdade. Seja o que for ela vai fazer a Lara cair na real. Sei que a Lara é capaz de se defender, caso
contrário eu estaria indo de volta para o clube e fazendo ela se manter longe da pisicoAlexa.
Sigo meu irmão, mas ao invés de ir tomar banho em um dos quartos vou para a cozinha e
começo a preparar um sanduíche. Eu tenho uma arma presa na minha cintura enquanto coloco todos
os ingredientes sob o balcão da cozinha. Mas escuto um barulho do lado de fora da minha casa e já
pego a arma. Não quero fazer meu irmão sair do banho dele se não for nada.
No momento em que eu me aproximo da porta um tiro é disparado e a janela da sala se
quebra. Não me aproximo da porta, vou pro quarto em que meu irmão está já enrolado em uma toalha
e com a arma na mão.
— Quem diabos é estúpido o suficiente pra entrar aqui? A casa é toda equipada com
dispositivos que vão repelir a entrada de qualquer um na garagem. Quando foi construída a garagem
foi cotada como o ponto principal. Temos que ir pra lá e fechar a porta. — Ele pega as roupas dele e
eu penso que vamos ir pela porta, mas ele abre o guarda-roupa e no fundo tem uma porta escondida,
com um painel que pede uma senha.
— Porque eu não sabia disso? — Falo vendo-o digitar a senha e a porta se abrir, parece mais
um cofre de banco do que uma passagem secreta.
— Eu devo ter esquecido de te avisar, anda logo que no momento em que fechar essa porta as
outras que dão para a garagem vão se fechar também. — Passo pela porta e quando ele ficha posso
ouvir o som de um alarme e várias travas se fechando.
— Quando o clube investiu em algo assim? — Eles nunca me falaram nada.
— Há uns tempos atrás quando estávamos sob ataque de algumas gangues, usamos essa casa
pra proteger as senhoras enquanto resolvíamos o problema. Não queremos ninguém exposto e todo
esse tempo que passamos em Vegas aproveitei e pedi pra que fizessem o mesmo com a minha casa e
o clube também está fazendo o mesmo. — Entramos na garagem e Tayler usa um painel na parede
para abrir um tipo de central de comandos que mostra várias armas saindo de espaços nas paredes e
câmeras, por toda a casa. Tem três homens lá dentro, nada da vadia, ela deve estar pensando que
vamos cair no truque dela e morrer na emboscada.
Tayler pega um controle que parece a marcha de uma nave e começa apontar todas as armas
em direção aos homens, e no momento em que ele atira, caem todos mortos no chão com vários
buracos de bala pelo corpo.
— Isso é assustadoramente maneiro, achei que esse tipo de coisa só existia em filmes. —
Falo boquiaberto com tudo o que eu vi.
— Você é o cara do FBI, devia ser o primeiro a saber desse tipo de tecnologia. — Ele dá de
ombros como se não fosse nada demais.
— Esse tipo de tecnologia não é permitida usar e tenho certeza que o FBI não tem
conhecimento dela. Como conseguiram?
— Bradox entrou em contato com minha mulher quando não estávamos juntos e ela passou o
contato desse cara. Ele lida com coisas de última tecnologia no mercado negro, não é o tipo de cara
que você quer ter como inimigo.
— Ele é um deus da tecnologia?
— Tá mais pra um super merda do mal, que tem uma queda pela minha mulher. — Ele bufa.
— Todos os caras que eu conheci nesses últimos tempos tem uma queda pela minha mulher, não sei o
que é isso.
— Eles só são atraídos pela cadela que existe nela. — Falo. — Vamos ficar trancados aqui
dentro? Precisamos saber se tem mais alguém lá fora.
— Tudo o que precisamos por hora é ficar aqui. Temos câmeras ao redor da casa e na rua
também. Se tiver algo estranho vamos saber. — Ele aperta alguns botões e as câmeras mudam o
cenário e vão pra parte de fora da casa, onde não há nenhum movimento. Mas quando elas vão para a
parte de fora, na rua, vemos três vans pretas paradas na rua. Com a aproximação da imagem vemos
que tem pessoas lá dentro e estão falando usando um rádio.
— Eles estão esperando, as armas de dentro da casa são equipadas com silenciador e eles
não sabem que os homens estão mortos.
— Estão esperando pra atacar.
— Jura boneca? Estamos presos aqui dentro e o clube não vai vir aqui nos ajudar.
— Como você sabe?
— Eu disse pra eles para cuidarem das nossas mulheres. — Ele me fala. — Vamos resolver
essa merda toda juntos.
— Vai ser bem mais fácil usando essa tecnologia. — Falo e respiro aliviado.
Continuamos a observar a cena toda na rua, e pra nossa surpresa uma mulher ruiva, um ruivo
obviamente tingido, desce do carro com uma arma, está mais pra uma metralhadora e vem em direção
a casa.
— Não acredito que estamos aqui por causa dessa puta ruiva. — Meu irmão resume o que eu
estou sentindo nesse momento em poucas palavras.
— Eu vou sair e matar ela. — Falo não conseguindo conter a minha raiva.
— Ou você vai ser morto, sabe o que eu aprendi na última vez em que estive no hospital e
tive que ser salvo pela minha mulher?
— A atirar antes?
— Não seu burro, aprendi a não subestimar o inimigo. Ela deve saber que estamos de olho e
eu tenho exatamente o que precisamos para pegar ela bem aqui. — Ele aponta para o painel.
— Eu quero prender ela aqui e não matar ela. — Eu o lembro, quero me divertir antes de me
livrar dessa praga.
— Eu sei disso, não temos só armas. Essas belezas aqui tem dardos tranquilizantes, no
momento em que ela entrar aqui vamos botar ela pra dormir. Você vai ter horas pra se divertir com
ela.
Eu não sei se é possível ter tantas coisas assim, mas eu sou um cara prático e estou me
sentindo insultado com a agilidade do meu irmão em lidar com essas merdas avançadas. Eu quero ter
tempo pra pedir que ele me ensinasse a mexer com isso, mas quando olho para as imagens das
câmeras vejo que ela está entrando na casa. Tayler não atira imediatamente nela e isso me deixa
irritado.
— O que diabos você está esperando? — Falo irritado.
— Você não quer que eu a derrube na porta de entrada onde todos vão ver, né? — Fala
impaciente. — Eu preciso que ela fique no ponto certo.
— E esse ponto é?
— A entrada da garagem, exatamente onde ela está. — Então de repente ele aperta um botão e
um dardo é disparado. Imediatamente ela cai desmaiada na porta. — Vá pegar ela, eu já destravei as
portas e vou ficar de olho nas câmeras.
— Isso aqui um algum tipo de Bat caverna? — murmuro pra mim mesmo.
A porta de ferro, que eu nem tinha visto antes se abre e eu puxo a vadia para dentro como se
fosse um saco de batatas. Ela não é feia, se você gosta de mulheres todas montada e cheias de botox.
Quando entro escuto as portas se trancarem e Tayler se levanta puxando a cadeira preta pra que eu
possa colocar ela sentada.
— Quer ajuda? — Ele pergunta.
— Não eu já tenho um plano perfeito, sei exatamente como torturar essa vaca aqui. E não vai
ser infringindo dor a ela, mas sim a ele.
Amarramos ela na cadeira e Tayler me dá uma outra ideia, que vai fazer esse jogo virar um
verdadeiro inferno pro casal sadomasoquista aqui. Se ela pensa que eu estava blefando, está
completamente enganada. Essa coisa aqui vai ter um fim hoje, custe o que custar.
Nós dois amarramos ele em pé, preso na parede com os braços abertos e as pernas
separadas. O jogo vai começar, só falta a nossa plateia acordar.
Capítulo 26
ALEK

sobre ela, que acorda ofegante e assustada.


D ecido não esperar que a vadia
adormecida desperte para a vida, então
encho um balde com água gelada e jogo

— Finalmente! Estávamos cansados de esperar você acordar. ​—​ Falo me aproximando dela para
olhar bem em seus olhos.
— Você está latindo para a árvore errada idiota, quer me torturar e me infringir dor? Vá em
frente. — A puta tem a audácia de sorrir.
— Eu quero te torturar e como seus amigos me ensinaram algumas coisas nos breves
momentos que estivemos juntos é que você gosta de dor e tira prazer dela. — Falo. — Não tem como
te castrar como fiz com seu animal de estimação, mas descobri outra maneira.
— E que maneira seria essa? — Ela fala sarcástica.
— É simples. — Me aproximo da parede, ela não teve como notar que o animal dela estava
amarrado pelos braços e pernas, já que Tayler cobriu ele e saiu de perto. No momento em que o pano
cai vejo os olhos dela se arregalarem, mas ela logo máscara as emoções.
— Esse aí — diz com desdém. — Não me importa.
— Não sei qual é o seu problema, puta. Mas sei quando uma pessoa se importa com a outra.
Você queria usar minha família pra me atingir, as pessoas que amo e são inocentes. Agora é a minha
vez de me divertir e te fazer sofrer da pior maneira possível.
— Seu plano não vai funcionar.
— Ah não? — Pergunto. — Acredito que vai e sabe o porquê? Consegui te trazer aqui, te fiz
parar de brincar de gato e rato e a trouxe aqui. Trabalhei pro FBI, tracei o perfil de tantos criminosos
psicopatas como você que conheço seu joguinho de longe. — Falo e me aproximo do armarinho com
rodas, cheios de ferramentas que Tayler deixou preparado pra mim.
Analiso todas as ferramentas e decido pegar uma faca de bico, perfeita para abrir a barriga
dele como um porco. O porco nojento e sádico que ele é. O olhar dela está lá, analisando meus
movimentos atentamente e com muito cuidado.
— Se perguntando qual delas vou escolher puta?
— Meu nome não é puta e não se atreva a me chamar assim outra vez. — Ameaça.
— Você é uma puta, vadia, piranha. Eu não vou te chamar por outra coisa senão um desses
nomes e no seu lugar me acostumaria. Pelo menos nas próximas horas, você não vai viver tanto
mesmo.
— Seu desgraçado.
— Eu me tornei esse desgraçado graças ao nojento do seu pai, ele me fez sofrer por anos, até
que eu finalmente consegui me vingar e matar ele. E sabe como eu fiz? Eu enfiei um bastão bem no cú
dele, ele chorou tanto até que eu finalmente enfiei uma bala na cabeça dele. Seu pai sofreu e você vai
sofrer também.
— Seu filho da puta, desgraçado. Ela luta para se soltar e grita desesperada, raiva brilha em
seus olhos e isso é como um fogo que alimenta a minha alma negra.
— Sou o resultado das atitudes do nojento do seu pai, tudo o que estamos passando é culpa
do seu pai!
— E vai me soltar para nos juntarmos no clube do lamento?
— Não... É tarde demais pra você. Você assinou sua sentença de morte no momento em que
atacou minha família. — Me aproximo do porco pendurado na parede e passo a faca lentamente em
sua barriga, depois de aberta com uma luva abro ela e deixo exposta suas tripas. A vadia começa a
vomitar.
— O que foi? Não faça tanta merda sujando isso, senão antes de te matar vou te fazer limpar.
— Aviso.
— Acha que vou sofrer vendo você fazer isso com ele no decorrer do dia?
— Tenho certeza que sim, caso não se dê por satisfeita posso deixa-lo aqui, na sua frente até
que ele comece a apodrecer por dentro e então mato os dois.
— Mano os homens dela foram todos eliminados, os imbecis não são nem ao menos bem
treinados. — Meu irmão se aproxima de mim e zomba.
— Então você é o famoso Tayler, meus homens falaram de como se divertiram tirando o seu
carro da estrada; sua esposa e seus bebês? Espero que tenham morrido. — Ela diz e ri.
— Minha esposa e filhos estão bem. Não posso nem dizer o quanto ela está com vontade de
meter uma bala na sua cara. — Tayler se aproxima da mesa e pega um alicate, ele me olha pedindo
permissão para entrar na brincadeira. Eu apenas aceno com a cabeça.
— Ela teria coragem? — Pergunta. — Aposto que ela não é capaz de matar nem uma mosca.
— Tem razão, ela não mata moscas e nem gosta de ferir pessoas inocentes. Mas a mãe dela
não era inocente de qualquer forma. Eu posso me lembrar ainda hoje quando ela matou a vaca com
um tiro na cara e ainda pisou nela.
— Ela fez isso? — A vadia está chocada e nem ao menos percebeu que meu irmão está se
aproximando dela com um alicate na mão.
— É claro. Mas agora chega de conversa pra você. Até onde sabemos você não vai falar
nada mesmo. — Meu irmão a puxa pelo cabelo, deixando a cabeça para trás e em seguida colocando
um tipo de equipamento que deixa a boca aberta, merdas de dentista. Ela grita, mas não pode lutar ou
fazer coisa alguma e logo seus gritos viram gemidos.
Quando meu irmão arranca a língua dela, tudo o que vejo é uma única lágrima rolar pelo olho
dela. Não me sinto mal fazendo isso, da mesma forma que eu não vou sentir quando esse dia acabar e
eles estiverem mortos.
— Espero que agora aprenda seu lugar puta, isso vai ajudar a não destilar seu veneno por aí.
— Tayler fala, agora com um sorriso no rosto.
— Vai precisar da minha ajuda com esses dois? — Ele fala. — Agora que terminamos aqui
eu quero voltar para a minha mulher e ficar com ela.
— Eu cuido desses dois, só peça pra que alguém fique esperto para apagar as pistas e
esconder os corpos.
— Pode deixar. — Ele fala e se vira indo embora.
— Somos só nós três aqui, mas não será por muito tempo. Por mais que eu queira brincar com
vocês eu tenho uma mulher me esperando. Por isso... — Começo as minhas brincadeiras.
Primeiro uso uma faca para cortar a pele do rosto do verme e no momento em que está toda
aberta eu puxo a pele fora do rosto dele. Deixando a carne exposta e o fazendo gritar de dor, pelo
canto do olho eu vejo que a vadia está chorando e isso me deixa satisfeito. Mas também me deixa
bravo, o filho da puta não resiste muito tempo e acaba morrendo depois deu arrancar os mamilos
dele e também um par de dedos.
Cada dedo que corto vou colocando em cima da mesa de apetrechos, até ele morrer e quando
o fez, soltei as amarras e deixei o corpo cair bem em frente da piranha. A dor nos olhos dela e as
lágrimas que não paravam de cair, acho que não fiquei grato ao meu irmão por ter cortado a língua
dela, assim eu poderia ter ouvido cada grito de piedade e dor.
— Sabe o que é isso? — Pergunto e não espero a resposta que sei que não virá. — Isso é o
que acontece quando uma puta pensa que é esperta o suficiente para me enfrentar. — Eu seguro o
rosto dela com força e faço ela olhar bem em meus olhos. — Você o matou, matou esse homem que
acredito que te amava por ser uma puta nojenta e mimada. Seu pedaço de lixo.
Na medida em que as lágrimas fluem eu fico ali, olhando e me divertindo de certa forma com
a situação. Eu matei pai e filha, as duas pessoas que mais tentaram me prejudicar no mundo de certa
forma. Duas pessoas que escolheram a pessoa errada para mexer.
— Você cometeu o mesmo erro que seu pai, o seu foi ainda mais grave do que o dele. Seu pai
era um estúpido que morreu sem nem ao menos ter como se defender, ele não esperava pelo que fiz.
Mas você, você tentou vingar um homem que não merecia um pingo de consideração, um homem
morto há anos.
— Eu devia deixar você sofrer um pouco mais olhando para ele. — Aponto pro corpo no
chão. — Mas decidi que vou me divertir um pouco contigo também. Talvez deva contar como seu pai
fez da minha vida um inferno ou como tive que aturar tudo calado por anos, mas ao invés disso
apenas vou te deixar ir. — Solto seus braços e pernas da cadeira e vejo que ela hesita antes de se
levantar. — Anda, eu vou contar até dez e então vou atirar. 1-2-3...
Ela se levanta tenta correr e abrir janelas e portas, mas não encontra nenhuma saída. Gritar
também não adianta muito, já que ninguém pode nos ouvir e os outros cúmplices estão mortos.
— É ruim esse sentimento? Tentar gritar por socorro, mesmo ferido e ninguém o ouvir? É
ruim saber que algo ruim vai acontecer com você se alguém não aparecer? Se sentir impotente e tão
perto do fim. — Vou andando lentamente em sua direção. Ela para e olha para mim. — Foi assim que
me senti durante toda minha infância por causa do seu pai e sabe quando isso parou? Quando o matei
e isso só vai parar quando te matar. Eu queria que não fosse assim, queria mesmo.
Queria poder voltar atrás e ter explicado aquela garota estranha de anos atrás quem o pai dela
era e ter poupado essa busca maluca por vingança, mas não podemos voltar no passado. Eu fui o
mais prejudicado nisso tudo e ainda assim segui em frente.
— Admiro você ter vindo buscar vingança por seu pai, mas onde a morte foi justa a vingança
não será encontrada. Seu pai errou e você seguiu os passos dele. Agora é sua vez de ter um fim. —
Depois de dizer essas palavras puxo o gatilho e ela morre com um tiro na cabeça. Caindo no chão a
poucos passos de mim.
Envio mensagem pro meu irmão pedindo que envie alguns homens para limpar essa bagunça e
sumir com os corpos, enquanto espero aproveito para tomar um banho no andar de cima, quando ouço
a porta da frente se abrir. Imaginando que seja o pessoal do clube pra limpar a bagunça continuo
tomando meu banho bem distraído que não noto que quem está na casa é um estranho e que ele está na
porta do banheiro apontando uma arma para mim.
O barulho do tiro me pega de surpresa, assim como a dor e queimação que atinge meu peito,
me fazendo cair no chão e não ver mais nada. Espero que Lara e nosso bebê fiquem bem.
Capítulo 27
LARA

N ão sei ao certo o que aconteceu, a única


coisa que sei é que Tayler mal chegou
aqui no clube e logo recebeu um
telefonema e saiu correndo e pedindo para que a Alexa ficasse ao meu lado. A reação deles está me
deixando nervosa e preocupada com Alek já que ele devia ter voltado já.
— Alexa não sei o que está acontecendo aqui, mas você tem que me contar. — Imploro aflita.
— Tayler não me disse muita coisa, apenas que uma merda muito séria tinha acontecido e que
precisava voltar pra ver Alek. — Ela fala.
— Eu preciso ir lá ver o que está acontecendo. — Falo.
— Eles não vão te deixar sair daqui. — Afirma.
— Podem até não me deixar sair, mas tenho certeza que consegue escapar e nos levar até lá.
— Lara eu adoraria te ajudar, mas eu tenho meus bebês e não posso deixar que nada aconteça
com meus filhos por causa de atitudes imprudentes e você também devia ficar aqui. — Tenta me
convencer. — Pense no seu filho.
— Eu penso nele, mas também estou com meu coração na mão por causa do Alek, o que faria
se fosse Tayler lá fora?
— Lara, meu marido está lá fora com o seu namorado. Também estou preocupada, mas não
posso fazer nada.
— Eu entendo.
— Não vai precisar você instigar minha filha a fugir, vamos te levar para onde Alek está. —
Bradox irrompe na sala com um olhar sério no rosto.
— Tudo bem eu vou pegar a minha bolsa e podemos ir. — Falo.
— Sério que vai pegar sua bolsa? Quer dizer, seu homem está ferido e você vai pegar sua
bolsa? - Atira Alexa. — Vou esperar no carro. — Fala e sai me deixando sozinha.
— Minha filha é um pouco estressante, mas devia escutar ela. Na maioria das vezes ela está
certa. — diz e sai seguindo a filha.
Eu não sei qual é o problema dessa família maluca, mas por via das dúvidas e medo de ficar
sozinha sigo eles sem nenhum documento.
— Como sabe que ele está ferido? — Pergunto para Alexa quando estamos esperando em
frente à caminhonete do clube.
— Esse é o olhar que meu pai dá quando alguém está ferido. Ele ficou com esse olhar durante
todo o caminho para o hospital quando Tayler se feriu. — Explica. — Só espero que não seja nada
grave e que ele esteja bem.
Felizmente Bradox abre o carro para entrarmos, vamos no banco de trás espremidas no carro
com outros dois membros do clube além de Bradox. Segurança é essa a palavra que eles usaram para
justificar a lata de sardinhas que essa caminhonete se tornou.
— Estão melhor? — Pergunta Alexa.
— Se por melhor você quer dizer recuperados do acidente de semanas atrás sim, mas se você
se refere ao fora que ambos tomamos nesse mês então a resposta é não. — Fala o da frente, acredito
que seu nome seja Nick, me lembro de dançar com ele.
— Uau não sabia que a coisa estava tão feia assim com as mulheres. — Alexa fala divertida
com a situação.
— Eu nem levei um pé na bunda da Willow, ela simplesmente se foi e disse que não queria
estar perto de mim através do Bishop. — Fala o que está ao meu lado.
— Pé na bunda terceirizado. — Alexa brinca. — E você Nick, ouviu algo da Bia?
— Sua amiga é uma maluca fodida que anda me perseguindo. Não devia passar meu número
pra ela. — Ele diz.
— Achei que você gostasse dela. O que aconteceu?
— Nada, você melhor do que ninguém sabe que não sou homem de se apaixonar. É melhor
pra ela ficar longe de mim.
— Achei que vocês teriam algo em comum.
— Como? Ela é a garota do papai e eu nem se quer tenho um pai direito, ela deve ter a mãe
perfeita.
— Nick eu sei mais sobre a sua vida do que você imagina. Sabe o que eu descobri? Que você
não é sincero quando conta sua história de vida. Eu andei dando uma sondada nas coisas. — Alexa
diz e vejo Nick ficar tenso. Algo me diz que eles vão ter uma conversa muito séria em particular e
provavelmente vai acabar com Tayler batendo em Nick por magoar a Alexa.
— Vamos falar sobre suas suspeitas mais tarde, agora chegamos no hospital e tenho certeza
que seu marido precisa de você. — Ele diz e sai batendo a porta do carro e entrando no hospital.
— Filho da puta. — Alexa salta e sai entrando no hospital onde somos guiada por Bradox
para o terceiro andar.
Nunca estive nesse hospital, mas algo me diz que esse terceiro andar não é o andar de
curativos e ferimentos leves, algo ruim aconteceu. Assim que o elevador se abre, saímos e damos de
cara com a sala de espera de cirurgias, onde estão alguns membros do clube e Tayler que está
chorando. Alexa corre ao encontro do marido dela e ele a puxa para os braços dele, colocando-a
sentada em seu colo.
— O que aconteceu? — Peço entrando em desespero.
— Alek, ele foi ferido e está em cirurgia. — Um membro do clube fala, não sei seu nome mas
estou grata por me dizer. Mesmo que isso me tenha de joelhos no chão, chorando desesperada pela
vida do homem que eu amo.
— Calma, levanta. — São os braços da minha amiga, Alexa que está carinhosamente tentando
me levantar do chão.
— Eu não posso, como vou viver se ele morrer? Ele é meu tudo Alexa — choro desesperada,
a dor no meu peito é tão forte que eu sinto como se não fosse conseguir respirar.
— Calma ele vai sair dessa. — Ela fala, agora sentada no chão ao meu lado. Sua barriga
enorme me lembra do meu filho, tão pequeno ainda na minha barriga.
— Eu sei como está se sentindo, mas se continuar assim vai acabar prejudicando seu filho.
Alek é um homem forte, ele vai sair dessa. — Parece que ela está tentando se convencer disso
também.
— Eu espero que sim. Não vou conseguir viver sem ele. Ele é meu chão Alexa!
— Vamos sentar ali e então eu vou chamar um médico pra você, assim vai estar mais calma.
— Tayler vem e ajuda Alexa e eu a nos levantarmos.
— Fiquem aqui. — Ele manda, sua voz firme. Ele se afasta voltando momentos depois ao
lado de um médico e duas enfermeiras.
— Eu vou te dar um remédio para que se acalme até ter notícias do seu marido. — O médico
fala.
— Não, eu não posso, estou grávida e...
— Fique tranquila, não vou aplicar nada que faça mal pro seu bebê. — Ele fala e então me
aplica um calmante na veia e em seguida me levam para um dos quartos do hospital.
Eu aos poucos vou relaxando, perdendo a consciência e flutuando rumo ao mundo dos sonhos,
onde Alek está bem e temos nosso filho em nossos braços, sendo uma família feliz e unida.

****
— Tem que contar pra ela. — Escuto a voz de uma mulher, ela não deve estar muito longe,
mas ainda assim tenho dificuldade em ouvir o que diz.
— Não podemos fazer isso com ela. Você está vendo o estado em que ela se encontra, ela
está grávida porra! — Essa é a voz de um homem.
— Foda-se ela merece saber, se fosse comigo eu iria querer saber. — diz a mulher.
Estou lutando contra a onda de sono e cansaço que me domina, preciso saber se isso é sobre
Alek. Por favor Deus que não seja sobre ele. Preciso dele ao meu lado, preciso que ele fique aqui,
comigo e com nosso filho.
— Não é assunto nosso dizer isso para ela. Não sei como estava as coisas entre eles. —
Abro meus olhos devagar e as primeiras pessoas que vejo são Alexa e Tayler. Eles estavam em uma
briga, mas no momento em que me veem colocam um sorriso no rosto e se aproximam da cama.
— Ei garota, está mais calma? — Alexa pergunta.
— Tem notícias do Alek? — Não tem motivos pra falar sobre mim, quero saber do meu
homem.
Tayler e Alexa se olham e isso me faz chorar e pensar o pior.
— Ele mo...morreu? — Falo entre soluços.
— Não, claro que não. Ele já está no quarto apenas sedado, os ferimentos não foram tão ruins
quanto os médicos pensaram, a sorte foi que a bala entrou e saiu. — Fala Alexa.
— Então sobre o que vocês estavam falando?
— Sua prima, ela sofreu um acidente na Rússia e segundo o marido gostoso dela. — Fala e
ignora o olhar assassino no rosto do marido. — Não venha, sabe que sou sua! O culpado é aquela
pessoa que eu te falei que está por trás de muita merda.
— Ele faria isso? — Não posso acreditar que ele seria capaz de fazer isso.
— Ele fez muito pior, o gos...Dimitri — se corrige quando Tayler cruza os braços e a encara.
— Descobriu que ele planejou o sumiço do filho deles. Todos pensaram que ele estava morto, mas na
verdade ele...
— Alek está querendo vir ver se Lara está bem, acho que seria apropriado levar esse assunto
para outro lugar. — Fala meu pai entrando no quarto.
— Tem razão. — Concordam. — Vá ver seu homem enquanto vou ir chamar sua prima por
vídeo e ver se tenho algum vislumbre do barbudo dela. Allyssa é uma puta de sorte. — Ela pisca
para mim é ganha um tapa na bunda no caminho para fora do quarto.
Agora que estou me sentindo mais forte me levanto e corro para o quarto do Alek. Ele está
deitado com uma IV ligada a ele, mesmo machucado e deitado em uma cama de hospital com aquele
vestido horrível, ele parece incrível.
Deve ter voltado a dormir, pelo menos foi o que meu pai disse, que tiveram que seda-lo pra
que não fosse atrás de mim. Me sento na cadeira que está ao lado dele e me inclino, segurando sua
mão na minha e rezando para que ele saia o mais rápido possível desse hospital. As coisas estão tão
complicadas e eu preciso dele ao meu lado.
Eu nunca precisei tanto de uma pessoa como preciso dele. Não tenho dúvida de que vou
largar meu trabalho na empresa do meu avô e vir morar aqui com ele. De alguma forma ele, o clube e
todas as pessoas que entraram na minha vida nesses últimos tempos me fizeram perceber que aqui,
querendo ou não é meu lugar.
E por mais difícil que seja o que nos espera no futuro, eu não tenho outra saída senão lutar
por todas as pessoas que me importo e parar de me esconder.
— Eu te amo e por mais que queira que tudo seja fácil, não é. Vai ter uma hora que vou ter
que te proteger e espero que nada de ruim aconteça e que eu não venha fracassar. Eu te amo tanto. —
Choro.
Capítulo 28
ALEK

G raças a Deus recebi alta do hospital. Não


aguentava mais aquela comida sem sal e
todas aquelas enfermeiras malucas dando
em cima de mim. Qual é o problema das mulheres que não podem ver um homem como eu que caem
matando? As mulheres de hoje em dia me dão medo.
— Não acredito que já estou aqui fora respirando esse ar puro sem o cheiro de desinfetante.
— Falo para a Lara que está ao meu lado.
— Somos dois. Eu não quis falar nada quando você estava no hospital todo fodido, mas...
— Você anda passando muito tempo com a Alexa. Já está falando palavrões como um homem.
— Brinco.
— Verdade, mas não é isso que quero falar. — Ela se vira pra mim é de repente me dá vários
tapas no braço. — Nunca mais se distraia e deixe que alguém atire em você, ainda mais quando está
sozinho desse jeito. — Briga comigo entre tapas.
— Eu sei. — Seguro seus braços e a puxo para o meu peito. — Você não sabe o quanto eu
estou me achando um idiota.
— Há eu sei sim, sabe porquê? por que estou te achando um idiota. Você tá pensando o que?
Que eu sou o tipo de mulher que quer ser viúva antes mesmo de ser pedida em casamento e criar um
filho sozinha? Se nosso filho me perguntasse do que o pai dele tinha morrido, diria que é de idiotice
aguda. — Ela diz olhando em meus olhos, e a simples ideia de não chegar a conhecer meu filho me
faz pensar que sou mil vezes mais idiota do que eu achava.
— Desculpe, prometo nunca mais me distrair. — Faço a promessa olhando em seus olhos e
dou um beijo nela, sem aprofundar já que estamos na entrada do hospital esperando meu irmão vir
nos buscar.
— Até que enfim se resolveram e você está certa em fazer ele prometer isso, agora será que
podemos ir embora de uma vez? — Meu irmão Tayler aparece atrás da Lara com os braços cruzados
e uma cara entediada.
— Qual é o seu problema? — Lara pergunta se virando e indo ao meu lado para o carro.
— Alexa estava de mau humor e com desejo de picles com sorvete de uva passa. Passei a
madrugada toda na rua procurando e quando cheguei em casa ela estava dormindo.
— Ela deve ter cansado de esperar. — Falo, espero que Lara não comece com isso, não vejo
problema em sair comprar os desejos, mas não sei se quero ficar longe dela de madrugada.
— Engraçado, ela teve esse desejo depois que tivemos a porra de uma briga sobre ela fazer
uma cesariana. — Fala e sei exatamente o que ele está pensando. — Aí quando ela viu que eu ia
ganhar me agarrou e disse que estava com desejo enorme de comer essa mistura nojenta.
— Ela não tem muitos desejos? - Pergunta Lara.
— Ela nunca teve um desejo. Ela só fica mau humorada e a ponto de matar alguém e a maior
parte do tempo sou eu, mas eu gosto disso já que depois fodemos como loucos. — Divaga meu irmão
e vejo Lara ficar corada.
— Mano olha sua boca. — Repreendo ele.
— Foi mal Lara. — Ele se desculpa.
— Tudo bem. Já pensou que ela talvez esteja com medo? A Alexa gosta de se fazer de mulher
maravilha, a vampira do deserto, rainhas das armas e útero de ouro. Mas a verdade é que ela, é só
uma garota com medo que se esconde atrás de um mau humor. — Será que minha garota tá falando da
mesma Alexa que nós?
— Acha que estamos falando da mesma Alexa? — Pergunto.
— Claro, a não ser que Tayler tenha se casado com outra. — Nessas alturas da conversa já
estamos no carro, eu na frente e Lara atrás enquanto Tayler está dirigindo. Estamos quase lá em casa.
— Acho que você não conhece Alexa da forma como nós conhecemos. — Falo.
— Não fale assim da minha mulher, ela tem razão, Alexa está agindo estranho desde que o
médico disse que parto normal é melhor e mais saudável mais pode trazer complicações.
— Eu lamento por isso, ela tem que entender que vocês têm que fazer o melhor para todos e
que no momento esse melhor é a cesariana. — Digo.
— Eu sei, vou falar com ela. — Nesse momento ele para com o carro na minha casa. — Está
entregue, tenham cuidado crianças e não façam nada que eu não faria. — Ele brinca enquanto
descemos e então arranca com o carro indo falar com a mulher dele.
— Acha que nosso filho corre risco? — Lara está apavorada.
— Baby não vamos nos basear na Alexa, minha cunhada está tendo trigêmeos e até onde eu
saiba estamos tendo um único bebê. Nosso filho. — A abraço quando entramos na minha casa. O
lugar está exatamente como deixamos, essa última semana tem sido uma merda.
— Ou filha e tem razão, vou marcar uma consulta com o médico da Alexa.
— Droga não pensei em ter uma filha. — Falo.
— Agora pense, vou tomar um banho e depois vou preparar o jantar. — Fala e vai em direção
às escadas que levam para o nosso quarto e eu vou atrás.
— A sorte é que tenho armas, quero ver qualquer putinho tentar entrar na calcinha da minha
filha. — Falo pensando em como posso torturar o fedelho.
— Você não vai fazer isso, nós dois sabemos que você não pode. — Ela me dá o aviso.
— Posso sim. — Faço birra como uma criança mimada. — Eu tenho arma, facas e muitos contatos e
de quebra sei esconder um corpo e não deixar pistas.
— Nossa filha vai pensar que você é louco. — Provoca.
— Antes um pai louco com uma filha pura do que um pai lúcido com uma filha casada ou pior
namorando. — Falo e Lara decide que é melhor me ignorar.
— Vai tomar banho? — Pergunta enquanto entra no banheiro e eu fico sentado na cama.
— Não, vou te esperar aqui. — Falo.
Lara não tem ideia do que planejei para essa noite, mas ela não vai fazer janta nenhuma, eu
vou dar a surpresa para ela e depois vou fazer amor a noite toda com ela. Passei muito tempo longe
do corpo dela, sem tocar ou sentir a pele macia e sensual que ela tem. Vamos ficar bêbados de amor,
foder a noite toda e se Deus quiser em breve ela vai ser oficialmente minha.
Meu celular toca avisando que está tudo preparado lá na piscina e eu desço, um caminho de
rosas vai guiar minha mulher até mim, e eu vou estar esperando ela em um deque iluminado por velas
e envolto em rosas vermelhas.
Tem velas flutuando por toda piscina, e a iluminação está mais que perfeita, minha garota
merece isso. E como não há nada melhor para comemorar do que champagne, pedi para que
trouxessem uma sem álcool, chocolate e morangos está nos esperando em cima da espreguiçadeira.
Não sei como minha cunhada conseguiu uma equipe para fazer isso, ainda mais quando ela
não pode sair de casa. Segundo meu irmão a gravidez dela exige que ela fique descansando a maior
parte do tempo e evite estresse.
— Alek. — Ela grita minutos depois do quarto.
— Aqui em baixo. — Aviso. Ela demora a chegar, acho que está surpresa por todo o cenário
que planejei desde a saída do nosso quarto até aqui.
Ando até o lugar marcado para esperar por ela, estou me sentindo em um filme de romance
onde tem até marcações para seguir, mas se isso é o que as garotas gostam e vai fazer minha mulher
feliz eu sigo a porra do roteiro inteiro.
Quando chega começo a tocar a música photograph do Ed Sheeran, sei que ela ama essa
música e ela se encaixa perfeitamente, quero manter minha mulher e nosso amor eternizado em uma
fotografia, onde seremos felizes para sempre, mesmo que tudo o que temos possa vir a acabar um dia.
Vamos estar eternizados lá, um dos melhores momentos. Essa música me lembra uma foto nossa,
estávamos deitados em minha cama quando eu ainda trabalhava para o FBI. Seu rosto mostrava
alegria e seus olhos brilhavam.
— O que é tudo isso? — Ela pergunta — Posso ver seus olhos cheios de lágrimas.
— Essa é a minha forma de te pedir para se casar comigo. — Me aproximo dela e me ajoelho
em sua frente. — Lara você é a minha mulher, meu tudo e não posso acreditar que tenho alguém como
você, um anjo que aceita todas as minhas falhas. A primeira coisa que eu fiz depois que você me
deixou foi tentar te encontrar, me culpei por você não estar mais lá, me matou cada minuto que você
passou me odiando e evitando meu toque, cada palavra dura e fria que eu disse para você. Eu quero
que você me desculpe, mas também quero que você aceite ser a minha esposa. — Peço.
— Alek eu... — Ela está chorando e então se ajoelha em minha frente, seu estômago
arredondado é a evidência de que nosso filho está bem. — Eu te amo tanto que não posso imaginar
viver minha vida sem você, você é o homem da minha vida e todas as palavras ditas e ofensas
trocadas não vão ser apagadas, mas vão ser enfraquecidas perante todas as palavras de amor que
vamos trocar.
— Isso é um sim? — Pergunto ainda em dúvida.
— É claro que é um sim, não me vejo com ninguém a não ser você. — Mal posso acreditar
que ela aceitou ser a minha mulher. Eu choro e não é pouco.
Quase morri e perdi de estar aqui para abraçar ela todos os dias e dizer o quanto eu a amo.
Ver o nosso filho nascer e ensinar todas as coisas para ele. Tudo aquilo que não tive e que só um pai
pode ensinar e fazer, eu poderia ter perdido por culpa de uma maluca. Nunca mais vou me colocar
em risco assim, agora eu tenho uma mulher e um filho para pensar.
— Quando você quer se casar? — Pergunto, espero que seja logo.
— Não faço ideia Alek, vou deixar que você decida quando e onde. Tudo o que eu quero é
que você esteja ao meu lado sempre.
— Sempre. — Concordo e a puxo para um beijo.
Ela passa a mão no meu cabelo e se agarra em mim, por mais que queira foder ela, hoje nós
vamos fazer amor e isso não vai ser no chão do deque. Eu não planejei tudo para me deixar levar
pelo momento.
— Vamos. — Falo me afastando e me levantando do chão e a puxando comigo.
— O que vamos fazer agora? — Pergunta curiosa olhando em volta.
— Você vai ver, a nossa noite está apenas começando.
Capítulo 29
LARA

N ão consigo acreditar no que vejo, Alek


não só está me pedindo em casamento em
um dos cenários mais lindos que já vi,
mas ele planejou cada momento, cada detalhe. E isso foi muito especial.
Quando ele se ajoelhou na minha frente e disse o quanto me amava e não poderia viver sem
mim, foi como se meu coração estivesse a ponto de explodir de tanta alegria. Esse homem, meu
homem é tudo pra mim, ele me deu tudo o que eu poderia pedir e muito mais, tornou todos os
momentos ruins lembranças de um passado distante.
Quando ele me ajudou a levantar e me levou para sentar em uma espreguiçadeira enorme,
branca com rosas por todo o chão em volta e abriu uma champagne, eu não sabia o que fazer.
— Alek, amor eu não posso beber álcool. — Lembro, colocando a mão em seu rosto. Quando
ele olha para mim eu posso ver desejo e carinho e nesse momento eu percebo que ele está se
segurando para tornar essa noite especial.
— Eu sei, é sem álcool. — Me dá um sorriso de canto e serve a ambos, ele me entrega uma
taça e brindamos.
— Ao nosso futuro. — Falamos juntos, batendo nossas taças e não tirando os olhos um do
outro.
— Eu sei que quer fazer as coisas especiais, mas nós dois sabemos que foram dias sem estar
um com o outro e eu não estou aguentando de tanto tesão. — Falo, implorando para que ele deixe de
lado o fazer amor devagar e vá logo para a parte de foder meus miolos.
— Tudo a seu tempo. — Ele pega um pote que tem chocolate e uma tigela com morangos
enorme e suculentos. Mergulhando um morango no chocolate ele leva até a minha boca e mesmo eu
tendo mordido um grande pedaço e tomado todo cuidado do mundo para não escorrer o chocolate,
uma gota escorre pelo meu queixo.
Antes que eu consiga limpar, Alek se aproxima e passa sua língua, provando o chocolate na
minha pele. Sua reação faz com que a que minha boceta fique molhada imediatamente.
— Delicioso, talvez eu devesse provar direto em você. — Ele fala.
— Talvez seja uma boa ideia. — Abro o meu roupão expondo meus mamilos duros e minha
boceta muito encharcada.
Alek não espera que eu diga mais nada. Pega o chocolate e joga em cima de mim, meus
peitos, minha barriga e minha boceta. O chocolate quente traz um novo tipo de sensação em meu
corpo e quando sua língua começa a viajar por ele limpando cada vestígio do chocolate, não consigo
mais conter meus gemidos.
Não quando sua língua fria passa por cima dos meus mamilos, chupando e mordendo eles. Os
deixando limpos de chocolate, apenas quando ele limpa meu seio ele parte para o outro fazendo a
mesma combinação alucinante. Depois dos meus seios ele vai descendo até a minha barriga já
arredondada do nosso filho ou filha.
A cada lambida ele fica mais perto da minha vagina, e a cada lambida eu fico mais perto de
atingir a minha libertação.
— Abra bem suas pernas e coloque elas por cima dos meus ombros, quero me fartar de te
provar. — Ele diz e quando eu faço ele vai direto lá.
Beijando o interior da minha coxa e soprando os lugares que ele morde, devagar. Quando ele
brinca com meu clitóris o dedilhando, me seguro com força na espreguiçadeira para evitar gozar
como uma louca. Preciso da boca dele na minha boceta.
— Por favor. — Imploro.
— Por favor o que? — Mergulha um dedo dentro de mim e brinca, simulando um vai e vem.
— Por favor me faça gozar na sua boca. — Peço.
— Se é isso que minha garota impertinente quer. — Ele mergulha a língua dele na minha
boceta, sugando meu clitóris entre seus lábios e o prendendo. Seu olhar vai até meu rosto, meus olhos
se fecham apreciando cada lambida, cada mordida e cada penetração dos seus dedos. Quando a mão
dele sobe e aperta meu peito não me contenho e gozo, a sensação de libertação é o suficiente para
fazer com que meu quadril antes levantado para dar a ele melhor acesso a minha vagina caia na
espreguiçadeira. Estou exausta mais parece que Alek não está, ele continua me chupando e lambendo
cada vestígio do meu prazer.
— Agora está pronta pra ter meu pau dentro de você? — Ele pergunta.
— Sim. — Ele liberta o pau dele para fora, depois de tirar a calça e a cueca. Ele me senta em
seu colo e me permite guiar o pau dele pra dentro de mim.
O monto devagar, fazendo movimento lentos e ritmados com o meu quadril. Aproveitando que
meus peitos estão perto de seu rosto, Alek passa a língua em meus mamilos e enquanto suas mãos
estão apertando minha bunda, sua boca está se revezando entre meus seios.
— Porra Lara assim eu não vou durar muito. — Fala entre gemidos, depois disso aumento o
ritmo dos meus movimentos fazendo com ele fique cada vez mais excitado e prestes a gozar. — Mais
devagar Baby, se você quer que isso demore mais.
— Vou gozar. — Anúncio, passando meus braços em volta do pescoço dele. Alek começa a
impulsionar seu quadril para cima.
— Não goze ainda. — Ordena e estoca mais quatro vezes dentro mim, se levantando e me
levando junto com ele, ele me coloca deitada na cama, brinca com meu clitóris com uma das mãos
enquanto sua outra mão segura meu quadril no lugar.
— Por favor Alek, eu preciso gozar. — Imploro, já desesperada pela necessidade de gozar.
— Agora — Ele diz e gozamos juntos. Ele toma cuidado para não desabar em cima de mim, e cai ao
meu lado.
— Isso foi Uau. — Falo.
— Não foi nem perto de onde eu queria ter ido com você, mas faz tanto tempo desde a última
vez em que estive dentro de você, que não consegui me controlar. — Ele me prende em seus braços e
eu passo minha perna em cima das dele.
— Se isso não foi nem a metade do que quer fazer comigo eu fico me perguntando o que seria
essa outra metade. — Brinco com ele. Ainda ofegante fazendo com que ele de risada.
— Vai saber, mas não agora. — Ele me puxa para um beijo.
— Porque não? — Faço biquinho.
— Por que pelo que me lembre, na hora que chequei você estava com fome e não acho que
apenas um pedaço de morango tenha matado sua fome. E outra não pode exagerar por causa do nosso
filho.
— Tudo bem, vamos comer. — Ele se levanta e me puxa para cima, recolhendo meu roupão
do chão e me cobrindo com ele de novo. — O que a gente tem pra comer?
No momento em que essa pergunta sai da minha boca Alek fica congelado. Um palpite me diz
que ele não cuidou dessa parte.
— Sabe que eu não sei, na verdade nem lembro se foi pedido para que abastecerem a
dispensa. — Fala e isso é comprovado quando abrimos a geladeira e despensa e não vemos
nada.
— Que tal uma pizza? — Dou a ideia.
— Eu te amo. — Ele fala e pega o telefone ligando para a pizzaria.
Uma hora e várias fatias de pizza depois estamos sentados assistindo séries de TV. Agarrados
um no outro no sofá, ainda são onze horas da noite e não tenho nenhuma vontade de dormir. Mas Alek
não parece sentir o mesmo que eu, ele está com os olhos fechados dormindo tranquilamente.
Deixo de assistir e me viro para olhar para ele que parece tão tranquilo e relaxado que fico
com dó de acordar ele para irmos para a cama. Passo a mão em seus cabelos e fico assim por um
tempo até que eu acabo dormindo também.
Acordo com o barulho do celular tocando, estou no quarto e não me lembro de como cheguei
aqui. Alek não está em nenhum lugar à vista e o barulho do chuveiro ligado é a única indicação de
que não estou sozinha.
— Alô. — Atendo.
— Olá eu sou do escritório do doutor Richard, eu estou ligando para confirmar a sua consulta
de hoje. — A mulher fala e eu me lembro que tenho uma consulta com meu obstetra.
— Claro. Pode deixar que eu vou estar aí.
— Ótimo te esperamos as 10:30. — Desliga.
Assim que desligo o telefone Alek sai do banheiro envolto em uma toalha, que pende de
forma sexy abaixo do quadril dele.
— Quem era? — Pergunta.
— Do consultório do Dr Richard, querendo confirmar a consulta de hoje. — Falo e ele para
em frete a cama com a mão no quadril.
— E você me fala isso assim, dessa forma? Porra podemos descobrir o sexo do bebê hoje. —
Ele fala.
— Amor não fique todo eufórico assim. — Falo. — Ele pode não querer mostrar hoje.
— Bom se for uma menina é melhor que esteja com as pernas bem fechadas. — Fala e entra
no closet.
— Querido se for uma menina ela vai ter que mostrar suas partes de um jeito ou de outro. Eu
quero saber o sexo do bebê e você não vai criar nossa filha longe de meninos. — Falo jogando as
cobertas de lado e entrando no closet atrás dele.
— Vamos ver. — Ele diz e me puxa para perto dele e me dá um beijo. — Temos que nos
arrumar e depois ir. A Alexa está te esperando. — Avisa.
— Ela tem consulta no mesmo horário, vamos nos encontrar lá. — Falo.
— Ótimo, eu já estou quase pronto e você não vai se arrumar?
— Claro que vou. — Corro para o banheiro e tomo um banho rápido, coloco minha roupa
íntima e por cima um vestido e com uma escovada de cabelos estou pronta.
— Vamos? — Pergunto.
— Claro. — Ele pega a minha mão e me leva para o carro dele. — Nada de motos para você.
— Diz e então vamos para o consultório.
Durante o caminho penso em meu bebê e se ele vai ser um menino ou menina, não importa o
que seja o importante é ter saúde.
Assim que chegamos a recepcionista nos manda esperar na sala de espera, lembrando que
assim que o casal que está na sala sair, nós iremos entrar. Não Demora muito tempo um Tayler muito
pálido sai de dentro da sala com uma Alexa sorridente ao seu lado.
— E então o que vai ser? — Pergunto.
— Dois meninos e uma menina. — Alexa fala toda animada e me abraça. — Não posso
acreditar que vou ter a experiência de ser mãe de menino e menina ao mesmo tempo.
— Não acredito isso é perfeito, seus bebês vão ser perfeitos.
— Mano eu não sei o que eu vou fazer, meus filhos vão ter que cuidar muito bem da irmã
deles e não deixar que nenhum macho chegue perto dela. — Tayler fala cabisbaixo.
— Mano relaxa se tudo der certo vão ser três meninos para cuidar dela. — Alek fala
confiante.
— Lara. — A enfermeira já conhecida me chama e é minha vez e do Alek de saber o que
vamos ter.
— Olá doutor. — Comprimento, doutor Richard é um homem bonito em seus 36 anos.
— Olá Lara, senhor Alek. — Comprimento Alek que o olha dos pés à cabeça.
Doutor Richard passa por todos os pontos e procedimentos da minha gravidez, lembrando das
vitaminas e alimentação e claro exercícios. Quando chega a hora do ultrassom ele olha primeiro para
o Alek com um sorriso.
— Então vocês têm preferência? — Pergunta.
— Vindo com saúde está ótimo. — Falo.
— Qual vai ser o nome se for menino. — Ele pergunta e vejo Alek abrir um sorriso
convencido.
— Elaija. — Falo.
— E se for menina? — Nesse momento o sorriso do Alek diminui.
— Strawberry. — Falo olhando o Alek e lembrando da noite de ontem, sinto calor tomar
conta da minha bochecha. O médico franze a testa, mas dando de ombros continua com o exame.
Ele nos mostra todos os órgãos, braços rosto até chegar na sua parte íntima.
— Está vendo isso aqui? — Ele pergunta.
— Sim. — Falamos.
— Meus parabéns vocês vão ter uma menina. — Meus olhos se enchem de lágrimas e Alek
tem que se apoiar na cadeira a frente.
— Uma menina? Meu Deus, estamos tendo uma menina. — Ele fala e fica nesse estado
parado até que o médico nos libera e quando ele encontra Tayler ele simplesmente diz. — Mano tô
fodido, vamos treinar seus meninos.
E assim os dois começam a planejar maneira de proteger suas meninas.
Capítulo 30
ALEK

U ma filha, estou entrando em crise de


desespero só em pensar em todos aqueles
homens que vão tentar entrar na calcinha
dela. Graças a Deus Tayler se reproduz em massa e vamos ter dois meninos para proteger nossas
meninas.
— Alek não acredito que você e Tayler estão surtando por ter filhas mulheres, qual é o
problema de vocês? — Lara pergunta, ela está brava comigo.
— Não fui o melhor homem para as filhas dos outros. E se algum moleque idiota fizer um
terço do que eu fiz com as meninas alheias? Eu vou parar na cadeia. — Falo exasperado.
— Você não vai parar na cadeia. Porque vamos cuidar para que nossa filha saiba o que é
certo e errado. — Ela diz com um sorriso.
— Certo e errado? Seus pais não te ensinaram o que era certo e errado? e ainda assim você
está aqui comigo. — Falo.
— Alek, você não é errado. — Fala vendo a minha insegurança. — Vamos ter uma filha e
daí? Nós vamos educar ela e ela vai poder contar com primos superprotetores e um pai que vai
sempre aconselhar ela. — Essa mulher sabe como me acalmar.
— Tem razão, não posso ficar surtando a cada minuto por isso, eu vou ter 30 anos para me
preocupar com ela namorando.
— Você sabe que ela não vai namorar com 30 anos, então espero que pare de se iludir. — Ela
bate no meu ombro e dá risada.
— Achei que você ia fazer compras com a Alexa? — Lembro, deixando de lado o assunto
garotos e namoro antes que eu me estresse mais do que já tô estressado.
— E vou, mas nós duas conversamos e decidimos acalmar vocês dois.
— Obrigado, mas vou deixar você ir na companhia de um prospecto. — Aviso.
— Será que pode me deixar no shopping? — Ela pede.
— Claro, em qual você e Alexa marcaram?
— Um minuto, vou mandar uma mensagem pra confirmar com ela. — Não chega a ser um
minuto e logo sei para qual shopping elas vão.
— Acho que Alexa escolheu esse shopping pra tranquilizar meu irmão, já que esse shopping
fica na frente do cassino King, onde tem muitos membros do clube.
— Acho que ela está tentando deixar ele tranquilo sobre os bebês. Ele está preocupado com a
hora do nascimento e isso está um pouco longe ainda.
— Eu sei, mas somos homens e não passamos por isso toda hora.
— Eu sei querido. — Ela diz no momento em que eu puxo o carro para o estacionamento.
— Eu venho te pegar as cinco? — Pergunto.
— Vai ser perfeito, vamos comer por aqui mesmo. — Ela me avisa e eu concordo com a
cabeça, então desce do carro, espero ela entrar no shopping para finalmente ir para o clube.
O caminho não é longo, já que a sede do clube fica perto do cassino que mais movimenta
dinheiro. Não precisamos passar drogas ou armas, mas fazemos isso para que todos saibam que não
devem se meter com os Realeza MC.
Quando entro com o carro na garagem subterrânea fico espantado com a quantidade de
pessoas trabalhando e instalando novos equipamentos. Bradox está em pé vistoriando todos os
movimentos e equipamentos.
— Fazendo mudanças? — Pergunto, assim que desço do carro e me aproximo dele.
— São os pequenos detalhes que contam. Afinal foram esses detalhes que salvaram a sua
vida e do Tayler. Não quero minha filha e meu neto correndo riscos desnecessários.
— Eu já tomei as mesmas providências na minha casa e na do meu irmão. — Falo.
— Tayler me contou. — Diz. — Então você pretende casar com a menina? — Ele pergunta.
— Sim, Lara é minha vida e eu fui estúpido o bastante pra demorar a confiar nela.
— Todos nós homens somos. — Bate no meu ombro e nesse momento Mick, pai de Lara
aparece.
— Então acho que eu vou ficar esperando você pedir a mão da filha em casamento para o pai
dela. — Ele diz.
— Não vou pedir sua permissão para casar com sua filha, já que estamos tendo uma filha
juntos. — Falo. — Mas quero pedir sua bênção. — Peço.
Ele me olha por um tempo, inseguro do que me dizer e isso me deixa nervoso. É importante
que eu tenha a bênção dele para me casar com Lara, mas mesmo que ele não me dê não irei desistir
da minha mulher.
— Sabe, quando eu engravidei a mãe de Lara não sabia o que fazer. Não me sentia homem o
suficiente para ter ela e então quando o avô da Lara me fez ficar longe delas eu percebi que a única
que eu amava era a minha filha e não a mãe dela.
— Lara acha que você ficou longe porque quis. — Penso no avô da Lara e como ele parece
estar sempre envolvido em algo ruim.
— Não! O velho filho da puta é um merda que quer que todos obedeçam a suas ordens. Mas a
questão aqui é que eu não achava que tinha alguém bom o suficiente para minha filha até que vi a
forma como você a trata. Eu te dou a bênção que você tanto almeja. — Fala e me dá uma batida no
braço.
— Eu preciso começar a arrumar o casamento, não quero que isso seja uma coisa longa e
preciso pedir ajuda da Alexa que planejou o casamento deles todo. — Falo e Bradox aparece do meu
lado.
— Foi seu irmão que fez aquele casamento todo. Minha filha não faria algo tão mulherzinha
como aquilo tudo, mas em defesa do seu irmão ele fez tudo certo. — Bradox diz e percebo que tenho
que pedir ajuda a meu irmão. Não temos muitas mulheres no clube e as que tem são fofoqueiras
demais.
— Nesse caso eu já sei a quem devo pedir ajuda. — Dou um tapa no ombro de ambos e saio
atrás do meu irmão.
Meu irmão não está muito longe, ele está em um canto do clube mexendo em sua moto e sem
camisa.
Visão do inferno!
— Preciso da sua ajuda. — Peço sem nem ao menos o cumprimentar, já que há pouco
estávamos no escritório do médico com nossas mulheres.
— Fale. — Ele diz, sem nem ao menos desviar os olhos do que está fazendo em sua moto.
— Preciso que me ajude a arrumar um casamento. — Me sento no banco ao lado dele.
— Mano, não é assim tão fácil. — Ele me fala.
— Mas você fez.
— Sim eu fiz, mas sabe quanto estresse aquilo me trouxe em dois dias? Eu me senti como uma
mulher e olha eu acho que engordei uns quilos e perdi cabelo. — Ele diz e sei que ele está brincando.
— Foda-se mano preciso que você crie sua vagina de novo e vamos fazer as coisas darem
certo pro meu lado. — Falo já ficando irritado.
— Tudo bem, mas vai ficar me devendo uma. — Ele diz e tira o celular do bolso dele. —
Você quer esse casamento aqui?
— Eu acho que quero um casamento no deserto. — Não quero nada comum.
— Cara você pirou? Seu imbecil quer mesmo levar várias pessoas e sua mulher grávida pra
aquele calor infernal? Todos vão derreter lá.
— Pensando por esse lado.
— Claro né idiota.
— Me diga um pouco do que ela gosta. — Pede.
— Ela gosta de morangos e café que foi onde nos esbarramos pela primeira vez. Ela gosta de
praia e montanhas. — Lembro.
— Já sei o lugar perfeito. — Ele diz. — Agora eu vou entrar em contato com a planejadora
de casamentos.
— Você usou uma planejador de casamentos? — Pergunto.
— Claro né idiota, não teria como pendurar todas as luzes e enfeites. Eu nem saberia o que
fazer, mas essa mulher que vou ligar sabe fazer tudo isso. — Ele diz.
— Eu espero que esteja certo, enquanto faz isso eu tenho algo para resolver. Espero que ela
consiga deixar tudo pronto até sábado. — Me levanto e saio.
Eu preciso comprar as alianças e também passar em um outro lugar. Pego meu carro e vou
para o estúdio de tatuagens, preciso de algo que me deixe marcado como da Lara, esse vai ser o meu
primeiro presente.
Não fica muito longe o estúdio de tatuagem, todos gostam de estar perto do clube e da
segurança que o clube trás. Nenhum bandido de merda vem para a nossa área.
Quando entro na loja o Bob tatuador que é amigo meu e de todos os membros do clube vem
me atender.
— Fala Alek, o que você quer dessa vez? — Ele pergunta.
— Eu preciso que você faça uma tatuagem em mim, algo especial para a minha mulher. —
Não deixo de perceber a cara de surpresa dele.
— Não posso acreditar que você, meu amigo está apaixonado. — Ele brinca.
— Que culpa tenho se encontrei a mulher perfeita pra mim? — Dou um tapa nele.
— Espere aqui, eu vou fazer alguns desenhos e logo trago eles pra você escolher.
Me sento na cadeira e espero ele me trazer os desenhos, enquanto espero começo a folhear
um jornal e fico surpreso ao ver a foto de Dimitri Petrov em uma das páginas. Ela dizia que ele havia
se casado com uma morena que chegou ao país há algumas semanas. Será que devo falar com a Lara
sobre isso, ou deixar que a prima dela conte?
A prima de Lara é uma mulher forte e decidida e tenho certeza que não faria nada que não
quisesse. A mulher é uma megera que sabe exatamente o que faz, todos os homens do escritório do
avô dela eram loucos pra ter a bunda dela. No entanto ela nunca deu um segundo olhar para eles.
E graças a Deus nunca veio para o meu lado, não por ela não ser gostosa e eu ter medo de não
resistir, mas sim porque se ela fizesse Lara não me daria nenhuma chance.
— Oh meu Deus! Não acredito que é você Alek. — Olho para cima para ver quem é e me
arrependo imediatamente de fazer.
— Fernanda. — Falo. — O que você está fazendo aqui? — Não vejo necessidade de ser
gentil com ela.
— Eu pensei que vindo aqui faria com que você voltasse para Nova York, precisamos de
você na equipe. — Ela se senta ao meu lado e cruza as pernas mostrando a coxa dela.
— Eu não vou voltar para Nova York, tenho a minha vida aqui. Minha esposa e minha filha.
— Falo.
— Eu não sabia que você já tinha se casado, achei que teria uma chance de fazer você mudar
de ideia. — Ela fala e coloca a mão na minha perna.
— Você não tem chance nenhuma comigo, eu nunca largaria a minha mulher e mina filha por
você. — Digo irritado.
— Foi exatamente isso que eu pensei. — Ela fala e de repente eu sinto uma picada em meu
pescoço e logo tudo está girando.
Capítulo 31
LARA

C omprei várias coisas pra minha filha e devo


dizer que fiquei com inveja da Alexa, a vaca
tem o melhor dos dois mundos. Passamos a
tarde toda no shopping e quando deu cinco horas da tarde eu esperei ao lado de Alexa o Alek vir me
buscar, mas ele não veio e eu acabei achando isso estranho.
— Ele está muito atrasado, mande uma mensagem para ele avisando que vamos te deixar em
casa e assim aproveito e uso o seu banheiro. — Alexa diz.
— Ótima ideia, não sei o que deu nele, ele disse que estaria aqui. — Falo com um sentimento
estranho.
— Ele deve ter esquecido ou está resolvendo algo para o clube. — Ela fala. — Não sei não,
ele sempre me avisou se estaria vindo ou não.
— Não importa vamos lá. — Ela entra no carro que está nos esperando com dois prospectos
dentro. — Vamos passar primeiro na casa da Lara. — Ela manda.
O caminho até a minha casa é angustiante e cada minuto que passa e me aproximo mais dela
sinto como se algo ruim estivesse acontecendo. Espero estar enganada.
— O que Alek fez com a sua casa, isso aqui virou um forte. — Ela comenta.
— Até onde eu saiba seu marido fez o mesmo com a sua. — Brinco, lembrando do que Alek
me disse sobre segurança.
— Espero que ele tenha mantido tudo arrumado, se eu chegar e encontrar bagunçado mato ele.
— Diz e não me parece que ela está brincando.
O prospecto para em frente à minha casa e desço na companhia de Alexa. Quando abro a
porta vejo roupas jogadas pelo chão e reconheço algumas como as do Alek e outras são de mulher.
Mas que merda tá acontecendo aqui?
Seguindo as roupas vou até o andar de cima, onde fica nosso quarto e vejo Alek deitado com
uma mulher em cima dele se gemendo toda. Meu primeiro instinto é correr e ir embora, mas eu me
lembro de todas as palavras e juras de Alek e também sobre as palavras de Alexa de que nem tudo é
o que parece.
Eu ando devagar até que eu fico frente a frente com a Fernanda em cima do Alek que está de
cueca ainda, ele está apagado e pelo jeito ela deu algum sonífero pra ele.
Quando ela me vê, finge que se assustou e pula da cama.
— Lara eu... Nós, não queríamos que descobrisse sobre a gente assim. — Ela se finge de
sonsa e vejo que Alek começa a acordar.
— Eu sei que você queria exatamente isso Fernanda, você pensa que eu sou idiota? — Falo
furiosa e indo para perto dela.
— Eu não sei do que está falando, mas já que você descobriu sobre nós, espero que você
aceite.
— Aceitar o que? Que você é uma vadia filha da puta que dopou um homem? — Falo e nesse
momento Alek se esperta e pula da cama.
— Lara Amor! Não é nada do que você está pensando eu não...
— É exatamente o que eu estou pensando Alek, eu sei o que eu vi. — Falo o parando no meio
da sua frase.
— Eu juro pra você que...
— Agora vai negar todo o nosso relacionamento? — Fernanda começa a se fazer de vítima.
— Você prometeu que iríamos ficar juntos e que não me abandonaria.
— Fernanda eu nunca fiz isso e o motivo pra que você esteja aqui é que me drogou enquanto
eu esperava pra fazer a porra de uma tatuagem. Odeio você! Você me dá nojo, nunca te fodi e nunca
vou te foder. — Alek grita e vem em minha direção me abraçar. — Você confia em mim? — Ele
pergunta.
— Claro que sim, eu não vou nunca desconfiar de você Alek. — Falo segurando o rosto dele.
— Eu sei exatamente do que essa vadia é capaz.
— Então é assim? Você sua puta rouba meu homem e acha que eu vou deixar isso ficar assim?
— Fernanda está descontrolada, andando nua de um lado para o outro, ela está tremendo.
— Ele nunca foi seu Fernanda. — Eu digo.
— Foi sim, ele seria meu até que você apareceu e ele começou a pensar com o pau dele, ele
era meu e só meu. — Ela grita e fica parada bem na nossa frente.
— Eu nunca fui seu Fernanda, você está descontrolada. — Alek tenta fazer ela ver as coisas
com clareza.
— É MENTIRA! Você... você sempre foi meu, eu estava apenas te dando tempo pra aceitar
isso. Eu fiquei de fora de tudo o que aconteceu com vocês até dos atentados na esperança de que ela
morresse de uma vez e deixasse você pra mim. E quando ela morresse eu voltaria pra sua vida e faria
você ver as coisas com clareza, te daria conselhos e um ombro amigo até que finalmente, ficaríamos
juntos. — Ela diz com um sorriso psicopata no rosto.
— Você é doente. — Falo.
— Sou, eu sou doente de amor pelo Alek e se eu não posso ter ele, você também não pode. —
Ela pega uma arma e aponta pra mim.
— Fernanda, abaixe essa arma e olha o que você vai fazer, não tem necessidade de matar
ninguém. Você vai encontrar alguém que te ame e que não vai querer saber de outra mulher assim
como eu sou com Lara. — Alek tenta acalmar ela, mas eu posso ver no olhar dela que nada que ele
diga vá fazer ela se acalmar.
— Como pode dizer isso? — Ela chora. — Como pode dizer isso quando tudo o que fiz foi te
amar e esperar que você me amasse?
— Fernanda você não me ama, apenas pensa que me ama e isso que você espera que aconteça
não vai acontecer nunca. — Ele diz, perdendo a paciência.
— Fernanda para com isso, não tem porque você fazer toda essa merda. — Falo. — Você
precisa de ajuda e nós podemos fazer isso.
— Eu não preciso de ajuda, preciso de você morta. — Ela aponta a arma pra mim e engatilha.
Eu fecho os olhos quando escuto o barulho de uma arma sendo disparada e espero o tiro me acertar,
mas nada acontece. Com medo olho para Alek que também está sem entender nada, mas quando
olhamos para frente vemos Fernanda no chão, caída, e Alexa está parada atrás dela com uma arma
nas mãos.
— Você está aí há muito tempo? — Alek pergunta.
— Eu estou aqui há muito tempo, mas acho que toda a tensão em volta de vocês não estava
ajudando muito a me notarem. — Ela dá de ombros e senta na cama, colocando a mão em cima da
barriga dela.
— Porque não fez nada antes? — Pergunta Alek me abraçando.
— Eu precisava que ela estivesse com a arma nas mãos. Acha que isso aqui vai passar longe
dos olhos da polícia? — Ela pergunta.
— Eu acho que sim, Fernanda tinha sumido há algum tempo. — Ele fala. — Foi isso que me
deixou surpreso quando vi ela no estúdio de tatuagem.
— Essa maluca estava me deixando irritada pra caralho, meus bebês não devem passar por
isso. — Ela alisa a barriga já meio grande.
— Eu te amo, menina. — Alek se aproxima dela e dá um abraço.
— Eu também amo vocês, mas podem me soltar? Eu tô morta de calor e Tayler vai cagar uma
pilha de tijolos quando souber o que aconteceu aqui. — Ela diz como se ver seu marido irritado
fosse um espetáculo à parte.
— E por que você está feliz com isso? — Eu pergunto.
— Ele fica sexy quando está bravo comigo. — Ela fala. — Agora enquanto vocês dão um
jeito nessa bagunça eu preciso comer. — Ela se levanta e vai para a porta. — Alexa tem algum tipo
de problema, só pode. — Eu falo.
— Graças a Deus que ela não tem medo e que sabe como usar uma arma, ou estaríamos
ambos mortos a essa hora. — Ele diz.
— Vendo o corpo de Fernanda no chão do meu quarto me deixa com vontade de vomitar, não
sinto pena ou remorso por ela ter morrido. Tudo o que eu sinto é nojo.
— Você está bem? — Alek pergunta.
— Tô sim, só quero que ela suma daqui o mais rápido possível. — Falo e ando na mesma
direção que Alexa foi. Quando chego na cozinha encontro ela ao lado de Tayler, que sabe se Deus
como chegou aqui tão rápido.
— Não posso acreditar que você se meteu em encrenca de novo Alexa, não pensou em nossos
filhos? — Ele grita com a mão no cabelo e sua fúria faz com que eu me encolha, mas Alexa olha para
ele como se nada tivesse acontecendo.
— Ela salvou nossas vidas. — Falo. — Eu e seu irmão estaríamos mortos se não fosse por
ela.
— Eu sei, mas tem que entender que não posso perder ela é meus filhos. Eles são tudo pra
mim.
— Eu sei que eu devia ter pedido ajuda dos prospectos, mas se eu saísse de lá eles poderiam
estar mortos. Ela não estava bem, estava descontrolada e poderia puxar a arma a qualquer momento.
— Tudo bem, eu vou deixar essa passar porque todos estão bem, mas não vai ter uma
próxima vez. Agora você não vai mais sair da minha vista. — Ele briga e a puxa para um abraço
apertado.
— Tudo bem. Eu te amo. — Alexa fala e dá um beijo no peito dele.
— Eu também.
Alek chega na cozinha e me abraça por trás e com a cabeça em seu peito eu vejo que minha
vida é perfeita, mesmo com uma louca atrás de nós. Essa é a família para qual eu entrei.
Capítulo 32
ALEK

C onforme os dias se passaram e meu


casamento ficou mais perto, não pude evitar
de ser tomado por uma onda de alegria. Eu
sei que muitos homens temem esse dia, mas porra eu mal posso esperar pra ter Lara como minha
esposa.
Amanhã é nosso grande dia e Alexa levou minha mulher para dormir na casa dela. Algo como
uma tradição e também que fica mais perto do spa para qual elas vão. O único motivo pelo qual
aceitei ela dormir lá é que sei que meu irmão está junto das duas e que Alexa é rápida com uma arma
caso algo aconteça.
Agora são exatamente 23:00hs e estou em casa, hoje tive uns últimos preparos e como Tayler
me lembrou do terno e alianças tudo está pronto. Pelo menos da minha parte.
— Que horas a gente vai sair amanhã? — Pergunta Erick, que veio passar a noite no quarto
de hóspedes. A prima da Lara está na cidade, com o marido e o filho e junto deles está Willow.
A médica está mais quente do que nunca e como uma forma de castigar Erick, ela está o
ignorando completamente. O que claro faz com que ele fique querendo mais e mais.
— O casamento vai ser as 16:00 hs, Lara disse algo sobre se atrasar um pouco por charme.
— Lembro e me sento no sofá enorme com uma garrafa de cerveja na mão.
— Elas planejam se atrasar? — Ele pergunta.
— Pelo jeito, parece a coisa certa para todas as mulheres. E outra, elas sempre estão
atrasadas. — Falo.
— Low não se atrasa, Bishop sempre disse que ela devia ter algum problema ou que era
sofisticada demais para se atrasar. — Diz com amargura.
— O que você vai fazer sobre ela? — Pergunto.
— O que eu posso fazer? Ela voltou e está casada. CASADA e não quer nem saber de mim.
— Erick se levanta e pega uma garrafa de wisk e, tô sentindo que essa noite vai ser longa.
— O Erick que eu conhecia, não se abalaria com o fato de que a mulher que ele quer é
casada. Quantas casadas você já comeu? — O lembro.
— Muitas, porém a Willow não é alguém que quero só comer.
— Então mostre isso pra ela, acha que foi fácil convencer Lara a ficar comigo no começo?
Cara ela queria me matar. — Falo.
— Willow mudou tanto e eu tenho certeza que foi culpa minha. Talvez seja melhor pra ela se
eu simplesmente desistir. Eu não quero acabar com o casamento dela, não se ela ama o sujeito.
— Algo me diz que ela não ama. Ela está tão feliz e está longe dele, não é suposto quando se
ama estar sofrendo por estar longe? — Estou farto dessa conversa e me levanto, dou um tapa no
ombro dele. — Pense nisso, agora eu preciso ir dormir.
— Noite mano. — Ele diz e fica lá, parado olhando para o nada.
Subo para meu quarto e ligo para a Lara, minha mulher deve estar acordada ainda. Ela disse
que assim que se livrasse da Alexa no pé dela, iria me ligar. Pego meu celular e antes decido mandar
uma mensagem pra confirmar que ela ainda está acordada.
Alek: conseguiu se livrar da fera? Posso te ligar?
Lara: Sem fera por perto, ligue agora.
Sem pensar em qualquer outra coisa eu chamo a Lara, mas infelizmente para mim quem atende
é a Alexa, que mais parece um dragão do que uma mulher grávida com uma barriga enorme.
— Você acha mesmo que sou burra? Eu peguei o telefone da Lara seu trouxa e a próxima vez
que me chamar de fera eu te capo. — Ela me ameaça furiosa.
— Calma, você poderia ser boa e me deixar pelo menos dar boa noite para a minha garota.
— Peço. — Depois de ter me chamado de fera, eu não deveria, mas como eu estou muito boa hoje
vou deixar. — Faz silêncio do outro lado da linha e de repente a voz da minha garota aparece. — Ela
tomou meu celular.
— Eu sei e ela me deu exatamente um minuto para te dar boa noite e dizer o quanto eu amo
você e que vou estar te esperando no altar. — Falo rápido.
— Eu também te amo e estou louca para que chegue amanhã. Quero muito te ver. — Ela fala.
— Vou estar te esperando, não se atrasa muito. — Peço.
— Não vou me atrasar porque quero, Alexa disse que eu tenho que te fazer sofrer um pouco.
— Diz e isso não me surpreende.
— Aquela cadela. — Falo.
— A cadela está aqui e se você pensa que é o único irmão que me chama disso está
enganado. A diferença é que você eu puno sem falar com a Lara em atraso, já seu irmão eu deixo sem
sexo.
— Meu tempo com a Lara já acabou? — Eu só queria falar com ela mais um pouco.
— Sim, já acabou e agora vá dormir. Se você não tem nada que fazer eu tenho. — Fala.
— Também te amo Lexa. — Digo rápido antes dela desligar o telefone na minha cara.
Com um sorriso idiota no rosto eu me deito na cama e durmo.
Não sei o que diabos está acontecendo na minha casa, mas tudo está uma bagunça e cheirando
a bebida. Pessoas estão gritando lá em baixo e quando eu olho no relógio vejo que são 5:00 da
manhã, que merda é essa?
Ando com a arma na minha mão já que não sei o que vou encontrar lá e depois de todas essas
merdas estou mais que farto disso tudo, será que nem no dia do meu casamento?
— Fique longe da minha irmã. — Fala uma voz furiosa que eu reconheço como de Dimitri
Petrov.
— Sua irmã não quer nem me ver pintado. E até onde eu sei o casamento dela é por negócios.
Será que seria tão ruim assim se eu quisesse ter ela? Tirar ela de uma vida que ela não quer? —
Erick está sentado no sofá e com uma expressão arrasada.
— Ruim? Ela casou depois que você a desprezou, acha que eu gostei de ver minha irmã se
apagar e se transformar em uma mulher fria com todos os homens que tentam se aproximar dela? —
Dimitri diz furioso. — Se você quer ficar com ela, então pare de encher a cara e vire homem. Não
vou deixar que ela se machuque de novo. — Com essas palavras ele se vira e vai embora.
Vou até Erick e vejo de ele está ferido e graças a Deus não está tão ruim com ele. Me sento no
sofá que a poucas horas eu estava e olho pra ele.
— Pode falar, eu sou um idiota, fracassado e sempre machuco todos aqueles que eu amo. —
Ele fala. — Willow mudou por minha causa e eu nem sei o que fazer para mudar isso.
— Eu sei, acha que você vai ter ela com essa sua cara de arrasado? Pegando prostitutas do
clube na frente de todos inclusive ela? Cada maldita coisa que você faz a afasta mais de você. Então
se levante e vire um homem que merece ela, eu concordo com Dimitri, tá na hora de você virar
homem. — Falo agora com raiva. — Eu vou fazer um café pra você tomar e enquanto eu faço é
melhor você arrumar essa sala, Lara vai ficar puta se ver esse lugar assim. — Me levanto e vou até a
cozinha.
Em poucas horas eu vou me casar e ainda assim tenho que tirar a bunda do Erick bêbada
fazendo merda em volta. A planejadora de casamentos que meu irmão me arrumou me mandou uma
mensagem ontem a noite depois de eu ter ido dormir dizendo que conseguiu arrumar o lugar que não
precise ir de helicóptero, ao que parece meu irmão é um pouco esbanjador quando o assunto se trata
casamento.
Preparo o café e antes que eu possa levar para o Erick na sala, ele entra na cozinha.
— Aqui. — Entrego o café para ele.
— Valeu. Eu estou pensando no que você disse e acho que tem razão. — Fala enquanto se
senta no banco.
— Acha? Eu sei que eu tenho.
— Não vai voltar a dormir? — Ele pergunta.
— Não, não conseguiria dormir sabendo que daqui a pouco vou me casar.
— É inacreditável, o quanto os pais do clube estão caindo amarrados por bocetas. —
Debocha.
— Acho que o seu é um. — Provoco.
— Espero apenas que eu consiga conquistar ela. — Fala.
— Eu vou ver se acho algum programa de esporte até a hora de ir para o meu casamento. —
Vou para sala e ligo a televisão, começo a tatear entre os canais alguma coisa boa e acabo em um
canal de luta.
Essas merdas são patéticas e logo eu estou entediado procurando um outro canal para assistir.
Erick que antes tinha subido para dormir agora vem para a sala com comida e cervejas, surpreso
olho no relógio e vejo que é 13:00hs da tarde e que agora falta muito pouco.
— Eu vou me levantar e tomar um banho a lavanderia ia entregar minha roupa há meia hora e
acho que deu merda. — Falo.
— Fica aí tomando banho e eu vou até a lavanderia pegar sua roupa, assim fica mais fácil e
rápido. — Erick diz e se levanta.
— Não, a lavanderia fica há algumas quadras daqui então é melhor que eu vá junto. — Falo e
subo para colocar uma camiseta e o colete do clube. Assim que eu desço pego as chaves do carro e
ando até a garagem.
— Carro? — Pergunta Erick.
— Não quero amassar a roupa, Lara me mata e Alexa ajuda. — Digo entrando no carro e
sendo seguido por Erick.
— Alexa me dá medo pra caralho, não sei o que seu irmão vê nela. — Diz. — Qual é a graça
de viver com uma mulher que vai discutir com você cada maldito minuto?
Eu reviro meus olhos, ele não entende que não escolhemos o tipo de mulheres que vamos
gostar?
— Então me diga qual é a graça que você vê na Willow? — Pergunto enquanto entro no
trânsito.
— Ela é doce e companheira, mas tem algo nela que me faz pensar que pode matar quem
quiser. Ela não tem medo de enfrentar quem está errado e não importa quem. — Ele fala.
— Ela é parecida com a Alexa, a diferença é que Alexa mostra o lado cadela dela e Willow
não.
— Elas não são parecidas. — Tenta se defender.
— Claro que não, não para você e nem pro Tayler. Vocês amam as coisas diferentes nelas.
Ele fica quieto e pensativo, provavelmente pensando no que eu disse e eu como não preciso
de mais uma discussão ou voltar no assunto decido que é melhor ficar quieto.
Quando chego na lavanderia fico surpreso ao ver que Willow está lá buscando os vestidos
das meninas também. Mas ao contrário do que pretendia fazer, ela está discutindo e questionando a
competência da lavanderia.
— Quando vocês assumem um compromisso como esse, vocês cumprem com ele. Já
pensaram que ela poderia perder o casamento por incompetência de vocês. — Ela fala com as mãos
no quadril e Erick está parado encarando-a.
— Senhora me desculpe, nós acabamos perdendo o papel da entrega. — O homem tenta
justificar o erro.
— Eu não quero desculpas, quero a droga dos vestidos e não se preocupe eu vou me
encarregar de que nenhuma noiva tenha seus vestidos lavados aqui. — Ela fala quando o homem
entrega a ela todas as roupas do casamento.
Quando ela pega e se vira e se depara comigo e com Erick parados atrás dela, ela cora e
acaba escolhendo ignorar Erick.
— Acho que você veio buscar isso aqui. - Fala me cumprimentando com um beijo no rosto e
me entrega a minha roupa e do Erick.
— Low. — Erick fala, na tentativa de atrair a atenção para ele.
— Erick. — Cumprimenta de forma fria e distante. — Por mais que seja bom ver vocês aqui
eu tenho que ir. Lara está esperando esses vestidos e Alexa está a ponto de vir aqui e colocar fogo no
lugar.
— Fico feliz que você que tenha vindo. — Falo e pisco para ela, que se despede e vai para o
carro.
— Viu como ela me tratou? Como posso ter esperança de ter ela ao meu lado se ela me trata
assim? — Ele diz.
— Precisa ter paciência, ela não vai te perdoar da noite para o dia. Dê a ela o que ela quer
no momento e depois, faça ela ver o que você quer.
Com a roupa na minha mão vamos para a minha casa e nos preparamos para o casamento.
Capítulo 33
LARA

H oje foi o dia que tudo deu errado, vou me


casar em quatro horas e não tenho minha
maquiagem pronta, meu vestido e nem os
das minhas damas de honra. Ao invés de irmos ao spa, Tayler achou melhor trazer a equipe até aqui e
pelo menos as minhas unhas estão feitas e bonitas. Todas as meninas estão tensas tentando resolver os
problemas que estamos tendo.
— Se eu fosse na lavanderia eu mataria aqueles filhos da puta. — Alexa está andando de um
lado para o outro com a mão sobre a barriga arredondada.
Tayler está na casa, por mais que Alexa disse para ele ir ficar com o irmão, ele se negou a ir
já que ele não quer ficar longe dela e nem perder ela de vista. Ajudaria se ela fosse mais calma e não
estivesse saltitando por aí com uma barriga enorme de grávida ou até mesmo não estivesse andando
armada pelos cantos e correndo riscos.
— Calma, eu sei que eles erraram, mas a Low vai resolver tudo isso, não deve ficar desse
jeito. Não faz bem para os bebês. — Minha prima fala, ela veio da Rússia com o marido dela.
Meu sobrinho Izack está andando pela casa e também está entretido com as tatuagens do
Tayler. Não pude acreditar no que minha prima me falou, sobre meu avô ter mentido que ele estava
morto como uma forma de punir ela por ter encontrado documentos dele. A cada minuto que passa eu
percebo que as pessoas que me cercavam não eram quem pensei que fossem. E acho que meu avô é
minha maior decepção.
— Isso é verdade. — Falo e passo a mão na minha barriga, que não está tão grande como a
da Alexa, mas também eu só estou tendo um enquanto ela tem três.
— Mais três meses e esses bebês estão fora de mim. — Ela diz, mas não parece animada.
— Porque parece triste? — Pergunto.
— Quando eles estiverem fora de mim eu vou me preocupar a cada maldito minuto do dia e
isso vai durar até o dia em que eu morrer. Não que eu não fique assim com eles dentro de mim, quer
dizer eles poderiam não ser perfeitos ou coisa do tipo, mas caramba, fora da minha barriga vai ter um
monte de merdas que podem acontecer. — Ela fala e eu entendo o temor dela.
— Eu sei como você se sente, mas não se apegue a seus medos e sim as coisas boas que
acontecem. — Ally diz olhando para Zack que entra no quarto. — E eu não acredito que você vá ter
de nove meses. Trigêmeos geralmente vem antes do tempo.
Eu não tinha ideia de quem era o pai do meu sobrinho, mas quando eu olhei para o rosto dele
e para o rosto de Dimitri, marido da minha prima não pude evitar sorrir e lembrar de um ditado que
eu ouvi esses tempos "cara de um, focinho do outro".
— Não conheço muito bem o seu marido, mas eles são muito parecidos. — Fala Alexa.
— E acha que eu não sei? Quando Dimitri me trouxe ele eu quase morri do coração, eu fiquei lá
deitada olhando os dois dormirem e acho que foi naquele momento que eu percebi que era pra ter
sido assim. Dimitri me mostrou que pode ser um homem bom e isso me fez me apaixonar.
— Meio difícil não se apaixonar pelo senhor barbas ali. — Alexa provoca. — Se aquele é
bom em alguma coisa, essa coisa deve ser de cama.
— Papai disse que mamãe ama a barba dele. — Zack diz se metendo na conversa e sentando
ao lado de sua mãe.
— Tenho certeza que sua mãe aprecia muito a barba dele. Você vai deixar a sua crescer e
ficar igual à do seu pai? — Alexa pergunta.
— Hum... — Ele bate os dedinhos no queixo, como se estivesse pensando no assunto e então
diz: — Eu acho que sim, então as mulheres vão fazer que nem fazem com o papai e se jogar em cima
de dele. A mamãe sempre fica com raiva. — Ele explica.
— Sua mãe tem razão e eu tenho certeza que você vai ser mais bonito que seu pai. Quem sabe
um dia você não namore com a minha filha. — Alexa diz e Tayler olha feio pra ela.
— Eu sou muito novo tia. — Ele diz. — E garotas são nojentas.
— Por enquanto, quando você crescer vai correr atrás das garotas e eu espero que se ficar
com a minha filha que cuide dela. — Alexa pisca para ele.
Todas dão risada e paramos apenas quando Willow entra no quarto segurando os nossos
vestidos e com um sorriso no rosto. Não sei o que aconteceu direito com a médica, mas ela está
muito diferente.
— Finalmente. — Alexa fala.
— O idiota disse que perdeu todos os papéis de entrega, o que queria que fizesse? Ainda pra
ajudar dei de cara com Alek e Erick. — Ela diz como se tivesse encontrado com o coisa ruim.
— E foi tão ruim assim ver Erick? — Pergunto.
— Eu não quero perder mais tempo tendo esperanças com ele, eu sou casada agora. — Ela
usa essa desculpa ridícula que ninguém aqui acredita.
— Será mesmo que seu casamento vale tudo isso? — Pergunto.
— Eu vou ser sincera, eu sei exatamente do que seu marido gosta e não foi por investigação e
sim pela encarada que ele deu no Tayler a última vez que eles se viram. — Alexa fala e então eu me
lembro que o clube tem negócios com a máfia e uma delas é a do marido da Low.
— Como assim? — Pergunto, parece que todas sabem de algo que eu não sei.
— Então eu te pergunto, vale a pena você deixar de se divertir com um homem que te deseja e
vai te pegar de jeito e se livrar de um casamento de aparências ou você vai perder isso pra ser fiel
ao seu marido infiel? — Alexa pergunta, ignorando minha pergunta.
— Eu quero que ele sofra antes. — Low diz.
— Então faça ele sofrer, humilhe ele por um tempo, pise e ignore, mas depois foda ele como
se não houvesse amanhã e depois que você tiver exorcizado ele do seu sistema você o deixa sem
olhar para trás. — Alexa diz e Ally concorda com a cabeça.
— Tem razão, eu vou fazer isso. Vou pisar e humilhar ele e depois de uma boa foda eu o
deixo. — Eu não sei sobre a última parte, ela parece estar querendo se convencer que vai deixa-lo.
— Será que podem me explicar que história é essa? - Pergunto mais uma vez.
— Não é à toa que é loira. Ele é Gay Lara. — Ally diz.
Depois de toda essa discussão e planos contra Erick começamos a nos arrumar, cada uma
com uma cabeleireira diferente e uma equipe de maquiagem em sua volta. Eu fiquei grata por Tayler
ter trazido todas essas pessoas aqui na casa dele, eu não tinha a mínima vontade de ir para o Spa.
A mulher que está mexendo no meu cabelo é muito eficiente e me dá várias ideias de
penteados, penteados esses que eu por mais lindos que sejam, são exagerados de mais para a
ocasião. Dentro de toda a lista que ela me deu de penteados eu opto por um simples e elegante. Então
eu mando ela prender meu cabelo apenas de um lado da cabeça, sempre gostei de penteados assim e
não tenho o cabelo muito comprido mesmo. Minha maquiagem é um esfumado escuro, realçando a
cor dos meus olhos e por fim um batom nude. Nada exagerado e tudo no tema que as meninas me
disseram para usar.
Quando eu fui comprar meu vestido eu tive de ir em três lojas diferentes e ao que parece isso
é um número bom para noivas buscando um vestido, mas aposto que nenhuma das noivas teve que
buscar um vestido em tão pouco tempo como eu tive e também com uma barriga de grávida como a
minha.
Mas eu consegui, um vestido clássico de verão, sem mangas e com caimento leve que me dá
mobilidade para me movimentar. Ele tem um decote pequeno e não tem mangas, é comprido e todo de
seda.
— Acho que vou ter problemas em andar com tantas mulheres bonitas assim. — Diz Tayler
entrando e parando ao lado de Alexa. Ele olha meu vestido e franze um pouco a testa.
— Não seja idiota. — Alexa diz quando se levanta e deixa ele passar os braços em volta
dela, deixando a mão em cima da barriga.
— Eu vou levar Alexa comigo até o lugar e vocês esperem um dos prospectos virem até aqui.
— Tayler diz.
— Tayler nós vamos de motorista e não com os prospectos. — Lembro e ele confirma com a
cabeça.
— Tudo bem então. Vamos? — Ele pergunta.
— Vamos sim. Tchau meninas até daqui a pouco. — Ela diz.
As meninas vão todas me esperar lá, no lugar em que vai ser realizada a cerimônia. Por isso
não fico nem um pouco surpresa quando Dimitri aparece para buscar Ally e Willow. Ele já está com
Zack em seus braços e o menino parece muito feliz em estar lá.
— Vamos meninas. — Ele diz com um sorriso que deixaria qualquer calcinha molhada,
exceto a minha. O cara pode ser lindo e tudo, mas eu amo Alek e apenas ele pode deixá-las
molhadas.
— Até a sua grande hora. — Ally fala e me abraça, indo para os braços do Dimitri e saindo
do quarto. Eles são uma família perfeita e ao que parece tão unida.
Eu estou tão nervosa que nos cinco minutos seguintes eu ando de um lado para o outro e penso
em minha prima e sua família e como é tão estranho e bom ao mesmo tempo ver que minha prima
perdeu aquele ar triste e deprimido e agora é mãe, casada e mora em outro país. Nossas vidas
mudaram tanto e em tão pouco tempo que chego a me assustar.
Olho no relógio e vejo que já está na hora e que o motorista que vai me levar ao meu
casamento está atrasado de mais, o que será que está acontecendo com todo mundo hoje? Querendo
que eu perca meu próprio casamento.
Escuto uma buzina na frente da casa do Tayler e vou correndo para as escadas chegando na
porta em tempo recorde. Quando saio vejo que o motorista nem se deu ao trabalho de descer para
abrir a porta pra mim. Que preguiçoso!
Entro no carro e ele imediatamente começa a dirigir com a divisória entre o passageiro e o
motorista erguida, ele não fala nada e nem sequer prestou para responder o que eu perguntei sobre o
trajeto.
Eu me distraio olhando para as coisas dentro do carro e quando eu vejo que tem uma foto em
um porta retrato e nele tem a imagem do meu primo, Lorenzo que deveria estar preso e não andando
por aí em liberdade eu imediatamente sei o que tem de errado com esse motorista. Quando eu penso
em descer do carro as portas são travadas e dessa vez eu estou presa e correndo o risco de perder
meu bebê.
A divisória do motorista começa a baixar e vejo que Lorenzo olha para mim, não posso ver
ser rosto inteiro até alguns segundos depois e quando vejo que ao lado esquerdo do rosto dele tem
uma cicatriz enorme, cortando a face fico apavorada.
— Olá priminha, chegou a hora de acertarmos as contas.
Capítulo 34
ALEK

L ara está atrasada, e não é um atraso de


cinco ou dez minutos e sim meia hora. Não
posso acreditar que ela fez isso comigo,
começo a pensar imediatamente o pior e pego meu celular pra ligar para ela, mas vejo que tem duas
chamadas não atendidas de um número desconhecido.
— Alek tem alguma coisa errada, Tayler deu uma olhada no sistema de segurança lá de casa e
Lara saiu com o motorista que devia trazer ela até aqui. — Alexa fala e eu começo a ter um mau
pressentimento.
— Os carros da companhia têm rastreador? — Pergunto. Se ele estiver com um dos carros da
companhia de transporte que contratamos, fica mais fácil.
— Espere um minuto que vou ver se consigo essa informação pra você. — Diz e vai em
busca da planejadora de casamentos que tem a lista com os telefones e contatos de todos os
contratados.
Ando de um lado para o outro com meu celular na mão, se for esse cara tentando entrar em
contato comigo tenho que estar pronto. Ninguém tenta tirar minha mulher de mim e sai impune. Lara
não desconfiou de mim quando Fernanda armou toda aquela merda e é minha vez de confiar nela com
todo meu coração. Essa mulher sabe mais de mim do que qualquer outra pessoa e ainda assim esteve
ao meu lado em todos os momentos difíceis.
O celular toca e eu vejo que é o mesmo número desconhecido que ligou as outras vezes e
atendo imediatamente.
— Alô!
— Olá Alek. Demorei um pouco pra me livrar de toda a merda que você jogou nas minhas
costas, mas agora eu estou aqui e quero conversar com você. — Ele diz e já sei quem é; Lorenzo
primo da Lara.
— Você está com Lara? — Pergunto. — Só vou falar com você se estiver com ela em
segurança, toque num fio de cabelo dela e nossa conversa vai ser em outro ritmo. — Ameaço.
— Sua mulher está bem, mas você precisa vir a sua casa para que possamos conversar. Tem
um lugar muito agradável. E traga por favor a minha prima Allyssa, quero uma reunião de família
digna da minha presença. Ele diz e não posso acreditar que esse filho da puta está na minha casa e me
dando ordens. Ele desliga o telefone e eu corro a procura de Allyssa.
Ela está em uma das cadeiras sentadas com o filho no colo e seu marido está com os braços
em volta dela. Não acredito que Dimitri mudou tanto por ela. Alexa chega até mim e fala:
— Eu consegui o endereço deles, mas os telefones da empresa estão todos ocupados. — Ela
diz.
— Já sei onde estão. — Falo e passo por ela até Allyssa.
— Precisamos conversar. — Falo com ela. — E tem que ser a sós. — Digo, mas Dimitri não
parece querer me deixar conversar com a mulher dele sozinho.
— Filho vá lá com a tia Low que vamos conversar com seu tio Alek. — Ele diz e o garoto
escuta ele com atenção, fazendo exatamente o que o pai manda.
— Seu primo Lorenzo está com a Lara e ele quer conversar com você também. Ele disse que
está esperando nós dois lá na minha casa. — Vou direto ao assunto.
— Ela não vai. — Dimitri fala, mas Allyssa o olha com um tipo olhar que mataria qualquer
homem.
— Eu vou sim, acho que sei exatamente o que Lorenzo quer com isso tudo e sei que você vai
querer ir junto também. Ele está pronto para ir para o lado certo das coisas. — Ela diz e se levanta.
— Vamos logo, não queremos demorar muito para voltar para o seu casamento.
Ela passa por mim e Dimitri fica olhando a bunda de sua mulher, até que ele acorda para a
vida e se levanta a seguindo.
— Essa mulher vai me matar qualquer dia. — Murmura e vai até o carro que tem seu
motorista esperando.
Acho que de todos aqui, Dimitri foi o mais esperto já que não usou o transporte da empresa,
alegando que nenhuma empresa dessas passava confiança.
O trajeto até minha casa é tenso e silencioso. Allyssa está pensativa, porém confiante de que
o maluco do primo dela não quer fazer nada ruim. Na verdade, ela espera que ele esteja disposto a
nos ajudar a combater um inimigo em comum. Quem? Eu não faço ideia.
Vejo que nos aproximamos da minha casa e depois de liberar a entrada do motorista do
Dimitri em minha propriedade o carro para na porta de casa, onde entro desesperado em busca de
Lara, mas assim que entro em minha casa vejo que está tudo em ordem e no mais absoluto silêncio, e
fica assim por um tempo até que ouço a voz da Lara vindo da cozinha e ela está sentada no balcão.
Não tem nenhuma arma e nada que possa significar uma ameaça imediata para todos então eu relaxo
um pouco. Parece que eles estão tendo uma conversa.
— Vocês demoraram. — Ele diz entregando a Lara um copo com água.
— Lorenzo que droga está fazendo? — Allyssa pergunta e Dimitri se coloca do lado dela de
forma protetora. — Porque está aqui?
— Consegui sair da prisão graças a um amigo meu e não foi dentro da lei. Nosso avô me
culpou por tudo sozinho, mas só fiz o que ele mandou e não estou disposto a pagar pelos crimes do
velho sendo que além de tudo ele contratou pessoas para me matar lá dentro. Allyssa nosso avô está
descontrolado com a história do seu casamento e com o fato de você ter seu filho de volta. Sabemos
demais e por isso ele quer fazer uma queima de arquivo. — Explica. — E infelizmente nós somos os
arquivos, ele quer acabar com a gente.
— E o que Lara tem a ver com isso? — Pergunto.
— Lara está prestes a entrar na lista dele, no momento em que se casar com você todos nós
vamos correr risco. — Ele diz. — O seu clube e sua família mafiosa serão inimigos dele. E como eu
sou o elo mais fraco, preciso de proteção.
— Temos que fazer alguma coisa. — Lara diz e me olha.
— Fazer alguma coisa? Enquanto vocês estiverem casados e juntos ele vai atacar de longe,
ele tem medo das consequências que pode trazer ao atacar diretamente. O seu tiro? foi ele. —
Explica olhando para mim. — Fiquei surpreso por ele atacar diretamente você, mas ele vai fazer
mais disso até que a gente acabe de vez com ele. Quando sua mãe e seu pai se separaram foi ele. —
Diz olhando para a Lara. — Preciso que me ajudem a ficar seguro e que acabem com o velho, posso
ajudar nisso.
Dimitri fica parado ali, olhando por um tempo e sua expressão me mostra que ele está
armando algum tipo de plano. Um plano que vai garantir a segurança de todos em volta e a morte do
inimigo. Mas espero que ele saiba que o inimigo pode ser o Lorenzo também. Precisamos abrir os
olhos.
— Você tem as provas contra ele, mas não adianta as provas que você e Allyssa tem se um de
vocês estiverem mortos. Você sabe demais e por isso precisa de segurança. Até que eu saiba que
medidas tomar, você vai ficar em um apartamento que eu tenho em Moscou, é temporário até eu
encontrar um lugar melhor. — Ele resolve. — Se prepare vai partir hoje à noite. Agora se estamos
resolvidos, vamos voltar para o seu casamento. E se você pensa que vai sair impune se tentar
qualquer coisa contra minha mulher vou te fazer engolir seu próprio saco e depois vou te matar bem
devagar. Tem medo do seu avô? Deve pensar muito antes de se meter comigo.
Ele fala e sai levando com ele Allyssa. Em um ataque de fúria e para deixar para Lorenzo um
recado do que acontece eu dou um soco na cara dele, que o deixa caído no chão desmaiado. Então
lavo minhas mãos e puxo Lara para perto de mim, Pego minha moto que está na garagem eu vou em
direção ao lugar do nosso casamento. Quero chegar lá rápido e a minha moto é a única forma que sei
de chegar lá na metade do tempo.
Durante o trajeto ela não fala nada e sei que estava com medo do primo dela no começo,
provavelmente por ter se lembrado de todas as palavras que ele lhe disse antes de ser preso. Lorenzo
está usando todos nós para se livrar de um inimigo em comum, mas e depois? Sei que não podemos
confiar nele e deixar que ele fique solto por aí correndo o risco de entregar a todos ou acabar se
tornando igual ao avô dele.
Não precisamos proteger outro inimigo.
Chegamos no lugar com uma multidão de amigos e familiares nos esperando, na certa
pensaram que ela tinha fugido e que eu ia ficar aqui e sozinho. Idiotas.
Levo Lara até a tenda para que ela possa se recompor e enquanto ela toma uma água e dá um
jeito no cabelo e maquiagem que tinham sido bagunçados pelo vento, eu vou até o altar improvisado
esperar. E tranquilizar todos a nossa volta de que tudo está bem e que foi apenas um imprevisto, mas
que o casamento vai acontecer normalmente.
O pastor está nos esperando, assim como nossos padrinhos e madrinhas. Quando a música
começa meu coração para, mesmo já tendo visto Lara vestida de noiva eu me sinto imobilizado sem
conseguir me mexer ou dizer qualquer coisa. E isso dura até ela chegar no altar, trazida pelo pai, que
não deixa de me ameaçar por nada nesse mundo.
Mas como eu vou ter uma filha, sei bem como é esse sentimento, de que nada nem ninguém no
mundo vai ser bom o suficiente para sua garotinha.
— Estamos aqui reunidos para unir em matrimônio...
Capítulo 35
ALEK

L ara e eu decidimos passar nossa lua de mel


em casa, ela estava nervosa de fazer uma
viagem grávida e também estamos todos
em alerta máximo e tudo isso graças ao avô dela. Quem diria que um velho pode ser tão mau como
ele é? — É bom que ele não tente tirar meu filho de mim ou eu irei mata-lo e será o pior tipo de
morte que eu poderia pensar. Dimitri está maluco com o sumiço do velho, que não dá notícias desde
o dia seguinte ao meu casamento. Um dia depois de Lara se casar comigo ele ligou dizendo que
deserdaria ela se seguisse os mesmos passos da mãe e prima dela que abandonaram a empresa da
família e não estão mais nem aí.
Lorenzo e Allyssa tem provas sérias contra ele e isso faz com todos estejamos prontos para
os proteger, principalmente Dimitri que está com medo de um ataque contra a sua mulher atualmente
grávida.
Sim grávida, ao que parece depois de se reencontrarem ele quis ter outro filho com ela e sem
conseguir esperar muito tempo ambos decidiram o que era melhor.
— Quando vamos atacar ao velho? - Pergunta Erick.
— Calma garoto, tudo ao seu tempo. Primeiro vamos garantir que nossas meninas estejam
seguras, não quero Alexa correndo perigo e nem a Lara. — Estamos equipando o clube com uma
maternidade, para quando os bebês nascerem, pois estamos com medo do velho roubar os bebês
enquanto as meninas estiverem na maternidade. — E outra, Dimitri disse para deixar tudo com ele, e
quando ele diz isso é porque provavelmente vai cuidar de tudo sozinho.
— Não posso acreditar em tudo que descobrimos, faz mais de três meses que estamos
esperando ele atacar e Alexa parece que vai explodir e não falo no sentido figurado. — Minha
cunhada está enorme e os bebês podem nascer a qualquer momento e a maternidade e enfermaria que
estamos construindo aqui está há dois passos de ficar pronta.
— Eu não sei onde ele está, mas sei que está por perto.
— Isso é novidade. — Zombo.
Estamos sentados no bar do clube e nossas mulheres estão todas na cozinha. Tayler está junto
na mesa, mas sempre olhando para a porta esperando que Alexa saia pela porta a qualquer momento.
O meu eu anterior diria que ele é uma bicha, mas estou da mesma forma, claro que Lara não está
prestes a ter um bebê como Alexa.
— Cara relaxe, ela está bem. — Erick fala, mal humorado com a chegada do Marido da
Willow na cidade.
— Você fala isso só porque sua mulher não está aqui. Você está bancando o idiota ainda com
a Willow? — Tayler pergunta.
Erick e Willow estão em uma guerra eterna desde o dia do meu casamento. Ela não quer
saber dele e muito menos de compromisso sério com ele já que o imbecil foi o responsável por tudo
o que ela passou e se não bastasse fodeu com uma puta na frente dela.
— Não se meta seu maldito idiota. Queria ver se Alexa estivesse fazendo com você o que a
Willow está fazendo comigo. — Diz.
— Então é isso? Só você pode pisar nela? Está com medo do que? — Pergunto com raiva
do meu amigo ser um idiota.
— Não quero correr o risco de que ela se machuque nessa vida que temos, eu... eu não vou
permitir. — Ele diz com raiva e bebe de uma só vez toda a garrafa de cerveja jogando ela contra a
parede então se levanta e vai até a saída.
— Ele está muito fodido, não sei o que vai fazer, mas Willow não me parece o tipo de mulher
que vai facilitar. — Tayler diz.
— Ela não vai, mas também o cara deu muito mole e agora está perdendo a garota, não quero
nem ver o resultado de tudo isso. — Falo.
— Não vou me meter nessa merda enquanto não for assunto do clube. — Tayler diz e nesse
momento uma das meninas sai correndo da cozinha e eu imediatamente penso que é Alexa tendo o
filho do meu irmão.
— Alek o seu bebê está nascendo. — Falam. E eu fico paralisado, não sei o que fazer, eu
devia estar feliz e não apavorado com medo e... Oh meu Deus! Vamos levar ela para o hospital. Me
levanto e corro até a cozinha onde Lara já está em trabalho de parto, meu bebê é prematuro e não
posso acreditar que vai nascer sem ter nada pronto.
— Ligue pra Willow e peça pra ela me dar instruções, mande ligarem uma das incubadoras
da maternidade. — Alexa está atirando ordens e eu mal posso acompanhar. Tayler percebe e começa
a seguir as instruções. — Preciso de toalhas limpas para enrolar o bebê quando ela sair e preciso
que me ajude a colocar ela em cima da mesa e Alek seu maldito imbecil se mexa.
Quando Alexa grita comigo eu começo a me mexer, ver Lara gritando de dor e deixar nas
mãos da Alexa que é ótima em tirar vidas e não trazer crianças ao mundo. Pego ela com cuidado e
coloco em cima da mesa, ela agarra minha mão e eu fico lá ao seu lado enquanto Alexa está com a
mão entre suas pernas.
— Eu já posso ver a cabeça Lara, preciso que empurre ele com toda a sua força. — Alexa
pede e Lara faz, mas ela solta um grito de dor.
— Eu não posso. — Ela diz.
— Escuta aqui Lara estou tão apavorada quanto você, porém não tenho tempo pra deixar isso
transparecer. Agora segura esse choro e empurra essa criança pra fora. — Ela diz e acho que seu
grito faz Lara acordar já que ela empurra e a próxima coisa que eu escuto é um choro abafado.
Minha filha nasceu.
— É o nosso bebê amor, ela está aqui. — Falo e vou até Alexa, pegando minha filha em meus
braços.
— Tem que cortar o cordão umbilical. — Fala e me ajuda a cortar.
— Onde você aprendeu a fazer essas coisas? — Pergunto curioso pela forma profissional que
ela agiu.
— Tayler têm visto vídeos de parto faz um tempo, nunca se sabe a hora que vai precisar usar
isso então eu fico feliz que ele me obrigou a ver. — Ela diz. — Agora vocês precisam leva-la pra
incubadora, eu estava sentindo algumas contrações por isso pedi pra deixarem preparada para o uso.
— Ela explica e dou graças a Deus por isso.
— Obrigado. — Falo enquanto levo minha filha até o lugar onde está tudo preparado.
Depois de deixar minha filha lá, volto para ver Lara que está agora deitada em uma maca na
enfermaria. Quem diria, hoje quando acordei, pensei que nada diferente poderia acontecer, só mais
um dia esperando ser atacado pelo avô da Lara, mas agora as coisas mudaram e tenho a minha mulher
e minha filha, que são lindas.
— Como está nossa morango? — Ela pergunta, meio sonolenta.
— Ela está bem e é linda. — Falo.
— Nós conseguimos Alek, temos nossa menina aqui. — Fala.
— Eu amo você.
E assim minha vida se tornou um lugar cheio de luz e amor. E nada nem ninguém vai abalar
isso.
Epílogo
Willow
Alexa teve os bebês pouco tempo depois de Lara e devo dizer que os dois meninos e a
menina são perfeitos, crianças lindas e cheias de saúde que tem enrolados em torno de seu dedo
mindinho um monte de motociclistas grandes e bravos.
— Olha pra ela. — Diz Tayler, com a filha nos braços.
— Ela é tão linda. — Fala Bradox, um verdadeiro vovô babão. — Vai ser difícil manter os
homens longe dessa bonequinha. — Fala.
— Vocês dois parem de conspirar contra os futuros namorados da minha filha. — Diz Alexa
do outro lado do salão, aonde segura um dos meninos.
— Essa mulher ainda vai me deixar louco. — Diz Tayler.
— Bem-vindo ao clube. — Fala Bradox e volta sua atenção para a neta.
Dou risada da situação e olho para a minha bebida pensando se um dia vou ter tudo isso para
mim.
— Não gosto desse olhar. — Diz Bishop se sentando ao meu lado. — O que foi?
— Acho que está na hora de desistir e ir embora. — Falo.
— Dê uns dias a mais, vamos ter uma festa em uma semana e se até lá as coisas não se
acertarem você vai. — Fala.
— Ok! Uma semana e então vou embora e sigo minha vida longe dele, tô cansada de ser
tratada como nada por esse homem. — Falo.
— Eu sei. — diz.
Olho para o outro lado do salão, onde Erick conversa com os amigos, todo animado e feliz.
Eu queria esquecer ele é poder seguir com a minha vida, tão bem como ele está sem mim.

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