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2ª FASE XXXV EXAME – PROCESSO DO TRABALHO

Resolução de
Peças Autorais
Prof.ª Ma. Cleize Kohls

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2ª FASE OAB | TRABALHO | XXXV EXAME

Peças Autorais
Prof.ª Ma. Cleize Kohls

SUMÁRIO
Peça Prático-Profissional 01 3
Peça Prático-Profissional 02 9
Peça Prático-Profissional 03 15
Peça Prático-Profissional 04 21
Peça Prático-Profissional 05 27
Peça Prático-Profissional 06 34
Padrão Resposta Peça 01 – Mandado De Segurança 41
Padrão Resposta Peça 02 – Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave 45
Padrão Resposta Peça 03 – Contestação / Reconvenção 48
Padrão Resposta Peça 04 – Agravo de Petição 52
Padrão Resposta Peça 05 – Recurso de Revista 57
Padrão Resposta Peça 06 – Ação Rescisória 62

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
a 2ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Atualizado em maio de 2022.

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Peça Prático-Profissional 01

Enunciado da Peça Autoral

Henrique ajuizou ação trabalhista, em 22/06/2021, postulando a concessão de tutela de


urgência, para obter a reintegração imediata à função anteriormente exercida na Metalúrgica
SSS Ltda.

Refere ter prestado serviços para a reclamada de 01/09/2015 até 10/06/2021, exercendo
a função de soldador, momento em que, por iniciativa do empregador e sem justa causa, foi
rescindido o contrato.

Relata que em 01 de março de 2021 tomou posse como vice-presidente da Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), possuindo garantia de emprego, razão pela qual
postulou em tutela provisória de urgência sua imediata reintegração, a fim de possibilitar sua
participação nas eleições.

A ação foi distribuída para a 100ª Vara do Trabalho de Porto Alegre-RS, e autuada sob
número 123.

Antes de analisar o pedido, o magistrado abriu prazo para a manifestação da reclamada,


a qual sustentou que não estava satisfeita com a produtividade do empregado, razão pela qual
o dispensou, não tendo juntado qualquer documento.

Após isso, o magistrado, ao analisar o pedido, indeferiu o pedido de tutela de urgência


formulado pelo autor, referindo que voltaria a analisar o pedido após a instrução processual.

Como advogado de Henrique, considere que você tenha recebido a intimação da decisão
no dia 22/10/21, e elabore a medida judicial cabível na defesa dos interesses do seu cliente.

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Espaço para Resolução da Peça

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Peça Prático-Profissional 02

Enunciado da Peça Autoral

Adelaide da Silva, trabalha para Máquinas Fortes Ltda., como mecânica desde
01.05.2009. Em novembro de 2020, foi eleita diretora do Sindicato dos Mecânicos do Vale da
Cruz, em Trininim, onde prestava seus serviços.

Ocorre que no mês de dezembro, recebeu suas férias, sendo que deveria voltar a trabalhar
no dia 02 de janeiro de 2021, mas deliberadamente esta resolve permanecer mais uma semana
em descanso. Após isso, começou a frequentemente ingerir bebida alcoólica durante o
expediente, sendo por várias vezes advertida. Até que foi suspensa de suas funções em
04.02.2021.

Máquinas Fortes lhe procura para que adote a medida cabível para à dispensa da
empregada, dentro do prazo previsto legalmente.

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Espaço para Resolução da Peça

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Peça Prático-Profissional 03

Enunciado da Peça Autoral

Você foi procurado por José Almeida, ex-funcionário do Posto Formula 1, em razão de
citação em ação de consignação em pagamento nº 123.456.789, distribuída para a 26ª Vara do
trabalho de Belém/PA, em 26 de fevereiro de 2021. A ação foi ajuizada ainda dentro do prazo
para pagamento das verbas rescisórias, a empresa informou que não conseguiu mais contato
com o empregado e em razão disso resolveu depositar as verbas rescisórias em juízo, solicitando
o depósito das seguintes verbas: saldo de salário de 16 dias, férias proporcionais 6/12, 30 dias
de aviso prévio indenizado, e 13º salário proporcional de 1/12. Informa que realizou as
comunicações para saque do FGTS, bem como o depósito da multa de 40%. O depósito das
verbas foi deferido pelo Juiz competente, e realizado no prazo de 5 dias. Em conversa com José
Almeida, esse informou que, foi contratado em 01 de julho de 2020, e fora demitido sem justa
causa em 16 de fevereiro de 2021, que o aviso prévio foi indenizado, que continua morando no
mesmo endereço, bem como, possui o mesmo número de telefone, razão pelo qual não entende
a razão do ajuizamento da ação sem o contato prévio da empresa para pagamento das verbas
fora do âmbito judicial.

Informou ainda que trabalhava das 13h às 22h, com 30 minutos de intervalo, de segunda
a sexta, e aos sábados das 8h30 às 12h30, como frentista. Em seu contracheque constava
apenas o pagamento do salário, no valor do piso da categoria, e os descontos legais.

Você, contratado como advogado(a), deve apresentar a medida processual adequada à


defesa dos interesses de José Almeida, considerando que a defesa está sendo feita nesta data,
sem criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,00)

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Espaço para Resolução da Peça

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Peça Prático-Profissional 04

Enunciado da Peça Autoral

Após o trânsito em julgado, na Reclamação Trabalhista movida por José Ricardo em face
da Celulares.com LTDA, que tramitou na 23ª Vara do Trabalho de São Paulo – SP, ocorreu à
fase de liquidação de sentença com o objetivo de tornar liquida a sentença. O Juiz, após uma
longa discussão de cálculos entre as partes, acabou homologando os cálculos do Perito judicial
no importe de R$ 89.500,00 e determinou a expedição do mandado de citação, para pagamento
ou garantia do juízo, sob pena de penhora.

A reclamada garantiu o juízo apresentando seguro-garantia judicial. Após 6 (seis) dias


úteis de efetivada a garantia, a reclamada opôs Embargos à Execução com as seguintes
alegações: a) Que o Reclamante não realizou três horas extras, mas apenas uma e somente em
dois dias da semana; b) Que a correção monetária em razão do atraso do pagamento dos
salários somente pode começar a fluir a partir do 5º dia útil do mês subsequente, visto ser
determinado assim no § único do art. 459 da CLT; c) Que o período do aviso prévio indenizado,
não deve ser integrado nas verbas rescisórias, visto que a rescisão é efetivada no dia da
comunicação do aviso prévio e não após o término do aviso. d) Que não é devido o pagamento
da multa do art. 477, §8º da CLT, visto que as verbas rescisórias somente não foram pagas em
decorrência de ter sido o vínculo empregatício reconhecido em juízo; e) Que os juros decorrentes
da ação devem ser contados somente a partir da expedição do mandado para citação de
pagamento ou penhora; f) Que com a procedência dos embargos à execução, o reclamante
deverá arcar com o valor referente aos honorários do perito judicial que elaborou os cálculos. O
juiz, sem intimar o exequente, julgou totalmente procedente os embargos à execução, alterando
o valor da execução para R$ 13.000,00.

Na qualidade de Advogado do exequente, redija a peça processual adequada para a


reforma da decisão proferida nos embargos.

Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito utilizados para que possam
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua.
(Valor: 5.00)

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Espaço para Resolução da Peça

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Peça Prático-Profissional 05

Enunciado da Peça Autoral

Rita Maria Silva ajuizou Reclamatória Trabalhista (nº 8765-4321) em face da sociedade
empresária Mundo Mágico, pleiteando o reconhecimento de estabilidade em razão de ter sido
dispensada sem justa causa, logo após ter recebido diagnóstico de ser portadora do vírus HIV.
Em sua ação buscou o reconhecimento da dispensa discriminatória, com correspondente
indenização por dano moral, e o pagamento de horas extras, alegando ter cumprido 1 hora extra,
por dia de trabalho.

A reclamada, em defesa, postulou a improcedência dos pedidos, tendo confirmado que


ficou sabendo da doença da reclamante, mas afirmou que a dispensa seria por diminuição de
pessoal, nada tendo juntado além de documentos da contratação, relação de empregados que
apontavam a existência de 38 empregados, e rescisão da empregada, devidamente quitada.

Durante a instrução processual, o juiz indeferiu a oitiva de duas testemunhas da


reclamante, por também terem litigado em juízo contra o mesmo empregador, e a testemunha
da reclamada confirmou que após a dispensa da reclamante outra pessoa foi contratada para a
sua vaga.

Em sentença, foi julgada improcedente a reclamação trabalhista, ao argumento de


ausência de provas por parte da reclamante de realização de horas extras e de que a dispensa
tinha ocorrido por motivo de discriminação, sendo condenada a reclamante ao ônus de
sucumbência.

Inconformada, Rita Maria Silva interpôs recurso ordinário, pleiteando a nulidade


processual pelo indeferimento da prova testemunhal, por ter entendimento do TST no sentido de
que as testemunhas não seriam suspeitas, e, no mérito, buscou a reforma da decisão para que
fosse reconhecida a dispensa discriminatória, bem como a condenação da reclamada ao
pagamento de horas extras, pois a empresa não juntou aos autos os controles de jornada, o que
geraria presunção de veracidade de suas alegações.

O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, negou provimento ao recurso


ordinário da reclamante fundamentando que não teria a parte reclamante comprovado a

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dispensa discriminatória, e que, ao contrário do que entende o TST, o posicionamento do
Regional seria na necessidade de prova robusta da intenção discriminatória, e, finalmente, que
tampouco seriam devidas as horas extras, igualmente por ausência de prova por parte da
reclamante da sua realização, sendo afastada a aplicação do entendimento do TST, por constituir
presunção que fere o princípio da realidade dos fatos.

A parte reclamante opôs embargos de declaração, com o objetivo de prequestionar a


matéria relativa ao indeferimento da oitiva das testemunhas, já que a decisão nada tratou sobre
o assunto, tendo mencionado que: “Não tendo a Turma analisado o ponto 1 do Recurso, que
refere sobre o cerceamento de defesa em razão de indeferimento da prova testemunhal pelo
juízo a quo, ao argumento de que pelo fato de litigar contra o mesmo empregador as tornava
suspeita, requer seja sanada a omissão, tendo em vista o posicionamento firmado pelo TST, em
sentido contrário”. Porém, mesmo diante dos embargos de declaração, o Tribunal Regional se
manteve omisso sobre esse ponto, apenas mencionando que: “Não constatada omissão na
decisão, já que afastado o direito a parcela do objeto da prova”.

Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela


reclamante, redija a peça processual cabível em face de tal decisão, expondo os argumentos
legais pertinentes para a defesa de sua cliente. (Valor: 5,00)

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Espaço para Resolução da Peça

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Peça Prático-Profissional 06

Enunciado da Peça Autoral

Henrique era empregado da empresa Super Mais Ltda. desde 01/02/2014, exercendo a
função de auxiliar administrativo. Em 19/04/2019, foi demitido por justa causa sob o fundamento
de agressão física ao superior hierárquico, sendo que nada recebeu mesmo tendo saldo de
salário e férias vencidas.

Em razão disso, propôs a RT nº 123, pleiteando as verbas não pagas. Ocorre que, em
sentença, publicada em 28/11/2019, os pedidos de férias vencidas com 1/3 e saldo de salário
foram julgados improcedentes.

Em 15/03/2020, o empregado lhe procura, informando que não foi interposto recurso da
referida decisão e que houve trânsito em jugado, mas que pretende que você adote alguma
medida legal, tendo em vista que discorda da decisão.

Com base nisso redija a peça cabível, exclusiva de advogado(a), sem criar dados ou fatos
não fornecidos pelo enunciado. (valor: 5,00)

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Espaço para Resolução da Peça

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PADRÃO RESPOSTA
Peças Autorais

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Padrão Resposta Peça 01 – Mandado De Segurança

Henrique, ajuizou ação trabalhista, em 22/06/2021, postulando a concessão de tutela de

urgência, para obter a reintegração imediata à função anteriormente exercida na Metalúrgica

SSS Ltda.

Ele refere ter prestado serviços para a reclamada de 01/09/2015 até 10/06/2021, exercendo a

função de soldador, momento em que, por iniciativa do empregador e sem justa causa, foi

rescindido o contrato.

Relata que em 01 de março de 2021 tomou posse como vice-presidente da Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes (CIPA), possuindo garantia de emprego, razão pela qual postulou em

tutela provisória de urgência sua imediata reintegração, a fim de possibilitar sua participação nas

eleições.

A ação foi distribuída para a 100ª Vara do Trabalho de Porto Alegre-RS, e autuada sob número

123.

Antes de analisar o pedido, o magistrado abriu prazo para a manifestação da reclamada, a qual

sustentou que não estava satisfeita com a produtividade do empregado, razão pela qual o

dispensou, não tendo juntado qualquer documento.

Após isso, o magistrado, ao analisar o pedido, indeferiu o pedido de tutela de urgência formulado

pelo autor, referindo que voltaria a analisar o pedido após a instrução processual.

Como advogado de Henrique, considere que você tenha recebido a intimação da decisão no dia

22/10/21, e elabore a medida judicial cabível na defesa dos interesses do seu cliente.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA ... OU 4ª REGIÃO

HENRIQUE, qualificação completa..., endereço completo... OU nacionalidade..., estado

civil..., soldador, RG..., CPF..., CTPS..., residente e domiciliado na Rua..., nº ..., Bairro...,

cidade..., Estado...,CEP..., vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado (procuração

em anexo, endereço profissional completo...), com fundamento no art. 5º, LXIX e art. 114, IV da

CF, Súmula 414, II do TST, e art.1º da Lei 12.016/09, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA,
Contra ato do JUIZ DO TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE-
RS, proferido nos autos do processo nº123, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

DOS FATOS
O impetrante ajuizou ação trabalhista, em 22/06/2021, postulando a concessão de tutela

de urgência, para obter a reintegração imediata ao emprego, pois foi dispensado sem justa

causa, mesmo tendo em 01 de março de 2021, tomado posse como vice-presidente da Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), possuindo garantia de emprego, razão pela qual

postulou em tutela provisória de urgência para sua imediata reintegração.

Porém, antes de analisar o pedido, o magistrado abriu prazo para a manifestação da


reclamada, a qual sustentou que não estava satisfeita com a produtividade do empregado, razão
pela qual o dispensou. E, após isso, o magistrado, ao analisar o pedido, indeferiu a tutela de
urgência formulada pelo impetrante, referindo que voltaria a analisar o pedido após a instrução
processual.
Como o Impetrante não pode esperar até tal momento, impetra o presente mandado de
segurança, já que não há outra medida cabível.

DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE

O presente mandamus é cabível para atacar a decisão de tutela provisória por inexistir

recurso próprio, com fundamento na Súmula 414, II do TST OU art. 114, IV da CF OU Art. 5º,

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LXIX, da CF, OU no Art. 1º, da Lei n. 12.016/09, e houve obediência ao prazo de 120 dias previsto

no art. 23 da Lei n. 12.016/09.

DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO DE REINTEGRAÇÃO EM RAZÃO DA ESTABILIDADE

O empregado, ora impetrante, por ser membro eleito da CIPA detinha garantia de emprego,

conforme art. 10, II, a do ADCT OU art. 165 da CLT, e somente se comprovado motivo disciplinar,

técnico, econômico ou financeiro poderia o mesmo ser dispensado, o que não foi comprovado

pela reclamada. Diante disso, resta demonstrada a garantia de emprego do direito de

reintegração ao emprego.

DA LIMINAR

Há a presença do fumus boni iuris (probabilidade do direito) pela previsão legal da garantia

de emprego e não demonstração do contrário pela reclamada, bem como há presença do

periculum in mora (perigo da demora), pois o empregado está sem receber seu salário. Assim,

requer a concessão de liminar para imediata reintegração, nos termos do art. 7º, III, da Lei n.

12.016/09.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) A concessão da medida liminar para a imediata reintegração do empregado;

b) A intimação da autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 dias,

conforme art. 7º, I, da Lei 12.016/09;

c) A intimação do Ministério Público do Trabalho para que se manifeste no feito, conforme

art. 12 da Lei 12.016/09;

d) A intimação do Advogado Geral da União, dando ciência da impetração do presente


mandado de segurança, nos termos do art. 6 e art. 7, II da Lei 12.016/09;
e) A procedência da presente ação, com a concessão da segurança, para que seja o
impetrante reintegrado ao trabalho.
Informa-se que as provas pré-constituídas dos fatos que asseguram o direito líquido e certo

encontram-se em anexo.

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Valor da causa; R$ ...

Nestes termos, pede deferimento.

Local... Data...Advogado...OAB…

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Padrão Resposta Peça 02 – Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave

Adelaide da Silva, trabalha para Máquinas Fortes Ltda., como mecânica desde 01.05.2009. Em

novembro de 2020, foi eleita diretora do Sindicato dos Mecânicos do Vale da Cruz, em Trininim,

onde prestava seus serviços.

Ocorre que no mês de dezembro, recebeu suas férias, sendo que deveria voltar a trabalhar no
dia 02 de janeiro de 2021, mas deliberadamente esta resolve permanecer mais uma semana em
descanso. Após isso, começou a frequentemente ingerir bebida alcoólica durante o expediente,
sendo por várias vezes advertida. Até que foi suspensa de suas funções em 04.02.2021.
Máquinas Fortes lhe procura para que adote a medida cabível para à dispensa da empregada,
dentro do prazo previsto legalmente. (5,00)

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AO JUÍZO DA ... VARA DO TRABALHO DE TRININIM

MÁQUINAS FORTES, qualificação completa... e endereço completo... OU CNPJ..., com

endereço na Rua ..., nº..., bairro..., cidade..., Estado..., CEP..., vem à presença de Vossa

Excelência, por seu advogado (procuração em anexo, endereço profissional completo...), com

fundamento no art. 494 e art. 853 da CLT, propor

INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE


Em face de ADELAIDE DA SILVA, qualificação completa... e endereço completo... OU
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., CTPS..., residente e domiciliado na
Rua..., nº ..., Bairro..., cidade..., Estado..., CEP..., pelas razões de fato e de direito que passa a
expor:

DOS FATOS

Adelaide da Silva, trabalha para Máquinas Fortes Ltda., como mecânica desde 01.05.2009.

Em novembro de 2020, foi eleita diretora do Sindicato dos Mecânicos do Vale da Cruz, em

Trininim.

Ocorre que no mês de dezembro, recebeu suas férias, sendo que deveria voltar a trabalhar
no dia 02 de janeiro de 2021, mas deliberadamente esta resolveu permanecer mais uma semana
em descanso. Após isso, começou a frequentemente ingerir bebida alcoólica durante o
expediente, sendo por várias vezes advertida. Até que foi suspensa de suas funções em
04.02.2021.
Não restando outra alternativa, a não ser, ajuíza o presente inquérito para ver rescindido o

contrato de trabalho.

DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS

A ação é proposta dentro do prazo de 30 dias contados da suspensão da empregada e a

ação é cabível, já que a empregada é estável e cometeu falta grave.

DA ESTABILIDADE e DA FALTA GRAVE

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A empregada é detentora de estabilidade, por ser dirigente sindical, nos termos do art. 8º,
VIII, CF, art. 543, §º 3, CLT, e súmula 379 do TST, e em razão disso só pode ter seu contrato
rescindido mediante inquérito para apuração de falta grave, o que restou caracterizado, conforme
segue.
As condutas praticadas pela empregada caracterizam-se como faltas graves: embriaguez no

serviço (art. 482, f, CLT), já que a empregada frequentemente ingeria bebida alcoólica no

emprego, e desídia no desempenho das funções (art. 482, e, CLT), por não ter retornado no

tempo certo ao final de suas férias.

Logo, requer a rescisão do seu contrato por justa causa.

HONORÁRIOS
Requer, por fim, a condenação da demandada ao pagamento de honorários de sucumbência
nos termos do art. 791-A, da CLT.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) A notificação da demandada para contestar a ação, querendo;

b) A produção de todas as provas em direito admitidas;

c) Seja julgada procedente a ação para que o contrato de trabalho seja rescindido por justa

causa.

Valor da causa: R$....


Nestes termos, pede deferimento.
Local...Data...Advogado.../OAB...

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Padrão Resposta Peça 03 – Contestação / Reconvenção

Você foi procurado por José Almeida, ex-funcionário do Posto Formula 1, em razão de citação

em ação de consignação em pagamento nº 123.456.789, distribuída para a 26ª Vara do trabalho

de Belém/PA, em 26 de fevereiro de 2021.

A ação foi ajuizada ainda dentro do prazo para pagamento das verbas rescisórias, a empresa

informou que não conseguiu mais contato com o empregado e em razão disso resolveu depositar

as verbas rescisórias em juízo, solicitando o depósito das seguintes verbas: saldo de salário de

16 dias, férias proporcionais 6/12, 30 dias de aviso prévio indenizado, e 13º salário proporcional

de 1/12. Informa que realizou as comunicações para saque do FGTS, bem como o depósito da

multa de 40%. O depósito das verbas foi deferido pelo Juiz competente, e realizado no prazo de

5 dias. Em conversa com José Almeida, esse informou que, foi contratado em 01 de julho de

2020, e fora demitido sem justa causa em 16 de fevereiro de 2021, que o aviso prévio foi

indenizado, que continua morando no mesmo endereço, bem como, possui o mesmo número de

telefone, razão pelo qual não entende a razão do ajuizamento da ação sem o contato prévio da

empresa para pagamento das verbas fora do âmbito judicial.

Informou ainda que trabalhava das 13h às 22h, com 30 minutos de intervalo, de segunda a sexta,

e aos sábados das 8h30 às 12h30, como frentista. Em seu contracheque constava apenas o

pagamento do salário, no valor do piso da categoria, e os descontos legais.

Você, contratado como advogado(a), deve apresentar a medida processual adequada à defesa

dos interesses de José Almeida, considerando que a defesa está sendo feita nesta data, sem

criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,00)

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Ao Juízo da 26ª Vara do trabalho de Belém/PA.

Processo nº 123.456.789

JOSÉ ALMEIDA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem à presença de

Vossa Excelência, por seu advogado (procuração em anexo, e endereço profissional

completo...), com fundamento no art. 847 da CLT e art. 544 do CPC, bem como ART. 343 do

CPC, oferecer

CONTESTAÇÃO OU CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO

Aos termos da AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ajuizada por POSTO

FÓRMULA 1, também já qualificado nos autos, pelas razões de fato e de direito que passa a

expor.

DA AUSÊNCIA DE RECUSA OU MORA NO RECEBIMENTO

A empresa informou que não conseguiu mais contato com o empregado e em razão disso
resolveu depositar as verbas rescisórias em juízo. Porém, não estão preenchidos os requisitos
para a propositura da ação de consignação visto que não houve recusa da parte demandada em
receber as verbas rescisórias nem residia em lugar incerto, conforme disposto art. 544, I do CPC
ou art. 335, inciso I e III do CC.

DO DEPÓSITO NÃO INTEGRAL

O depósito não foi integral, conforme determina o art. 545 do CPC OU art. 544, IV do CPC,

pois não houve o pagamento de 2/12 de férias e de 1/12 de décimo terceiro salário, e o

pagamento de 1/3 sobre as férias. Além disso, também há o reflexo do aviso prévio, gerando

mais 1/12 de férias e décimo.

DA MULTA DO §8 do artigo 477 da CLT

Considerando que o pagamento integral das verbas rescisórias não foi realizado no prazo

legal do §6 do art. 477 da CLT, requer a multa do §8 do artigo 477 da CLT.

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DA RECONVENÇÃO

Além das parcelas rescisórias o contestante entende ter direito a horas extras, intervalo

intrajornada, intervalo interjornada e adicional de periculosidade, razão pela qual, com

fundamento no art. 343 do CPC, propõe a presente reconvenção.

HORAS EXTRAS
O empregado trabalhava das 13h às 22h, com 30 minutos de intervalo, de segunda à sexta,
e aos sábados das 8h30 às 12h30, logo, extrapolava o limite de jornada, prevista no art. 58,
caput, da CLT OU artigo 7º, inciso XIII, da CF, razão pela qual requer o pagamento de horas
extras, com o acréscimo de 50% e seus reflexos.

INTERVALO INTRAJORNADA

O empregado trabalhava das 13h às 22h, com 30 minutos de intervalo, de segunda à sexta,

e aos sábados das 8h30 às 12h30, logo não tinha seu intervalo intrajornada concedido de forma

correta, razão pela qual requerer o pagamento de 30 minutos suprimidos com adicional de 50%,

como verba indenizatória, conforme o art. 71, §4º da CLT.

INTERVALOR INTERJORNADA

O empregado trabalhava das 13h às 22h, com 30 minutos de intervalo, de segunda à sexta,

e aos sábados das 8h30 às 12h30, logo não tinha seu intervalo interjornada concedido de forma

correta, conforme prevê o art. 66 da CLT, razão pela qual requerer o pagamento de 30 minutos

suprimidos com adicional de 50%, como verba indenizatória, conforme o art. 71, §4º da CLT.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O empregado era frentista de posto de combustível, e recebia apenas o seu salário, logo,

requer o pagamento do adicional de periculosidade em razão do trabalho com inflamável,

conforme determina o art. 193, I da CLT OU Súmula 39 do TST, na importância de 30% sobre o

salário básico do empregado, conforme determina o art. 193, §1º da CLT.

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DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA

Os pedidos do reconvinte devem ser julgados procedentes, conforme a fundamentação

supra, e, em razão disso, deve o reconvindo ser condenado ao pagamento de honorários de

sucumbência para o advogado que subscreve, conforme §5º do art. 791-A da CLT.

Ademais os pedidos do autor devem ser julgados improcedentes, conforme a

fundamentação supra, e, em razão disso, deve ser condenado ao pagamento de honorários de

sucumbência para o advogado que subscreve, conforme art. 791-A da CLT.

PEDIDOS DA CONTESTAÇÃO

Diante do exposto, requer:

a) a improcedência dos pedidos da Petição Inicial, pelas razões expostas, requerendo a

complementação dos valores depositados;

b) produção de todos os meios de prova em direito admitidos;

c) a condenação da parte autora em honorários de sucumbência;

PEDIDOS DA RECONVENÇÃO

Diante do exposto, requer:

a) a intimação do reconvindo para apresentar defesa, nos termos do artigo 343, §1º, do CPC;

b) a procedência dos pedidos com a condenação ao pagamento das verbas pleiteadas;

c) a condenação do reconvindo em honorários de sucumbência.

Valor da causa da reconvenção R$...

Nestes termos, pede deferimento.

Local... Data...Advogado.... OAB....

51
Padrão Resposta Peça 04 – Agravo de Petição

Após o trânsito em julgado, na Reclamação Trabalhista movida por José Ricardo em face da

Celulares.com LTDA, que tramitou na 23ª Vara do Trabalho de São Paulo – SP, ocorreu à fase

de liquidação de sentença com o objetivo de tornar liquida a sentença. O Juiz, após uma longa

discussão de cálculos entre as partes, acabou homologando os cálculos do Perito judicial no

importe de R$ 89.500,00 e determinou a expedição do mandado de citação, para pagamento ou

garantia do juízo, sob pena de penhora.

A reclamada garantiu o juízo apresentando seguro-garantia judicial. Após 6 (seis) dias úteis de

efetivada a garantia, a reclamada opôs Embargos à Execução com as seguintes alegações:

a) Que o Reclamante não realizou três horas extras, mas apenas uma e somente em dois dias

da semana;

b) Que a correção monetária em razão do atraso do pagamento dos salários somente pode

começar a fluir a partir do 5º dia útil do mês subsequente, visto ser determinado assim no § único

do art. 459 da CLT;

c) Que o período do aviso prévio indenizado, não deve ser integrado nas verbas rescisórias, visto

que a rescisão é efetivada no dia da comunicação do aviso prévio e não após o término do aviso.

d) Que não é devido o pagamento da multa do art. 477, §8º da CLT, visto que as verbas

rescisórias somente não foram pagas em decorrência de ter sido o vínculo empregatício

reconhecido em juízo;

e) Que os juros decorrentes da ação devem ser contados somente a partir da expedição do

mandado para citação de pagamento ou penhora;

f) Que com a procedência dos embargos à execução, o reclamante deverá arcar com o valor

referente aos honorários do perito judicial que elaborou os cálculos. O juiz, sem intimar o

exequente, julgou totalmente procedente os embargos à execução, alterando o valor da

execução para R$ 13.000,00.

Na qualidade de Advogado do exequente, redija a peça processual adequada para a reforma da

decisão proferida nos embargos.

52
Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito utilizados para que possam ser

utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal

não pontua.

53
AO JUÍZO DA 23ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO– SP

Processo nº ...

JOSÉ RICARDO, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com

CELULARES.COM LTDA., igualmente já qualificada nos autos, vem à presença de Vossa

Excelência, por seu advogado que subscreve, com fundamento no art. 897, “a”, da CLT, interpor

AGRAVO DE PETIÇÃO, para o Tribunal Regional do Trabalho.

Estão presentes os pressupostos de admissibilidade, especialmente a tempestividade, e a

delimitação da matéria e valores impugnados.

Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da parte adversa

para contrarrazões, e a remessa dos autos a superior instância.

Nestes termos, pede deferimento.

Local...Data...Advogado...OAB...

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO

RECORRENTE: JOSÉ RICARDO

RECORRIDO: CELULARES.COM LTDA.

OBJETO: RAZÕES DE AGRAVO DE PETIÇÃO

Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada decisão de procedência nos embargos à

execução. Porém, a decisão não deve ser mantida pelas razões que seguem:

PRELIMINARMENTE - DA INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS

Após 6 (seis) dias úteis de efetivada a garantia a Executada opôs Embargos à Execução.

Porém, o prazo para interposição é de 5 dias e não 6 dias, conforme disposto no art. 884 da CLT,

razão pela qual devem ser considerados intempestivos os embargos à execução, anulando a

sentença do juízo a quo.

DA PRELIMINAR DO CERCEAMENTO DE DEFESA

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O recorrente não foi intimado para responder os embargos, conforme determina o art. 884

da CLT. Em razão disso, houve cerceamento de defesa, requerendo o retorno para reabertura

do prazo e novo julgamento.

DAS HORAS EXTRAS

O magistrado entendeu que o exequente não realizou duas horas extras, mas sim apenas

uma. Porém, não se pode modificar a sentença na fase de execução, conforme disposto no §1º

do art. 879 da CLT, sendo indevida a análise se o empregado fez horas extras ou não. Assim,

requer a reforma da decisão para afastar a diminuição das horas extras.

DA CORREÇÃO MONETÁRIA

O magistrado entendeu que a correção monetária em razão do atraso do pagamento dos

salários somente pode começar a fluir a partir do 5º dia útil do mês subsequente. Porém, não

ocorrendo o pagamento das verbas salariais no prazo previsto em lei, de acordo com a Súmula

381 do TST, a correção monetária conta a partir do 1º dia do mês, não prosperando as alegações

da Executada. Assim, requer a reforma da decisão para afastar a diminuição da correção

monetária.

DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO

O magistrado entendeu que o período do aviso prévio indenizado, não deve ser integrado

nas verbas rescisórias, visto que a rescisão é efetivada no dia da comunicação do aviso prévio.

Porém, conforme a OJ 82 da SDI-1 do TST e art. 487, parágrafo 1 da CLT, o aviso prévio

indenizado ou trabalhado conta tempo de serviço, devendo o período do aviso prévio ser

computado para o cálculo das Verbas Rescisórias. Assim, requer a reforma da decisão.

DA MULTA
O magistrado entende que não é devido o pagamento da multa do art. 477, §8º da CLT, visto
que as verbas rescisórias somente não foram pagas em decorrência do vínculo empregatício ter
sido reconhecido em juízo. Contudo, o pagamento das verbas rescisória não foi efetuado no
prazo do art. 477 §6º da CLT, sendo devida a multa do art. 477 §8º, mesmo que o

55
reconhecimento do vínculo tenha ocorrido apenas em juízo, conforme Súmula n. 462 do TST.
Assim, requer a reforma da decisão.

DOS JUROS

Constou da decisão ainda que os juros decorrentes da ação devem contar a partir da

expedição do mandado para citação de pagamento ou penhora. Porém, de acordo com o

disposto no art. 883 da CLT, os juros são contados da data do ajuizamento da ação e não do

trânsito em julgado. Assim, requer a reforma da decisão.

DOS HONORÁRIOS PERICIAIS

Os honorários periciais na execução são de responsabilidade da parte executado, já que ‘e

ela a parte sucumbente, de modo que a execução somente existe por não ter tido o pagamento

voluntário., conforme art. 790-B da CLT. Diante do exposto, requer a reforma da sentença neste

aspecto.

PEDIDOS

Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso para anular a

decisão por intempestividade dos embargos e falta de intimação do exequente, ou,

subsidiariamente, no mérito, reformar a decisão dos embargos à execução, nos termos da

fundamentação.

Nestes termos, pede deferimento.

Local... Data...Advogado... OAB...

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Padrão Resposta Peça 05 – Recurso de Revista

Rita Maria Silva ajuizou Reclamatória Trabalhista (nº 8765-4321) em face da sociedade

empresária Mundo Mágico, pleiteando o reconhecimento de estabilidade em razão de ter sido

dispensada sem justa causa, logo após ter recebido diagnóstico de ser portadora do vírus HIV.

Em sua ação buscou o reconhecimento da dispensa discriminatória, com correspondente

indenização por dano moral, e o pagamento de horas extras, alegando ter cumprido 1 hora extra,

por dia de trabalho.

A reclamada, em defesa, postulou a improcedência dos pedidos, tendo confirmado que ficou

sabendo da doença da reclamante, mas afirmou que a dispensa seria por diminuição de pessoal,

nada tendo juntado além de documentos da contratação, relação de empregados que apontavam

a existência de 38 empregados, e rescisão da empregada, devidamente quitada.

Durante a instrução processual, o juiz indeferiu a oitiva de duas testemunhas da reclamante, por

também terem litigado em juízo contra o mesmo empregador, e a testemunha da reclamada

confirmou que após a dispensa da reclamante outra pessoa foi contratada para a sua vaga.

Em sentença, foi julgada improcedente a reclamação trabalhista, ao argumento de ausência de

provas por parte da reclamante de realização de horas extras e de que a dispensa tinha ocorrido

por motivo de discriminação, sendo condenada a reclamante ao ônus de sucumbência.

Inconformada, Rita Maria Silva interpôs recurso ordinário, pleiteando a nulidade processual pelo

indeferimento da prova testemunhal, por ter entendimento do TST no sentido de que as

testemunhas não seriam suspeitas, e, no mérito, buscou a reforma da decisão para que fosse

reconhecida a dispensa discriminatória, bem como a condenação da reclamada ao pagamento

de horas extras, pois a empresa não juntou aos autos os controles de jornada, o que geraria

presunção de veracidade de suas alegações.

O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, negou provimento ao recurso ordinário

da reclamante fundamentando que não teria a parte reclamante comprovado a dispensa

discriminatória, e que, ao contrário do que entende o TST, o posicionamento do Regional seria

na necessidade de prova robusta da intenção discriminatória, e, finalmente, que tampouco

seriam devidas as horas extras, igualmente por ausência de prova por parte da reclamante da

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sua realização, sendo afastada a aplicação do entendimento do TST, por constituir presunção

que fere o princípio da realidade dos fatos.

A parte reclamante opôs embargos de declaração, com o objetivo de prequestionar a matéria

relativa ao indeferimento da oitiva das testemunhas, já que a decisão nada tratou sobre o

assunto, tendo mencionado que: “Não tendo a Turma analisado o ponto 1 do Recurso, que refere

sobre o cerceamento de defesa em razão de indeferimento da prova testemunhal pelo juízo a

quo, ao argumento de que pelo fato de litigar contra o mesmo empregador as tornava suspeita,

requer seja sanada a omissão, tendo em vista o posicionamento firmado pelo TST, em sentido

contrário”. Porém, mesmo diante dos embargos de declaração, o Tribunal Regional se manteve

omisso sobre esse ponto, apenas mencionando que: “Não constatada omissão na decisão, já

que afastado o direito a parcela do objeto da prova”.

Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela reclamante,


redija a peça processual cabível em face de tal decisão, expondo os argumentos legais
pertinentes para a defesa de sua cliente. (Valor: 5,00)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

Processo nº 8765-4321

RITA MARIA SILVA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe em que litiga contra

MUNDO MÁGICO, também já qualificado, vem respeitosamente à presença de Vossa

Excelência, por seu advogado abaixo assinado, interpor

RECURSO DE REVISTA, com fundamento no artigo 896, a, da CLT.

Presentes os pressupostos de admissibilidade, requer o recebimento do presente recurso, a

intimação da parte adversa para apresentar contrarrazões, e posterior remessa ao Tribunal

Superior.

Nestes termos, pede deferimento.

Local... Data...Advogado...OAB...

COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RECORRENTE: RITA MARIA SILVA

RECORRIDO: MUNDO MÁGICO.

OBJETO: RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA

Eminentes Julgadores,

Nos autos do processo em epígrafe, foi interposto recurso ordinário para reformar a

sentença, mas o Tribunal manteve a sentença. Contudo, a decisão do Tribunal Regional deve

ser reformada pelas seguintes razões:

CABIMENTO

O presente recurso é cabível, pois a decisão do regional contrataria jurisprudência uniforme

deste tribunal, consubstancia em súmulas (Súmulas 357, 443 e 338), hipótese que autoriza a

interposição de recurso de revista, nos termos do art. 896, a, do TST.

59
DA ADMISSIBILIDADE

Prequestionamento

As matérias foram prequestionadas, conforme determina a Súmula nº 297 do TST, já que

objetos de apreciação pelo Regional, e quanto a prova testemunhal, opostos embargos de

declaração para provocar o prequestionamento.

Transcendência
As matérias estão abarcadas pela transcendência política (ou política e social), por
desrespeito de entendimento de Tribunal Superior, (ou Superior e por tratar de direito social
constitucionalmente assegurado), conforme art. 896-A, §1º II (ou II e III) da CLT.

PRELIMINAR DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL

Preliminarmente, observe-se que não houve manifestação do TRT sobre a questão do

indeferimento da prova testemunhal ao argumento de que as testemunhas litigavam contra o

mesmo empregador. Mesmo opostos embargos de declaração, mencionando que “Não tendo a

Turma analisado o ponto 1 do Recurso, que refere sobre o cerceamento de defesa em razão de

indeferimento da prova testemunhal pelo juízo a quo, ao argumento de que pelo fato de litigar

contra o mesmo empregador as tornava suspeita, requer seja sanada a omissão, tendo em vista

o posicionamento firmado pelo TST, em sentido contrário”, o Tribunal Regional se manteve

omisso sobre esse ponto, apenas mencionando que: “Não constatada omissão na decisão, já

que afastado o direito a parcela do objeto da prova”. Suscita, pois a preliminar de negativa de

prestação jurisdicional, transcrevendo os trechos dos embargos de declaração e da decisão,

conforme determina o art. 896, §1º, IV da CLT. Diante do exposto, requer seja acolhida a

preliminar e considerada como prequestionada a matéria.

PROVA TESTEMUNHAL – CONTRARIEDADE A SÚMULA 357 DO TST.

A decisão do Tribunal Regional, ao manter a sentença, contraria a súmula 357 do TST, que

claramente refere que não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de

ter litigado contra o mesmo empregador. Logo, não sendo reformada a decisão para deferimento

dos pedidos da reclamante, requer o reconhecimento da nulidade por cerceamento de defesa.

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HORAS EXTRAS – ÔNUS DA PROVA – CONTRARIEDADE A SÚMULA 338 DO TST

Também, a decisão do Tribunal Regional, mantem a sentença e atribui o ônus da prova a

Reclamante, afastando a aplicação do entendimento do TST, por constituir presunção que fere

o princípio da realidade dos fatos. Tal posição contraria o entendimento do TST consubstanciado

na Súmula nº 338 do TST, inciso I, pois tendo a reclamada 38 funcionários e não tendo

apresentado o controle de jornada há presunção relativa de veracidade da jornada, cabendo a

ela a prova em sentido contrário. Diante do exposto, requer a reforma da decisão,

reconhecendo-se o direito a horas extras da reclamante, por presunção de veracidade de suas

alegações.

DISPENSA DISCRIMINATÓRIA – CONTRARIEDADE A SÚMULA 443 DO TST

A decisão, ainda, contraria o entendimento do TST, na medida em que mantem a decisão

de 1º grau, entendendo que não teria a parte reclamante comprovado a dispensa discriminatória,

e que, ao contrário do que entende o TST, o posicionamento do Regional seria na necessidade

de prova robusta da intenção discriminatória. Tal posição é contrária a consubstanciada na

Súmula 443 do TST, segundo o qual estabelece que se presume discriminatória a despedida de

empregado portador do vírus HIV, logo, como o contexto demonstra que a justificativa da

reclamada para a demissão – corte de pessoal – não subsiste já que a prova demonstrou que

houve contratação de novo funcionário, o pedido deve ser julgado procedente. Diante do

exposto, requer a reforma para reconhecer a dispensa discriminatória, e consequente

deferimento do pedido de indenização.

PEDIDOS

Diante do exposto requer o conhecimento e provimento do presente recurso para acolher a

preliminar e, no mérito, reformar o acordão para ser reconhecida a dispensa discriminatória e o

direito a horas extras.

Nestes termos, pede deferimento.

Local... Data....Advogado...OAB...

61
Padrão Resposta Peça 06 – Ação Rescisória

Henrique era empregado da empresa Super Mais Ltda. desde 01/02/2014, exercendo a função

de auxiliar administrativo. Em 19/04/2019, foi demitido por justa causa sob o fundamento de

agressão física ao superior hierárquico, sendo que nada recebeu mesmo tendo saldo de salário

e férias vencidas.

Em razão disso, propôs a RT nº 123, pleiteando as verbas não pagas. Ocorre que, em sentença,

publicada em 28/11/2019, os pedidos de férias vencidas com 1/3 e saldo de salário foram

julgados improcedentes.

Em 15/03/2020, o empregado lhe procura, informando que não foi interposto recurso da referida

decisão e que houve trânsito em jugado, mas que pretende que você adote alguma medida legal,

tendo em vista que discorda da decisão.

Com base nisso redija a peça cabível, exclusiva de advogado(a), sem criar dados ou fatos não

fornecidos pelo enunciado. (valor: 5,00)

62
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO.

HENRIQUE, qualificação completa... e endereço completo..., vem respeitosamente à

presença de Vossa Excelência, por seu advogado (procuração em anexo), com fundamento no

art. 836 da CLT c/c art. 966 do CPC, propor

AÇÃO RESCISÓRIA
Em face de SUPER MAIS LTDA, qualificação completa... e endereço completo..., pelas
razões de fato e de direito que passa a expor:

I – DOS FATOS

O autor era empregado da empresa Super Mais Ltda. desde 01/02/2014, exercendo a função

de auxiliar administrativo. Em 19/04/2019 foi demitido por justa causa sob o fundamento de

agressão física ao superior hierárquico, sendo que nada recebeu mesmo tendo saldo de salário

e férias vencidas.

Em razão disso, propôs a RT nº 123, pleiteando as verbas não pagas. Ocorre que, em

sentença, publicada em 28/11/2019, os pedidos de férias vencidas com 1/3 e saldo de salário

foram julgados improcedentes.

II – DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS

Tendo em vista a data do trânsito em julgado, a presente ação é tempestiva, ou seja, dentro

do prazo decadencial de 2 anos, conforme art. 975 do CPC e súmula nº 100, I do TST.

Além disso, foi realizado o depósito prévio correspondente a 20% do valor da causa,

conforme determina o art. 836 da CLT, e seguem em anexo os documentos obrigatórios para a

propositura da ação, conforme determina a súmula nº 299 do TST e OJ 84 da SDI-2 do TST.

III - DA VIOLAÇÃO LITERAL À NORMA JURÍDICA

O autor foi dispensado por justa causa e não recebeu nenhuma verba, mesmo tendo saldo
de salário e férias vencidas, sendo que mesmo ajuizando ação para o recebimento, a sentença
julgou improcedente os pedidos.

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Porém o art. 146 da CLT estabelece claramente que na cessação do contrato de trabalho,

qualquer que seja sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro

correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.

Além disso, ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,

salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo,

conforme art. 462 da CLT.

Assim, requer seja rescindida a decisão, para que seja prolatada outra em seu lugar,

reconhecendo-se o direito do autor a tais verbas.

IV - DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Requer, ainda a condenação da ré ao pagamento de honorários, nos termos do art. 791-A

da CLT.

V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) A citação do demandado para, querendo, apresentar contestação;
b) A produção de provas em direito admitidas;

c) Seja julgada procedente a ação para rescindir a decisão transitada em julgado e que este

Tribunal profira novo julgamento, condenando a ré a pagar o saldo de salários e as férias

vencidas ao autor, bem como honorários de sucumbência.

Valor da causa: R$...


Nestes termos, pede deferimento.

Local..., data...
Advogado...OAB...

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