Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capa
Arte: Carlie Ferrer
Imagens: ©shutterstock.com
Revisão
Rayane Marqueli
Sinopse
A melhor amiga da Ayla e o irmão do Eros
precisam contar sua louca história de amor.
Não.
Que bom!
Ok.
Te pego às oito.
À
Às oito em ponto, estou na porta do
restaurante japonês, ao invés de esperá-la lá
dentro, como uma pessoa normal. Um táxi para
próximo e finalmente ela desce. E preciso
mesmo controlar a risada que quer escapar de
mim quando a vejo. Sabrina usa um óculos
quadrado marrom que ocupa metade de seu
rosto, tem os cabelos de duas cores presos em
um coque de vovó, com alguns fios soltos
enrolados em cachos estranhos. Usa uma saia
claramente maior do que suas pernas que fica
arrastando no chão conforme ela anda e uma
blusa de mangas de crochê, com enormes
girassóis bordados nela. Não usa qualquer
maquiagem e nenhuma joia. A expressão é
fechada, como se fosse mesmo uma senhora
mal-humorada e irritadiça.
— Boa noite, Reymond — cumprimenta
falando alto demais e dá uma voltinha lenta
diante de mim. — O que achou da minha roupa?
— Horrorosa! Nem mesmo a Ayla usaria
algo assim. Vamos entrar?
Ela encara confusa meu sorriso e se faz de
ofendida.
— Que grosseria, Reymond!
— Estou apenas sendo sincero, meu anjo.
Estendo a mão para ela, que a toca irritada,
e antes que dê um passo para dentro do
restaurante, a puxo em um abraço e beijo o
canto da sua boca.
— Que bom que está aqui — digo baixinho
em seu ouvido.
Ela dá um pulo para trás e parece tão
assustada, que preciso me segurar para não rir.
Rapidamente se recompõe, ajeita a roupa após
meu abraço repentino e entra no restaurante
sem esperar por mim. E só descubro que ela está
usando uma sapatilha que combina
perfeitamente com sua blusa, quando ela levanta
a saia que a cobria para tirá-la e entrar no
restaurante.
— Olha só, você está usando sapatos —
provoco e vejo que segura o riso.
O garçom nos manda sentar em almofadas
de frente um para o outro, mas assim que ele se
afasta, jogo a minha almofada ao lado da dela e
me sento o mais próximo possível dela.
— O que está fazendo?
— Esse óculos enorme que está usando
esconde metade do seu rosto, mas ressalta seus
olhos. Eu já te disse que amo seus olhos?
Ela engasga com o chá que está tomando e
me observa confusa. Mas não diz mais nada
enquanto comemos. Aproveito para tocá-la o
máximo possível, quero dar um nó em sua
mente como ela constantemente faz comigo.
Quero que se sinta perdida para que assuma seu
jogo. Beijo sua mão diversas vezes, coloco
comida em sua boca, e aproveito para tentar
beijá-la. Elogio seus lábios bem desenhados e
seu sorriso mais de uma vez. Por fim, seguro sua
mão enquanto come a sobremesa e brinco: —
Sabe o que dizem sobre mulheres que usam
saias tão longas? Que elas escondem o paraíso.
Ela solta a mão da minha e avalia a saia
horrorosa que usa antes de perguntar,
completamente perdida: — Você está flertando
comigo?
— Não entendo a surpresa, sempre faço
isso com você. Estou disposto a vencê-la pelo
cansaço.
— Você não está entendendo. Está
flertando comigo vestida assim? Quer dizer que
a minha aparência agrada você?
Finjo observá-la dos pés à cabeça e me dar
conta da roupa que está usando, percebo que ela
espera ansiosa minha resposta e tento não sorrir
antes de dá-la.
— Você se vestiu assim para parecer feia?
Porque não está funcionando. Já lhe disse uma
vez e vou repetir, você pode usar um saco de
batatas e ainda assim continuará linda, ainda
assim ficarei com você por todo jantar, ainda
assim vou cantar você até que se canse e vá para
a cama comigo.
— Martim, ontem você disse...
— Que dispensei a enfermeira porque ela
não era bonita. Então você veio no que chama de
feia para que eu perca meu interesse por você,
não é? Esta é sua lição da noite?
— Na verdade sim! E você está
atrapalhando tudo.
Giro sua almofada deixando-a de frente
para mim, seus olhos acesos destacados por esse
óculos enorme estão focados nos meus.
— Sabrina, eu poderia te dar mil respostas
diferentes agora, e te dizer o quanto você é linda,
não importa o que use ou vista, mas vou ser mais
direto... — Encaro seus lindos olhos ansiosos e
ela está a ponto de me pedir que fale logo o que
vou dizer, mas quero mesmo prolongar isso. —
Podemos conversar em outro lugar?
Sei que ela quer dizer não. A noite não saiu
como ela havia planejado e ela se sente
desconfortável com toda minha atenção, posso
sentir isso. Mas, como sempre, a curiosidade em
saber o que vou falar vence, e ela acaba
concordando. Satisfeito por finalmente tê-la
dobrado de algum jeito, a levo direto até minha
casa. Sorrio de seu olhar desconfiado quando
percebe onde estamos e mais ainda quando
recusa a taça de vinho que estendo a ela.
A guio até a poltrona onde quase nos
beijamos na outra noite, mas ela prefere ficar de
pé, o que mostra que está mais nervosa do que
eu havia imaginado. Espero que seus olhos se
foquem nos meus e tiro o óculos enorme que usa
porque não quero nada entre nossos olhares
agora.
— Você se decepcionou comigo nas últimas
três vezes em que me viu dar um fora em
alguém, então vou repetir o que disse a essas três
mulheres, só que dessa vez, não vou parar a frase
antes da resposta completa.
Ela parece ainda mais confusa.
— O que quer dizer com isso?
— Dei um fora na Julia porque ela era
simples demais, não era especial e cativante
como você. A mulher do restaurante usava
roupas coloridas e ainda assim não tinha metade
da sua luz e a enfermeira ontem não é linda, de
tirar o fôlego, como você.
Sua boca está aberta e ela não tem
qualquer reação. Dou um passo para mais perto
dela, nossos corpos se tocando enquanto
concluo: — Nenhuma delas é interessante como
você. Nenhuma delas despertou meu desejo
como você. Parece que elas, e nenhuma outra
mulher, chegam aos seus pés para mim. Acho
que temos um problema, Sabrina.
— Eu... nós... eu não quis dizer nós... eu...
Corro a ponta do dedo por seu braço, por
baixo da manga larga da blusa que usa, ansioso
por tirar essa peça de seu corpo.
— Estou louco por você. A desejo tanto, que
isso quase se tornou uma obsessão. Nada mais
tem graça, e você pode agir como todas as outras
mulheres que eu dispensar, ainda assim será a
mulher que eu quero. A única mulher que eu
quero.
Ela engole em seco e dá um passo para
trás, tentando se proteger.
— Você me trouxe para a sua casa...
— Porque espero que esta noite acabe na
minha cama. Espero fazer amor com você até
que essa obsessão passe. Espero mesmo que isso
me ajude a manter nossa amizade sem ficar te
imaginando nua todo o tempo.
Ela abre a boca, incerta sobre o que dizer e
aproveito seu lapso para segurá-la pelos braços e
puxá-la de encontro ao meu corpo outra vez.
Minha boca toma a sua com pressa, seus lábios
pequenos correspondem com a mesma paixão e
imediatamente começo a tirar a blusa que usa.
Preciso tê-la nua!
Mas ela se afasta, como se o juízo voltasse
de repente e estende um dedo para mim,
pedindo um momento para se recompor.
— Não vou transar com você, Tim. Não vou
ser mais uma na sua lista.
— Quem liga pra essa lista, Sabrina? Quem
a está contando? Quem se importa com ela?
Somos dois adultos que se querem ao ponto de
quase enlouquecer, você está entranhada em
minha mente de uma maneira que me tira
completamente o juízo.
Ela dá outro passo para trás, embora sua
recusa não chegue até seus olhos, que me olham
desejosos.
— Você me quer, Sabrina? Você quer fazer
amor comigo?
— Não se trata disso! Você tem uma
mulher diferente a cada noite e eu não quero ser
mais uma!
— Você não será mais uma em nada! Você é
única! Ainda não entendeu isso? Se você me
disser que não quer fazer isso eu vou levá-la até
sua casa e me afastar de você, mas se você me
quer, Sabrina... — faço uma pausa para controlar
meu desespero. — Se você me quer ao menos um
pouco do tanto que eu te quero, nós vamos fazer
amor agora. Não importa nenhuma lista
existente na sua cabeça, não importa o que os
outros vão pensar, eu vou pegar você pra mim.
— Eu não sou um objeto pra você...
— Ainda assim vou pegar você. Olha para
mim, seja a super sincera Sabrina e responda!
Você quer fazer isso?
Quando ela abre a boca, temo que vá dizer
exatamente isso, que seu medo em ser “mais
uma” a trave ao ponto de desistir do que
poderíamos viver juntos. Mas ela fecha a boca
sem uma resposta clara, e responde com um
gesto de cabeça, enquanto seus olhos passeiam
por minha boca. Responde que sim.
Imediatamente a puxo de volta para perto de
mim e nossas bocas se encontram com
desespero. Passeio minhas mãos por seu corpo
com a fome que sinto dela, cravando-as abaixo
de sua bunda e a suspendo. Ela se encaixa em
mim com as pernas e subo as escadas
rapidamente até meu quarto.
Abro a porta como um louco e a deito
devagar sobre a cama, suas pernas ainda em
volta do meu quadril, nossas bocas ainda se
tocando, afasto nossos corpos o bastante para
tirar sua roupa, o que faço rapidamente
enquanto ela tenta tirar a minha.
— Passei a noite toda ansioso em tirar isso
de você — confesso e ela sorri, um sorriso
diferente, quente, entregue, um sorriso que me
deixa sem fôlego por alguns segundos. — Ah,
Sabrina...
Nossas línguas se encontram enquanto tiro
seu sutiã, e desço a língua por seu pescoço até
alcançar seu seio. Suas unhas passeiam por
minhas costas e seus gemidos me deixam cada
vez mais louco, enquanto beijo cada centímetro
de pele exposta em seu corpo. Quando estou
louco para estar dentro dela, é sua vez de provar
minha pele, o que faz devagar, de uma maneira
intensa e torturante. O coque que havia em seu
cabelo se transforma em uma massa de fios
castanhos e alaranjados sobre minhas coxas e
gentilmente cravo minha mão neles para trazê-la
de volta para mim. Ela monta sobre mim e a giro
na cama para finalmente penetrá-la. Apesar de
me sentir ansioso, louco e faminto por ela, faço
isso devagar, porque quero apreciá-la, quero
senti-la, quero tudo dela. Como se houvéssemos
combinado, ficamos parados, nos olhando,
nossos corpos unidos e então nos movemos
juntos. Prendo suas mãos ao colchão enquanto a
domino e seus gritos são o combustível certo
para que eu vá cada vez mais fundo.
E quando ela monta sobre mim de novo, e
posso ver seu corpo enquanto nos movemos, o
prazer estampado em seu rosto é a coisa mais
linda que já vi na vida. Uma vez não vai bastar,
uma noite não vai bastar. Estou mesmo ferrado.
É
e é por isso que a amo. É por isso que é com ela
que vou me casar um dia. É ao lado dela que vou
passar toda minha vida.
Seu sorriso cínico some, o que vejo em seus
olhos é a mesma raiva contida de sempre.
Graziela sempre foi assim. Me pergunto se era
esse cinismo que as pessoas viam nos meus
olhos ao olhar para mim. Era isso o que Sabrina
via quando nos aproximamos?
Graziela se levanta, ajeita o cabelo e limpa
as falsas lágrimas em seu rosto.
— Você ainda vai abrir os olhos e vir
rastejando atrás de mim, Martim. E não vai
demorar até se cansar de bancar o príncipe
encantado com aquela sem sal. Então
conversaremos.
Ela se vira para deixar a sala, mas ainda
não acabei com ela.
— Graziela, você está demitida! Arrume
suas coisas e saia daqui agora mesmo.
— Você não pode fazer isso! — grita vindo
em direção à mesa. — Você acabou de me
contratar, isso vai manchar a minha carteira,
você não pode!
— Não quero você na minha vida, não
quero mais nenhum contato com você. Junte
suas coisas, saia por aquela porta e não volte
nunca mais!
— Olha só você, está mesmo disposto a ser
o mocinho. Eu vou sumir da sua vida, mas vou te
deixar avisado, Tim. Não vai funcionar. Você
nunca vai ser o príncipe que pensa porque no
momento em que seu irmão morrer, vai se dar
conta que a culpa foi sua, e vai entender que
você nasceu para ser assim. Não há redenção
para pessoas como nós.
Ela se vira e sai da sala e só consigo pensar
que mais uma vez acabei sozinho. Ao menos
desta vez, com as convicções certas. Sabrina não
vai se livrar de mim fácil assim, não enquanto eu
puder evitar.
Respondo.
Um mês depois...
3 meses depois...
Fim
Sabrina
Seis meses depois
Seguro a mão de Maya e Liah corre na
frente, vira-se para trás a cada segundo
perguntando onde virar. Finalmente elas
avistam Ayla deitada em uma cama e Maya se
solta da minha mão correndo com Liah até ela.
Elas abraçam a irmã e observam nos berços ao
lado os pequenos Sara e Apolo. Ayla teve um
menino e uma menina, a melhor forma de fechar
a fábrica, segundo ela. Eles nasceram ontem,
após apenas uma hora em trabalho de parto.
Acabou que o nascimento de dois, foi metade da
dor do de um.
Maya pede para segurar um deles e Eros
gentilmente coloca Apolo em seu colo, já Liah
tem a carinha fechada olhando os meninos. Ela
também age assim com Alanis, nunca pega
minha pequena de boa vontade.
— O que foi, meu amor? — Ayla pergunta
alisando seu cabelo.
— Agora vocês têm mais bebês. Um dia
éramos os bebês e agora não somos mais nada —
diz sentida, com os olhinhos cheios.
— Você sempre será o meu bebê, Liah.
Você e a Maya, os outros bebês são meus filhos e
sobrinha, mas só vocês são minhas irmãs.
Ela ainda não parece convencida. Então
tento: — Sabia que eles vão amar mais vocês do
que a gente? Alanis e Sara vão querer ser como
vocês, vão imitar vocês em tudo. Vão fazer tudo
o que vocês fizerem. E Apolo, com certeza vai se
apaixonar por uma de vocês.
O sorriso dela é radiante.
— Eu vou poder mandar neles? — pergunta
animada.
— Claro! Você vai ser a tia deles! — Eros
confirma.
— Eu sou tia deles! Que legal! — Maya
comenta animada.
— Você quer segurar a Sara agora? —
pergunta Ayla a Liah.
— Sara, como a mamãe. Eu quero segurá-
la, acho que ela é minha preferida. Eu vou
ensinar a ela tudo que sei.
Ela se senta recostada em Ayla e Eros
coloca a pequena em seu colo.
— Que bom que posso gostar deles, eles são
tão fofinhos! Sabrina, depois eu posso pegar a
Alanis também? Também vou ser tia dela?
— Claro, princesa! Você também vai
mandar nela.
— Que bom! Três discípulos.
— Acho quer isso é meio perigoso — brinca
Tim fazendo-nos rir.
— Não mais do que Ayla tendo filhos
gêmeos para criar, amor. Não mais perigoso do
que isso.
— Que o universo me dê uma trégua — ela
responde.
— Amém — respondemos em uníssono
Tim, Eros, Liah, Maya e eu.
5 anos depois...
É o aniversário de cinco anos dos gêmeos.
Crianças correm para todos os lados, sento-me
em uma cadeira quando vejo o cabelo marrom
de Alanis sumir atrás de uma árvore e aviso a
Tim: — Você vai atrás dela. É uma divisão de
filhos, estou com um na barriga, você cuida da
que está fora dela.
— Eu coloquei um filho aí dentro, isso não
conta?
— Conta, vai cuidar da que eu sofri para
colocar para fora, já que em dois meses eu vou
sofrer para colocar esse para fora também.
— Não há argumentos contra isso —
concorda indo atrás de Alanis.
Ayla senta-se ao meu lado com um prato de
morangos com chantilly e divide comigo.
— Você sabe que vou me vingar, não é?
— Ayla, não seja essa pessoa.
Ela sorri. Quando ela ganhou os gêmeos a
fiz rir um pouco e um ponto acabou
arrebentando. Foi muito engraçado, Eros ficou
super confuso já que seu parto foi normal e
tivemos que explicar que ela ganhou pontos em
outros lugares.
— Passaram dois aqui, o que você
esperava? — ela gritou para ele e até hoje
repetimos isso.
— Eu não fui a responsável por seu ponto
ter arrebentado, seu médico foi incompetente —
defendo-me.
— Ele vai fazer seu parto, vou dizer que
disse isso dez minuto antes.
— Você é uma vaca! Por que foi esperta e
teve dois de uma vez? Agora tenho que passar
por isso sozinha. Você bem podia engravidar
comigo.
Ela bate na madeira desesperadamente,
começa aquele tic de não conseguir para de bater
na madeira.
— Vira essa boca, Sabrina, se um anjo
desinformado fala amém, podem vir três. Você já
me imaginou com cinco filhos?
Sorrio, mas não posso ajudá-la a parar seu
tic porque minha barriga não me permite dobrar
o corpo. Grito por Eros e ele vem socorrer a
esposa.
Em seguida, Tim surge com Apolo
chorando no colo, e Alanis está praticamente
arrastando Sara pela mão.
— Alanis bateu nele — Tim avisa.
— Filha, por que você fez isso?
— Porque ele empurrou a Sara. Ninguém
mexe com minha amiga.
Apolo estende os bracinhos a Ayla e gruda
na mãe enquanto Sara está pregada em Alanis.
Pouco depois, Apolo para de chorar e abraça
Sara. Em seguida, abraça Alanis e beija o rosto
dela, quase se pendurando nela por ser maior do
que ele.
— Você me perdoa? — pede e ela sorri,
corando.
— Devemos nos preocupar com isso? —
Tim pergunta.
— Não, eles são primos — Eros responde.
Olho para Ayla, que me olha de volta.
— Nossas filhas serão melhores amigas
para sempre — dizemos juntas.
— Sara é incrivelmente afortunada por ter
uma Sabrina em sua vida — ela diz.
— Alanis também, Sara é tão parecida com
você, que Alanis terá que continuar tomando
conta dela. Que sorte a dela, não poderia ter um
suporte melhor na vida do que uma Ayla mirim.
— Ainda vou te denunciar para o obstetra
— ela diz.
— Vaca!
Pegamos morango nas vasilhas, lotamos de
chantilly e comemos felizes com as vidas
perfeitas que temos. Depois que tive minha filha,
aprendi a me perdoar pelo que aconteceu ao
meu pai, posso errar como filha, como ser
humano, até mesmo como mãe, é assim que vou
aprender. Mas ensino a Alanis o poder de
perdoar sempre, e digo que essa foi a lição que o
vovô deixou para ela. O Reymond Gourmet é um
sucesso, e como Tim prometeu, eu dei conta.
Nós fizemos dar certo, mesmo com uma filha
pequena, mesmo com a empresa, mesmo com o
casamento. Mamãe se casou com Gilberto,
morou por poucos meses com a gente, assim que
peguei o jeito com Alanis, ela foi viver sua vida,
mas nos vemos quase todos os dias. Atena e Tom
se casaram novamente, vivem no apartamento
dela, ele assumiu um cargo na Reymond e os
dois finalmente vivem o amor que deveriam ter
vivido há anos. Ayla e Eros dispensam
comentários. Nunca vi minha amiga tão feliz por
tantos anos seguidos. Sara é como ela,
desastrada e maluquinha, Apolo é como o pai,
um doce de menino, gentil e cavalheiro. Tim e eu
nos mudamos para uma casa no alto do
condomínio onde ele vivia, tem um quintal
grande para as crianças. Eros construiu uma
casa linda perto da nossa, projetada por ele e
Ayla, e as crianças estão sempre juntas.
Tim corre atrás dos meninos enquanto
Eros tenta molhá-los e quando ele sorri para
mim, sinto que o mundo inteiro some e apenas
ele existe. Meu amor, meu eterno amor. Erramos
e aprendemos todos os dias, mas as bombas em
nosso caminho nunca nos param, nunca nos
separam, estamos ficando ótimos em desarmá-
las. Não há mais um campo minado, há um
caminho florido, com alguns percalços, é
verdade, mas uma estrada em sua maior parte
feliz. Os percalços? Eles valem a pena. Tudo com
ele vale a pena. O pequeno dentro de mim chuta,
como se concordasse com meus pensamentos, e
fecho os olhos agrad ecendo a Deus, ao destino,
ao universo a sorte imensa que tive.
Dedicatória
Dedico este livro para minhas betas e
amigas lindas, que tiveram toda disposição e
paciência, que me fizeram começar, desenvolver
e concluir este livro. Sem vocês Tim e Sabrina
não estariam aqui. Obrigada por tudo Maria
Rosa, Ellah, Jennifer, Joseania, Alexandra,
Adriele e Maria Augusta.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, por mais uma
obra concluída, por sua misericórdia e paciência,
por me iluminar sempre e por cada bênção
alcançada.
Aos meus pais e irmãos, minha base em tudo,
obrigada por torcerem por mim sempre, por me
apoiarem e acreditarem.
A Dani e Rayane, pela irmandade eterna, por
cada dia, cada mensagem, cada áudio e cada
sonho compartilhado.
A Maria Rosa Morais, minha amada amiga, por
tudo sempre, amo você até o infinito! Nada
aconteceria sem você e obrigada por dividir cada
sonho comigo. E ao seu pequeno príncipe Rafael,
porque não posso citar Maria Rosa, sem citá-lo.
A Ellah Castro, por ser a pessoa mais maluca...
ops! A pessoa mais amável que conheço. Te
adoro, minha vaquinha! Obrigada por tudo
sempre!
A Ellen Souza, minha irmã de alma, obrigada
por tantos anos de amizade, e por todos os anos
que virão. Te amo! E a Gleici, obrigada pelo
carinho sempre!
A Bia Tomaz, estou com tanta saudade de você,
amiga! Obrigada pela amizade, pela paciência,
por existir! Te amoooo!
A Jennifer Torres, por cada segredo
compartilhado e por ter me ajudado quando
surtei com esse livro. Te adoro, mulher!
A Adriele Oliveira pela força, amizade e carinho
sempre! Por cada vez que me incentivou, saiba
que pode contar sempre comigo!
A Amanda Lopes (PARABÉNS PRA
VOCÊEEEEEE) toda felicidade sempre,
obrigada por todo carinho e força. Te adoro, sua
gringa!
A Cleidi Natal e ao mô, Paulo, muito obrigada
pelos puxões de orelha, conselhos, carinho e
amizade sempre! Adoro vocês!
A Maria Augusta, obrigada por seu carinho e
apoio, e pelas palavras lindas ao ler este livro!
A Tatiana Pinheiro, porque amo ter seu nome
aqui. E te adoro demais!
À essa turminha linda que tem acompanhado
Tim e Sabrina no Wattpad comigo, meu eterno
obrigada, vocês são a base, a força, o vento que
me sobra sempre para frente, obrigada por tudo!
São muitos nomes pra eu conseguir citar, sei que
não vou citar todas, mas a todas vocês que leem
ele pelo Wattpad, muito obrigada! Rozzy Lima,
Milla C., Ana Claudia, De Santos, Autora_Can,
Mandy, Marcela, Larissa, Michelly, Rosinha,
Renata, Escarlete, Arella, Naiara, Agatha,
Afrodite, Jessica, Alexandra, Denise, Sabryna,
Rosa, Kezia, starLucy, Cegathi, Rayssa, Joice,
Ellen, Mayara, Erika, Patricia, Tnia, Heloise,
Shirlei, Geisa, Barbara, Thamires, Marcia,
Beatriz, Bellattrix, Raisinha, Julia, Lanny,
Mariana, Janaina, Leocadia, Natalia, Charlene,
Lind, Elie, Tau_ana, Luciana, Becca, Clicila.
Gesselma, Jssica, Micyndi, Jessika, Josiane,
Ariana, Marina, Rozi, Ericanet, Juju, Alessandra,
Amanda, Thami, Larissa Ramos, Giovana,
Priscila, Dani, Kaliana, Resla, Cacau, Viviane,
Liana, Thais, Ariadne e Kim.
Doutor Gyn
Mackenzie Wells decidiu perder a virgindade.
Fundadora do Clube das Virgem Sem Querer, vê
todas as suas amigas se acertando no amor e ela
ficando para trás, o único membro de um clube
falido. Ela faz uma divertida pesquisa e escolhe o
candidato. O plano perfeito, o momento perfeito,
o cara quase perfeito. Ela só espera que seu
grande azar no sexo não interfira dessa vez.
Porém, para desespero de Mackenzie, encontra o
homem realmente perfeito onde menos espera:
num consultório. E ele é nada mais, nada menos,
do que seu novo ginecologista.