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Século XIX
Valorização das emoções
Importância do individuo
Liberdade de expressão
Subjetividade
Introdução:
Camilo foi preso na prisão de relações do Porto, encontra documentos que atestam a
história do seu antepassado (tio paterno), Simão Botelho, desterrado para a India em
março de 1807
O autor reflete sobre a má sorte deste jovem e sintetiza a sua vida em 3 partes: “Amou,
perdeu-se e Morreu amando”
Submete-se ao julgamento do leitor para dar a conhecer uma história de amor, com
uma nota autobiográfica
Simão Botelho:
apresenta um “espírito sanguinário”, orgulhoso, arrogante, provocador, jovem
revoltado
Inteligente e talentoso
pacífico, aplica-se aos estudos
perante obstáculos -> indiferente à morte, misericordioso e insubmisso
Representa o herói romântico
Tem vária facetas:
▪ rebelde; nobre; poeta
Para ele, o amor associa-se à liberdade e à sua integridade pessoal
Significa a oposição à uma sociedade podre e aos seus valores anti-humanos
→São familiares
→Camilo é educado por Rita (irmã de Simão)
→Ambos levam uma vida boémia
→Amor trágico, não convencional
→Presos na cadeia da relação do Porto
→Para ambos a morte simboliza o fim do sofrimento
→Camilo tem por objetivo dar crédito à história do tio e consequentemente à sua
Capítulo I:
Domingos Botelho: fidalgo de Vila Real de Trás-os-Montes, juiz de fora de Cascais, casa
com D. Rita Preciosa (dama do Paço Real de Lisboa)
Simão nasce em 1784 e a família muda-se para Vila Real, depois, Domingos consegue
transferência para Lamego e, finalmente, muda-se para Viseu
Adolescência de Simão: belo, mas irreverente, arruaceiro, por isso o pai manda-o para
Coimbra.
Muito feio
Pouco inteligente
Sem dotes particulares
Sem grandes bens
Fidalgo de Vila Real
É inflexível, baseia-se no seu próprio orgulho e nas suas conveniências sociais
Prefere perder o filho a perder a dignidade social
Mãe de Simão:
Muito bonita
Autoritária
Dama da corte de Lisboa
Arrogante, sarcástica
Aristocrata de Lisboa
Tadeu de Albuquerque:
Pai de Teresa
Destaca-se pelo seu poder autoritário sobre a filha
Representa o antagonismo motivado pelo preconceito de honra social
É inflexível, baseia-se no seu próprio orgulho e nas suas conveniências sociais
Prefere perder a filha a perder a dignidade social
Capítulo IV:
Diálogo de Teresa com o pai, onde ela recusa o casamento com o Baltasar
Teresa escreve a Simão (nota-se a importância das cortes com o meio de comunicação
entre eles) e conta-lhe as intenções do pai
Simão fica enfurecido e quer matar Baltasar, mas em vez disso, decide ir a Viseu ver
Teresa
Em Viseu fica na casa do ferreiro João da Cruz, pai de Mariana
O capítulo abre com uma caracterização de Teresa, a partir do diálogo com Baltasar
Coutinho, destacando o narrador que ela é uma mulher de «orgulho fortalecido pelo
amor». Por carta, Teresa relata o sucedido a Simão, omitindo apenas as ameaças do
primo. A vida de Teresa parece regressar à normalidade (não entrara no convento, não
se falava em casamento e Baltasar Coutinho estava ausente), até ao momento em que
o pai lhe diz que, nesse dia, ela deve casar com Baltasar. Teresa responde descrevendo
aquilo que lhe é pedido como um sacrifício e afirmando que odeia o primo. Tadeu
amaldiçoa a filha e diz-lhe que ela morrerá num convento. Ao sobrinho Baltasar, diz
que não lhe pode dar a mão de Teresa porque já não tem filha. Teresa acaba por não
ser enviada para um convento, segundo o conselho do primo, e escreve uma carta a
Simão contando-lhe o sucedido. Simão fica fora de si e planeia matar Baltasar, mas
abandona esta ideia ao perceber que essa ação o afastaria de Teresa para Sempre. O
estudante resolve ir a Viseu para ver a filha de Tadeu. Como precisa de um sítio seguro
onde ficar, o arrieiro recomenda-lhe a casa de um primo seu, que fica perto de Viseu.
Simão envia uma carta a Teresa e combinam um encontro às onze horas, no dia do
aniversário desta. À hora combinada, Simão fica surpreendido por ouvir música vinda
de uma casa que ele sempre considerara triste e sem vida.
Teresa:
Mostra ser uma mulher determinada, astuta e segura de si, não quer viver segundo a
vontade de um homem
leal ao seu amor e desobediente a quem se opõe a este
- Verdadeira, honesta, orgulhosa, inflexível e determinada
- Vai adquirindo traços heroicos à medida que luta por seu amor
- Considerada uma personagem plana pois não tem uma evolução psicológica
Mariana:
Baltasar Coutinho:
Primo de Teresa
É o vilão da história
Se opõe a Simão pelos seus defeitos
Hipócrita, cobarde, mesquinho, vingativo e egoísta
A sua vaidade torna-o incapaz de esquecer o seu orgulho ferido e de compreender o
amor que Simão e Teresa sentem um pelo outro
Representa os valores sociais instituídos e fossilizados, contribuindo para a tragédia
final
Capítulo X:
Através de uma amiga (Joaquina), Mariana consegue entrar no convento e fala com
Teresa
Entrega-lhe uma carta de Simão
Teresa diz-lhe que irá para o convento de Monchique, no Porto, e que Simão não pode
tentar resgatá-la
Este é o único momento em que Mariana e Teresa se encontram e destaca-se a
manifestação do amor que sentiam por Simão, bem como a vontade de protegê-lo
Mariana dá essa notícia (da partida) a Simão e ele foge de casa para ir encontrar Teresa
Verifica-se nas falas de Mariana, antes da partida de simão, que antecipa um final
trágico e procura protege-lo
Baltasar acusa Simão com injúrias e ele responde com um tiro que atinge Baltasar na
cabeça
Baltasar morre aos pés de Teresa
João da cruz tenta salvar Simão que diz que não quer ser salvo e entrega-se
Simão, admite que estava perdido desde que viu a impossibilidade de amar Teresa
Mariana leva a carta ao convento onde se encontra Teresa. Nos seus pensamentos,
sonha ser amada como ela. Acabam por conversar com as duas. Teresa deseja que
Simão não faça nada no momento da sua partida para o convento de Monchique, no
Porto, porque isso seria muito perigoso. Enquanto regressa a casa, Mariana pensa na
beleza de Teresa («linda como nunca vi outra!»). Simão ouve de Mariana o recado, mas
mantém a ideia de ver Teresa antes de esta partir para o Porto. Na carta que escreve,
Simão considera Teresa perdida e dá a entender os seus intuitos quando afirma que «o
rancor sem vingança é um inferno». Quando Simão sai, de noite, escuta as palavras de
Mariana e sente que ela é o seu «anjo da guarda». Os dois despedem-se como se fosse
para sempre. Simão chega ao convento e aguarda pela madrugada, quando chega a
comitiva que levaria Teresa. Nessa comitiva está Baltasar. Teresa reafirma, perante o
pai, a intenção de entrar num convento. Troca algumas palavras com Baltasar,
evidenciando sentir por ele repugnância. Simão aparece e, depois de ofensas trocadas
com Baltasar, este aperta-lhe a garganta, morrendo em seguida com um tiro dado pelo
filho de Domingos Botelho. Depois do sucedido, surge João da Cruz, que pede a Simão
que fuja. Esta recusa e, quando o meirinho-geral lhe quer proporcionar a fuga, insiste
em assumir as responsabilidades: «Fui eu.»
Heróis românticos
Simão Teresa
Capítulo XIX: