Poque - Você - NUNCA - Deve - Ir - Atrás - de - Um - Homem - Emanuel Hallef

Licensed to Ana Ortiz - anacamilaort@gmail.
com - HP49016339671538
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9.610/98 do Código Penal.
CAPA: Rayink
Começamos nosso livro com algumas

questões, que ajudarão vocês, leitoras e
leitores, a caminhar o caminho CERTO para
encontrar um bom homem.
“Poxa, mas como farei isso?

“Como você pode me GARANTIR que
não encontrarei o homem errado?”
Vamos fazer alguns acordos em relação a

isso, tudo bem?
Essa é a ÚNICA maneira que eu me certifi-
co do que falo, e que você também cumpra
com a sua parte do acordo.
Com isso feito, as chances de dar errado,
são mínimas.
E se você mentir para mim, saiba que você

estará mentindo apenas para si mesma (o),
e quem vai ficar com o saldo negativo e
um embuste no pé, será você, e não eu,
entendeu?
Por isso, é MUITO IMPORTANTE que você
siga tudo da maneira que for falado.
E quando surgir dúvidas, sinta-se à vonta-
de para tirar um tempo para você.
Leia, releia. Preste bem atenção

em todas as dicas e fatos que trare-
mos aqui para você.
Não é matemática, não é estudo da

NASA: são ANOS, uma década e meia, de
muito estudo e vivência com pessoas, es-
pecialmente homens, que nos faz trazer
para você, esse dossiê completo.
Portanto, é um estudo da mente. Princi-
palmente da mente deles.
Mas, não queremos dar o poder para
eles, certo? Vamos focar em você, e o por-
quê você NUNCA deveria correr atrás de
um homem.
Então, se se sentir meio perdida (o), leia,

releia. Respire um pouco. Faça anotações.
Tudo isso será essencial para

você NUNCA MAIS ter que correr
atrás de NENHUM homem.
Podemos ir então?
Vamos lá, começo com uma simples ques-
tão, que não tem apenas uma resposta, mas
uma INIFINIDADE de respostas.
Então, vamos cobrir o possível dela, para
que você já entenda como trabalharemos.
POR QUE VOCÊ

QUER UM HOMEM?
Essa é a pergunta que deve permear TO-

DAS as decisões que você vem a fazer em
sua vida nesse momento atual, mas princi-
palmente no futuro.
O porquê, sempre surge como uma dúvi-
da no começo, e pode ficar marcado como
uma dúvida até perto do ponto final.
Mas o interessante do porquê, é que, ele

surge em sua mente como uma pergunta.
Mas não uma simples pergunta, uma ver-
dadeira indagação?
Por que?
Por que QUERO esse homem?
Por que quero esse emprego?
Por que quero mudar de casa?
Por que quero mudar de cidade?
Por que não me sinto confortável com tal
situação mais?
O porquê, em forma de pergunta mes-

mo, tem que ser feito e utilizado sem-
pre que você se ver de frente para uma
situação onde:
• Quer muito alguma coisa;

• Não quer mais aquela coisa;
• Quer muito que uma situação ocorra;
• Quer que aquela situação não ocorra
de maneira nenhuma.
Com os porquês respondidos na men-

te, teremos uma base muito maior e so-
lidificada.
Pois, temos alguns capítulos, que lhe

mostrarão que:
• Por que você quer um homem?

• Por que ir atrás deles, só os afasta?
• Como eu devo me comportar?
• Como ser uma mulher interessante?
• Como fazer eles virem atrás?
Esses são nossos capítulos, mas o nosso

primeiro: porque você quer um homem, nos
trouxe várias respostas, das mais variadas.
E com isso em mente, vamos esmiuçar,
para você, todos os motivos que responde-
ram o porquê querem um homem.
E quando virem os motivos, vamos colocar
a situação abaixo, para mostrar que, você
não precisa desse homem, ou pelo menos
não nessa situação e grau imaginado.
E com isso, vamos dar uma boa dinâmica

do porquê você deveria estar focada mais
em você e menos neles.
Melhor ainda: focada em você, e focar nos
HOMENS CERTOS.
P O R Q U E V O CÊ
QUE R U M H O M E M ?
Nossa pergunta foi feita para algumas mu-

lheres, e as respostas foram as mais varia-
das possíveis.
Mas calma, vamos escrever todas, uma
por uma, e logo abaixo dela, colocar o po-
sicionamento correto, para mostrar que,
você não quer realmente aquele cara, seu
inconsciente quer.
Separamos algumas das respostas mais

respondidas quando perguntamos o por-
quê de querer um homem, e além de se
surpreenderem com as afirmações, você
vai se surpreender também com os motivos
dados.
Vale ressaltar que, todas as respostas fo-
ram dadas em caráter confidencial, mas sa-
bemos que algumas podem ser aplicadas
em sua realidade atual, ou uma realidade
que já foi (ainda bem), e talvez até em uma
realidade futura (vamos fazer o máximo
para que isso não ocorra), ok?
Quero um homem, pois

sinto falta de uma figura
masculina ao meu lado
É, começamos bem, não?

Quando lemos a afirmação acima, não te-
mos que nos assustar com nada.
Uma figura masculina ao lado não é pro-
blema nenhum, tal mesmo como uma figura
feminina ao lado não significa algo a mais,
apenas uma vontade mesmo.
Mas, quando perguntamos para essa en-
trevistada, o que ela queria REALMENTE
dizer com sua resposta, tivemos que tirar
caldo de pedra.
Ela se mostrou resistente, e então pergun-

tei a ela:
“- Você sente falta de uma figura masculi-
na de um jeito mais protetivo, como se fos-
se um pai a protegendo, ou você sente fal-
ta da presença de um homem ao seu lado,
para sexo e coisas normais do dia a dia?”
Pois sim, os dois tem uma GIGANTE dife-
rença entre eles.
Digamos que, muitas pessoas (não vamos

colocar todas, não podemos e nem deve-
mos generalizar), mas que, muitas pessoas
(mulheres e homens gays), possam sentir
falta sim de uma figura masculina de seu
lado.
Onde devemos ter cuidado, é na análise
dessa falta, dessa sensação de querer.
Se vier de uma falta de ser protegida (o),
querer ter alguém que ajude você a resolver
seus problemas... isso não é o papel de um
namorado.
Sim, um namorado bem-intencionado e

em uma relação boa, saudável, vai ajudar a
você, e vice-versa. Isso é algo que é senso
comum.
Mas, se você quer uma proteção, que é
mais parecida com as que crianças deve-
riam ter tido quando pequenas... o buraco
fica mais embaixo.
- Poxa, mas não sei se quero um ou o

outro, como eu descubro isso?
De maneiras simples e com pequenas pis-

tas que aparecem em suas escolhas:
O cara por quem você se interessa, 90%
é mais velho que você, 10 há 20 anos mais
velho.
Sim, algumas pessoas podem escolher se
relacionar com um homem mais velho pela
questão da segurança, de ele ser mais inte-
ligente, de já ter uma carreira e poder estar
com alguém experiente.
Mas, se todas as suas paqueras estão nes-

sa idade, você terá que avaliar o seguinte:
- Eu sinto o que quando estou do lado
dele?
- Eu consigo ser eu mesma, e deixar ele
ser ele mesmo?
- Eu peço por carinho, atenção e conside-
ração mais do que eu deveria?
- Eu o sufoco?
- Eu exijo que ele me ajude a resolver mi-
nhas coisas?
- Eu resolvo meus problemas, ou eu sem-

pre, ou na maioria das vezes, corro até ele,
como uma criança, pedindo que ele me aju-
de a resolver?
- Eu gosto de transar com ele?
- Eu gosto de mim mesma? Ou só gosto de
mim quando ele me dá validação?
- Quando ele precisa trabalhar e não pode
me dar tempo, eu me comporto como uma
adulta, ou com crises de desconfiança, ciú-
mes, e como se tivesse sido abandonada?
Pare um tempinho, e avalie essas questões

dentro de sua própria cabeça, isso será es-
sencial para saber o PORQUÊ VOCÊ QUER
UM HOMEM.
Vamos responder essas perguntas que co-
locamos acima, como devem ser respondi-
das, e você poderá tirar suas próprias con-
clusões a partir de nossas respostas.
Eu sinto o que quando

estou do lado dele?
Isso parece difícil de responder, não é?

Então, só parece, pois a figura aqui é bem
simples de ser desmontada, e ela será sua
primeira pista para decidir o que vai acon-
tecer com seu presente, e com certeza com
o seu futuro.
Quando estamos ao lado de alguém, o
importante é a gente se sentir bem, certo?
É, também. Mas, o que nos leva até aquela
pessoa? Quais os motivos que nos leva até
ela e qual motivo nos faz querer ficar?
Muitas mulheres e homens, buscam algo

como diversão em primeiro lugar. E isso não
tem nenhum problema. Desde que, você e
a outra pessoa saibam que o intuito daquilo
ali é diversão.
Se sente por ele, um carinho grande (den-
tro do normal), afeição, respeito, vontade
de estar ao lado... resumindo: se você se
sente como uma MULHER ao lado dele...
então estamos bem.
Mas e se for um homem gay?

Bom, aí tudo bem também. Deve sentir-
-se bem ao lado do outro homem, e com
todos os sentimentos acima, mesmo se se
sentir como uma mulher ao lado dele ou
para ele... está ok. Não estamos aqui para
julgar ninguém, e desde que seja consen-
sual, as pessoas são altamente livres para
serem felizes.
Você deve se preocupar somente com al-

gumas coisas aqui nesse quesito: se você se
sentir para baixo quando ele não dá aten-
ção para você, se ele não consegue sair ou
te dar algo (seja material ou até mesmo
emocional) ... aí as coisas começam a ficar
um pouco turvas.
Porque, vamos lá... um homem do lado é
algo legal... de vez em quando. Namorar
e amar e ser amada é algo magnífico, mas
tem que ser feito da maneira correta.
Se você é uma pessoa insegura, descon-

fiada, sensível demais... você ainda assim
é merecedora de um relacionamento foda
com um homem foda.
Mas, sabe o que mais você merece antes
disso? Paz em sua mente.
Sim, você precisa estar em paz consigo
mesma, para que consiga dar para si mes-
ma, e para ele, a estabilidade que esse re-
lacionamento precisa e merece.
Você vai ser a mulher dele, a namorada,

aquela que está ao lado para o que der e
vier.
Aquela que deu o melhor sexo da vida
dele, e ainda assim é uma boa companheira,
que não espera nada além do que ele pode
dar, e não se aborrece em receber isso.
Quando isso ocorre, você instala em você

mesma e em seus relacionamentos (qual-
quer relacionamento futuro que venha a
ocorrer), a certeza de que, você está com
aquele cara, porque você gosta de estar
com ele, e gosta de si mesma antes de tudo
isso.
Portanto, tudo o que vier dele, de bom,
será o suficiente para você. Nunca vai faltar,
pois o que falta, você mesma se compõe.
Eu consigo ser eu mesma,

e deixar ele ser ele mesmo?
Isso é MUITO importante, MUITO impor-

tante MESMO.
Tenhamos em mente: as pessoas, por mais
que tenham gostos parecidos e similarida-
des em várias coisas e situações... tiveram
criações diferentes.
Sim, sei que parece um pouco doido ima-

ginar isto, mas, todo mundo, veio de um
local diferente.
E você me pergunta, como assim?
Simples: por mais que você se apaixone
por um homem que esteja na sua mesma
faixa de idade, que tenha o mesmo traba-
lho e os mesmos gostos... vocês vieram de
locais diferentes.
Muitas pessoas foram criadas somente

por pais. Outras só por mães. Outras, por
nenhum dos pais, foi pelos avós, tios.
Isso parece não fazer diferença? Então,
você está viajando.
O que vivemos quando crianças, como
vivemos aquelas situações, dizem MUITO
sobre nós e sobre as pessoas que escolhe-
mos para nos relacionar.
Um exemplo: uma mulher (você), que foi

criada com seus pais biológicos. Teve tudo o
que sempre quis, mesmo que tenha dado um
pouco de trabalho.
Frequentou escola, entrou na faculdade
quando era para entrar, e terminou.
Fez estágios porque PODE e QUERIA fazer
estágio. Nunca teve que se preocupar com
qualquer tipo de despesa ou contas externas.
Tem carro na mão, e possui uma cabeça mais

livre de “dramas e cobranças internas”.
Agora, vamos falar do homem que você gos-
ta: um pouco mais velho, alguns anos, não
muitos, que também passou por todo o pro-
cesso da faculdade e o que vem logo após.
Mas ele, diferente de você, não morou com

os pais. Os pais, por algum motivo, foram
ausentes em sua vida. E isso não quer dizer
que ele tinha tudo nas mãos: ele teve que fa-
zer por merecer, sempre foi um pouco mais
difícil para ele.
Ele não entrou na faculdade na mesma épo-
ca que você, pelo simples motivo de não ter
condições financeiras de pagar o curso em
uma universidade particular, e muito menos
teve tempo para conseguir estudar e se de-
dicar a passar em uma universidade federal.
Ele teve que trabalhar desde a adoles-

cência.
Enquanto você pode tirar seu tempo de
estudo e se divertir com seus amigos, ele
não tinha amigos.
Isso explica o motivo de ele ser um ho-
mem mais reservado, mais na dele, mais
“misterioso”, carrancudo...
Ele não teve o amor incondicional dos pais.

Ele não ouvia as palavras “eu te amo” com
tanta facilidade.
Ele não tinha certeza que era amado (ele
ainda não sabe se isso existe de verdade).
Isso o torna cínico para você.
Mas mesmo assim, ele estudou enquanto
trabalhava, mesmo que tenha atrasado sua
entrada na faculdade em 5 anos (ele não ti-
nha as mesmas condições que você – finan-
ceiras e emocionais), ele entrou, terminou
o curso com uma bolsa integral.
Não teve tempo para “curtir” a faculdade:

ele TINHA que estudar. Não havia diversão,
havia obrigação.
Ele estudou para as provas sempre com
medo, pois se reprovasse, perderia a bolsa.
Diferente dela, ele fez estágios por neces-
sidade.
Ele não aprendeu nada nos estágios, ape-

nas que era uma mão de obra mais barata
para resolver os pepinos dos que ganhavam
mais.
Ele teve dificuldades no estudo todo, por
isso ele não passou ainda na OAB, enquanto
você está indo para seu segundo ano como
uma advogada respeitada.
Ele tinha que conseguir aquele trabalho.
Ele tem ataques de ansiedade.

Mas, para você, ele se mostra como um
homem forte. É como ele sempre teve que
ser, ele não teve outra opção.
Mas você não o respeita, não respeita a
“falta de romantismo” dele, mesmo que
você saiba que, DO JEITO DELE, ele também
te ama e se preocupa com você.
Você não respeita o fato de ele não ter

amigos e não confiar nos outros, mas ele
respeita você e suas amigas, o círculo que
você conseguiu construir ao seu redor.
Ele respeita você ser ativa nas redes so-
ciais e mostrar para todos o quanto você
se diverte e suas melhores selfies.
Mas você não consegue entender que, para

ele, isso é algo supérfluo. Que ele não gos-
ta desses sorrisos de Instagram, ele prefere
sorrir com você (mesmo que seja um meio
sorriso, pois isso é o que ele consegue).
Entende a diferença?
Existe um abismo de diferença entre as pes-
soas, e para conseguimos nos comunicar de
igual para igual com o outro... precisamos
saber e respeitar o fato de que não somos
todos iguais, por mais que pareça.
Isso já ocorreu com você? Fez você se

lembrar de algo, algum namorado? Você o
respeitou?
Isso é essencial para qualquer relaciona-
mento dar certo: respeito e compreensão.
Eu peço por carinho, atenção e

consideração mais do que eu deveria?
Todo mundo merece carinho, atenção e

consideração? Obvio que sim.
Se cobra por isso? Não, não pode haver
cobrança disso.
Assim como na Internet temos trabalhos
dentro do Marketing Digital:
Tráfego Orgânico: você tem um blog, um

canal no YouTube, seu Instagram profissio-
nal. Você posta sempre, sempre usando #,
sempre interagindo com o pessoal com o
fim de trazer engajamento.
No seu canal do YouTube, você SEMPRE
posta vídeos bons, assuntos bons. Respon-
de aos comentários.
Por ser orgânico esse tráfego (a maneira

com que essas informações chegam nas pes-
soas, são mais lentas... por ser orgânico = na-
tural), a resposta de ter grandes lucros ou
sucesso imediato, são demoradas.
Leva-se de 1 até 2 anos para conseguir se
firmar naquilo que está fazendo, com o trá-
fego orgânico.
Então, surgiu o Tráfego Pago: com um

bom gestor de tráfego, ele monta todo um
plano para seu canal, seu Instagram, sua
página de vendas.
Ao investir nos anúncios do Instagram, Fa-
cebook e Google, você dará dinheiro para
suas informações de negócios chegar até
outras pessoas.
Quais as chances de isso dar certo, rápido?
Grandes, as chances são grandes demais,

pois envolve uma boa gestão e investimen-
to nos anúncios.
No mundo do Marketing Digital, cobrar
por isso, é altamente normal, é um traba-
lho.
Na vida real, cobrar por atenção, amor,
consideração... não tem como. TEM QUE
SER ORGÂNICO.
Ou sente ou não sente.
Não existe um meio termo para isso.

Mas vamos avaliar: ele sente essas coisas
por você DA MANEIRA DELE E DO JEITO
DELE e para você isso não é suficiente, ou
ele simplesmente NÃO SENTE?
Pois existe uma diferença HOMÉRICA nisso.
Se ele demonstra da maneira dele... tem
que se respeitar, ou sair dessa relação e pro-
curar alguém que a sufoque com tudo isso
que falta em você mesma que você cobra
dos outros.
Caso ele não sinta, por qual motivo você

ainda está com ele?
Ah sim, a saga da princesa.
Você acha que, assim como em um conto
de fadas da Disney, e em filmes românti-
cos, você vai conseguir tirar toda a dor dele,
toda a parede de sentimentos que ele le-
vantou ao redor dele, e o salvará, certo?
Falo isso pois me preocupo com você:

NÃO É PARA SER ASSIM.
Ele vai dar o que ele tem até quando ele
quiser dar.
VOCÊ NÃO É OBRIGADA A MUDAR NIN-
GUÉM. Você NÃO PRECISA DISSO.
Pense bem sobre essas situações.
Eu o sufoco?
Ele chega do trabalho, cansado (assim

como você também está cansada, todos
cansamos), e você já pula em cima dele,
com cobranças, lembrando-o disso, ele da-
quilo?
Vamos explicar: cobrança e sufocar são
duas coisas completamente diferentes.
Você pode ser uma mulher bem resolvida

que chega e diz:
- Amor, aquela conta vence amanhã. Você já
deixou agendado o pagamento ou pagou já?
- Amor, acabou tal coisa em casa, vou ao
mercado, rápido mesmo. Quer ir comigo?
Quer alguma coisa de lá?
- Amor, precisamos entregar aquilo até

tal data...
Isso aqui, ISSO ACIMA, faz de você uma
mulher FODA. Uma mulher que se interes-
sa pelo cara, e cuida dele, se preocupando.
PREOCUPANDO E QUERENDO AUXILIAR.
E se ele acha que isso é cobrança: PULA
FORA. PULA FORA O QUANTO ANTES POS-
SÍVEL.
É muito diferente do que chegar e falar:

- Você falou que ía fazer ontem e não fez.
- Você não se preocupa comigo, prefere
seus amigos.
- Escolha então, ou sua família ou eu.
- Pode ir, sair com seus amigos, mas saiba
que vai solteiro e vai voltar solteiro.
ISSO ACIMA, É SUFOCAR.
É a mesma coisa de saber que ele trabalha

o dia todo (enquanto você pode ter esse dia
livre) e cobrar que ele não te responde no
WhatsApp, sabendo que ele só responde
coisas urgentes de trabalho.
E quando você finalmente consegue falar
com ele, você manda:
- Quem quer arruma um jeito, quem não
quer arruma uma desculpa. 5 minutos não
vai atrapalhar seu trabalho.
Isso é sufocar, isso é exigir demais. E ele vai

pular fora.
E se isso acontece com você, de um cara não
respeitar seus limites: PULA FORA.
Se ele não entende agora, se não entende
há meses, ele nunca vai entender.
Consegue ver como estamos chegando em
um padrão do porque você quer esse homem?
Eu exijo que ele me ajude

a resolver minhas coisas?
Vamos lá: estar em um relacionamento,

é poder se apoiar na outra pessoa em mo-
mentos difíceis e também nos bons.
Isso é algo COMPLETAMENTE NORMAL.
Mas, você PRECISA sempre que ele te aju-

de a resolver suas situações, ou você ape-
nas o vê como um complemento que, às
vezes, pode ser útil sim, mas não o obriga.
Veja, se ele é alguém que te auxilia em
algumas coisas, que é um companheiro
mesmo, daqueles que fazem algo para lhe
auxiliar sempre que ele pode, então a rela-
ção é ok.
Quando passa desse ponto... aí começa o
real problema dessa situação de ajuda.
Se você precisa dele para que ele a ajude

resolver mais de 50% dos seus problemas,
ou mesmo desafios que surgem no seu
dia... isso não funcionará.
Você deve ser capaz de conseguir re-
solver seus problemas por si mesma. E
quando não conseguir, após ter tentado
de tudo, a ajuda dele será ótima, pois será
apena sum complemento, e não uma obri-
gação dele, entende?
Você já passou por uma situação dessa?
Eu resolvo meus problemas, ou eu sem-

pre, ou na maioria das vezes, corro até
ele, como uma criança, pedindo que ele
me ajude a resolver?
Esse caso é o mesmo do caso acima, mas

tem algumas agravantes que devem ser
observadas para que nada passe da conta.
Como acima, ele pode te ajudar e auxiliar sim,

assim como o contrário também pode ocorrer,
mas, essa ajuda é algo que ocorre sempre?
É como se você precisasse dele para
conseguir fazer suas coisas, ter sentido na
sua vida?
Caso você resolva mais de 50 % dos seus pro-
blemas sem a ajuda dele, pare para pensar:
Você é auto suficiente e consegue se virar

mesmo sem ele.
É óbvio que é bom uma ajuda, contar
com alguém, mas só quando essa ajuda é
oferecida, e não SOLICITADA sempre.
Falo isso, pois vi de perto, um casal que,
o home era de boa, ajudava no que podia,
mas ela sempre EXIGIA ajuda até para con-
seguir sair de casa e fazer tal coisa. Ela liga-
va para ele e pedia: me fala palavras enco-
rajadoras para eu sair e ir ao mercado.
Isso por 3 anos.

Teve um dia que ele cansou. Pois ela ne-
cessitava dele PARA TUDO. Até em pro-
blemas familiares.
Você já esteve me uma situação dessas?
Em que você precisava demais, ou ele pre-
cisava e cobrava? Como você se sentia
com isso?
Eu gosto de transar com ele?
Essa parece uma pergunta um tanto quan-

to estranha, correto?
Pois, se você está em um relacionamento,
o mínimo que esperamos, não nós, mas nós
como pessoas, é que gostamos de transar
com o cara que está ao nosso lado, certo?
Sim, esse é um pensamento afirmativo,

mas você se surpreenderá (ou não), de sa-
ber que, muitos relacionamentos, quando
começados e mantidos pelas maneiras er-
radas... acabam sem sexo.
Temos a história de uma mulher, Karine.
Karine tinha 26 anos quando conheceu
Antônio.
Eles tiveram um ótimo primeiro encontro,

tomaram café e conversaram por umas 2
horas.
Logo após isso, foram para um hotel.
Se conheceram mais a fundo: se beijaram.
O beijo encaixava muito bem, segundo
Karine.
Ele era um rapaz não muito bonito, mas

uma espécie diferente: bondoso, carinhoso
e carismático. Sem falar que era ruivo, uma
das preferências dela.
Então, ficaram naquele final de semana.
Por mais que ela sentisse tesão nele, ela
não conseguia transar.
Se encontraram mais duas vezes, e nada
rolou.
Ele ficou preocupado, achou que poderia

ser algo que ele estivesse fazendo errado,
até que ela o falou do seu bloqueio sexual.
Quando criança, ela foi abusada sexual-
mente, e não conseguia mais fazer sexo
por sexo, apenas se realmente amasse o
homem com quem estava. Qualquer outro
tipo de sexo parecia errado e sujo para ela.
Ela o avisou que seria melhor eles apenas

serem amigos, e que se ele quisesse, eles
poderiam ficar de vez em quando, mas ape-
nas beijar e no máximo se masturbarem.
Para sua enorme surpresa, ele fez uma
proposta para ela: ela ir fazer terapia, para
que isso ajudasse ela em primeiro lugar, e
consequentemente, eles.
Ela não achou uma má ideia, tendo em
vista que já pensava nisso havia um certo
tempo.
Mais que isso, ele a pediu em namoro!

Ela disse que não poderia aceitar, não con-
seguiria dar o que ele precisava e queria.
Mas ele se mostrou firme ao lado dela,
disse que iriam somente até onde ela con-
seguir, que iria respeitar seus limites.
Mas então seria um relacionamento aber-
to? Perguntou ela.
Não, sexo para ele era o de menos, ele

queria uma companhia como ela. Gostava
dela, e estava disposto a esperar, mesmo
que demorasse, para que eles fossem um
casal completo, que transa, após ela fazer
o tratamento.
Então, ela foi.
No primeiro ano, ela ainda não conseguia
se livrar daquele sentimento quando ia para
a cama, e achou que o namoro acabaria ali.
Pelo contrário, ele disse que eles poderiam

ser um casal que não transa, que, apesar de
ele ser apenas um ano mais velho que ela,
ele se contentaria apenas com sua compa-
nhia.
Então, ficaram nessa por 2 anos.
Até ela descobrir que ele dormia com ou-
tras mulheres e homens por fora, escondi-
do.
Quando o confrontou sobre isso, ele ne-

gou. Mesmo ela tendo provas e mais pro-
vas, prints e e-mails com fotos.
Ela disse que não ligaria, mas gostaria ape-
nas de saber.
Quando isso ocorreu, ela se sentiu traída
e escondida de novo. Como se o sexo fosse
a coisa sim mais importante da relação.
Ele disse que via ela de outra forma, e

que se ela não ligasse, ele transaria com
outras pessoas, sempre usando proteção,
mas gostaria de estar do lado dela, acom-
panhando seu avanço no tratamento e sua
melhora pessoal.
Ela não tinha o que perder, apenas o que
ganhar, então aceitou.
Como se fosse um “prêmio de consola-

ção”, ele a ajudava na faculdade: comprava
livros, a levava em restaurantes caros para
almoçar e jantar, e ele sempre ganhava uma
punheta dela.
Ela achou isso estranho por um lado, mas
por outro, se sentia bem: estava sendo cui-
dada, não era pressionada para fazer sexo,
não ia levar um pé na bunda, e ainda rece-
bia carinho, mimos, proteção... até mesmo
parte de sua terapia ele pagava...
Após 6 meses, isso começou a incomodar

demais. Ela resolveu falar sobre isso na te-
rapia.
E quando mais e mais coisas começaram a
aparecer, ela colocou um ponto final.
Ela nos diz que, não foi pelo sexo por fora
(isso ela sabia que ele fazia), mas sim pela
maneira que ele estava lidando com isso.
Ela descobriu que ele usava fotos que ela

enviava apenas para ele, sensuais, para en-
ganar outros homens. Dizia que eram um
casal e que procuravam um macho para dar
um trato nela, e consequentemente... nele.
Dessa forma, ele usava as fotos dela, atraia
homens heterossexuais bonitões do jeito
que ele gostava, e falava que ela estaria na
casa dele, que eles podiam ir para lá.
Quando o hetero chegava lá, via que só

tinha ele. E isso ficava estranho.
Mas então, ele dizia que ela logo chegaria,
e sempre oferecia bebida para eles. E os ca-
ras sempre ficavam, bebiam, conversavam,
assistiam um pornô.
E então ele dava o bote: ela mandou men-
sagem e disse que não vem hoje, puta que
pariu..., mas eu posso te aliviar, para sua
vinda até aqui não ter sido em vão.
E deu certo com 14 dos 19 caras que ele

usou essa tática.
Ela disse que, usar fotos dela dessa manei-
ra já era errado, para seduzir homens he-
terossexuais e fazê-los acreditar que tran-
saria com ela, mas eles sempre acabavam
comendo-o... não, isso era errado demais.
Então, na terapia ela contou sobre isso, e
resolveu botar um ponto final em tudo. Afi-
nal de contas, sua foto estava sendo usada.
E ela ficou pasma, de saber que, homens

heterossexuais caiam nessa, mas sabia que,
quando se trata de sexo, para homens, bu-
raco é buraco, e se afastou completamente
dele.
Sentiu falta durante um tempo, isso é um
fato.
Mas lembra de algo muito interessante
que o terapeuta a questionou: o motivo
dela ter ficado dois anos com ele, e como
e por que aguentou isso?
Ela disse que gostava dele, dos carinhos

dele, dos presentes, da paciência... que ele
parecia um pai para ela...
...
Foi aí que o terapeuta a questionou:
“-Você está procurando por um homem,
ou por uma figura paterna?”
Você, quando procura por um homem,

procura pelo homem ideal, ou pelo homem
real?
Você já viu, em algum momento de esco-
lha sua, você escolher alguém que parece
seu pai ou te dê coisas que um pai deveria
fazer, e não um namorado?
-Eu gosto de mim mesma? Ou só gosto

de mim quando ele me dá validação?
Vamos ao X da questão: Século XXI.

As mulheres, mais do que nunca, são res-
ponsáveis por si mesmas. Sim, elas não pre-
cisam de um homem falando para elas o
valor que elas têm, o quão inteligente ou
capazes são, correto?
Sim, correto, mas algumas mulheres, ain-

da não.
Quero que você se lembre do que disse
em algumas páginas atrás, sobre sermos
criados todos de maneiras diferentes, de
cada um ter seu próprio jeito, sua própria
maneira de lidar com as coisas.
De como a criação diferente mexe mesmo
com a gente, e torna pequenas coisas em
grandes coisas.
Existe, e sempre existirá (infelizmente),

pessoas que não se amam.
Isso é algo que deve e pode ser trabalhado
para ser consertado.
Mas, quando falamos de homens, é incrí-
vel ver como eles se amam, e se amam até
demais, não?
Uma auto estima alta, cheios de certezas,

como se eles mandassem no mundo pelo sim-
ples fato de terem um pau no meio das pernas.
As mulheres, por longos períodos, muito
tempo mesmo, foram vivendo debaixo des-
sa sociedade patriarcal: donas de casa, mães,
esposas... e só.
Acabava nisso.
Não era fácil conseguir algo muito grande

do qual podiam se orgulhar, já que não ha-
via espaço e encorajamento para tal.
Mas, onde nos encontramos hoje, isso já
é possível. Sim, concordo que ainda é de-
safiador, mas é possível.
Essas mulheres que sobem na vida, e que
fazem da vida delas o que elas bem que-
rem... pagam um preço bem alto por isso.
Uma vez ouvi uma frase muito interes-

sante e que sempre me mantem pensando
quando a ouço:
“Todo mundo que escolhe ser aquilo que
é, que tem coragem de ser você mesmo no
mundo, paga um preço alto por isso.”
E caramba, como isso é verdade.
Qual o motivo, qual o real motivo de um

homem que fica, transa com 3 mulheres em
uma noite ser um garanhão, e se uma mu-
lher faz o mesmo, ser uma vadia?
Qual a concepção louca, doentia e alta-
mente tóxica atrás disso?
Esse é um dos maiores motivos para mu-
lheres se reprimirem e não conseguir se
amarem.
Obviamente, não são todas as mulheres

que querem isso. Mas todas deviam saber
que, se quiserem, está ali, e não deveriam
ser julgadas, homens não são.
Algumas dessas mulheres, se sentem mal
por terem vontades, por quererem algo, e
não fazem.
Vão se diminuindo, vão se arquivando...
até que deixam de amar a si mesmas.
Isso as coloca em uma posição comple-

tamente inferior e errada: pois ela passa a
aceitar o que vier de um homem autoritário.
Mas qual o motivo de algumas mulheres
não conseguirem se amar o suficiente para
não aceitar esse tipo de homem e de trata-
mento?
As causas são as mais diversas, mas entre

as maiores, senão a maior, é realmente o
fato de terem sido criadas com a ideia de
que elas e suas vidas só terão sentido se
for dedicada para um homem, e se esse ho-
mem disser para ela que ela merece aquilo,
que ela vale algo.
Se você não consegue se amar, tenho pés-
simas notícias... você vai aceitar e entrar em
muitas enrascadas quando se trata de na-
moro, romance e relacionamentos.
Quando achamos que merecemos qual-

quer coisa... acabamos aceitando literal-
mente QUALQUER COISA.
Isso inclui caras escrotos, caras que que-
rem te colocar em um local em que você
fique sempre atrás...
Isso é algo que você queira? Não.
Não é algo que você deveria aceitar, ape-
nas se realmente quiser isso (e se quiser,

tem todo nosso respeito), mas tem que ser
algo de escolha sua, e não apenas pelo fato
de não conseguir dar a si mesma o mereci-
do valor que você tem.
Quando você consegue estourar essa bo-
lha de necessidade de ser aprovada, você
automaticamente se torna alguém verda-
deira e fiel a si mesma.
E suas escolhas serão suas escolhas.

Suas conquistas, serão SUAS conquistas.
Quantos homens você levar para a cama...
será problema SEU.
E quem não conseguir lidar com isso, que
SE DANE.
Você saberá selecionar melhor quem ME-
RECE estar ao seu lado, e fugirá de homens
autoritários e de relações fracassadas.
Você já passou por um momento em que

não se amava e caiu em alguma dessas ar-
madilhas?
Como foi?
Como conseguiu voltar a se amar e ver
que você merecia e merece muito mais?
Quando ele precisa trabalhar e não

pode me dar tempo, eu me comporto
como uma adulta, ou com crises de des-
confiança, ciúmes, e como se tivesse
sido abandonada?
Nós sabemos que temos sempre a chance

de esbarrar em um homem que... não con-
segue ser um homem completo.
Para nós, um homem completo é compos-

to por ser verdadeiro, e uma vez dentro do
relacionamento, conseguir te mostrar, que
você não precisa e nem deve se preocupar
se ele está te traindo ou não.
Pois é muito fácil falarem depois:
“- Terminei com ela, porque ela era louca.
Ficava com crises de ciúmes sem sentido, fi-
cava mexendo no meu celular, sempre acha-
va que eu não estava em casa. Virou uma va-
dia psicopata, Deus me livre, mulher louca”.
E se “esquecem” e esquecem dentro de

uma grande aspas, se esquecem do que fi-
zeram a mulher pensar em tudo isso:
• Não atendia o celular quando se atrasa-
va para algum compromisso;
• Não dava a mínima satisfação quando
chegava atrasado para algum compromis-
so;
• Começou a mentir sobre coisas que ela

sabia que era mentira;
• Começou a dar menos atenção para ela,
para a relação, mas o tempo passado em re-
des sociais, academia, com os amigos e com
outras mulheres... sempre aumentavam.
E ainda tem a cara de dizer que não sabe
o que ocorreu?
Que ela se comportou como uma vadia

louca e psicopata?
Que bom para eles, não é? Tem que ter
coragem... tem que ter muita coragem.
E eles saem dessa completamente nor-
mais.
O que ocorre com algumas mulheres?
Saem magoadas, sentindo que não podem
confiar em mais ninguém.
E por um lado estão certas.

Estão erradas de acharem que não podem
confiar em mais nenhum homem.
Graças a Deus, nem todos os homens são
iguais. Sempre tem bons homens lá fora
para acabar com essa imagem que eles
criam nas mulheres, de que todos não pres-
tam e que todos farão a mesma coisa que
o anterior fez.
Mas caso mesmo assim, você seja uma

mulher boa, dedicada, que trabalha, tem
sua vida, seu dinheiro, sua independência...
por que eles continuam com esse papo de
que as mulheres querem mais do que eles
podem dar?
O problema que encontramos aqui, é algo
um pouco mais profundo, mas o bom disso,
é que isso ocorre apenas com uma pequena
parcela das mulheres.
Mesmo sendo uma parcela pequena, ain-

da ocorre.
Podemos dizer que, as perguntas que fi-
zemos para você, desde o começo da pri-
meira página desse livro, era apenas com
uma coisa em mente: o por que você quer
um homem.
E quando as respostas mais comuns nos
foram dadas, algumas delas vieram com al-
gumas armadilhas...
Sim, você pode ter visto que, muitas ve-

zes, algumas, e repetimos: ALGUMAS mu-
lheres, não estão procurando exatamente
um companheiro para relacionamento.
Algumas mulheres não atingiram o ápice
máximo que podem atingir: de serem sua
própria melhor versão, não precisando de
um homem em sua vida para completar,
mas sim para complementar.
Várias de nossas perguntas, foram res-

pondidas por uma leitora que, prometeu
ser completamente verdadeira ao respon-
der as perguntas que fizemos nas páginas
anteriores.
Vimos que ela sempre respondeu com sin-
ceridade, o que é uma coisa muito boa, mas
ao final das respostas, perguntamos a ela, o
motivo das respostas serem dadas sempre
com o intuito de ter o homem ao seu lado
não como um complemento, mas sim como
uma necessidade, uma obrigação.
A mesma nos disse que, foi mimada por

seu pai até os 33 anos de idade. Que a fa-
culdade, as pós graduações, seu carro, sua
casa, tudo foi dado pelo pai dela.
Ok até aí, isso é algo ótimo.
Mas veio acompanhado de algumas coisas
que nos fizeram parar para pensar...
Ela disse que, até os 33 anos de idade, ela

nunca tinha trabalhado na vida. Não teve
necessidade de trabalhar, e apenas estu-
dava e se divertia.
Disse que, apesar de tudo, seu homem foi
o pai perfeito, e quando ele morreu, ela fi-
cou sem um norte em sua vida.
Quando questionada se havia procurado
alguma ajuda, auxílio profissional mesmo,
para lidar com o luto que havia sofrido, ela
nos respondeu que não.
Que para ela é mais fácil assim: fugir do

problema, olhar para a frente como se ele
não existisse.
Mas... isso funciona? Perguntamos a ela.
Ela disse que acha que sim.
Quando questionamos seus relacionamen-
tos, ela começou a nos dar as respostas de
que, não, não funciona, e pior ainda: só traz
mais e mais problemas com o tempo.
Disse que, mesmo hoje em dia, com 51

anos, ela se vê como uma menina do papai.
Não gosta de ser chamada de mulher,
nem mesmo de senhora (muito menos de
senhora). Ela gosta e prefere ser chamada
de jovem.
Tudo bem, idade é apenas um número, o
que importa é a mente da pessoa, e isso
está tudo bem.
Mas nos disse que, muitos homens “fo-

gem” dela por conta disso.
Disso o que? – Questionamos. O que você
pede ou exige que faz com que eles su-
mam? Você aparenta ser uma mulher bem
resolvida, é bonita, tem uma carreira muito
boa... o que você poderia pedir que afasta
esses homens?
Então, ela tirou o celular do bolso, e ao
abrir seu bloco de notas, começou a nos
falar suas exigências para com os homens.
E ficamos chocados.
Ela disse que não tem problema comparti-
lhar aqui, pois ela sabe que “TODAS”, e ela
usou esse todas mesmo (embora sabemos
que não são todas, não é nem a maioria),
das mulheres pensam e querem algo igual
ela quer, então ela não queria se sentir jul-
gada.
Ela disse que, cresceu em uma família tra-
dicional, e que os pais a criaram bem.
A mãe não era um sonho de mãe, mas

também não era um pesadelo.
O pai, por outro lado (ela ainda o chama
de príncipe encantado), foi o homem de
seus sonhos.
E então nos falou de sua lista:
• Homens de 18 até 26 anos – de janeiro
até julho
Não conseguimos entender a questão da

idade, e muito menos o período de meses
que ela citou.
Então, ela nos explicou: de janeiro até
julho, é época de verão. Sendo assim, os
jovens de 18 anos, estão recém saídos do
ensino médio e frescos no primeiro ano da
faculdade.
Eles gostam de curtir, e gostam de mulhe-
res mais velhas.
E ela gosta de curtir, e gosta de todos os

tipos de homens, mas de janeiro a julho, a
preferência dela é de 18 a 26 anos.
É sua época de férias também (ela tira uma
semana de férias em cada um desses meses
– é dona do próprio negócio), e nos contou
que, as praias, resorts e locais de férias, fica
cheio de rapazes bonitos e magros (ela não
gosta e não suporta homens gordos).
Dessa maneira, ela viaja, e começa a con-

versar com esses rapazes. Passou de 26
anos, já perde o interesse para ela.
Ela gosta de ser uma espécie de mãe para
eles (em suas próprias palavras).
NOTA: Esse não é um pensamento muito
correto, mesmo se for no campo da sexua-
lidade. Se for consentido: tudo bem. Caso
contrário, não faça.
Ela disse que, por serem mais jovens, eles

não têm frescuras, e amam uma tigresa
mais velha, que não regula a buceta e nem
o cu. Disse que, não vê problema nenhum
em pegar rapazes que namoram – e disse
que a maioria desses rapazes mais novos,
especialmente dos 18 aos 23 anos, namo-
ram – e que prefere assim.
Disse que, ao estar sendo penetrada por

um jovem, ela sente como se, o pênis ao pe-
netrar sua vagina ou rabo, além de enchê-la,
é como se ela sugasse um pouco da energia
deles.
O que mais gosta, é quando eles a beijam.
Disse que é maravilhosa a sensação de colo-
car o dedo em que está a aliança deles em
sua boca, chupando enquanto eles a comem.
De agosto até dezembro, ela prefere caras

mais velhos: 30 até 45 anos.
E especificou que, mais que 45 anos não
é uma opção: são velhos, caídos, flácidos,
e não tem força para nada.
Disse que essa época, começa ser um pou-
co mais solitária para ela, não sabe o moti-
vo, mas se sente mais solitária nessa época.
Então, precisa de alguém, homens, com

mais pegada e que consigam manter algo
sério por no máximo 1 mês.
Mais que isso, ela não quer.
Mas em novembro e dezembro, ela disse
que sempre ocorre um fenômeno que ela
não sabe explicar: ela fica muito emocional,
por ser o mês de aniversario e da morte de
seu pai.
Então, ela disse que, nesses únicos meses,

ela fica somente com homens de 40 a 45
anos, pois gosta dessas características neles:
• Barba;
• Mandarem nela;
• Terem o controle de toda a situação;
• São protetores ao mesmo tempo que
mandam;
• São arrogantes (e ela prefere esses);
• Metem bem, mas sabe que eles conse-

guem coisa melhor que ela (em suas pró-
prias palavras);
• E que possuem a cabeça mais aberta em
relação a sexo (ela gosta de ficar algumas
semanas com o cara, e então propõe jogos
sexuais como: ele comer uma amiga dela
ou uma desconhecida mais jovem e mais
gostosa na sua frente).
Perguntamos para ela o motivo dessa lis-

ta:
Ela gosta de homens que têm barba, pois
isso dá virilidade para eles. Homens sem
barba, só no começo do ano. Homem de
verdade para ela, tem barba, e ela adora,
especialmente quando passa no meio de
suas coxas.
Ela prefere que eles mandem nela. Então,

ela deixa o cartão com eles, paga estadia,
paga hotel, compra roupas... ela gosta de
ser usada.
Gosta do fato deles protegerem ela, como
uma figura mais velha faria, mas gosta que
eles não tem frescura em mandar: ela ama
ser humilhada por eles: ficar de 4 no chão
para eles baterem nela, fazer ela limpar
toda a casa, e sempre agradecer a eles
como meu mestre).
Gosta dos arrogantes, pois ela fala que

homem de verdade não é bonzinho e nem
tem olhar açucarado. Gosta dos que tem as
mãos mais largas, pois assim eles podem
encher a cara dela inteira em um tapa só.
Ela ama ser humilhada e apanhar na cara.
Sobre saber que eles conseguem alguém
melhor, falamos para ela que, ela é ótima,
não pode pensar assim.
E ela agradeceu, mas disse saber que tem

problemas de pensamentos. Seu tesão
toma tanto o controle da situação, que ela
gosta de ver o cara que está com ela, co-
mendo outra... na sua frente, na sua cama.
Ela disse que consegue gozar 4 vezes se-
guidas, só de ver aquele homem lindo dela
em cima de outra mulher e falando para ela
que ela é gorda, que ela é feia, que ela é
corna e merece isso. Que ela é larga, que
ela é uma velha.
Disse que, quando um deles comeu uma

dessas moças que ela pagou com o próprio
dinheiro, e após meter na moça, deu o pau
dele para ela chupar e limpar, dizendo: lim-
pa bem cadela, para isso que você serve”,
e logo após, estralou a mão na cara dela e
apertou seus mamilos... ela disse que nunca
teve um orgasmo tão forte quanto aquele.
E agradeceu dizendo: Obrigada, papai.
Ela, assim como algumas outras mulheres –

não todas, sabemos que a maioria das mulhe-
res se garantem e não procuram isso – procu-
ra por uma figura paterna que ficou perdida.
Disse que faz terapia, mas sempre para após
3 sessões – que geralmente é quando eles
chegam no ponto de a perguntar por essa
obsessão de ver outros homens como seu
pai – em mandar nela, a castigar...
Portanto, é importante que, neste momento,

antes de você ir para o próximo capítulo, você
faça uma avaliação sua mesma, e veja: por que
eu corro atrás de um homem? Eu quero um
homem para mim, para eu poder crescer jun-
to como mulher, ou eu, inconscientemente,
estou procurando por uma figura paterna em
algumas áreas?
Isso te ajudará a procurar pelos caras certos.
Acredite, faça essa avaliação, e se livre de

uma vez por todas, de sempre encontrar o
mesmo tipo de cara, pois agora, você está
segura de si, e sabe o que quer, o que pre-
cisa, e como conseguir. Mas para te com-
plementar, e não te criar.
Por que os homens se afastam quando
você vai atrás deles?
Essa questão não é tão simples como gos-
taríamos de imaginar, pelo contrário, ela é

bem, bem, bem mais complicada do que
podemos pensar.
Quando escrevi o livro “As mentiras que os
homens contam”, tivemos a oportunidade
de fazer algo que, até então, era algo inédi-
to: entrar em contato com homens reais, e
ao questioná-los sobre diversos assuntos,
ouvir suas respostas.
Isso pode parecer algo que revistas femi-

ninas fazem há muito tempo, certo?
É, por um lado pode parecer sim, mas meu
experimento social foi feito com algumas
motivações:
1.Conseguir fazer com que, ao ouvir as
respostas deles, mulheres como você, que
são minha maior preocupação, ver o lado
verdadeiro de cada homem.
E isso não é algo generalizado: cada rapaz

deu sua resposta. Algumas casam com ou-
tras: semelhanças nos pensamentos, nas
ações, na repetição de comportamentos e
padrões...
E eles nos deram respostas cruéis. Respos-
tas que, até eu mesmo, como homem, me
senti mal ao ouvir.
Mas naquele momento, não havia julga-

mentos. Eu me despi de corpo e alma para
aquele processo de escrita do livro “Por
que os homens mentem”, para conseguir
ouvi-los, sem nenhum tipo de preconceito
ou raiva.
Apenas com assertividade e sempre na
procura de querer trazer para vocês mu-
lheres, um conhecimento maior e mais pro-
fundo, bem mais profundo do que cada ho-
mem pensava sobre dada situação.
2.Tentar ver que, apesar de terem algu-

mas questões em suas mentes, eles amam
as mulheres, mas em primeiro lugar, eles
amam mais a si mesmos.
E como eu poderia ajudar vocês com isso?
Como livrar vocês da mão de um sacana?
E isso não é demagogia: eu realmente me
importo com vocês.
Um cara ruim na sua vida, não atrapalha

somente aquele momento específico do
relacionamento de vocês.
Antes fosse.
Algumas relações criam feridas emocio-
nais que podem durar anos, décadas, as
vezes a vida toda da pessoa.
E isso acaba com uma mulher: sua estima,
o valor que ela acha não ter, em se relacio-
nar com caras realmente legais que estão
lá fora.
Muitas desistem de suas vidas, de seus

sonhos, apenas porque o cara pediu. Por-
que tem que ser do jeito dele. Se não for...
tchau, tem outras mulheres que morreriam
para estar no lugar que você ocupa.
Será?
Será mesmo que isso é real?
3. Trazer um panorama geral do que eles

acham sobre determinados assuntos e si-
tuações, mas sempre com algo produtivo e
que seja de uso certo. Algo que nos alerte
sobre qual tipo de homem evitar, quais si-
tuações evitar, como se preparar para não
estar à mercê deles.
As entrevistas foram conduzidas com ape-

nas um condão: de conseguir fazer com
que, ao entrarmos em contato com as res-
postas deles, conseguir padronizar algumas
coisas:
• Certos tipos de homens e certos com-
portamentos que são uma verdadeira ban-
deira vermelha.
Esse caso aqui pode ser o do rapaz que

respondeu que, se a mãe não aprovar a na-
morada... para ele está fora.
Se você quer um relacionamento sério,
não apenas ficar sem tempo determina-
do... qual seria o fio da meada aqui? Perder
tempo com alguém cujo a mãe nunca vai te
aprovar e sair de perto de você assim que
ele se cansar?
Essa figura feminina a altura da mãe que

ele procura (internalizado pela própria mãe
– mulher nenhuma é o suficiente para meu
filho – é algo muito, muito, muito perigoso.
Isso é o fio propulsor para que casamen-
tos fracassem. Não é à toa o monte de pia-
das que ouvimos com o tema: sogra.
• Evitar aquele que quer provar tudo para

você: que ele está certo, que você está lou-
ca, que ele tem razão, e no final das contas
ele acaba fazendo uma lavagem cerebral
tão forte em você, que você passa a dar a
razão para ele.
Nesse quesito, eu não consigo esquecer
do caso do rapaz que estava traindo a na-
morada, e para tentar encobrir, pediu ajuda
ao amigo gay dela, para que esse amigo o
ajudasse a encobrir.
A primeira reação do amigo gay foi de ne-

gação. Não iria fazer isso com a amiga. Isso
é errado.
E então ele (o namorado hétero), nos con-
tou que, após o amigo gay alertar a namora-
da dele, ele tinha apenas uma coisa a fazer:
provar que esse amigo gay queria transar
com ele, e era obcecado por ele. Por isso
estava inventando essas mentiras.
Como ele provaria isso? Simples. Criou

uma conta em um App de sexo gay, encon-
trou esse amigo da namorada lá, e com uma
foto fake, descobriu o ponto fraco dele: pés
masculinos bonitos.
Como ele realmente tinha um pé bonito,
ele montou o plano: no churrasco que ocor-
reria naquele final de semana, de maneira
“normal” – mas altamente calculada -, ele
iria mostrar os pés dele para o amigo, ao
acaso, e ele iria ficar doido.
A namorada disse que isso era viagem

dele, que o amigo gay dela não queria nada
com ele.
Ele guardou o plano apenas para si mesmo
e disse a ela: só observe no churrasco então
o tanto que ele me olha, inclusive nos pés,
que cara doido. Você vai ver que eu tenho
razão.
BANDEIRA VERMELHA
O que ele fez ali?

Utilizou de sua traição e da negativa do
amigo gay da namorada de encobrir, e iria
pegar em seu ponto fraco.
No churrasco, ele foi de chinelo e colo-
cou os pés no colo da namorada. O amigo
gay estava sentado de frente, tendo a vista
completa dos pés do cara.
Em uma PÉSSIMA DECISÃO, o amigo gay

foi tirar uma foto, e esqueceu que o flash
estava acionado.
Quando o cara fez isso, o namorado olhou
para a namorada como quem diz:
- Viu? Eu te avisei.
Mas fez o papel de mocinho. Pegou o ce-
lular e falou: é meu pé aqui, por que?
Então, logo falou: Ah, esse seu celular é

novo. É aqueles que tem mega zoom, não
é? Ah, sussa, você estava só testando. E de-
volveu o celular, logo após fuçar na câmera
e falar que tudo aquilo da tecnologia era
muito legal.
Ele comprovou o que queria para a namo-
rada, fez ela ficar de olhos abertos para o
amigo gay, e ainda conseguiu se safar da
acusação de que estava traindo.
Não satisfeito, depois, quando estavam

perto um do outro na piscina, disse se po-
dia contar com ele agora. Que ele ia chifrar
a namorada dele, e que o cara gay devia isso
a ele, já que ele tinha livrado a barra dele na
questão do assunto da foto do pé.
Disse que conversaria com a namorada dele,
falaria que realmente não é nada demais, era
só o amigo testando a câmera mesmo.
O amigo aceitou.
Para fechar com a chave de ouro, ele, pu-
xou um pouco a sunga do amigo gay de
lado, dentro da piscina, e colocou seu de-
dão do pé dentro do cu dele.
Depois que fez isso, sem ninguém perce-
ber, disse: gostou? Se comporta bem que
eu te darei sempre uma migalha.
Esse é o tipo de situação que eu quero li-

vrar vocês.
Livrar vocês de aproveitadores, de men-
tirosos.
Mas, mesmo com todos os relatos de meu
livro “Por que os homens mentem”, não
seria possível fazer isso de uma forma com-
pleta, pois eu não consigo estar com cada
uma de vocês no dia a dia.
Então, pensei em algo realmente interes-

sante para essa parte do nosso novo livro,
esse mesmo que você está lendo neste exa-
to momento.
Perguntei a alguns desses homens, a sim-
ples pergunta de 1 milhão de dólares:
Por que vocês fogem delas quando elas
correm atrás de vocês?
E as respostas que tivemos... são chocan-

tes, no mínimo.
E dessa vez não teve nenhum pedido de
desculpas, nenhuma tentativa de explica-
ção, eles disseram que é assim e pronto
acabou.
Nem todos deram a mesma resposta, o
que nos ajuda mais do que atrapalha, pois,
com mais respostas, conseguimos chegar
mais a fundo no jogo deles.
Homem gosta de homem

Eita, deciframos a matriz ou simplesmente

tocamos em um ponto sagrado e até então,
secreto dos homens?
Creio que os dois.
Mas, calma, calma, calma. Quando fala-
mos que homem gosta de homem, não es-
tamos dizendo que eles gostam de transar
com outros homens.
Não é essa a essência do que escrevo aqui.

O que quero dizer, é: homem gosta da
companhia de outros homens, tanto para
conversar, quanto para viver a vida no seu
dia a dia.
Quando se trata de mulheres, eles gostam
sim de mulher: gostam de buceta, gostam
de transar e beijá-las. Mas, acaba aí.
Poxa, você deve estar achando que eu es-

tou falando abobrinha ou sendo totalmente
preconceituoso.
Mas não é isso. E sabe como vou provar
isso para você? Dando referências do que
ocorre no seu dia a dia como mulher, e en-
tão você verá o porque homens preferem
a companhia de outros homens em seu dia
a dia, e não de mulheres.
Vamos lá: hora do sexo. Aquela química

maravilhosa. Porra, quantas vezes conse-
guimos uma conexão tão boa assim? Difícil,
não é? Mas ali vocês estão: ele em você,
você nele, os dois conectados.
Corpo lindo, bonito, gostoso dele. Beijo
bom. E ele tem o balanço PERFEITO que
um homem poderia ter: ele é gentil, mas
na cama ele te faz de princesa e de puta ao
mesmo tempo.
Mas ele não te chupa daquele jeito: caindo

de boca e se lambuzando. E quando você
o chupa... ele não te beija após o oral. Ele
tem nojo. Mas com os amigos, tomam do
mesmo copo, fumam o mesmo cigarro...
Consegue entender o que digo? Homens
crescem com isso em mente: mulher é para
sexo e reprodução. Por isso ele não te res-
ponde do WhatsApp, mas sempre responde
aos amigos.
É questão de prioridade.
Nem todos são assim, mas a maioria sim.
Para eles, a mulher é um pedaço de carne
para satisfazer o quer o pau dele precisa
naquele momento.
Você não é a prioridade na vida dele.
Gostam da caça
Ah, a caça. Escrevo como homem, mas

como um homem cansado. Um homem
que nunca teve: paciência, tempo, saúde
psicológica para joguinhos e caça.
Mas a maioria dos homens gostam disso
mesmo: da caça. De caçar. Sabe aquele ve-
lho joguinho de querer e não querer, de ir
atrás e depois sumir?
É. Você achou que isso era algo exclusivo
das mulheres fazerem? Não é.
Os homens, por algum motivo muito doi-

do e idiota, se colocam como caçadores,
algo muito “masculino” e dominante.
Eles gostam de dominar, essa é a ques-
tão por trás de toda a questão da caça: eles
gostam de estarem no comando de toda a
situação.
Isso você pode tirar como exemplo em si-

tuações que você infelizmente já deve ter
passado: o cara entra em contato contigo
por Instagram, Tinder ou outros aplicativos
de paquera e relacionamentos.
Já percebeu como se dá a dinâmica quando
você está afim dele, mas ainda assim não se
coloca à disposição dele?
Eles continuam indo atrás: mandam mensa-
gens sempre, pelo menos duas vezes ao dia.
E isso se segue por semanas, as vezes me-

ses. Pois para eles, isso é algo muito impor-
tante para a autoestima deles.
Eles gostam de sentir que estão no poder
com a mulher: pois assim eles ainda conti-
nuam indo atrás, até conseguir.
É uma questão de PODER. De ter aquilo
que ele quer.
E quando você dá a atenção ou simples-

mente entra na onda dele, mostrando que
você também está a fim... esse é seu fim. Para
alguns deles, se você se mostra investida...
acabou a graça. Pois ele não tem mais o que
correr atrás, para ele a diversão acabou.
E o que ocorre? Mesmo que vocês ain-

da não saíram ou já saíram e não fizeram
nada... o interesse deles cai pela metade.
Se você transa com ele... acabou DE VEZ a
vontade dele. Pois ele já conseguiu a caça
dele. Ele já é o vitorioso.
Isso é totalmente nojento e desprezível.
Portanto, é importante saber identificar o
tipo desse “homem” ... E FUGIR DELE.
Gostam de mistério
e desafio
Ah, homens e seus interesses de ensino

médio que eles NUNCA largam para trás:
gostam de mulheres misteriosas e do de-
safio de estarem com elas.
O que se traduz como mistério e mulhe-
res misteriosas para eles? Mulheres que não
entregam tudo logo de cara.
Isso significa: ele saber apenas sua idade,

seu nome e onde você mora (não seu en-
dereço, mas o bairro).
E ACABOU.
Se ele souber algo pessoal seu, que é nor-
mal entre pessoas com uma cabeça normal
e funcional, ele foge.
Pois, para esse tipo de homem, se ele sou-
ber sobre você um pouco mais, para eles
isso significa que você está muito disponível
e aberta.
Isso faz algum sentido para você? Exa-

to, para mim também não. Pois algo tão
idiota quanto isso, é ridículo em um nível
impressionante.
E se ele não souber coisas suas? Como
pessoais, problemas familiares, vontades,
gostos, ideias, ideais, o que você planeja
para um futuro (mesmo que não conte
com ele), com o que você trabalha...
Se eles não souberem, isso para eles é
ótimo. Pois mantém neles, a FALSA SEN-
SAÇÃO DE MISTÉRIO.
A vida não é um livro do Stephen King,

não é necessário ter tanto mistério assim...
Por algum acaso, ele é investigador e pre-
cisa saber das coisas de sua vida aos pou-
cos? Não. Isso é totalmente inaceitável.
Mas acredite, a maioria deles PENSAM E
AGEM dessa maneira.
E se manter interessado em você, para
eles é um desafio, e se tem algo que a maio-
ria desses homens gostam... é de um bom
desafio. Para eles, o mistério misturado ao
desafio, é um prato de restaurante de pri-
meira classe.
Preste muita atenção nesse tipo de ho-

mem: se ele se afasta apenas pelo simples
fato de você conversar normalmente sobre
as coisas, e ele encarar isso como FALTA DE
MISTÉRIO, como falta de desafio... PULE
FORA.
E tome cuidado: todos esses caras tem a
mesma maneira de chegar, de conversar.
Apenas fuja.
Não gostam de mulheres

caerentes demais
É, isso é algo que eles reclamam bastante. Mas

não quero e nem vou generalizar aqui, dizendo
que todas as mulheres são carentes demais.
Pois isso não é verdade, isso é uma grande
mentira.
O mais engraçado sobre esses homens, é que,
reclamam que a mulher é carente demais, mas
reclamam quando ela é auto suficiente.
Como conseguem tantos problemas as-

sim? Parece que eles fazem um esforço
imenso para gostar de mulher.
Pois, se analisarmos, o carente demais, se-
ria aquela mulher que realmente é carente
demais. Sabemos que elas existem. Mas
sabe o que também existe?
ISSO MESMO: HOMEM CARENTE DEMAIS.
Tem certos homens que precisam da mu-

lher ao lado para quase absolutamente
tudo: ir ao mercado, fazer algo na casa, re-
solver um problema... é como se tivessem
trocado as mães por essa mulher, só que
com sexo no final do dia como bônus.
É daí que saem aqueles papos que ouvimos
quase que sempre, sobre um cara não casar
com sua esposa, mas sim com algo muito
parecido com sua mãe.
Nesse momento, também conseguimos en-

tender algo que foi uma problemática (e ainda
é), por muito tempo: o mito da sogra. De o cara
só conseguir estar em paz com a namorada,
noiva, esposa, se a mãe dele aprovar.
E se caso ela não aprove, tudo vai por água
abaixo.
Então, isso que eles entendem como carên-

cia, tem um certo entendimento, pois somos
seres humanos, e todos nós, todos mesmo,
até aqueles e aquelas mais fortes, passam por
momentos de carência, o que é algo comple-
tamente normal.
Mas sim, começa a ser um pouco assustador
quando passa do limite que é considerado le-
gal em nosso senso comum.
Mas fique de olho nesses homens, em que

TUDO que você faz, é considerado como
carência: uma saída, um carinho, um pro-
grama a dois.
Se antene quanto aos sinais que eles dão
(pois eles dão muitos sinais) e as vezes, por
gostar muito dele, você pode estar deixan-
do passar despercebido. Mas a partir do
momento que você ver isso, e sabe que não
é alguém carente demais, que ele só está
usando isso para fugir... você fuja antes.
Ninguém precisa de um covarde ao lado.
Não gostam de
“mulheres problema”
É, é isso mesmo minha amiga. Eles

não gostam de mulheres consideradas
“mulheres problema”.
O que seria uma mulher problema?
Partimos do pressuposto que, mulher pro-
blema poder ser uma mulher muito dramá-
tica, barraqueira e que faça problema com
tudo.
Aquilo que eles chamam de mocréia.

Indo mais a fundo, conseguimos entender
que, nesse momento aqui, eles procuram estar
com uma mulher que não traga NENHUM tipo
de problema para ele e para a vida dele.
Seria aquela mulher que obedece. Ok... até
certo ponto.
Obedecer a ele na cama? É um bom jogo, uma

boa estratégia, algo sexual muito positivo se for
levado como algo apenas na cama e com con-
cessão de ambas as partes.
Mas obedecer em tudo na vida? Não. Aí é com-
plicado, e chega até o ponto de ser ridículo.
Sabe de quem esses homens gostam? Da típica
mulher que anda na linha, no compasso dele,
nas regras da batida dele.
E eles são os mesmos caras que amam a

ideia de Lolita: aquela mulher nova, quie-
tinha, que fica na dela, que deixa ele no
comando para tudo na vida, não somen-
te na cama, mas em tudo: casa, saídas,
dinheiro, vida pessoal e com quem pode
e não pode falar.
Que depende dele para dinheiro, para
sexo, para até conseguir respirar com
sua permissão.
Isso não existe mais. As mulheres conse-

guiram direitos que eram delas desde o co-
meço dos tempos. Você deve ser passiva
para um homem somente se desejar.
Não pode concordar com a ideia de que
você é uma mulher problema, somente por
ter certas necessidades.
Caso você realmente se veja e se consi-

dere uma mulher problema: resolva suas
coisas sozinhas, conte com um profissio-
nal, e esteja bem consigo mesma antes de
qualquer coisa.
Pois, ninguém merece um meninão babão
para criar também, alguém que seja somen-
te problema. Saiba onde está entrando e
com quem está indo nessa caminhada.
Não gostam de
mulheres que amamam
a ideia de casar
É, isso é em quase toda a maioria dos

homens.
Eles FOGEM como gato foge de água
quando a mulher AMA, VENERA, VIVE pela
ideia do casamento.
Isso é um pouco assustador mesmo, mas
apenas em algumas ocasiões.
Vamos supor que você seja uma dessas
mulheres que VIVEM pela ideia de casar. Ok.
Me conte o motivo pelo qual você deseja casar.

É para preencher um buraco dentro de você?
Por ter vindo de uma família com divórcio? Medo
de ficar sozinha? De morrer só e sem amor?
Preciso que você veja REALMENTE o motivo
pelo qual você deseja se casar. Pois, se forem
razões como essa: não consigo ficar sozinha,
preciso de outra pessoa ao meu lado para mi-
nha vida ter sentido...
Vou te dar o conselho que dei para um

amigo: procure terapia e a causa desses
problemas. E funcionou: ele era alguém que
necessitava de constante atenção do outro,
queria casar, estar junto, ter filhos...
Quando ele resolveu isso na terapia, de-
pois de muito esforço, ele passou a amar
ELE MESMO. E hoje em dia, ele nem sai mais
tanto de casa. Sai somente quando quer, e
a companhia dele e de livros, estudo, família
e alguns amigos é o essencial.
Ele não quer mais relacionamentos fúteis,

mas nada super sério. Ele até mesmo se deu
de presente uma aliança de noivado da Ti-
ffanys. Pois ele o ama e ele sabe que ele
merece. E nunca o vi tão feliz.
Caso você sempre teve com você mesma
o desejo de casar, de ser uma dona de casa,
uma esposa, a mulher de alguém... tudo
bem também. Isso é saudável (até um pon-
to), e você tem o direito de ser feliz.
Mas, assim como tudo na vida, devemos

saber em qual público escolher, onde ir para
conseguir tudo isso. Balada? Tinder? Não
parecem boas ideias. Um site de namoros
e relacionamentos? Melhora, pois você en-
contrará homens que tem o mesmo dese-
jo. Amigos de amigos? É uma boa também,
sem falar que você já saberá o precedente
dele.
O importante é você se encontrar com

você, e suprir em si mesma suas necessida-
des sem precisar de um homem para te com-
pletar. Após se completar, se jogue e seja a
mulher mais feliz da face da terra. Eu estou
aqui torcendo por você desde já. E não es-
queça de me convidar para o casamento.
As mulheres
escolhem demais
Olha só, engraçado né? Muito engraçado.

Quando o homem escolhe demais... ele é
exigente, seletivo. Quando é a mulher que
tem certos padrões, ela escolhe demais.
Quanto esforço esses homens estão fa-
zendo para gostar de mulher? Parece um
exagero de esforço, eu fico bobo só de ler
e de escrever isso aqui.
Mulheres são exigentes porque:

• Elas podem ser;
• Elas DEVEM ser.
Mas por qual motivo elas PODEM ser?

Pelo simples fato de que, desde que o
mundo é mundo, sabemos que os homens
sempre saíram na frente e sempre foram
mais privilegiados em vários aspectos
da vida.
Elas também podem ser exigentes. Nin-

guém quer estar com alguém que não gos-
ta, que considera meia boca.
Por qual motivo vocês mulheres deveriam
aceitar um 5 se pode ter um 10? Pois esse
é o pensamento dos homens: para que eu
vou ficar com essa 5 aqui se tem uma 10
para mim ali na frente?
Qual será o grande problema nessa situa-
ção? De que mulheres são mais tolerantes
e conseguem entender isso, e os homens
levam tudo super para o pessoal?
Deve ser, como se você tivesse furado a

bolha onde o ego dele mora e ter deixado
ele ali sem nada, ao vento, com frio.
E mulheres DEVEM ser exigentes. Vocês
trabalham, são filhas, prestam assistência,
estudam, são mães... tudo isso é cansativo.
E vocês ainda tentam segurar o fardo de
serem vistas como inferiores e terem que
viver em um mundo onde os homens acre-
ditam que pertencem a eles.
Deve SIM ser exigentes na hora de esco-

lher alguém para se estar junto, principal-
mente quando se trata de um homem. Pois,
se você não for exigente de verdade, ao
invés de estar com um homem, você pode
ter o azar de estar com um filhinho da ma-
mãe mimado e que sempre teve o mundo
aos seus pés, que nunca conseguirá ouvir
um não quando você não quiser algo.
Querer um homem bom, sem problemas,
que seja trabalhador, solícito e educado,
bom de cama é exigir demais? Não, é estar
correta. Não caia nessa de que é exigente
demais. Você apenas merece o melhor.
As mulheres são
muito dependentes
Eles não se cansam, eles REALMENTE não

se cansam desse papo de que “as mulheres
são muito.... preencha o espaço em bran-
co”. Eles continuam com as respostas de
que mulheres são muito isso ou são muito
aquilo ali.
E eles são o que?

“Ah, nós só somos homens, mano, nós po-
demos ser dessa maneira, porque sempre
foi assim”.
Muitas vezes quando estou pesquisando
para trazer conteúdo para vocês, eu co-
meço a chegar em alguns pensamentos
que beiram o desespero, pois eu começo
a pensar que, para vocês mulheres, gostar
de homem só pode ser um castigo.
Como vocês aguentam tudo isso? Eu não

sei. Só sei que estou aqui para tornar essa
caminhada menos penosa para todas vocês.
Hoje em dia, várias mulheres não precisam
depender de ninguém mais. Isso é coisa de
um passado bem remoto, bem lá atrás, que
nunca mais voltará.
A mulher, hoje em dia, é o centro do mun-
do e da sociedade. É a mulher que vira mãe
solteira e pai da criança quando o maridão
homão machudo resolve sair fora e acha que
uma simples pensão resolve o problema.
Elas são o centro da família brasileira. Elas

são maioria em várias áreas. Elas enchem as
salas de faculdades, dos pequenos negó-
cios, das ruas, dos locais de trabalho.
Elas não dependem de ninguém além de-
las próprias.
Essa ideia que os homens lançam de: ela é
muito dependente, é apenas mais uma das
artimanhas para aprontarem e depois te-
rem a mulher como a neurótica da relação.
Elas trabalham, pagam seus impostos,

viajam, pagam caro em um sapato, são a
grande maioria em vários setores que antes
eram machistas...
Então, não caiam, nem por um segun-
do nessa ideia de que vocês sejam de-
pendentes. ISSO É MENTIRA. Vocês são
grandes, gigantes e capazes de muitas
coisas além do que já tem hoje.
Não deixe um discurso definir quem vocês
são. São mulheres, mães, são a força desse
mundo. NÃO CAIAM NESSA. DEPENDAM
APENAS DE SI MESMAS.
Elas se
menosprezam
demais
Elas isso, elas aquilo, elas isso demais,

elas aquilo demais...
Vamos lá minhas amigas. Aqui eu quero
falar sério com vocês, como o irmão mais
velho que me considero de vocês.
O fato de se menosprezar, pode não ser
entendido pela maioria dos homens (é
necessário tirar um tempo, sentar, ouvir,
conversar, tentar entender seu lado, ser
empático) e isso é quase como que pedir
um milhão de reais para alguns homens
(a maioria).
Então, eles não entenderiam de onde vem

isso que eles chamam de desprezo.
O auto desprezo, ou ausência de amor
próprio, não é algo tão simples que se resol-
ve em um estalar de dedos. Pelo contrário.
Muitas vezes, senão em 100 % das vezes,
o auto desprezo, esse se desprezar, vem
de experiências traumáticas que ocorreram
com você: na primeira infância, na adoles-
cência, ou até mesmo na fase adulta.
E as pessoas veem o seu close, mas não

veem os seus tombos. É difícil demais de
se recuperar das coisas que ocorreram,
que fizeram com que você se olhasse
dessa maneira: fazendo pouco caso de si
mesma, de não se achar o suficiente, de
se botar para baixo.
Vou dar aquele conselho de irmão mais
velho que te ama: sente um pouco, somen-
te um pouco, e por mais que doa, tente
lembrar onde e por qual motivo essa sen-
sação começou.
Estou pedindo para você fazer isso por si

mesma, não por nenhum homem lá fora,
nem que fosse o Ryan Gosling ou o Henry
Cavill. Eu quero que você se sinta bem para
saber onde você começou a duvidar de si
mesma, e até a se botar para baixo.
Quando encontrar esse momento, va-
mos falar com um profissional. Não, não
existem apenas psicólogos pagos. Existem
vários gratuitos na internet, em faculdades
de psicologia.
Hoje em dia, não cuidar da saúde mental,

não é mais uma desculpa. Eu quero ver você
bem. Ver você feliz e estável, sabendo que
merece coisas boas da vida. E correndo
atrás delas. E conseguindo.
Não quero ver você se sujeitando por qual-
quer coisa que um zé merdinha fala para
você. Quero ver você bem, certa de que
vale a pena, para estar com um cara que
também mereça estar ao seu lado.
Elas não têm

amor próprio
É, infelizmente isso ocorre com um grande

número de mulheres, o fato de não terem
amor próprio suficiente.
Mas adivinha? Exatamente, muitos ho-
mens também não possuem amor próprio
suficiente. Ou as vezes ocorre o que vive
ocorrendo com a maioria dos homens: eles
têm amor próprio, até demais até, chegan-
do ser algo narcísico.
Mas, ter amor próprio não é algo tão fácil

quanto parece. Muito pelo contrário, é um
processo muito desgastante, cansativo no
seu todo.
Quando ocorre isso, de uma mulher não
ter amor próprio, pode ter certeza de que
existem motivos pessoais por trás disso,
e muitas vezes, quase 90% das vezes, por
culpa de situação que foram alheias a ela,
ela simplesmente se tornou vítima dessa
situação.
Tenho uma amiga que foi abandonada

quando ainda era bebê. Ela foi adotada
por uma família apenas quando tinha 9
meses de idade. Mas nesse período ante-
rior ao da adoção, ela passou por coisas
que criança nenhuma deveria passar: o
abandono parental não apenas como é,
mas a falta de amor, carinho, proteção.
Muitas crianças ficam jogadas pelos can-
tos. Algumas ficam até mesmo sem ali-
mentação quando os pais são totalmente
desleixados.
Ao crescer nessa família, ela teve muito

amor. Mas quando se mostrou como um
ser humano de verdade em sua adolescên-
cia, ela sentiu algo parecido com o primeiro
abandono. Quando disse que gostava de
meninas, foi como se os pais, agora adoti-
vos, depois de 16 anos, a deixassem a mercê
de mesma, mais uma vez.
E o que você faz quando está e se sente
sozinha e perdida? Parte para companhias
e situações não tão boas. Foi o que ocor-
reu com ela: se envolveu com amizades não
muito boas, com homens que só queriam
tirar proveito da situação, e acabou perden-
do-se de si mesma.
Quando viu que não aguentava mais isso,

com 26 anos procurou um psicanalista que
a ouviu com toda a atenção possível. Foram
necessárias apenas 3 sessões para mostrar
a ela o problema: você não se ama.
Com o tratamento semanas, ela conseguiu
se amar. Mas foi difícil. Calar fragilidade é
castigo, não deveria ser um fator decisivo
para as pessoas jogarem as outras para es-
canteio, e sim estender a mão e dizer: vem,
eu vou te ajudar, mas preciso que você tam-
bém se ajude.
E quando isso ocorrer, por mais difícil que

seja o processo, abrace-o com toda a força
que você conseguir.
Você estará fazendo o melhor para vocês
mesma, e não apenas para outro homem.
Faça isso se tornar um mantra: Eu mereço
ser alguém digna de amor e de ser amada,
mas em primeiro lugar, eu mesma devo me
amar. Não importa quanto tempo isso leve,
eu MEREÇO.
Elas têm amor

próprio demais
Eu falo para vocês, é quase impossível eu

como homem entender esses homens que
dão esses tipos de respostas: elas não se
amam, não se amam o suficiente, mas ago-
ra elas estão se amando demais, ninguém
precisa disso, ninguém aguenta isso.
É brincadeira né?
Vamos partir do pressuposto de um amigo

que tenho que não sabia falar, não conse-
guia se expressar. Ele não sabia amar e nem
perdoar. Ele era apenas um eco de medo.
“O que será que vão dizer, o que será que
vão pensar?”
Ele vivia nessa. E não amava a si mesmo,
nem um pouco. Era difícil ver ele dessa ma-
neira: violado por ele mesmo, oprimido,
opressor, cansado, querendo apenas um
abraço, e não se sentia merecedor nem de
um simples abraço.
Quando ele resolveu finalmente procurar

ajuda, ele quis que fosse com um psicanalis-
ta homem. Ele queria uma figura masculina
e paterna que ele não teve.
E isso trouxe apenas benefícios ao invés
de trazer problemas, pois ele seguiu à risca
em busca de ser um homem real e não um
homem ideal. Não ficou sentado esperando
por salvação.
Ele não tinha amor próprio nenhum. Ele

deixava de viver coisas maravilhosas que
eu e outros amigos sabíamos que ele me-
recia, que era completamente merecedor
de tudo aquilo.
Conforme o tratamento foi avançando,
ele começou a ver que realmente merecia
coisas melhores, pessoas melhores ao seu
redor. Ele tinha trazido muitas pessoas que
abusavam da bondade dele, de ele se colo-
car para baixo.
Então, quando ele viu que isso não dava

mais, começou, no silêncio de si mesmo, a
falar com essas pessoas, que elas poderiam
mudar algumas coisas. Que ele não tinha
mais tanto tempo quanto antes, pois ele
estava trabalhando, coisa que ele sempre
quis, em sua área.
E essas pessoas, 3 em específico, não gos-
taram muito de ver ele subindo na vida. E
eu já sabia que essas 3 pessoas específicas
não gostariam de ver ele subindo. Gosta-
vam dele caído, pois eram ótimas fontes
de sugar a energia e não querer vê-lo bem.
Quando ele se afastou dessas pessoas, eu

fiquei um pouco surpreso, pois não sabia
que o amor próprio dele tinha crescido tan-
to assim, mas fiquei extremamente feliz por
ele estar bem, pois eu só quero ver ele feliz.
Mas sim, assim como os homens que fa-
lam que amor próprio demais é ruim, esses
“amigos” dele, falaram a mesma coisa.
E vamos jogar a verdade toda na cara nes-
se momento: se você consegue ter com-
panhias que não querem te ver crescer en-
quanto elas crescem... está na hora de você
sair de perto delas.
E isso exige muito amor próprio.

E vou te falar a verdade? Antes sozinha
que mal acompanhada.
Nunca vi meu amigo tão feliz, e é genuíno.
Ele está uma pessoa totalmente pura e leve
daqui pra frente.
E começou a atrair apenas pessoas que
aceitam isso. E isso é lindo. Como me vejo
um irmão dele, me vejo irmão de vocês tam-
bém, e quero que vocês aceitem apenas o
melhor.
Elas querem
um conto de fadas
Ah, quem não deseja algo parecido com

um conto de fadas, não é? A Disney estra-
gou todas nossas expectativas de relacio-
namentos saudáveis.
Hoje em dia, as princesas não precisam
de um príncipe vir salvá-la. Elas cospem a
maçã envenenada, vão atrás de um traba-
lho, plano de saúde e saem com um monte
de dragões até acharem o príncipe.
Essa é a realidade atual.

Mas, realmente posso falar para vocês que,
sim, existem algumas amigas, mulheres aqui
entre vocês, que ficam com essa ideia de con-
to de fadas na cabeça e não tiram POR NADA.
Primeiro: você tem que ser aceita como a
mulher que verdadeiramente é, não é correto?
Sim, é correto.
Então, não pode exigir um homem ideal,

um príncipe encantado. Você deve REAL-
MENTE considerar de aceitar o homem real
ao invés do ideal. Qual o medo que você
tem do homem real?
Lembre-se de que eles não estão ali para
preencher fantasias suas, da mesma ma-
neira que nenhuma de vocês estão ali para
terem pose e jeito de princesas, perfeitas,
para agradarem nenhum deles.
Não digo para abaixar as expectativas,

mas sim de ver e conseguir distinguir o que
é real e o que é fantasia.
Algumas mulheres são emocionadas de-
mais: querem algo que criaram na própria
cabeça: um homem bonito, com profissão
e dinheiro, que dê carinho, que a ouça, que
puxa a cadeira para ela sentar, abra a porta
do carro, mande flores e mensagens român-
ticas no meio do dia sem nenhum motivo,
apenas para mostrar que as amam.
Não fiquem bravas comigo: MAS A REALI-

DADE NÃO É ESSA.
Vocês são mulheres independentes que
não precisam de um homem que as comple-
tem, vocês precisam de um homem real, de
um homem que esteja ao seu nível, que a
respeite, e que a ame. Mas se o amor dele
não for da mesma maneira ou medida que
você EXIGE... você tem que ver se não está
exigindo demais.
Porque, viver em uma fantasia enquanto

lê um livro, vê um filme de romance, é algo
legal. Mas para aquele momento ali.
Além daquilo, devemos ter consciência
de que, a vida real se apresenta de outra
maneira, completamente diferente daquela
que os filmes e livros mostram.
Mas, a partir do momento em que você
deixa de exigir tanto, você permite ser real
e não ideal também, e trará pessoas boas
ao seu lado, e não coisas tóxicas.
Pois existe um problema com isso...

quando exigimos um príncipe em nossas
vidas... podemos correr o risco de estar
fazendo o papel da bruxa ou de dragão.
E adivinhe? Foi isso mesmo que eles
falaram.
... e muitas vezes são

as próprias bruxas
e dragões desse
conto de fadas
Viu só?
Muitas vezes, quando exigimos algo perfei-
to, um príncipe encantado, algo de contos de
fadas, literalmente de contos de fadas, temos
que lembrar dos outros personagens desses
desenhos e histórias:
A bruxa, os dragões, todas as coisas ruins
que precisam ser enfrentadas para conseguir-
mos chegar até a princesa ou ao príncipe.
Mas o que fazer quando você está TÃO

na onda de um príncipe, e começa a agir
como a bruxa e o dragão?
Eu amo vocês, e por amar vocês eu te-
nho que alertá-las e não só passar a mão
na cabeça.
Às vezes, é fácil demais conseguir ser a
bruxa da história.
Vamos para mais uma história: um conhe-

cido estava tendo um relacionamento bem
leve, bem de boa e bem devagar com uma
mulher mais velha: ela 50 e ele 29 anos.
Sim, muitos anos de diferença, mas isso não
fazia nenhuma diferença para nenhum deles.
E ele sempre foi muito de boa, não mostrava
muitos sentimentos com palavras: não fala-
va, mas as atitudes dele eram suficientes para
mostrar nas entrelinhas para ela.
Só que ela queria algo especial, de conto

de fadas. E não soube respeitar o que ele
conseguia oferecer, que era o limite dele.
Então, ela começou a encher a paciência
dele, de verdade mesmo. Queria que ele
atendesse o celular em momentos de tra-
balho, que mandasse fotos de onde estava,
com quem estava, mandar localização que
ficava disponível o dia todo no WhatsApp...
Isso não é nem de longe saudável.

Mas não acabava nisso. Sempre que ele
seguia alguém novo ou era seguido, ela
mandava mensagem falando: quem é, da
onde conhece?
E ele trabalha com mídias sociais, marke-
ting digital... é impossível saber de onde es-
sas pessoas vem. Ele estava expandindo o
trabalho, finalmente tinha uma sala só para
ele, com toda sua estação de trabalho ali.
E ele queria compartilhar isso com ela.

Mas ela não queria, ela queria somente sa-
ber quem eram tais pessoas, o motivo de
estarem ali, e porque ele não a amava.
Ela queria que ele comentasse em cada
foto dela no Instagram e colocasse cora-
ções e frases como: como é linda, minha
princesa.
Ele começou a se assustar, pois isso não
era do feitio dele, ele demonstrava de ou-
tras maneiras.
Ele estourou em um dia que ela gritou com

ele no restaurante por não puxar a cadeira
para ela sentar. Ela gritou: VOCÊ NÃO É UM
PRÍNCIPE, NEM PUXOU A CADEIRA.
Ele perdeu a vergonha e disse: você é a
própria bruxa e dragão desse conto de fa-
das que só você inventou.
Então, POR FAVOR, peça somente o que
ele PODE SER. Muitas vezes, o pouco dele
é o máximo que ele consegue dar.
Ela é muito
deprimida
Esse é um problema que merece toda nos-

sa atenção disponível para tratar dele da
maneira mais correta e saudável possível.
O fato de ver a pessoa deprimida, diz mui-
to sobre as duas pessoas que estão ali na-
quela relação.
Se a mulher está deprimida, temos que
traçar uma linha reta, e não pular nenhuma
parte desse percurso.
Por que ela está deprimida? É algo lidado

ao relacionamento em si? Pois isso é algo
completamente comum de ocorrer.
Caso seja, é muita covardia para o compa-
nheiro falar isso da mulher com quem ele
está no momento. Só imagina: ele a trai,
não dá atenção mínima, não se importa
com ela. Ela é apenas um objeto para ele
usar e abusar.
Não é natural uma mulher ficar deprimida

com isso?
Agora, caso esse caso de ela estar depri-
mida venha de relacionamentos anteriores
(e aqui pode ser qualquer tipo de relacio-
namento: amoroso, familiar, trabalhista),
é necessário a pessoa dar uma boa olhada
para si mesma e se perguntar: por qual mo-
tivo estou assim? E mais do que isso, COMO
POSSO RESOLVER ISSO?
Se ela conseguir contar com a ajuda e

compreensão do companheiro, isso será
algo muito bom, pois ela vai melhorar com
o tempo, com o tratamento correto, e ele
estará ali, para fazer o papel de um homem
integro mesmo: estar com ela, dar força,
e vê-la conseguindo sair desse estado de
sentimento.
Caso o cara não queira ajudar, isso já levanta

uma IMENSA BANDEIRA VERMELHA. Se ele
não está afim de ajudar, ele não se importa.
Desculpa falar isso assim na sua cara, mas
essa é a verdade: quem se preocupa contigo,
vai te ajudar.
Mas, tenho que ver qual sua situação tam-
bém: você PERMITE receber ajuda dos outros?
Mais importante que a pergunta acima:

você QUER MELHORAR?
Sim, tem pessoas que NÃO QUEREM ME-
LHORAR. Sabem o motivo do porque estarem
deprimidas, deprimidos, e possuem amigos
ao lado, um companheiro ou uma companhei-
ra maravilhosa ao lado, dando todo o apoio e
suporte possível e necessário, mas essa pes-
soa NÃO QUER MELHORAR.
Ela quer o ESCAPISMO. Quer deixar para

lá, e joga a famosa carta de Gabriela Cravo
e Canela: eu nasci assim, vou ser sempre
assim.
Isso é algo que atrasa QUALQUER relacio-
namento. Se a pessoa NÃO QUER melhorar,
não tem como a outra OBRIGAR ISSO.
E chega um momento, em que o desgaste

é tanto, que o companheiro sai de perto e
vai buscar um relacionamento saudável. E
isso é normal, pois é o mesmo que eu falaria
para você fazer caso estivesse ajudando um
cara e ele não quisesse ajuda.
Se atente bem a isso. E se permita ser feliz
Ela ainda gosta

do ex namorado
Eita mulherada, eu vou ter que puxar a

orelha de vocês aqui?
O que eu já disse sobre isso para vocês?
Apenas entrem em um relacionamento
novo APÓS terem se curado do último rela-
cionamento, e de preferência: SEM GOSTAR
DO EX NAMORADO.
Para homens, isso é mais fácil. Eles não
têm essa coisa do apego, de lembrar de
lembranças boas.
“Nossa, mas isso é machismo”. Não, não

é, isso é a verdade que ouvi de uma DEZENA
deles em nosso podcast e no meu livro “As
mentiras que os homens contam”.
Eles realmente não se preocupam com a
ex namorada ou com o que poderia ter sido
do relacionamento.
Eles saem atrás de algum outro relaciona-
mento, muitas vezes amarrando um no ou-
tro. Não é à toa que você vê em Instagram
alguns conhecidos que tinham namoro de
um ano, dois anos, e em 2 meses após o fim,
já estão com outra, e ainda com a cara de
pau de colocar legenda romântica.
Mas eles entram nesses relacionamentos

com apenas uma certeza: o relacionamento
passado e a ex namorada já eram.
Ah não ser quando eles traem a atual com
a ex. Isso também é muito comum, infe-
lizmente. E algumas ex se contentam com
isso. Coragem...
Mas aqui falo com você: terminou o rela-
cionamento e partiu para outro. Faça um
favor para mim e um acordo comigo? NÃO
ENTRE EM UM RELACIONAMENTO SE AIN-
DA ESTIVER A FIM DO BOY DO PASSADO.
Se o boy do passado for um escroto, eu

vou puxar sua orelha. Você merece um ho-
mem de verdade, um macho que esteja na
sua. Não um rapaz que só sabe brincar e fica
com joguinhos. Quem tem paciência para
isso? NINGUÉM.
Agora, se gosta do ex, volte com ele. Mes-
mo que seja difícil, volte. Só não use um
cara de coração bom, que goste de você,
para tentar superar o outro. Isso não é legal
de maneira nenhuma, e vamos usar a mes-
ma analogia do: não faça com os outros o
que não gostaria que fizessem com você.
Porque o karma existe, e ele não erra,

então se atente bem a essa questão. Pois,
pense bem: você pode ter terminado o na-
moro, e ficado algum tempinho sozinha,
apenas ficando aqui e ali.
Tudo bem até aí, coisas casuais são para
isso mesmo.
Mas não entre em um novo relaciona-
mento se você gosta muito do ex, e pior
que isso: SE ISSO FICA ALTAMENTE VISÍVEL
PARA SEU NOVO NAMORADO E PARA OS
OUTROS.
Dê seu tempo, respeite seu momento e
espaço.
Ela se ocupa demais

com a carreira dela
Olha só, como as coisas mudam, como isso

é interessante.
Antes eram as mulheres que “reclamavam”
quando o parceiro, namorado, marido, com-
panheiro, ficante trabalhava demais.
E qual era a resposta que eles davam? Não
estou conseguindo me lembrar... AH SIM: “Eu
PRECISO trabalhar, carreira em primeiro lugar
e depois o restante da vida. Se você quiser,
vai ter que ser assim. Se não quiser, eu consi-
go encontrar outra mulher que aceite e saiba
da importância disso para mim.”
Me pergunto o motivo disso mudar do

nada quando é a mulher que está correndo
atrás da carreira dela.
Engraçado que eles não pensam e nem fa-
zem o menor esforço para entender que o
mercado de trabalho para as mulheres, co-
meçou a mudar somente a partir dos anos
90, isso com passos lentos.
Sabemos que em muitos países, como o
Brasil, isso ainda não é uma grande reali-
dade: mulheres em números iguais aos de
homens em cargos de poder e de gerência.
E agora quando vocês correm atrás, se es-

pecializam, deixar de lado até a vida pes-
soa... ele não pode entender e só pode re-
clamar... que interessante.
Veja como o machismo está totalmente
enraizado nesse homem, nesse companhei-
ro que reclama de a mulher focar demais na
carreira dela.
O que será que ele sentiria se ela falasse:
“fica em casa então, limpa ela, cuide das
crianças, prepare almoço, limpe a casa de
tarde, prepare o jantar, depois lave toda a
louça, tome banho, MAS ESTEJA APRESEN-
TÁVEL e sem essa cara de cansado. Quero
você sexy, com uma cueca sexy e com dis-

posição para transar comigo, porque você
não faz nada em casa comparado com o
que eu faço lá fora. E ó, já vou avisando: é
melhor não dar desculpas de dor de cabe-
ça, nem brochar. Eu quero que você esteja
presente ali. Se você não gozar... bom, aí o
problema não é meu, é seu de ser frígido.
O que importa é eu gozar e relaxar. E vou
dormir depois, não vem querendo ficar jun-
tinho não, eu preciso dormir, para acordar
amanhã cedo, você ter preparado o café,
como um bom esposo faz, para todo esse
dia passado se repetir, e nada de cara feia.”
Olha só, isso foi o que as mulheres ouviram

por CENTENAS DE ANOS, não foi? E nesse
momento, vocês não estão pedindo 1/3 disso
que está aqui em cima. Aliás, não estão pe-
dindo NADA disso, apenas que ele consiga
respeitar seu sonho, e que te apoie no seu
crescimento.
Caso para ele isso seja um problema: CAI

FORA. SAI FORA. PULA FORA DESSE BAR-
CO.
Sua carreira não vai se cansar de você uma
noite e te deixar.
Pense MUITO BEM nisso.
Ela só é feliz quando

estou perto dela
Lembre-se aqui daquilo que falo para vo-

cês o tempo todo em meus stories e pos-
tagens no Instagram: você DEVE amar a si
mesma SEMPRE em primeiro lugar.
Se você não for capaz de amar a si mes-
ma, como você vai conseguir amar outra
pessoa?
Muitas reclamações dos homens, vem
dessa questão que realmente existe com
algumas mulheres que não conseguiram
dominar AINDA a arte de amar a si mesma:
elas só conseguem ser felizes e funcionais
quando estão ao lado deles.
Quando estão sozinhas (o que é completa-

mente comum no mundo – nascemos e va-
mos morrer sozinhos, isso é um fato-) essas
mulheres não conseguem de maneira nenhu-
ma serem funcionais: trabalharem, conseguir
estudar, fazer coisas normais do dia a dia de
uma pessoa.
O que realmente importa aqui e deve ser
destacado, é que: você NÃO PODE depender
do amor de um cara para você se sentir bem.
Isso em si, é algo que não pode ocorrer.
Pior ainda, é você estar feliz APENAS quan-

do ele está ao seu lado, ou junto de você.
Isso é bonitinho na adolescência (até os 17
anos, no máximo), depois disso, após essa
idade, isso pode e deve ser visto como al-
gum problema pessoal seu, que você deve
reconhecer e procurar ajuda assim que
entrar em contato com o fato de que real-
mente possui esse problema de “desliga-
mento”.
Não é normal a sua vida ser produtiva APE-

NAS quando você está com ele. O nome dis-
so não é amor, não é carinho, nem paixão,
nem apego, muito menos amor devastador.
O nome disso é PROBLEMA. Você tem que
procurar ajuda para o seu próprio bem.
Uma mulher bem resolvida, deve se con-
tentar sempre em primeiro lugar com ela
mesma. Isso é algo que você PRECISA man-
ter em mente, para seu sucesso pessoal e
profissional.
Pois, o problema aqui, é começar a sufocar

o cara. Sempre ligando, sempre importu-
nando, realmente se tornando uma pedra
no sapato dele, tal qual algumas mães são.
Você quer ser a mãe de seu namorado?
Acho que não, certo?
Mas, faça tudo isso em primeiro lugar para
você. Você TEM o direito de querer estar
com um cara, isso não é crime. Mas, você
MERECE amar de maneira saudável e de
que não machuque nenhuma pessoa que
esteja envolvida em todo esse processo.
Você merece saber o gosto que é a sen-

sação de um amor leve, livre de amarras,
onde os dois conseguem ser felizes um com
o outro, separados, e conseguem transfor-
mar essa felicidade em algo muito maior
quando estão juntos também.
É uma linha muito tênue, mas eu sei: você
é uma mulher esperta e vai se colocar em
primeiro lugar e resolver essa situação, se
ela for uma questão presente em sua vida.
Você o sufoca,
assim como uma mãe
É, temos um pouco de drama quando se

trata dessa justificativa logo acima.
Sabemos que sim, algumas criações são
mais pesadas que as outras. Ninguém é cria-
do sob o mesmo regime, e sabemos que,
mesmo se tem irmãos, o tratamento sem-
pre é diferenciado, queira falar sim ou não,
sempre é.
Mas algumas mães realmente passam

do ponto com os filhos. Não é à toa que
o termo utilizado para sufocar em Inglês
seja “smother”. Tirando o s da palavra, nos
sobrea “mother” que é mãe. Muitas piadas
são feitas com isso, pois o smother é real-
mente isso: sufocar alguém.
Filhos e filhas de mães narcisistas e con-
troladoras demais geralmente usam essa
palavra com grande frequência quando fa-
lam de suas relações com suas mães.
Temos que admitir aqui, que, o problema

não é com o cara, e sim com a mãe dele.
Sabemos e entendemos que os pais que-
rem proteger os filhos nesse mundo louco
de hoje em dia, mas tudo tem que ser feito
de maneira mais positiva possível.
Você deve ensinar seu filho a ser indepen-
dente, saber viver, saber andar, saber con-
versar e ir de um lugar para o outro confor-
me ele vai crescendo.
Mães protetoras demais, são aquelas que

mandam os filhos para a escola de perua
escolar até com 15 anos. Que querem sa-
ber exatamente TUDO da vida deles: com
quem conversam, com quem saem, com
quem estão falando no telefone naquele
exato momento, o que deve vestir, o que
não deve vestir.
Alguns casos são tão severos, que a mãe
acaba criando o filho, e fazendo ele ficar
dependente dela pelo resto da vida. Esse
menino vai crescer, e mulher nenhuma vai
ser suficiente para ele, porque o ideal de
mulher para ele, é a mãe, e não a mulher
real que vai falar que existem limites para
as coisas.
Portanto, se você faz esse tipo, eu vou te

aconselhar a procurar ajuda o mais rápido
possível, por conta de dois fatores:
Você será mãe um dia. Isso se já não for.
E se for, eu espero de verdade que você
crie seu filho para ser alguém livre, e não
um acompanhante que dependerá de você
para exatamente tudo na vida dele. Isso só
vai destruir qualquer tipo de relação que ele
possa ter lá pra frente na vida dele.
Segundo: as chances de você ser assim com

alguns homens, são mínimas. Pois, a partir
do momento em que ele se dá conta de que
você o está sufocando, ele vai sair fora na
MESMA hora.
E ele não está errado. É igual mulheres que
são controladas por homens que mais lem-
bram a figura paterna e querem mandar nelas.
Em qualquer que seja a circunstância? FUJA.
Só saia disso. Seja homem ou mulher, e per-
mita ter sua liberdade e que ele tenha a dele.
Ela quer o cara ideal,

não o real
Você se lembra do que falamos lá atrás

no livro? De querer um conto de fadas, de
querer um cara perfeito, que você criou em
sua cabeça, que sua imaginação ajudou a
transformar em algo perfeito e ideal:
• Corpo másculo;
• Viril;
• Macho;
• Sensível (apenas em alguns momentos);
• Bonito;
• Que saiba conversar;
• Que te ouça sempre que você quer;
• Que seja fofo e meigo;
• Mas que meta com gosto e atole até o
talo em você;
• Mas que faça amor;

• Que seja romântico, levando para janta-
res, comprando flores e bombom, fazendo
você se sentir a princesa ou a rainha que
você é;
• Precisa ter trabalho e uma carreira;
• Mas não pode dedicar todo esse tempo
só para a carreira, metade tem que ser para
você;
• Que tenha bons amigos, de preferência
não escrotos, mas que sempre prefira sair
somente com você e te inclua em todas as
atividades dele;
• E que poste sempre fotos de vocês no
Instagram dele, com dedicações amorosas
para todos verem a quão amada você é.
Amiga, você só vai dar a chance de achar um

cara assim, para você controlar ele, se ele for
escravoceta. Sabe o que é escravoceta? Uma
junção de escravo e buceta. Um cara que vira
escravo por conta de tal buceta.
Esse é o termo que os heteros usam quando
sabem que algum amigo está nesse nível.
Você não pode exigir um homem ideal,

pois os homens também exigem mulheres
ideais:
• De preferência com a cor do corpo mais
clara;
• Não pode ser mais velha, sempre mais
nova;
• Que goste dele e somente dele;
• Que o obedeça;
• Que não saia com as amigas;
• Que fale para ele sempre onde ela está;
• Que seja fofa e educada, mas que na

cama seja a mais vagabunda de todas, dei-
xando comer buceta, comer cu e fuder a
boca como se fosse uma buceta. Chegando
a engasgar, com direito a gozada direto na
garganta ou na cara mesmo;
• Direita e do lar;
• Que saiba que é submissa e que seja
submissa;
• Não pode ser gorda;
• Peito grande;
• Bucetinha rosinha, de preferência bem
fechadinha e sem peles sobrando;
• Sem celulite, sem estrias e que não beba
muito ou faça fotos de Instagram.
Parece nojento essas decisões, não é? Pois

é, não só parece nojentas, elas SÃO nojentas.
NINGUÉM, e repito: NINGUÉM está nesse
mundo para satisfazer as fantasias loucas e
irreais dos outros.
A gente tem que se aceitar como é, me-
lhorar o que dá para ser melhorado, óbvio,
mas ainda assim permanecer positivos ao
que somos.
Pois, o homem real, diferente do homem

ideal (que não existe) segue esse memo-
rando aqui:
• Geralmente tem uma barriguinha;
• Não é super bonito, mas também não
é feio;
• Não tem uma super carreira, mas está
dando duro o tanto que pode e que não
pode para conseguir algo bom;
• Não tem um super pau;
• Se tem um super pau, ele não transa
igual os atores de filmes pornográficos;
• Esquece datas, pois isso pode ocorrer;
• E vai querer ter um pouco de liberdade,
mesmo estando com você.
Isso é o que deve ser respeitado. Se você

quiser o ideal, você vai se frustrar cada vez
mais.
Da mesma maneira que a mulher real é
muito diferente da mulher ideal. A mulher
real é:
• Mediana;
• Geralmente não é só branca ou clarinha;
• Tem celulite, estria e gordurinhas sim;
• Não tem os seios grandes e durinhos;
• Trabalha igual uma doida enquanto es-
tuda e tenta colocar tudo isso em ordem;
• Não tem uma buceta rosinha e aperta-

dinha, ela tem uma vagina que sangra, pois
ela é uma mulher humana;
• Ela bebe, pelo simples motivo de que
ELA PODE E QUER;
• Ela paga imposto;
• Ela compra roupas caras;
• Ela faz o que quiser;
• Ela não vai ser uma atriz pornô na cama.
Ambos, homens e mulheres sofrem com
essa frustração do ideal para o real.
Trouxe os quadros acima para saberem

que, os homens exigem muito de vocês,
nós sabemos. Mas, vocês são a raça su-
perior, vocês são mais inteligentes, então
esqueçam o homem ideal e foquem no ho-
mem normal e real.
Ela é totalmente
passiva na vida, e
não só no sexo.
Quer agradar demais
É, fica difícil para a gente conseguir

entender esses caras, pois é uma abobrinha
atrás da outra.
Eles não gostam de mulher muito neces-
sitada, não gosta de mulher muito autori-
tária, não gosta de mulher que seja desliga-
da demais, mas se a mulher for totalmente
passiva, e não só na cama na hora do sexo,
eles também não curtem.
Algo de errado aí, certo?

Sim, tudo de errado aqui.
Quando ouvimos isso, ficamos com um
pensamento conflitante na cabeça: homens
gostam, em sua imensa maioria, de ser e
fazer o papel do provedor e do que manda.
Isso não é novidade para ninguém, eles
gostam de ser a figura dominante. E não
só na vida, mas na cama também, isso é
essencial para eles.
Isso a gente pode ver quando nos damos

conta da imensa maioria que, ao transar
com uma mulher, está basicamente tran-
sando sozinho. Ele quer apenas um buraco
para gozar. Um depósito de porra, como
muitos chamam.
Se a mulher sugere QUALQUER COISA que
saia da normalidade dele... ele já não gosta
e fica com o pé atrás.
Ele quer que a mulher deite, deixe ele pe-
netrar nela, e ele gozar, somente isso.
Quantos homens, de todos os que você já

saiu, teve a paciência de fazer uma prelimi-
nar muito bem feita? Dá para contar nos de-
dos de uma mão a quantidade de homens
que se preocupam com a mulher na hora
do sexo e não somente com ele mesmo.
Se a mulher querer ficar por cima, tentar
uma posição diferente, ou simplesmente
ela mesma foder ele (existem posições
onde a mulher está no controle dos movi-
mentos, mesmo que o pau do cara esteja
dentro dela), eles já não gostam.
Para eles, a mulher está ali para servir

como um objeto. É essa a verdade. E se ela
é passiva na cama (leva tapa na cara, pau na
buceta, pau no cu, gozo na boca, na gargan-
ta, na cara, está ótimo), mas se ela começa
a ser passiva na vida real, tentando agradar
eles... sai de perto.
Os filhinhos de mamãe já acham que é for-
çar demais, que isso é intimidade demais,
invasão demais (mas comer a mulher não
é algo intimo né? Ok...).
As mulheres se preocupam com seu com-

panheiro, apenas isso. Mas eles não gos-
tam, acham que isso é ser passiva, ser emo-
cionada demais. E isso está e é muito errado
de se pensar.
Se você encontrar um homem bebê assim,
moleque, porque isso não é homem, é mo-
leque, trate ele apenas como sexo também.
Ela me compara
com todos os outros
relacionamentos dela
É, olha, eu não gosto de defender os

homens (mesmo eu sendo um), pois eu sei
os tipos que andam aí por fora, sei que só
tem o lixo do esgoto da água da bateria
que estava em Chernobyl... sei que a coisa
é feia, não é bonita não..., mas, aqui, alguns
deles tem um ponto muito válido sobre a
situação.
Não são muitas, pois convivo e tenho

contato com uma quantidade gigantesca
de mulheres, e a maioria delas são bem
resolvidas, e eu não poderia ser mais feliz
por isso.
Mas existe uma pequena porcentagem,
daquelas que queimam o filme das outras,
que AINDA insistem em fazer isso: com-
parar o cara atual com o ex namorado ou
antigos relacionamentos.
“MAS OS HOMENS FAZEM A

MESMA COISA, EMANUEL”.
Sim, eles fazem. Mas, não é porque eles
fazem que você vai fazer também, certo?
Você sabe que é mais inteligente, mais de-
cidida e com uma cabeça melhor. Por qual
motivo você quer se igualar a ele?
Seja superior, você saber que você é. Não

faça igual.
E se você, que está aqui lendo, é uma
dessas pessoas que comparam seu atual
relacionamento com o último (ou últimos)
e não compara apenas para falar que deu
um belo de um upgrade, mas sim para ficar
colocando tudo para baixo...
Eu vou pedir que você tire um tempinho,

10 minutos é suficiente, e pare para pen-
sar: se acabou o relacionamento passado,
se não foi bom... QUAL O MOTIVO DE VOCÊ
AINDA ESTAR PENSANDO NISSO E NELE?
Mais que isso: qual o motivo de compa-
rar algo novo, fresco, saudável, legal... com
algo que foi ruim e tóxico?
Não se torne uma extensão do seu último

relacionamento. Você é e consegue ser mui-
to mais que isso, muito maior que isso, EU
SEI QUE VOCÊ PODE E CONSEGUE.
Não dê armas para eles atirarem de volta.
Quando comparamos pessoas, especial-
mente em relacionamentos, deixamos de
aproveitar o que tem de bom nesse aqui,
e vamos ficar jogando confete e biscoitos
para o escroto e otário do último relacio-
namento.
E sabe onde ele está? Com outra mulher,

com certeza não a comparando com você.
Apenas quando ele diz que ela é melhor,
que ela não é maluca, que ela não é psico-
pata, que ela não é doida, que ela não é ciu-
menta, que ela confia nele, que ela confia
nela mesma, que ela se basta, que ela não
é necessitada... apenas para fazer a cabeça
dela e trair. Da mesma maneira que ele fez
com você.
E por que você vai ficar dando ibope para um

menino? Homens tem em peso pelo mundo.
Pinto nenhum no mundo vale sua sanidade
mental. Acredite: tem pintos maiores, mais
grossos, melhores, mais macios e mais boni-
tos que o dele por aí. E junto, vem acoplado
um homem novo, bom, carinhoso junto.
ESQUEÇA DELE. NESSE RELACIONAMENTO
NOVO É VOCÊ E O NOVO CARA.
NÃO COMPARE. NÃO COMPARE. NÃO COM-
PARE.
Ela odeia homens

Isso aqui é um tema muito complicado viu.

Porque, veja bem, veja só. Esses homens
são tão cafajestes, que eles pegaram uma
vertente de algo que diz respeito SOMENTE
a vocês, e transformaram em uma isca de
relacionamentos.
Com o estouro da nova onda do feminis-
mo, mulheres do mundo inteiro sabem de
uma coisa: vocês podem, vocês merecem
e vocês terão os mesmos direitos que os
homens tiveram durante SÉCULOS de exis-
tência.
Porém, com o discurso inflamado de al-

gumas mulheres que, dizem ser feministas,
mas não são, eles as levam e os discursos
delas, como algo feminista demais.
E não apenas isso: como algo anti homens.
Colocam elas, e vocês, como mulheres que
ODEIAM homens.
Eles acreditam FIELMENTE que, todas
as mulheres que buscam direitos iguais,
odeiam os homens.
Me explica, como um homem pode ser tão

burro a esse ponto? Eu sei, não tem expli-
cação. Eles fazem isso pelo simples fato de
quererem fazer, para ter algo a ser usado
contra você.
Se isso ainda não aconteceu, se prepare
para que aconteça: ele vai usar qualquer
discurso, QUALQUER menção que você fi-
zer sobre feminismo para falar o que já fa-
lam, mas dessa vez de maneira muito mais
inflamada:
Que mulheres odeiam homens, que que-

rem tirar o lugar deles (?), que não respei-
tam a história, que não respeitam o patriar-
cado, que não respeitam a biologia que
fazem o homem ser o mais forte, o prove-
dor, o que manda... vai ser desse naipe, daí
pra pior.
E quando você tentar conversar e expli-

car para ele (porque você ainda é uma boa
pessoa de tentar explicar para o asno que
não é assim que a coisa funciona), ele vai
querer te calar e falar que é assim sim, que
homens estão sendo extintos, se tornan-
do feministos, deixando sua masculinidade
de lado porque isso é o melhor para vocês,
com essa doença chamada feminismo.
E que isso se traduz apenas como uma coi-
sa para eles: que vocês ODEIAM HOMENS.
Que tiveram problemas com o pai, que fal-

tou figura paterna em sua vida, que faltou
uma figura masculina forte em sua casa, na
sua vida, enquanto você crescia...
Tudo isso virá à tona no discurso dele.
E como se fosse pouco, ele não entende,
ele não vai entender, e ele SE RECUSA A
ENTENDER, ele vai lançar a brava ainda:
você odeia homem, mas sua vida nunca
está completa sem um homem, você mes-
ma me disse isso...
..., mas a vida dela não

está completa enquanto
ela não está com alguém
Sim, estamos do ponto passado para esse,

pois esse é o discurso preferido deles: Você
odeia homem, mas a sua vida não está com-
pleta enquanto você não estiver com um
homem, você mesma me disse isso aquela
vez”.
E o que se pode falar para um cara como
esse? A resposta seria: NADA, não fale nada.
Mas você é mulher, você é corajosa e acre-
dita que, pouco a pouco, você vai conseguir
fazer ele ver que não é dessa maneira que
ele está falando.
E vai tentar explicar para ele que: sua vida

é uma vida boa. Você deu duro por ela, você
se esforçou muito, demais para chegar
onde está. Que se sente completa MESMO
estando sozinha, mas que gostaria, seria
legal ter alguém do lado para compartilhar
tudo isso, viver tudo isso, de preferência
um namorado, um marido.
E ele vai endossar: então por que você está
com um homem se você odeia homens?
Veja, a maioria dos homens acham que fe-

minismo é um ódio aos homens.
Não, não é isso. EU QUE SOU HOMEM SEI
QUE NÃO É ISSO. Você, mulher que me lê
agora, sabe também que não é isso. Mas,
mais uma vez, ele está pegando o discur-
so inflamado de uma feminista radical que
odeia homens, e transformando esse dis-
curso em um discurso seu.
Mesmo ele sabendo que não é, e mesmo

você sabendo que não é.
Então, não estou dizendo que ele está
certo (pelo simples fato de ele não estar
certo), mas, mais uma vez, ele está te com-
parando com o discurso inflamado que ele
ouve em outro local.
O discurso inflamado e extremista de uma,
uma feminista só, que diz que homem não
presta.
E o que ele faz? Ele leva isso como uma

verdade absoluta. E na cabeça dele, ele vai
fazer a conta (errada) de que: se aquela
menina é assim, e ela é feminista... então
você, que também luta por seus direitos....
é igual a ela.
Mesmo ele sabendo que você não é assim.
Mesmo ele convivendo com você e saben-
do que você ama homens e só quer seu lu-
gar de direito, só quer direitos iguais.
Ele fica TÃO CEGO, tão burro, que ele faz a

matemática na cabeça dele: 2+2 = 5. Então
ela também odeia homens e está comigo?
Se ela odeia homens, porque ela não está
com outra mulher? Com uma sapatão?
Se ela odeia homens, por que ela sai co-
migo e transa comigo e fala que eu sou o
máximo na cama?
É, é complicado ter que correr atrás de

direitos iguais, e no final do dia, ter que
explicar que 2+2 é 4 e não 5.
Mas não se desespere. Isso é fácil de en-
tender. Se ele não entendeu até agora, é
porque para ele isso é mais cômodo, para
mais pra frente, ele suar isso contra você.
Fique de olho aberto.
Ela é completamente
insegura
A insegurança é algo muito ruim na vida

de uma pessoa, seja ela homem ou mulher.
A insegurança não atrapalha só um pouco
e somente em um aspecto da vida. Não, ela
atrapalha por completo todas as áreas da
sua vida: pessoal, financeira, profissional,
de relacionamentos... e por aí vai.
Quando se é insegura, obviamente há mo-
tivos para isso. Você talvez possa não saber
ainda qual o motivo ou o que desencadeou
isso, mas eu te digo com certeza: toda in-
segurança tem origem de lugar ou lugares
específicos.
A insegurança, geralmente (então, não

levem isso aqui como uma verdade dita e
única), se origina na infância.
Muitos pais dão dura nos filhos quando eles
estão crescendo e se expressando de manei-
ra genuína.
Algo sempre é cortado e pedido para não
ser repetido. Isso faz com que, no processo
de crescimento e aprendizado, o cérebro já
deixou instalada a mensagem de repreensão
sobre aquela coisa em específica, e durante
grande parte da vida, aquilo vai seguir a pes-
soa se ela não buscar saber de onde vem,
se não buscar ajuda especializada e querer
resolver aquilo de uma vez por todas.
Mas a adolescência também pode ser um

fator completamente decisivo para o que-
sito da insegurança.
Em homens isso não é muito discutido,
pelo simples fato de não serem super ata-
cados por isso.
Eles crescem, a voz engrossa, começam
a ter pelos, e se sentem bem com isso.
Mesmo quando são feios, eles apostam na
personalidade exagerada e em buscar um
corpo muito bonito e malhado.
Por esse motivo que você vê por aí, ho-

mens não muito bonitos, comuns na maio-
ria das vezes, mas que tem um corpo muito
bom, ou ser não possui um corpo padrão,
possuem talentos que outros não possuem.
O senso de humor também é um fator bem
decisivo aqui.
Mas as meninas passam por transforma-
ções dramáticas em MUITO pouco tempo,
em um período bem curto.
Começam a menstruar, e automaticamen-

te o corpo começa a ter outra forma, coisa
que ela não tinha até um ano atrás.
Muitas meninas tem um desabrochar mais
benéfico para essa idade: peitos grandes,
corpo curvilíneo, e se tornam o padrão que
as pessoas gostam.
Mas algumas não se desenvolvem tanto
assim, e começam a ter problemas de acei-
tação de imagem, o que leva a insegurança.
Isso atrapalha na vida pessoal dela, já que

ela se sente insegura para chegar em um
cara. E quando chega, não se sente boa o
suficiente para ele.
A COMPARAÇÃO É UMA DOENÇA. NÃO
SE COMPAREM.
Quando ver que a insegurança estiver afe-
tando sua vida pessoal, seu relacionamento
com os outros... procure ajuda psicológica.
Você precisa se entender mais, ser mais se-

gura de si. Mas isso é um processo que leva
tempo e não ocorre do dia para a noite.
E quando você fizer as pazes com você
mesma, verá que merece qualquer homem,
e não precisará se sentir mal ou insegura,
pois você tomou conta de tudo aquilo que
lhe deixava mal.
Caso esteja em um relacionamento e se

sente insegura, é sempre bom dar uma ana-
lisada em duas coisas:
1. Me sinto insegura por conta de mim
mesma e de coisas que ocorreram pessoal-
mente comigo;
2. Me sinto insegura nesse relacionamento
por conta de coisas que ele fez e falou.
É de extrema importância saber diferenciar

entre os dois quadros acima. Pois, se é algo
que te acompanha há muito tempo, você
precisa mesmo de ajuda especializada.
E isso é uma coisa boa. Pois você vai des-
cobrir mais coisas sobre você, e ver que, a
insegurança é originária de tal situação em
tal tempo. E trabalhando isso com o pro-
fissional, você vai estar pronta para ver o
problema de cara e resolver ele.
Em muitos relacionamentos, existe sim

uma pessoa que é mais insegura que a ou-
tra. Isso é um fato. Mas, ouça bem o que
digo: TODO MUNDO É INSEGURO E SENTE
INSEGURANÇAS EM SUAS VIDAS.
TODOS. MESMO.
Pode parecer que aquela pessoa que você
julga como perfeita não seja insegura, mas
não vá somente pelas aparências. As pes-
soas são boas em trabalhar em suas insegu-
ranças, ou dominá-las e escondê-las.
Essa é a única diferença.

Se seu parceiro sempre te ajuda, sempre
te coloca para cima, isso é algo bom. MAS...
esteja pronta para não precisar sempre
dele. Pois imagine o contrário ocorrendo...
uma hora, com certeza a outra pessoa se
cansa. Pois a validação não tem que vir dos
outros, mas sim de nós mesmos. E ficar de-
pendendo sempre, perguntando sempre...
se torna cansativo.
Então, antes de se enforcar em uma situa-

ção não tão boa e deixar passar um cara le-
gal, um trabalho ótimo, uma vida de diversão,
considere DE VERDADE buscar ajuda profis-
sional. Eu disse e repito: o SUS oferece acom-
panhamento psicológico gratuito, e muitas
faculdades de psicologia possuem um núcleo
voltado para atender a população.
Falta de dinheiro não é uma desculpa.

Você só não vai se cuidar e se livrar disso
se você não quiser. E você quer.
Agora, segunda hipótese: você era uma
mulher confiante (não 100%, mas o neces-
sário), e por conta de alguma escorregada
dele, alguma coisa que ele falou dentro do
relacionamento... sua insegurança cresceu
em níveis alarmantes.
ISSO É PERIGOSO.
Você terá que parar e pensar: ele fez de pro-
pósito? Ele sabia que, ao tomar certa ação, ou
fazer certo comentário ou brincadeiras, você
ficaria mal e se sentindo insegura?
Se sim... então você tem que reavaliar se é
com esse moleque que você quer ficar.
Ele reconheceu o erro? Pedir desculpas? Mas

desculpas genuínas, nada daquelas desculpas
esfarrapadas para te levar para a cama e fazer
com que você calasse a boca de tanto que
você pediu para ele se desculpar.
Ah, tem isso também: quando a pessoa erra,
ELA SABE QUE ELA ERROU, ELA SABE QUE
ELA PISOU NA BOLA. É NOTÓRIO. Você teve
que implorar por desculpas dele? Se sim...
amiga, eu não tenho boas notícias.
Como eu sempre digo: sentimentos são

naturais e genuínos, é orgânico. NADA
DEVE OU PODE SER FORÇADO. Se ele pe-
diu desculpas só porque você MANDOU-O
se desculpar... as chances de ele repetir isso
são grandes.
O pedido de desculpas deve ser genuíno.
Ele tem que ver que aquilo lhe machucou,
que aquilo faz você se sentir insegura.
Caso contrário... dê tchau para o rapaz.

Não quer dar tchau? Ok, essa é uma escolha
sua. Burra escolha, mas uma escolha sua.
Se prepare para estar com um “homem”
que não sabe nem pedir desculpas quando
erra, e se prepare para uma vida miserável
dependendo de aprovação dele para tudo, DE
MANEIRA FORÇADA, e vamos ver até onde
isso vai.
Só não se esqueça: você pode ter um futuro

lindo lá na frente, com poucas inseguranças.
Cabe a você escolher e dar o primeiro passo.
Ela não se
aceita como é
Todas as páginas atrás falo sobre como a

auto aceitação é importante para um todo
na vida da pessoa.
Se aceitar como é, é algo muito importan-
te de ser feito na vida, e quanto mais cedo,
melhor.
Obviamente que falo que, se aceitar como
é, não é aceitar toda e qualquer pequena
coisa que não seja “bom” para você. Não,
pelo contrário. Você deve mudar apenas se
for algo de muito incomodo e que coloque
sua vida e saúde em perigo.
Quando os homens falaram para nós que

esse é um dos maiores problemas que eles
veem em algumas mulheres, eles querem
dizer mais especificamente ao corpo e al-
gumas coisas de vidas pessoais.
Uma das maiores reclamações deles, é o
fato de essas mulheres que eles conhecem,
não se sentirem seguras com seus corpos.
E elas não se aceitam da maneira que é.
Para eles, é muito fácil resolver isso: se

a mulher se sente mal sendo gorda, para
eles é simples o passo a passo: é só fechar
a boca para comida para reclamações, e
simplesmente ir para a academia e malhar
até estar confortável com seu novo corpo.
Eles não pensam muito bem, não é? Não
tem muita inteligência ali, quando eles fa-
lam coisas como essas, que apenas aumen-
tam mais ainda o tão imenso problema que
é: se ela não está feliz como está, principal-
mente com o corpo, que pare de ser uma
vaca gorda preguiça e que vai malhar.
Não, não é assim que funciona. Não deve-
ria ser assim.
Quando existe esse problema de não se

aceitar, sempre vai ter duas correntes for-
tes, mas uma sempre se mostra muito mais
forte que a outra, sendo a que ocasiona to-
dos os problemas:
1. Ela não se aceita assim porque REAL-
MENTE não gosta de ser assim. Não é por
padrões estéticos ou da sociedade, vem
dela mesmo;
2. Ela está sendo bombardeada o tempo
todo com o tal corpo padrão, o que é aceito
pela sociedade como bonito e saudável, e
acaba achando que, seu corpo, que é um
corpo comum e muito bonito, não é o su-
ficiente.
Agora pergunto para vocês: qual a chan-

ce da opção 1 ali ser totalmente conduzida
pela opção 2?
TODAS AS CHANCES.
A auto aceitação se vê prejudicada pelo
padrão que é imposto pela mídia, que faz
tanto estardalhaço em cima do que é “bo-
nito e aceito como bonito”, que a socieda-
de também abraça essa questão e a coloca
como uma verdade inescapável.
Você mulher, que se vê nessa situação, sai-

ba que: seu corpo é lindo INDEPENDENTE
de QUALQUER FALÁCIA QUE FALAM OU
PREGAM.
Corpos magros e torneados nem sempre
são saudáveis. Da mesma maneira que, cor-
pos gordos não são sinônimo de doença.
O mesmo se aplica para cabelos, tom de
pele, maneira de falar e agir.
Entenda uma coisa que vou te dizer: VOCÊ

É ÚNICA. Tem milhares de mulheres lá fora,
mas como você? NENHUMA.
Você é linda por dentro e por fora, e se a
pressão que você sofre por não se aceitar
vem dos outros... então é hora de abando-
nar essas pessoas, cuidar de sua saúde e
passar a amar novas pessoas que amem
você, seu corpo lindo e sua naturalidade
como ela realmente é.
Ela tem ciúmes

dos meus amigos
Ah, entramos aqui em uma parte muito

perigosa, basicamente sagrada para esses
homens: os amigos e a convivência com
os mesmos.
Você mulher sabe como é importante
para esses homens, estarem na companhia
dos amigos.
Sem tirar sarro nem nada, mas eles levam
isso muito, muito a sério mesmo.
Mas, eles sempre escondem o ouro aqui. E

a culpa quem leva? Isso mesmo mulherada,
vocês.
Mas, sabia que a convivência com os ami-
gos não é um simples passar de tarde, jo-
gar uma bola... não. Muitos desses homens,
como dito no meu livro “Por que os homens
mentem” gostam de estar com os amigos
por diversos motivos, e a maioria deles é
ligado a traição.
Não, não é um achismo, é uma verdade.
Tem coisas muito desconfortáveis quando

se trata dessa questão, pois quando estão
com os amigos, eles estão por alguns moti-
vos. Alguns são válidos, mas a maioria sem-
pre vai levar para a traição:
1. Passar um tempo de qualidade com os ca-
ras, bebendo, jogando bola e conversando;
2. Para estarem com outras mulheres, inclu-
sive com mulheres de amigos que aceitam
isso e também com outras mulheres;
3. E o que mais choca: para trair a namora-
da... com esse amigo ou algum outro.
Sim, não é loucura da minha cabeça que

estou inventando isso. ISSO OCORRE.
Vou fazer algo pelo qual vários caras nun-
ca vão me perdoar, mas, se você achar no
celular de seu marido, aplicativos com os
nomes:
• GRINDR;
• HORNET;
• SCRUFF.
Você não precisa se preocupar de ele estar

te traindo com outras mulheres. Se ele tiver
algum desses aplicativos, ele está te traindo
com outro cara. E mais chocante ainda: para
eles, isso é NORMAL. Isso é a natureza hu-
mana chamando para o serviço, e ele, como
um bom macho, um bom homem másculo
e viril, tem que ir.
Mais que isso, pois eu estou sempre do
lado de vocês: muitos deles possuem con-
tas duplas em aplicativos como:
• Instagram;
• Twitter;
• Facebook.
Se atente para o Instagram, pois é onde

rola a maior parte de toda a traição. Eles
apagam mensagens no perfil principal, mas
possuem uma conta secundária.
Falo isso por já ter visto com meus pró-
prios olhos, homens que namoram, casa-
dos, com filhos e uma linda família e espo-
sa... o sonho de toda mulher... traindo por
aí. Seja com homem ou mulher, não impor-
ta, eles traem.
Usam contas secundárias para não ter
nada ligado ao nome deles, por isso usam
outra conta.
Já o Facebook, não é muito usado para

isso. Existem alguns pequenos grupos, mas
não é nada que você deva se preocupar.
NADA TÃO GRANDE QUANTO O TWITTER
E O SUBMUNDO DELE.
Você não está preparada para isso... nem
mesmo eu estava quando me dei conta do
que havia descoberto.
Um homem casado, comum (nem boni-
to, mas também não feio), um sujeito real-
mente comum, pais de 4 filhas, QUATRO,
com uma esposa em casa que sentia ciúmes
quando ele saia com os amigos.
Ele dizia que ela estava viajando, que não

precisava ter ciúmes, pois ele só ia para o
treino de natação. E realmente ele só fazia
isso. Algumas vezes ela até o acompanhou
na natação: deixou os filhos pequenos com
a mãe, e acompanhava ele.
Como ele sabia que não estava esconden-
do nenhuma mulher dela, ele ficava com-
pletamente relaxado sobre isso.
E ele sabia que ela o investigava escondi-

do também. Então ele ia para a academia,
malhava e depois ia para a natação, que é
tudo em um mesmo local.
Sempre que saia de lá, ele saia sozinho,
direto para o carro e já ligava para ela, fa-
lando se ela queria ir ao mercado com ele. E
ela falava que não, que ele podia ir sozinho.
E assim o seguia também, sempre sem dar
na cara. Ela nunca o pegou com nenhuma
mulher, com nenhuma MESMO.
Ele não colocava mulher nenhuma no car-

ro dele, nem ia para outro carro com ou-
tra mulher, ou passava na casa de alguém.
NÃO. Era somente a academia e a natação,
sempre chegando sozinho e sempre saindo
sozinho.
Ela se sentiu besta, muito besta com isso.
Pois, estava tendo ciúmes exagerado, já
que ele malhava sempre com os amigos, e
na cabeça dela, os amigos (solteiros, diga-
-se de passagem), estavam sempre com ele
na academia e alguns na natação.
Por qual motivo eles não falariam para ela

o trair? Eles já falavam antes. Mas ela deu
pontos positivos para ele, pois viu que ele
só malhava, nadava e não deixava isso en-
trar em sua cabeça.
E passaram mais de 2 anos assim, felizes
e sem preocupação.
Um dia, ela ficou curiosa do motivo de ele
simplesmente deixar de pagar o clube de
natação e musculação. Eles tinham dinheiro
o suficiente para isso, por qual motivo ele
iria frequentar a que era aberta ao público,
oferecida pela Prefeitura da cidade?
“Eu quero economizar” – foi o que ele dis-

se a ela.
Ela nos relatou que entendeu, mas já ficou
alerta ali, pois era muito estranho. E fez o
que fazia antigamente: seguia ele sem o
mesmo saber, e sempre chegou a mesma
conclusão: ele chegava sozinho de carro,
malhava, nadavam tomava uma ducha, ia
para o carro sozinho e voltava para a casa.
Seria possível ela estar ficando louca? Não
é possível: SEXTO SENTIDO DE MULHER
NUNCA FALHA, NUNCA ESTÁ ERRADO.
Então ela, em uma festa em que foram

juntos, contou para sua melhor amiga sua
preocupação.
A amiga catou tudo no momento, mas
preferiu não compartilhar tudo de uma vez
com ela. Apenas lhe deu um conselho: “vá
até o chuveiro quando ele sair da natação”.
Simples, reta e direta.
Ela ficou em choque. Não podia ir no banhei-

ro de duchas, era masculino, só homens po-
diam entrar lá.
A amiga apenas disse: finja que está ligando
para alguém e vai se aproximando, você não
precisa entrar diretamente lá, mas na parte
de trás, você consegue subir em um muro que
tem, e ver o que acontece lá dentro.
Ela não sabia o que esperava ver, mas, de-

cidiu botar o plano em funcionamento.
Esperou passar duas semanas sem seguir
ele (precisava deixar a poeira baixar, para
não dar muito na cara), e em uma tarde de
quinta-feira, quase final da tarde, ela foi até
lá. Viu o momento em que saiu da piscina
apenas 3 homens, e dois foram para as du-
chas: um deles era seu marido.
Ela fingiu estar em uma ligação e foi an-

dando até a parte de trás. Pensou seria-
mente se a amiga não estava trolando-a.
Se ela não estava fazendo papel de burra
e de neurótica.
Subiu, e antes de olhar, desistiu. Desceu e
estava voltando para o carro.
Mas dentro do peito dela, algo pedia:

“suba e olhe. Você verá que ele está toman-
do apenas uma ducha, não deixariam mu-
lheres entrarem aqui nesse banheiro só para
homens, você sabe disso, olhe e saia daqui,
com vergonha de ser neurótica, mas olhe e
saia, e saia direto com um psicólogo no tele-
fone, pois você precisa de muita terapia por
ficar imaginando que iriam deixar mulheres
entrarem no banheiro”.
Após falar isso para si mesma, ela se sen-

tiu tão leve, tão cheia de vida e tão segura
de que não teria NENHUMA MULHER ali
dentro, que ela subiu e viu um pouco só o
que ocorria: duas duchas abertas, e em uma
delas seu marido, se banhando.
Na outra, o instrutor, também se banhan-
do. Simples assim. Respirou aliviada. Viu
que iam fechar o portão, e se manteve ali.
Sabia que tinha outra saída para ela sair, e

se manteve ali, sentada, pensando consigo
mesma a quão neurótica era por desconfiar
de seu marido, pai de suas 4 filhas, 2 já no
colegial.
Então, quando subiu para dar uma última
olhada em seu marido, ela viu que o instru-
tor estava de olho na porta. Quando viu que
tinham fechado o portão, não dava para
mais ninguém entrar, apenas sair. Então
v,iu o que não queria ver...
O instrutor fechou a porta do banheiro, e

foi diretamente atrás de seu marido, gru-
dando nele, os dois com os paus duros feito
rochas, se esfregando e se beijando.
Ela não conseguia acreditar, que nesse
tempo todo, o marido não a traia com mu-
lheres, mas sim com homens.
Pensou o quão besta era, de ter confiado.
O quanto ele não devia ter feito aquilo na
outra academia, quantos anos nisso.
Mas não queria ser uma vítima, se sentir

boba: então colocou o celular ali na janela,
bem discreta, e filmou ao mesmo tempo
em que chorava, seu marido levando rola
na bunda de outro homem... sem proteção
nenhuma.
Gravou, chorando em silêncio, mas gra-
vou o suficiente. E foi para casa.
Quando sua amiga perguntou se ela havia
descoberto algo, ela negou, disse que nada
ocorria. Não podia dar esse gosto para ela,
e tudo era muito recente ainda, ela se sen-
tia envergonhada.
Simplesmente parou de transar com o
marido.
Ela é ciumenta
e passa da linha
Pegando o gancho da última história, ela

parou de transar com o marido, pois tinha
medo de pegar alguma doença sexual.
Então, ela abomina a ideia de que as mu-
lheres sejam muito ciumentas e passam
da linha, coisa que o próprio marido falava
para ela.
E durante muito tempo ela achou real-
mente que era muito ciumenta e passava
da linha.
Mas após a descoberta, ela passou a usar

também um perfil fake... no Twitter.
E se passava por um homem casado que
buscava sexo casual com outros homens.
E ficou perplexa com o que ela encontrou:
vários outros homens casados, com filhos e
filhas, que eram realmente heterossexuais
para a sociedade, mas que na encolha...
buscavam outros homens.
Ficou 4 bons meses nessa vida enquanto

tinha um tempo livre, e viu muitas coisas
das quais ela não imaginava que poderia
acontecer: homens casados que ostenta-
vam alianças gigantes no dedo, alianças
que foram trocadas com um voto lindo em
cima, sendo usada para simplesmente atrair
outros homens que viviam com isso, viviam
para isso.
E conversou até com alguns, se passando

por outro homem. Viu vídeos e mais vídeos
desses homens casados, transando com
outros homens em horário de almoço, em
viagens de negócios, em partidas de futebol
com os amigos... e esses amigos, não todos,
mas alguns deles, davam mesmo para esses
casados.
Isso foi o suficiente para ela ver que o ciú-

mes dela realmente não era algo exagera-
do, e sim algo com fundamentação.
Ela passa a acreditar que, quanto menos
se sabe, melhor. Isso era algo que ela pen-
sava antigamente.
Hoje em dia, ela sabe que, quanto mais
sabe, é melhor para ela, para a saúde men-
tal dela e de sua família.
Ela nos contou que, teve que conversar

com o marido a respeito do que descobriu.
E que quando ela falou com ele, ele não
esboçou nenhuma reação de arrependi-
mento ou de que não faria mais.
Apenas pediu desculpas por ela ter desco-
berto da maneira que descobriu, e que não
podiam se divorciar agora, devido a uma de
suas filhas estar crescendo, e queria uma
figura paterna presente na vida dela.
Disse que agora que ela sabia, ele não ia

esconder mais, que ela procurasse algum
outro homem de verdade para ela, e que
ele ia para alguns hotéis e motéis quando
fosse ter seus encontros.
Dessa maneira, hoje ela é uma voz ativa
para as mulheres, e tem a sensatez de saber
que, onde tem fumaça, tem fogo. SEMPRE.
Ela sempre pula de

um relacionamento
para outro
Amigas, se até a Taylor Swift sofre com

essa pressão de pular de um namoro para
outro, você achou que esses homens ma-
ravilhosos rs, íam deixar passar para vocês?
De maneira nenhuma.
Eu acho isso muito engraçado, pois se um
homem passa de um relacionamento para
outro, ele simplesmente é um homem: ele
tem necessidades, ele é macho, ele não
pode sofrer por mulher, onde já se viu isso?
É o que eles contam como positivo.
Mas quando é uma mulher que coloca um

relacionamento após o outro... ela é consi-
derada:
• Puta;
• Vagabunda;
• Vulgar;
• Promíscua;
• Desesperada;
• Incapaz de ser feliz sozinha;
• Dependente de homens.
É, ser mulher em um mundo de homens

podres como esses e com esses pensamentos
é algo que não tem como se negar: é difícil,
é complicado... É INJUSTO.
Temos que falar para você que, pular de
um relacionamento para outro pode ser algo
bom, mas dentro de algumas circunstâncias
apenas:
• Se você estiver confortável com a situação

Você pode e deve entrar em outro relaciona-
mento, independente do tempo que o último
acabou, mas você PRECISA estar confortável,
não apenas entrar por entrar.
• Tem que ser bom para você

Você não pode estar ali se estiver se sen-
tindo desconfortável e não for algo bom
para você.
• Estar com a mentalidade correta, com

um cara legal, e não apenas para passar um
tempo
Naturalmente, para ser algo muito pro-
veitoso para você, você precisa entrar em
qualquer outro relacionamento com a men-
talidade correta: sabendo que o cara é le-
gal, alguém bom, não apenas uma ponte
entre um e outro, e principalmente que
ele não seja um trampolim, que vai te levar
para outro, apenas para você passar tempo.
Entenda que, você, como mulher, PODE

FAZER O QUE BEM QUISER (desde que seja
consensual e seguro/saudável para ambas
as partes).
Não se importe com o que os “homens”
pensam, e muito menos com o que outras
mulheres que julgam mulheres (quando vo-
cês pararem de fazer isso, vocês vão con-
quistar o mundo).
Ela acha que

ou psicólogo dela,
e não namorado
Quero começar dizendo que essa frase

acima não se aplica somente para mulhe-
res não, ok? Esses homens acham isso, mas
isso não é real. Eu gosto de lembrar sempre
algumas coisas:
Pessoas filhas da puta existem em todos
os lugares;
Pessoas legais também.
O problema é que, você tem 50% de chan-

ce de trombar com os dois tipos. Se tombar
com os filhos de putas... assim que se der
conta disso, saia correndo deles.
E não é só em relacionamento, muito dis-
se acontece em amizades também: aquela
amizade que suga sua alma.
Mas esse ponto é muito interessante e
deve ser levado em consideração sim.
A mulher com quem esse leitor namorou,

o que nos respondeu sobre isso, porque
eles se afastam, é uma exceção da regra,
como sempre existe para vários casos e vá-
rias pessoas.
Ele disse que a conheceu e já sabia que ela
sofria de ansiedade e depressão. Mas ela
lhe disse que a depressão estava contro-
lada, ela ia ao psiquiatra e sempre tomava
sua medicação.
E ela era uma mulher espetacular. Dá para

ver nos olhos dele e em como ele fala dela,
que, apesar de ter acabado da pior maneira
possível, ele guardou o melhor do relacio-
namento. Ele se lembra dela com carinho.
E ISSO SIM É UM HOMEM DE VERDADE.
Disse que, quando se conheceram, ela
era mais velha que ele, 29 anos. Sim, isso
parece muito tempo, mas o amor não tem
idade, e não deve ter mesmo. Durante sé-
culos, homens se casaram com mulheres
mais novas, ainda menores de idade.
Portanto, uma mulher mais velha com um

homem mais novo não deveria ser visto
como algo bizarro.
E ele ficou com ela. Tiveram ótimas ri-
sadas, muitas conversas para um auxiliar
o outro, sexo que era muito bom, animal
mesmo, pois ele é um pouco mandão e ela
AMAVA obedecer na cama, esse era o pra-
zer dela.
Então, ela começou a pegar demais no

pé dele, conforme ele estava terminando
a graduação. E ele tinha pouco tempo, mas
mesmo assim, se falavam e se viam todos
os dias, e tinha vezes que ele ainda matava
aula para ficar com ela.
Nos contou que, passavam horas de ma-
drugada conversando, mesmo ele tendo
que acordar cedo no outro dia. E perdeu as
contas de quantas vezes ela ligava e falava
que precisava ser arrombada, e ele ia lá, na
madrugada mesmo.
Mas, chegou um período em que ela co-

meçou a ter problemas familiares. E olhan-
do hoje, ele vê que os problemas não eram
muitos e nem super grandes, como uma
doença na família ou algo assim. Eram coi-
sas inerentes a todas as famílias.
E ele a ouvia desabafar, e sempre que era
solicitado, dava sua opinião de como deve-
ria acontecer tal coisa, do que ele faria se
estivesse no lugar dela, sempre tentando
ajudar a situação a se resolver.
E ela começou a ver ele como uma válvula

de escape. Ele perdeu a mãe cedo (tinha
16 anos), e ela já tinha um filho de 10 anos.
Ele tinha 28. Então... ele tinha idade para
possivelmente ser filho dela, se ela tivesse
tido ele bem cedo.
Além do sexo desenfreado, ela começou a
chamar ele de “filhão”, vem comer a mãe-
zona, filhão”, “trás seu pau adolescente
para mim” ...
Bandeira vermelha.
Fetiches são normais e saudáveis, a partir
do momento que atravessa a linha da mo-
ralidade entre as duas pessoas.
Ele conversou com ela, que isso não o
deixava excitado, pelo contrário, que isso
deixava ele desconfortável, já que ele não
imagina comendo a própria mãe. Ele sem-
pre gostou de mulheres mais velhas, mas
nunca sob esse viés de incesto.
Ela não gostou muito, mas parou por um

tempo. Apenas quando o chupava, ela dizia
para ele que o pau de adolescente dele era
saboroso. Mas ele não era adolescente, ele
tinha 28 anos, e ela quase 50.
Resolveu procurar uma psicóloga para
conversar. Aproveitou que seu trabalho
oferecia, e foi.
Ao contar as coisas para a psicóloga, viu

que algo não estava certo. E também con-
tou a ela, que nos últimos meses, ela vinha
usando muito ele como psicólogo: falando
só de problemas. Quando não estava com o
pau dele na boca, estava falando sobre pro-
blemas dela, dos outros, como ele poderia
ajudar, que só ouvir já era ajuda suficiente.
Mas ele estava ouvindo TODOS os dias,
em TODOS os contatos: pessoalmente, por
telefone, por WhatsApp. Ela só não recla-
mava quando eles trepavam.
E quando isso ocorria, ele metia com raiva,

com força. De alguma forma, para descon-
tar a raiva. O que não é certo. Mas ele vivia
falando para ela procurar uma psicóloga
para ela, e ela dizia que não, pois ele mes-
mo era psicólogo, ele deveria ouvir e dizer
o que fazer.
Sim, ele é psicólogo, mas sabe que deve
ser ético, não pode analisar as pessoas e
situações próximas a ele.
Mas mesmo assim ela continuava e conti-

nuava: pedia ajuda disso para a família, pe-
dia para ele analisar ela e resolver os pro-
blemas pessoais e de infância dela, pois ela
achava que tinha traumas.
Quando ele pediu para ela procurar uma
psicóloga, ela não quis, disse que não con-
fiava nos outros, apenas nele.
Quando ele contou a ela que a psicóloga

dele disse que isso não era saudável, ela
usá-lo como um estepe, ela ficou louca: jo-
gou coisas nele, disse que ele estava tendo
um caso com ela, que homem nenhum no
mundo prestava mesmo, que ela ia denun-
ciar ele por comer ela forte, por fazer ela
ser dependente dele.
E pela primeira vez, ele não teve medo.

Disse para ela seguir em frente. Que ele
tinha provas materiais que mostravam que:
• Ela pedia ajuda todos os dias, quase o
dia todo;
• Tinha áudios dela chorando no WhatsA-
pp, falando que se ele estivesse traindo-a,
ela se mataria;
• Imagens e mensagens dela falando o
que queria no sexo:
• “Quero que me coma com a vontade

que só um adolescente cheio de hormônios
tem, quero que puxa meu cabelo e dê tapas
mais fortes na minha cara. Quero que coma
meu cu de 4, e enquanto mete, coloca o pé
na minha cara e me xinga de biscate pra bai-
xo, pois você sabe que isso faz com que eu
fique melada só de pensar. Quero que me
enforque, não super forte, mas não fraco
igual você faz, perca o medo, só enforque
essa puta e abre minha buceta em duas.
Quero que cuspa no meu rosto, na minha
boca, que fale que eu sou uma cadela, que
pingue vela derretendo em mim, que coma
minha buceta e ao mesmo tempo coloque
3 dedos no meu cu, que acabe comigo, pois
você é o adolescente tesudo e eu sou seu
depósito de porra.
• E as ameaças que ela fazia quando ele

não atendia o celular, pois estava em aten-
dimento com seus pacientes em sua clínica,
e como ela falava que se mataria se os pa-
cientes dele eram mais importantes que ela.
Quando ele disse tudo isso para ela, que
tinha prints salvos, que ela podia ir em fren-
te, ela desistiu, pois sabia que estaria errada,
que ele ia mostrar aos outros, para as autori-
dades, como ele estava desconfortável com
aquilo já havia meses, e não conseguia se ver
fora daquilo ali, sem correr nenhum risco.
Em uma briga dela com ele, pois ele estava

com um ataque de ansiedade, ela falou para
ele “parar de drama”.
A mesma mulher que ele havia ajudado
muitas vezes, naquele momento dele, vul-
nerável, precisando só conversar, fez pouco
caso dele.
Foi quando ele esperou a crise passar, to-
mou um banho, colocou a máscara no ros-
to, e foi atrás de um flat no centro da cidade
para alugar e sair da casa que eles dividiam.
Pagou a caução, comprou apenas o extre-

mo necessário:
• Um colchão com uma base;
• Uma geladeira;
• Uma panela de arroz automática para
fazer o arroz;
• Uma AirFryer,
• E produtos de limpeza e a compra para
um mês.
Queria avisá-la, assim que chegou na casa

que dividiam. Quis avisar que, tinha pago
os 3 meses de alugueis que faltavam dali, e
que pagou as contas de casa daquele mês
também.
Que ia sair dali. Sempre foi minimalista: a
mudança de roupas dele coube em 3 malas:
camisas brancas e pretas, algumas cinzas.
Suas calças, os 3 sapatos que usava, 2 chi-
nelos e um tênis de corrida.
Apenas os livros deram mais trabalho:

foram necessárias 10 caixas grandes para
guardar todos os livros.
Sabia que ela também ganhava bem, aci-
ma de 8 mil mensal, portanto ela não ficaria
à mercê de qualquer pessoa, das coisas ou
da situação.
Mas quando ela saiu do quarto, onde esta-
va trancada, imaginou que ele ia ficar aque-
la noite em um hotel. E ainda disse para ele:
- O drama, precisando ir para hotel. Nem

parece o macho que me come, parece um
viadinho.
Ela não tinha visto as caixas com os livros,
pois ele, vira e mexe, doava. Apenas acen-
deu um cigarro (ele não fumava havia 13
anos), foi para a sacada, e se sentiu livre.
Pegou suas malas, desceu pelo elevador
e foi para sua nova casa.
Arrumou tudo certinho, foi ao mercado

e fez a compra de alimentos para aquele
mês, e naquela primeira noite, comeu piz-
za com cerveja. SOZINHO. Sem os amigos,
sem ninguém.
Notou que, quando não voltou para a casa
que dividiam na noite seguinte, ela come-
çou a ligar para ele. Ligou 75 vezes (e o
pior é que ele tem print das chamadas e da
quantidade de vezes... não podemos nem
falar que é mentira dele), e não parava de
mandar mensagens no WhatsApp.
Ele apenas mandou uma mensagem falan-

do que havia acabado, e que estava tudo
resolvido onde ela morava.
Trocou o número do celular pessoal, e o
celular de pacientes dele, apenas aceitavam
chamadas que ele sabia que eram ou dos
pacientes, ou de novos. Ele filtrava as cha-
madas.
Nunca mais a viu. Isso faz 5 meses. Ele diz
que nunca se sentiu tão livre quanto hoje.
Eu sei que é difícil acreditar, pois, isso ge-

ralmente acontece do lado contrário: o ho-
mem exerce a força sobre a mulher, por ter
poder, por ter dinheiro.
Mas, veja só que coisa ótima: hoje em dia,
vocês mulheres, possuem tanta força e li-
berdade financeira quanto os homens.
Mas sim, algumas de vocês, pecam nessa
parte. EU SEI QUE ISSO NÃO É ALGO TO-
TAL, NÃO SÃO TODAS. Ele também sabe.
Sabemos que uma em 100 faz isso, e que
isso não coloca vocês como as vilãs.
Mas, é de extrema importância que, você

o tenha ao seu lado como UM COMPANHEI-
RO. Não como uma válvula de escape. Pois
isso é ruim, isso é muito ruim: para ele, para
você, para o relacionamento de vocês.
Nem ele, nem você, deveriam ser o alívio
do outro.
É necessário, muito necessário saber se
portar como dona de sua vida e de seu
destino, e contar com ajuda só quando
necessário.
Muitas pessoas não sabem fazer isso, e

depois vão culpar o companheiro ou com-
panheira: de que não é leal, de que não os
ama totalmente...
E isso não é verdade.
É PRECISO SABER SEPARAR. Precisa ter
balanço, consistência.
Não seja esse tipo de mulher. NÃO ACEITE
ESSE TIPO DE HOMEM.
Eu sou homem
e gosto da minha
liberdade
A gente não podia terminar sem a clássica

das clássicas, não é? Essa afirmação é fei-
ta com tanta volúpia, com tanto gosto por
eles... eles estufam o peito para falar essa
frase: EU SOU HOMEM E GOSTO DA MINHA
LIBERDADE.
O quanto a liberdade é importante para
esses homens, não é? Mas será que eles se
esquecem que liberdade demais é solidão?
Vamos quebrar aos poucos, o porque você
NUNCA deve ir atrás de um homem, PRIN-
CIPALMENTE se esse “homem” utilizar a
carta do: EU SOU HOMEM E PRECISO DA
MINHA LIBERDADE”.
Conversamos com Karine, que, ao nos con-

tar um pouco, mas só um pouco mesmo do
que passou com um homem desses, me fez
ter um insight genial: eu vou contar a his-
tória dela, mudando os nomes, e em meio
a CADA BANDEIRA VERMELHA QUE PASSA
DESPERCEBIDA POR VOCÊS MULHERES, eu
vou puxar um adendo, uma observação, e
explicar como você vai conseguir ver isso
no mundo real, nas suas relações.
Estão prontas? Então, vamos lá.
Por que você

NUNCA deve ir atrás
de um homem
Karine é uma mulher que passou por al-

gumas situações chaves em sua vida, que
acabou ocasionando alguns dos sintomas
que vamos descrever abaixo, e depois dar
os motivos por eles.
• Ansiedade
Karine SEMPRE foi uma menina MUITO
brincalhona. Brincava na rua, brincava na
escola, sempre foi muito feliz e saudável.
Quando tinha 16 anos, teve seu primeiro
namorado, da mesma idade.
Nossa, foi como se ela tivesse encontra-

do o pote de ouro no final do arco íris: um
rapaz bonito, inteligente, sensível, compa-
nheiro e bom de cama.
Precisamos ressaltar que aqui era o come-
ço dos anos 2007, portanto: celulares smar-
tphones, notebooks, internet banda larga...
não eram NEM DE PERTO UMA REALIDADE.
Os dois estudavam em colégios diferen-
tes, porém bem próximos um ao outro.
Se conheceram através da extinta rede so-

cial Orkut. Sim, naquela época o Orkut era
a melhor coisa que existiu. Se você está me
lendo neste momento e tem perto dos 30
anos, saberá do que estou dizendo.
Por mais que tenhamos hoje em dia: Fa-
cebook, Twitter... nada vai bater o Orkut.
Ô época boa, tempos áureos.
Ela estava viajando, de férias no litoral Pau-
lista para a virada do ano 2006 para 2007.
Quando usou o computador da farmácia

da tia, entrou no Orkut para responder algu-
mas mensagens. Ela tinha 16 anos na época.
Viu que tinha a mensagem de um rapaz
em seu scrapbook (nome da página onde
as pessoas deixavam recados para as ou-
tras que visitavam seus perfis). Sim, o Orkut
contava tudo.
“Vi que vc visitou meu perfil e nem mandou
um oi. Tenha um ótimo ano novo, e me man-
de uma mensagem se quiser”
Ela achou estranho, pois não se lembra-

va de ter visitado a página dele, mas sabia
que era possível, pois ela ficava na rede
social sempre aos finais de semana (pois
a internet era discada, então aos sábados
e domingos, da meia noite até 6 horas da
manhã, pagava “um pulso” só, o que era
equivalente ao valor de uma chamada te-
lefônica).
É, sofremos, mas nos divertimos muito.
Então, para economizar, ela apenas entra-

va todos os dias após a meia noite até as 6
da manhã e nos finais de semana.
Respondeu para o moço (em forma de
depoimento – sim, a gente mandava nos
depoimentos da pessoa escrito bem grande
– NÃO POSTA, SÓ LEIA E DEPOIS EXCLUA –
pois quando enviávamos por depoimento, a
pessoa podia aceitar. Se ela aceitasse, todo
mundo via, mas se ela só lesse e excluísse,
ninguém além dela teria contato com o teor
da mensagem): olá, obrigada, e podemos
nos falar sim, anote meu MSN e quando eu
chegar em casa, de viagem, nos falamos.
Sim, utilizamos o MSN.

Ele era um programa SÓ PARA COMPUTA-
DOR (te disse que não tínhamos smartpho-
nes na época) que funcionava como um
mensageiro instantâneo: conectávamos,
passávamos nosso e-mail de cadastro, e tí-
nhamos ali então a pessoa para conversar.
Uma rápida brincadeira: você se lembra de
qual era seu e-mail do MSN? Pois muito de-
les eram engraçados e infantis até (o meu é
segredo, mas era engraçado também). Ser
você se lembrar, tire uma foto dessa pági-
na do livro, escreva seu MSN que lembrar,
poste nos stories do Instagram e eu vou
compartilhar no meu stories, ok?
Mas então Karine adicionou Davi em seu

MSN.
Conversaram no segundo dia do ano, logo
quando ela chegou de viagem em casa.
Naquela noite, papearam por umas duas
horas, e ela sempre foi uma mulher bem
resolvida, o que significa que, também
era uma adolescente bem resolvida (fala-
rei mais sobre isso em meu próximo livro,
como se tornar uma mulher misteriosa e
enigmática).
E ela não via problema nenhum em se expres-

sar sexualmente da maneira que queria. E real-
mente não havia problema nenhum nisso.
Ambos eram saudáveis, adolescentes da mes-
ma idade, com 16 anos, e se protegiam.
Mas, tinha algo ali por trás: Karine era virgem.
Pelo menos ela se considerava virgem.
Como assim? Vou te explicar.
Quando criança, Karine sofreu abusos se-

xuais do amigo de seu avô. E o desgraçado
não achando suficiente abusar dela somen-
te ele, chamava outros rapazes da rua para
fazer o mesmo.
Ela cresceu e RECALCOU essa lembrança
dentro de si.
Você que me acompanha, sabe que sou
um estudioso da mente humana, e Freud
e a Psicanálise não estariam longe de tudo
que estudei e do que estudo.
O RECALQUE, é basicamente uma respos-

ta automática do cérebro e da psique da
pessoa, que faz com que ela enfie aquelas
memórias de traumas dentro de uma caixa
na cabeça e os esqueça.
Não é algo feito de maneira proposital,
mas ocorre com muita frequência.
Por isso usa-se muito hoje em dia a pala-
vra recalque quando queremos falar que
tal pessoa tem inveja, queria fazer e não
faz igual, por isso que fala mal quando vê
outra pessoa fazendo.
E olha, não está errado não.

Esse recalque deriva do recalque psicana-
lítico, onde você bloqueia aquela vontade
que tem, não faz e ainda julga quem faz.
Mas também pode ser o recalque de trau-
mas. De alguma maneira, o cérebro da pes-
soa trabalha de uma forma para recalcar,
esconder, esquecer aquilo que passou.
E foi isso que ocorreu com Karine: ela re-

calcou essas memórias, mesmo que tenham
sido de muita dor e sofrimento.
Por isso se considerava virgem: não acre-
ditava que algo forçado, que não foi da von-
tade dela, contava como sexo. Quando ela
quisesse fazer sexo com um cara, de sua
escolha e com seu consentimento, ela con-
taria como sendo a primeira vez.
Então, se encontraram
no dia 03
Nossa, foi tudo muito bonito, especial, le-

gal e divertido.
Ele era um cara enigmático: era impossível
não querer estar ao lado dele. Simplesmen-
te não tinha como.
E ele a fez se sentir uma adolescente es-
pecial também.
Ficaram. O beijo foi descrito como a me-

lhor coisa que poderia ter ocorrido com ela
e para ela: encaixava, tinha sabor, tinha sen-
sações, era como se ela estivesse beijando
pela primeira vez, apesar de ele ter sido o
segundo cara com quem ela ficou.
Mas algo chamou a atenção dele enquan-
to a beijava: ela TREMIA de nervoso.
BANDEIRA VERMELHA AQUI.
Lembra que eu disse que contaria a histó-

ria dela, mostrando onde tinham bandeiras
vermelhas para vocês poderem usar como
dicas no seu dia a dia?
Pois é, esse é um dos casos.
Não que ele tenha deixado ela se sentir
nervosa, mas ela em si já era ansiosa des-
de pequena. Alguns anos depois, 10 anos
para ser mais específico, em uma terapia
de psicanálise, ela descobrira que sempre
foi ansiosa.
O fato de ter um novo homem tocando

seu corpo, apesar de a deixar muito feliz
e excitada, também mexia com fantasmas
antigos da vida dela.
Você que me lê neste momento, se por
algum motivo, algo semelhante o que ocor-
reu com ela, ocorreu com você, primeiro:
EU SINTO MUITO. MUITO MESMO. Isso
NUNCA deveria acontecer. Isso é crime e
uma invasão.
Portanto, se ocorreu, ESTEJA CIENTE DE ESTAR

COM CARAS QUE VÃO SABER TE RESPEITAR.
O caso de Davi, começou um pouco errado já.
Quando ele a questionou do motivo de toda
aquela tremedeira, ela, com a voz trêmula, con-
tou para ele o que havia ocorrido, e que, apesar
de se sentir bem no momento, se sentia um
pouco estranha ainda.
Foi quando ele disse: sinto muito que isso

tenha ocorrido com você, mas você não é
uma criança mais e está aqui porque quer.
Se não quer, me fala e eu te acompanho até
onde nos encontramos, eu te respeito, mas
vou ficar com outra menina, pois, olhe para
mim, não faltam meninas que queiram ficar
comigo, ter essa chance.
BANDEIRA VERMELHA, VERMELHA E VER-
MELHA
Se um cara falar isso para você, no mesmo

momento (não me importa o quão bonito
ele é – ele nunca será o Ryan Gosling, então,
que se dane – não importa o qual gostoso
de corpo ele seja – ele nunca será o Henry
Cavill também - , não importa o quão bom
de cama ele seja ou pareça ser – porque ele
também nunca será o Manuel Ferrara) você
simplesmente SAI FORA.
Por mais que ele beije bem, NÃO VALE A

PENA ALGUÉM FAZER ESSE JOGO MENTAL
COM VOCÊ. SIMPLESMENTE NÃO VALE.
Ela queria estar com ele, e então conti-
nuou ali, apesar de continuar tremendo
ainda.
Eles se beijaram, deram uns bons amassos,
e naquela mesma noite, ela se sentiu uma
mulher, e ao mesmo tempo se sentiu usada
logo após que terminou.
Ele, basicamente usando de palavras para

fazer com que ela aceitasse:
• Você é muito linda;
• Você é muito gostosa;
• Você é sensacional;
• Que sorte a minha estar aqui com você;
• Que sorte a sua estar aqui comigo tam-
bém;
• Seus seios são maravilhosos;
• Viu só o tamanho dele e a grossura?
• Estou com tesão assim por causa de

você;
• Sua bunda, nossa, que coisa gostosa;
• Dá só um beijinho nele...;
• Se não fizer, terei que arrumar outra
pessoa que faça, porque eu não vou voltar
pra casa com esse tesão de jeito nenhum,
preciso resolver isso.
Se algum desses papos bostas chegar aos

seus ouvidos, CORRA. O cara está querendo
te usar.
E MAIS QUE ISSO: fazendo com que você
faça, como uma obrigação de estar ali com
ele, de ele ceder o tempo dele para você.
E ela o deixou fazer. Deixou-o acariciar e
mexer em seus peitos, deixou beijar.
E quando menos esperava, quando ele

beijava suas pernas, ela, de saia, sentiu que
não estava mais com a calcinha.
Em um puxão só, ele abaixou a calcinha
dela, olhou para cima e disse:
- Você quer?
Ela ficou sem saber o que falar.
- Claro que quer, está toda melada.
E a chupou.
Quando foi a vez de ela retribuir, ela não
sentiu vontade.
Após isso, eles ficaram se beijando e con-
versando, mas ela viu que ele não estava
mais ali.
Ele queria que ela fizesse o mesmo com
ele. Então, quando ela voltou para casa e
não teve notícias dele por 3 dias, ela fez o
que nenhuma mulher deve fazer: ELA COR-
REU ATRÁS DELE.
BANDEIRA VERMELHA
Quando isso ocorre, o caso que ocorreu
acima, é notório que o rapaz ficou pistola
da vida por a menina ou mulher não ter cor-
respondido ao que ele fez nela.
Então, eles PUNEM.
Sim, esse sumiço, para que corram atrás,
é uma PUNIÇÃO.
Eles não falam isso na lata, na cara. Não,
eles não são tão machos, verdadeiros e co-
rajosos assim para enfrentar de frente e fa-
lar. Mas é isso que significa: uma PUNIÇÃO.
Caso isso venha a ocorrer com você, te-

mos duas coisas a serem feitas, dependen-
do da situação:
• Você quer MUITO transar com ele, mes-
mo assim;
• Você gostou MUITO dele e não quer que
ele se decepcione com você, não importa o
que você tenha que fazer para ganhar ele
novamente e ele te tirar do castigo, que é
ele se mandar.
Minha amiga, vamos lá: estamos no Sé-

culo 21. Vocês mulheres, são a maior força
dessa terra. SEM VOCÊS, não seria possível
HOMEM NENHUM estar aqui.
VOCÊS OS CARREGAM NA BARRIGA. VO-
CÊS DÃO A LUZ A ELES.
Vocês estudam que nem doidas, traba-
lham que nem malucas (pois ainda tem
que provar que valem a pena, e por isso
dão 4x mais duro que qualquer cara lixo em
qualquer empresa, só para provar que você
também é BOA, ótima no que faz).
ISSO É INJUSTO.
Torço muito para que com o tempo, a so-
ciedade consiga ir se descontruindo, mes-
mo que seja aos poucos (eu sou um sonha-
dor, e acredito no poder feminino acima de
tudo, vocês são luz), então creio que, em
pouco tempo, verão como vocês são as fo-
das de toda a situação, as que mandam.
Por estarmos no Século 21, hoje em dia

vocês tem O DIREITO de se expressarem
sexualmente da maneira que bem enten-
derem (SEMPRE COM CONSENTIMETO DA
OUTRA PARTE), sem ter que se preocupa-
rem com os rótulos que vão colocar em
vocês:
• Vagabunda
• Biscate;
• Piranha;
• Puta;
• Oferecida;
• Sexual demais;
• Tarada;
• Homem no corpo de uma mulher;
• Vulgar;
• Cadela.
E eu peço do fundo do meu coração: SE

JUNTEM. SEJAM UM TIME. Existem CENTE-
NAS de milhares de tipos de mulheres no
mundo. Se vocês pararem de julgar umas
as outras, vocês podem e vão conquistar
o mundo.
Acredite no que estou dizendo.
Vocês já sofrem cobrança e julgamentos
da sociedade como um todo. SEJAM FOR-
ÇA. SE UNAM. Não julguem umas as outras.
Atrás de cada mulher existe uma história da
qual você não faz a mínima ideia. Seja gentil
com outras mulheres.
Tendo dito isso, vocês têm liberdade se-

xual. E se o cara está fugindo de você, te
punindo por você não ter feito o que ele
queria, e mesmo assim você está com muito
tesão por ele... resolva-se sozinha.
Se masturbe.
MEU DEUS, ELE DISSE SE

MASTURBAR, QUE VERGONHA.
Não, não, não e não. Vergonha sobre seu
corpo e suas necessidades aqui, NÃO.
Se masturbe, conheça seu corpo, conheça
suas zonas de maior prazer, se ame acima
de tudo e de todos.
É muito melhor você se masturbar usando
sua imaginação (e alguns brinquedinhos,
por que não?) do que CORRER ATRÁS DE
UM BABACA que acha que é o rei do mundo
só pelo fato de ter um pau no meio das
pernas (que muitas vezes, nem é lá grande
coisa, e se é, ainda é feio).
Você NÃO PRECISA DISSO.

Se contente com o que você tem.
Mas se você não gosta de se masturbar,
ligue para um P.A. Sim, um Pau Amigo. É
algo que muitas mulheres possuem: aquele
cara que é para um dia de chuva, para um
dia de TPM ou simplesmente para um dia
que ela está explodindo de tesão, mas não
quer NADA DE DRAMA, apenas sexo.
Ligue para ele, ele é um cara legal se você

o elegeu seu Pau Amigo. Transe. Tire essa
vontade de cima de você, SÓ NÃO CORRA
ATRÁS DO CARA QUE TE DEIXOU DE LADO
POR CONTA DO SEXO ORAL QUE VOCÊ
NÃO SENTIU VONTADE DE FAZER NELE.
Caso você esteja na opção dois, e ainda
queira impressioná-lo, bom, eu tenho ape-
nas notícias ruins para você.
Assim como Karine, que escolheu a opção

dois em sua época, o cara voltou.
Sim, ele voltou. Ele deu esse “PRESENTE”
para ela, por ela ter se comportado bem e
ver que quem mandava em tudo era ele.
Babaca escroto.
Se você escolher essa opção, saiba que:
Ele volta, mas nunca pelos motivos certos.
Ele volta, mas apenas pelo tempo que ele

quer ficar.
Ele volta, mas ele não te respeitará de ma-
neira nenhuma.
Ele volta..., mas ele nunca realmente esta-
rá ALI de verdade.
Entende o que quero dizer?
Quando você corre atrás dele, você ali-
menta o ego dele (e olha, esses homens
tem egos gigantes... se pelo menos o tama-
nho do pau deles fossem iguais o do ego,
vocês sairiam ganhando), e ele se sente o
vencedor.
E aí vai ocorrer algo chamado ciclo vicioso:

sempre que ele não conseguir algo contigo,
ele vai te deixar de lado, parar de falar com
você, pois ele sabe que você irá atrás dele,
como uma trouxa.
E você me segue. Você está lendo esse
livro. Você é uma mulher de força e feno-
menal: VOCÊ NÃO PRECISA SER ESSE TIPO
DE MULHER QUE CORRE ATRÁS.
Eles correm atrás de você.

Poxa, mas como eles correriam atrás de
mim? Isso é impossível.
Não, não é. Tem apenas duas coisas no
mundo para qual a gente não consegue dar
um jeito: a morte e os impostos. São as úni-
cas certezas que temos nessa vida.
Fora isso, todo o restante pode ser feito

e tem como se fazer. Vou te explicar mais
dessas técnicas infalíveis em meu próximo
livro: “Como se tornar uma mulher miste-
riosa e enigmática”.
Mas por enquanto, siga seu caminho.
Pois se você correr atrás dele, ele não terá
um décimo de respeito por você. NADA
MESMO.
Karine ficou dois anos com o cara. HÁ.

Olha só esse plot twist, aposto que você
não estava esperando, não é?
Pois é, nem eu.
Mas ficou.
E disse que ele melhorou muito com o
tempo, foi fenomenal: transou pela primei-
ra vez com ele POIS ELA QUIS, dormiram
juntos, acordaram juntos durante meses
e meses.
Mas, perto do começo do fim, ela o notava

se distanciando.
E ela o amava. Disse que amou de verda-
de, foi o primeiro amor de sua vida.
Mas, ambos estavam prestes a completar
a maioridade, e apesar de terem uma vida
sexual sadia e ativa, ela via que ele queria
ir para outras águas, queria peixes novos.
Isso foi o que o mesmo disse para ela.

Ela se sentiu mal, também pudera né? Le-
var isso na cara assim, depois de dois anos,
DO NADA? Complicado demais.
Mas mesmo assim, eles faziam todas as
vontades e desejos sexuais que ambos pos-
suíam: sem julgamentos, sem tirar sarro,
apenas se completando.
E foi ótimo, até ele pedir para ela: quero
uma segunda menina com a gente.
BANDEIRA VERMELHA
E o mundo de Karine caiu. Sentiu que não
era o suficiente.
E é EXATAMENTE essa sensação que ocor-
re em todas vocês, quando um cara chega
e manda essa de querer outra mulher na
relação, ou uma relação aberta.
Antes de qualquer pensamento que vocês
possam achar que tenho, deixa eu explicar
certinho para vocês como eu vejo essa si-
tuação toda de terceira pessoa e um rela-
cionamento aberto.
Entre adultos, isso é algo que vem se tor-

nando cada vez mais comum e realizado.
Não sentem que estão tendo tudo o que
querem ali, ou simplesmente já fizeram
tudo um com o outro.
E o que surge nesse momento? Exato, a
vontade de uma terceira mulher na relação.
E falo terceira mulher, pois esse é o pedi-
do que mais acontece: OS HOMENS PEDEM
PARA SUAS NAMORADAS, ESPOSAS. E não
o contrário.
Quando isso ocorre, tenha em mente que:

CADA CASAL TEM SUAS REGRAS E CADA
UM SABE ONDE SEU CALO APERTA.
Eu levo isso para minha vida. Cada casal
tem seus desejos e vontades e suas vidas.
E isso cabe a eles, somente a eles.
Caso queiram fazer... faça. Cheguem em um

consenso primeiro:
• Isso é algo que vai acontecer uma vez só?
• Ela vai poder beijar ele?
• Ele quer beijar ela?
• Ele quer uma amiga minha (AÍ AÍ AÍ MU-
LHERADA, CUIDADO) ou pode ser alguma
outra mulher desconhecida?
• Isso vai se repetir somente em datas es-

peciais, ou vamos chegar a um acordo?
• E se chegarmos a um acordo e ser SEM-
PRE que ele tiver vontade? (E SERÁ SEMPRE
QUE ELE TIVER VONTADE, SE VOCÊ PERMI-
TIR, SERÁ SIM, NÃO SE ENGANE)
• Vai ser só sexo ou vão manter contato?
• Existe a possibilidade de um terceiro
cara se eu quiser?
Esses questionamentos e conversas são

ALTAMENTE NECESSÁRIAS, pois, é aí que
você vai descobrir se ele quer isso apenas
uma vez e não sempre, se ela vai poder
beijar ele (alguns casais consideram o bei-
jo algo muito íntimo e cortam isso da par-
te da relação de sexo a três), se ele QUER
beijar ela (isso vai deixar você mal, vai te
influenciar em algo ruim? É algo que deve
ser pensado e verbalizado), ele quer uma
amiga minha?
BANDEIRA VERMELHA. EM TODA A BAN-

DEIRA E ATÉ NO CABO QUE SEGURA ESSA
BANDEIRA.
Minha amiga, se quando vocês forem con-
versar sobre isso, ele DE CARA indicar uma
amiga... bom, você já sabe. A ideia já vai ter
estado na cabeça dele HÁ TEMPOS. Disso
você não precisa duvidar nem pro um se-
gundo.
Homem não é bobo não,

é malandro, é sacana
Após o lançamento de meu último livro:

“Por que os homens mentem – As mentiras
que os homens contam” e com a disponi-
bilização do Podcast em meu Instagram,
eu venho recebendo uma ENXURADA de
directs dizendo:
- Emanuel, li seu livro, e quando li tal par-
te, despertou algo em mim que eu tinha
deixado dormindo faz tempo. Confrontei
meu namorado, e ele confessou ter dormi-
do com minha amiga. Ele aproveitava da
nossa aproximação para isso.
Acredite no que eu falo: eu sei do que es-

tou escrevendo. Então siga tudo isso aqui
á risca, pois as chances de isso ser real, na
sua vida, são grandes demais.
Estudo o comportamento humano há
anos. O corpo não mente. A boca deles
pode mentir, mas o corpo não mente, en-
tão acredite quando eu falo: não será uma
transa a 3 uma vez só.
E tudo ficará mais claro ainda, quando

você sugerir um terceiro cara. Ora pois,
você é mulher e tem necessidades e von-
tades sexuais também. Por qual motivo é
ok ele estar com duas mulheres, mas não é
ok você estar com dois homens?
Faz algum sentido? Não, não faz.
O único sentido é que, ele quer comer ou-
tra junto de você, mas abomina a ideia de
outro cara te comer junto dele.
Uma bela de uma hipocrisia. Direitos iguais.

Se você se recusar, pode ter certeza que ele
virá com o papo bosta que é algo tão clássico
deles, que chega a me dar sono.
Falará que a relação está desgastada tem
tempo;
Que pelo menos ele foi honesto em falar
com você;
Que a namorada de não sei quem faz, por

que vocês não podem fazer?
Que o namoro, o casamento dos amigos
que fazem chegou até a melhorar após a
prática (certo, confia);
Que ele prefere fazer isso do que te trair
(OLHA SÓ QUE CONSIDERAÇÃO DELE PARA
COM VOCÊ. Merece palmas) ... cara de pau.
E então, ele vai usar a carta uno +4, que é

a cartada final:
Te amo, mas não sei se vou aguentar isso
assim, dessa maneira. Uma hora eu vou aca-
bar fazendo bobagem;
Seguido da outra diarreia verbal:
Então, a gente tem que terminar. Pois eu
sei o que quero, mas você não quer. E eu
quero ao meu lado uma mulher que me en-
tenda e me ajude, pois somos um time.
BANDEIRA VERMELHA
A carta uno+4 é uma carta bosta. É a carta-
da final bosta que esse otário oferece para
você, como quem te diz:
Veja como fui legal em te avisar antes, veja
como eu estou sendo sincero e sensível.
Veja o que você vai perder se não aceitar.
Isso, corre atrás de mim sua vadia burra,
corre atrás de mim, vai.
E se você for boba e não me acompanha

há tempos, você vai aceitar, assim como a
Karina aceitou. E dai você vai ter que cor-
rer atrás dele mesmo, mas sempre que ele
estiver com a outra, com as outras, e não
com você.
E voltamos a Karine e Davi.

Ela concordou em abrir o relacionamento,
mas com duas considerações: SERIA ALGO
QUE OCORRERIA APENAS UMA VEZ, E ELA
QUERIA UMA EXPRIÊNCIA IGUAL, SÓ QUE
COM OUTRO HOMEM.
Surpreendentemente, ele aceitou de pron-
tidão.
Ela pensou: poxa, ele queria TANTO uma

outra mulher que até aceitou outro homem
na relação.
Mas ela o conhecia. Sabia que ele achava
que ela falava da boca pra fora. Ela não teria
coragem.
Mas ela teve.
A menina em questão, a terceira, DE MA-
NEIRA MUITO ESTRANHA, era uma menina
mais velha da escola dele.
HUM... suspeito, muito suspeito.

Mas mesmo assim ela encarou.
Foram em uma festa da escola na casa de
alguns amigos, e ela mesma chegou na me-
nina e abriu o jogo.
A menina riu. Riu mesmo, na cara dela.
Ela ficou possessa de raiva.
- Não me leve a mal Karine, mas o Davi já

abriu esse relacionamento há muito tempo,
pelo visto só você não sabe. Ele fica com
outras meninas quase toda semana no co-
légio. E com todo o respeito: eu prefiro ficar
sem sexo, do que transar com alguém do
tipo dele, esse cara é escroto.
Ela engoliu, seco. Desconfiava, mas ter
aquela confirmação, fez ela se sentir mal.
Então ela colocou um freio na ideia, por

pelo menos um tempo.
- Você está louca? Disse que concordava e
agora que adiar? – ele disse a ela.
- Sinto que não é uma boa hora para isso,
Davi.
- Serei sincero com você, se você der para
trás, a gente termina agora.
BABACA, ESCROTO, ESTÚPIDO.

- Você terminaria comigo por isso?
- Faz o seguinte: pense bem durante dois
dias e só depois, se achar que eu vou gostar
da resposta, me procure.
E saiu da festa.
Ela foi para casa naquela noite, sozinha,
triste, chorando pelo caminho.
Mandou SMS (aqui tínhamos apenas SMS)

para ele, pedindo para conversar.
Ele não respondia.
Ligou para ele... e ele NÃO ATENDIA.
Dormiu aos prantos naquela noite, com o
moletom dele vestido nela ainda.
No outro dia, um sábado, tentou conver-
sar com ele, mas foi em vão.
Tentou na tarde de sábado... NADA.

Na noite de sábado foi a mesma coisa.
Quando chegou o domingo, ela enviou
mensagem logo pela manhã:
- Vamos conversar sobre isso.
E NADA
BANDEIRA VERMELHA
Esse comportamento de Davi, é igualzi-

nho o comportamento de diversos outros
homens quando são contrariados.
Eles não estão acostumados a ouvirem
não, uma recusa. Eles querem o que eles
querem na hora que eles querem. SIMPLES
ASSIM.
E o que fazem para punir?
IGNORAM.
Ignoram, pois sabem que a mulher vai
correr atrás. É o instinto mais natural do
mundo.
Eles te tratam há tantos anos assim, que
acabou se tornando um mecanismo de mui-
ta facilidade para eles.
Quando e SE o cara te ignorar por conta
disso, você já sabe o que fazer: ficar na sua.
Se ele te trata mal, não quer saber dos

seus sentimentos quanto à aquela situação,
quer ver só o lado dele, e faz você correr
atrás dele: FUJA.
Você não é para ser a segunda opção.
Você é pra ser a primeira opção dele, porra.
Ele não pode fazer isso com você. Fazer
você correr atrás dele como uma cadela,
como uma criança.
Isso só reforça a força que ele mantém so-

bre você. De que, só quando ele quiser vai
estar bem.
O ego se alimenta. Dessa maneira que fa-
zem as coisas, eles se sentem os maiorais, os
machos, os alfas da situação.
NÃO CORRA ATRÁS DELE. ESSE É UM EXEM-
PLO CLÁSSICO QUE VOCÊ DEVE EVITAR.
Já na noite de domingo, Karine sucumbiu,

resolveu fazer um teste: enviou uma men-
sagem para ele onde escreveu:
- Já escolhi a mulher e o homem que quero,
sei que você vai gostar.
Em menos de 3 minutos, veio a resposta,
a resposta que ele não deu para ela em dois
dias, enquanto fazia ela correr atrás dele:
- Sabia que você ia colocar a cabeça no lugar.

Vou tomar um banho e ir na sua casa para fa-
larmos com eles pelo Orkut. Eu te amo.
Perceberam aqui uma bandeira completa-
mente vermelha?
Ele só a tirou “do castigo” quando ela
concordou com o que ele queria desde o
começo.
Isso não pode acontecer de maneira ne-

nhuma, em nenhum tipo de relacionamen-
to.
Situações como essa, além de ser total-
mente tóxica para qualquer tipo de relacio-
namento, vai dar precedentes para que, em
um futuro não tão distante, ele comece a
usar jogos mentais e psicológicos com você.
Em pouco tempo, você estará totalmen-

te na mão dele, um narcisista barato que
faz de tudo, usa todos os truques para que
você esteja sempre na mão dele.
E olha lá se você recusar: é ele sem aten-
der o celular, sem responder no WhatsApp,
é ele te ignorando enquanto não conseguir
o que ele quer. E ele vai se acostumar a fa-
zer isso com você.
Logo logo, você estará tendo que pedir per-

missão para usar tal roupa, para beber, para
falar de tal maneira, para sair com suas ami-
gas. Ele se tornará um homem manipulador,
obsessivo.
E sabemos muito bem o que ocorre quando
um homem tem todo esse tipo de poder na
mão dele com uma mulher, não sabemos?
Feminicídio.
Sim, isso não é exagero. Você vai correr
TANTO atrás dele, ele vai te enrolar em uma
teia de conspirações, de jogos mentais, de
mentiras e de manipulação, que você não
vai conseguir sair disso tão cedo, e nem de
maneira fácil.
Se atente para essas bandeiras vermelhas,
pois pode ser o começo de um final trágico.
Quando resolveram botar o plano em ação

no final de semana seguinte, ela notou que ele
estava muito animado, mais animado do que
o via há tempos.
Então, concordaram que seria uma mulher
que faria as honras. Uma de 19 anos.
Ele concordou, e ela fez a ponte da conversa.
Conversou com a menina e jogou na lata

mesmo o que queriam: sexo a três, com ela.
A moça disse apenas que sim. Que os pais
dela iam viajar na sexta, e eles poderiam
fazer na casa dela.
Perguntou se ela estava ok com a situa-
ção, ou só se estava fazendo aquilo por
vontade dele.
Para não ter que dar maiores explicações,

ela disse que estava fazendo pelos dois,
pois ela queria experimentar também.
Pronto, tudo arrumado e ela comunicou
para ele. Ele estava no céu: ia comer a mais
gostosa do colégio, isso era uma maravilha
para ele.
Mas Karine não perdeu tempo: foi atrás
justo do mais popular do colégio, aquele
por qual todas babavam. Ele tinha acabado
de completar 19 anos também.
O nome dele ela Danilo: um moço alto,

mais alto quer Davi, com barba, bonito, e
com uma cara de safado...
Apesar da fama de pegador, ele só pega-
va as meninas QUE ELE QUERIA. E quando
Karine chegou nele de uma vez só, e per-
guntou se eles poderiam conversar, ele já
mandou na lata:
- Só vou conversar com você se você ficar
comigo.
- Então vamos mais para o canto ali, onde

ninguém ouve, porque minha proposta
para você é muito melhor.
Foram até um canto e ela mandou na lata:
- Quero saber se você aceita me comer en-
quanto meu namorado olha. Quer dizer, ele
também vai, vocês dividem, vocês entram
em um consenso, mas eu quero os dois,
cada um em um lugar, e depois quero os
dois juntos.
- Você está falando sério?

- Você topa ou não?
- Mas eu comeria só você.
- Sim.
- E se ele quiser me chupar?
- Daí o problema é de vocês, eu só sei que
eu quero você. Topa ou não?
- Lógico que topo, lógico. Quando?
- Sábado a noite. E você precisa arrumar

um lugar. Não quero nada feio ou dentro
de um carro.
- Minha casa. Moro na edícula, no fundo
ninguém vai ouvir nem nada. Meus pais mo-
ram na frente, mas eles dormem cedo. Você
está falando sério mesmo?
- Mesmo. Seu pau compensa ou você é
bom de cama mesmo como falam?
Ele ficou sem palavras.

- Ok, você só fala né... sábado eu te ligo,
me passa seu telefone.
- Mas por que justamente eu? Seu namo-
rado que escolheu, não é?
- Não, eu escolhi, ele escolheu a outra mu-
lher. Eu escolhi você porque eu sei da sua
fama, e se eu vou deitar, quero deitar com
estilo. Só espero não me decepcionar.
Trocaram números e deixaram marcado.
A semana passou voando, e quando deu

sexta-feira, só aí Davi entrou em contato com
Karine.
A semana toda ele se manteve distante dela.
Mas pela primeira vez, ela não correu atrás:
ela mantivera contato com Danilo durante
todos os dias, ficando no telefone por horas,
rindo, conversando e fabulando sobre a noite
de sábado.
Quando ela ligou para Jéssica (esse era o

nome da outra), ela falou que eles podiam
ir até a casa dela, tudo estava pronto e não
tinha mais ninguém lá.
Davi pagou o taxi e foram. Há muito tem-
po Karine não o via daquele jeito: todo arru-
mado, todo perfumado. Parecia outro cara.
Bom, e era mesmo, pois ele estava tentan-
do encantar a outra.
Chegaram lá e foram bem recebidos. Não

beberam nada, escolha pessoal dos dois,
enquanto a outra tomava vinho.
Karine não sabia como se portar, então
ficou sentada na cama dela assistindo o que
se desenvolvia entre os dois: Jéssica come-
çou a passar as mãos em Davi, a beijar seu
pescoço, e em menos de 5 segundos, ele
a agarrou, colocou em seu colo e a beijou.
Beijou como há meses não beijava Karine.

Karine se sentiu morta por dentro naquele
momento. Sabia que o desejo dela por ele
já havia acabado.
Quando Jéssica tirou toda sua roupa, par-
tiu para a cama, onde Karine estava senta-
da, e começou a beijá-la.
Karine não curtiu muito, mas achou SEN-
SACIONAL o que Jéssica falou para ela no
ouvido:
- Sei que esse é um desejo dele, então eu vou

dar um pouco de atenção para ele, e acredite em
mim, hoje iremos nos divertir, meu foco comple-
to é em você.
Pronto. SORORIDADE? Podemos dizer que sim.
Buscou Davi pelo braço, e tirou as roupas dele.
Sentiu ele meio incomodado, mas ao abaixar
suas calças, viu que tudo aquilo do nervoso tinha
ido embora.
Se colocou de joelhos e começou o serviço.
Não obstante, ofereceu para Karine. E após

as duas brincarem no ego de Davi, ela come-
çou a beijar Karine, por todo o corpo, a dei-
tando na cama, e deixando Davi de lado por
minutos.
Eles transaram, os três. Mas naquela noite,
Davi se sentiu deixado de lado, pois, mesmo
após ter feito o que queria com as duas, as
duas continuaram entre elas.
E ele se sentiu humilhado quando ouviu Ka-
rine tendo o maior orgasmo que nunca teve
com ele, dado pela mulher que ele escolheu
colocar no meio dos dois.
No caminho para casa, ele ficou em silên-

cio. Resolveram ir andando. Ela sabia o mo-
tivo de ele estar bravo: a menina tinha apro-
veitado muito mais com ela do que com ele.
E Karine se sentiu totalmente desperta
para uma nova realidade: outra mulher,
mesmo tendo o namorado dela ali na cama
dela, preferiu ela. Soube que ela estava ali
meio que obrigada, sabia dos jogos que ele
fazia (assim como todos fazem).
E ao invés de tratar ela com desdém, deu

a cartada final: deu uma noite para ela que
ela jamais esqueceria.
Davi se sentiu de lado.
- Por que você está bravo?
- Só estou quieto.
- Te conheço, me fala o porquê.
- Você sabe o motivo.
- Eu não sabia que ela ia dar atenção para
mim, e francamente, eu estou um pouco
confusa. Você conseguiu quem queria e fa-
zer o que queria com ela, por que isso não
é o suficiente para você?
Ele permaneceu em silêncio.

- Por que eu também me diverti? – ela ques-
tionou.
- É, é exatamente por isso.
- Mas isso é um risco que a gente corre. Isso
é normal. Ela poderia ter me deixado de lado,
e eu teria que lidar com essa situação.
- É, mas...
- Mas nada, se fosse eu que estivesse só
olhando, você estaria se sentindo comple-
tamente confortável. Isso que você está fa-
zendo não é legal. Se você está assim hoje,
imagina amanhã com o Danilo então.
- É, é sobre isso que eu quero falar. Ama-

nhã, com o Danilo, não vai rolar.
- O que?
- É, não vai rolar, a gente se divertiu o sufi-
ciente hoje, você se divertiu e eu também,
não é necessário ele. Vamos voltar a ser só
nós dois.
ALERTA VERMELHO
Em situações como esta, é completamen-

te “normal”, o cara ficar com ciúmes de não
ter tido toda a atenção que queria e que
imaginava.
E se existe um outro acordo, tal como
existia ali, ele não vai querer que você curta
mais. Pois ele curtiu o dele, e você não vai
poder curtir o seu.
É ser um completo filho da puta fazer esse

movimento. Todo calculado, todo tóxico,
todo dodói.
- Mas isso não é justo – disse Karine. – Você
a teve, amanhã teremos ele.
- Karine, se você quiser estar comigo, será
nos meus termos. E meu termo é não ter
ele. Se você tocar nesse assunto, nem que
seja só mais uma vez, eu vou...
- Vai fazer o que, Davi? Parar de retornar

minhas ligações? Fingir que não vê minhas
mensagens? Fazer eu correr atrás de você
que nem doida?
- Não é isso...
- É isso sim, é isso que você SEMPRE FAZ.
Você faz do seu jeito, e quando eu não que-
ro, você faz todo esse seu jogo, que pare-
ce coisa de menina adolescente fazer: não
atende as ligações, não retorna mensagens,
não fala comigo, fica me punindo, a troco
de que?
- Você está viajando...

- Não, eu não estou viajando. Eu sinto mui-
to que essa noite não saiu da maneira que
você esperava, sinto muito mesmo. Mas, eu
estava lá, eu a vi te tocar, ela te beijar, ela
colocar a boca onde só eu colocava.
Ela usou você, se divertiu com você, e de-
pois quis fazer comigo.
Você está bravo por ela ter me incluído, e

agora, quer me punir.
- Eu falo que você viaja demais... eu vou
para casa. A gente se fala na segunda.
E saiu andando.
TÍPICO MOVIMENTO DO HOMEM BOSTA
INSEGURO BEBÊ E FILHO DE PUTA.
Ao vê-lo andando, pela primeira vez, Ka-

rine sentiu raiva, muita raiva. Pensou em
pedir desculpas, mas algo dentro dela di-
zia que isso deveria terminar, já era hora
de não ocorrer mais esses joguinhos onde
tudo que ele fazia, era para ela correr atrás
dele.
- Davi – ela gritou e foi chegando mais per-
to dele.
- Colocou juízo na cabeça?
Ele se sentia glorioso, se sentia o dono do

mundo. Mais uma vez conseguiu enrolar a
idiota.
- Se amanhã não rolar com o Danilo e com
você, vai rolar só eu e o Danilo. Quero que
você saiba disso, você me colocou no meio
disso e agora eu vou até o fim.
- Você é uma vadia mesmo, não é? Louca
para dar para ele.
- Pense o que quiser. Eu estarei com essa

aliança na mão até amanhã na frente da casa
dele. Se você não aparecer, eu peço para ele
me levar até sua casa e deixo na caixa do
Correios. Cansei, você não vai me fazer de
tonta mais, com esses joguinhos para eu cor-
rer atrás de você. Se você for homem, me
encontre lá amanhã. Caso contrário, teremos
terminado.
E saiu andando no caminho contrário ao
dele.
Quando Karine fez isso, ela se sentiu bem,

ainda se sentia um pouco mal por dentro,
mas se sentia imensamente bem na maior
parte do tempo. Pois, veja só, ela catou to-
dos os jogos dele na mão, disse um basta
bem grande, e ainda o colocou na berlinda.
Dessa vez quem dava as cartas era ela.
Quem mandava na situação era ela.
Ela não ía mandar mais mensagens cor-
rendo atrás.
Ela não ía ficar ligando e não tendo res-

postas.
Ela não ía se por em um lugar que aceita
tudo caso contrário o cara não te aceita.
ELA QUEBROU O CICLO VICIOSO.
Ela se colocou de frente a ele, como igual,
e ainda queria o acordo todo fechado.
Óbvio que ela sabia que o namoro ia
acabar. Não tinha como continuar com mais
nada depois daquilo ali.
Ela se deu conta do quanto valia, se can-

sou das besteiras e dos joguinhos.
E não tem nada pior para um homem, do
que uma mulher que sabe seu valor e sabe
o que quer, quando quer e como quer.
Eles se assustam de medo dessas mulhe-
res. Eles a tratam por vadias, pois não estão
no controle mais.
Para eles, é inconcebível a ideia de estar

em equidade com a mulher, elas têm que
sempre estar em um nível inferior a eles,
somente assim eles se sentem bem.
Ela voltou para casa, deixou o telefone de
lado e dormiu.
Nem se preocupou se iria perder uma liga-
ção ou outra. Se ele quisesse, ele mandaria
mensagem.
Estava surpresa demais consigo mesma,

pensando que: ok, perdi ele..., mas eu ganhei
a mim. A mim mesma. Ganhei minha autoes-
tima, meu valor, meu reconhecimento.
Que sentimento sublime ser uma pessoa
que não corre mais atrás dele. E se ele não
quiser, problema dele, tem homens mara-
vilhosos no mundo, eu não vou sentir falta.
Mas no dia seguinte, seu telefone não to-

cou. Não havia mensagens. Era o fim, assim
como ela havia imaginado. E já que era o
fim, ela queria que fosse o fim mesmo.
Se arrumou para ir na casa de Danilo.
Quando saiu no portão, ia até a praça pe-
gar um taxi. Quando abriu o portão, viu Davi
dentro de um taxi, esperando por ela.
- Entra, vamos na casa do Danilo.
E assim foram.
No caminho para lá, ele permaneceu mui-

to quieto, e ela começou a imaginar que,
não ia dar coisa boa tudo aquilo que estava
ocorrendo.
Estava desconfiada. Ficou mais preocu-
pada ainda, quando Danilo ligou para ela
perguntando se eles, ênfase no ELES, eles
estavam prontos.
Ela disse que sim, que estavam a caminho.
- Gatinha, me avisasse, eu buscava vocês

dois.
Pronto, era o que faltava. Viu a cara de
Davi se transformar em uma rocha quando
Danilo a chamou de gatinha.
- Você quer mesmo fazer isso? – questio-
nou-o
- Você não faz nem ideia – ele respondeu,
sério.
É, coisa boa não ia sair.
Quando chegaram na casa de Danilo, ele

estava esperando na frente: moletom, calça
jeans clara e um gorro na cabeça.
Sorriu ao vê-los chegar. Pagou o taxi para
eles, mesmo com Davi insistindo que não.
UM PONTO A MAIS PARA DANILO E UM
PONTO A MENOS PARA DAVI. Isso fez com
que Davi já se sentisse menor.
Convidou os dois para entrarem e disse que

estava bebendo um vinho. Estava frio, ele
queria se esquentar.
- Poxa, que tipo de anfitrião de bosta eu
sou, né? Chamei vocês para entrarem e nem
cumprimentei. Foi mal, estou na segunda
taça e um pouco alegre já. Sejam bem vindos.
E foi perto de Davi para cumprimentá-lo.
Davi estendeu a mão, e Danilo deu um seli-
nho nele.
Davi ficou paralisado.

Ele fez o mesmo com Karine.
- Poxa, vocês são lindos mesmo – se limi-
tou a dizer tirando o moletom e o gorro
junto. O que vocês querem fazer? Conver-
sar primeiro?
Então, Davi chegou perto dele e o beijou.
De língua mesmo. No duro, na frente de
Karine.
Karine estava assustada, pois Danilo ha-

via lhe dito que não faria nada com Davi,
apenas com ela, Davi só olharia, mas ali na
frente de seus olhos, estavam os dois se
beijando.
Então, Karine pegou no ar, naquele mes-
mo momento, qual seria a vingança de Davi
para com ela: curtir Danilo da mesma ma-
neira que ela havia curtido com Jéssica.
- Gatinha, você se importa? – disse Danilo
para ela, apontando a cabeça para Davi.
- Me importo com o que?

- De eu ficar com ele primeiro? Ele beija
bem demais, que cheiroso você é, rapaz –
disse mirando Davi.
- Não, não me importo – soltou, para a sur-
presa dos dois. Alias, vamos combinar uma
coisa? Eu quero só olhar. Quero que vocês
se divirtam, quero ver os dois rapazes brin-
cando como se eu não estivesse aqui. Não
se preocupem comigo, minha diversão será
ver vocês se divertindo. Vocês se importam
de eu só assistir?
- Eu não me importo – soltou Danilo já indo

em direção a Davi novamente.
Davi recuou.
Foi até Karine e disse:
- Você está louca?
- Não, não estou. Davi, se permita fazer o
que tem curiosidade. Eu vou amar te ver com
ele, eu vou amar porque sei que você quer.
- Não é assim...
- Não quer? Olha só para ele.
Danilo tinha tirado a camiseta, estava só
com o jeans agora, olhando para eles.
-Não sou gay.
- Sei que não é, mas sei que quer experi-
mentar. E eu não me importo. Se divirta.
Davi pegou seu rosto nas mãos, olhou no

fundo dos olhos dele e disse:
- Eu te amo, obrigado.
Logo após, tirou seu moletom também, e
pela primeira vez beijou Danilo com gosto.
Passava as mãos pelo cabelo dele, passa-
va a mão nas costas, no rosto com barba,
beijava seus lábios e lambia sua língua.
Toda a vergonha que tinha foi para os ares

quando Danilo passou a boca por seu pes-
coço, em sua nuca, e ele sentiu a barba o
pinicando, deixando livre um grande gemi-
do, tapado ali por muito tempo.
Karine disse que chegou perto dos dois,
olhou para cada um, e beijou novamente
Davi, novamente Danilo, e disse que eles
eram lindos juntos, uma visão que ela nem
acreditava que estava acontecendo.
- Meninos, eu vou fumar um cigarro, mas

fiquem à vontade, já eu volto para assistir
mais um pouco.
- Amor, fica aqui – dizia Davi enquanto Da-
nilo passava a língua por seu pescoço e o
fazia arfar de prazer.
- Fica, Karine, fica – pediu Danilo. Veja
como a gente é bonitos juntos, veja só, olha
como ele beija bem, seu namorado é o me-
lhor. Fica vendo a gente, pede o que você
quiser, só não tira ele de mim hoje a noite,
deixa eu o ter essa noite para mim.
- Ele é todo seu... ele é nosso. Você é nosso.

Tiraram as calças, e ali mesmo no sofá da sala,
Karine testemunhou a morte e renascimento:
A morte dos jogos que Davi fazia com ela;
A morte do relacionamento tóxico entre os
dois;
O nascimento da sexualidade dos dois,

sem ser julgada por ninguém;
O renascimento de seu namoro, que virou
noivado, casamento, e hoje são felizes ain-
da, e Davi sempre a agradece por aquela
noite.
Karine conversa muito hoje com algumas

mulheres que passaram pela mesma situa-
ção que ela passou há anos atrás.
Elas não precisam saber o nome verdadei-
ro dela aqui, sua profissão, o nome verda-
deiro de Davi e nem o de Danilo, isso é algo
que cabe somente a eles, e ninguém mais.
Não precisam saber que, depois daquela
noite, os três dormiram na mesma cama de
casal de Danilo, já que os pais dele estavam
viajando durante o final de semana todo.
Não precisam saber que, durante a noite,

viu que Danilo e Davi dormiram juntinhos,
agarrados um ao outro. E logo depois pu-
xaram ela junto.
Não precisam nem ao menos saber que,
no dia seguinte, conversaram, riram, e
quando foram deitar para ver filme, cada
um preencheu ela de uma forma.
Que ela se sentiu no meio deles, que ela os
sentiu, que sentiu o sabor de ambos.
Que amava ver o namorado beijando Da-

nilo, que amava ver o quão calmo ele ficava
quando Danilo o puxava pelo braço e beija-
va seu rosto, seus lábios, seus olhos.
Que Davi se entregou para ele da mesma
fora que ele havia se entregado para ela
quando se conheceram, só que agora sem
receios, sem jogos, sem pressão, sem nin-
guém do mundo alheio precisar saber o que
acontecia entre eles.
- Como faremos? Perguntou Karine.

- Eu não quero ficar nenhum minuto longe
de nenhum de vocês dois – disse Danilo.
Principalmente de você, rapaz – e beijava
os lábios de Davi.
- É, mas ninguém pode saber que a gente...
você sabe, vão achar que somos... – Davi
não conseguia falar.
- Amor – interviu Karine. Não se trata de

rótulos, se trata de seres humanos tendo
experiências humanas. Ninguém é obrigado
a entender, muito menos saber. Me diga, há
quanto tempo você tem curiosidade?
- Sempre tive – confessou
- E você, Danilo?
- Tinha curiosidade, mas não tinha cora-
gem. Mas, esse rapaz é bonito demais. Daí
rolou. Não sei o que somos. Só não pode
sair daqui.
Karine olhou para eles. Parecia que ela

tinha sido um trampolim para que ambos
ficassem juntos.
- Eu quero estar com você, amor – disse
Davi. – Mas quero você também, Danilo.
Isso é possível?
- Por mim, a gente sempre pode estar por
aqui – soltou Danilo.
- Por mim, estamos sempre aqui – disse

Karine. E não se preocupem com rótulos,
o único rótulo que nos cabe é o de seres
humanos felizes. Ninguém precisa saber
que tenho dois namorados lindos que se
namoram.
Parecia loucura. Todo o drama e as ques-
tões de jogos de Davi haviam sumido. Pas-
saram dias ótimos, até que Davi quis con-
versar com ela um dia.
- Acho que você sabe o motivo de eu estar

aqui.
- Davi, olhe para mim, não precisa ter ver-
gonha. Eu sabia que esse dia iria chegar
amor – disse Karine. – Eu só quero que ele
te faça muito feliz.
- O QUÊ? ACHA QUE VOU TE LARGAR POR
ELE?
- Ué...
- Não, não, não, amor, não é isso. E não

conseguia parar de rir, estava rindo de
felicidade mesmo.
- Então o que foi?
- Amor, eu fui um completo babaca com
você.
- Sim, você foi.
- Eu sei, por isso estou aqui, para te pedir
desculpas e te agradecer.
- Desculpas?
- Sim, eu fazia tudo da minha maneira, do
meu jeito, nos meus termos. Eu era fudido
da cabeça. Não sei o motivo, preciso ser
sincero amor, não sei o motivo.
Não sei se era insegurança, se era ciúmes,
se era medo de te perder, eu realmente não
sei... Sabe, as vezes acho que eu queria me
sentir o macho, o que está certo. Foi assim
que ensinaram para mim e para meu irmão
pelo menos.
- Eu sei, conheço seu irmão, sei muito bem.

- Amor, olha para mim: eu não quero e
nem vou usar isso como desculpa pelo meu
comportamento, pois não é. Mas, depois
da noite na Jéssica, me senti mal. Eu achei
que você, bom, você sabe, você sempre foi
positiva quanto a sexualidade. Eu amo isso
em você, você não liga, você simplesmente
vai e faz.
- É...
- Tive medo de te perder aquela noite.
Por isso não queria que você ficasse com o
Danilo. Porque dai eu não perderia você só
para uma, mas perderia para outro. E olha
para mim: sou bonito, sou gostoso, eu sei
disso, mas o que mais além disso eu tenho
para oferecer? NADA. NADA. É só uma casca.
Quando você estava disposta a ir na casa
dele, naquela noite passada eu pensei muito,
muito mesmo.
Pensei que seria melhor deixar você ir, so-

zinha, te deixar livre, pois ele te faria feliz,
mesmo que não fosse para sempre, mas
pelo menos naquela noite e em outras.
Mas, coloquei minha cabeça no travessei-
ro, e lembrei do meu pai. Ele fodeu tudo
com minha mãe, e eu não quero isso. Você
é sensacional. Eu realmente não sei o por-
que eu fazia o que fiz. Eu não quero isso,
não mais. Mas quero estar com o Danilo
também.
- Está tudo bem, e ele pode estar conosco sim.

Eles estão felizes hoje em dia, e Danilo é um
grande amigo deles.
Mas, Karine nos deu umas boas histórias, e
ainda assim podemos falar mais sobre os por-
quês você NUNCA deve ir atrás de um homem.
Karine aprendeu muito mais com o tem-

po, do que com o passado, mas tudo o que
ocorreu com ela, serviu de aprendizado
sobre os motivos do porque você NUNCA
deve correr atrás de um homem.
Quando não cai a ficha deles (que foi o
caso de Davi, nos 40 minutos do segundo
tempo), eles continuarão a brincar com
você.
E eles farão isso pelos mais variados mo-

tivos, que daremos aqui.
Porém, queremos compartilhar o quer
Karine aprendeu, e o que estudei durante
anos para que você também aprenda.
Correr atrás de um homem vai acabar com
sua vida em todos os sentidos possíveis.
Em primeiro lugar, nem todas as mulheres
nascem bem resolvidas com Karine.
Na verdade, poucas nascem assim e se

mantem assim durante a vida.
Lembrem-se: há um preço muito alto a ser
pagar por ser quem você é, independente
de quem você seja. Sempre foi assim, sem-
pre será.
Portanto, o primeiro passo, é ligar o bom
e velho foda-se mesmo.
Em meu próximo livro “Como se tornar

uma mulher misteriosa e enigmática” fala-
rei mais sobre isso, sobre todo o processo
que vocês, mulheres, passaram.
Desde o começo dos tempos, traçando um
paralelo com os tempos atuais, e como isso
pode e vai lhe auxiliar em ser uma mulher
foda mesmo.
Ao correr atrás
de um homem, você
automaticamente
se anula.
Não, não existe correr pela metade, não

existe anular-se pela metade, você se anula
mesmo.
Sua autoestima vai água abaixo. Sim, vai sim.
Porque você estará SEMPRE, SEMPRE se
perguntando o motivo de ele estar fazendo
isso com você.
E como aprendemos com as respostas de
vários homens aqui, e com a experiência de
Davi, é que muitas vezes, eles nem sabem o
porquê fazem isso.
É a mesma coisa pelo qual os cães lambem

as bolas: porque eles conseguem.
Mas correndo atrás dele igual uma doida,
você se coloca automaticamente para baixo.
Você passa para ele, em alto, claro bom
som, que ele é o mais importante nessa re-
lação, e não você.
Que estar com ele é um presente.
E ele vai levando isso até onde for bom para
a auto estima dele.
Você acabará esgotada, e sem nenhum

amor próprio, essa é a realidade. Se você
conseguir escapar disso, é uma boa, mas
milhares de mulheres sofrem com proble-
ma de auto imagem e autoestima, de tanto
correr atrás deles.
É realmente isso que você quer para sua
vida e para você mesma, para seu futuro?
Há um tempo atrás, alguns anos, saiu um

filme com o nome: Ele não está tão afim
de você.
Na época, causou um rebuliço.
Onde já se viu lançarem um filme com
esse nome? Isso é errado, isso não é ver-
dade, não acreditem nisso.
É... pois é, só que é, é verdade sim.
Desculpa arrebentar a bolha na qual você

vive e quebrar seus óculos de lentes rosas
que fazem do mundo um local lindo, mas
essa é a verdade, nua e crua.
E não é preciso muita inteligência para en-
tender isso não, basta apenas ver os sinais
e se ligar no senso comum:
Quando você quer uma pessoa, quer es-
tar com ela, está apaixonado, você não faz
de tudo que está ao seu alcance para que
vocês consigam ficar juntos?
Sim, sabemos que existe trabalho, contas,

responsabilidades, mas, se ele quiser... ele
estará com você. Caso contrário, NÃO.
Mas ele te procura as vezes ainda? Isso
é fofo. Porque ele quer sexo. Ele quer um
estepe.
Acredite, se ele REALMENTE QUISESSE,
ele não faria joguinhos para você ficar cor-
rendo atrás dele sempre.
Ele não está interessado.

Homens parecem ser complicados, mas
são tapados e bem simples. Eles deixam
isso a vista.
Mas vivemos momentos

lindos, éramos apaixonados.
...
PUFF
Desculpe, eu precisava vir aqui estourar

esse balão de memórias boas e nostálgicas
de sua cabeça, sabe o porquê?
PORQUE VOCÊ CRIOU ISSO NA SUA CABE-
ÇA. NÃO FOI TUDO ISSO. NÃO TEVE TODO
ESSE SENTIMENTO.
“Mas de minha parte teve”
Exato. Da SUA parte, da dele, não.
Se tivesse da parte dele, ele estaria com

outra mulher agora?
Se tivesse da parte dele, você precisaria
ter ligado sempre para ele, já que ele nunca
te ligava?
Se tivesse da parte dele, ele não estaria
com você agora?
Se tivesse da parte dele, ele não comparti-
lharia isso com você, nem que fosse apenas
uma vez?
Ele poderia chegar e falar: “Eu não falo

muito, mas para mim foi especial”.
E você SABERIA. Pois quando são sinceros
nisso, não mentem.
Mas não. ELE NÃO FALOU. ESTÁ TUDO NA
SUA CABEÇA. É COISA DA SUA CABEÇA.
Você inventou isso, escolheu acreditar nis-
so, para que a dor fosse menor. E adivinha?
Não adiantou.
Porque você continua magoada, você con-
tinua machucada, você continua pensando
nele como um príncipe, só que um príncipe
meio complicado, que não sabe expressar
sentimentos, que não foi ensinado a isso.
Que um dia vai te falar que foi especial,
que você valeu a pena, que ele sente muito
por tudo que ele fez você passar...
E você espera, e espera e espera.

Entra ano, sai ano, e você aí, sentada com
os óculos rosas que fazem a realidade pare-
cer menos pior, se machucando, se cobran-
do, fazendo você mesma acreditar em uma
coisa que só existe na sua cabeça.
Porque ele está com outra já. Porque ele
esteve com outra e com outras, porque a
vida dele seguiu, ele não parou no tempo
como você.
Porque ele sabe da realidade. Ele sabe que

foi só sexo, que você foi só mais uma, que
você não teve importância nenhuma, foi só
mais um passatempo.
Mas você não.
Você insiste em se apegar em algo inexis-
tente.
Por qual motivo?
Pelo medo da verdade: para ele, você não
foi especial. E a vida deve seguir. Aceite
isso.
Quando estava escrevendo esse livro,

eu recebi um direct que mexeu bastante
comigo.
Pois estou acostumado com vocês, mu-
lheres, que são meu público alvo, mas não
sabia que meu conteúdo ajudava pessoas
gays.
E depois vi o quão tonto estava sendo,
pois se tem um pessoal que sofre com ho-
mens também, são os gays.
Ele me mandou a mensagem, e eu falei

para ele que estava escrevendo um livro
com a temática do que ele me mandou:
correr atrás de homens.
Ele me disse que eu poderia ficar à vonta-
de para contar a história dele, contanto que
eu mudasse o nome.
E assim ocorreu.
Ele é um rapaz de 30 anos, muito bem re-

solvido, tem uma carreira boa, mas tem cer-
ta dificuldade de lidar e estar com homens,
pelo simples fato de tudo sempre ser um
jogo.
E ele disse que não tem a menor paciência,
cabeça, psicológico e tempo para jogos. É,
e quem tem. Não é? Jogos de conquista são
legais se ambos estão interessados e se não
passa do nível aceitável.
Quero apresentar para vocês essa história,

para vocês verem que, mesmo nesse caso,
em que são dois homens, ainda sim existe
um que faz todo esse jogo de merda, essas
coisas de fazer o outro correr atrás.
Gostar de homem é um castigo que não é
exclusivo de vocês, eles são canalhas com
todo mundo, até com outros homens.
Carlos, 30 anos, advogado, reside em São

Paulo, mais especificamente Higienópolis.
Se entende como gay desde quando era
criança.
Cresceu em um ambiente familiar muito
aceitável, e mesmo hoje em dia, tem uma
relação muito boa com seus pais: seu pai
sempre se preocupa com ele estar traba-
lhando demais e comendo de menos, e tam-
bém com ele não ter um relacionamento
sério.
Apesar de sua mãe falar que: é difícil ar-

rumar um homem bom, que preste, o pai
quer ver ele bem, com um homem que quei-
ra crescer com ele, que seja saudável, que
cuide dele e o faça feliz.
O último relacionamento de Carlos aca-
bou porque o pai dele estava certo desde o
começo: esse rapaz não quer nada demais,
Carlos. Filho, se atente.
E sim, infelizmente o pai dele estava certo.

Ou felizmente.
Carlos passa alguns finais de semana na
casa dos pais, em Moema, e é muito bem
aceito, apesar de só falar sobre direito com
o pai, um respeitado advogado na comuni-
dade. O pai só abre brechas para quando
quer apresentar um rapaz novo para ele:
- Filho, esse rapaz trabalha no escritório,

eu acho que ele é gay. E ele é trabalhador e
não é de arruagem (ficar na rua, na vida no-
turna). Ele é um rapaz sério. Apareça qual-
quer hora no escritório que eu apresento
vocês dois.
E por aí segue.
Mas, durante a pandemia de Covid-19 em
2020, Carlos ficou meses sem ver seus pais,
mais de um ano, para ser exato.
Temia pela saúde deles, e quando todos

passaram a trabalhar de casa, ele passava
todos os dias de carro em frente ao prédio
onde os pais moravam, para dar um oi para
eles, de lá de dentro do carro.
Nos domingos, desde a parte da manhã,
eles assistiam a missa on-line juntos pelo
Facetime, e depois conversavam como se
estivessem juntos mesmo.
A mãe de Carlos o ajudava a preparar os

alimentos, e sempre almoçavam juntos,
cada um em sua casa, mas com o Faceti-
me ligado, das 09h da manhã até as 18h da
tarde.
Dessa maneira, a saudade não ficava tão
grande, de ambas as partes, e eles ainda
podiam se ver e proteger um ao outro.
Em agosto de 2020, Carlos pegou alguns

dias de férias do trabalho (mandatórias,
pois faziam 3 anos que ele não tirava férias,
e dessa vez o chefe implorou que ele tirasse
ao menos 20 dias).
Desde que era remunerado, ele aceitou.
Pensou que 20 dias passaria voando, e ele
poderia estudar um novo curso de atualiza-
ção, poderia fazer coisas novas...
Mas não foi o que ocorreu.

Ele acordava todos os dias de manhã no
mesmo horário, 05:30h e preparava seu
café. Enquanto ficava pronto o café, ele
fazia alongamentos e exercícios na sala de
seu apartamento.
Até as 7h, ele já tinha malhado, já tinha
tomado café da manhã e banho.
E o restante do tempo? Ele já deixava to-

das suas refeições prontas para a semana
toda.
Ele tinha muito tempo livre.
Desligou a tv. Viu que só tinha tragédia e
não queria aquilo.
Nenhuma série o interessava. O mesmo
com filmes e livros.
Então, dormiu muito nos 3 primeiros dias.

No quarto dia, o pai ligou para ele e disse:
você conhece esse aplicativo Tinder, filho?
- Já ouvi falar sim, pai, por que?
- Você está de férias, não pode sair de
casa... dá uma chance, quem sabe você não
conhece um cara legal.
- Pai, não tem nem como sair de casa, e eu
não tenho a MÍNIMA paciência para papo
furado, isso não é para mim.
- Filho, você está com 30 anos, e em 3

anos, pela primeira vez você tem tempo li-
vre. BAIXA ESSE NEGÓCIO, CONVERSE COM
ALGUNS CARAS. SÓ NÃO SAIA DE CASA. Eu
quero que você tenha alguém, mesmo que
seja só para conversar, você vive sozinho,
só para trabalhar.
- Não pai....
- Carlos, eu estou MANDANDO. Sua mãe e eu

queremos um genro, mesmo que seja virtual.
Quando tudo isso acabar, nós vamos viajar, nós
3. E eu vou gostar se você levar um namorado
junto, quero ver você feliz, filho.
- Mas vocês são dose, viu... Eu vou baixar, pai.
- Vai mesmo? Porque você falou com aquele
tom de voz de quem não vai.
- Pai do céu, por Jesus na cruz, eu vou bai-

xar. Só que amanhã, hoje quero só dormir.
- Me mande prints depois, eu tenho que
aprovar.
- Tá bom pai, pode deixar. Se cuidem.
Naquela tarde, ele a dormiu toda. Mas

pela noite, o que o pai lhe disse estava ali
na cabeça dele, inflamando.
E resolveu dar uma chance.
Baixou o aplicativo e abriu uma cerveja.
Quando entrou, colocou uma foto padrão
sua, que usava em todas as outras redes
sociais: ele de roupa social, e sério.
E se assustou quando viu que, em um raio

de 30 km, havia mais homens sem camiseta
do que em uma piscina.
Mas se assustou mais ainda, quando re-
cebeu 45 curtidas em coisa de meia hora.
E todas as mensagens começavam com a
mesma coisa:
- Nossa, boa noite, você é tão lindo, e de so-
cial. Adoro homem de social, principalmente
calça social sem cueca.
Aquilo o broxava. E resolveu tirar print de

todos para mandar ao pai no dia seguinte,
para provar seu ponto: ali não era local de
conhecer alguém legal, todos só queriam
sexo. E em tempo de pandemia e de ficar
em casa, isso era impossível.
Resolveu aumentar o raio de pesquisa: co-
locou em 100 km, e filtrou as idades: de 32
até 60 anos.
Queria conversar com homens do mesmo

nível que ele.
Deu like em um de 60 anos. Um homem
bonito, cuidado para sua idade, e que pa-
recia ser bem intelectual.
Mas sabia que as chances de...
E quando viu, o cara tinha dado like nele
também, e já enviou uma mensagem de boa
noite:
- Boa noite Carlos, tudo bem?

- Boa noite, tudo sim, e você?
- Bem também.
- Aí sim.
- Você tem só 30 anos mesmo?
- Sim, por quê?
- Eu tenho 60. Você apertou certo?
- Lógico que sim. Eu me amarro em caras

mais velhos, não curto caras mais novos.
- Tem problemas com seu pai? Rsrsrs
- Não, temos uma relação bem saudável.
Eu gosto, pois, tem mais experiências e não
falam merdas como essa.
- Desculpe, foi só uma brincadeira.
- Tá suave.
- O que você curte fazer? O que faz da vida?

Poxa, um cara que queria conversar sério?
Que surpresa.
Então, ele ficou conversando, das 21h até
as 23h. Se conheceram bem por ali.
Até a hora que o cara perguntou se podia
ligar para ele, para se falarem pelo telefone
mesmo, fazer a conversa fluir.
Por que não, pensou. E passou seu núme-

ro.
E isso resultou em um relacionamento de
mais de um ano, em que tudo era lindo, mas
que o cara ia aprontar com ele no final das
contas, fazendo ele correr atrás.
Carlos contou que eles começaram a se

falar sempre.
Que o primeiro contato pelo telefone du-
rou 3 horas. Sim, foi dormir de madrugada,
pois nem viram as horas passarem enquan-
to se falavam.
Ambos tinham muitas coisas em comum:

• Amavam seus trabalhos e carreira;
• Amavam viajar e conhecer o mundo;
• Amavam ler e escrever;
• Não eram do meio gay, e não se sentiam
mal por isso, até preferiam, e pela primei-
ra vez, ele estava feliz de não se sentir um
estranho no ninho;
• Gostava de todos os tipos de artes: pin-
turas, cinemas, música, literatura;
• E gostaram um do outro.
Era a receita para o sucesso, e realmente foi

durante muito tempo.
Se falavam pela manhã, de tarde e de noite.
E contaram sobre suas vidas um para o ou-
tro. Se conheceram a fundo mesmo, algo ex-
cepcional para Carlos.
Falavam sobre seus temores perante a pan-
demia, e que iam marcar algo sim, com cer-
teza, um café depois que tudo isso acabasse.
- Será que vão fazer uma vacina a tempo?

- Lógico que sim, Carlos. A gente só tem que
usar a máscara e se proteger. Ficar em casa.
- É, sorte a nossa que podemos ficar em
casa. Fico muito mal pelas pessoas que não
podem.
- É, é dureza. Temos esse privilégio mesmo.
Me fala, você sempre gostou de homens mais
velhos?
- Sim, desde o ensino médio. O primeiro cara

com quem sai foi um recrutador de uma vaga
de trabalho que eu estava tentando. O tra-
balho não deu certo, mas ele me ligou para
avisar e depois me chamou para sair.
- Você aceitou?
- Sim, ele era um cara muito bonito, sedu-
tor. Tinha uns 54 anos.
- Você não se importa mesmo?

- De jeito nenhum, eu gosto mesmo de ho-
mens mais velhos, vocês sabem o que fazem,
e não tem jogos. Eu odeio jogos.
- Também, não curto não. Mas me fala, o
que você gosta de homens mais velhos? O
que te chama a atenção?
- Ah, se eu começar a falar, vai dar confusão.
- Por quê?
- Porque estou com tesão. Faz meses que
não saio com ninguém, e eu não curto me
masturbar, não curto nada dessas coisas so-
zinho.
CHAMADA DE VÍDEO RECEBIDA
- Oi
- Oi
- Está sem graça?

- Um pouco, estávamos falando por voz e
você ligou de vídeo, e eu só costumo falar de
vídeo com meus pais e meus amigos.
- Desculpa, Carlos, quer que eu desligue? Eu
desligo e nos falamos por voz.
- Não, relaxa, é bom ver uma pessoa, ainda
mais nesses momentos e dias, faz diferença.
-Você está bebendo?

- Sim.
- Mas hoje é quinta-feira.
- Eu estou de férias do escritório, sai tem 5
dias. Tenho mais 15 ainda pela frente. Então,
estou me dando ao luxo.
- E está certo. Aproveite. Para falar a verda-
de, eu tenho compromisso só pela manhã,
vou te acompanhar.
Os dois beberam, conversaram, riram, e

ele fez Carlos se sentir muito bem, sempre
ressaltando que ele parecia ter 20 anos, de
tão jovem que era, que ficava mais lindo
ainda sem barba, com o rosto lisinho, lim-
pinho, mas que tinha uma cara de homem
fatal com a barba também.
Carlos agradecia, envergonhado, e chegou
um momento em que não dava mais para
ignorar o elefante no meio deles:
Eram dois homens, adultos, trancados em

casa, sem contato com ninguém, com tesão
acumulado...
O papo foi esquentando, e quando viu,
Carlos estava deitado em sua cama, com o
celular em mãos, e conversando como nun-
ca tinha conversado com ninguém.
De pau duro, começou a se masturbar
para o outro assistir.
E o outro também não perdeu tempo.

- UAU, que tamanho – disse Carlos
- Será que você aguenta tudo isso, e ainda
grosso?
- Coloca com jeito que eu aguento. Mas se
eu reclamar... você coloca mais forte.
Foi o suficiente. Gozaram em minutos.
O trabalho de Carlos voltou, mas nesses

dias todos, eles se falavam sempre, e viram
que estavam afim um do outro mesmo.
Carlos voltou a trabalhar, e respondia ele
sempre que tinha tempo.
Como o volume de serviço tinha diminuí-
do, ele ficava quase que metade do dia livre,
mas mesmo assim não ficava conversando
com o outro sempre, como era no começo.
Dava atenção para seus pais, seus amigos,

e a vida seguia.
Seu pai, ficou feliz por ele, apesar da ida-
de:
- Ele é mais velho que eu, filho. Você podia
ser filho dele.
- Eu sei pai, mas eu gosto.
- Isso é meio estranho
- Vocês não queriam que eu encontrasse al-
guém? Então, está feito.
- Você está feliz?

- Pai, a gente só conversa. Não vai sair nada
dali, mas sim, estou contente sim.
E o pai dele tinha razão. Ele tinha idade
para ser filho do cara, e durante alguns me-
ses, sempre brincavam com isso: que ele
era o filho dele, que iria na casa dele qual-
quer final de semana, e ele o trataria como
um verdadeiro pai trata o filho.
- Como assim?
- Você nunca sentiu tesão no seu pai?
- NÃO. Que nojo, meu pai é o amor da minha
vida, ele é meu tudo, ele e minha mãe. Nunca
poderia ou conseguiria sentir isso.
- Mas e se a gente brincasse que eu sou seu pai?
- O que isso significa?
- Você vem aqui, eu te trato como um fi-

lho..., mas com benefícios.
- Você tem filhos?
- Não. Sou somente eu. Por que a pergunta?
- Porque me preocupa se você tivesse. Não
sou careta, mas um pai querer comer o filho,
isso não é legal.
- É só uma fantasia, falei devido nossa dife-

rença de idade.
- Sei... então me diz, Pai, o que quer fazer
com o seu filhão?
Já foi tirando a camiseta e foi para a cama.
- Não sei se estou legal.
- Ah, você que começou. Agora vamos ter-
minar, olha só como você me deixou, paizão.
E fizeram sexo virtual mais uma vez.
Mas dessa vez, quando terminou, Carlos

estava totalmente aliviado, mas o outro não
estava muito feliz não.
- Tá tudo certo aí?
- Não gostei da maneira que falou comigo e
para mim aquela hora.
- Mas ficou aqui mesmo assim, me chaman-
do de filhão, eu chamando você de paizão,
gozamos, e você vem me falar isso agora?
- Vou dormir, a gente se fala outra hora.
E DESLIGOU.
No dia seguinte, Carlos se sentia mal.

Queria resolver a situação. ENTÃO, LÁ FOI
ELE, MANDAR MENSAGEM DE MANHÃ.
MENSAGEM PEDINDO DESCULPAS POR
ALGO QUE ELE NÃO PRECISAVA PEDIR
DESCULPAS.
Veio por acaso uma resposta? Lógico que
não, vocês sabem que não. Ele não respon-
deu Carlos, e o puniu por 3 dias, sem nenhu-
ma resposta, para depois voltar falando que
se sentiu julgado, sujo, que PRECISOU DE
UM TEMPO PARA ELE.
- Porra, mas 3 dias? Parece até que queria

me punir.
- Você mereceu, Carlos, é isso que meninos
malvados merecem: ficar de castigo e levar
uma boa surra na bunda.
E então Carlos se sentiu aliviado, pois isso
era um sinal de perdão, um sinal de descul-
pas, agora vem aqui e vamos gozar nova-
mente.
E ele foi caindo nessa, semana após sema-

na, pois toda semana, o outro se ofendia
com algo que Carlos falava.
E ao invés de sentar e conversar, não... ele
deixava Carlos na geladeira. Carlos ia até
ele, gravava áudios, mandava mensagens,
pedia desculpas, ia atrás mesmo... e ele ig-
norava e voltava só quando queria.
Voltou da penúltima vez quando disse
para Carlos passar o endereço dele, que
queria ver ele de perto.
- Não, sem chances. Eu não saio de casa nem

para ver meus pais, não vou descer lá ou dei-
xar você subir, é muito arriscado, para todos
nós. Inclusive para você, você tem 60 anos,
é grupo de risco.
- Eu tenho seu endereço, você me passou
aquele dia. Eu vou passar aí e parar na frente.
Você tem uma escolha: desce e fala comigo
ou eu vou embora, simples.
- Fique na sua casa. Eu quero ver você quan-

do tudo isso acabar, agora é perigoso, prin-
cipalmente para você. Daqui 2 semanas você
vai tomar a primeira dose da vacina, logo eu
tomo e daí fazemos exames e nos encontra-
mos. Mas agora é perigoso demais ainda,
tem gente morrendo a cada segundo. Isso é
imprudente.
- Eu vou mesmo assim, se não quiser descer,
eu entenderei o recado.
Sim, colocou Carlos nessa berlinda. E real-

mente, naquela tarde, o carro dele estava
estacionado em frente ao prédio de Carlos.
Ele ligou para Carlos no mesmo momento.
- Desce aqui, coloca a mascara e desce, es-
tou aqui no carro, vamos dar uma volta.
- De jeito nenhum, disse para você que isso
é perigoso. Você não tem juízo? Isso não é
uma gripe que cura, isso mata. As primeiras
pessoas que quero ver são meus pais. Você
está se colocando em perigo.
- Vou ficar aqui mais 5 minutos, se você não

descer, eu vou embora.
E desligou.
Carlos não desceu. Por mais tesão que ti-
vesse nele, por mais que “se dessem bem”,
não era prudente nem seguro. Carlos é dia-
bético, corria riscos também.
Quando viu que ele deu a partida, uma
mensagem de voz chegou:
- Não se esqueça que você tinha duas es-
colhas e escolheu uma. Viva com as conse-
quências.
Carlos mandou mensagem para ele por 5

dias seguidos. Nada de resposta.
Soube que ele havia se vacinado por ver
no stories de seu Instagram.
Ligou para ele, que atendeu:
- Você se vacinou, meus pais também. Não
sabe o quão feliz fico, por você. Você está
mais seguro agora.
- Você está chorando?

- Sim, de felicidade. As pessoas com as quais
me importo estão sendo vacinadas, logo po-
deremos estar juntos, sem maiores riscos.
- É.
- Só queria dizer que estou muito feliz mes-
mo. Falamos sobre essa vacina por MESES, e
agora está vacinado.
- É, valeu.
- Eu tomo a minha semana que vem, por ser
do grupo de risco.
- Maneiro. Preciso desligar, mas valeu.
E DESLIGOU.
Passaram-se algumas semanas, e Carlos
voltou a falar com ele, mas ele não era o
mesmo com Carlos. A vacina de Carlos foi
adiada, e acabou que ele recebeu a segun-
da dose antes mesmo de Carlos receber a
primeira.
Quando Carlos finalmente conseguiu se

vacinar, mandou mensagem para ele, fe-
liz. Dalí 3 meses tomaria a segunda dose,
esperaria um mês, e daí fariam um exame,
poderiam se ver, finalmente em segurança.
A mensagem ficou sem ser lida. Apenas
entregue. Por 3 dias.
Quando foi lida, voltou com apenas uma
resposta:
- Que bom.
Carlos estava sentindo que era merda que
ía dar, mas mesmo assim enviou mensagem
para ele.
6 dias sem responder, apenas lida.
Mandou mais uma, em uma noite de muito
frio:
- Faz frio hoje a noite. Sei que você passa
mal por conta dele, então se cubra bem,
ligue o aquecedor, logo poderemos sair.
E sem resposta, por mais 4 dias.

No dia seguinte, Carlos fez uma consulta
com seu psicanalista por Skype.
Relatou tudo o que estava ocorrendo, e
sabia que, não tinha mais o que fazer.
Mandou uma última mensagem para ele:
- Não vou mais correr atrás. Você, por seus
motivos, resolveu sumir. Nem para conversar,
só sumiu. Coisa de covarde. Um homem des-
sa idade se comportar como um adolescente.
Que vergonha, que pena isso ter ocorrido.
Conversei com meu psicanalista, e decidi

que isso não é o que quero para minha vida.
Você gosta de jogos, mas deve ser exaustivo
perder o próprio jogo, pois eu não vou jogar
mais.
Só saiba de algo: tu perdeu um cara ma-
neiro demais, demais mesmo. Saudável, de
boa família, sem vícios, bonito, que tem sua
própria carreira. Você só queria alguém para
passar o tempo e correr atrás de você para
você perdoar.
Quem não quer mais sou eu. Boa vida para

você.
E o bloqueou de todas as redes sociais,
pois até essa mensagem, foi lida, e mesmo
após um dia, não tinha resposta, mesmo ele
estando on-line do outro lado.
A história de Carlos, me fez ver que, os
homens fazem isso porque AMAM FAZER
ISSO. ELES AMAM A ATENÇÃO, O CORRER
ATRÁS.
Eles não se importam se são mulheres ou

outros homens (no caso de gays): eles que-
rem a pessoa frágil, aquela que eles mani-
pulam para eles fazerem o que quiserem,
e depois dar o perdão, como se fosse algo
muito bom, algo muito merecido.
Por isso que compartilho a história de Car-
los com vocês. A de Karine e Davi também.
Para vocês se atentarem, olharem em suas
relações e relacionamentos e ver se isso
ocorre com vocês.
É horrível, tenebroso. Mas é algo que pode

ser evitado, terminado.
VOCÊ CONSEGUE, EU SEI QUE CONSEGUE.
Carlos está totalmente vacinado ago-
ra, sem nem pensar em falar com o outro
tem... 7 meses.
Ele está em um relacionamento saudável
com outro rapaz, mais novo que ele, mas
que não faz jogos. E mesmo sendo mais
velho, Carlos também não usa disso para
fazer jogos.
Por favor, leiam, releiam, me mandem

mensagem, mas NÃO CORRAM ATRÁS DE
NENHUM CARA.
Quem faz você correr atrás, não te quer.
Quer atenção.
Você vale mais que isso, você sabe disso. E
se não sabe, vou repetir até entrar em sua
mente: VOCÊ VALE MAIS QUE ISSO.
Obrigado por me acompanharem em mais
um livro. Tudo de bom para vocês, de seu
irmão mais velho: Emanuel Hallef.

Poque - Você - NUNCA - Deve - Ir - Atrás - de - Um - Homem - Emanuel Hallef

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Poque - Você - NUNCA - Deve - Ir - Atrás - de - Um - Homem - Emanuel Hallef

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Licensed to Ana Ortiz - anacamilaort@gmail.

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Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada

Começamos nosso livro com algumas

“Poxa, mas como farei isso?

Vamos fazer alguns acordos em relação a

E se você mentir para mim, saiba que você

Leia, releia. Preste bem atenção

Não é matemática, não é estudo da

Então, se se sentir meio perdida (o), leia,

Tudo isso será essencial para

POR QUE VOCÊ

Essa é a pergunta que deve permear TO-

Mas o interessante do porquê, é que, ele

O porquê, em forma de pergunta mes-

• Quer muito alguma coisa;

Com os porquês respondidos na men-

Pois, temos alguns capítulos, que lhe

• Por que você quer um homem?

Esses são nossos capítulos, mas o nosso

E com isso, vamos dar uma boa dinâmica

Nossa pergunta foi feita para algumas mu-

Separamos algumas das respostas mais

Quero um homem, pois

É, começamos bem, não?

Ela se mostrou resistente, e então pergun-

Digamos que, muitas pessoas (não vamos

Sim, um namorado bem-intencionado e

- Poxa, mas não sei se quero um ou o

De maneiras simples e com pequenas pis-

Mas, se todas as suas paqueras estão nes-

- Eu resolvo meus problemas, ou eu sem-

Pare um tempinho, e avalie essas questões

Eu sinto o que quando

Isso parece difícil de responder, não é?

Muitas mulheres e homens, buscam algo

Mas e se for um homem gay?

Você deve se preocupar somente com al-

Se você é uma pessoa insegura, descon-

Você vai ser a mulher dele, a namorada,

Quando isso ocorre, você instala em você

Eu consigo ser eu mesma,

Isso é MUITO importante, MUITO impor-

Sim, sei que parece um pouco doido ima-

Muitas pessoas foram criadas somente

Um exemplo: uma mulher (você), que foi

Tem carro na mão, e possui uma cabeça mais

Mas ele, diferente de você, não morou com

Ele teve que trabalhar desde a adoles-

Ele não teve o amor incondicional dos pais.

Não teve tempo para “curtir” a faculdade:

Ele não aprendeu nada nos estágios, ape-

Ele tem ataques de ansiedade.

Você não respeita o fato de ele não ter

Mas você não consegue entender que, para

Isso já ocorreu com você? Fez você se

Eu peço por carinho, atenção e

Todo mundo merece carinho, atenção e

Tráfego Orgânico: você tem um blog, um

Por ser orgânico esse tráfego (a maneira

Então, surgiu o Tráfego Pago: com um

Grandes, as chances são grandes demais,

Não existe um meio termo para isso.