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CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
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CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
EPÍLOGO
AGRADECIMENTO
SOBRE A AUTORA
OBRAS DA AUTORA
CAPÍTULO 1
resolvo ir até à galeria de arte para conversar com a Amanda já que ela não
com ela ontem, coisa que nunca tinha acontecido e olha que Amanda é
importantes e entre eles está ninguém mais, ninguém menos do que Oliver
Thomson.
Meu Deus, como foi que papai conseguiu entrar aqui e jogar com
essas pessoas?
Quando vou me aproximar da mesa um dos seguranças segura meu
braço.
— Desculpa, senhorita, o jogo já começou e não pode se aproximar
agora, tem que esperar a partida terminar.
Não consigo acreditar no que escuto e ainda tento argumentar com o
homem que me segura.
— Mas vim justamente para impedir que essa partida aconteça.
— Senhorita, essa já é a terceira rodada. O senhor Harper perdeu e
pediu uma melhor de três valendo tudo.
— Valendo tudo? Mas como valendo tudo se ele não tem nada para
apostar?
— Ele tem sim.
Meu coração falta sair pela boca porque não temos mais nada de
valor em casa.
— O que ele está apostando?
O homem me olha com pena.
— Sinto muito, senhorita, mas acho que deve ser a casa de vocês.
Tudo o que ele trouxe foi a escritura de uma casa.
Sinto as pernas falharem e só não caio porque ele me segura.
Como meu pai teve coragem de apostar nossa casa desse jeito?
Minha vontade é de chorar de raiva.
O segurança me senta em um sofá próximo e me manda rezar para
que meu pai ganhe pelo menos dessa vez, assim não perdemos nossa casa.
Eu fico sentada no sofá olhando para os homens jogando tão
concentrados que não perceberam a minha presença.
Cada um deles emana poder, exibindo suas inúmeras fichas no meio
da mesa.
Meu pai não tem chance contra eles que são leões e ele a porra de
um cordeirinho que não sabe a merda que está fazendo.
Depois de alguns minutos, acontece tudo como exatamente já
previa, meu pai perde tudo e os outros jogadores um a um vão mostrando
seus jogos.
O grande vencedor é ele, Oliver Thomson.
Eu me levanto em um impulso, vou até à mesa de jogos e puxo a
cadeira do meu pai para trás, sem me importar de como os outros homens
estão me olhando, principalmente, Oliver.
— Pai, como o senhor teve coragem de fazer isso? Apostou a nossa
casa e perdeu? O que vai ser de nós agora?
Meu pai se levanta e segura com força meu braço.
— O que você está fazendo aqui? Como conseguiu entrar? Está me
envergonhando na frente desses homens.
Puxo o braço e o encaro.
— O senhor é que está se envergonhando, achava mesmo que teria
alguma chance contra eles? Não passa de um jogador de calçada que nunca
conseguiu ganhar nada...
— Como vai ser, senhor Harper, essa escritura não paga nem metade
da aposta — Oliver diz me interrompendo e me viro para olhar para ele.
— Como assim não paga nem a metade da aposta?
— Isso mesmo o que escutou, garota, essa escritura não paga nem
metade da aposta. Seu pai me deve muito dinheiro.
A maneira arrogante como ele fala comigo, me deixa irritada, é
como se nem me conhecesse.
— O senhor já é um homem muito rico, creio que pode reconsiderar
e ficar apenas com a casa.
Os homens caem na gargalhada, mas em um levantar de dedo do
Oliver, todos se calam.
Oliver me encara assim como estou fazendo com ele.
— Aqui não é um clube de caridade, menina. Seu pai sabia bem o
que estava fazendo e onde estava se metendo. Ele estava bem ciente do
valor da aposta e mesmo assim concordou com as regras. Agora perdeu e
vai ter que pagar.
Mas que filho da mãe, desgraçado!
— Em primeiro lugar, não deveria aceitar aposta de um homem que
não tem nada; segundo, o que me falaram é que todos aqui são homens de
negócios. Homens importantes, mas que foram burros o suficiente para não
conferir se um homem, como meu pai, que só de olhar para ele se percebe
que é um pobre lascado, tinha como pagar ou não uma aposta tão alta como
essa.
Meu pai mais uma vez segura meu braço com força e levanta a mão
para me dar um tapa.
— Se tocar um dedo nela, eu mesmo arranco a sua mão. Estou
acostumado a fazer isso com perdedores e posso dizer que é a melhor parte
do jogo. Entende agora, senhorita Harper, o motivo de não conferir se os
homens, que se juntam a nós, têm ou não condições de pagar as apostas? —
Oliver fala assim que fecho os olhos esperando sentir o ardor no rosto.
Todos riem novamente.
Meu pai me solta e se ajoelha implorando por mais tempo.
— Senhor Thomson me dê mais um tempo para conseguir o restante
do dinheiro, não arranque minha mão, por favor.
Deus, que situação humilhante é essa?
Realmente, meu pai é um verme.
Os outros homens dentro da sala parecem se divertir com tudo o que
acontece, mas em momento nenhum paro de encarar Oliver e ele também
não desvia o olhar do meu.
— Um mês... Você tem um mês para me pagar o restante do valor da
aposta, senhor Harper, se não pagar garanto que não vai perder só a mão.
Não deveria ter entrado aqui se não era homem o suficiente para arcar com
as consequências de perder tanto dinheiro assim, agora suma da minha
frente.
Tento ajudar meu pai a se levantar, mas ele me empurra com tanta
força que acabo caindo por cima da mesa e machucando as costas.
Oliver se levanta furioso e acerta um soco em cheio na cara do meu
pai, quebrando o nariz dele.
— Falei que se triscasse um dedo nela, arrancaria sua mão.
Meu pai mesmo ensanguentado muda de cor com medo de perder a
mão.
— Senhor Thomson, por favor, me desequilibrei e caí. Ele não me
empurrou tão forte assim.
Oliver trava o maxilar, me olhando.
— Sumam todos da minha frente agora mesmo.
Ninguém espera o homem mandar duas vezes, todos se levantam e
vão até à porta de saída. Faço o mesmo tentando ajudar meu pai que tem as
mãos no nariz.
— Você fica, Bruna.
Estanco no lugar e meu pai me olha surpreso por Oliver saber meu
nome.
— Tirem esse verme daqui, deixem só a filha dele e não permitam
que mais ninguém entre nessa sala.
Os dois seguranças que já estavam na sala se aproximam do meu pai
e o levam para fora. Logo depois fecham a porta, me deixando sozinha com
um homem que pensei que conhecesse.
— Vamos lá, Bruna Harper, quero que me mostre agora toda a sua
coragem — diz com tanta autoridade que minha vontade é de dizer que
minha coragem foi embora junto com meu pai.
CAPÍTULO 7
A aula foi cansativa e muito longa, tanto que pensei que nunca fosse
acabar e já estava com vontade de desistir de sair com a Gessy, mas ela
estava tão empolgada que não tive coragem de fazer isso.
Tudo o que eu queria era ir para casa, tomar banho e comer já que
estou morrendo de fome, afinal o lanche rápido que fiz no lugar do almoço
não foi o suficiente.
— Vamos, Bruna, o pessoal todo já está indo.
— Tudo bem, vamos, mas vou logo avisando que não vamos ficar
muito tempo, tenho que trabalhar amanhã.
— Tá, vai ser rapidinho. Vamos lá.
Mesmo com um mau pressentimento entro no carro e vamos até a
tal boate.
Depois de muito tempo, chegamos e quando ela estaciona o carro
entendo o motivo do meu mau pressentimento.
— Tem certeza de que esse é o lugar certo?
— É claro que tenho, olha ali o pessoal entrando.
Acompanho seu olhar e vejo o pessoal da minha turma de arte
entrando na mesma boate em que meu pai fez a maior merda da vida dele.
Como já estou aqui o que me resta é entrar.
Ficamos na fila por uns segundos até que um homem grande e forte
se aproxima.
— Senhorita Harper, a senhorita não precisa ficar nessa fila, pode
entrar direto todas as vezes que quiser vir se divertir.
Minha turma inteira me olha como se eu fosse um bicho de sete
cabeças.
— Bruna, mas como você...
— Um cara que trabalha aí é amigo da minha mãe, deve ser por
isso. Gessy, não complica mais a minha situação, olha como estão me
olhando.
Ela olha ao redor e segura meu braço.
— Então já que não precisamos ficar na fila vamos entrar logo antes
que a baba dos invejosos escorra.
Entramos e quando estamos próximas do bar o tal de Fred aparece.
— Bruna, que prazer tê-la aqui. Espero que dessa vez tenha vindo
apenas se divertir e não se meter onde não é chamada. As regras ficaram
mais rígidas desde a última vez que esteve aqui.
Entendo perfeitamente o que ele quer dizer sobre as regas terem
ficado mais rígidas, já que está se referindo a sala de jogos no andar de
cima.
— Hoje quero apenas me divertir, senhor...
— Me chame apenas de Fred. Vamos, vou te levar até uma das salas
vip, é minha convidada especial e sua diversão vai ser por minha conta
todas as vezes que quiser vir até aqui.
Gessy abre a boca em choque enquanto não sei onde enfiar a cara.
— Fred, obrigada, mas não...
— Senhor Fred, muito obrigada. É claro que aceitamos sua
gentileza. Minha amiga aqui é meio tímida, mas nada que uma bebida não
dê jeito, ela está precisando relaxar.
Fred começa a rir do que ela fala e nos leva até uma das salas vip.
Praticamente, sou arrastada até o local por Gessy.
Assim que entramos, ela logo se deslumbra pela beleza e luxo do
lugar.
— Fred, você não precisava fazer isso — digo olhando para Gessy
que já está no bar pedindo nossas bebidas.
— Ele sabe que você está aqui?
Olho para ele sem entender.
— Ele quem? Vim da faculdade direto pra cá.
Fred respira fundo e coça a barba.
— De quem você está falando, Fred?
— Oliver, Bruna, é dele que estou falando. Se você não contou a ele
que estaria aqui, com certeza, já ficou sabendo de outra maneira.
Olho para ele sem acreditar no que escuto.
— Mas que porra é essa, Fred?
— Olha a boca, menina, não fale palavrão, ou vou ter que corrigi-la
por isso. É muito feio uma mocinha, como você, falando desse jeito.
Minha boca se abre em choque.
Quando foi que dei brecha para esse homem me corrigir e falar
assim comigo?
Apesar da maneira carinhosa que ele fala comigo, me sinto mal e
nem o conheço direito.
— Olha, Fred, não sei o que você está pensando, mas não tenho
nada a ver com o senhor Thomson e não devo satisfação da minha vida a
ele. Quero mais é que ele vá para o inferno.
— No inferno eu já vivo, querida, e você vai me explicar direitinho
o que está fazendo aqui.
Fred arregala os olhos e engulo em seco ao escutar a voz atrás de
mim.
Não entendo o porquê de ficar tão nervosa na presença desse
homem e nem o que ele pretende comigo.
CAPÍTULO 10
Momentos antes...
Costumo ir à boate sempre que tenho um dia muito
ligação da petulante.
A língua daquela menina além de gostosa de ser chupada é muito
boa para dar respostas.
Mas o que me deixou mais frustrado foi chegar na galeria para a
reunião que Emily marcou e ela não estar presente, como sempre.
Quando perguntei por ela, Amanda já respondeu animadinha que foi
para a aula na faculdade.
Sei que minha amiga vai ficar feliz quando jogar a bomba do
casamento em seu colo, mas o que ela não pode saber é sobre as
circunstâncias desse casamento.
Quando chego na boate vou direto para a sala de jogos me divertir e
desestressar, mas no meio da partida recebo uma ligação de um dos meus
homens que logo trato de atender.
Eles sabem que não podem me ligar se o assunto não for sério.
— Fala.
— Chefe, a senhorita Harper está na boate.
Sinto minha dor de cabeça chegando.
— Que diabos ela está fazendo aqui?
— Ela veio com a turma da faculdade comemorar a formatura que
está se aproximando. Fred a tirou da fila e a levou para uma sala vip junto
com uma colega.
— Fica de olho nela, essa menina vai ser minha esposa e nada de
ruim pode acontecer a ela ou vai sobrar para você.
— Pode deixar, chefe, ela está sendo muito bem vigiada.
Não respondo e desligo a ligação.
— Vai se casar, Oliver? Não estava sabendo disso, nem sabia que
tinha namorada — Celeste, uma das putas de luxo que acompanha um dos
homens, pergunta.
Ela é muito boa na sua profissão e faz uma massagem dos deuses,
mas, as vezes, não sabe ficar com a boca fechada.
— Não tenho que dar satisfação da minha vida a ninguém. Me caso
quando quiser e com quem quiser. Agora, se me dão licença, vou resolver
um problema. — Levanto da mesa abandonando a partida pela metade e
desço até a boate.
Pergunto a um dos seguranças onde Fred está babando a cria e logo
acho os dois.
— Olha, Fred, não sei o que você está pensando, mas não tenho
nada a ver com o senhor Thomson e não devo satisfação da minha vida a
ele. Quero mais é que ele vá para o inferno.
Escuto a petulante dizer, ao entrar na sala vip.
Acabo sorrindo do que ela diz.
A garota é bem mais audaciosa do que esperava, então resolvo
responder à altura.
— No inferno eu já vivo, querida. Você vai me explicar direitinho o
que está fazendo aqui.
Vejo Fred engolir em seco porque ele me conhece muito bem.
A baixinha se vira de frente para mim e me encara pálida, feito um
fantasma, mas mantém a postura.
— Sinto muito, senhor Thomson, que já viva em um inferno. Mas
ser o Diabo não te dá o direito de se meter na minha vida.
A sorte dessa mulher é que ela é filha do Fred e a quero para
carregar meu filho, senão faria uma besteira com ela.
— Estou apenas assegurando que ficará bem para me pagar o que
me deve, senhorita Harper. Não se engane o Diabo pode fazer tudo o que
quiser, ainda mais quando está no território dele.
Ela está prestes a responder quando uma outra garota se aproxima
entregando uma bebida para ela que por sinal é muito forte.
— Não vai me apresentar seu amigo gato, Bruna? — a menina
pergunta toda interessada.
Antes de responder, Bruna vira a bebida em sua mão de uma vez e
faz uma careta no último gole.
— Ele é um dos investidores da galeria de arte onde trabalho. Não é
ninguém importante. Agora esse aqui é o Fred, amigo da minha mãe.
— Prazer em conhecê-los, senhores — a menina responde sem
graça pela maneira que Bruna nos apresentou.
Fred em momento algum para de me olhar como se quisesse
adivinhar o que pretendo fazer.
— Vamos dançar, Gessy, afinal foi para isso que viemos.
A menina concorda e sai na frente.
Assim que Bruna dá um passo para acompanhá-la, seguro seu braço.
— Se colocar um pé naquela pista de dança seu prazo de pagamento
diminui em três semanas, o que indica que terá que me pagar em três dias.
Pense muito bem na decisão que irá tomar agora.
Ela me olha e vejo a raiva transbordar por seus olhos.
— Você não pode fazer isso, não tem esse direito. Sabe muito bem
que meu pai sumiu e que minha mãe e eu não temos condições de pagar
uma dívida tão alta.
Dou a ela meu melhor sorriso.
— Eu sou o Diabo, lembra? Posso fazer isso, menina.
Como pensei que faria, a garota se aproxima levantando bem a
cabeça para me encarar.
— É isso que vamos ver, senhor Thomson. Não tenho mais nada
mesmo na vida, quero só ver o que vai tirar de mim, como pagamento dessa
dívida. — Puxa o braço do meu aperto e sai da sala vip sem olhar para trás.
Pelo vidro da sala, vejo que ela está indo para a pista de dança. No
caminho, ela se agarra no primeiro moleque que vê na frente e dança
rebolando, se esfregando nele para me provocar.
— Oliver, ela só tem vinte anos, seja complacente em relação a ela.
Fred tenta me convencer a não fazer o que falei, mas sem dar
ouvidos coloco a mão no bolso, pego o celular e faço uma ligação para meu
advogado que logo é atendida.
— Chefe!
— Prepare o contrato de casamento em nome de Bruna Harper.
CAPÍTULO 11
Thomson.
Em vez de surtar, caio na gargalhada porque isso só pode ser uma
grande piada.
Dou tanta risada que lágrimas escorrem pelo meu rosto.
— Posso saber qual é a graça? Essa não era a reação que esperava.
— Agora entendo o motivo de Amanda e Emily gostarem tanto de
você. — Começo a rir novamente.
Depois de alguns minutos, rindo que nem louca, percebo que ele não
está rindo, pelo contrário, está me encarando muito sério. Só então me dou
conta de que ele realmente possa estar falando sério.
— Já acabou? Será que agora pode assinar o contrato?
— Você está brincando com a minha cara, Oliver?
— Eu já falei que não brinco, Bruna, estou falando sério. Irá se
casar comigo em troca da dívida do seu pai.
Respiro fundo olhando para o contrato em minhas mãos e o jogo de
qualquer jeito em cima da mesa.
— Isso não vai acontecer, nunca.
— Tudo bem, então já pode transferir o dinheiro para minha conta
— diz cada loucura com uma tranquilidade que me assusta.
— Será que é surdo, Oliver? Já falei que não tenho como pagar essa
quantia, sabe muito bem a situação em que vivo. Vou me formar na
faculdade por caridade de outras pessoas.
Ele se ajeita na cadeira e volta a me encarar.
— Em primeiro lugar, para você sou senhor Thomson, meu nome
não é para ser pronunciado por seus lábios e, em segundo, ou você assina
esse contrato, ou vai ter que dar um jeito de pagar a porra dessa dívida hoje
mesmo. Já estou de saco cheio, menina.
Sinto meu coração doer pela primeira vez na minha vida com suas
palavras, sei que não tenho escapatória agora e não vou esquecer o que ele
disse hoje nessa sala.
Se ele quer jogar eu aceito o desafio, vamos ver quem vai vencer no
final.
— É agindo dessa maneira que me pede em casamento, senhor
Thomson?
— Não estou te pedindo em casamento, estou te dando uma escolha.
— Com qual objetivo?
— Você é esperta, menina, gosto de pessoas inteligentes.
Oliver é sarcástico.
Coitado, mal sabe que vou usar minha inteligência para transformar
sua vida em um INFERNO com letras maiúsculas.
— Você, como todos falam, é o rei do petróleo, um dos homens
mais ricos do mundo e se quiser limpar a bunda com uma nota de cem
dólares, todo dia, pode se dar a esse luxo que não faria falta. Você pode ter a
mulher que desejar em um estalar de dedos. Por isso, me responda, senhor
Thomson, o que me torna tão especial a ponto de ser a felizarda escolhida?
Está na cara que preparou essa armadilha pra mim, jogando nas minhas
costas a dívida do meu pai e tem uma arma poderosa para usar que é o
conforto da minha mãe.
Mais uma vez ele me encara estudando meus movimentos.
— Como você está sendo tão direta em expor seus questionamentos,
nada mais justo do que fazer o mesmo, mas quero que saiba que suas
opções não mudam.
— Desembucha.
Mais uma vez ele sorri do meu jeito.
É bom ele saber como a futura senhora Thomson se comporta para
depois não vir me cobrar nada.
— Muito bem, Bruna, seu útero é a única coisa que me interessa.
Vai se casar comigo e irá gerar meu filho, o herdeiro da família Thomson.
“É nova, está em idade fértil e não terá problema nenhum em
realizar a inseminação artificial porque não tenho interesse em levá-la para
a cama.
“Definitivamente você não faz meu tipo, gosto de sexo mais bruto,
mais suado e de mulheres com um certo nível de experiência.
“Não estou disposto a entrar em um casamento convencional com
toda a baboseira de amor e paixão.
"Porém, meus pais estão infernizando minha vida querendo um
neto, exigindo um herdeiro.
“Como sou filho único, cabe a mim, essa tarefa de dar continuidade
ao nome da família.
“Tem mais um pequeno detalhe, ninguém poderá saber do nosso
contrato, para meus pais e para minhas amigas, nós seremos o casal mais
feliz do mundo.
“Se você abrir a boca já sabe o que vai acontecer.
“Depois que meu filho nascer estará livre de mim e te dou o
divórcio, simples assim.”
Estou literalmente de boca aberta com tudo o que escutei, quase que
em choque.
Nunca imaginei que esse era o real objetivo dele.
— Você está falando sério?
— Eu já falei que não...
— Brinca, tudo bem. Deixa ver se entendi direito. Você quer se
casar comigo para que possa gerar seu herdeiro, mas não tem interesse
nenhum em me tornar a sua mulher de fato. Como já percebi que é um
homem bem ativo, poderá ter as putas que quiser para fazer o seu sexo
suado, é isso?
Ele para e pensa por alguns segundos.
— Vamos dizer que sim, que você está certa.
— Então quer dizer que também vou poder ter os homens que quiser
se realmente seguir esse raciocínio.
Ele levanta de uma vez e bate as mãos na mesa.
— Enquanto estiver casada comigo, será apenas minha. Mato
qualquer um que ousar chegar perto de você.
Enquanto ele realmente parece estar querendo matar alguém, estou
tranquila, sentada na cadeira em frente a ele.
Acabei de descobrir minha arma.
— Então, temos um problema aqui, senhor Thomson. Se o senhor
pode, também posso. Acho que temos que discutir alguns termos desse
nosso contrato.
— Não estou te dando essa opção, Bruna.
— Então pode pegar sua arma e atirar na minha cabeça. Não tenho
como pagar a dívida a não ser aceitando seu contrato, mas não estou de
acordo com os termos dele. Não vou ficar em casa carregando seu bebê
enquanto o senhor está por aí me envergonhando. Se vou me tornar sua
esposa, quero respeito. É pegar ou largar.
Ele fecha os olhos por um momento, respira fundo e volta a se
sentar.
— Você é a mulher...
— Eu não sou trouxa, senhor Thomson. Sei que com essa sua ideia
não pretende me apresentar a mídia para tornar o divórcio mais fácil, mas
esqueceu da sua família, das nossas amigas e da minha mãe. Não quero que
minha mãe saiba que o genro dela é um pervertido que gosta de sexo sujo.
— Não posso te prometer fidelidade.
— Então nada feito, sairei da sua casa hoje mesmo com a minha
mãe, afinal você a ganhou de forma justa em um jogo de cartas. Acho que o
senhor pode esperar até amanhã para me matar, depois de conseguir pelo
menos acomodar minha mãe em outro lugar. Se puder esperar também até
minha formatura, agradeceria, pois, sempre foi meu sonho me formar em
Artes Plásticas e seria um orgulho morrer artista. Poderia até me enterrar
com meu diploma da faculdade. Agora, se me der licença, boa noite. Foi um
prazer conversar com o senhor e quando decidir o dia da minha morte me
avise por mensagem. — Levanto sem olhar para ele e sigo em direção à
porta.
Antes que consiga colocar a mão na maçaneta meu braço é puxado.
— Não te dei a opção de querer negociar nada comigo, mas aceito
seu termo de fidelidade e é só isso. Nada mais muda, entendeu bem? Irá
cumprir todas as cláusulas do contrato à risca.
Levanto bem a cabeça e o encaro de volta.
— Se descobrir que me traiu durante o nosso casamento vai se
arrepender.
— Sério que é apenas com isso que se preocupa?
— Não vou ser taxada de chifruda por ninguém, senhor Thomson.
Se me trair, faço muito pior. Tenha isso na mente das suas duas cabeças.
— Assine agora mesmo a porra do contrato ― ele diz com os dentes
cerrados, apertando mais meu braço.
algum acaso?
Bruna está possessa de raiva, sentada ao meu lado no banco traseiro
do carro. Consigo ver que também está bastante envergonhada, mas essa
menina tem o poder de me tirar do sério.
— O que foi, querida, essa sua frustração toda foi por não ter
terminado o que comecei?
Bufa irritada ao meu lado.
— Não deveria ter feito o que fez, vai me pagar por isso.
— Admita que gostou, estava claramente excitada com o que estava
fazendo.
— Senhor Thomson, não vou nem me dar ao trabalho de comentar
isso.
Acabo sorrindo porque vejo que consigo deixá-la envergonhada.
— Já estamos chegando, o restaurante é logo mais à frente.
Ela cruza os braços na altura dos seios com uma cara emburrada,
olhando pela janela e virando a cara para mim.
Como tinha falado, logo chegamos e o motorista para o carro na
frente do restaurante.
Dou a ordem para que ele nos espere no estacionamento.
Quando chegamos, somos muito bem recepcionados e logo um dos
recepcionistas nos guia até nossa mesa. Posso dizer que quando mandei
fazer a reserva exigi essa mesa em especial, pois, é um ponto estratégico
para meu plano de hoje.
— Será que podemos fazer logo nosso pedido? Quanto mais rápido
comermos, mais rápido me livro de você por hoje.
Mal sabe ela que esse nosso almoço vai ser muito demorado.
— Claro, querida, peça o que quiser — digo entregando o cardápio
a ela e fazendo um sinal para o garçom que logo se aproxima.
Quando Bruna está prestes a abrir a boca, meu plano começa a
entrar em ação.
— Oliver, meu filho querido, que surpresa encontrar você aqui.
Bruna arregala os olhos para a minha mãe e depois volta a olhar
para mim, caindo em si do que está acontecendo.
— Mamãe, que grande coincidência. Papai, muito bom ver o senhor
também. O que estão fazendo aqui?
Meu pai olha para Bruna e vejo os olhos de mamãe brilharem, afinal
eles nunca me viram com uma mulher em público assim.
— Não vai nos apresentar a sua amiga, Oliver? — Em vez de
responder minha pergunta, papai faz outra.
— Mas é claro que sim. Pai, mãe, essa é Bruna Harper, minha noiva.
Bruna se engasga com a água que estava tomando e vejo a surpresa
estampada na sua cara na dos meus pais.
— Noiva!? — mamãe pergunta mais alto do que o normal.
— Sim, mãe, e agradeceria se não espalhasse a notícia antes da hora.
Bruna e eu já estamos juntos há algum tempo e estava pretendendo levá-la à
mansão para apresentá-la a vocês, já que aceitou meu pedido de casamento
ontem à noite.
Meu pai me olha meio desconfiado, afinal o velho não é besta.
Assim como eu, ele já esteve no meu lugar.
Já mamãe vibra com a notícia.
— Isso é maravilhoso, querido. Finalmente Deus ouviu minhas
preces.
Bruna vendo a reação dos meus pais, não abre a boca para falar
nenhuma palavra.
— Que tal almoçamos todos juntos, assim já conhecem melhor a
futura senhora Thomson — sugiro para alegria da minha mãe e infelicidade
de Bruna.
— Excelente ideia, querido — minha mãe diz animada.
Seguro a mão da Bruna e a puxo, a fazendo se levantar e se sentar
do meu lado para que papai e mamãe se sentem a nossa frente.
— Você não fala nada, querida? — o velho sagaz pergunta a minha
noiva.
— Estou tão emocionada em conhecer meus futuros sogros que as
palavras me fugiram.
Até que ela é boa com as desculpas.
— Não fique envergonhada, afinal vamos ser da mesma família.
Como senhora Thomson terá muitas responsabilidades. — Mamãe
realmente está empolgada com a futura nora.
— E para quando será o casamento? Será que podem compartilhar a
data? Seria muito bom não ser pego de surpresa.
— É claro, papai. Vamos nos casar no final do mês, um dia depois
da formatura de minha noiva na faculdade.
Agora é a vez de Bruna me olhar surpresa porque ela também não
esperava por uma data tão próxima.
— Mas tão rápido? Isso já é daqui três semanas. Olive, meu filho, já
estamos atrasados com os preparativos desse casamento. Quando pretendia
nos contar seus planos?
— É senhor Thomson, quando pretendia contar aos seus pais sobre
seus planos? — Bruna me olha serrado e a maneira como se refere a mim,
faz a minha mãe me olhar com um certo desagrado.
— Por que o chama de senhor Thomson? Ele é seu noivo, querida, o
chame de Oliver.
Bruna abre um grande sorriso e já sei que vem coisa por aí.
— Desculpa, senhora, mas infelizmente não posso pronunciar seu
nome, não é mesmo, querido? — Ela me olha, sorrindo.
Travo o maxilar ao me lembrar do dia em que chamei sua atenção
por ter me chamado de Oliver.
— O que isso significa, Oliver? Por que sua noiva não pode chamá-
lo pelo nome? — papai pergunta de forma autoritária, mas esse poder de me
questionar ele não tem mais há anos.
Porém, a mulher ao meu lado gosta de uma boa provocação e está se
mostrando ser ótima em vingança, tanto que me faz perder o fôlego.
— É, querido, o que isso significa?
A safada tem coragem de olhar bem dentro dos meus olhos
enquanto segura meu pau por cima da calça, o acariciando.
Engulo em seco quando sinto meu pau crescer rapidamente dentro
da calça.
— Minha noiva aparentemente gosta de brincar com fogo, não
liguem muito para o que ela diz. Ela estava apenas brincandoooo. — A filha
da mãe aperta com mais força, me fazendo perder o ritmo das palavras.
— Você está se sentindo bem, meu filho? Está suando e sua voz está
estranha — mamãe pergunta preocupada.
Olho dela para papai que começa a rir.
Esse velho sabe muito bem o que está acontecendo nessa mesa.
Coço a garganta.
— É, querido, está se sentindo bem? Está ficando até pálido.
Essa mulher me paga por esse constrangimento.
— Estou bem, mamãe, não se preocupe. — Seguro o pulso da
maldita para que ela pare de fazer o que está fazendo, mas ela abre ainda
mais o sorriso se divertindo com minha cara.
— Meu filho, já passei por uma situação exatamente igual a essa
com sua mãe. Ela sempre foi muito boa com provocações. Você tem que ter
cuidado e precisa urgentemente aprender mais sobre as mulheres, elas são
ótimas cumpridoras de promessas.
— Mas de que besteira está falando, Denner? Nunca fui
provocadora, agora em cumprir promessas realmente sou muito boa —
mamãe responde completamente alheia ao que está acontecendo.
— Acho melhor fazermos nossos pedidos, ainda tenho que voltar
para o escritório e deixar minha noiva na galeria de arte. — Consigo tirar a
mão da infeliz de onde não deveria estar e a levanto, a beijando em seguida.
— Querida, mantenha sua mão sobre a mesa, onde possa vê-la por favor.
Papai sorri.
— Claro que sim, querido. Agora vamos fazer nossos pedidos que
estou morrendo de fome.
Respirando fundo, pego o cardápio e logo todos fazemos nossos
pedidos.
Mamãe conversa animadamente com Bruna que explica que faz um
estágio na galeria de arte de Emily e Amanda, a qual mamãe conhece bem.
Já eu troco uma palavra ou outra com meu pai.
Sei que ele tem perguntas, mas ele sabe que não pode me impedir de
fazer o que quero, não mais.
Fico satisfeito em ver que Bruna e mamãe vão se dar muito bem.
CAPÍTULO 17
agarrar.
— Então, querida, já pensou em como vai querer a festa de
casamento?
— Senhora, estava pensando...
— Sem festas, mamãe, vai ser uma cerimônia simples apenas com
um juiz de paz e só.
Sinto o coração acelerar quando sou interrompida por Oliver.
Mesmo sabendo que esse é um casamento com um único objetivo, queria
ter pelo menos uma comemoração. Toda mulher sonha em se casar e ter
uma festa, mas esse sonho morrerá comigo.
— Mas, meu filho, como...
— E sem mídia, mamãe. Não quero meu nome e o da minha mulher,
estampados por aí. O que quero é apenas uma cerimônia simples.
Abaixo a cabeça completamente constrangida com a situação.
— E você, menina, o que pensa disso? — Dessa vez é o pai dele que
questiona.
Percebi que esse senhor não tem nada de bobo e já deve ter
percebido há muito tempo o jogo do filho.
— Infelizmente esse é um assunto ao qual não posso opinar, senhor.
Agora se me derem licença, vou rapidinho no banheiro e já volto. — Não
espero a reação deles e me levanto da mesa.
Mal acabamos de almoçar e essa conversa de casamento já me
causou indigestão tanto que sinto meu estomago embrulhar e vou quase que
correndo para o banheiro.
Entro no banheiro dando graças a Deus por não ter ninguém, sigo
até uma das cabines e coloco tudo o que acabei de comer para fora sentindo
minha cabeça explodindo de dor. As lágrimas rolam pelo meu rosto
conforme coloco o almoço para fora enquanto o desespero me invade.
Tudo está acontecendo tão rápido.
Nunca imaginei que a dias da minha formatura estaria falando do
meu casamento, um casamento ao qual nem uma festa poderei ter.
Uma semana atrás, estava feliz e satisfeita, vivendo minha vida
tranquilamente.
Mas, hoje estou em um restaurante renomado com um dos homens
mais ricos do mundo, com quem vou me casar.
Porém, seu interesse não está em mim, mas no meu útero.
Puxo a descarga e saio da cabine enxugando as lágrimas. Ao
levantar as vistas, me assusto ao ver Oliver dentro do banheiro.
— O que você tem? Por que está vomitando e por que está
chorando? — pergunta de forma ríspida e sinto meu corpo tremer por
dentro.
— Não te interessa saber a resposta para nenhuma dessas perguntas.
— Abro a torneira e molho o rosto, pegando papel para me enxugar.
— Mas é claro que me interessa, uma esposa doente não me servirá
para nada, Bruna.
— Não sou sua esposa, pelo menos não ainda.
Ele me olha intensamente.
— Você assinou o contrato, legalmente já é minha esposa e o juiz de
paz vai só oficializar as coisas perante os meus pais com uma cerimônia
simples.
Sinto minhas pernas falharem com o que escuto.
— Você não fez isso? Você me enganou? Tínhamos um acordo de
esperar até minha formatura.
— Não se assina um contrato sem ler, menina. Eu não te enganei,
vou esperar até a sua formatura para oficializar as coisas e te levar para
morar na sua mansão que já está pronta, te esperando.
— Você me enganou, enganou... Eu... Eu… Eu... — Não consigo
formular uma frase completa tentando digerir o que ele falou, sentindo o
peso de tudo cair sobre mim.
— Bruna, fica calma, respira. — Ele se aproxima tentando segurar
meu braço, mas me afasto dele.
— Não toque em mim, fique longe de mim... — Tento me afastar,
mas quando faço isso ele me segura forte em seus braços.
— Acalme-se — diz firme.
— Como posso ficar calma com você me dizendo que já sou sua
esposa? Ainda nem conversei com minha mãe, ela não sabe de nada. Como
vou explicar isso para ela? O meu pai fugiu e nos deixou sem nada, sem
casa, sem dinheiro, sem... — Tento me soltar mais uma vez e não consigo.
— Bruna, para com isso. Você é minha esposa agora, uma das
mulheres mais ricas do mundo. Enquanto formos casados terá minha
fortuna à sua disposição e nunca fui um homem mesquinho. Mesmo depois
do nosso divórcio, nunca a deixaria desamparada.
Paro de me debater em seus braços e começo a chorar.
— Eu acabei de descobrir que estou casada, ao mesmo tempo, que
meu marido já planeja nosso divórcio. Não posso dizer que hoje é um dia
feliz na minha vida.
— Sempre deixei as coisas bem claras para você. Não se apaixone,
Bruna, você viu o inferno que Amanda passou por ter se apaixonado por
quem não deveria.
— Mas no final, ela conseguiu ficar com o homem que ama.
— A custo de muitas lágrimas e sofrimento. Não sou um homem
bom, Bruna. Não quero um relacionamento de verdade então não
complique as coisas para nenhum de nós dois.
— Oliver...
— Não pretendo tocar um dedo em você. Terá a sua casa e eu terei a
minha... — Eu me afasto e ele me solta, agora que estou mais calma.
— Não vamos morar juntos na mesma casa?
— Não, vai ser mais fácil assim. Terá empregados a sua disposição,
seguranças, motorista, tudo o que quiser. Só não terá acesso a mim. Agora
se recomponha e volte para a mesa, vou na frente.
Não estou acreditando no que estou escutando.
— Você tem que ir falar com minha mãe, não vou conseguir fazer
isso sozinha.
— Isso está fora de cogitação.
— Você vai conversar com minha mãe e não estou te dando opção,
Oliver. Estou afirmando que irá falar com ela. Sei muito bem que armou
esse circo todo aqui para encontrar acidentalmente seus pais porque, no
fundo, você também não foi homem o suficiente para encará-los sozinho.
Admita isso, seu covarde desgraçado.
Ele se vira novamente na minha direção e me segura forte, me
imprensando na parede com uma mão no meu pescoço e a outra segurando
minha cintura.
— Você tem que aprender a controlar essa sua língua, esposa. Nunca
mais me chame de covarde, ou...
— Ou o quê? O que você vai fazer, meu querido marido? Nem
coragem de me levar para cama você vai ter, o que posso pensar de um
homem assim?
Meu Deus, o que estou fazendo da minha vida?
O que estou falando?
— É isso que você quer, Bruna? Que eu te foda até não sentir mais
as pernas na nossa noite de núpcias? Vai por mim, menina, você não tem
tanta coragem assim.
— Me mostrei ser mais corajosa do que você a poucos minutos
atrás.
Antes que tenha qualquer reação, ele pega meu pulso e coloca a
minha mão bem em cima do seu pau, me mostrando o quanto ele está
excitado com o que está acontecendo dentro desse banheiro.
— Se acha corajosa só porque me toucou por cima da calça na
presença dos meus pais? Estava te masturbando, te fazendo gemer de prazer
na frente do motorista e se seguir seu raciocínio, sou muito mais corajoso
do que você.
Ele faz questão de mover minha mão em cima do seu membro
completamente duro, ao ponto de me fazer ofegar.
— Vou te dar só um conselho, Bruna, não me provoque e não teste
minha paciência porque já a perdi há muito tempo com você. É nova e
tenho certeza de que nunca teve um homem como eu na cama. Não gosto de
sexo baunilha, menina, então tenha cuidado com suas palavras
daqui pra frente.
Ele me solta de uma vez e me apoio na bancada da pia que está ao
lado.
Como não consigo manter minha língua dentro da boca acabo mais
uma vez falando o que não devia.
— Você me masturbou na frente do seu motorista e tenho certeza de
que ele gostou de ouvir a sua esposa gemendo. Sabe-se Deus o que ele está
fazendo agora dentro daquele carro enquanto imagina a cena que
provavelmente viu.
Ele estanca no lugar e então me olha de novo.
— Tem razão, minha querida. Mas não se preocupe com isso, ele
não vive até amanhã para ter esse tipo de pensamento com você novamente.
É minha esposa e enquanto estiver carregando meu sobrenome só poderá
passear pelos meus pensamentos. — Volta a andar e sai do banheiro.
Já eu fico preocupada com o que esse homem pode mandar fazer
com o pobre do motorista.
CAPÍTULO 18
fria, mas nem sequer tenho tempo de falar nada, pois, Oliver ergue meus
Assim que Fred para na nossa frente, ele olha para Gessy e
para mim.
— Venham comigo, já falei que não precisam ficar em fila
nenhuma.
— Falei isso para a Bruna, mas ela é teimosa.
Olho para Gessy que parece não se importar com o comentário que
faz.
— Isso eu já percebi. — Fred abre passagem para nós e Gessy entra
na frente.
Assim que passo, ele segura no meu braço e me olha nos olhos.
— Sabe que ele vai ficar furioso quando te ver assim, não sabe?
— Não tenho notícias dele há três semanas, acho que ele não se
importa comigo tanto assim.
Ele me encara de um jeito diferente dessa vez.
— Jesus Cristo, você é igualzinha a ela. Sua mãe tinha uma língua
tão afiada quanto a sua. Agora entre e procure não chamar atenção, o que eu
acho difícil estando vestida desse jeito.
Dou um passo para entrar e me dou conta de algo que ele falou.
— Você disse que se Oliver me ver assim não vai gostar, por algum
acaso ele está...
— É claro que está, por que não estaria? Ele manda em tudo Bruna.
Será que ainda não percebeu o tipo de homem que ele é?
Mas que desgraçado filho da mãe!
— Ele não estava em uma viagem de negócios?
— Estava, mas chegou hoje à tarde. Por que está me perguntando
isso?
— Por nada, só curiosidade. Agora eu vou me divertir e beber com
os meus amigos.
Ele fala mais alguma coisa que não escuto direito e entro na boate
lotada.
Me aproximo do bar, parando ao lado de Gessy quando um homem
grande se aproxima de nós.
— Senhoritas, as duas estão com passagens liberadas para a área
vip, ordens do Fred.
Gessy se anima tanto que não tenho como dizer não.
Seguimos o homem até a área vip que é um pouco menos lotada e
fica de frente para a pista de dança, onde já vejo alguns dos nossos colegas
de classe se divertindo.
— Olha, Bruna, quem está ali logo mais ao fundo.
Meu coração chega a bater acelerado no peito e sem olhar para onde
ela aponta, pergunto:
— Quem está lá, Gessy? — Engulo em seco temendo sua resposta.
— Aquele homem bonitão que falou com a gente na outra vez em
que estivemos aqui.
Sinto meu coração se apertar e tomando coragem eu me viro para
trás, apenas para confirmar o que eu já tenho certeza.
Mas nada me prepara para o que vejo bem diante dos meus olhos.
Oliver está abraçado a uma mulher muito bonita, conversando com
vários outros homens do mesmo porte que ele.
Porém, é o meu fim quando o ele passa a mão na bunda dela e
cochicha algo em seu ouvido, fazendo-a sorrir.
— Bruna, você está bem? Ficou pálida de repente.
Engulo o bolo na minha garganta e tento a todo custo impedir que as
lágrimas escorram pelo rosto.
— Viemos aqui para nos divertir, não foi? Então, por que ainda não
estamos fazendo isso? ― respondo, sem tirar os olhos do homem e da
mulher a minha frente.
— Estou apenas esperando por você, mas não me parece estar se
sentindo bem.
— Estou ótima, nunca me senti tão bem em toda a minha vida. Eu
só preciso de algo muito forte para beber antes de irmos para a pista de
dança. — Vou até o bar e ela me acompanha. Chamo o barman e pergunto:
— Vocês têm The Macallan?
O homem me olha surpreso e Gessy segura no meu braço.
— Você ficou louca? Essa bebida é muito forte.
— É exatamente o que preciso. Me sirva agora mesmo uma dose
dupla caprichada, afinal Fred disse que poderia pedir o que quisesse.
— Sim, senhorita, é pra já.
O barman vira as costas para pegar a bebida e olho mais uma vez
para o cretino do meu marido que com certeza vai levar um belíssimo par
de chifres assim como está fazendo agora comigo.
— Senhorita, sua bebida. — Coloca a bebida no balcão e quando
seguro o copo, olho para ele novamente.
— Me sirva outra agora mesmo.
— Mas, senhorita...
— Agora!
Ele se vira para pegar outra dose.
— Bruna, o que pretende fazer?
Finjo não escutar.
Assim que o barman coloca outro copo no balcão, pego o primeiro
que ele serviu e viro de uma vez. Bato o copo com tanta força no balcão de
vidro que chama a atenção de todos na área vip, então tenho uma excelente
ideia.
— Atenção, senhoras e senhores, hoje estou aqui comemorando
minha formatura e terminando um casamento que nem mesmo começou. As
bebidas de hoje serão por conta do senhor Thomson, um brinde a ele.
Agora tenho certeza de que Oliver me viu e quando olho para ele, o
vejo transfigurado de raiva como nunca tinha visto. Pego o segundo copo
em cima do balcão e viro novamente de uma vez.
Eu me sinto tonta, mas não bêbada.
A Amanda tinha razão, esse negócio é forte.
— Vamos, Gessy, vamos nos divertir. — Pego no braço dela e saio
arrastando minha colega para a pista de dança.
Sei que ela deve estar pensando que sou louca, mas assim que
chegamos a pista lotada ela acha logo um carinha para se agarrar e eu faço o
mesmo. Puxo o primeiro que vejo e o beijo na boca com vontade.
É claro que o homem seja lá quem for, parece gostar e muito já que
suas mãos vão direto para minha bunda.
— Porra, gatinha, sem calcinha do jeitinho que gosto.
— Então aproveita que não é todo dia que você tem uma chance
dessa.
Vejo o olhar do homem brilhar com luxúria e ele logo me puxa para
outro beijo.
Quando vou passar as mãos pelo seu pescoço, sinto uma mão me
puxando para trás com tudo e vejo Oliver raivoso, rodeado de brutamontes.
— Tirem esse moleque daqui e o ensinem que nunca deve tocar em
algo que me pertence.
— Me solta, Oliver, você não tem o direito de fazer nada com ele e
muito menos comigo. Volte para a sua loira aguada peituda — digo o
encarando, tão furiosa quanto ele.
Os homens que se aproximaram com ele, levam o homem que
estava me beijando para fora da boate.
— Eu avisei não avisei? Chifre trocado não dói, meu amor.
CAPÍTULO 32
Momentos antes...
Depois do que aconteceu na biblioteca, eu realmente quis me
afastar de Bruna e colocar a cabeça em ordem. Precisava tentar voltar ao
plano inicial, mas não consegui porque ela é a porra de uma assombração
garagem e fico dentro do meu carro quase meia hora pensando na merda
que fiz.
Bruna tem o poder de me tirar do sério usando suas malditas
palavras e usou isso ao seu favor para me fazer tirar sua virgindade.
A quem estou querendo enganar?
Saber que ela era virgem me deixou ainda mais louco para torná-la
minha. Precisei de muita força de vontade para me afastar dela quando me
confessou que nunca tinha sido tocada por outro homem.
Só que mais uma vez, ela usou as palavras, me fazendo perder de
vez o controle.
Sem pensar muito, a tornei minha esposa de fato, e no final de tudo
ela me deu o golpe fatal confessando o seu amor por mim.
Estava ciente de uma forte atração entre nós dois, mas aí a chegar a
ser amor, por essa eu realmente não esperava.
Amor não estava no nosso acordo. Era um sentimento que não
poderia me permitir sentir novamente e por isso acabei mais uma vez a
magoando para que se afastasse de mim, e pudesse matar esse sentimento
dentro dela.
Mas escutar da sua boca que no dia que desistir de mim, irá embora,
me deixou em alerta total.
Eu mesmo não me entendo, pois, não a quero, mas também não
quero permitir que me deixe.
Ligo o carro e saio ou irei ficar louco.
Dirijo em alta velocidade e chego rapidamente na minha mansão
que não é muito longe do lugar que comprei para minha esposa.
Não pretendia e não pretendo morar debaixo do mesmo teto que ela,
pois, será uma tentação muito grande.
Entro em casa vou até o bar e me sirvo de uma generosa dose de
uísque. Viro o líquido de uma vez e ele desce rasgando minha garganta.
Abandono o copo, subo a escada e entro no quarto tirando as roupas,
deixando-as espalhada no chão.
Entro no banheiro, ligo a ducha e me jogo debaixo da água quente.
Como um castigo, as lembranças do que aconteceu alguns minutos
atrás me atingem em cheio.
Consigo lembrar perfeitamente de cada curva do corpo daquela
mulher, do seu gosto, do seu cheiro. Tudo nela me deixou ainda mais louco
e fascinado.
Bruna Harper é uma maldição que eu coloquei na minha vida.
Termino o banho e saio do banheiro enrolado apenas com uma
toalha na cintura. Entro no closet, pego uma calça de flanela confortável,
visto e vou para a cama para tentar dormir, coisa que acho difícil conseguir
fazer.
Viro de um lado para o outro da cama procurando sentir o calor de
uma pessoa que está a poucos quilômetros de mim, mas me permito ser
covarde o suficiente para não ficar muito tempo perto dela.
Com muito esforço acabo conseguindo cochilar.
Logo o dia amanhece, me fazendo lembrar que movido pelo impulso
de ver a minha mulher praticamente pelada nos braços de outro homem,
marquei a nossa cerimônia de casamento para hoje no final da tarde. Isso
provavelmente irá deixar minha mãe louca, mas essa notícia não será eu a
dar para ela.
Deixei a cargo do meu assistente pessoal dar a notícia e, uma hora
dessas, ele já deve estar na mansão dos meus pais, informando o grande
acontecimento.
Levanto, vou até o banheiro escovar os dentes e retorno para o
quarto procurando meu celular. Preciso ligar para Amanda, afinal ela ficará
louca se souber que irei me casar e não a chamar para a cerimônia de
casamento. sem contar que quero pedir a ela um grande favor.
Faço a ligação que depois de alguns toques é atendida.
— Quem morreu, Oliver, para você estar me ligando de
madrugada?
— Larga de exagero, Amanda, o dia já amanheceu faz tempo.
Vamos se levante, preciso de você.
— O senhor sabia que tenho marido, filho e que não obedeço às
suas ordens? Na verdade, acho que nunca obedeci. De onde foi que você
tirou a ideia que poderia me acordar essa hora e me mandar levantar porque
precisa de mim? Acho que não é assim que se pede um favor, meu querido
Oliver.
Respiro fundo, porque essa é outra mulher que insiste em tornar a
minha vida difícil.
Amanda é minha melhor amiga nessa terra, mas pensa em uma
mulherzinha que me dá dor de cabeça.
Só o marido dela mesmo para suportá-la dia e noite.
— Amanda, será que, por favor, você pode se levantar, organizar as
coisas do seu dia, ir até à mansão que comprei para a Bruna e ajudá-la com
um vestido de noiva? Você poderia me fazer esse favor, pois, pretendo me
casar com ela hoje no final do dia?
Ela fica muda do outro lado da linha achando que provavelmente
sou louco.
Poucas pessoas sabem que já estou casado com Bruna, apenas eu,
ela, meu advogado e alguns dos meus seguranças.
Apenas quem precisa saber.
— Oliver, você está bem? Bebeu ou usou alguma droga muito forte,
ou então ficou louco de vez? Só assim para decidir se casar de uma hora
para a outra.
— Não estou bêbado ou drogado e não estou ficando louco. Esse era
o combinado, me casar logo após a formatura de Bruna.
— A formatura da garota foi ontem à noite, evento esse que ela te
convidou e você não foi, seu safado. Aposto que estava naquela boate
infeliz comendo aquela loira horrorosa que deve ser infeliz. Ela é a única
que tem coragem de fazer tudo o que você gosta na cama.
— Amanda, não começa com essa história de novo. Tudo na vida
tem um limite e você está começando a ultrapassar um.
— É sério isso, Oliver? Agora tem um limite para a minha amizade
com você? Quando foi que isso mudou que não fiquei sabendo? Você
precisa me dizer então quais são as novas regras assim não invadirei o seu
espaço, como você não invadirá o meu.
Droga, sempre acabo metendo os pés pelas mãos!
Amanda é uma pessoa importante na minha vida, assim como o
filho dela que vi nascer e ajudei a criar. Ela é a única pessoa que consegue
da forma mais difícil me manter na linha e tirar um pouco da escuridão que
envolve a minha vida.
Como sempre falo, Amanda é a minha redenção.
— Não foi isso que quis dizer, apenas me expressei mal, me
desculpa.
Ela também é a única que até hoje conseguiu a façanha de me fazer
pedir desculpa, com medo de perder sua amizade, a única coisa que
ultimamente me faz bem na minha vida.
— Você sabe que sempre te perdoo. Agora me diga, o que passou
pela sua cabeça para passar três semanas sem dar notícias para sua noiva?
Ou, por que de repente depois da formatura dela, você resolve se casar
como se estivesse perdidamente apaixonado e não conseguisse ficar mais
um dia longe dos encantos dela?
Sabia que ela não iria perder a oportunidade de falar sobre isso.
— Amanda, por favor, você me conhece muito bem e sabe o motivo
pelo qual estou me casando. Não complique a minha vida, já tenho
problemas o suficiente para ter que me preocupar com suas reclamações.
Liguei para te pedir ajuda. Preciso que vá até mansão onde Bruna está e a
ajude com um vestido de noiva decente. A cerimônia será na mansão dos
meus pais, no final da tarde, okay?
“Meu assistente pessoal já está por dentro dos planos, assim como a
mãe de Bruna já deve ter sido avisada que preparei uma surpresa para
minha noiva e por isso antecipei a cerimônia de casamento.
“Irá ser uma coisa simples, pois, não quero atenção da mídia em
cima de nós. Essa é a desculpa que vamos dar somente às pessoas que
precisam saber do nosso casamento.
“Será que fui claro com você?”
Ela fica calada alguns segundos.
— Você foi claro como a água, Oliver, mas vou te dizer uma coisa...
O que você está fazendo com essa menina é muito errado. Você está
metendo os pés pelas mãos, e te garanto que um dia irá se arrepender de
fazer isso com ela. Acho que já percebeu os sentimentos dela por você.
— Claro que já percebi, Amanda, mas não contava com ela se
apaixonando por mim tão rápido. Agora o que foi feito está feito. Ela sabia
muito bem o que eu queria e aceitou.
— Ela não se apaixonou por você rápido demais, seu idiota! Será
que nunca tinha percebido a maneira como ela te olhava durante todo esse
tempo? Sempre que ia à galeria, a menina ficava suspirando por você por
onde passava. Mas é tão tapado que nunca percebeu nada.
Amanda me faz lembrar do que Bruna me disse na noite passada.
— Amanda, não quero falar mais disso, por favor. Faça o que pedi e
ajude a Bruna. Ela está no complexo de mansões que fica próxima à minha,
creio que deve saber onde é.
— Tudo bem, Oliver, mas vou logo avisando que isso vai dar uma
merda muito grande. Espero realmente que você saiba o que está fazendo.
Aquela menina já sofreu demais para ter o coração partido por você. Agora
vou desligar, vou deixar tudo preparado aqui em casa e saio daqui a pouco
para ir ajudar Bruna com o vestido de noiva.
— Obrigado, sabia que podia contar com você.
Nos despedimos e passo alguns minutos pensando nas palavras de
Amanda.
Ela tem razão, Bruna já sofreu o suficiente para que eu estrague a
vida dela.
Pensando nisso, tomo a decisão que será certa para nós dois.
Seguirei com contrato que assinamos, ela terá a casa dela e eu terei a
minha. O único contato que teremos será para discutir o processo de
inseminação artificial.
Vou seguir com o plano inicial, me casar com ela, dar uma vida
confortável a ela, e em troca ela carregará meu filho, meu herdeiro.
Depois que a criança nascer, ela estará livre para fazer o que quiser
de sua vida.
“Mal sabia que nunca iria conseguir abrir mão dela novamente,
Bruna Harper veio para literalmente transformar a minha vida.”
CAPÍTULO 38
Bônus
Ao chegar na casa da família Thomson depois de ser informada
da surpresa que meu futuro genro iria fazer a minha filha, a primeira pessoa
Bônus
Escutar da boca de Lili que ela me ama, me faz perder
Bônus
Saio da mansão em alta velocidade, pois, minha pressa de
Momentos antes...
Bruna, Bruna, Bruna...
Maldita mulher que não sai dos meus pensamentos!
Sei cada passo que ela dá dentro e fora de casa.
Durante a semana que passei fora, ela me ligou algumas vezes, mas
não atendi.
Estou tentando manter uma distância segura dela para tentar
recuperar meu autocontrole.
Não quero ser grosso com ela e nem a tratar mal, e essa viagem de
negócios veio a calhar, pois, seria um inferno ficar perto dela depois de tudo
o que aconteceu entre nós dois.
Como não gosto muito de ficar em hotéis tenho um apartamento em
todas as cidades, onde costumo estar a negócios, o que facilita minha vida.
Pego o notebook e resolvo ver o que a minha querida esposa está
fazendo nessa manhã tão linda de domingo, já que agora pouco recebi uma
ligação dela quando estava no banho.
Ao acessar as câmeras de segurança, vejo que ela está sentada à
mesa com um lindo café da manhã a sua disposição, assim como ordenei
que fizessem.
Mas percebo que ela está muito séria, conversando com Mara, a
governanta, que coloquei na mansão para ficar de olho nela.
Porra, ela sabe como intimidar os empregados já que obriga a
mulher a abrir o bico.
Depois que Mara sai praticamente correndo para longe de sua
presença, ela se levanta e é aí que a porra do autocontrole que achava que
estava recuperando vai por água abaixo.
Mas que porra de roupa é essa que ela está usando?
Pego o celular, rapidamente ligo para ela e vejo pela câmera a sua
surpresa em ver que sou eu quem está ligando.
— O que você quer? — Ela já atende o telefone com raiva e sei que
é pelo que Mara acabou de relatar a ela.
— Aonde você pensa que vai vestida desse jeito? Hoje é domingo
fique em casa. — Percebo que ela não gosta nada do que eu falo.
— Onde você está?
— Não interessa onde estou, Bruna.
— Então também não interessa ao senhor saber para onde estou
indo.
— Bruna...
A infeliz gostosa nem espera eu terminar de falar e desliga na minha
cara.
Tento retornar à ligação, mas ela simplesmente ignora e ainda
impede que o motorista me atenda. Para completar, ainda tem a coragem de
me xingar dentro do carro.
Essa mulher ainda vai ser o motivo do meu cabelo branco.
Já que não consigo falar com ela e nem com o motorista, que pelo
jeito resolveu mudar de lado, ligo para os seguranças e logo no primeiro
toque sou atendido.
— Chefe!
— Não tirem os olhos da minha mulher, quero saber para onde essa
infeliz está indo.
— Pode deixar chefe, logo passaremos mais informações.
Desligo o telefone nervoso.
Resolvo responder alguns e-mails enquanto aguardo informações do
paradeiro da minha esposa teimosa.
Não demora muito até que meu celular apita com uma notificação
de mensagem e ao abrir o aplicativo, sinto que meu coração vai sair pela
boca.
Minha mulher está em uma espelunca de academia de boxe,
abraçada a outro homem que está com a mão na bunda dela.
O pior é que ela parece gostar muito disso.
As outras fotos que seguem são dela treinando com o mesmo
homem, e a cara que ele faz para ela me faz querer matá-lo.
Eles rolam pelo chão e em várias fotos ela está por cima dele já em
outras ela está completamente montada no homem.
Eu mato essa mulher hoje!
Eu tento me organizar o mais rápido possível para voltar para casa e
ensinar uma lição para a infeliz, mas infelizmente meu jato só vai poder
decolar ao meio-dia o que para mim, é um inferno.
Tudo o que me resta fazer é esperar.
Já próximo do meio-dia vou para o aeroporto, mas antes de
embarcar ligo novamente para o segurança que está seguindo minha mulher.
— Senhor.
— Onde ela está agora?
— Em um restaurante no shopping, almoçando com o treinador de
boxe.
Chego a paralisar ao escutar isso.
— Ela está no shopping almoçando com outro homem, vestida
daquele jeito?
O homem do outro lado da linha respira fundo.
— Logo depois do treinamento, os dois entraram em uma espécie de
casa que tem ao lado da academia. Demoraram um tempo até que razoável
lá dentro e quando saíram, ela estava com o cabelo molhado e vestida com
outra roupa.
Eu vou matar a minha esposa e depois vou matar o maldito
treinador.
— Você está insinuando alguma coisa?
— Não, senhor, mas não precisa ser um gênio para saber o que pode
ter acontecido lá dentro daquela casa.
— Estou voltando para casa, faça o seu trabalho e mantenha as suas
suposições para si mesmo. — Desligo a ligação e entro no avião.
A viagem de volta parece demorar mais tempo do que o previsto
tanto que quando chegamos já se passa das sete da noite.
Meu motorista já me aguarda e quando entro no carro, logo dou a
ordem para que me leve direto para a mansão de Bruna.
Hoje ela tem muito o que me explicar.
Ao chegar na casa e entrar na sala, Mara se assusta com minha
presença, é como se a mulher estivesse vendo um fantasma.
— Senhor Thomson, o que está fazendo aqui?
Mas que porra de pergunta é essa?
— Que eu saiba essa é minha casa também e posso aparecer aqui
quantas vezes eu quiser.
— Tem razão, senhor, me desculpa. O senhor vai querer jantar?
— Onde está minha mulher?
Ela engole em seco.
— A senhora Thomson saiu pela manhã e ainda não retornou.
Respiro fundo tentando me controlar.
— Sirva o jantar, vou tomar um banho e já desço. Espero que as
roupas que mandei entregar aqui já estejam arrumadas no closet da minha
esposa. — Enquanto ainda estava no apartamento mandei trazer algumas
roupas minhas para cá.
— Já estão todas organizadas como o senhor pediu.
— Ótimo. — Estou me virando para sair quando ela me para.
— O senhor vai dormir aqui?
Eu me viro para ela e respondo de maneira grosseira, pois, já está
me fazendo perder o pouco de paciência que tenho.
— Se me fizer mais uma pergunta besta como essa, corto sua língua.
Ela põe a mão no peito, assustada.
— Me perdoa, senhor, vou servir o jantar agora mesmo. — Ela se
vira saindo.
Subo a escada indo para o quarto principal, abro a porta e ao entrar o
perfume de Bruna invade minhas narinas.
O perfume dela é maravilhoso, o cheiro daquela mulher é de
enlouquecer qualquer homem.
Tiro a roupa e entro no banheiro observando como ela organizou
suas coisas. Cada creme em seu devido lugar.
Agora, meus produtos de higiene também se encontram ao lado dos
dela, essa vai ser uma bela surpresa para minha esposa.
Não pretendo morar aqui, mas se ela quer jogar, vamos jogar então.
Tomo um banho rápido e assim que termino entro no closet. Visto
uma calça de flanela confortável e camisa de algodão.
Desço para jantar e nada da minha querida esposa aparecer.
Sento na cabeceira da mesa como tem que ser, Mara me serve
completamente desconfiada, sem abrir a boca para falar uma única palavra
e é assim que gosto.
Logo que termino de comer, volto para o quarto e ao olhar as horas,
vejo que já são quase nove da noite.
Escovo os dentes e me sento na poltrona ao lado da cama, apagando
todas as luzes.
Quero pegar a meliante da minha esposa no flagra e ninguém vai
dizer uma palavra a ela sobre eu estar aqui.
Espero pacientemente.
Passa quase meia hora, vejo a porta do quarto sendo aberta.
— Isso não são horas de uma mulher casada chegar em casa. Tem
muito o que me explicar, querida esposa. A coisa não está muito boa para o
seu lado e muito menos para o lado do seu querido treinador que já deve
estar recebendo meus cumprimentos uma hora dessas ― falo quando ela
acende a luz.
Bruna está completamente pálida, me olhando como se eu fosse o
Diabo na frente dela.
Não fiz nada com o treinador ainda, mas ela não precisa saber disso.
CAPÍTULO 45
Não estava nos meus planos, passar o dia todo com Roger
que além de ser treinador na academia é um bom amigo.
Gosto da sua companhia e gostei muito de passar meu domingo com
ele.
Admito que estava precisando disso.
Ele não percebeu os seguranças nos seguindo e consegui dispensar o
motorista sem que ele notasse também.
Eu tinha certeza de que Oliver iria ficar sabendo da minha pequena
aventura de hoje, mas o que realmente não esperava era encontrá-lo no meu
quarto quando chegasse em casa.
Estou completamente paralisada na porta olhando para ele depois de
escutar mais uma de suas ameaças e temo pelo que pode acontecer com
Roger.
— O que está fazendo aqui? Quem deu autorização para entrar no
meu quarto?
Ele solta seu sorrisinho debochado e sinto a raiva começar a me
dominar, o que não é nada bom porque sempre acabo falando o que não
devo.
— Que eu saiba essa casa é minha, assim como a mulher que
coloquei para morar dentro dela.
— Agora você lembra que tem uma mulher? Não parece. — Entro
de vez no quarto e fecho a porta.
Jogo a mochila com a roupa que saí pela manhã em um canto e tiro
o tênis. Pego o celular e quando estou procurando o contato de Roger sinto
o aparelho ser arrancado das minhas mãos.
— Mais que porra, Oliver! O que você quer?
— Para quem ia ligar? Para o seu amante? Quer saber se ele ainda
está vivo?
Eu juro que tento, mas não consigo me controlar com ele se
referindo a mim, como uma mulher que tem coragem de trair o marido.
— Não sou da mesma laia que você, então me respeite. Respeito é o
mínimo que você pode me dar.
— Respeito? Você que a porra de respeito? Você não estava se
dando respeito quando deixou outro homem passar a mão pelo seu corpo
naquela espelunca de academia. Você claramente estava gostando. Nunca
mais se atreva a pisar naquele lugar, eu não admito isso.
Não estou acreditando no que estou ouvindo.
Eu me aproximo bem dele, levantando a cabeça para encará-lo.
— Como ousa me cobrar alguma coisa? Você não tem um pingo de
moral para me cobrar nada, senhor Thomson. Não depois do que aconteceu
entre nós dois.
Oliver me olha com intensidade, dá um passo na minha direção e
recuo.
— Você não pode...
— Eu não posso o quê, Oliver? Ficamos juntos, fizemos amor...
— Eu não faço amor, Bruna.
Eu vou até ele e dou um tapa forte na sua cara.
— Você fez amor comigo e no dia seguinte foi a nossa cerimônia de
casamento, mas você nem mesmo olhava direito na minha cara. Ainda agiu
feito um grande idiota.
“Não satisfeito em me ignorar daquele jeito, logo depois do
casamento me mandou de volta para casa e sumiu por uma semana. Sem
contar que não atendeu nenhuma das minhas ligações.”
Aponto o dedo na cara dele que me olha incrédulo por ter dado um
tapa na sua cara.
Ele segura meu pulso com força que chega a doer.
— Você não...
— O seu vocabulário tem muitos nãos, Oliver, e eu queria muito que
meu corpo obedecesse meu lado racional nessa história, porque assim
mataria todo o sentimento que tenho por você. Mas ainda meu lado
emocional e sentimental falam mais alto.
“Quanto mais você me magoa, Oliver, menos eu choro. Quanto mais
você me quebra, menos eu choro por você e no dia que me cansar dessa
merda toda vou embora e não tem contrato no mundo que vá me obrigar a
ficar com você.
“Se não quiser que te odeie, deixe o Roger longe dessa história
porque é você quem eu ainda amo e amo demais para ter coragem de te
trair, mesmo você não sentindo o mesmo por mim.”
Puxo o pulso do seu aperto e ele solta, me encarando.
Entro no closet, fecho a porta, tiro a roupa e quando vou pegar o
roupão me dou conta das roupas dele, arrumadas perfeitamente logo ao lado
das minhas. Chego a sentir um frio na barriga só de imaginá-lo morando
aqui, dormindo ao meu lado todos os dias.
Saio do closet e o vejo deitado na cama, mexendo em um tablet. Ele
não levanta as vistas para me olhar então entro no banheiro completamente
nervosa porque parece que hoje ele vai dormir aqui.
Entro no box e tomo um banho demorado. Lavo meu cabelo, assim
que termino me enxugo e passo uma generosa camada de hidratante em
meu corpo. Saio logo em seguida voltando a entrar no closet sem que
Oliver direcione o olhar para mim.
Procuro pela camisola mais sexy que tenho.
Amanda pareceu adivinhar que precisaria de algo assim. Foi ela que
me deu de presente dizendo deveria usar na minha noite de núpcias, mas
como não tive um marido presente na noite do meu casamento, a guardei.
Depois de vestir a peça que faz conjunto com uma calcinha
minúscula de renda, me sento de frente para a penteadeira que tenho dentro
do enorme closet. Começo a desembaraçar meus fios e procuro pelo
secador de cabelo.
Assim que eu ligo, sinto Oliver atrás de mim.
— Deixa que eu faço isso. — Toma o secador das minhas mãos e o
encaro através do espelho.
Nossos olhares cruzados dizem tudo o que nossos lábios não têm
coragem de dizer.
Eu não falo nada e Oliver também não, e assim, em silêncio, ele
toca meu cabelo começando a secá-lo de forma carinhosa.
Ele faz todo o processo cuidadosamente, como se já tivesse feito
isso antes e só de imaginar essas coisas meu coração acelera.
— Pronto. Não é bom molhar o cabelo assim à noite, você pode
ficar resfriada.
Volto a encará-lo pelo espelho e faço a pergunta que está entalada na
minha garganta.
— Você já tinha feito isso antes? Parece ter experiência.
Ele não responde, coloca o secador de cabelo em cima da
penteadeira e se vira para sair.
— Oliver!
Ele para.
— Eu já fiz isso sim, várias vezes, secar o cabelo dela era meu
momento favorito do dia ― responde sem me olhar.
Engulo em seco o bolo que se forma em minha garganta.
— Dela?
— Sim, da mulher que me transformou no monstro que hoje eu sou.
É por causa daquela infeliz que hoje não posso me permitir amar minha
esposa.
Percebo agora o quanto Oliver é um homem quebrado e machucado
por alguma coisa muito séria que aconteceu em seu passado.
Eu nunca o tinha visto tão vulnerável como estou vendo agora.
— Você ainda a ama?
— Não.
— O que aconteceu com ela? — Sei que posso estar ultrapassando
limites agora, mas é a primeira vez que entramos em um assunto assim e
preciso saber onde estou pisando.
— Está morta — responde de forma seca como se não tivesse
emoção em falar isso.
— Como ela...
— Você faz perguntas demais. Deve aprender a hora de parar e não
entre nesse assunto novamente comigo porque tenho certeza de que não vai
gostar nadinha do que vai escutar.
— Você pode se abrir comigo, Oliver, somos um casal, sou sua
mulher, nos...
— Não somos um casal de verdade, Bruna, esse casamento tem
apenas uma finalidade e você sabe muito bem qual é. Concordou com isso
quando assinou aquele contrato.
Agora sim, ele se vira na minha direção novamente.
— É você que está querendo complicar as coisas, tornando tudo
mais difícil do que deveria ser. Eu não quero um relacionamento e sempre
deixei isso muito claro a você, o que eu quero é um filho e continuar
vivendo a minha vida...
— Como vivia antes de eu impor a você fidelidade a um casamento
por contrato — completo sua frase, o interrompendo.
Essa é uma das poucas vezes que Oliver e eu conversamos sem
brigar e vou aproveitar a oportunidade para virar o jogo ao meu favor,
usando a possessividade que ele tem sobre mim.
CAPÍTULO 46
joelhos entre minhas pernas. Sem desviar o olhar, coloca dois dedos em sua
meu clitóris.
Fecho os olhos e apenas sinto seus dedos acariciarem minha carne.
Eu me ofereço abrindo mais as pernas, impulsiono os quadris para a sua
mão e com o polegar ele afaga a ponta do meu clitóris.
Solto outro gemido e estico as mãos para tocá-lo, mas ele afasta
minha mão.
— O que foi?
— Deixe suas mãos para o alto.
— Não posso te tocar?
Oliver deita seu corpo sobre o meu de novo, beija minha boca e diz
com a voz rouca:
— Quero que você feche os olhos e aproveite.
Engulo em seco, o vejo se afastar e sair da cama tirando a calça
junto com a cueca.
E impossível não passar a língua pelos lábios, o homem é um
verdadeiro deus grego com seu pau comprido e grosso. Não tenho com o
que comparar, mas o que ele tem entre as pernas é fenomenal e sei disso
porque já o tive dentro de mim antes.
— Fecha os olhos — ordena e encho meus pulmões de ar.
Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás.
Ele dá um chupão no meu pescoço, que se transforma em beijos e
vai descendo. Agarra meus seios, junta os dois e beija cada um deles.
Solto um gemido e me esforço para não puxar seu cabelo.
Sua boca desce para minha barriga, beija e não para de descer até
estar na minha virilha e beijar os lábios do meu sexo.
— Oliver... — Escapa da minha boca um gemido ao chamar seu
nome.
— Isso me chame de Oliver, querida.
Ao escutar isso me lembro de quando ele falou que esse nome não
era para meus lábios e por um momento me sinto magoada.
— Você disse que esse nome não era para meus lábios, lembra
disso?
Em vez de responder, ele dá um tapa forte na minha coxa que chega
a arder.
Tudo que consigo fazer é gemer gostando da sensação e ele percebe
isso.
— Eu falei isso antes de torná-la minha. — Desfere outro tapa forte
na minha outra coxa sabendo que gostei do primeiro.
— Me chama de Oliver.
— Oliver...
Dá uma risadinha baixa.
— Hoje não, mas vou te ensinar umas coisinhas que sei que vai
gostar muito.
Sem que eu espere, ele começa a me lamber, suave no começo,
como se estivesse me provando.
Oliver solta sons como os meus, gemidos e a respiração está afoita.
Um dedo desliza vagarosamente para dentro de mim, enquanto sua
língua lambe a pontinha sensível do clitóris.
— Você está pingando por mim, querida.
Dou um grito e fico de boca aberta, querendo silenciosamente que
ele faça o que quer.
Eu quero tudo dele.
Grito ao sentir sua língua circular.
Ele brinca comigo, me provoca, me excita e quando começa a ficar
difícil respirar, tira o dedo.
Porra, logo sua língua está dentro de mim.
— Oliver...
Eu vou enlouquecer, meus pensamentos estão descoordenados e
confusos, parece que vou incendiar.
Ele continua me chupando sem piedade e mete o dedo de novo
dentro de mim.
Arqueio a pélvis para cima, cravando os calcanhares na cama,
levando minha boceta na direção da sua boca.
Oliver faz um som rouco com a garganta, dá uma chupada bem forte
no meu clitóris e arregalo os olhos.
Fito o teto do quarto sentindo um nó sendo desfeito dentro de mim.
É doloroso e gostoso, mais forte do que a sensação que senti na
primeira vez em que ficamos juntos.
Sinto a cama afundar e quando olho em seu rosto estou vendo tudo
turvo.
— Você está bem?
Engulo em seco e balanço a cabeça dizendo que sim.
— Quero que me beije, eu quero mais de você.
Nem preciso dizer duas vezes, ele se aproxima, pego seu rosto e
trago sua boca para a minha.
Ele não consegue ficar por muito tempo se apoiando nos braços.
Seu beijo tem meu gosto e é estranho, não é exatamente ruim.
Eu me grudo nele, me esfrego sentindo um calor nascer de novo
dentro de mim e adoro sentir sua ereção roçar no meu clitóris.
— Porra! — Ele aperta minha cintura e abro mais as pernas.
Deixo sua ereção deslizar e rebolo, fazendo um afago tentador na
minha intimidade.
— Puta que pariu!
Sua boca raivosa toca a minha, lambendo e chupando minha língua,
mordendo o lábio e sugando.
Eu adoro seus beijos.
Nos abraçamos com as pernas e braços enquanto nos esfregamos.
Ele leva uns bons minutos me beijando enquanto eu me esfrego
nele.
Sinto que estou deixando seu pau molhado com a minha excitação e
me sinto tão viva e sexy.
Sua boca descola da minha e então está nos meus seios. Chupa meus
mamilos com força tanto que chega a machucar. Morde a pontinha e
arranho seu couro cabeludo.
Meu corpo se move involuntariamente.
É demais!
Jogo a cabeça para trás e tão logo sinto sua língua raspar meu
pescoço., como se não fosse o suficiente para me deixar com os nervos
sensíveis.
Oliver se posiciona em cima de mim, pega seu pau e passa a cabeça
no meu clitóris até meu núcleo. Ele vai um pouco mais embaixo,
espalhando minha excitação, me melando e mete só a pontinha em mim.
— Oliver, se você não parar de me torturar vou te matar.
Ele sorri e gemo alto espalmando as mãos para o alto, procurando
algo para me segurar, então entrelaça nossos dedos.
— Você gosta do meu pau dentro de você? — pergunta me
penetrando forte.
É uma sensação, ao mesmo tempo, boa e reprimida.
Aperto sua mão que está entrelaçada na minha e me acalmo para
receber mais dele dentro de mim.
É a minha segunda vez fazendo sexo e anda sinto um pouco de
desconforto mesmo estando muito lubrificada.
— Gosto muito — respondo com a respiração acelerada.
Seus braços vão para debaixo do meu corpo e me seguram, faço o
mesmo espalmando as mãos nas suas costas e acaricio sua pele.
Seus olhos estão atentos aos meus.
Sinto desejo e paixão.
Ele repete o movimento várias vezes, tirando e metendo seu pau até
o fundo e o jeito que estou molhada junto com seus beijos, me deixam leve
e calma.
Sou dele, toda dele assim como não se cansa de repetir enquanto me
penetra profundamente, me fazendo incendiar.
Perco as contas das estocadas que ele dá, só sei que em algum
momento reviro os olhos e arranho seu ombro.
Minha boca se abre soltando o ar e puxando.
O calor no meu pescoço, seus beijos e mordidas...
Eu adoro o jeito que ele me abraça.
Suas coxas se encaixando embaixo das minhas, empurrando minhas
pernas para cima e me abrindo.
Como pode ser tão incrível?
Uma leve dorzinha continua lá no fundo de todo o prazer que
explode em mim.
Seu pau está tão duro e ele não tem piedade de ir até o fundo.
Oliver se move mais rápido e sinto minha boceta se contrair,
apertando-o dentro de mim.
— Oh... Porra, Bruna — resmunga gemendo no meu ouvido,
empurrando mais algumas vezes.
Choca seu corpo no meu, indo no meu clitóris.
Começo a gozar e ele se soltar.
Fode com força e me agarro em seus ombros para aguentar sua força
enquanto seu orgasmo toma conta do seu corpo.
Eu me sinto cheia dele.
Quando abro os olhos, ele está em cima de mim, a respiração
acelerada e as mãos ao lado do meu rosto, assim como os braços fortes
esticados.
Ganho um beijo nos lábios e quando ele tenta sair de dentro de mim
eu o seguro.
— Eu te amo, Oliver. Por enquanto ainda vou continuar aceitando
viver com você desse jeito, mas não demore a se decidir, pois, não vou
esperar para sempre.
Ele me olha profundamente e beija a minha testa.
— Eu sei que não — diz saindo de dentro de mim.
Ele me pega no colo e logo em seguida me leva para o banheiro.
CAPÍTULO 48
pegou de jeito na banheira e nem sabia que era possível fazer o que fizemos
dentro de uma.
Só de pensar...
É melhor eu parar de pensar.
Olho para os lados e não vejo sinal do Oliver pelo quarto. Cheguei a
pensar que ele estaria do meu lado quando acordasse, mas vejo que estava
completa enganada quanto a isso.
Sem tempo para me lamentar porque já devo estar atrasada para o
trabalho, me levanto com pressa, vou para o banheiro e ao entrar sinto o
cheiro do Oliver mostrando que ele esteve no local.
Tomo um banho rápido, me arrumo em tempo recorde e saio às
pressas.
Ao passar pela sala, Mara me para.
— Senhora, seu café da manhã já está servido.
Paro no lugar e volto minha atenção para ela.
— Onde está meu marido?
Só de escutar o nome de Oliver a mulher fica pálida.
— O senhor Thomson saiu agora pouco e deu ordens para ninguém
a incomodar.
Fico pensando no que ela disse e chego à conclusão de que ele foi
para a empresa.
— Eu não vou tomar café da manhã hoje, estou atrasada.
— O senhor Thomson, não vai... ― ela volta a falar, quando me viro
para sair.
Dou uma olhada para ela que se cala na hora.
— O senhor Thomson não manda em mim e ele já sabe disso, então
pode ficar despreocupada.
— Sim, senhora.
Agora, sim, saio de casa sem que ela me pare.
Chego na garagem e não encontro o motorista, o que encontro é um
lindo e maravilhoso carro de luxo estacionado, clamando para que o dirija.
— Se eu fosse a senhora não faria isso ― alguém fala, quando me
aproximo da belezura.
Eu me viro dando de cara com um segurança.
— E, por que não deveria fazer isso?
— Esse é o carro preferido do senhor Thomson, ele não gosta que
ninguém além dele o dirija.
Meus lábios se abrem em um sorriso majestoso fazendo o segurança
arregalar os olhos.
— Engraçado que esse carro acabou de se transformar no meu
preferido também.
Oliver vai aprender a nunca mais me deixar sozinha na cama depois
de fazer o que ele fez comigo, na noite passada.
— Nem pense nisso, senhora...
— A chave. — Estico a mão na sua direção, pois, sei que ele está
com a chave desse carro.
— A senhora pelo menos sabe dirigir?
— É claro que eu sei, idiota. Sou pobre e não burra. Tenho carteira
de motorista o que eu não tinha era um carro, agora me dê essa chave.
— Senhora, por favor...
— Sou a esposa do seu patrão e estou ordenando que me dê a merda
da chave do carro. Pode comunicar o Oliver o que eu fiz, pois, ele sabe
muito bem a mulher que tem em casa. Vocês vão me seguir de qualquer
maneira e poderão ficar de olho em mim, de qualquer jeito.
Ele para pôr alguns segundos pensando no que falo e me entrega a
chave.
— Vamos ter que comunicar ao senhor Thomson sobre isso.
— Sinta-se à vontade, diga para ele que agradeço à noite
maravilhosa que ele me deu e que sair no carro precioso dele é o pagamento
por não ter me acordado para se despedir de mim. — Sei que já estou
querendo exigir demais do Oliver, mas ele tem que saber tudo o que espero
dele.
Entro na maravilha do carro deixando o segurança de boca aberta
pelo que falei. Quero só ver se ele vai ter coragem de repetir minhas
palavras para Oliver.
Ligo a maravilha e chego a vibrar com o ronco do motor.
Oliver realmente sabe aproveitar a vida, não quero nem pensar
quanto custa um carro desse.
Em poucos minutos, chego na galeria sendo seguida pelos
seguranças do Oliver, como sempre.
Em algum momento durante o trajeto ele me liga, mas não atendo
afinal já até imagino o motivo da ligação.
Estaciono o carro e ao descer escuto alguém assoviando. Olho em
direção do som e vejo Amanda parada ao lado do carro dela que assim
como eu ela chegou atrasada.
— Bom dia, senhora Thomson, vejo que as coisas devem estar indo
muito bem entre vocês para Oliver te deixar dirigir o carro precioso dele.
Dou a ela o mesmo sorriso que dei mais cedo ao segurança e na hora
ela mata a charada, sem que precise falar uma palavra.
— Porra, Bruna, sabe que ele vai querer te matar, não sabe?
— Que exagero, Amanda, é só um carro.
Ela se aproxima e enrola seu braço no meu.
— Esse não é só um carro, Bruninha, é o carro. O carro favorito
feito sob encomenda pelo Oliver a fábrica. Só foram fabricados três carros
desse no mundo todo, os outros dois pertencem a Ivan e Carlos Maskio.
Então, sim, minha querida, Oliver vai te matar — diz tão sério que chego a
sentir vontade de rir.
Oliver que tente.
— Se ele quiser me matar na cama eu aceito a morte de bom grado.
Ela gargalha alto e a acompanho.
— O que você fez dessa vez?
— Passei o domingo fora com um amigo e ele ficou tão furioso que
resolveu aparecer para tirar satisfação comigo.
— Você tem muita coragem, isso eu admito. Mas tenha cuidado,
nunca duvide das palavras de Oliver, ele não é um homem de voltar atrás
com o que fala.
Eu entendo o que ela quer dizer.
— Eu sei disso, não se preocupe.
Ela balança a cabeça concordando e entramos juntas na galeria
passando pela recepção, recebendo o bom dia das mocreias falsas.
do Oliver.
E o que mais partiu meu coração foi ele ter mentido apenas para
ficar longe de mim, como se meu amor por ele fosse uma doença
contagiosa.
É claro que saber o motivo que o levou a ficar assim me deixou
mais chocada ainda.
Escutei tudo, toda a conversa do início ao fim, e pela maneira como
ele falou é como se me comparasse a mulher que claramente foi a única que
ele amou.
O trauma, a traição...
Agora entendo tudo, mas não sou aquela mulher.
Nunca teria coragem de trair ninguém, muito menos meu marido, o
homem que eu amo e que claramente tenho que fazer de tudo para parar de
amar.
Oliver Thomson nunca será capaz de amar ninguém.
Apenas me iludi escutando as histórias de amor de Emily, Amanda e
as que as senhoras Maskio contaram, dizendo que mesmo sendo difícil no
final valeria apena.
Eu não quero isso, não quero sofrer por um homem que não me
quer.
Olho pelo retrovisor do carro, o qual eu dirijo em alta velocidade,
vendo o carro dos seguranças me seguindo.
Em um momento de loucura, resolvo despistá-los, pois, preciso ficar
sozinha e colocar a cabeça no lugar.
Entro em meio aos carros com facilidade, desviando deles como se
fosse uma louca e entrando em ruas estreitas até que finalmente consigo
despistar os idiotas que me seguem.
Paro em uma rua qualquer e abandono o carro precioso de Oliver
que com certeza tem rastreador e seria apenas uma questão de tempo até ele
me encontrar.
Entro em um táxi e dou o endereço da minha antiga casa.
Sei que o local está vazio já que mamãe agora mora em um
confortável apartamento comprado pelo Oliver. Segundo ele, é um dos
benefícios do nosso contrato de casamento.
Durante todo o percurso até minha antiga casa meu celular não para
de tocar nenhuma vez e isso já está me deixando de saco cheio, então
resolvo atender.
— O que você quer?
— Onde você está? — Oliver pergunta parecendo estar nervoso.
— Não interessa onde estou, me deixa em paz. Não é isso que você
quer?
— Bruna, volte para a mansão agora mesmo, vamos conversar.
— Não temos nada para conversar. — Desligo a ligação e logo me
dou conta de que cheguei ao meu destino.
Pago o motorista e entro dentro da minha humilde casa que, por
incrível que pareça, está muito limpa.
Deve ser coisa de mamãe, pois, ela nunca abandonaria essa casa.
Entro no meu antigo quarto, encontro tudo exatamente como deixei
e me jogo na cama, me permitindo chorar para ver se alivia a dor que sinto
no meu coração.
Como dói amar!
É uma dor que sufoca assim como me disseram, uma dor que me faz
perder o folego. Chego a gritar durante meu choro, mas nada faz passar a
dor que sinto no momento.
Meu coração está despedaçado, sinto um bolo na minha garganta,
uma vontade de vomitar me domina e corro para o pequeno banheiro.
Coloco tudo o que comi durante o dia para fora e nesse momento um medo
grande me domina.
Resolvo tomar um banho vendo que ainda tem algumas roupas
minhas no armário e, em momento algum, consigo para de chorar.
Logo depois do banho, visto apenas um shortinho curto com uma
camiseta e me deito na cama com o cabelo ainda molhado.
Aos poucos, o choro dá lugar a pequenos soluços e logo o sono me
domina, me dando a paz que tanto preciso no momento.
Não sei quanto tempo passa, mais sou acordada com um carinho no
meu rosto e ao abrir os olhos devagar o vejo na minha frente.
Toda a paz que estava sentindo momentos atrás dá lugar novamente
a dor e a decepção.
— Como me achou? — pergunto demonstrando a maior calma do
mundo, afinal não adianta mais chorar e gritar, pois, nada vai fazê-lo mudar
de opinião.
— Você nunca conseguiria se esconder de mim, agora vamos para
casa.
— Eu já estou em casa.
Ele me olha de um jeito diferente e não entendo o porquê.
— Bruna, não deixe as coisas mais complicadas do que já estão.
Não seja teimosa. Se for preciso te levo por cima do ombro.
Eu me sento na cama e vejo que o abajur ao lado está ligado.
Agora ele consegue ver perfeitamente meu rosto e meus olhos
inchados.
— Por que faria isso? Você não me quer, Oliver. O que preciso fazer
para que me deixe em paz, para que me deixe viver a minha vida?
— Você não entende...
— Eu entendo, agora eu entendo tudo, meu amor — digo passando
a mão pelo seu rosto e ele segura a minha mão. — Eu não vou mais lutar
por você, Oliver. Você venceu e eu perdi. Eu desisto, Oliver. Eu te amo
tanto que desisto de você para...
— Não fale isso, Bruna, você não pode desistir, não agora que está...
— Que estou o quê, Oliver? Escutei toda a sua conversa com
Amanda e agora consigo te entender. Entendi também cada palavra que
você falou, inclusive que NUNCA poderia me amar. Não vou lutar mais por
uma causa perdida, quero o divórcio.
Ele aperta a minha mão com tanta força que chego a gemer de dor.
— Oliver, o que está fazendo? — Tento puxar minha mão e ele não
solta.
— Você é minha mulher, minha esposa, minha senhora Thomson e
não tem divórcio. Assinou um contrato concordando com todas as cláusulas
dele. Você é minha até que...
— Eu gere seu herdeiro. — Interrompo sua fala, entendendo o que
ele iria dizer. — É isso que está estabelecido no contrato, um filho em troca
de uma dívida milionária, sem amor e sem sentimentos envolvidos. Muito
bem, que seja do seu jeito então, como já tinha falado antes você venceu.
Ele balança a cabeça e não entendo o porquê de estar fazendo isso.
— É aí que se engana, Bruna, foi você quem venceu, minha menina.
Agora vamos para casa que seu lugar não é nesse muquifo, é uma rainha e
seu castelo não é aqui.
— Eu não quero voltar para a mansão, quero ficar aqui na minha
casa.
— Isso está fora de cogitação.
— Não pode me obrigar...
— É claro que eu posso, é minha mulher.
Começo a sentir a raiva me dominar e isso não é nada bom.
— Oliver, eu não te entendo, suas ações não condizem com as suas
palavras.
— Bruna, ultimamente nem eu mesmo me entendo e você é a
culpada disso.
— Eu!? Você transformou a minha vida do dia para noite, me
obrigando a um casamento que eu não queria.
— Não queria? Tem certeza disso, querida?
— Não me chame de querida.
— Você é a mulher mais terrível que já conheci na minha vida, me
infernizou até o ponto de me fazer tirar a sua virgindade.
— Claro, você ficava fazendo aquelas coisas comigo, me deixando
louca de tesão e queria que eu fizesse o quê? Você é que é fraco e não
conseguiu manter seu pintinho dentro da calça. E não me olha com essa
cara que você bem que gostou de me levar para cama, admita isso.
— Às vezes, sinto vontade de cortar essa sua língua, sabia?
— Eu é que deveria cortar a sua por ter mentido para mim. Se não
queria ficar comigo era só ter falado, não precisava mentir inventando que
iria passar um mês viajando.
Ele me olha por alguns minutos.
— Tem razão, sinto muito por isso, agora vamos embora daqui.
— EU NÃO VOU EMBORA COM VOCÊ.
Ele se aproxima, me agarra com força, me joga por cima do ombro
de uma vez e não consigo me soltar.
— Me solta, Oliver...
— Foi você que pediu por isso. Agora fica quietinha aí. — diz
alisando minha bunda e depois dá um tapa forte, o que me faz gemer.
— Se gemer mais uma vez desse jeito te fodo aqui mesmo, nessa
casa imunda.
Mais que homem sem-vergonha!
— Eu te odeio, Oliver Thomson!
— A sua boca pode até falar isso, mas seu corpo, querida, fala outra
coisa. — Pega na minha intimidade enquanto sai da casa comigo em cima
do seu ombro.
— Não toque em mim, nunca mais vou permitir que me toque desse
jeito.
A porta do carro é aberta e ele me joga dentro de qualquer jeito.
Logo em seguida entra se sentando ao meu lado.
— No dia que fugir para essa casa novamente mando derrubá-la.
— Você não se atreveria.
— Ainda duvida de mim, querida?
— Para de me chamar de querida, o que deu em você agora?
— Estou revendo alguns conceitos e até eu decidir irá ficar
quietinha, guardadinha, só para os meus olhos na mansão.
— Você não teria coragem de fazer isso, eu trabalho e me manter
trancada não está no contrato.
— Você o leu por acaso?
Droga, nunca me preocupei em pegar minha cópia do contrato.
— Você sabe que não.
— Então como pode afirmar uma coisa com tanta convicção?
— Oliver.
— Olha, Bruna, vamos seguir com o contrato por enquanto.
Segunda-feira vamos à clínica de inseminação artificial, já está tudo
acertado e o que você precisa fazer é uns exames e pronto. Algo que será
coletado amanhã.
— Segunda-feira?
— Sim, já adiamos demais esse assunto. Segunda-feira se estiver
tudo certo com a sua saúde será inseminada.
Engulo em seco com essa informação que me pegou completamente
desprevenida.
— E se eu me negar a fazer isso?
— Sabe que não pode, então não complique as coisas para nenhum
de nós dois.
Ele tem razão não posso me negar porque concordei com isso
quando assinei aquele maldito contrato.
CAPÍTULO 52
mansão para nada e tudo o que pude fazer foi ficar no celular conversando
Momentos antes...
Durante o percurso da clínica até a mansão dos meus sogros,
Leah, minha sogra, não me faz muitas perguntas. Creio que nem precisa, ela
já deve saber de tudo e por isso veio me resgatar, é a única explicação para
vomitar o mundo.
Parece que foi só descobrir que estava grávida que os enjoos me
acharam.
Olho para o lado e vejo Oliver dormindo tranquilamente, coisa que
jamais pensei em ver, já que ele sempre falava que não iríamos morar
juntos.
A verdade é que desde a descoberta da gravidez, ele não voltou para
a mansão dele, mas ainda não conversamos sobre isso.
Ele evita o assunto e eu também.
Confesso que está tudo tão bem entre nós que não quero estragar o
momento.
Eu me viro para o lado e quando já estou quase me levantando, sinto
um par de mãos me puxando para a cama novamente.
— Para onde pensa que vai, esposa? — Ele me acolhe em seus
braços fortes, fazendo carinho na minha barriga.
— No banheiro.
— Está se sentindo mal de novo?
— Mais ou menos. O médico falou que sentir esses enjoos no início
da gravidez é normal, lembra?
— Os remédios que ele passou não estão ajudando?
— Nem um pouco e tudo piora pela manhã, mas com o passar do
dia alivia um pouco, não se preocupe.
Oliver me olha como se quisesse falar alguma coisa que não tem
coragem de dizer.
Desde o dia que descobrimos a gravidez, três dias atrás, ele tem
agido diferente. Posso dizer que ele realmente está tentando, mas não posso
me agarrar a isso.
Tudo o que escutei da boca dele na casa de Amanda ainda não saiu
da minha cabeça, ele falou cada palavra com muita convicção.
Posso até estar errada e quero muito mesmo estar, mas conhecendo
Oliver como conheço, depois de tudo o que fez, pode ter mudado de
estratégia, afinal já deixei claro que não abrirei mão do nosso filho.
Eu o amo muito e não contava engravidar dele antes de conseguir
conquistar seu coração. Eu já tinha um plano para tentar evitar a
inseminação, mas as coisas foram por um lado, o qual não tinha previsto.
E, agora, não é mais somente eu nessa história, tenho meu bebê para
proteger do pai.
— Eu daria toda a minha fortuna para saber o que está se passando
por seus pensamentos.
Dou a ele um sorriso fraco.
— Você não gostaria de saber, isso eu garanto.
— O que eu tenho que fazer, Bruna?
Ele sabe a resposta, mas continua insistindo em perguntar.
— É complicado, Oliver. Vamos dar tempo ao tempo e ver se as
coisas se acertam definitivamente entre nós.
— Eu nunca pensei que você fosse desistir de nós dois.
— Você me obrigou a isso e agora não estou mais sozinha. Estou
agindo com a razão agora e não com o coração.
— Não diga isso, eu sei que me ama.
— Amo, sim. Eu te amo, Oliver, te dei meu amor sem pedir nada em
troca, mas se coloque no meu lugar e olhe a situação em que estou.
“Você tem um contrato de casamento, assinado por mim, que me
obriga a entregar meu filho a você quando ele nascer.
“Quando assinei aquele contrato, obrigada por você, estava com
medo de ficar na rua com a minha mãe.
“Eu não pensei nas consequências.
“Realmente achei que conseguiria te conquistar com o passar do
tempo, mas me enganei.
“Não sei se você é capaz de amar alguém.”
— Eu não vou afastar a criança de você, mesmo que nada entre nós
dê certo, continuará sendo a mãe dele ou dela.
— Você está se escutando, Oliver? É justamente disso que eu tenho
medo. Se nada der certo entre nós, você fica com o bebê e eu saio de cena.
Me manter perto dele não é a mesma coisa que me deixar criá-lo do meu
jeito.
— Bruna, nosso filho é herdeiro de uma das maiores fortunas do
mundo. Ele não pode ser criado do seu jeito.
— E pode ser criado do seu? Quer saber, Oliver, chega dessa
conversa. Você está aqui e admito que está tentando.
“Espero sinceramente que consiga me provar que realmente quer
estar nesse casamento ou a coisa vai ficar muito feia entre nós dois.
“Agora, vou ao banheiro, preciso ir para a galeria, estamos tendo
muito trabalho com a organização da exposição de Nova York.”
Levanto da cama e vou para o banheiro.
— Hoje é o meu... — Ele para no meio da frase e me volto para ele.
— O seu o quê? — Não entendi o que ele quis dizer.
— Nada deixa pra lá. Será que você tem tempo de almoçar comigo
hoje?
Fico olhando para ele por alguns segundos e respondo.
— Hoje não tenho tempo, assim como você eu tenho muito trabalho.
— Me sinto mal em estar o tratando com tanta frieza, mas isso não é nada
comparado a maneira como ele me tratou.
— Tudo bem, quem sabe amanhã.
Eu não respondo nada e entro no banheiro fechando a porta.
*
Meia hora depois, saio e não vejo mais Oliver pelo quarto, mas sinto
seu cheiro pelo ambiente. Entro no closet, me arrumo e depois de pronta
desço para tomar café da manhã, encontrando como sempre uma mesa farta,
posta apenas para mim.
— Onde ele está? — pergunto para Mara assim que me sento à
mesa.
— O senhor Thomson acabou de sair, senhora.
Eu só balanço a cabeça concordando e tomo meu café da manhã
mesmo sem muita vontade.
que tenho.
Quando puxo o pano que cobre a tela, ela coloca as mãos na boca.
— Por Deus, Bruna, essa tela é a sua grande obra de arte,
simplesmente perfeita.
Fico feliz com o elogio dela que vale muito para mim.
— Acha que ele vai gostar?
— É claro que vai. Oliver adora uma bela obra de arte e essa é
especial, foi feita pela esposa dele.
— Concordo com a Emily. Tenho certeza de que Oliver vai amar o
presente. Você é especial, Bruna. Com o seu jeito de ser está conquistando
Oliver e já deve saber disso.
Eu balanço a cabeça.
— Ele está tentando, mas só se deu a esse trabalho depois que
descobriu a gravidez e é isso que está me deixando com medo. Eu o amo
mais que tudo nessa vida, mas não sei se posso confiar nele cem por cento.
— E você já conversou com ele sobre isso? Já falou dos seus medos
para ele? — Emily pergunta muito séria.
— Não com essas palavras — respondo e abaixo a cabeça.
— Não faça isso, Bruna. Não abaixe a sua cabeça, somos todos
iguais aqui. Sabe muito bem pelo que Amanda e eu passamos. Você
conhece nossas experiências e nunca mentimos para você dizendo que seria
fácil.
“Nunca é fácil, Bruna, e, cada uma de nós, passou por uma situação
diferente.
“Se me permite te dar um conselho converse com ele abertamente e
fale claramente o que você sente. Conte a ele os seus medos e receios.
“Oliver não é o monstro que demonstra ser, isso tenho certeza de
que já percebeu. Você conseguiu o que nenhuma outra fez, penetrou na
armadura pesada de dor e ressentimento que ele mesmo criou para se
proteger.
“Você o deixou vulnerável, Bruna, e isso o assusta tanto quanto
assusta você.”
Eu chego a me emocionar com as palavras que Emily fala, mas
antes que eu consiga pronunciar alguma palavra, escuto Amanda chorando.
— Nossa, Emily, você fala tão bonito, quando foi que desenvolveu o
dom das palavras?
— Amanda, você anda muito sensível ultimamente. A grávida aqui
é a Bruna e não você. A não ser que...
— Nem vem, eu não estou grávida. Mato o Collin se ele fizer um
filho em mim, agora.
Dessa vez, sou eu quem sorrio da situação.
— Eu falava a mesma coisa para o Thony e olha só agora.
— Não quero nem pensar em uma possibilidade dessa, mas vamos
voltar ao que interessa. Bruna, vamos mandar a tela para a sua casa e você
vai preparar uma surpresa e tanto para o seu marido. Você deve estar com
os hormônios da safadeza a pleno vapor por causa da gravidez, então
capricha na lingerie.
— Amanda!
— Não vem com essa de Amanda, e para surpreendê-lo mais ainda
vá buscá-lo na empresa hoje no final do dia. Entre lá já mostrando quem é
que manda no homem e não peça para ser anunciada. Entre direto na sala da
presidência sem deixar a bruxa da secretária dele te parar.
Eu começo a rir dela.
— Amanda, ninguém naquela empresa sabe quem eu sou, como é
que vou entrar lá e ir para o andar da presidência sem ser presa?
— Os funcionários não te conhecem, mas os seguranças do Oliver,
sim. Eles vão ser a sua chave para entrar na empresa pela porta da frente
sem que ninguém te pare.
— Amanda, você não cansa de me surpreender — Emily comenta
gostando da ideia.
— Tudo bem, vou fazer o que disseram e que Deus me ajude.
Como combinado, no período da tarde volto para casa para começar
os preparativos da minha surpresa para o Oliver.
Amanda sem perder tempo mandou preparar a moldura da tela que
pintei de Oliver e já mandou entregar na mansão.
Tudo o que falta agora é preparar o jantar.
Ao chegar em casa mais cedo, Mara se assusta com a minha
presença temendo que tenha acontecido algo comigo.
— A senhora está bem? Vou ligar para o patrão.
Trato de pará-la antes que estrague minha surpresa.
— Nem pense em fazer isso. Estou me sentindo muitíssimo bem,
voltei mais cedo hoje porque preciso da sua ajuda.
Ela me olha confusa.
— Minha ajuda, senhora?
— Sim, hoje é o aniversário do meu marido e quero preparar um
jantar romântico para ele. Para isso preciso da sua ajuda para preparar tudo.
Agora sim, ela entende tudo e seu sorriso se alarga no rosto.
— Eu ajudo com o maior prazer, senhora, me diga o que precisa que
preparo tudo.
— Não, você vai me dizer o que preciso e vou preparar tudo. Quero
cozinhar hoje para o meu marido e você vai apenas me ajudar. Agora vamos
para a cozinha e nem adianta reclamar dizendo que não.
Ela não gosta muito da ideia achando que Oliver vai demiti-la caso
fique sabendo que permitiu que eu cozinhasse, mas tratei logo de acalmá-la
garantindo que isso não iria acontecer.
Depois de passar a tarde inteira na cozinha com Mara finalmente
terminamos tudo, e devo admitir que tenho talento para cozinhar esses tipos
de comidas chiques.
— Mara, eu vou tomar banho e trocar de roupa. Vou buscar Oliver
na empresa hoje, faz parte da surpresa e meia hora depois que eu sair, você
arruma tudo na mesa em seguida pode ir para a sua casa.
— Mais senhora hoje não é a minha folga. Ainda pode precisar de
ajuda para servir o patrão e depois retirar a mesa.
— Mara, eu pretendo fazer muito sexo hoje com o meu marido e
pretendo começar pela sala de jantar. Tenho certeza de que você não vai
querer estar presente para presenciar tudo. Sei muito bem como servir meu
marido, então você pode ir para a sua casa hoje que eu cuido de tudo. — É
claro que eu não vou transar na sala de jantar, mas se eu não falo isso ela
nunca que iria concordar em ir para casa hoje.
— Sendo assim é melhor eu ir para casa mesmo. Vou arrumar tudo e
depois me retiro, mas qualquer coisa que acontecer a senhora pode me ligar
que eu volto no mesmo instante.
— Tudo bem, mas não se preocupe que nada vai acontecer.
Passo os últimos detalhes de tudo a ela e subo para o meu quarto.
Pelo avançar das horas não perco muito tempo, tomo um banho
caprichado e visto uma lingerie bem sexy. Logo depois um vestido preto
colado no corpo com um decote não muito ousado, mas que faz a
imaginação voar. Faço um penteado simples e bonito, e uma maquiagem
não muito pesada. Calço meus saltos e estou pronta para buscar meu marido
no trabalho.
Chego na garagem e o motorista está a minha espera, já que tinha
avisado que iria precisar dele, só não disse para onde iríamos. Com certeza,
ele iria avisar ao Oliver e estragaria a minha surpresa.
— Para onde vamos, senhora?
— Grupo Thomson.
Ele me olha sem entender nada.
— Grupo Thomson?
— Tenho certeza de que não está surdo, hoje é o aniversário do meu
marido e quero fazer uma surpresa a ele. Então, nada de avisá-lo. E como
ninguém lá me conhece vou precisar de você para liberar a minha passagem
até a sala da presidência.
Ele me analisa por alguns segundos e tenho a impressão de que ele
vai recusar meu pedido, então antes que ele abra a boca mudo de tática.
— Por favor, estamos tentando fazer nosso casamento dar certo e
quero surpreendê-lo com um jantar romântico que eu mesma preparei já que
rejeitei o convite dele para almoçar. Preciso da sua ajuda para entrar no
Grupo Thomson e só posso contar com você agora.
— A senhora é muito boa em convencer. Vamos, entre no carro e
espero não me arrepender de fazer isso.
— Não vai, eu garanto. — Corro até ele e o abraço, deixando o
pobre homem sem jeito com a minha demonstração de alegria.
— Senhora, não faça isso, tenho a intenção de viver muitos anos
ainda.
Acabo sorrindo do que ele fala, entro no carro e ele me leva rumo ao
imponente prédio do Grupo Thomson.
CAPÍTULO 57
sério. Estou puto de raiva com a situação, e o pior é que eu nem posso
culpá-la. Fiz de tudo para afastá-la de mim, com medo dos meus
sentimentos. Eu não queria que ela me amasse, mas também não queria
Momentos antes...
Quando chego ao grupo Thomson, o motorista e dois
que eu passasse.
Ninguém tem coragem de pará-los já que todos os conhecem e
subimos direto para o andar da presidência.
— Agora é com a senhora — um dos seguranças diz assim que o
elevador abre as portas.
Saímos dele e logo avistamos a tal secretária que Amanda tinha me
falado, inclusive ela tem mesmo cara de piranha.
Entro no ambiente, cheia de mim, e ando em direção a porta da sala
de Oliver, mas como já imaginava a secretária me para.
— Onde pensa que vai, garota?
— Se eu fosse você não ficaria no caminho dela, essa é a senhora
Thomson, esposa do chefe ― um dos seguranças diz, antes que eu consiga
responder.
A mulher fica pálida e arregala os olhos na minha direção,
completamente surpresa.
Aproveitando o momento de distração, abro a porta, mas o que vejo
dentro da sala faz mais uma vez meu coração se quebrar.
A loira que já sei se chamar Celeste está sentada no colo do Oliver
agarrada a ele. Quando os dois percebem a porta sendo aberta, me olham
como se eu fosse um fantasma na frente deles.
Logo a mulher pula do colo dele e se esconde atrás da cadeira.
— Eu devo ser a mulher mais burra e idiota do mundo por acreditar
em você, Oliver Thomson — digo com toda a amargura do meu coração.
Como sei que ele vai tentar vir até mim, saio da sala batendo a
porta.
Tudo o que quero é ir embora desse lugar.
— Me levem para casa agora mesmo — ordeno aos seguranças.
Eles percebem a situação, não me questionam nada e fazem o que
pedi em tempo recorde.
É como se eles se compadecessem da minha situação já que
conhecem o chefe que têm.
Durante o caminho até a mansão ninguém fala uma palavra e com
muito custo consigo segurar as lágrimas que estão querendo rolar pelo
rosto.
Ao descer do carro agradeço ao motorista pela ajuda e vejo o quanto
ele fica sem graça com a situação, é como se ele se culpasse pelo que
aconteceu.
Confesso que meu medo é que Oliver realmente o culpe, já que ele
não informou que eu estava indo até a empresa e o dever dele é informar ao
seu chefe todos os meus passos.
Entro na sala e a primeira coisa que vejo é o quadro perfeitamente
embrulhado, esperando pelo aniversariante, e a mesa de jantar lindamente
posta, com velas grandes ao centro, dando um ar romântico a ocasião.
Sem conseguir mais segurar as lágrimas, vou até a mesa de jantar e
pego uma faca.
Vou destruir a droga dessa tela, vou descontar toda a minha raiva e
frustração no quadro que tem a imagem de Oliver pintada por mim.
Ele não merece nada, não merece o meu amor e não merece ser o
pai do meu bebê.
Eu me aproximo da tela com a faca na mão e a primeira coisa que
faço é rasgar o papel que a envolve, revelando a imagem do homem que eu
amo, mas que não merece o meu amor.
Com a respiração acelerada e o coração batendo apertado no meu
peito, quebro a moldura e quando levanto a faca para rasgar a tela sinto uma
mão forte segurando a minha.
— Você não vai fazer isso.
Oliver toma a faca da minha mão e me segura por trás em seus
braços fortes.
— Me solta, Oliver, você é um traidor, cretino. — Tento me soltar,
mas ele não deixa.
— Quando foi que você fez isso? Quando pintou esse quadro?
— Não é da sua conta, vou destruí-lo. Agora me solta e vai embora
daqui. Se você não sair, eu saio.
— Você preparou essa surpresa pra mim?
É como se ele não me escutasse e me fizesse mais perguntas.
O pior é que não consigo me soltar.
— Preparei e claramente você não merece. Você me enganou mais
uma vez, mentiu para mim, dizendo que queria fazer nosso casamento dar
certo.
“Você não tem um pingo de vergonha na cara e nem respeito por
mim.
“Como pode levar a sua amante para a empresa?
“Como pode me trair desse jeito?
“Se bem que não é a primeira vez que faz isso, deixou de ir à minha
formatura para comer uma puta qualquer e ainda a exibiu na frente de várias
pessoas, você...”
— CHEGA! — grita e me joga em cima do sofá. — Eu não admito
que você me acuse de uma coisa que eu não fiz.
— Não fez? Eu vi com os meus olhos, seu cretino.
— Viu? Me diga exatamente o que você viu, Bruna.
Eu fico o encarando por alguns segundos, querendo saber qual é seu
jogo agora.
— Fala, fala exatamente o que viu com seus olhos para ter tanta
certeza de que eu te traí.
Se ele pensa que vou ficar calada está muito enganado.
— No dia da minha formatura, você estava com aquela mulher na
boate, passando a mão pelo corpo dela, cheio de sorrisinhos. E, hoje, a
mesma mulher estava no seu colo, agarrada a você. Se eu tivesse chegado
dez minutos depois teria pegado os dois transando em cima da mesa.
Ele sorri e passa a mão pelo cabelo.
— Então, se eu seguir esse seu pensamento, você também me traiu.
— Perdeu o juízo de vez?
— Eu me lembro muito bem de ter visto fotos da minha esposa em
uma academia de box agarrada ao treinador. E para piorar, você entrou em
uma casa com ele e saiu de lá horas depois com o cabelo molhado, com
outra roupa. Além de terem passado o dia juntos, passeando de braços
dados.
Eu fico chocada com o que diz, afinal uma coisa não tem nada a ver
com a outra.
— Não vai conseguir virar a situação ao seu favor, Oliver. Roger é
apenas um amigo muito querido, não...
— Amigo! — Ele começa a rir do que falo.
— Eu não tenho a mesma índole que você. Eu te amo e nunca
neguei isso. Eu jamais teria coragem de te trair, já você, eu não posso dizer
a mesma coisa.
Ele me olha profundamente como se estivesse em uma batalha
interna.
— Você nunca realmente me deu uma chance, Bruna. Eu sei muito
bem tudo o que fiz com você e não vou ser hipócrita dizendo que me
arrependo, porque eu não me arrependo de nada e faria tudo de novo para
ter você ao meu lado.
“Eu nunca te traí. Confesso que tentei, mas não consegui, porque
você era a porra de uma maldição que rondava meus pensamentos dia e
noite.
“Você foi a luz que entrou na minha vida para tirar as trevas que me
rodeavam.
“Eu nunca te traí, eu não consegui fazer isso.
“Você nunca me deu uma chance de me explicar.
“Eu sei que pelo que eu fiz, não merecia isso. Era muito mais fácil
para você me tirar do sério e me provocar.
“No fundo, admito que gostava disso.
“Você com esse seu jeito rebelde e provocador de nunca baixar a
cabeça para o que eu falava, foi o que fez com que me apaixonasse por
você.
“Você é diferente de todas as outas e isso me encantou da mesma
maneira que me apavorou.
“Tentei te manter longe de mim, com a desculpa que precisava te
proteger, quando, na verdade, era eu quem estava procurando proteção,
porque sabia que cedo ou tarde você conseguiria me conquistar.”
Eu não consigo acreditar no que estou escutando da boca desse
homem.
— Oliver...
— Você me disse uma vez que eu nunca tinha te notado pelos cantos
da galeria, mas eu te notei desde a primeira vez que te vi, no dia da sua
entrevista com Amanda.
“Minha obsessão por você começou naquele dia.
“Você agiu como se eu fosse um ninguém e aquilo me deixou
intrigado.
“Eu sempre estive lá, Bruna, te olhando, te observando de longe e
quando vi a oportunidade de ter você para mim, eu aproveitei.
“Mas as coisas saíram do meu controle quando você decidiu me
fazer te amar.
“Não fui eu que venci, Bruna, foi você, meu amor. Você venceu e
hoje sou um homem rendido a você em todos os sentidos.”
CAPÍTULO 59
Rendido.
O ar que antes me sufocava e estrangulava, agora me tranquiliza
quando as palavras saem.
Bruna me encara e seu silêncio sentencia o quanto minhas palavras
mexeram com ela. A raiva que antes a acometia, crua e nua, agora é
substituída pelo desejo de ser novamente minha.
— Oliver...
— Estou tentando ser alguém melhor por você, Bruna, coisa que
nunca tentei fazer por ninguém.
— Eu quero você! Sem segredos ou mentiras. Quero conhecer o
verdadeiro Oliver, o homem com quem me casei, o pai do meu filho e o
dono de todo esse império. Eu não quero ter que escolher apenas uma
versão sua, eu quero tudo.
— Só precisa dizer “PARE”.
— O que você quer dizer com isso? — Ela me encara, esperando
uma explicação.
— Você não quer tudo de mim? Vamos começar por isso.
Antes que ela possa responder, a tomo em meus braços e beijo seus
lábios. Nossas línguas se chocam e Bruna geme enquanto provamos um do
outro, como se fosse a primeira vez.
Não há pressa, apenas o desejo mútuo de pertencermos um ao outro.
— Para. Onde. Você. Vai. Me. Levar? — diz pausadamente,
sussurrando cada palavra enquanto seu peito infla em busca de ar.
Posso sentir o tesão se misturando com a ansiedade do
desconhecido.
— Vamos para o nosso quarto.
Seguimos em direção ao quarto e assim que entro com Bruna em
meu colo, a observo por alguns segundos, buscando no meu subconsciente
todos os motivos para não continuar.
— Eu sei o que você está tentando fazer — diz, descendo do meu
colo, mas sem se afastar.
— Não sei se consigo ser delicado.
— Tudo! — sentencia e com isso manda minha razão para os
infernos.
Com os olhos vidrados na minha esposa, retiro o terno e observo
Bruna me examinar como um brinquedo novo, que acaba de ser exposto na
vitrine de uma loja.
— Vire-se! — determino.
— Oliver...
— Enquanto estivermos aqui, quero que me chame de Dom. Você
atenderá como minha Sub.
Bruna sorri maliciosa e demonstra satisfação ao se virar.
Bondage...
Amarro seus braços com a gravata que antes vestia e a imobilizo,
garantindo que não possa se soltar.
Dominação...
— Não se esqueça, basta dizer “PARE” e a soltarei. Aqui eu sou seu
dominador e você a minha submissa.
— E o que eu ganho?
— Muito prazer.
Sadomasoquismo...
Eu a posiciono de pé, em frente a cama, virada de costas para mim.
— Quero que curve todo o seu corpo e abra as pernas.
Ela não responde e apenas faz o que eu digo.
Seu vestido se levanta e nessa posição consigo observar a calcinha
de renda azul que veste por baixo. Passo as mãos por cima do tecido e
posso observar os pelos do seu corpo se arrepiarem com o meu toque.
Sorrio ao ouvir o som do gemido que sai de seus lábios quando intensifico o
contato com a região úmida coberta, pronta para ser exposta.
— Serão cinco tapas, quero que conte comigo. — Levanto seu
vestido, permitindo que sua bunda lisa e macia fique em evidência. — Um
— digo quase que em um rugido.
Meu pau está duro com a cena e posso sentir o pré-gozo quando
ouço o estalo do tapa ecoar pelo quarto.
Bruna arfa e sei que está tão excitada quanto eu.
— Quero que conte comigo — repito, empurrando a calcinha para o
lado e introduzindo um dedo na sua região íntima, em resposta ouço um
gemido.
— Dois — dizemos em uníssono.
A marca dos meus dedos fica mais aparente e o brilho se intensifica,
ação que me faz introduzir mais um dedo em sua intimidade.
— Hummm... — Bruna geme, arqueando mais o corpo.
Sua bunda fica em direção ao meu pau que permanece coberto pela
calça.
— Quatro.
Ela grita e posso sentir que está perto de gozar, quando contrai sua
intimidade em meus dedos.
Antes que eu consiga dar o quinto tapa, a safada rebola e esfrega em
meu pau a boceta inchada, enquanto seu gozo escorre por meus dedos.
Incho em resposta, exigindo uma ação rápida.
Switcher...
Bruna não é apenas uma Sub, ela não aceita apenas a submissão e
facilmente consegue me controlar, mantendo o poder de dominador para
ambos.
Sorrio com a constatação, pois, já me relacionei com outras Sub.
Mas nunca me permiti ser um, gosto de manter o controle e comandar a
situação.
— Cinco. — Abro o fecho da calça, rasgo sua calcinha e invisto
contra ela de imediato.
Em resposta, ela geme, deliciosamente.
Seguro sua cintura com uma das mãos, enquanto a outra segura seu
cabelo, puxando-o conforme os movimentos se intensificam.
— Você será sempre minha. — Minha voz sai rouca e posso sentir o
gozo escorrendo por sua intimidade, uma visão privilegiada.
— Isso foi incrível.
— E não acabou, deite-se na cama, ainda de costas pra mim.
Dessa vez ela faz o que eu digo e sem contestar se deita na cama.
Retiro seu vestido e sigo em direção ao banheiro.
— O que é isso? — pergunta assim que me vê voltando.
— Como sabe que eu trouxe algo? — Sorrio e retiro toda a minha
roupa, seguindo de volta para cama.
— Humm... — Bruna geme assim que permito que algumas gotas
de óleo caíam por seu corpo nu.
— Ainda nem comecei... — sussurro em seu ouvido e começo uma
massagem por toda extensão do seu corpo.
— Dom...
Sorrio ao ouvi-la me chamar assim, é sexy e me excita ainda mais.
— Sim?
— O que pretende? — Sua voz é curiosa e em resposta começo a
massagear seu ânus.
O óleo me permite um melhor acesso e penetro um dedo,
preparando a região para que se acostume.
— Hummm...
— Está gostoso? — pergunto próximo ao seu ouvido e ela se curva
exigindo mais.
Massageio seu clítoris enquanto introduzo outro dedo em sua região
mais sensível.
— Si... Sim... — Sua voz sai rouca, sofrida.
Meu pau lateja a cada som que sai de seus lábios e quando sinto o
gozo escorrer em meus dedos, a penetro duro e profundo. Ela grita, mas
posso sentir o prazer exalar de seus pulmões.
Nós gozamos, uma, duas, três vezes.
Bruna é minha mulher, a mãe do meu herdeiro e a minha perdição.
CAPÍTULO 60
o meu pescoço.
Em resposta, a única coisa que consigo fazer é gemer.
— Meu amor, não faça isso, será que o que fizemos ontem não foi o
suficiente para você? Gemendo assim você me enlouquece.
Agora ele me desperta porque acho que não aguento outra rodada de
sexo logo pela manhã.
— Você me virou do avesso ontem. Ou foi hoje de madrugada? Eu
nem sei que dia é hoje, estou perdida no tempo. Tudo culpa sua.
A risada que ele dá me beijando, enche meu coração de alegria.
— Resolvi te acordar dessa vez antes de ir para a empresa, fiquei
com medo de você roubar mais um dos meus preciosos carros, quem sabe
até o meu avião.
Dessa vez, sou eu quem acha graça do que ele diz.
— Eu não roubei o seu carro, só me apossei dele.
— Se apossou de um dos carros mais caros do mundo. Sua sorte é
que eu não sei te dizer não e já encomendei outro modelo exclusivo para
mim.
Agora é a hora de testar a teoria dele.
— Outro modelo exclusivo, amor!
— Eu adoro quando você me chama de amor, mas dessa vez eu
fiquei com medo.
— Que tal você me dar o modelo exclusivo quando ele chegar e eu
devolvo o seu precioso carro que tanto ama — peço toda manhosa e ele
analisa cada um dos meus movimentos.
— Eu sei o que está fazendo senhora Thomson, está querendo testar
se eu vou dizer não a você.
Sério que ficou tão explicito assim?
— Eu...
— Tudo o que é meu é seu, Bruna, não precisa me pedir nada com
rodeios. Eu tenho tanto dinheiro que você em quatro vidas não daria conta
de gastar. Te dar um carro exclusivo não é nada. Se você quer o carro ele é
seu, fico com o que está dirigindo agora.
Oliver me beija antes que consiga responder e fico toda mole em
seus braços, gostando da sensação que meu corpo começa a sentir.
— Oliver... — digo querendo arrancar o terno alinhado que ele está
usando.
— Porra de reunião que não posso desmarcar. — Bufa frustrado
entre o beijo e logo se afasta de mim.
— Me prometa que não vai chegar tarde hoje, posso cozinhar para
você novamente já que não tivemos a oportunidade de comer o jantar que
preparei ontem à noite.
— Prometo que vou chegar cedo, mas não quero você na cozinha,
temos empregados para isso. Você pode se machucar e sou capaz de matar
Mara se isso acontecer.
— Isso não vai acontecer, cozinhei minha vida toda e nunca me
machuquei dentro de uma cozinha. E outra, Mara me ajuda em tudo. Para
de dizer que vai matar as pessoas, eu não gosto disso, não gosto de
ameaças.
— Eu não faço ameaças, ela está aqui para cuidar de você e garantir
que nada de mal lhe aconteça, assim como os seguranças, se eles falharem...
— Para, Oliver, para com isso. Não precisa querer ser assustador a
todo tempo, todos sempre morrem de medo de você.
— É assim que tem que ser, você e meu filho são tudo o que
importam para mim, no momento, e por isso a sua segurança vai ser
redobrada. Precisa descansar, vou falar para Amanda e Emily que vai se
afastar da galeria para focar na sua gravidez e no bebê.
Agora sou eu que quero matá-lo.
— Nem pensar, eu posso muito bem trabalhar durante a gravidez.
Amanda trabalhou grávida e Emily também, e olha que o senhor Johnson
tomava o maior cuidado com ela.
— Eu quero você protegida dentro dos portões da mansão.
— Você pode muito bem me manter protegida dentro da galeria
também. Eu não vou abrir mão do meu trabalho, amor, nem adianta tentar.
— Como você é teimosa.
— Sim, eu sou e você gosta disso que eu sei.
Ele respira fundo me encarando e me beija com força como se
quisesse me punir.
— Você é demais, e já se prepare que a mamãe vai querer que nos
mudemos para a mansão Thomson.
— Mas para quê? Eu quero ficar aqui, essa vai ser a nossa casa,
Oliver.
— Não vai ser fácil convencê-la do contrário, mas vou tentar. Agora
eu tenho mesmo que ir.
Oliver se aproxima, beija a minha testa e aproveito para acariciar o
meu novo brinquedo.
— Sua safada, depois não reclama quando eu te pegar de quatro,
amarrada a essa cama.
Eu chego a imaginar a cena.
— Nunca, meu amor.
Ele sorri balançando a cabeça.
— Não esqueça, vou mandar alguém passar aqui para pegar o
quadro e levá-lo para a restauração.
Eu concordo com a cabeça e ele e sai do quarto, me deixando
sozinha com toda a minha felicidade.
Depois de fazer toda a minha rotina matinal, vou para a galeria
trabalhar e sou obrigada por Amanda a contar em detalhes o que aconteceu.
Mas claro que algumas coisas eu ocultei dela, ou não teria paz pelo
resto da vida.
Como estamos com muito trabalho, o dia passa rapidamente e já no
final da tarde vou para casa correndo.
Quero cozinhar para Oliver novamente já que não comemos nada da
comida que preparei no dia anterior.
Quando chego em casa, Mara não gosta nadinha quando falo que
vou cozinhar novamente, mas finjo não escutar suas reclamações. sendo
assim, a única opção que sobra para ela é me ajudar a preparar o jantar,
mesmo contra a sua vontade.
Depois de tudo pronto, deixo a Mara ajeitando tudo na mesa e subo
para tomar banho, já que Oliver deve estar para chegar.
Eu quero esta prontinha para o meu marido, hoje, serei a sobremesa
dele.
Depois de tomar banho e trocar de roupas, desço para esperá-lo na
sala.
Os minutos passam e logo se vai uma hora.
Oliver não aparece e isso começa a me preocupar, ainda mais depois
que percebi a chuva forte que está caindo lá fora.
Espero por mais alguns minutos e quando vejo que já são oito horas
da noite, não consigo mais ficar parada. Então, resolvo ameaçar algum dos
seguranças para que me dê informações do paradeiro de Oliver Thomson.
— Onde ele está? — Nem espero o segurança entrar direito dentro
de casa e já pergunto.
— A senhora mandou me chamar para saber do chefe?
— Não responda a minha pergunta com outra, você entendeu muito
bem o que falei. Agora diga onde o meu marido se enfiou.
— Senhora...
— Tem certeza de que quer fazer isso? Eu posso deixar a sua vida
muito difícil e acho que já percebeu isso. Diga agora mesmo onde Oliver
está ou se aconteceu alguma coisa com ele, ou vou ligar para a mansão
Thomson e informar ao meu sogro que meu marido desapareceu.
— Tudo bem, eu falo, a senhora chega a ser pior do que o chefe.
— Ainda bem que sabe disso, agora desembucha de vez.
Ele respira fundo.
— O chefe está na mansão dele, recebeu uma ligação e foi até lá. É
tudo o que sei e nem adianta pedir que ninguém vai...
— Me leve até lá agora mesmo.
— Era isso que eu ia dizer — diz coçando a testa.
— Ou me levam até lá, ou eu vou dirigindo sozinha, é você quem
escolhe.
— Eu tenho opção?
— Não.
— Então vamos, mas se o chefe quiser me matar eu vou dizer que
fui ameaçado pela senhora.
— Vocês têm tanto medo dele assim?
— Sim, temos e muito, a senhora deveria ter também.
— Isso nunca, Oliver não me assusta nem um pouquinho. Agora
vamos que quero saber o que ele está fazendo naquele lugar.
O homem me leva até a mansão do meu marido contra sua vontade e
faz o caminho todo resmungando no meu ouvido. O pior é a chuva que não
cessa nem um pouco, muito pelo contrário.
Assim que chegamos na imensa propriedade que chega a ser muito
maior do que a minha, a nossa entrada é logo liberada, mas não sou vista
pelo segurança da guarita e é melhor assim. Se Oliver está mesmo dentro
dessa casa, não quero que ele seja avisado da minha presença.
O carro é estacionado na garagem e fico besta com a quantidade de
carros que Oliver tem.
Mas não tenho muito tempo para admirar os carros, quero saber o
que ele está fazendo aqui.
Vou até à porta da frente e ao tentar abri-la vejo que está fechada,
mas consigo ver o vulto de alguém do lado de dentro. Então começo a bater
à porta com força, já começando a ficar muito nervosa.
Porém, nada do que eu pensei me preparou para a cena que eu vejo
quando a porta é aberta pela mesma vadia de sempre.
Ela está vestida com uma camisa social de mangas compridas, que
tenho certeza ser do meu marido, e o filho da puta está logo atrás dela
apenas de calça, com a camisa aberta e o cabelo molhado.
A mulher a minha frente não tem coragem de pronunciar uma única
palavra e tudo o que faz é abaixar a cabeça, como se estivesse com
vergonha. Já Oliver está pálido, feito um fantasma.
Ele sabe que dessa vez não tem mais volta, simplesmente acabou.
CAPÍTULO 61
Momentos antes...
Eu já estava saindo da empresa, muito depois do horário
Aeroporto!?
— Andreza o que estamos fazendo no aeroporto?
— Mudança de planos, você vai para Nova York.
— Nova York!
— Sim, Nova York, a não ser que queira voltar para o seu marido.
— Qual é o plano? Porque Oliver tem uma belíssima e gigante filial
em Nova York.
— Não se preocupe quanto a isso, tenho quase certeza que ele vai
contratar os serviços do Dylan para te encontrar. Depois da fuga de Stela,
logo em seguida a minha, meu marido melhorou e muito seus métodos. Mas
eu te tirei do sistema, não existe mais Bruna Harper e nem Bruna Thomson,
nunca existiu.
— E como vou fazer para sobreviver em Nova York se eu não
existo?
— Com isso aqui. — Entrega uma bolsa e ao abri-la vejo vários
documentos.
— Esses documentos são verdadeiros e esse cartão do banco não
tem limites. É com esse dinheiro que você vai se manter e se sustentar até o
bebê nascer.
— Não posso aceitar o seu dinheiro.
— Então vamos voltar agora mesmo.
— Não, Andreza...
— Bruna, olha aqui, você me pediu ajuda e me compadeci da sua
história. Eu gosto de você e te considero uma amiga, mas estou quebrando
uma promessa que fiz ao meu marido de nunca mais ajudar ninguém a
fugir.
“Quando Dylan descobrir, porque ele vai descobrir que eu te ajudei,
vou ter muitos problemas. Então, o mínimo que você pode fazer é aceitar
meu dinheiro.
“Não sei se vou poder manter contato com você, Dylan vai rastrear
todas as suas amizades incluindo a mim, para ver se você vai entrar em
contato.
“Você não vai poder ligar para ninguém, nem mesmo para a sua
mãe.
“Se você quer mesmo fazer isso, tenha em mente que Bruna Harper
morre no momento em que descer desse carro, essa é a consequência da sua
escolha.
“Esse é o seu destino, recomeçar do zero, sozinha, e sem ajuda de
ninguém.
“Tudo o que terá à disposição serão esses documentos e esse cartão.
“Apenas eu tenho acesso a essa conta e é assim que vou saber que
você está bem, pela sua movimentação bancária.
“É pegar ou largar.
“Se não aceitar meus termos, ligo para Oliver agora mesmo e se
você não usar o cartão eu também aviso a ele e te entrego.
“Pense bem no que vai fazer, não me decepcione e nem faça eu me
arrepender de tê-la ajudado.”
— Tudo bem, eu aceito seus termos.
É então que nos abraçamos e nos despedimos.
Ela não me deixa descer do carro sem antes me explicar tudo o que
preciso saber. Depois de me fazer prometer que vou seguir todas as suas
orientações, saio do carro indo rumo a minha nova vida, longe do meu
grande amor.
— Sete meses, Dylan. Estou longe da minha esposa há sete miseráveis
meses — digo me controlando para não perder de vez a paciência.
Nada tira da minha cabeça que foi a mulher dele que ajudou a minha a
fugir.
Bruna não escaparia de mim, assim tão fácil.
— Eu fiquei três anos longe da minha esposa, sete meses não é nada.
— Vai se foder, Ivan — digo tomando o copo de uísque da mão dele e
bebendo.
— Já tentei sondar a Olivia, mas ela não abre o bico e jura que não sabe o
paradeiro de Bruna. Mas que diabos você fez para a sua mulher te deixar assim?
— Acho que a mesma coisa que vocês três fizeram. Eu não suporto ficar
mais um dia sequer longe da minha mulher. Causei a morte do meu filho e, no dia
seguinte, ela desapareceu em menos de dez minutos. Aquela tentativa de assalto
foi muito estranha, tudo para tirar a atenção dos seguranças dela, para que
conseguisse escapar.
— Como pode ter tanta certeza disso, Oliver? — Dylan pergunta me
encarando.
— Porque justamente quando isso aconteceu as câmeras do hospital
resolveram parar de funcionar misteriosamente e só um hacker muito bom para
conseguir fazer isso.
— Andreza — os três respondem juntos, nos fazendo perceber que minha
esposa resolveu seguir o exemplo das amigas, as senhoras Maskio fujonas.
— Filha da mãe! A Andreza me paga, ela tinha me prometido — Dylan
responde caindo em si e confirmando as minhas suspeitas.
— Você não se atreva a fazer nada com a minha irmã. — Carlos encara o
cunhado, protegendo a irmã querida.
— Andreza é desse jeito por sua culpa e do Ivan que nunca colocaram um
limite — Dylan diz exaltado.
— Andreza é sua esposa, idiota, já esqueceu o que ela fez quando tentamos
colocar limites nela?
“Você sabia muito bem com quem estava se envolvendo quando resolveu
cair de amores por ela.
“E você não pode nem reclamar, Dylan, faz tudo o que ela quer também.
“Andreza é mimada e sempre foi, nunca escondeu isso de ninguém.
“Ela é inteligente e quando se encantou pelos seus brinquedinhos se tornou
uma hacker tão boa quanto você.
“Mais uma vez foi passado para trás pela princesinha Maskio.”
Carlos retruca encarando Dylan.
— E nessa história ela tinha que ajudar justo a minha esposa? — pergunto.
— Se te serve de consolo, ela ajudou a minha também, e olha que, na
época, nem sabia usar o computador direito. Levei três anos para encontrar a
minha mulher e encontrei por acidente. Agora imagina quanto tempo você vai
passar para encontrar a sua, com Andreza sabendo hackear sistemas.
— Ivan, eu já mandei você ir se foder quantas vezes hoje?
— Várias, mas eu me divirto com isso. Eu realmente achei que não iria
mais ter nenhuma esposa fujona, mas minha prima vem e me surpreende mais uma
vez — o idiota do Ivan diz rindo, se divertindo com a minha cara.
Quando vou responder, Anthony e Collin entram na sala, onde estamos
todos conversando.
— Conseguiram descobrir alguma coisa?
— Nada, se Amanda e Emily sabem de alguma coisa são muito boas em
guardar segredo — Collin responde.
— Elas não fariam isso, são minhas amigas e se soubessem de algo já
teriam falado — digo cabisbaixo.
Eles se juntam a nós, na mesa, e observo Fred só de longe nos observando
e escutando a nossa conversa.
As coisas entre nós dois não estão muito boas, ele me culpa pelo
desaparecimento da filha e pelo sofrimento da mulher dele, tanto que nossa última
conversa terminou em socos e pontapés.
Como tem acontecido com frequência, mais uma vez me perco na
conversa, porque não consigo me concentrar em nada nesses últimos sete meses.
Meus pensamentos estão em Bruna, vinte quatro horas por dia, sete dias por
semana.
— Thomson, seu celular está tocando — Collin diz me tirando dos meus
pensamentos.
Olho para o aparelho ao meu lado e estranho ao ver o número que está me
ligando.
Esse telefone é particular e poucas pessoas têm acesso a ele.
— Eu não reconheço esse número.
Dylan logo fica em alerta assim como todos os outros na mesa, até Fred
que estava distante se aproxima, me encarando.
— Vou rastrear a ligação, ao meu sinal você atende.
Dylan pega um aparelho do bolso, mexe em alguma coisa e ao seu sinal,
atendo a ligação.
— Alô.
— Como vai, Rei do Petróleo, eu tenho uma coisa que sei que vai te
interessar muito.
Reconheço essa voz, mas não me lembro de onde.
— Você não pode ter nada que me interessa, sou um homem de gostos
peculiares. — Quando termino de falar, ouço um grito que me parte o coração.
— OLIVERRRRR...
— Eu tenho a sua rainha e você tem doze horas para transferir cem
milhões de dólares para a conta que vou te passar por mensagem. Nem um minuto
a mais, nem um minuto a menos, ou o precioso sangue de sua rainha irá ser
derramado. Meus parabéns pelo bebê, Bruna está radiante grávida, seu idiota. Ela
te passou a perna direitinho, essa é a minha garota.
Sinto meu coração querer sair pela boca.
Agora, sim, eu reconheço essa voz, Bruce Harper.
— Se você encostar um dedo na minha mulher, eu vou te matar
lentamente, seu desgraçado.
— Você não dita as regras agora, Thomson, mas eu. Doze horas ou Bruna e
seu precioso herdeiro morrem, vamos ver quem é o demônio agora.
— Eu não sou um demônio, eu sou o próprio Diabo e você mexeu com a
pessoa errada agora, seu desgraçado.
Ele desliga assim que eu termino de falar para a minha aflição.
— Dylan, onde ela está — pergunto desesperado.
— Nova York, consegui até o endereço de onde o desgraçado fez a ligação.
Vou hackear todas as câmeras de segurança ao redor da localização e até mesmo a
câmera do celular. Se ele estiver com ela, vamos poder vê-la.
— Carlos, Dylan, juntem os nossos melhores homens aos de Oliver. Vamos
todos para Nova York com um verdadeiro exército para resgatar a senhora
Thomson — Ivan dá a ordem, como chefe da família e do império Maskio.
Quando ele ordena, ninguém pode o contrariar, mas obedecer sem
questionar.
— Fred, vamos à caça, vou entregar o desgraçado nas suas mãos para que
dê a ele uma morte lenta, como é a sua especialidade.
— Vou fazer isso com o maior prazer do mundo.
O destino de Bruce Harper não será outro a não ser uma morte lenta e
dolorosa, por ter se atrevido a encostar suas mãos imundas em minha mulher.
CAPÍTULO 65
bancária.
Sentia muita falta da minha mãe, mas sabia que não poderia entrar em
contato com ela.
Porém, no momento certo daria notícias, pois, tenho certeza de que ela
deve estar com os nervos à flor da pele, achando que algo de ruim aconteceu
comigo.
Pedi para que Andreza desse um jeito de entregar uma carta que escrevi
para ela, às pressas, antes de sair do carro.
Durante esse tempo todo, o que eu fiz foi descansar e aproveitar a cidade
de Nova York.
Isso até o dia de hoje quando caí nas mãos do meu pai que me sequestrou
para tirar dinheiro do Oliver.
— Seu querido marido, está desesperado, uma presa fácil de ser pega —
meu pai diz com um ódio descomunal.
— Por que está fazendo isso, papai?
Em vez de responder, ele dá um tapa forte na minha cara, me fazendo
sangrar no canto da boca.
— Não me chame de pai, sua vagabunda vadia, eu não posso ter filhos.
Quando me casei com sua mãe, ela já estava grávida de você e fui obrigado a te
criar como minha.
Não pode ser, ele só pode estar mentindo.
— Isso não pode ser verdade, minha mãe nunca faria isso.
— Sua mãe é pior do que você.
— Isso é mentira.
— É a mais pura verdade, e o destino é tão filho da puta que te fez cair
justamente na família do seu querido papai.
— Do que está falando? O senhor só pode estar ficando louco.
— Fred, sua idiota, creio que já deve ter conhecido o primo do seu marido.
Meu coração acelera no peito com a informação.
Agora tudo começa a fazer sentido na minha cabeça, todo o cuidado que
Fred tinha comigo, era porque ele é meu verdadeiro pai.
— Meu Deus!
— Como pode ver, sua mãe não é nenhuma santa. Eu a fiz largar Fred, a
amedrontando, dizendo que ele era um monstro e a idiota acreditou. Mal sabia ela
que eu era o verdadeiro monstro. Mas ela tinha a boceta tão gostosa que valeu a
pena te criar para poder comê-la quantas vezes eu quisesse.
— Você é realmente um monstro.
— É, eu sou sim. Quando sua mãe descobriu que tinha caído nas minhas
garras quis me deixar, mas eu a ameacei com a sua vida e ela ficou quietinha
durante todos esses anos.
“Minha vida estava perfeita até o dia em que você resolveu aparecer
naquela sala de jogos e cair nas graças de Oliver Thomson.
“Naquele dia, percebi que você seria dele e desde então eu te observo de
longe, esperando o momento certo para agir.
“Você facilitou muito a minha vida se afastando da proteção que ele te
dava.
“Agora eu vou arrancar cem milhões de dólares do idiota para que ele
tenha a mulher dele de volta e eu vou ficar rico.”
Ele joga tudo de uma vez para fora, me deixando em choque com o seu
sorriso macabro que me assusta.
Tudo o que eu quero agora é sair da espelunca onde me encontro.
— Oliver irá matá-lo, me solte e vá embora antes que seja tarde demais.
Você está sozinho e ele tem um exército de homens. Será que não vê que esse é o
seu fim?
— Ele não vai fazer nada comigo apontando uma arma na sua cabeça.
— O senhor é louco, me solta.
— Cala sua boca se não quiser levar outro tapa. Vai ficar amarrada aí até o
dinheiro estar na minha conta e depois que eu ver os vários zeros brilhando, eu te
solto.
Ele ainda não entendeu que Oliver nunca vai cair na chantagem dele.
O homem que até o dia de hoje achava ser meu pai sai da sala nojenta onde
me encontro amarrada em uma cadeira. Sinto uma pressão na minha barriga e
começo a ficar com medo de entrar em trabalho de parto já que estou só esperando
o momento do meu filho nascer.
Eu nunca imaginei que ao sair para caminhar iria ser sequestrada pelo até
então meu pai.
As horas passam e logo o dia amanhece. Não consigo dormir e a dor nas
minhas costas aumentam enquanto sinto meu bebê mexer mais do que o normal.
Preciso dar um jeito de sair daqui antes que o pior aconteça, mas não
consigo me mexer.
De repente, escuto uma movimentação estranha do lado de fora da casa e
me assusto.
— Seu marido está querendo fazer besteira, inferno! — Bruce entra na sala
desesperado o que não é nada bom.
— Achava mesmo que iria chantagear Oliver Thomson e ele iria ficar
quieto?
— Eu te mato antes que ele tente...
Ele nem terminar de falar e sinto seu sangue espirrar no meu rosto.
— INFERNO! — grita antes de cair no chão.
Vejo que ele foi atingido com um tiro no ombro que não sei de onde saiu.
Estou tão em choque que não vejo o momento que Oliver entra e vem até
mim.
— Meu amor, amor, você está bem? — diz me desamarrando e tudo o que
consigo fazer é chorar.
— Você me achou.
— Você é minha, claro que te acharia cedo ou tarde.
— Nosso filho.
— Eu sei e sou o homem mais feliz do mundo por te encontrar. Vou cuidar
de vocês agora.
Assim que ele me levanta da cadeira, vejo o que o infeliz do Bruce
pretende fazer.
Oliver baixou a guarda se concentrando em mim, mas eu não vou suportar
a dor de perdê-lo. Prefiro morrer em seu lugar e ele poderá criar nosso filho.
Então, antes que o pior aconteça, eu o abraço forte e o viro de uma vez
levando um tiro certeiro em minhas costas.
Vejo Oliver com um semblante de dor, mas ele não está machucado, a dor
dele é da perda.
Ele me segura em seus braços e vejo quando vários homens entram na sala,
inclusive Fred que descobri ser meu verdadeiro pai.
— Oliver, não permita que minha filha morra, faça alguma coisa.
— Paiiiii.
— Meu Deus, Bruna, não me deixe agora que senti o prazer de ser
chamado de pai pela primeira vez na minha vida — Fred diz emocionado.
Oliver começa a chorar e grita por socorro.
— Me prometa que vai cuidar da minha mãe, papai.
— Não me faça fazer promessas, você não vai morrer — meu pai diz
passando a mão delicadamente no meu rosto.
— Fred, mata o infeliz do Bruce da pior maneira possível, vou salvar a
vida da nossa garota.
Oliver me pega no colo e corre comigo, para dentro de um carro.
No caminho, vejo um batalhão de homens espalhados por todos os lados.
O carro logo é posto em movimento, mas sinto minhas forças abandonando
meu corpo.
— Oliver…
— Não fala nada, amor, você vai ficar bem.
— Eu não sei se isso vai ser possível.
— Não fale besteira, Bruna, pela primeira vez na vida faça o que eu digo.
Tento sorrir, mas a dor é grande demais e sinto que vou sufocar.
— Acho que vou ter que desobedecer você mais uma vez.
— Não fale isso, meu amor, não vou suportar viver em um mundo sem
você.
— Terá o nosso filho. Me prometa que a vida dele será a sua prioridade e
que vai criá-lo com todo amor e carinho do mundo.
— Não posso, eu preciso de você.
— Eu te amo e não vou morrer em paz se você não me prometer isso.
— Você não vai morrer, não vou deixar.
— Me prometa, Oliver. — Percebo que ele está lutando contra a dor que
sente.
— Eu prometo, eu te amo.
— Eu também te amo e me perdoe por ter fugido de você.
— Não fala nada, fica quietinha.
Enxugo suas lágrimas e ele beija meus lábios.
Antes que minhas forças me abandonem de vez, eu me declaro para meu
marido.
— Eu te amo mais do que tudo nessa vida. Você foi e vai ser o meu único e
grande amor. — Com isso fecho os olhos e a escuridão domina a minha mente e
meu corpo.
CAPÍTULO 66
Fim.
AGRADECIMENTO
Olá, meninas!!
Sou Linda Evangelista, tenho trinta e cinco anos, sou casada, mãe e
estudante de engenharia civil, cursando os últimos períodos da faculdade.
Apaixonada por literatura em suas diversas ramificações de escrita e
gênero, e é nesse meu "paraíso particular" em que me conecto a música e
viajo pelo alfabeto de letras, linguagens e infinitas possibilidades. É daí que
sai minhas inspirações que muitos já conhecem.
Inicialmente, escrever era um hobby e hoje faço disso a minha
profissão, pois amo escrever.
E assim deixo um pouquinho de mim, em cada livro escrito, com
pequenas doses de sonhos, homens lindos, românticos, possessivos e ricos,
quase donos do mundo.
Mas que se deixam ser de uma única dona, de mulheres lindas que
são donas de si e amam serem chamadas de MINHA pelo mesmo homem
lindo, romântico e possessivo.
Agradeço a cada uma de vocês que leem meus livros esse quiserem,
me sigam nas diversas mídias sociais para saberem das novidades e
próximos lançamentos.
REDES SOCIAIS DA AUTORA
OBRAS DA AUTORA
O PROMETIDA AO CEO
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SINOPSE
Anthony Johnson, CEO do grupo Johnson, arrogante, bonito,
sedutor e mulherengo, se vê obrigado a ficar noivo de uma garota que
nunca viu, depois que seu pai descobriu que seu antigo relacionamento não
passava de um acordo entre amigos.
Emily Dawson, linda, doce e inocente, descobre que seu pai
negociou seu futuro em troca de salvar a empresa da família, que está à
beira da falência, ficando furiosa e decepcionada. Ela nunca pensou que o
homem que lhe deu a vida seria capaz de cometer tal absurdo. Seu sonho é
se tornar uma grande artista plástica e se casar não está em seus planos, mas
como não tem opção, acaba aceitando o compromisso pelo bem da família.
Anthony, não quer se casar, mas se vê desafiado por uma linda
mulher que só o rejeita desde que se conheceram. Já Emily só pensa em
uma maneira de se livrar desse compromisso.
O casamento é eminente e os dois precisam encontrar uma forma de
conviverem sem se matarem. Eles terão que correr atrás do tempo perdido,
além de ter muito o que acertar para que enfim consigam ficar juntos.
Um jogo de gato e rato que poderá resultar em um sentimento muito
forte que será posto à prova.
Qual dos dois irá ceder primeiro a esse jogo de sedução?
Anthony resistirá aos encantos da doce e pura, Emily?
Emily conseguirá fisgar o gostosão?
Não se enganem, até a mais inocente das mulheres pode virar o
Diabo quando se sente humilhada e desafiada. Assim como até mesmo o
cara mais mulherengo e arrogante, poderá se render aos encantos da mulher
que ele jurou não amar.
Collin Advogado do Inferno
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SINOPSE
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SINOPSE
Honra, família e poder até onde essas três palavras podem te levar?
Para Jonh Schimidt, essas são as palavras que definem sua vida,
tanto que mesmo contra sua vontade ele aceita um casamento por contrato,
imposto por seu pai.
Empresário em ascensão com grande visibilidade só falta uma
esposa para ter maior respeito em seu meio e enfim ter um herdeiro para
carregar seu sobrenome pelas gerações futuras.
Amelie Queen, jovem sonhadora que vê seu futuro ser negociado a
fim de manter o patrimônio da família e a garantia de uma vida confortável,
já que é a única herdeira da sua família.
Após um contrato de casamento ser firmado, Amelie se tornar a
noiva do poderoso Jonh Schimidt, porém, amor não faz parte dessa
equação.
Ela sonha conquistar o amor do marido, já a ele interessa apenas
uma esposa troféu e um herdeiro para dar continuidade ao seu império que
começa a ser moldado.
Porém, Jonh Schimidt não nega o sangue que corre em suas veias e
a possessividade por sua esposa até então intocada, surge com força
abalando as estruturas do homem que se nega a ter sentimentos
considerados por eles banais.
Há atração, química, tesão, fogo, mas ele não assume isso, até
porque pensa que seu coração pertence a outra pessoa que ele não pode
assumir e torná-la sua esposa.
Jonh deve respeitar sua esposa e a família que está construindo,
porém, sua paixão estará entre essa obrigação quando a passa a conviver
diariamente em sua casa e não aceita ser “abandonada por ele”.
Intrigas, traição, amor, arrependimento, segunda chance e perdão
serão o plano de fundo dessa história de amor nada convencional, onde a
honra deve estar acima de tudo.
A ESCOLHA DELE
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SINOPSE
Riccardo Bianchi passou boa parte da sua vida sendo treinado para
assumir o lugar do seu pai em uma das mais tradicionais máfias, a Cosa
Nostra.
A fim de torná-lo o Don mais implacável da história, seu pai se
certifica de tirar qualquer tipo de sentimento e humanidade que ele possa
ter, o tornando frio, uma verdadeira máquina de matar e torturar.
Sua única paixão são os cavalos, tanto que ele tem constrói um
centro de hipismo de referência na Itália.
Sua fama com o passar do tempo o precede e um dos seus muitos
nomes é Diabo.
Mas há um, porém, para ele se tornar um Don respeitável, precisa se
casar, algo que não deseja fazer mesmo sendo pressionado por todos.
Pelo menos era o que ele queria até uma linda mulher de cabelo
longo, olhos marcantes e corpo perfeito cruzar seu caminho, chamando sua
atenção.
Ele não sabe quem ela é, mas a deseja intensamente e a quer para si.
Lorena Bernardi, é uma linda mulher, com a personalidade forte
que não se deixa dobrar por nada. Apesar de ser filha da máfia, ela teve
oportunidade de estudar e se formou na profissão que tanto ama. Ela é a
veterinária-chefe do centro de hipismo e uma amazona premiada, detentora
de inúmeras medalhas de ouro.
Diferente das mulheres da máfia, ela tem voz e se faz se respeitar.
Aqueles que tentam algo contra sua vontade ou tentam diminui-la
provam algo amargo e doloroso.
Ela tem tudo o que sempre quis até seu caminho se cruzar com o já
Don, Riccardo, em uma das suas noites de diversão.
Ele a deseja, ela sente repulsa...
Ela quer liberdade, ele quer ensiná-la a ser submissa...
Ela é apocalíptica, ele o apocalipse...
Um casamento forçado, obrigações com a máfia, chantagem e
inimigos fazem parte do plano de fundo dessa história explosiva onde
desejo e raiva se misturam.
ALIANÇA DO SUBCHEFE
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