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Era a primeira vez que ficaria um bom tempo longe da minha bebê,
estava um pouco nervosa.
— Tudo bem? Você já olhou as mamadeiras com leite umas três
vezes — dona Josefina questionou.
Fernandinha já estava pronta, no carrinho e bem sonolenta, só
estavam esperando-me terminar de organizar a bolsinha dela.
— Não quero atrapalhar a senhora — disse a verdade.
— Meu plano, lembra? Não está atrapalhando coisa alguma —
falou, caminhando para perto de mim e segurando minhas mãos. — Você
não faz ideia do quanto estou feliz por vocês entrarem nas nossas vidas,
muito mais feliz ao saber que você e César estão juntos. Meu sonho era ser
avó e eu ganhei a mais linda das netas e uma nora e filha maravilhosa, estou
tão feliz que isso é o mínimo que eu posso fazer.
Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu chorei, olhando-a.
— Eu sou uma sortuda por ter vocês — falei, abraçando-a bem
apertado.
— Não chore, filha, nunca mais vai precisar passar por tudo
sozinha, somos a sua família agora, aqui é o seu lar e sempre será —
garantiu.
— Obrigada — falei, me afastando do abraço ao ouvir o som da
buzina.
— Não precisa agradecer. Agora vá que ele está te esperando, eu
vou cuidar dessa pequena aqui, pode ficar tranquila.
Beijei a testa da Fernandinha, prometendo voltar logo, e o rosto da
minha sogra.
Sogra, mesmo sendo a minha segunda relação, Josefina era a minha
primeira sogra e eu tive uma sorte tão grande.
Quando abri o portão, vi César em uma moto e arregalei os olhos,
surpresa.
Eu sabia que ele tinha uma, mas nunca andei com ele, já que sempre
estávamos com a bebê.
— Jantar, hum? — brinquei, com um sorriso, vendo-o descer e se
aproximar de mim.
— Ah, confesso que amei a ideia da velha. — Beijou-me. — Você
está linda — falou, olhando-me dos pés à cabeça com um sorriso safado
brincando no seu rosto bonito.
Sorri, contente.
Eu escolhi um vestido noturno, que não usava havia um bom tempo,
era no tom verde escuro, nada vulgar, mas ousado a ponto de me sentir
atraente e elegante.
— Você também está — falei, olhando-o com atenção, estava muito
bem-vestido em tons neutros. — Vamos para algum lugar específico?
— Acredita que ela fez até a reserva em um restaurante aqui perto?
— perguntou, colocando o capacete em mim.
— Estava tudo milimetricamente pensado, pelo visto.
— Ela não tem freio e dificilmente aceita um não, você já deve ter
percebido — comentou.
— Sim, ela é única.
— Ela é a melhor mãe do mundo, sabe do que preciso antes mesmo
de mim — garantiu, com um brilho orgulhoso no olhar.
Ele subiu na moto e indicou que era a minha vez.
— Tem medo? — questionou.
— Não, na verdade, eu adoro — respondi, subindo atrás dele e
segurando-o na cintura.
— Vou querer saber mais sobre isso no jantar — falou, guiando-nos.
O restaurante era muito bem decorado e bonito. Um ambiente
acolhedor e romântico, percebi muitos casais enquanto andávamos até a
nossa mesa.
Deixei que César pedisse os nossos pratos e, quando ficamos
sozinhos, ele perguntou sobre o meu gosto por motos.
— Não que eu entenda muito, mas Fernando adorava e tinha uma,
por isso não tenho medo — contei. Com César, eu já não sentia mais receio
em falar sobre o meu passado, pelo contrário, sentia mais e mais vontade de
me abrir, queria que ele soubesse de tudo.
— Eu adoro também, comprei uma antes mesmo de comprar um
carro, meus pais odiaram por causa do perigo.
— Compreensível.
— Não quis ficar com a do Fernando para você? — questionou,
curioso.
— Eu precisei vender, não tínhamos carro e ela era o bem de maior
valor. Usei o dinheiro para deixar a cidade natal dele.
César ergueu as sobrancelhas, surpreso.
— Vocês não eram daqui? — questionou, seus olhos fixos nos meus.
— Eu, sim, por isso voltei. Ele não nasceu aqui, mas ficou em um
dos lares dessa cidade por anos, até que a...
O garçom chegou com os nossos pratos, cortando a nossa conversa.
Agradecemos quando ele nos serviu.
Percebi que César optou por manter um assunto mais tranquilo
durante o jantar. Focando na minha reunião de mais cedo com a Iracema,
contei cada detalhe, exceto a parte da gravidez, já que isso era ela quem
deveria contar.
Mesmo querendo muito falar sobre meu passado, explicar o que me
trouxe de volta na cidade e por que tinha tanto medo, eu também optei por
apenas curtir o nosso primeiro jantar juntos.
Ao deixarmos o restaurante, ele questionou: — Quer ir para a sua
casa?
— Não ainda, acabei de falar com a sua mãe, e a Fernandinha está
dormindo como um anjinho, palavras dela — sorri ao dizer.
— Minha casa então? Ou quer ir a algum outro lugar?
Eu me aproximei dele, enlaçando seu pescoço com os meus braços.
— Quero ficar sozinha com você, não sei quando teremos outra
oportunidade. — Beijei-o nos lábios e fui correspondida com anseio.
— Não faz ideia do quanto eu queria ouvir isso.
— E por que não sugeriu? — questionei.
— Porque queria que partisse de você, só assim saberia que estava
completamente à vontade e entregue para mim.
Arqueei a sobrancelha.
— Achei que isso já estava evidente depois da nossa noite na minha
cozinha.
Ele coçou a nuca, me olhando com um sorriso.
— Você me enlouquece, Simone, muito, meu desejo venceu naquele
dia, e depois de sentir seu gosto, de ver o quanto estava entregue, eu não
consigo mais pensar na ideia de ir com calma, só quero você.
— Então vamos para a sua casa, porque eu também o quero.
Não prestei atenção no caminho e assim que César fechou a porta da
casa dele, eu o beijei com tudo o que estava retido dentro de mim.
Luxúria. Pressa. Paixão. Ansiedade. Amor. Tudo de mim para ele e
fui correspondida à altura.
Eu senti meus pés deixarem o chão e enlacei sua cintura com as
minhas pernas, sentindo o membro rijo se esfregar na minha calcinha
molhada.
— Desejo fazer amor com você, Simone — falou, mordendo meu
pescoço. — Quero saborear cada parte do seu corpo, sem pressa...
Começou a caminhar comigo em seus braços, nossos lábios unidos,
minhas mãos explorando cada parte do seu delicioso corpo.
César não me colocou na cama, ao contrário, ele me deixou em pé,
enquanto me despia do vestido que se tornou uma poça de tecido aos meus
pés, revelando a lingerie branca. Olhei com receio para a luz do seu abajur
acessa.
— Nada disso, quero ver tudo, cada parte — falou, tocando meu
queixo com carinho, fazendo-me voltar a olhá-lo.
— César, eu estou me sentindo insegura com meu corpo após a
gravidez.
— Eu sei das suas inseguranças, mas comigo não precisa ser assim,
eu amo cada parte sua, cada... parte... — ressaltou, olhando-me por inteira,
desejo e amor brilhavam nos seus olhos.
Mordi o lábio inferior e me despi do meu sutiã, revelando meus
seios enormes graças ao leite materno. Os olhos dele foram diretos para lá,
logo depois suas mãos os acariciaram, apertando levemente o bico de forma
prazerosa.
— Céus! — gemi, eu iria desmoronar ali, de tão bambas que as
minhas pernas estavam.
Ele retirou a camisa, revelando a tatuagem no braço esquerdo, linda,
incrivelmente ela o deixava ainda mais atraente para mim. Passei meu dedo
por cada desenho, seguindo com o olhar e notando que acabava antes de
alcançar o meio das costas.
— É linda — sussurrei.
— A única linda aqui é você — ele proferiu, puxando-me pelo
pescoço e novamente selando nossos lábios enquanto nos deitava na cama.
Oh, finalmente eu o teria inteiro para mim.
— Quero você sem calma, sem receio. Eu quero tudo de você —
pedi, quase que suplicando.
— Eu sou seu, desde o dia em que coloquei os olhos em você, sou
seu — jurou.
Desci a mão pela sua barriga, até alcançar a ponta da calça jeans e a
desabotoei, livrando-o dela.
Naquela boxer vermelha, César era ainda mais perfeito aos meus
olhos.
Sem se despir totalmente, ele tirou a minha calcinha, mantendo-me
ainda deitada enquanto distribuía beijos por todo o meu corpo, descendo e
descendo cada vez mais.
Sua calmaria era torturante e deliciosamente viciante.
Sua língua experiente rolou em volta do meu umbigo e desceu mais,
alcançando o meu ponto mais sensível, que ele chupou, dessa vez com
anseio, como se estivesse louco por isso.
— Simone, Simone, Simone, o que foi que você fez comigo? —
perguntou, alternando entre manter seus lábios em mim, chupando-me, e
falar.
Joguei o corpo para trás, dessa vez gemendo sem receio, já que
estávamos sozinhos.
Fui dominada por um clímax ainda mais forte que o primeiro que
tive nos braços dele, que me fez curvar o corpo sobre a cama, entregue,
maleável, perdida na eletricidade que só ele sabia despertar em mim.
César voltou a me beijar, dessa vez com mais pressa, parecia
perdido em seu próprio desejo. Com sua ajuda, o libertei da cueca boxer,
vendo seu membro rijo e grande pela primeira vez.
Minha boca salivou para prová-lo, mas o homem tinha outra ideia
em mente quando se preveniu e me possuiu de uma vez só, unificando
nossos gemidos de prazer, conectando nossos corpos com algo além do
sexo, era amor, sempre foi amor.
O sentimento estava presente em cada investida, ora lento, ora
rápido, acompanhando-me ao prazer intenso com suas estocadas e beijos
carinhosos.
Eu o amava com todo o meu coração.
Porra! Fazer amor com a Simone foi melhor do que eu imaginei que
seria, e eu imaginei diversas vezes.
Tê-la ali, completamente entregue a mim, era uma das coisas que eu
queria ter sempre na minha vida.
— O que está pensando? — ela perguntou, deitada nos meus braços,
olhando-me. — Você está sorrindo.
— Isso aqui — apontei para os nossos corpos nus deitados lado a
lado, apenas os lençóis nos cobrindo — é o motivo do meu sorriso. Quero
tê-la para sempre aqui.
Ela também sorriu.
— É o que eu mais quero também, amo você, César, você me
conquistou aos poucos, começou curando meu coração ferido para, logo
depois, usurpá-lo apenas para si, e desde então eu não consigo imaginar a
minha vida sem você.
Virei meu corpo de lado, ficando meio erguido em cima dela.
— Eu quero você e a Fernandinha comigo porque eu as amo, se me
permitir, eu irei criá-la e amá-la como se fosse minha filha — falei, sendo o
mais sincero possível.
Eu já amava aquela bebê como uma filha, ela roubou meu coração
desde que a vi tão pequenina naquele berço hospitalar.
Simone mordeu o lábio inferior carnudo com força, tentando segurar
o choro, mas as lágrimas desceram dos seus olhos mesmo assim.
— Prometo ser um pai para ela, ser o homem que irá protegê-la,
amá-la e aconselhá-la. Quero uma vida ao lado de vocês duas, sei que ainda
é cedo, ainda é tudo novo, mas eu não ligo e acredito que você também não.
Ela secou os olhos e segurou meu rosto, dos dois lados.
— Eu, mais do que ninguém, sei o quanto a vida é curta para
perdermos tempo, e sim, eu quero tudo isso com você, mas antes preciso ser
completamente sincera sobre o meu passado, quero começar certo e para
isso preciso contar tudo.
— Eu estou aqui, sempre estarei. Só me conte quando estiver
preparada, eu não me importo com seu passado. — Fui sincero.
Simone se sentou, ainda com o lençol cobrindo seus seios e corpo.
— Não somos apenas eu e ela no mundo... — contou, cautelosa.
Franzi o cenho confuso, também me sentando na minha cama.
— Como assim? Achei que você e o Fernando fossem órfãos.
— Eu sou, meu pai morreu quando eu ainda era um bebê e a minha
mãe um pouco depois, como você já sabe. Mas o Fernando tinha uma avó
materna, Rita, e é por culpa dela que eu voltei para cá.
Percebi que as mãos dela estavam trêmulas, os olhos perdidos em
um ponto qualquer da parede do meu quarto.
— Ele era dois anos mais velho que eu, estava com dezesseis
quando ela o encontrou no lar. Rita o levou embora, mas nunca aceitou bem
que ele esperou a minha saída, ela nunca aceitou a nossa relação, fingia na
frente dele, às vezes tão bem que até eu acreditava que ela poderia ser uma
família para mim também, mas era tudo mentira, quando ele morreu, eu a
conheci de verdade, é uma mulher manipuladora, gananciosa, não descansa
até alcançar o que tanto deseja — comentou.
— Ela sabe sobre a Fernandinha? — questionei, temendo também.
Simone assentiu, me olhando com os olhos carregados de lágrimas.
— Sabe, por isso eu fugi, ela deve estar nos procurando, mas sei que
não tem dinheiro o bastante para nos encontrar, mesmo assim tenho medo
de ela conseguir e tentar tomar a minha bebê — contou.
Puxei-a para mim, abraçando-a apertado, tentando transmitir
confiança e proteção.
— Comentei com Fernando algumas vezes que sentia como ela me
olhava e desprezava, falei que acreditava que era por causa da minha cor,
mas ele nunca enxergou nada. E quando nos casamos, até eu deixei de
reparar nas atitudes dela, me sentia em casa, feliz, finalmente tinha uma
família de novo, uma casa, um emprego e planejávamos um bebê...
Ela fechou os olhos, perdida nas dores que essas lembranças
desencadeavam.
— Amor, você não precisa me contar mais nada, chega por hoje —
falei, mas ela negou com a cabeça.
— Falar ajuda e eu quero que você saiba, César... Tinha dias que eu
e Fernando estávamos desconfiando da gravidez, ele falava com a minha
barriga mesmo sem termos certeza, dizia que já amava o bebê mais que
tudo, no dia que eu confirmei a gestação, esperei ansiosa a chegada dele do
trabalho, queria contar e comemorar, mas ele nunca voltou, naquele mesmo
dia ele sofreu um acidente, caiu do terceiro andar da construção em que
trabalhava, nunca teve certeza da existência da Fernandinha.
Ela fungou, e a mim só restava apertá-la nos meus braços, sofrendo
junto da mulher que eu amava.
— Eu sinto tanto por você, pela Fernandinha e por ele também. —
Eu sabia que essas palavras não mudavam nada, não ajudavam em nada,
mas eu queria me pronunciar de alguma maneira.
— Rita surtou com a perda do neto, ela disse que não aguentaria
passar por tudo de novo, ela desmoronou, nós duas nos quebramos, nós
duas não tínhamos mais ninguém, além da bebê que eu carregava no ventre.
Fiquei com ela um tempo, mas percebi que ela estava mudada, obcecada,
por isso fugi com medo.
— Vendeu tudo e alugou aquela casinha... — completei, supondo.
— Sim, depois de tudo o que passei, comecei a entender os motivos
da Ana Maria, a mãe do Fernando, ter fugido de casa cedo, só que ela se
perdeu nas drogas, faleceu e deixou o filho sozinho em uma cidade grande
como essa, já eu lutei e lutarei até o meu último dia para não fazer isso com
a minha filha...
— E eu estarei ao seu lado para garantir que Fernanda cresça feliz e
saudável, em um lar carregado de amor, como deveria ser com todas as
crianças do mundo — prometi.
— Eu amo ainda mais você a cada minuto que se passa. — Ela me
deu um selinho.
— Rita procurava a filha quando encontrou o neto? — perguntei,
tentando entender melhor.
— Sim, não era fácil como hoje em dia, anos depois ela encontrou o
Fernando e o pegou para criar, alegava que não sabia da existência dele, que
nunca soube que a filha estava grávida, mas se é verdade, isso eu nunca
saberei.
Agora tudo estava mais claro para mim, Simone era rígida,
orgulhosa, quase impenetrável, por medo de se aproximar de alguém, já que
todos que a amavam se foram e os outros próximos fingiam a amar.
— Minha linda, você já sofreu tanto, se eu soubesse... se eu pudesse
evitar...
— Você já evitou, César. — Ela me olhou com os olhos brilhantes.
— Evitou que eu e Fernandinha ficássemos desamparadas, me ensinou a
amar de novo, me mostrou que pessoas boas ainda existem nesse mundo
cruel, e eu sou muito feliz por isso, sou muito grata por ter praticamente
pulado na frente do seu carro naquela manhã chuvosa.
Apertei-a nos meus braços, buscando, com isso, confortar o meu
coração preocupado também.
E se a tal Rita as encontrasse? E se resolvesse tentar tomar a nossa
filha? E se aparecesse na nossa porta de repente, nos pegando
desprevenidos?
Rita não era mais um problema apenas da Simone, era meu também
e eu não dormiria em paz enquanto não colocasse toda essa história em
pratos limpos.
Depois que deixei Simone na sua casa, a primeira coisa que fiz foi
procurar mais a fundo sobre o passado dela. Sabia tão pouco e não queria
perguntar para não a deixar mais assustada.
Pesquisei por acidentes no trabalho, aproximando as datas com o
início da gravidez da Fernandinha e encontrei uma pequena matéria sobre
um operário que caiu do terceiro andar de um prédio onde trabalhava como
auxiliar de construção.
Fernando Cardoso. Lembrei de quando ela disse o nome completo
no hospital, então o Cardoso era sobrenome de casada.
Depois disso, não foi difícil encontrar a tal bisavó da Fernandinha.
Tirei a sexta-feira apenas para resolver isso e viajei para o interior de São
Paulo, buscando a pessoa que poderia tentar arruinar a felicidade da minha
família.
O bom de cidade interiorana era que todos te davam informações,
bastou eu perguntar por ela a um frentista de posto de combustível e ele me
orientou o caminho.
Estacionei o carro em frente à casa que ele disse que era dela e
fiquei olhando a entrada por alguns minutos, Simone me mataria se
soubesse que eu estava aqui.
Prestes a descer, eu vi a senhorinha sair e descer a rua, seu andar era
lento, parecia debilitada e nem um pouco perigosa.
Eu a segui a pé e parei no mesmo mercado que ela, ficando sempre
alguns passos de distância.
Foi na fila do caixa que eu percebi o quanto ela era carrancuda e
mal-educada, alguém de péssimo humor.
Quando uma outra senhora que estava na frente dela a viu, as duas
começaram a conversar, não faziam questão de serem discretas.
— Como está, Rita? — perguntou, olhando-a com interesse.
— Estou levando um dia de cada vez, Lurdes, e você?
— Eu estou bem, só meu esporão que anda me matando. Alguma
novidade sobre a sua cirurgia? — a tal Lurdes questionou a amiga.
— Ligaram para confirmar, mas eu neguei, não quero operar o
coração, sei dos riscos, ainda mais na minha idade e não quero morrer antes
de conhecer a minha bisneta.
A simples menção à Fernandinha fez todo meu corpo tensionar em
alerta.
— Continua procurando por elas? — Lurdes perguntou, começando
a passar a sua compra.
— Não tenho mais idade e nem recursos para isso, ir embora foi
decisão da Simone, lembro que da última vez que discutimos, eu gritei que
pegaria a guarda da bebê, ela se assustou, na manhã seguinte já não estava
mais na minha casa, foi embora carregando a minha última família no
ventre.
— Sinto muito...
— Não sinta, não por mim, dizem que colhemos o que plantamos,
não é? Só estou colhendo tudo o que já fiz de ruim — falou com firmeza,
como se já tivesse se conformado com isso.
— Amiga, você precisa se perdoar, se dar uma segunda chance.
— Como, Lurdes? Perdi todos que eu amava. Primeiro a minha
filha, a protegi demais, sufoquei alguém que só desejava ser livre. Depois
meu neto, para logo em seguida perder também a mãe da minha bisneta,
que foi embora com ela ainda no ventre, desaparecendo do mapa. Foi tudo
culpa minha.
Foi nesse momento que Rita deixou uma lágrima solitária rolar por
seu rosto. Já era a vez dela no caixa e eu ainda não estava satisfeito com o
que ouvi.
— Estou velha, doente, quase não consigo caminhar dois quarteirões
para vir ao mercado, e uma das últimas coisas que eu queria era ao menos
conhecer a minha bisneta, mas acabei afastando a todos.
— Sou sua amiga há anos, e nunca entendi por que os afastou... —
Lurdes comentou, confusa.
— Eu poderia culpar a minha criação rigorosa, cruel e violenta, mas
não, na verdade, foi o meu egoísmo, minha autofobia, o pavor que eu tenho
de ficar só, enfim, não tem mais o que eu possa fazer a não ser esperar
minha hora chegar — falou, pegando as sacolas no caixa, deixando o
mercado ao lado da amiga, que a aguardava.
Perdi a chance de conversar com ela, por isso fiz toda a viagem de
volta para casa sem muita certeza do que foi tudo aquilo.
Por que ela mentiria para a própria amiga?
Eu não fazia ideia, mas sentia que não era mentira, talvez o medo da
Simone fosse apenas isso, um medo sem fundamento, porque a única coisa
que vi foi uma senhora debilitada, cansada apenas por caminhar até o
mercado, que queria muito conhecer a bisneta.
O que me restava era contar para a Simone sobre tudo isso e ver
qual seria a decisão dela, porque isso não cabia a mim, era decisão dela,
somente dela.
Quando César chegou em casa naquela noite, assim que abri a porta
e meus olhos se encontraram com os dele, foi impossível não recordar a
noite linda que tivemos, as declarações e promessas que fizemos.
Cumprimentei-o com um beijo nos lábios e foi aí que eu percebi que
ele estava estranho, calado demais, e isso começou a me incomodar.
— Consegui comprar uns tecidos hoje e fiz seis necessaires —
contei, puxando um assunto.
— Você quer ajuda na confecção delas? — ele perguntou, olhando
para Fernandinha, que dormia no seu carrinho.
César parecia perdido em pensamentos, preocupado até.
— Não precisa. Iracema me ligou hoje, disse para nos encontrarmos
na segunda-feira, ela tem algumas coisas para me mostrar sobre a loja. —
Eu estava tão empolgada com tudo isso, mas a expressão preocupada dele
estava me deixando preocupada também.
O que será que tinha acontecido?
— Que bom, o quanto antes você começar com a loja é melhor —
aconselhou.
Eu dependia da renda que a loja me traria e depositaria todo o meu
esforço nela. Ainda estava trabalhando na questão de aceitar presentes com
facilidade, mas decidi que não negaria a ajuda dos meus amigos nesse início
tão difícil.
— Estou gostando cada vez mais da Cema, ela faz as coisas serem
naturais, ser amiga dela é tão fácil. — Reconheci a verdade, depois do
nosso momento juntas, eu passei a vê-la como amiga sim, assim como ela
me via.
Ele assentiu com um sorriso alegre no rosto.
— Viu só? Eu disse que você não precisava ter ciúme da Cema, ela
é gente boa, e somos só amigos agora — falou, mas eu foquei em apenas
uma coisa que ele disse.
Agora, apenas uma palavra que me causou infinitas emoções,
algumas inéditas para mim.
Franzi o cenho, confusa e ainda mais incomodada.
— Agora? Chegaram a ser mais que amigos no passado? —
questionei, sentindo o peso na minha voz.
A mistura de ciúmes, incertezas, medo e insegurança era horrível, eu
sabia que ainda não estava pronta para essa conversa, mas a vontade de
saber era ainda maior.
César me olhou fixamente ao falar com uma sinceridade crua: —
Sim, nunca foi um relacionamento, mas já nos envolvemos. — Foi como
receber um soco no estômago.
— Já foram mais que amigos, mas nunca foi um relacionamento?
Como isso? Tipo amigos coloridos? Amigos que se pegam? — questionei
baixinho, olhando as minhas unhas, pois estava nervosa.
Deus, se eu já tinha ciúmes da Iracema antes mesmo de saber sobre
isso, agora as coisas ficaram ainda piores.
— Exatamente isso —ele concordou, deixando a sua xícara de chá
de lado e dando toda a sua atenção para nossa conversa.
— Se envolveram por muito tempo? — questionei, se era para saber,
que fosse descobrindo tudo de uma vez.
— Por anos.
Anos...
Oh, Deus, tinha como piorar?
— E você não me contou por quê? — questionei, com o olhar baixo.
De repente, meu chá perdeu o sabor e eu não queria mais ter essa
conversa, mesmo sabendo que agora era necessário a ter.
Ele segurou meu queixo, fazendo-me encará-lo.
— Você não perguntou e eu não achei necessário contar —
respondeu tranquilamente.
A calma dele era o oposto do meu nervosismo.
— Não achou necessário me contar, César? Jura? Que coisa, eu me
abri completamente em relação ao meu passado contigo e só descubro da
sua relação com a Iracema graças a um deslize seu? — indaguei, meu tom
baixo, mas ainda assim chateado.
— Não foi um deslize meu, e você não tem que ficar assim, Simone,
nós nem nos conhecíamos quando tudo aconteceu — disse mais firme dessa
vez.
Neguei com a cabeça, o tom de voz dele me incomodando ainda
mais.
— Você sabe muito bem que não é por isso que estou chateada com
você, achei que começaríamos com tudo às claras, que falaríamos sobre
tudo...
— Eu não me importo com quantos caras você já transou antes de
mim, isso sempre será o seu passado, assim como o meu passado não
importa também. O que me importa é o agora, a nossa relação — ele me
cortou.
— Você sabe que antes de você eu só tive o pai da Fernandinha. —
Olhei-o fixamente. — O que não é importante para você, para mim é, ainda
mais se eu for amiga dela e se for alguém que eu vou conviver sempre. —
Respirei fundo, detestando o rumo dessa nossa discussão.
— Eu só queria que você a conhecesse bem antes de saber sobre o
meu passado com ela. Meu início com Octávio foi tenso justamente por
isso, ele me via como um rival e eu não queria que você a visse assim,
Iracema é importante na minha vida, assim como você também é.
— É, eu sei, ela também é minha amiga agora, eu só queria que
você tivesse me contado antes — falei, levantando-me e indo para a
cozinha.
Precisava colocar uma distância entre nós dois, odiava discutir com
qualquer pessoa e a minha saída era sempre a fuga. Foi assim inúmeras
vezes com o Fernando, que me deixava ter um tempo sozinha porque sabia
dessa minha necessidade de pensar; foi assim com a dona Rita, quando ela
ameaçou tomar a guarda da minha bebê e eu fugi, e agora estava sendo
assim com César.
Mas César parecia não querer essa distância, ele me seguiu até a
cozinha e me segurou pelos ombros, colando minhas costas no corpo dele.
— Amor, não quero brigar, não por isso e nem por nada. Hoje o meu
dia foi difícil, eu tenho assuntos mais importantes para falar com você e não
quero que o meu passado com a Iracema atrapalhe isso — falou, aspirando
o cheiro do meu pescoço e deixando um beijo em seguida.
Fechei os olhos, para ele tudo parecia simples, preto no branco, mas
não era assim para mim, por isso me afastei, mesmo querendo estar cada
vez mais perto dele.
— Simone, deixe de besteira, foi sexo casual e eu ainda nem te
conhecia — disse, ficando na minha frente, mas sem me tocar.
Se ele acreditava que dizer isso mudaria alguma coisa, estava
completamente enganado, apenas piorou.
— Por isso não via necessidade de me contar quando sugeriu que eu
e ela fôssemos amigas? — Olhei-o, chateada.
— Você se arrepende disso? — ele questionou de volta.
— Não, César, não me arrependo de ter me aproximado da Cema,
ela é legal e eu gosto dela. O que está me incomodando é o fato de você não
ter me contado antes — falei com sinceridade.
Iracema era realmente legal, se esforçava para me incluir em tudo e
tentava fazer com que uma amizade nascesse entre nós, não era nada
forçada ou falsa.
— Me culpe por querer que a mulher que eu amo seja próxima da
minha amiga de infância. Assim como eu e Octávio nos aproximamos por
ela, eu queria o mesmo, queria que as duas se conhecessem — falou,
respirando fundo.
Nós dois estávamos chateados, ele não entendendo o meu lado e
nem eu o dele. Essa discussão não chegaria a lugar algum.
— Tudo bem — respondi, dando-me por vencida.
— Tudo bem? — ele questionou, em dúvida.
— Sim, já está tarde, você deveria ir para a sua casa descansar,
amanhã acordará cedo para trabalhar — sugeri, tentando ser gentil.
— Você quer que eu vá? — perguntou e eu assenti, concordando.
— É melhor, ficar aqui batendo na mesma tecla não nos levará a
lugar algum, conversaremos sobre isso quando estivermos mais calmos.
— Certo. Só vou me despedir da Fernandinha — falou e eu o
acompanhei com o olhar.
Meu coração batia forte, detestando tudo isso.
— Boa noite, Simone! — ele desejou quando voltou a cozinha.
— Boa noite! — respondi, sentindo o peso no meu peito.
Ele me olhou uma última vez, chateado também, parecia não querer
ir, mas virou as costas e se foi, deixando-me ali, estática.
César acabou indo embora sem me contar o que tanto o preocupava.
Eu nunca fui boa em lidar com discussões, ainda mais quando
estava tão envolvida como estava com ele, por isso era melhor assim, ou
acabaríamos nos magoando ainda mais.
Nem eu estava aguentando o meu péssimo humor e meus pais já
tinham percebido, por isso me deixaram trabalhar sem fazer perguntas
demais. Incrível como dona Josefina estava se comportando, ela era o tipo
de mãe que queria me ajudar em tudo e de uma forma ou de outra descobria
o que estava me incomodando para ajudar-me com aquilo, a vida toda foi
assim, mas dessa vez estava calada, atendendo os clientes com um sorriso
no rosto e vez ou outra trocava olhares com meu pai, mas nem o velho quis
se meter na minha vida.
Ao contrário deles, Iracema não se importou em chegar
perguntando: — O que você tem que tá com essa cara péssima?
— Nada, estou de boa — respondi, virando o pastel de queijo que eu
fritava.
Ela cruzou os braços e arqueou a sobrancelha na minha direção.
— Sei, e desde quando mentimos um para o outro? — questionou,
me conhecia tão bem.
— Não quero levar um sermão, ou ouvir um “eu te avisei” —
respondi.
Bem no início, quando eu tinha acabado de conhecer a Simone,
Iracema me fez prometer que contaria para ela que já nos envolvemos, eu
prometi que faria isso se ela me perguntasse e foi o que aconteceu, mas não
imaginei que resultaria no nosso primeiro desentendimento, que eu iria
embora sem me despedir adequadamente e que ficaríamos chateados.
Merda, eu estava me sentindo péssimo, a única coisa que eu queria
fazer era ir até a minha garota, puxá-la para mim e, entre beijos, pedir
desculpas por ter demorado tanto a contar.
— Você e a Simone brigaram? — ela perguntou baixinho, sabia que
meus pais estavam prestando atenção em nós dois.
Assenti, começando a preparar o pedido dela.
— Errei demorando demais para contar sobre o nosso envolvimento
no passado — confessei.
— Putz, César, que mancada. Você me prometeu que contaria...
— Sim, Cema, prometi contar se ela me perguntasse e justamente
ontem ela me perguntou — cortei-a, tentando me defender.
— Quer que eu fale com ela? — indagou, pelo visto Iracema ficou
preocupada.
— Não, se você falar com ela, pode piorar tudo. Saindo daqui, eu
vou direto lá, já trouxe até uma mochila com roupas. — Não perderia mais
nenhum segundo sem falar com a Simone.
— Eu gosto da Si, ela é perfeita para você, é o amor da sua vida e,
se eu puder fazer algo para ajudar, não hesite em me ligar — falou.
— Eu a amo, Cema, com todo o meu coração. Estou péssimo e nem
chegou a ser uma briga, apenas nos desentendemos e ainda assim a minha
vontade é correr para lá e consertar tudo.
— Faça isso, seja sincero, apenas seja você. Tenho certeza de que
ela vai te desculpar e que as coisas vão melhorar entre os dois — garantiu.
Eu estava inseguro, pela primeira vez com medo de ser rejeitado por
uma mulher, mas não era só isso, Simone era a mulher da minha vida, com
a qual eu queria envelhecer junto.
Ela chegou de repente, roubando o meu coração com cada gesto,
atitude carinhosa e sorriso meigo, acabou comigo para qualquer outra
pessoa, eu só a queria.
PLEASURE CLUB
(em andamento) Pleasure Club é uma série de livros que pode ser lida
separadamente, embora contenha spoilers dos livros anteriores.
Jogando com Prazer – Livro 1
(Leia aqui)
Juliana Salomão trintou estando no auge da sua vida profissional,
dona do seu próprio negócio e fazendo o que sempre amou, mas sua vida
pessoal estava uma lástima, perdeu a mãe muito cedo, só tinha a doida da
melhor amiga para apoiá-la em suas decisões mais insanas e no amor,
estava frustrada.
Ao assoprar as pequenas velinhas do seu bolo de aniversário, ela fez
um pedido inusitado, mas Pleasure Club não era exatamente o que ela tinha
em mente, só que ao clicar em um anúncio inesperado tudo mudou.
Sua vida que antes era muito previsível se transformou em puro
fogo e diversão, mas todos sabemos que quanto maior o fogo, maior a
queimadura.
Relacionamentos secretos...
Encontro às escuras...
Sentir, nunca ver...
Será que Juliana está preparada para receber tudo o que o Pleasure
Club tem a oferecer para os seus associados?
Descubra em Jogando com Prazer e se divirta com essa comédia
romântica.
SÉRIE BITTENCOURT
(completa) O Primogênito – Livro 1
(Leia aqui)
Tayla não imaginava que no seu aniversário de 18 anos, a sua vida
mudaria completamente.
Casamento não estava em seus planos naquele momento, mas
quando se deparou com os olhos azuis do seu futuro marido, foi amor à
primeira vista.
Christopher Bittencourt não queria se casar, muito menos, com uma
garota 10 anos mais nova que ele, mas quando viu Tayla pela primeira vez,
viu-se preso àquela menina inocente.
Uma aposta…
Um casamento…
Duas vidas unidas por um mesmo segredo…
Poderá nascer um amor entre ambos ou somente cumprirão com as
ordens que lhe foram dadas?
O Acaso – Livro 2
(Leia aqui)
Quando o coração de Melanie se quebrou de uma forma incurável
no passado, a jovem deixou Nova Iorque e se aventurou pelo mundo, a
procura de um novo lar e um novo recomeço, mas quase um ano depois, a
presença de Mel em Nova Iorque é novamente necessária, afinal é o
casamento dos seus dois melhores amigos, mesmo sentindo a angústia de
tudo o que viveu ali voltar, Melanie seguiu em frente e passou esse dia
especial ao lado dos dois, e como consequência, ao lado de Elliot, melhor
amigo do noivo.
Disposta a ignorar os olhares constantes dele, Mel se dedicou a ser a
madrinha ideal e a organizar a despedida de solteira mais top para
Elisabeth, com tudo em mente, o plano era partir novamente dali depois do
casamento e assim ela fez, voltou para a sua vida normal no Brasil, ao lado
da sua segunda melhor amiga, uma ruiva sorridente e amorosa, mas o que
Melanie não esperava era que dois anos depois, teria que voltar novamente
para lá, só que dessa vez sem data prevista para se livrar da dor que Nova
Iorque lhe traz.
Um acidente...
Uma tragédia...
Uma guarda compartilhada...
E talvez um novo recomeço...
Ele disposto a tê-la em seus braços...
Ela fugindo como nunca antes...
A Escolha – Livro 3
(Leia aqui)
Depois de terminar um relacionamento complicado, Ethan
Bittencourt se tornará Alex Stewart o oficial infiltrado no caso Herrera, sua
função será proteger a única herdeira de um mafioso mexicano.
Sua promoção depende do sucesso desse trabalho, mas ele não
imaginou que o seu principal problema seria aquela menina.
Antes mesmo de conhecê-lo, Tayane Herrera já detestava Alex.
Disposta a se livrar dele o quanto antes, ela se rebela contra o pai.
Porém, ela não imaginou que esse segurança era um homem
atraente, com um sorriso debochado que o tornava deliciosamente sexy.
Um trabalho os uniu...
Ela disposta a fazer da vida dele um inferno...
Ele disposto a se manter afastado...
Duas vidas unidas por um objetivo...
Poderá nascer um amor no meio de tantas mentiras?
O Destino – Livro 4
(Leia aqui)
Quando seu pai a presenteou com sua primeira câmera fotográfica
profissional, Allana Sulatte soube que nasceu para fotografar, não só
pessoas, ela adora capturar paisagens, momentos aleatórios, tudo que para
muitos parece normal, para ela se torna extraordinário visto através da lente
da sua câmera.
Agora, já formada e com um emprego estável, ela é premiada para
expor suas artes em uma conceituada galeria de Nova Iorque, disposta a
honrar a promessa que fez para o pai, pela primeira vez ela deixou a sua
cidade natal e atravessou o Oceano Atlântico em busca do seu maior sonho.
Revelar o seu talento para centenas de pessoas não foi a única razão
daquele dia ser o mais importante da sua vida, mas sim ele, o misterioso
homem de olhos azuis cobaltos, ele a fez descobrir algo novo, algo que até
aquele dia ela nunca acreditou existir.
Mas o que Allana não sabia era que Matthew Bittencourt criou cinco
regras básicas para afastar mulheres da sua vida, tudo isso com a intenção
de se proteger depois de se entregar a um amor que não era recíproco.
Agora, para ter Matthew por mais de uma noite, a mulher deverá passar por
essas cinco barreiras de proteção.
Um oceano de distância...
Um esbarrão...
Um evento...
E tudo começou a mudar...
Ela uma fotógrafa sendo descoberta...
Ele um homem fechado em suas regras...
Será que Allana é a mulher que vai invadir e curar o coração desse
Bittencourt?
LIVROS ÚNICOS
Dono dos Meus Desejos
(Leia aqui)
Em Dono dos Meus Desejos, Vanessa Secolin nos traz uma
mistura de Age Gap, Slow Burn e amor proibido.
Criada em uma família regrada e superprotetora, Alice sempre teve
uma forte atração pelo proibido.
Ao completar dezoito anos e ganhar uma bolsa de estudos em uma
das melhores universidades do país, a garota larga sua família para trás e vai
em busca da sua tão sonhada liberdade.
Mas o sonho dura pouco, porque, mesmo fora da cidadezinha
gaúcha, descobre que ainda está sob o controle de seus pais.
E esse controle é malditamente sedutor.
Cláudio era o oposto do que Alice achou que seria e logo de cara
passa a ser o dono dos seus desejos, mas o homem teimoso não se rende a
menina.
Gostando de um bom desafio, Alice coloca na cabeça que ele seria o
homem que tiraria sua virgindade. Com ela usando todas as armas de
sedução que possuí, o que resta para Cláudio é tentar lutar contra o fogo que
sente pela menina endiabrada, que mora sob o mesmo teto que ele.
Divorciados
(Leia aqui)
Antony se apaixonou por Liliana na faculdade, no instante em que a
viu toda linda no corredor, os olhos verdes, os cabelos cacheados
esparramados pelas costas delicada e o tom chocolate de sua pele, tudo nela
chamou a atenção do jovem estudante de Ciência da Computação.
Ela parecia perdida e ele se aproximou para ajudá-la, dali nasceu
uma forte atração física, mas Lily estava decidida a focar apenas no curso
de pedagogia, por longos dois anos ela e Antony foram apenas melhores
amigos, mas a atração acabou sendo mais forte e ela enfim se rendeu.
Agora já casados e há 10 anos juntos, ambos têm um filho, Thomas,
o fruto do amor que acreditavam sentir, mas a vida para Liliana nunca foi
fácil e ela percebeu que isso ainda não havia mudado quando acordou de
manhã e seu marido tinha simplesmente partido, sem dar nenhuma razão,
ele apenas foi embora e levou seu coração junto...
Só que Antony não contava com a chegada de um pretendente na
vida de Liliana, um homem também divorciado, um restaurador carinhoso,
de sorriso fácil e totalmente decidido a conquistar a famosa tia Lily,
professora da sua filha.
Vanessa Gandolpho Secolin nasceu em fevereiro de 1996, no
interior de São Paulo, onde atualmente reside com o marido e os dois filhos.
É uma mulher sonhadora, viciada em chocolate, café, livros e séries, não
necessariamente nessa ordem.
Descobriu a paixão pela escrita em 2016, por meio de uma
plataforma online, já o amor pela leitura nasceu anos antes, quando leu “O
Morro dos Ventos Uivantes” para um trabalho escolar, desde então, se
aventura em diversos gêneros, mas o seu preferido é o romance.
Hoje com vários livros publicados na Amazon e Kindle Unlimited,
totalizando milhões de leituras.
Venha contar como foi a sua leitura:
REDES SOCIAIS
Instagram: autoravanessasecolin
E-mail: vanessasecolin@hotmail.com
Gostou de conhecer Senhor, Virei Pai!? Se sim, vamos levar esse
livro para mais leitores.
Indique a leitura, compartilhe com os amigos e publique nas suas
redes sociais. Se possível, deixe sua avaliação na Amazon, as avaliações
são muito importantes.
Desde já eu agradeço imensamente.
[i] Aquaplanagem: É um fenômeno físico no qual um veículo, ao passar
sobre uma camada de água (ou qualquer fluído), perde o atrito com o asfalto.
[ii] Iracema: É a personagem principal do meu livro Senhor Granfino, no qual
César tem passagem como melhor amigo dela (conheça o livro da Iracema e do
Octávio clicando aqui).
[iii] Canjiquinha de frango realmente aumenta o leite materno? De acordo