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ORTOGRAFIA

Aula 1 – GRAMÁTICA – Profª Larissa Mabelli


Tema: Regras ortográficas na língua portuguesa

1 – Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas segundo a ortografia oficial.

A - É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre
de acordo com a lei.
B - Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox.
C - O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante sorteio, para que não ocorra
descriminação.
D - Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve
exceções na distribuição dos processos.
E - A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os casos de rescisão contratual.

Resposta [e]

Na questão [a] temos a palavra “adolescência” fora da norma, uma vez que não apresenta acentuação correta.
Já em [b] o correto seria “incumbido”. Em [c] tem-se o desvio configurado nas palavras “revezamento” e
“funcionários”. Na [d], é “compreensão”.

2 - Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à ortografia.

A - O relatório sobre as condições climáticas representa um consenso avassalador que chega a ser sóbrio diante
do volume de evidências, especialmente das adaptações ecológicas ao aquecimento.
B - Com essa atitude política, as previsões se tornarão uma profescia auto-realizável, um resultado inevitável da
omição dos políticos.
C - O urso polar sobre bancos de gelo cada vez menores, fadado à estinção, transformou-se no íconi do
aquecimento global.
D - O animal não socumbiu apenas à seca, mas também ao impacto da aridez da região ecessivamente
explorada.
E - À medida que a água se torna mais cara, o ônos dos ajustes ao novo regime passará para os grupos
subauternos, como os agricultores e os pobres das áreas urbanas.

Resposta [a]

Na questão [b] tem-se desvios, tais quais “profecia”, “autorrealizável”, “omissão”. Em [c], é “extinção”. Em [d] é
“sucumbiu” e “excessivamente”. Já em [e] a questão é a ortografia de “ônus” e “subalternos”.

3 - Banca: VUNESP

Motoristas e cobradores do transporte público de Itajaí voltaram ao trabalho por volta das 15h30 desta sexta-feira
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[07.04.2017], após uma _________ que começou às 10h. Eles protestavam contra o ________ nos salários. A
empresa informou que não tinha dinheiro para fazer o depósito. Houve uma reunião no fim da manhã. A prefeitura
__________ e a empresa concordou em depositar os salários até o início da tarde.
(http://g1.globo.com. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

A - Paralisação … atrazo … interveio


B - Paralização … atrazo … interviu
C - Paralisação … atraso … interveio
D - Paralisação … atraso … interviu
E - Paralização … atraso … interviu

Resposta [c]

A palavra “paralisação” é escrita com “s”. O substantivo “paralisação” é formado a partir de derivação sufixal,
sendo acrescentado o sufixo nominal -ção ao verbo paralisar: paralisar + -ção.
O verbo paralisar, por sua vez, poderá ter sua origem na palavra grega parálysis ou na palavra
francesa paralyser, devendo assim ser escrito com s e não com z. O termo “atraso”, por sua vez tem como
forma correta de escrita o “s”. A palavra atrazo, com z, está errada. A consoante s assume o som de z quando
posicionada entre duas vogais, não sendo necessária a escrita da palavra com z. O substantivo “atraso” deriva
do verbo “atrasar”, respeitando, portanto, a sua estrutura familiar de “s”. Sobre o verbo intervir, já fica aí a dica
para te ajudar quando rolar a dúvida. Lembre-se da origem da palavra – o verbo intervir é derivado do verbo
vir. Se eles são parentes, precisamos conjugar da mesma forma, concorda? Então: assim como é “ele veio”,
também é “ele interveio”.

4 - Ano: 2018 Banca: VUNESP

A vida de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a Júri quando a tese da defesa foi mudada.
Não seria mais violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no marido por ter sido ___ e chamada
de velha, mas ______ o marido passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito realizado em
Dorinha constatou a existência de _______ em seu corpo. A versão da legítima defesa era ______ .
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho, de acordo com a norma-
padrão de ortografia.

A - Esmiussada … regeitada … por que … hematomas … plausível


B - Esmiuçada … regeitada … porque … ematomas … plauzível
C - Esmiuçada … regeitada … por que … ematomas … plauzível
D - Esmiuçada … rejeitada … porque … hematomas … plausível
E - Esmiussada … rejeitada … por que … hematomas … plausível

Resposta [d]

“Esmiuçada” deriva de “esmiuçar”, ambos são com “ç”. Desta mesma forma, “rejeitada” vem de “rejeitar” ... é
sempre importante respeitar as palavras da mesma família. Neste caso, o “porque” junto sem acento sinaliza
resposta a uma pergunta. Exemplo: “Você não vai?” “Não, porque eu não quero!” < Está fala sinaliza uma
resposta. Hematoma vem do grego Hemato, derivado de Haima, sangue e Oma, tumor, portanto respeita a sua
origem, etimologia. “Plausível” deriva da palavra “aplauso”, portanto respeita sua estrutura familiar com a letra
“s”.

5 - Ano: 2018 Banca: VUNESP

A alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas é:


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A - A pretenção do acusado não foi acatada: ele queria tratamento de excessão.
B - A justiça não admite privilégios que sejam empecilhos à aplicação da lei.
C - Eles fazem juz a um prêmio por sua grande dedicação aos desassistidos.
D - O excesso de zelo levou o rapaz a amenisar a versão dos fatos.
E - Durante a viajem, foi preciso fazer a converção da moeda.

Resposta [b]

Em “a” é importante lembrar que “pretensão” vem de “tensão”, que derivou de “tenso”, todos com “s”. A palavra
“exceção” é com “ç”, Essa dúvida acontece, em grande parte, por causa da palavra excesso – que apesar de
ter uma grafia muito parecida, possui um sentido totalmente diferente. Excesso significa algo em abundância.
Esse termo é sinônimo de exagero, de mais, a mais. Sempre que você estiver com dúvida sobre como se
escreve “exceção”, lembre-se de outros termos que fazem parte da mesma família da palavra,
como excepcional (escrito com c), por exemplo. O substantivo “jus” é com “s”. A palavra “amenizar” vem de
uma derivação sufixal (ameno + -izar). Já com “conversão”, a palavra tem sua origem na palavra em latim
conversione, devendo assim ser escrita com s e não com ç. Deste modo, todas as palavras cognatas de
conversão deverão também ser escritas com s: conversor, conversível, conversivo, conversibilidade.

6 - Banca: VUNESP

A exemplo de “intervenção” – grafada com “ç” – e de “autocontrole” – grafado sem hífen –, estão correta e
respectivamente grafados, em conformidade com a ortografia oficial, os termos:

A - Pretenção e autohemoterapia.
B - Intenção e autoobservação.
C - Compreenção e autoterapia.
D - Propenção e autofecundação.
E - Isenção e autodefesa.

Resposta [e]

A palavra “pretensão” vem de “tensão”, algo “tenso”, respeitando o histórico familiar, todos são escritos com “s”.
No caso, de “auto-hemoterapia” tem-se uma palavra terminando em vogal e a próxima iniciada por “h”, o que
exige hífen. Na alternativa “b”, o correto é “auto-observação” uma vez que uma palavra começa e termina com
a mesma vogal. Em “compreensão”, a palavra deriva do latim comprehensionis, o substantivo compreensão
deve ser escrito com “s” e não com “ç”. Na [d] é “propensão” que vem da palavra “propenso”, ambos com “s”,
respeitando a derivação da família.

7 - Banca: VUNESP

Leia a tira.

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Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas nas falas das personagens devem ser preenchidas,
respectivamente, com:

a) suspensão … têm … Porque


b) suspenção … tem … Por que
c) suspensão … tem … Por quê
d) suspenssão … tem … Porquê
e) suspenção … têm … Por quê

Resposta [c]

A palavra “suspensão” vem do verbo “suspender” - sendo que palavras terminadas em ENDER usam S. No
caso do verbo ter - conjugado no presente do indicativo na terceira pessoa do singular fica ele tem, já na
terceira pessoa do plural eles têm. Sendo que no contexto se refere a terceira pessoa do singular, ou seja,
aplica - se o tem. “Por quê?” separado e com acento para indicar que é uma pergunta e que o ponto de
interrogação está logo após a palavra.

8 – Banca: VUNESP

Leia o texto abaixo.

Pensamentos, como cabelos, também acordam despenteados. Naquela faixa-zumbi que vai em slow motion,
desde sair da cama, abrir janelas, avaliar o tempo e calçar chinelos até o primeiro jato da torneira – feito fios fora de
lugar, emaranham-se, encrespam-se, tomam direções inesperadas. Com água, pão, pente, você disciplina cabelos.
E pensamentos? Que nem são exatamente pensamentos, mas memórias, farrapos de sonho, um rosto,
premonições, fantasias, um nome. E às vezes também não há água, mão, nem pente, gel ou xampu capazes de
domá-los. Acumulando-se cotidianas, as brutalidades nossas de cada dia fazem pouco a pouco alguns recuar –
acuados, rejeitados – para as remotas regiões de onde chegaram. Outros, como cabelos rebeldes, renegam-se a
voltar ao lugar que (com que direito) determinamos para eles. Feito certas crianças, não se deixam engambelar
assim por doce ou figurinha.

Pensamentos matinais, desgrenhados, são frágeis como cabelos finos demais que começam a cair. Você passa
a mão, e ele já não está ali – o fio. No travesseiro sempre restam alguns, melhor não olhar para trás: vira-se estátua
de cinza. Compacta, mas cinza. Basta um sopro. Pensamentos matinais, cuidado, são alterados feito um organismo
mudando de fuso horário. Não deveria estar ali naquela hora, mas está. Não deveria sentir fome às três da tarde,
mas sente. Não deveria sentir sono ao meio-dia, mas. Pensamentos matinais são um abrupto mas com ponto-final

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a seguir. Perigosíssimos. A tal ponto que há o risco de não continuar depois do que deveria ser curva amena, mas
tornou-se abismo.

(Caio Fernando Abreu, “Lição para pentear cabelos matinais”. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)

Se, além de perigosos, os pensamentos também fossem cruéis e temíveis, no lugar da frase “Perigosíssimos”,
estaria redigido, em norma-padrão:

a) Perigosíssimos, crudelíssimos e temivilíssimos.


b) Perigosíssimos, cruelíssimos e temivilíssimos.
c) Perigosíssimos, cruelíssimos e temiveilíssimos.
d) Perigosíssimos, cruelzíssimos e temibilíssimos.
e) Perigosíssimos, crudelíssimos e temibilíssimos.

Resposta [e]

Na verdade, o superlativo é de “crueldade” e não de “cruel”, por isso o correto é “crudelíssimo”. Quando as
palavras terminam em “vel”, como em “terrível” ou “agradável” ... em seu superlativo eles assumem a sílaba
“bi”, ficando “temibilíssimo” ou “agradabilíssimo”.

9 – Banca: VUNESP

Leia o texto abaixo

A verdadeira história do Papai Noel

O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas, é produto de um
imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é impossível identificar uma fonte única para o
mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por
um famoso ilustrador e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem parar, algo que nossos
tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa reivindicar qualquer naco 2 da
paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e
nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia,
dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a referência mais ou
menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau, personagem historicamente nebuloso que
viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso
com os pobres e as crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus, embora a data primitiva
ainda seja observada por parte da população na Holanda e na Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël
(como o velhinho é chamado na França) ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução
pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1 2
sincretismo: combinação naco: parte, pedaço

Assinale a alternativa em que as palavras estão grafadas segundo o novo acordo ortográfico.

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a) Papai Noel é um generoso velhinho cujo voo pelo céu na noite de Natal povoa a imaginação de muitas
pessoas.
b) Quando se fala em Papai Noel, a idéia que muitas pessoas têm dele é a de um velhinho de barbas brancas.
c) A fórma como as pessoas imaginam Papai Noel é um velhinho simpático de longas barbas brancas e
sorridente.
d) Ao redor do mundo, as pessoas vêem Papai Noel como o velhinho carismático que distribui presentes às
crianças.

Resposta [a]

Em “b” no novo acordo ortográfico os ditongos perderam a acentuação, ficando “ideia”. Em “forma”, nem todas
as sílabas tônicas recebem acentuação. Segundo a Nova Ortografia, promulgada em 2009, os verbos
conjugados na terceira pessoa do plural, terminados em -eem, não serão mais acentuados com o acento
circunflexo. Isso vale para verbos como: ver (veem).

10 - Banca: VUNESP

Muitos creem que é supérfulo ter uma longa noite de sono, porém, para o neurocientista Matthew Walker, autor do
livro “Por que nós dormimos?”, os seres humanos precisam, com raras excessões, de oito horas diárias de sono.
Há um consenso de que indivíduos que prescindem de uma boa noite de sono podem se tornar anciosos e ter um
comportamento contraproducente, por isso Walker recomenda que as pessoas também façam a sesta, o que
certamente é factível apenas para alguns previlegiados.

Para que o texto esteja em conformidade com a ortografia e a acentuação previstas pela norma-padrão, algumas
das palavras destacadas devem ser reescritas. A forma correta dessas palavras encontra-se na alternativa:

a) supérfluo; exceções, ansiosos; privilegiados.


b) crêem; exceções; precindem; contra-producente.
c) crêem; supérfluo; ansiosos; contra-producente.
d) factivel; ansiosos; precindem; privilegiados.
e) supérfluo; exceções; factivel; contra-producente.

Resposta [a]

Em “creem”, segundo a Nova Ortografia, promulgada em 2009, os verbos conjugados na terceira pessoa do
plural, terminados em -eem, não serão mais acentuados com o acento circunflexo. Isso vale para verbos como:
ver (veem), por exemplo. Em “factível” o sufixo “ível” é acentuado. Em “contraproducente”, uma palavra termina
em vogal e a próxima com consoante, não exigindo hífen. E Prescindem vem do verbo prescindir, respeita a
estrutura da sua família.

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