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100 Apostas – PGM/SP

100 APOSTAS PGM/SP

Direito Administrativo

1. Delegação de competência

Art. 13, Lei nº 9.784/99. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

vs

Lei do processo administrativo municipal - LEI Nº 14.141 DE 27 DE MARÇO DE


2006:

Art. 15. A competência é irrenunciável e exercida pelo agente público a que


foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.
Parágrafo único. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade;

CUIDADO!!! As previsões a seguir, ao contrário daquelas citadas acima,


não encontram paralelo com as constantes da Lei 9.784/99:

IV - as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na


forma por ela determinada;

V - as funções dos órgãos colegiados.


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2. Introdução do diálogo competitivo na lei de Concessões

Art. 2º, Lei nº 8.987/95. Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: (...)

(...)

II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder


concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo
competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a


construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento
de quaisquer obras de interesse público, delegados pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua
realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária
seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por
prazo determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021)

Art. 10, Lei nº 11.079/2004. A contratação de parceria público-privada será


precedida de licitação na modalidade concorrência ou diálogo competitivo,
estando a abertura do processo licitatório condicionada a: (...) (Redação dada
pela Lei nº 14.133, de 2021)

3. Formalismo moderado

Art. 22, Lei nº 9.784/99. Os atos do processo administrativo não dependem de


forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

vs

Lei do processo administrativo municipal - LEI Nº 14.141 DE 27 DE MARÇO DE


2006:

Art. 21. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada


senão quando a lei expressamente a exigir.

4. Âmbito de aplicação da lei nº 14.133/2021

Lei n.º 14.133/2021, art. 1º. Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e
contratação para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange: (...)

(...)
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Art. 2º, Lei nº 14.133.2/021. Esta Lei aplica-se a:

I - alienação e concessão de direito real de uso de bens;

II - compra, inclusive por encomenda;

III - locação;

IV - concessão e permissão de uso de bens públicos;

V - prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados;

VI - obras e serviços de arquitetura e engenharia;

VII - contratações de tecnologia da informação e de comunicação.

5. Definições da Lei de licitações

Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se:

(...)

III - Administração Pública: administração direta e indireta da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive as entidades com
personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e as
fundações por ele instituídas ou mantidas;

IV - Administração: órgão ou entidade por meio do qual a Administração Pública


atua;

(...)

IX - licitante: pessoa física ou jurídica, ou consórcio de pessoas jurídicas, que


participa ou manifesta a intenção de participar de processo licitatório, sendo-lhe
equiparável, para os fins desta Lei, o fornecedor ou o prestador de serviço que,
em atendimento à solicitação da Administração, oferece proposta;

X - compra: aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez


ou parceladamente, considerada imediata aquela com prazo de entrega de até
30 (trinta) dias da ordem de fornecimento;

XI - serviço: atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada


utilidade, intelectual ou material, de interesse da Administração;

XII - obra: toda atividade estabelecida, por força de lei, como privativa das
profissões de arquiteto e engenheiro que implica intervenção no meio ambiente
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por meio de um conjunto harmônico de ações que, agregadas, formam um todo


que inova o espaço físico da natureza ou acarreta alteração substancial das
características originais de bem imóvel;

XIII - bens e serviços comuns: aqueles cujos padrões de desempenho e


qualidade podem ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais de mercado;

XIV - bens e serviços especiais: aqueles que, por sua alta heterogeneidade
ou complexidade, não podem ser descritos na forma do inciso XIII do caput deste
artigo, exigida justificativa prévia do contratante;

XV - serviços e fornecimentos contínuos: serviços contratados e compras


realizadas pela Administração Pública para a manutenção da atividade
administrativa, decorrentes de necessidades permanentes ou prolongadas;

XVI - serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de


obra: aqueles cujo modelo de execução contratual exige, entre outros requisitos,
que:

a) os empregados do contratado fiquem à disposição nas dependências do


contratante para a prestação dos serviços;

b) o contratado não compartilhe os recursos humanos e materiais disponíveis de


uma contratação para execução simultânea de outros contratos;

c) o contratado possibilite a fiscalização pelo contratante quanto à distribuição,


controle e supervisão dos recursos humanos alocados aos seus contratos;

XVII - SERVIÇOS NÃO CONTÍNUOS OU CONTRATADOS POR ESCOPO:


AQUELES QUE IMPÕEM AO CONTRATADO O DEVER DE REALIZAR A
PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO ESPECÍFICO EM PERÍODO
PREDETERMINADO, PODENDO SER PRORROGADO, DESDE QUE
JUSTIFICADAMENTE, PELO PRAZO NECESSÁRIO À CONCLUSÃO DO
OBJETO;

XVIII - serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual: aqueles realizados em trabalhos relativos a:

a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos e projetos executivos;

b) pareceres, perícias e avaliações em geral;

c) assessorias e consultorias técnicas e auditorias financeiras e tributárias;

d) fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras e serviços;


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E) PATROCÍNIO OU DEFESA DE CAUSAS JUDICIAIS E


ADMINISTRATIVAS;

f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;

h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e


laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de
obras e do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem
na definição deste inciso;

XIX - notória especialização: qualidade de profissional ou de empresa cujo


conceito, no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior,
estudos, experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica
ou outros requisitos relacionados com suas atividades, permite inferir que o seu
trabalho é essencial e reconhecidamente adequado à plena satisfação do objeto
do contrato;

XX - estudo técnico preliminar: documento constitutivo da primeira etapa do


planejamento de uma contratação que caracteriza o interesse público envolvido
e a sua melhor solução e dá base ao anteprojeto, ao termo de referência ou ao
projeto básico a serem elaborados caso se conclua pela viabilidade da
contratação;

XXI - serviço de engenharia: toda atividade ou conjunto de atividades destinadas


a obter determinada utilidade, intelectual ou material, de interesse para a
Administração e que, não enquadradas no conceito de obra a que se refere o
inciso XII do caput deste artigo, são estabelecidas, por força de lei, como
privativas das profissões de arquiteto e engenheiro ou de técnicos especializados,
que compreendem:

a) serviço comum de engenharia: todo serviço de engenharia que tem por


objeto ações, objetivamente padronizáveis em termos de desempenho e
qualidade, de manutenção, de adequação e de adaptação de bens móveis e
imóveis, com preservação das características originais dos bens;

b) serviço especial de engenharia: aquele que, por sua alta heterogeneidade


ou complexidade, não pode se enquadrar na definição constante da alínea “a”
deste inciso;

XXII - OBRAS, SERVIÇOS E FORNECIMENTOS DE GRANDE VULTO:


AQUELES CUJO VALOR ESTIMADO SUPERA R$ 200.000.000,00 (DUZENTOS
MILHÕES DE REAIS);

XXIII - termo de referência: documento necessário para a contratação de bens


e serviços, que deve conter os seguintes parâmetros e elementos descritivos:
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a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os quantitativos, o prazo do


contrato e, se for o caso, a possibilidade de sua prorrogação;

b) fundamentação da contratação, que consiste na referência aos estudos


técnicos preliminares correspondentes ou, quando não for possível divulgar esses
estudos, no extrato das partes que não contiverem informações sigilosas;

c) descrição da solução como um todo, considerado todo o ciclo de vida do


objeto;

d) requisitos da contratação;

e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato


deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu
encerramento;

f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do objeto será


acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou entidade;

g) critérios de medição e de pagamento;

h) forma e critérios de seleção do fornecedor;

i) estimativas do valor da contratação, acompanhadas dos preços unitários


referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte,
com os parâmetros utilizados para a obtenção dos preços e para os respectivos
cálculos, que devem constar de documento separado e classificado;

j) adequação orçamentária;

XXIV - anteprojeto: peça técnica com todos os subsídios necessários à


elaboração do projeto básico, que deve conter, no mínimo, os seguintes
elementos:

a) demonstração e justificativa do programa de necessidades, avaliação de


demanda do público-alvo, motivação técnico-econômico-social do
empreendimento, visão global dos investimentos e definições relacionadas ao
nível de serviço desejado;

b) condições de solidez, de segurança e de durabilidade;

c) prazo de entrega;

d) estética do projeto arquitetônico, traçado geométrico e/ou projeto da área de


influência, quando cabível;
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e) parâmetros de adequação ao interesse público, de economia na utilização, de


facilidade na execução, de impacto ambiental e de acessibilidade;

f) proposta de concepção da obra ou do serviço de engenharia;


g) projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram a concepção
proposta;

h) levantamento topográfico e cadastral;

i) pareceres de sondagem;

j) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos componentes


construtivos e dos materiais de construção, de forma a estabelecer padrões
mínimos para a contratação;

XXV - projeto básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com


nível de precisão adequado para definir e dimensionar a obra ou o serviço, ou o
complexo de obras ou de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegure a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de
execução, devendo conter os seguintes elementos:

a) levantamentos topográficos e cadastrais, sondagens e ensaios geotécnicos,


ensaios e análises laboratoriais, estudos socioambientais e demais dados e
levantamentos necessários para execução da solução escolhida;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma


a evitar, por ocasião da elaboração do projeto executivo e da realização das obras
e montagem, a necessidade de reformulações ou variantes quanto à qualidade,
ao preço e ao prazo inicialmente definidos;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e dos materiais e equipamentos


a incorporar à obra, bem como das suas especificações, de modo a assegurar os
melhores resultados para o empreendimento e a segurança executiva na
utilização do objeto, para os fins a que se destina, considerados os riscos e os
perigos identificáveis, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a definição de métodos construtivos,


de instalações provisórias e de condições organizacionais para a obra, sem
frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,


compreendidos a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de
fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
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f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos


de serviços e fornecimentos propriamente avaliados, obrigatório exclusivamente
para os regimes de execução previstos nos incisos I, II, III, IV e VII do caput do
art. 46 desta Lei;

XXVI - projeto executivo: conjunto de elementos necessários e suficientes à


execução completa da obra, com o detalhamento das soluções previstas no
projeto básico, a identificação de serviços, de materiais e de equipamentos a
serem incorporados à obra, bem como suas especificações técnicas, de acordo
com as normas técnicas pertinentes;

XXVII - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e de


responsabilidades entre as partes e caracterizadora do EQUILÍBRIO
ECONÔMICO-FINANCEIRO INICIAL DO CONTRATO, em termos de ônus
financeiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, contendo, no
mínimo, as seguintes informações:

a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura do contrato que


possam causar impacto em seu equilíbrio econômico-financeiro e previsão de
eventual necessidade de prolação de termo aditivo por ocasião de sua ocorrência;

b) no caso de obrigações de resultado, estabelecimento das frações do objeto


com relação às quais haverá liberdade para os contratados inovarem em soluções
metodológicas ou tecnológicas, em termos de modificação das soluções
previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico;

c) no caso de obrigações de meio, estabelecimento preciso das frações do objeto


com relação às quais não haverá liberdade para os contratados inovarem em
soluções metodológicas ou tecnológicas, devendo haver obrigação de aderência
entre a execução e a solução predefinida no anteprojeto ou no projeto básico,
consideradas as características do regime de execução no caso de obras e
serviços de engenharia;

XXVIII - empreitada por preço UNITÁRIO: contratação da execução da obra


ou do serviço por preço certo de UNIDADES determinadas;

XXIX - empreitada por preço global: contratação da execução da obra ou do


serviço por preço certo e total;

XXX - EMPREITADA INTEGRAL: contratação de empreendimento em sua


integralidade, compreendida a totalidade das etapas de obras, serviços e
instalações necessárias, sob inteira responsabilidade do contratado até sua
entrega ao contratante em condições de entrada em operação, com
características adequadas às finalidades para as quais foi contratado e atendidos
os requisitos técnicos e legais para sua utilização com segurança estrutural e
operacional;
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XXXI - contratação por tarefa: regime de contratação de mão de obra para


pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

XXXII - contratação integrada: regime de contratação de obras e serviços de


engenharia em que o contratado é responsável por elaborar e desenvolver os
projetos básico e executivo, executar obras e serviços de engenharia, fornecer
bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-operação e as
demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto;

XXXIII - contratação semi-integrada: regime de contratação de obras e


serviços de engenharia em que o contratado é responsável por elaborar e
desenvolver o projeto executivo, executar obras e serviços de engenharia,
fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-
operação e as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do
objeto;

XXXIV - fornecimento e prestação de serviço associado: regime de contratação


em que, além do fornecimento do objeto, o contratado responsabiliza-se por sua
operação, manutenção ou ambas, por tempo determinado;

XXXV - licitação internacional: licitação processada em território nacional na


qual é admitida a participação de licitantes estrangeiros, com a possibilidade de
cotação de preços em moeda estrangeira, ou licitação na qual o objeto contratual
pode ou deve ser executado no todo ou em parte em território estrangeiro;

XXXVI - serviço nacional: serviço prestado em território nacional, nas condições


estabelecidas pelo Poder Executivo federal;

XXXVII - produto manufaturado nacional: produto manufaturado produzido no


território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou com as regras
de origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal;

XXXVIII - CONCORRÊNCIA: MODALIDADE DE LICITAÇÃO PARA


CONTRATAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS ESPECIAIS E DE OBRAS E SERVIÇOS
COMUNS E ESPECIAIS DE ENGENHARIA, CUJO CRITÉRIO DE JULGAMENTO
PODERÁ SER:

a) menor preço;

b) melhor técnica ou conteúdo artístico;

c) técnica e preço;

d) maior retorno econômico;


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e) maior desconto;

XXXIX - concurso: modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico,


científico ou artístico, cujo critério de JULGAMENTO SERÁ O DE MELHOR
TÉCNICA OU CONTEÚDO ARTÍSTICO, e para concessão de prêmio ou
remuneração ao vencedor;

XL - leilão: modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de bens


móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance;

XLI - pregão: modalidade de licitação OBRIGATÓRIA para aquisição de bens e


serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de MENOR PREÇO OU
O DE MAIOR DESCONTO;

XLII - DIÁLOGO COMPETITIVO: modalidade de licitação para contratação de


obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com
licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de
desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades,
devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos
diálogos;

XLIII - credenciamento: processo administrativo de chamamento público em


que a Administração Pública convoca interessados em prestar serviços ou
fornecer bens para que, preenchidos os requisitos necessários, se credenciem no
órgão ou na entidade para executar o objeto quando convocados;

XLIV - pré-qualificação: procedimento seletivo prévio à licitação, convocado


por meio de edital, destinado à análise das condições de habilitação, total ou
parcial, dos interessados ou do objeto;

XLV - sistema de registro de preços: conjunto de procedimentos para


realização, mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou
concorrência, de registro formal de preços relativos a prestação de serviços, a
obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras;

XLVI - ata de registro de preços: documento vinculativo e obrigacional, com


característica de compromisso para futura contratação, no qual são registrados
o objeto, os preços, os fornecedores, os órgãos participantes e as condições a
serem praticadas, conforme as disposições contidas no edital da licitação, no
aviso ou instrumento de contratação direta e nas propostas apresentadas;

XLVII - órgão ou entidade gerenciadora: órgão ou entidade da Administração


Pública responsável pela condução do conjunto de procedimentos para registro
de preços e pelo gerenciamento da ata de registro de preços dele decorrente;
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XLVIII - órgão ou entidade participante: órgão ou entidade da Administração


Pública que participa dos procedimentos iniciais da contratação para registro de
preços e integra a ata de registro de preços;

XLIX - órgão ou entidade não participante: órgão ou entidade da Administração


Pública que não participa dos procedimentos iniciais da licitação para registro de
preços e não integra a ata de registro de preços;

L - comissão de contratação: conjunto de agentes públicos indicados pela


Administração, em caráter permanente ou especial, com a função de receber,
examinar e julgar documentos relativos às licitações e aos procedimentos
auxiliares;

LIII - contrato de eficiência: contrato cujo objeto é a prestação de serviços,


que pode incluir a realização de obras e o fornecimento de bens, com o objetivo
de proporcionar economia ao contratante, na forma de redução de despesas
correntes, remunerado o contratado com base em percentual da economia
gerada;

LVI - sobrepreço: PREÇO ORÇADO para licitação ou contratado em valor


expressivamente superior aos preços referenciais de mercado, seja de apenas 1
(um) item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de serviço, seja
do valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por tarefa,
empreitada por preço global ou empreitada integral, semi-integrada ou
integrada;

LVII - superfaturamento: DANO PROVOCADO ao patrimônio da


Administração, caracterizado, entre outras situações, por:

a) medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas;

b) deficiência na execução de obras e de serviços de engenharia que resulte em


diminuição da sua qualidade, vida útil ou segurança;

c) alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia que causem


desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do contratado;

d) outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais


antecipados, distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada
do prazo contratual com custos adicionais para a Administração ou reajuste
irregular de preços;

LVIII - reajustamento em sentido estrito: forma de manutenção do equilíbrio


econômico-financeiro de contrato consistente na aplicação do índice de correção
monetária previsto no contrato, que deve retratar a variação efetiva do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais;
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LVIII - reajustamento em sentido estrito: forma de manutenção do equilíbrio


econômico-financeiro de contrato consistente na aplicação do índice de correção
monetária previsto no contrato, que deve retratar a variação efetiva do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais;

LIX - repactuação: forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de


contrato utilizada para serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra ou predominância de mão de obra, por meio da análise da variação
dos custos contratuais, devendo estar prevista no edital com data vinculada à
apresentação das propostas, para os custos decorrentes do mercado, e com data
vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual o
orçamento esteja vinculado, para os custos decorrentes da mão de obra;

LX - agente de contratação: pessoa designada pela autoridade competente,


entre servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da
Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação,
dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades
necessárias ao bom andamento do certame até a homologação.

6. Dispensa e Inexigibilidade de licitação

Arts. 74 e75 da Lei de Licitações:

Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos


casos de:

I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de


serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante
comercial exclusivos;

II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de


empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública;

III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:

a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;

b) pareceres, perícias e avaliações em geral;

c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;


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f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;

h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e


laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras
e do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no
disposto neste inciso;

IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;

V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de


localização tornem necessária sua escolha.

Art. 75. É dispensável a licitação:

I - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais),
no caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de
veículos automotores; (Vide Decreto nº 11.317, de 2022) Vigência

II - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil


reais), no caso de outros serviços e compras; (Vide Decreto nº 11.317, de
2022) Vigência

III - para contratação que mantenha todas as condições definidas em edital de


licitação realizada há menos de 1 (um) ano, quando se verificar que naquela
licitação:

a) não surgiram licitantes interessados ou não foram apresentadas propostas


válidas;

b) as propostas apresentadas consignaram preços manifestamente superiores aos


praticados no mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes;

IV - para contratação que tenha por objeto:

a) bens, componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira necessários à


manutenção de equipamentos, a serem adquiridos do fornecedor original desses
equipamentos durante o período de garantia técnica, quando essa condição de
exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;

b) bens, serviços, alienações ou obras, nos termos de acordo internacional


específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas
forem manifestamente vantajosas para a Administração;
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c) produtos para pesquisa e desenvolvimento, limitada a contratação, no caso de


obras e serviços de engenharia, ao valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil
reais); (Vide Decreto nº 11.317, de 2022) Vigência

d) transferência de tecnologia ou licenciamento de direito de uso ou de exploração


de criação protegida, nas contratações realizadas por instituição científica,
tecnológica e de inovação (ICT) pública ou por agência de fomento, desde que
demonstrada vantagem para a Administração;

e) hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis, no período necessário


para a realização dos processos licitatórios correspondentes, hipótese em que a
contratação será realizada diretamente com base no preço do dia;

f) bens ou serviços produzidos ou prestados no País que envolvam,


cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional;

g) materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal
e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida
pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante
autorização por ato do comandante da força militar;

h) bens e serviços para atendimento dos contingentes militares das forças


singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, hipótese em
que a contratação deverá ser justificada quanto ao preço e à escolha do fornecedor
ou executante e ratificada pelo comandante da força militar;

i) abastecimento ou suprimento de efetivos militares em estada eventual de curta


duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo
de movimentação operacional ou de adestramento;

j) coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis


ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, realizados por
associações ou cooperativas formadas exclusivamente de pessoas físicas de baixa
renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis,
com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de
saúde pública;

k) aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade


certificada, desde que inerente às finalidades do órgão ou com elas compatível;

l) serviços especializados ou aquisição ou locação de equipamentos destinados ao


rastreamento e à obtenção de provas previstas nos incisos II e V do caput do art.
3º da Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, quando houver necessidade
justificada de manutenção de sigilo sobre a investigação;

m) aquisição de medicamentos destinados exclusivamente ao tratamento de


doenças raras definidas pelo Ministério da Saúde;
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V - para contratação com vistas ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 3º-
A, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os
princípios gerais de contratação constantes da referida Lei;

VI - para contratação que possa acarretar comprometimento da segurança


nacional, nos casos estabelecidos pelo Ministro de Estado da Defesa, mediante
demanda dos comandos das Forças Armadas ou dos demais ministérios;

VII - nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal
ou de grave perturbação da ordem;

VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada


urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança de pessoas,
obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente
para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no
prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da
calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a recontratação de
empresa já contratada com base no disposto neste inciso;

IX - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens


produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integrem a
Administração Pública e que tenham sido criados para esse fim específico, desde
que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;

X - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços
ou normalizar o abastecimento;

XI - para celebração de contrato de programa com ente federativo ou com entidade


de sua Administração Pública indireta que envolva prestação de serviços públicos
de forma associada nos termos autorizados em contrato de consórcio público ou
em convênio de cooperação;

XII - para contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos


estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em ato da
direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos
durante as etapas de absorção tecnológica, e em valores compatíveis com aqueles
definidos no instrumento firmado para a transferência de tecnologia;

XIII - para contratação de profissionais para compor a comissão de avaliação de


critérios de técnica, quando se tratar de profissional técnico de notória
especialização;

XIV - para contratação de associação de pessoas com deficiência, sem fins


lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgão ou entidade da Administração
Pública, para a prestação de serviços, desde que o preço contratado seja
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compatível com o praticado no mercado e os serviços contratados sejam prestados


exclusivamente por pessoas com deficiência;

XV - para contratação de instituição brasileira que tenha por finalidade estatutária


apoiar, captar e executar atividades de ensino, pesquisa, extensão,
desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação,
inclusive para gerir administrativa e financeiramente essas atividades, ou para
contratação de instituição dedicada à recuperação social da pessoa presa, desde
que o contratado tenha inquestionável reputação ética e profissional e não tenha
fins lucrativos;

XVI - para aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de insumos
estratégicos para a saúde produzidos por fundação que, regimental ou
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da Administração Pública
direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão,
desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e de estímulo à inovação,
inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses
projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos
estratégicos para o SUS, nos termos do inciso XII do caput deste artigo, e que
tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à entrada em vigor
desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no
mercado; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 1.166, de 2023)

XVII - para a contratação de entidades privadas sem fins lucrativos para a


implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para
consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de
baixa renda atingidas pela seca ou pela falta regular de água. (Incluído pela
Medida Provisória nº 1.166, de 2023)

7. “Decreto autônomo”

Art. 84, CF. Compete privativamente ao Presidente da República:

(...)

VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;


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8. Delegação do poder de polícia

Repercussão geral: É constitucional a delegação do poder de polícia, por


meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração
Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não
concorrencial. STF. (Info 996). (RE 633782, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno,
julgado em 26/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-279 DIVULG 24-11-2020 PUBLIC 25-11-2020)

9. Extinção do ato administrativo

Extinção do ato administrativo:

a. Normal/Natural;

b. Subjetiva (perda da pessoa);

c. Objetiva (perda do objeto);

d. Renúncia (depois) ou Recusa (antes);

e. Manifestação de Vontade da Administração.

Extinção Por Manifestação de Vontade da Administração

a. Cassação (administrado deixa de cumprir as exigências);

b. Caducidade (“ilegalidade superveniente”);

c. Contraposição/Derrubada (ato com efeitos contrapostos ao anterior);

d. Anulação (ilegalidade);

e. Revogação (motivos de oportunidade e conveniência).

10. Consórcios públicos – contrato de rateio

Art. 8º, Lei n.º 11.107/2005. Os entes consorciados somente entregarão


recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.

Art. 4º, § 3º, Lei n.º 11.107/2005. É nula a cláusula do contrato de consórcio que
preveja determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente da
Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação ou cessão do uso de
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bens móveis ou imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas por


força de gestão associada de serviços públicos.

Direito Civil

11.LINDB

Art. 1º, LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta
e cinco) dias depois de oficialmente publicada. § 1º - Nos Estados estrangeiros, a
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente
publicada.

Art. 20, LINDB. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da
decisão. Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida
imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive
em face das possíveis alternativas.

12. Domicílio

Art. 76, CC. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o
preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor


público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde
servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso,
o lugar em que cumprir a sentença.

13. Bens móveis

Art. 83, CC. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

14. Prescrição

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
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Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. (Artigo
muito importante!!!)

15. Prazo prescricional

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

16. Negócio jurídico simulado

Art. 167, CC. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido
for na substância e na forma

Direito do Trabalho

17.Parcelas indenizatórias

Art. 457, § 2º, CLT. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda
de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para
viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se
incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.

18. Agente insalubre diverso

Súmula nº 293 do TST. A verificação mediante perícia de prestação de serviços


em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na
inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.

19. Grupo econômico

Art. 2º, § 2º, CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis SOLIDARIAMENTE
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

Art. 2º, § 3º, CLT. Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios,
sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas
dele integrantes.
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20. Dispensa discriminatória

Súmula nº 443 do TST. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO.


EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO.
DIREITO À REINTEGRAÇÃO. Presume-se discriminatória a despedida de
empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma
ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no
emprego.

21. Fracionamento das férias

Art. 134, § 1º, CLT. Desde que haja concordância do empregado, as férias
poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá
ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a
cinco dias corridos, cada um.

22. Greve abusiva

OJ 10, SDC. É incompatível com a declaração de abusividade de movimento


grevista o estabelecimento de quaisquer vantagens ou garantias a seus
partícipes, que assumiram os riscos inerentes à utilização do instrumento de
pressão máximo.

23. Estabilidade do dirigente sindical

Súmula nº 369 do TST

I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda


que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse
seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT (24 horas),
desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do
contrato de trabalho.

II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica
limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete
dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
(Obs: Art. 522, CLT. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria
constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um
Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia
Geral).

III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de


estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria
profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.

IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do


sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
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V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente


sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não
lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543
da Consolidação das Leis do Trabalho.

Direito Processual do Trabalho

24. Requisitos da petição inicial

Art. 840, §1º, CLT. § 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação
do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o
dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu
valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

25. Arquivamento da reclamação por não comparecimento

Art. 844, § 2º, CLT. Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado
ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação,
ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze
dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.

26. Mandado de segurança e tutela provisória

Súmula nº 414 do TST

MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA


SENTENÇA.

I - A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via


do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É
admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante
requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente
do
tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo
1.029, § 5º, do CPC de 2015.

II - No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da


sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.

III - A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do


mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela
provisória.
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27. Alcance do jus postulandi

Súmula nº 425 do TST

O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas
do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, NÃO ALCANÇANDO a ação
rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de
competência do Tribunal Superior do Trabalho.

28. Representação da Fazenda Pública

Súmula nº 436 do TST. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA


UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E
FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO

I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações


públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus
procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato
e de comprovação do ato de nomeação.

II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos


declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do
número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

29. Recurso de revista no procedimento sumaríssimo

Art. 896, § 9º, CLT. Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente
será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência
uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do
Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
(Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)

30. Exceções à irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias

Súmula nº 214 do TST

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE Na Justiça do Trabalho, nos


termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam
recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:

a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação


Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;

b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;


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c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos


para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado,
consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

Direito Processual Civil

31. Art. 485 do CPC

Art. 485, CPC. O juiz não resolverá o mérito quando:

I - indeferir a petição inicial;

II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das
partes;

III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento


válido e regular do processo;

V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o


juízo arbitral reconhecer sua competência;

VIII - homologar a desistência da ação;

IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por


disposição legal; e

X - nos demais casos prescritos neste Código.

§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada


pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.

§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente


as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das
despesas e dos honorários de advogado.

§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX,


em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em
julgado.
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§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu,


desistir da ação.

§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.

§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa


pelo autor depende de requerimento do réu.

§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste


artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.

32. Art. 53, CPC - Competência

Art. 53, CPC. É competente o foro:

I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento


ou dissolução de união estável:

a) de domicílio do guardião de filho incapaz;

b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;

c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;

d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº


11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei
nº 13.894, de 2019)

II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem


alimentos;

III - do lugar:

a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;

b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica


contraiu;

c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou


associação sem personalidade jurídica;

d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o
cumprimento;

e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no


respectivo estatuto;
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f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano


por ato praticado em razão do ofício;

IV - do lugar do ato ou fato para a ação:

a) de reparação de dano;

b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;

V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano


sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

33. Consentimento do Cônjuge e ação que verse sobre direito real imobiliário

Art. 73, CPC. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação
que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens.

34. Responsabilidades processuais

Art. 77, CPC. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do
processo:

I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são


destituídas de fundamento;

III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à


declaração ou à defesa do direito;

IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou


final, e não criar embaraços à sua efetivação;

V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço
residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa
informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;

VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do


Poder Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração
Tributária, para recebimento de citações e intimações. (Incluído pela Lei nº
14.195, de 2021)
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35. Intervenção de terceiros

Art. 119, CPC. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro
juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá
intervir no processo para assisti-la.

36. Tutela de evidência

Art. 311, CPC. A tutela da evidência será concedida, independentemente da


demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito


protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e


houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada


do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do
objeto custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir
liminarmente.

37. Art. 337, CPC

Art. 337, CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

I - inexistência ou nulidade da citação;

II - incompetência absoluta e relativa;

III - incorreção do valor da causa;

IV - inépcia da petição inicial;

V - perempção;

VI - litispendência;

VII - coisa julgada;


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VIII - conexão;

IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;

X - convenção de arbitragem;

XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;

XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;

XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.

Direito Previdenciário

38. Objetivos da seguridade social

Art. 194, CF. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações


de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a


seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas


e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em


rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas
vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social,
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão


quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
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39. Tempo de contribuição e tempo de serviço

Art. 40, § 9º, CF. O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou


municipal será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos
§§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado
para fins de disponibilidade.

Tempo de contribuição Tempo de serviço

•Aposentadoria •Disponibilidade

40. Contagem recíproca

Art. 201, § 9º, CF. Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem
recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social e
os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a
compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.

Art. 201, CF. (...) § 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício
para efeito de concessão dos benefícios previdenciários e de contagem recíproca.

Art. 96, II, Lei nº 8.213/91. (...) é vedada a contagem de tempo de serviço
público com o de atividade privada, quando concomitantes;

41. Entidades de previdência complementar

Art. 40, § 15, CF. O regime de previdência complementar de que trata o § 14


oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida,
observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade
fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de
previdência complementar.

Art. 31. § 1º, LC 109/2001. As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma


de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos.

42. Vedação à instituição de novos regimes próprios de previdência (EC 103/2019)

Art. 40, § 22. CF. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência
social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas
gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão,
dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de


Previdência Social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
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II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos


recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 103, de 2019)

V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata


o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e
dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os
princípios relacionados com governança, controle interno e
transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem


atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do
regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 103, de 2019)

X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de


contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

Direitos Difusos e Coletivos

43. Legitimados para ACP

Art. 82, CDC. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados
concorrentemente:

I - o Ministério Público,

II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda


que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos
interesses e direitos protegidos por este código;
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IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam


entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por
este código, dispensada a autorização assemblear.

§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas


ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano,
ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

44. Direitos que serão tutelados coletivamente

Art. 81, CDC. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas
poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código,


os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste


código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os


decorrentes de origem comum.
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45. Ação Popular

Art. 5º (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento
de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Neste sentido a doutrina:

Quanto às partes, o sujeito ativo será sempre o cidadão brasileiro – PESSOA


FÍSICA NO GOZO DE SEUS DIREITOS POLÍTICOS –, isto é, o ELEITOR, ao
qual se atribui o direito a uma gestão eficiente e proba da coisa pública,
vinculando-se a capacidade processual à capacidade político-eleitoral1.

Gozo de
Pessoa
direitos Cidadão
física
políticos

1
Pinho, Humberto Dalla Bernardina, D. e José Roberto Mello Porto. Manual de Tutela Coletiva, Editora Saraiva, 2020.
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46. Estatuto da Cidade: sobre o plano diretor

Art. 41, Lei nº 10.257/2001. O plano diretor é obrigatório para cidades:

I – com mais de vinte mil habitantes;

II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos


no § 4o do art. 182 da Constituição Federal;

IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;

V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com


significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à


ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou
processos geológicos ou hidrológicos correlatos.

§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no


inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano
diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas.

§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser


elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano
diretor ou nele inserido.

§ 3o As cidades de que trata o caput deste artigo devem elaborar plano de rotas
acessíveis, compatível com o plano diretor no qual está inserido, que disponha
sobre os passeios públicos a serem implantados ou reformados pelo poder
público, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que
concentrem os focos geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos
públicos e os locais de prestação de serviços públicos e privados de saúde,
educação, assistência social, esporte, cultura, correios e telégrafos, bancos, entre
outros, sempre que possível de maneira integrada com os sistemas de transporte
coletivo de passageiros.
100 Apostas – PGM/SP

47. Não aproveitamento do solo urbano: Plano Diretor do Município de SP

Dos Instrumentos Indutores da Função Social da Propriedade

Art. 90, Plano Diretor. O Executivo, na forma da lei, poderá exigir do proprietário
do solo urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I – parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II – Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo;

III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.

(...)

Art. 96. Os imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados são sujeitos ao
parcelamento, edificação e utilização compulsórios.

§ 1º Os proprietários dos imóveis não parcelados, não edificados ou


subutilizados deverão ser notificados pela Prefeitura e terão prazo máximo de
1 (um) ano a partir do recebimento da notificação para protocolar, junto
ao órgão competente, pedido de aprovação e execução de projeto de
parcelamento ou edificação desses imóveis, conforme o caso.

§ 2º Os proprietários dos imóveis notificados nos termos do parágrafo anterior


deverão iniciar a execução do parcelamento ou edificação desses imóveis no
prazo máximo de 2 (dois) anos a contar da expedição do alvará de execução do
projeto, cabendo aos proprietários a comunicação à administração pública.

§ 3º Os proprietários dos imóveis não utilizados deverão ser notificados pela


Prefeitura e terão prazo máximo de 1 (um) ano, a contar do recebimento da
notificação, para ocupá-los, cabendo aos proprietários a comunicação à
administração pública.

§ 4º Caso o proprietário alegue como impossibilidade jurídica a inviabilidade de


ocupação do imóvel não utilizado em razão de normas edilícias, o Executivo
poderá conceder prazo de 1 (um) ano, a partir da notificação, exclusivamente
para promover a regularização da edificação se possível, nos termos da legislação
vigente, ou a sua demolição, fluindo a partir de então prazo igual para
apresentação de projeto de nova edificação ou documentação relativa à
regularização do imóvel.

§ 5º O proprietário terá o prazo de até 5 (cinco) anos, a partir do início das obras
previstas no § 2º para comunicar a conclusão do parcelamento do solo, ou da
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edificação do imóvel, ou da primeira etapa de conclusão de obras no caso de


empreendimentos de grande porte.

§ 6º Os prazos previstos neste artigo serão contados em dobro quando o


proprietário notificado for cooperativa habitacional ou associação sem fins
lucrativos.

(...)

Art. 98. Caso os proprietários dos imóveis mencionados na subseção anterior


não cumpram as obrigações nos prazos ali estabelecidos, a Prefeitura deverá
aplicar alíquotas progressivas de IPTU majoradas anualmente pelo prazo de 5
(cinco) anos consecutivos até atingir a alíquota máxima de 15% (quinze por
cento).

§ 1º A alíquota a ser aplicada a cada ano será igual ao dobro do valor da alíquota
do ano anterior.

§ 2º Será adotada a alíquota de 15% (quinze por cento) a partir do ano em que
o valor calculado venha a ultrapassar o limite estabelecido no “caput” deste
artigo.

§ 3º Será mantida a cobrança do Imposto pela alíquota majorada até que se


cumpra a obrigação de parcelar, edificar, utilizar o imóvel ou que ocorra a sua
desapropriação.

§ 4º É vedada a concessão de isenções, anistias, incentivos ou benefícios fiscais


relativos ao IPTU Progressivo de que trata esta lei.

§ 5º Serão suspensas quaisquer isenções do IPTU incidentes em um dado imóvel


quando o proprietário for notificado para o parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios.

§ 6º Observadas as alíquotas previstas neste artigo, aplica-se ao IPTU


Progressivo a legislação tributária vigente no Município de São Paulo.

§ 7º Comprovado o cumprimento da obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o


imóvel, ocorrerá o lançamento do IPTU sem a aplicação das alíquotas previstas
nesta lei no exercício seguinte.

Da Desapropriação Mediante Pagamento em Títulos da Dívida Pública

Art. 99. Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU Progressivo


no Tempo sem que os proprietários dos imóveis tenham cumprido a obrigação
de parcelar, edificar ou utilizar, conforme o caso, a Prefeitura poderá proceder à
desapropriação desses imóveis com pagamento em títulos da dívida pública.
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48. Aspectos constitucionais do Meio Ambiente

Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as
presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo


ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento)

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e


fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
(Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento)

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus


componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa
a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento)

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente; (Regulamento)

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que


coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade. (Regulamento)

VIII - manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao


consumo final, na forma de lei complementar, a fim de assegurar-lhes tributação
inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis, capaz de garantir diferencial
competitivo em relação a estes, especialmente em relação às contribuições de
que tratam a alínea "b" do inciso I e o inciso IV do caput do art. 195 e o art. 239
e ao imposto a que se refere o inciso II do caput do art. 155 desta Constituição.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
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49. ECA: adoção

Art. 42, ECA. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,


independentemente do estado civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência

§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

§ 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados


civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da
família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o


adotando.

§ 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem


adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de
visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do
período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de
afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a
excepcionalidade da concessão. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência

§ 5 o Nos casos do § 4 o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício


ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art.
1.584 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil . (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 6 o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca


manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de
prolatada a sentença. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

50. Estatuto da Pessoa Idosa

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público


assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho,
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)

§ 1º A garantia de prioridade compreende: (Redação dada pela Lei nº 14.423,


de 2022)

I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos


e privados prestadores de serviços à população;
100 Apostas – PGM/SP

II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas


específicas;

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a


proteção à pessoa idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)

IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da


pessoa idosa com as demais gerações; (Redação dada pela Lei nº 14.423, de
2022)

V – priorização do atendimento da pessoa idosa por sua própria família, em


detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de
condições de manutenção da própria sobrevivência; (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022)

VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e


gerontologia e na prestação de serviços às pessoas idosas; (Redação dada pela
Lei nº 14.423, de 2022)

VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de


informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de
envelhecimento;

VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social


locais.

IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de


Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).

§ 2º Entre as pessoas idosas, é assegurada prioridade especial aos maiores de


80 (oitenta) anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente
em relação às demais pessoas idosas. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de
2022)

Art. 15, Lei nº 10.741/2003. É assegurada a atenção integral à saúde da pessoa


idosa, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso
universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços,
para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a
atenção especial às doenças que afetam preferencialmente as pessoas idosas.
. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
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Direito Constitucional

51. Direito à saúde

Art. 198, I e §1º, da CF/88


Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com
recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de outras fontes.

RE 581488/RS:
Direito Constitucional e Administrativo. Ação civil pública. Acesso de paciente à
internação pelo sistema único de saúde (SUS) com a possibilidade de melhoria
do tipo de acomodação recebida e de atendimento por médico de sua confiança
mediante o pagamento da diferença entre os valores correspondentes.
Inconstitucionalidade. Validade de portaria que exige triagem prévia para a
internação pelo sistema público de saúde. Alcance da norma do art. 196 da
Constituição Federal. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
1. É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde, a
internação em acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado
por médico do próprio Sistema Único de Saúde(SUS) ou por conveniado,
mediante o pagamento da diferença dos valores correspondentes.
2. O procedimento da “diferença de classes”, tal qual o atendimento médico
diferenciado, quando praticados no âmbito da rede pública, não apenas subverte
a lógica que rege o sistema de seguridade social brasileiro, como também afronta
o acesso equânime e universal às ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde, violando, ainda, os princípios da igualdade e da dignidade
da pessoa humana. Inteligência dos arts. 1º, inciso III; 5º, inciso I; e 196 da
Constituição Federal.
3. Não fere o direito à saúde, tampouco a autonomia profissional do médico, o
normativo que veda, no âmbito do SUS, a assistência diferenciada mediante
pagamento ou que impõe a necessidade de triagem dos pacientes em postos de
saúde previamente à internação.
4. Recurso extraordinário a que se nega provimento.

RE 597064/RJ:
ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO SUS. OPERADORAS DE PLANOS DE
SAÚDE. ART. 32 DA LEI 9.656/98. ART. 199 DA CONSTTUIÇÃO FEDERAL.
CONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
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ASSEGURADOS. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE. FATOS JURÍGENOS


POSTERIORES À VIGÊNCIA DA LEI FEDERAL.
1. O Estado, sem se desincumbir de seu ônus constitucional, possibilitou que
empresas privadas, sob sua regulamentação, fiscalização e controle (ANS),
prestassem a assistência à saúde de forma paralela, no intuito de compartilhar
os custos e os riscos a fim de otimizar o mandamento constitucional.
2. A cobrança disciplinada no art. 32 da Lei 9.656/98 ostenta natureza jurídica
indenizatória ex lege (receita originária), sendo inaplicáveis as disposições
constitucionais concernentes às limitações estatais ao poder de tributar, entre
elas a necessidade de edição de lei complementar.
3. Observada a cobertura contratual entre os cidadãos-usuários e as operadoras
de planos de saúde, além dos limites mínimo (praticado pelo SUS) e máximo
(valores de mercado pagos pelas operadoras de planos de saúde), tal
ressarcimento é compatível com a permissão constitucional contida no art. 199
da Carta Maior.
4. A possibilidade de as operadoras de planos de saúde ofertarem impugnação
(e recurso, atualmente), em prazo razoável e antes da cobrança administrativa e
da inscrição em dívida ativa, sendo-lhes permitido suscitar matérias
administrativas ou técnicas de defesa, cumpre o mandamento constitucional do
inciso LV do art. 5º da Constituição Federal.
5. O ressarcimento previsto na norma do art. 32 da Lei 9.656/98 é aplicável aos
procedimentos médicos, hospitalares ou ambulatoriais custeados pelo SUS
posteriores a 4.6.1998, desde que assegurado o exercício do contraditório e da
ampla defesa, no âmbito administrativo, em todos os interstícios amparados por
sucessivas reedições de medidas provisórias.

RE 657718/MG:
DIREITO CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO
GERAL. MEDICAMENTOS NÃO REGISTRADOS NA ANVISA. IMPOSSIBILIDADE DE
DISPENSAÇÃO POR DECISÃO JUDICIAL, SALVO MORA IRRAZOÁVEL NA
APRECIAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO.
1. Como regra geral, o Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos
não registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por decisão
judicial. O registro na Anvisa constitui proteção à saúde pública, atestando a
eficácia, segurança e qualidade dos fármacos comercializados no país, além de
garantir o devido controle de preços.
2. No caso de medicamentos experimentais, i.e., sem comprovação científica de
eficácia e segurança, e ainda em fase de pesquisas e testes, não há nenhuma
hipótese em que o Poder Judiciário possa obrigar o Estado a fornecê-los. Isso, é
claro, não interfere com a dispensação desses fármacos no âmbito de programas
de testes clínicos, acesso expandido ou de uso compassivo, sempre nos termos
da regulamentação aplicável.
3. No caso de medicamentos com eficácia e segurança comprovadas e testes
concluídos, mas ainda sem registro na ANVISA, o seu fornecimento por decisão
judicial assume caráter absolutamente excepcional e somente poderá ocorrer em
uma hipótese: a de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo
100 Apostas – PGM/SP

superior ao previsto na Lei nº 13.411/2016). Ainda nesse caso, porém, será


preciso que haja prova
do preenchimento cumulativo de três requisitos. São eles: (i) a existência de
pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos
órfãos para doenças raras e ultrarraras); (ii) a existência de registro do
medicamento pleiteado em renomadas agências de regulação no exterior (e.g.,
EUA, União Europeia e Japão); e (iii) a inexistência de substituto terapêutico
registrado na ANVISA. Ademais, tendo em vista que o pressuposto básico da
obrigação estatal é a mora da agência, as ações que demandem fornecimento de
medicamentos sem registro na ANVISA deverão necessariamente ser propostas
em face da União.
4. Provimento parcial do recurso extraordinário, apenas para a afirmação, em
repercussão geral, da seguinte tese: “1. O Estado não pode ser obrigado a
fornecer medicamentos experimentais. 2. A ausência de registro na ANVISA
impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial.
3. É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem
registro sanitário, em caso de mora irrazoável da ANVISA em apreciar o pedido
de registro (prazo superior ao previsto na Lei nº 13.411/2016), quando
preenchidos três requisitos: (i) a existência de pedido de registro do
medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos para doenças
raras e ultrarraras); (ii) a existência de registro do medicamento em renomadas
agências de regulação no exterior; e (iii) a inexistência de substituto terapêutico
com registro no Brasil. 4. As ações que demandem fornecimento de
medicamentos sem registro na Anvisa deverão necessariamente ser propostas
em face da União”.

52. Poder Constituinte: Os municípios têm Poder Constituinte?

Os Municípios são entes federativos autônomos.

ADCT, Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará
a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da
Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.

Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara


Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos
de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e
na Constituição Estadual. (Poder de Terceiro Grau)

O poder constituinte derivado decorrente deve ser de segundo grau, ou seja, encontrar sua fonte de
legitimidade direta da Constituição Federal.

53. Aplicabilidade das normas constitucionais

Lei Orgânica de São Paulo, Art. 3º — Esta Lei estabelece normas auto-aplicáveis,
excetuadas aquelas que expressamente dependam de outros diplomas legais
ou regulamentares.
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José Afonso da Silva (década de 60):


o Normas de eficácia plena
• normas autoaplicáveis desde a entrada em vigor produzem todos os
seus efeitos jurídicos
• incidência direta e imediata.
• incidência integral (não pode sofrer restrições no plano
infraconstitucional)

o Normas de eficácia contida (normas prospectivas)


• normas autoaplicáveis desde a entrada em vigor
• produzem todos os seus efeitos jurídicos
• incidência direta e imediata
• possibilidade de condicionamentos futuros
• incidência não integral, podendo sofrer condicionamentos na
constituição ou em normas infraconstitucionais, atos administrativos
e conceitos éticos-jurídicos indeterminados.

54. Funções essenciais à Justiça

CF, Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional.

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e


administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os
por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e
os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos


limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

CF, Art. 128


§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da
República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes
da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu
nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução.
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§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios


formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva,
para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

GARANTIAS

irredutibilidade de
vitaliciedade inamovibilidade
subsídio

VEDAÇÕES

receber receber auxílios


exercer função
honorários, participar de ou contribuições
exercer a pública, salvo exercer atividade
percentagens ou sociedade de pessoas físicas
advocacia uma de político-partidária
custas comercial ou privadas, salvo
magistério
processuais previsão em lei

Para que o Procurador do Estado possa propor ação civil pública (ex: ação civil
pública de improbidade administrativa), não é necessária autorização do
Govenador do Estado. No entanto, é indispensável a anuência do Procurador-
Geral do Estado.
STF. 1ª Turma. ARE 1165456 AgR/SE, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/9/2020 (Info 989).

55. Divisão de competências entre os entes federativos

É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que preveja que os


serviços públicos de saneamento e de abastecimento de água serão prestados
por pessoas jurídicas de direito público ou por sociedade de economia mista sob
controle acionário e administrativo, do Poder Público Estadual ou Municipal.
Compete aos Municípios a titularidade dos serviços públicos de saneamento
básico. Assim, a eles cabe escolher a forma da prestação desses serviços, se
diretamente ou por delegação à iniciativa privada mediante prévia licitação. Isso
é garantido pelo art. 30, I e V, da CF/88.
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Além disso, essa previsão da Constituição Estadual também viola o art. 175 da
Constituição Federal, que atribui ao poder público a escolha da prestação de
serviços públicos de forma direta ou sob regime de concessão ou permissão
mediante prévia licitação.
STF. Plenário. ADI 4454, Rel. Cármen Lúcia, julgado em 05/08/2020 (Info 988 –
clipping).

56. Divisão de competências entre os entes federativos

É inconstitucional norma que prevê a concentração excessiva do poder decisório


nas mãos de só um dos entes públicos integrantes de região metropolitana.
Nesse mesmo contexto, é inadmissível que a gestão e a percepção dos frutos da
empreitada metropolitana comum, incluídos os valores referentes a eventual
concessão à iniciativa privada, aproveitem a apenas um dos entes federados.
Com base nesse entendimento, o STF declarou inconstitucionais normas que
concentravam no Estado de Alagoas o poder decisório nas instâncias deliberativas
e executivas da Região Metropolitana de Maceió, resultando na violação da
autonomia dos municípios envolvidos.
O STF, no entanto, modulou os efeitos da decisão para que passe a valer em 24
meses, período em que o legislativo estadual deverá reapreciar o desenho
institucional da região metropolitana.
STF. Plenário. ADI 6573/AL, ADI 6911/AL e ADPF 863/AL, Rel. Min. Edson Fachin,
julgados em 13/5/2022 (Info 1055).

CF, Art. 25 (...)


§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

As instituições colegiadas devem evitar a concentração de poder em um único


ente federativo, apesar de não ser imposta a paridade.

57. Controle de Constitucionalidade

RE 650898/RS:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. PARÂMETRO DE CONTROLE . REGIME
DE SUBSÍDIO. VERBA DE REPRESENTAÇÃO, 13 º SALÁRIO E TERÇO
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS . 1. Tribunais de Justiça podem exercer controle
abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro
normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução
obrigatória pelos Estados. Precedentes. 2. O regime de subsídio é incompatível
com outras parcelas remuneratórias de natureza mensal, o que não é o caso do
décimo terceiro salário e do terço constitucional de férias, pagos a todos os
trabalhadores e servidores com periodicidade anual. 3. A “verba de
representação” impugnada tem natureza remuneratória, independentemente de
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a lei municipal atribuir-lhe nominalmente natureza indenizatória. Como


consequência, não é compatível com o regime constitucional de subsídio. 4.
Recurso parcialmente provido.

58. Forma de Estado

Diferenciação entre Federalismo dual e cooperativo (o modo de separação de atribuições entre os


entes federativos)

• Dual: separação extremamente rígida das atribuições dos entes


federativos. Ex: Estados Unidos em sua origem.
• Cooperativo
o Origem:
▪ Séc XX
▪ Estado do Bem-Estar Social
o As atribuições são exercidas de modo comum ou
concorrente.
o Risco: federalismo de fachada, federalismo de subordinação

59. Intervenção estadual nos municípios

• Intervenção estadual espontânea

CF, Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos
Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na


manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29,
de 2000)

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a


observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

• Intervenção federal provocada

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

(..)
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VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos


estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.

60. Súmula vinculante (Lei nº 11.417/2006)

Lei nº 11.417/2006

Art. 2º
§ 3º A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito
vinculante dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos
membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária.

Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de


enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito
Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do
Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.

§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo


em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado
de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.

61. Direito fundamental de propriedade


100 Apostas – PGM/SP

A transformação da área loteada por pousada no Parque Nacional de


Jericoacoara se deu por desapropriação e gera o dever do Estado de indenizar a
proprietária do imóvel.
Como regra, a criação de Parque Nacional (arts. 8º e 11 da Lei
9.985/2000), importa desapropriação indireta, considerando a
transferência da propriedade do imóvel para o expropriante, sendo reconhecido
o direito à justa indenização.
O § 1º do art. 1º da Lei nº 9.985/2000 assevera que “O Parque Nacional é de
posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus
limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei”.
Vale ressaltar, contudo, que o pagamento da indenização permitirá a afetação
do bem (pousada) ao domínio público, com todos os consectários decorrentes
de tal ato, como a translação do domínio no competente registro imobiliário.
STJ. 1ª Turma.REsp 1.340.335-CE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em
18/4/2023 (Info 772).

62. Administração Pública

CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não


poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

CF, Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão


conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADI nº 2.135)
100 Apostas – PGM/SP

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para


a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a
participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,
para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º,


IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a
lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado


e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá


estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os


valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará


a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
100 Apostas – PGM/SP

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser


fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

O art. 58, § 3º da Lei nº 9.649/98 prevê o seguinte:


§ 3º Os empregados dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas
são regidos pela legislação trabalhista, sendo vedada qualquer forma de
transposição, transferência ou deslocamento para o quadro da Administração
Pública direta ou indireta.
Essa previsão é constitucional.
Os Conselhos Profissionais, enquanto autarquias corporativas criadas por lei com
outorga para o exercício de atividade típica do Estado, tem maior grau de
autonomia administrativa e financeira, constituindo espécie sui generis de pessoa
jurídica de direito público não estatal, a qual não se aplica a obrigatoriedade do
regime jurídico único preconizado pelo art. 39 da CF/88 (regime jurídico único).
Em razão da natureza peculiar dos Conselhos Profissionais, permite-se o
afastamento de algumas das regras ordinárias impostas às pessoas jurídicas de
direito público.
STF. Plenário. ADC 36, Rel. Cármen Lúcia, Rel. p/ Acórdão Alexandre de Moraes,
julgado em 08/09/2020.2

63. Poder Legislativo

CPI estadual e municipal

• CPI estadual pode ser criada para investigar irregularidades envolvendo o estado. Não pode apurar
irregularidades federais ou municipais, pois fere o princípio federativo.
• CPI municipal (assunto controvertido) – O município não tem poder judiciário, por esse motivo, há
autores que entendem que a CPI municipal não pode determinar quebra de sigilo de dados
bancários, fiscais. Ou seja, as CPIs municipais apresentam poderes mais reduzidos do que das CPIs
estaduais e federais.

Vedações

▪ Respeito ao princípio da reserva constitucional de jurisdição. Ex: violação de domicílio,


interceptação das comunicações telefônicas, suspensão de dissolução das atividades de associação,
expedição de mandado de prisão
▪ Não tem poder de cautela do Judiciário. Ex: não pode determinar a constrição de bens, arresto,
sequestro de bens, não pode impedir que uma pessoa deixe o país, não pode impedir a presença
do advogado, não pode impedir entrega de passaporte.

2
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Contratação de empregados de conselhos profissionais pela CLT é
constitucional. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/dc116c922217ede2210c57237bd1c1ee>.
Acesso em: 13/06/2023
100 Apostas – PGM/SP

▪ Pode convocar investigados e testemunhas, mas não pode determinar condução coercitiva de
testemunhas, devendo solicitar ao juiz criminal da localidade. (art. 3º, §1º, da Lei 1.579/52)

Poderes

▪ Pode determinar quebra de sigilo de dados bancários, telefônicos e fiscais dos investigados, porém
os dados não podem ser divulgados.

SIGILO – DADOS – BANCÁRIO – TELEFÔNICO – FISCAL – DIVULGAÇÃO – SÍTIO NA


INTERNET – IMPROPRIEDADE. Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos
bancário, telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva, inviabilizado o
conhecimento público.

▪ Pode ter acesso a documentos sigilosos


▪ Pode convocar autoridades

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões,
poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre
assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem
justificação adequada.

Obs: Entendimento majoritário: o Presidente da República e Ministros do STF não podem ser convocados
em nome do princípio de harmonia entre os poderes.

▪ A CPI pode convocar magistrados desde que não sejam questionados por questões funcionais.
▪ Pode a CPI convocar os membros do MP, mas, em razão da independência funcional do Parquet,
não pode fazer perguntas funcionais.

64. Princípio e Diretrizes da organização do Município de São Paulo

Lei Orgânica de São Paulo, Art. 2º — A organização do Município observará os


seguintes princípios e diretrizes:

I — a prática democrática;

II — a soberania e a participação popular;

III — a transparência e o controle popular na ação do governo;

IV — o respeito à autonomia e à independência de atuação das associações e


movimentos sociais;

V — a programação e o planejamento sistemáticos;

VI — o exercício pleno da autonomia municipal;


100 Apostas – PGM/SP

VII — a articulação e cooperação com os demais entes federados;

VIII — a garantia de acesso, a todos, de modo justo e igual, sem distinção de


origem, raça, sexo, orientação sexual, cor, idade, condição econômica, religião,
ou qualquer outra discriminação, aos bens, serviços e condições de vida
indispensáveis a uma existência digna;

IX — a acolhida e o tratamento igual a todos os que, no respeito da lei, afluam


para o Município;

X — a defesa e a preservação do território, dos recursos naturais e do meio


ambiente do Município;

XI — a preservação dos valores históricos e culturais da população.

XII – a moralidade administrativa; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 35


de 2012)

XIII – a idoneidade dos agentes e dos servidores públicos. (Incluído pela


Emenda à Lei Orgânica nº 35 de 2012)

65. Aprovação de norma da Lei Orgânica de São Paulo

• Art. 36 - A Lei Orgânica do Município de São Paulo, por sua vez, exige
o voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara
Municipal, em dois turnos.
• A LO fixa o tempo entre um turno e outro: intervalo de, no
mínimo, 48 horas.

Lei Orgânica de São Paulo, Art. 36 - A Lei Orgânica poderá ser


emendada mediante
proposta:
I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara
Municipal;
II - do Prefeito;
III - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada
por, no mínimo 5% (cinco por cento) dos eleitores do
Município.
§ 1º - A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência
de estado de defesa, estado de sítio ou intervenção.
§ 2º - A proposta será discutida e votada em 2 (dois)
turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as
votações, o voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara Municipal, com um intervalo mínimo de 48 (quarenta e oito)
horas entre um turno e outro obrigatoriamente. (Alterado pela
100 Apostas – PGM/SP

Emenda 14/93)

BÔNUS:

Lei Orgânica de São Paulo, Art. 40, § 4º - Dependerão do voto favorável de 3/5
(três quintos) dos membros da Câmara as seguintes matérias: I - disciplina do
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo; (Alterado pela Emenda 42/22)

Direito Financeiro

66. Controle externo dos Municípios

CF, Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do
Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos


Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios, onde houver.

67. Precatórios

CF, Art. 100


§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição
Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de
precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações
à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos,
oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-
os diretamente. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão


mensalmente, em base anual, o comprometimento de suas respectivas receitas
correntes líquidas com o pagamento de precatórios e obrigações de pequeno
valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

A Lei nº 13.463/2017 tratou sobre os recursos destinados aos pagamentos


decorrentes de precatórios e de Requisições de Pequeno Valor (RPV) federais.
Veja o que disse o art. 2º, caput e § 1º:
Art. 2º Ficam cancelados os precatórios e as RPV federais expedidos e cujos
valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados há mais
de dois anos em instituição financeira oficial.
100 Apostas – PGM/SP

§ 1º O cancelamento de que trata o caput deste artigo será operacionalizado


mensalmente pela instituição financeira oficial depositária, mediante a
transferência dos valores depositados para a Conta Única do Tesouro Nacional.
A ideia da Lei foi a de que, se o titular não pediu o pagamento do precatório ou
da RPV em um prazo de 2 anos, não faria sentido esse recurso ficar
contingenciado (“preso”), devendo ele ser utilizado para outras finalidades.
O STF, contudo, julgou inconstitucionais o art. 2º, caput e o § 1º, da Lei nº
13.463/2017.
A medida infringe o princípio da separação dos Poderes, dada a impossibilidade
de edição de medidas legislativas para condicionar e restringir o levantamento de
valores depositados a título de precatórios, já que gestão de recursos destinados
ao seu pagamento incumbe ao Judiciário por decorrência do texto constitucional
(art. 100, da CF/88), o qual não deixou margem limitativa do direito de crédito
ao legislador infraconstitucional.
Também há violação aos princípios da segurança jurídica, do respeito à coisa
julgada (art. 5º, XXXVI) e do devido processo legal (art. 5º, LIV), sendo certo
que a simples previsão da faculdade do credor requerer posteriormente a
expedição de novo ofício requisitório com a conservação da ordem cronológica
anterior não repara os vícios inerentes ao cancelamento.
Ademais, como nesse momento processual da tutela executiva a Fazenda Pública
não detém a titularidade da quantia, a previsão legal ofende o direito de
propriedade (art. 5º, XXII), além de conferir tratamento mais gravoso ao credor,
criando distinção que deriva automaticamente do decurso do tempo, sem
averiguar as reais razões do não levantamento do montante, afastando-se da
necessária obediência à isonomia.
STF. Plenário. ADI 5755/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 29 e 30/6/2022
(Info 1061).

68. Limite da Dívida Pública

LRF, Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o


respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida
até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo
menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive


por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado
da dívida mobiliária;

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive


por antecipação de receita, ressalvadas as para pagamento de dívidas
mobiliárias; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite,


promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.
100 Apostas – PGM/SP

§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o


excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias
da União ou do Estado.

69. Renúncia de Receita

LRF, Art. 14, § 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio,


crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral,
alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros
benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

70. Despesas com pessoal e as restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal

LRF, Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada
ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente
líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);

II - Estados: 60% (sessenta por cento);

III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

§ 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão


computadas as despesas:

I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;

II - relativas a incentivos à demissão voluntária;

III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da


Constituição;

IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior


ao da apuração a que se refere o § 2o do art. 18;

V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima,


custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV
do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;

VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade


gestora única ou fundo previsto no art. 249 da Constituição Federal, quanto à
parcela custeada por recursos provenientes: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
100 Apostas – PGM/SP

a) da arrecadação de contribuições dos segurados;

b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição;

c) de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do


regime de previdência, na forma definida pelo órgão do Poder Executivo
federal responsável pela orientação, pela supervisão e pelo acompanhamento dos
regimes próprios de previdência social dos servidores públicos. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com pessoal


decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

§ 3º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, é vedada


a dedução da parcela custeada com recursos aportados para a
cobertura do déficit financeiro dos regimes de previdência. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

71. Vedações de alocação de recursos públicos

LRF, Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente,


cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas
deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no
orçamento ou em seus créditos adicionais.

§ 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive


fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições
precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

§ 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e


refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de
dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento
de capital.

72. Anexos da LDO

LRF, Art. 4º
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde
serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de
afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.

73. Emendas ao projeto de lei orçamentária


100 Apostas – PGM/SP

CF, Art. 166


(...)
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de


anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou

III - sejam relacionadas:


a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser


aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

ADI 1.050:
100 Apostas – PGM/SP

Direito Tributário

74. Imunidade Recíproca (IPTU)

• Súmula 52/STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.

75. Normas complementares de Direito Tributário

CTN, Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;


II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa,
a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios.
100 Apostas – PGM/SP

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a


imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor
monetário da base de cálculo do tributo.

76. Não incidência do ISS

LC 116/2003, Art. 2o O imposto não incide sobre:

I – as exportações de serviços para o exterior do País;

II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,


dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de
sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-
delegados;

III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos


depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a
operações de crédito realizadas por instituições financeiras.

Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços


desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento
seja feito por residente no exterior.

77. Repartição de receitas de tributos

CF,
Art. 158. Pertencem aos Municípios:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de


qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer
título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre


a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo
a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre


a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;

IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado


sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
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Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de


2007)

I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de


qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 50% (cinquenta
por cento), da seguinte forma:

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de


Participação dos Municípios; (Vide Lei Complementar nº 62, de
1989) (Regulamento)

d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será


entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será


entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será


entregue no primeiro decêndio do mês de setembro de cada ano; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos


industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos
industrializados. (Regulamento)

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no


domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por
cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei,
observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)

§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por


cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados
os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.

§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado,
vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma
da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 153, § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou


instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que
trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da
100 Apostas – PGM/SP

arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de


1993)

I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a


origem;

II - setenta por cento para o Município de origem.

78. ITBI

CF, Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio


de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;

Resp 57.641/PE

79. ITR

CF, Art. 153


§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a


manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
100 Apostas – PGM/SP

II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as


explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)

80. Execução Fiscal

Lei 6830/80,
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias,
contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária;
II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
(Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)
III - da intimação da penhora.

§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a


execução.

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à


defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de
testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.

§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo


as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria
preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.

81. Incidência do ICMS e do ISSQN

RE 634764 (Tema 700):


É constitucional a incidência de ISS sobre serviços de distribuição e venda de
bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de
apostas, sorteios e prêmios (item 19 da Lista de Serviços Anexa à Lei
Complementar 116/2003). Nesta situação, a base de cálculo do ISS é o valor a
ser remunerado pela prestação do serviço, independentemente da cobrança de
ingresso, não podendo corresponder ao valor total da aposta.

RE 605552:
• Incide o ISS sobre as operações realizadas por farmácias de manipulação
envolvendo encomenda de medicamentos para consumo;
100 Apostas – PGM/SP

• Incide o ICMS sobre os medicamentos de prateleira ofertados ao público


consumidor e produzidos por farmácias de manipulação.

ADI 5659/MG:
Incide apenas o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), e não o
imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), nas operações
envolvendo o fornecimento de programas de computador mediante contrato de
licenciamento ou cessão do direito de uso, tanto para os “softwares”
padronizados quanto para aqueles produzidos por encomenda e
independentemente do meio utilizado para a transferência, seja por meio de
“download” ou por acesso em nuvem. STF. Plenário. ADI 5659/MG, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 24/2/2021 (Info 1007).

• Súmula 156/STJ: A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda,


ainda que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.

82. Taxas

ADIN 1.832:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 989, DE 18 DE
DEZEMBRO DE 1995, DO DISTRITO FEDERAL RELATIVA À TAXA DE LIMPEZA
PÚBLICA. O dispositivo legal impugnado foi editado com base na competência
inerente ao Município, estendida ao Distrito Federal por força do disposto no art.
32, § 1o, da Carta Constitucional. Em face da posição particular que a
Constituição Federal atribui ao Distrito Federal de editar leis que se assimilam às
leis municipais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal já assentou
entendimento no sentido do descabimento da ação direta de
inconstitucionalidade quando tenha por objeto leis ou atos normativos fundados
no exercício da competência municipal (ADI 911, Rel. Min. Celso de Mello; ADI
611 e ADI 880, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e ADI 1.375, Rel. Min. Moreira
Alves). Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida, ficando, assim,
prejudicado o pedido de concessão de liminar.

ADI 4.411:
A atividade desenvolvida pelo Estado no âmbito da segurança pública é mantida
ante impostos, sendo imprópria a substituição, para tal fim, de taxa.
STF. Plenário. ADI 4411, Rel. Marco Aurélio, julgado em 18/08/2020 (Info 992 –
clipping).

• Súmula vinculante 19 STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não
viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
100 Apostas – PGM/SP

• Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante
taxa.

• Súmula 667/STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária


calculada sem limite sobre o valor da causa.

83. Denúncia Espontânea

CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da


infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos
juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade
administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o


início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração.

84. Isenção COSIP

Lei 13.479/2002,
Art. 5º - Ficam isentos da Contribuição os contribuintes vinculados às unidades
consumidoras classificadas como "tarifa social de baixa renda" pelo critério da
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.

Art. 7º - A concessionária deverá manter cadastro atualizado dos contribuintes


que deixarem de efetuar o recolhimento da Contribuição, fornecendo os dados
constantes naquele para a autoridade administrativa competente pela
administração da Contribuição.

Art. 8º - O montante arrecadado pela Contribuição será destinado a um Fundo


especial, vinculado exclusivamente ao custeio do serviço de iluminação pública,
tal como definido no parágrafo único do artigo 1º desta lei, conforme
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo no prazo de 90 (noventa)
dias.

85. Reexame administrativo necessário

Lei Municipal 14.107/2005, Art. 40. A decisão contrária à Fazenda Municipal,


desde que não tenha sido proferida nos termos do art. 35-H, estará sujeita a um
único reexame necessário, com efeito suspensivo, quando o débito fiscal for
reduzido ou cancelado, em montante igual ou superior ao estabelecido por ato
do Secretário Municipal da Fazenda. (Redação dada pela Lei nº 17.557/2021)

Direito Urbanístico
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86. Diretrizes da Política Urbana

Lei 10.257/2001, Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana,
mediante as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra


urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao
transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e
futuras gerações;

II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações


representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução
e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano;

III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da


sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;

IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da


população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área
de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e
seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços


públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
características locais;

VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em


relação à infra-estrutura urbana;

d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como


pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;

e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou


não utilização;

f) a deterioração das áreas urbanizadas;

g) a poluição e a degradação ambiental;


100 Apostas – PGM/SP

h) a exposição da população a riscos de desastres naturais;


(Incluído pela Medida Provisória nº 547, de 2011).

h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada


pela Lei nº 12.608, de 2012)

VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais,


tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território
sob sua área de influência;

VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de


expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental,
social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;

IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de


urbanização;

X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e


dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a
privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens
pelos diferentes segmentos sociais;

XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a


valorização de imóveis urbanos;

XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e


construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico;

XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos


processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos
potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o
conforto ou a segurança da população;

XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população


de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de
urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação
socioeconômica da população e as normas ambientais;

XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das


normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da
oferta dos lotes e unidades habitacionais;

XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção


de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização,
atendido o interesse social.
100 Apostas – PGM/SP

XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações


urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos
que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de recursos
naturais. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)

XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de


energia, telecomunicações, abastecimento de água e saneamento.
(Incluído pela Lei nº 13.116, de 2015)

XIX – garantia de condições condignas de acessibilidade, utilização e conforto


nas dependências internas das edificações urbanas, inclusive nas destinadas à
moradia e ao serviço dos trabalhadores domésticos, observados requisitos
mínimos de dimensionamento, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e
qualidade dos materiais empregados. (Incluído pela Lei nº 13.699,
de 2018)

XX - promoção de conforto, abrigo, descanso, bem-estar e acessibilidade na


fruição dos espaços livres de uso público, de seu mobiliário e de suas interfaces
com os espaços de uso privado, vedado o emprego de materiais, estruturas,
equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou
resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros
segmentos da população. (Redação dada pela Lei nº 14.489, de 2022)

87. IPTU progressivo

Lei 10.257/2001, Art. 5º, § 2o O proprietário será notificado pelo Poder


Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser
averbada no cartório de registro de imóveis.

Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na


forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas
no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto
sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no
tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos
consecutivos.

§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a
que se refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o
valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze
por cento.

§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja


atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota
máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa
prevista no art. 8o.

88. Lei de Parcelamento do Solo Urbano


100 Apostas – PGM/SP

Lei 6.766/79,

Art. 2o O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento


ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações
estaduais e municipais pertinentes.

§ 1o Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados


a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros
públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes.

§ 2o Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes


destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário
existente, desde que não implique na abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou
ampliação dos já existentes.

Art. 4o Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes


requisitos:

I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento


urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão
proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada
por lei municipal para a zona em que se situem. (Redação dada pela Lei nº
9.785, de 1999)

II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros


quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se
destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de
interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes;

III – ao longo das faixas de domínio público das rodovias, a reserva de faixa não
edificável de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado poderá ser reduzida
por lei municipal ou distrital que aprovar o instrumento do planejamento
territorial, até o limite mínimo de 5 (cinco) metros de cada lado. (Redação dada
pela Lei nº 13.913, de 2019)

III-A - ao longo da faixa de domínio das ferrovias, será obrigatória a reserva de


uma faixa não edificável de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado;
(Redação dada Lei nº 14.285, de 2021)

III-B - ao longo das águas correntes e dormentes, as áreas de faixas não


edificáveis deverão respeitar a lei municipal ou distrital que aprovar o instrumento
de planejamento territorial e que definir e regulamentar a largura das faixas
marginais de cursos d´água naturais em área urbana consolidada, nos termos da
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, com obrigatoriedade de reserva de uma
100 Apostas – PGM/SP

faixa não edificável para cada trecho de margem, indicada em diagnóstico


socioambiental elaborado pelo Município; (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)

IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais,


existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local.

Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o


domínio do Município as vias e praças, os espaços livres e as áreas
destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos,
constantes do projeto e do memorial descritivo.

Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não


registrado, o Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de
parcelamento elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de
declaração de que o parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas
destinadas a uso público, que passarão dessa forma a integrar o seu domínio.
(Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado:

I - por decisão judicial;

II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito


Federal quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato;

III - a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes,


com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do
Estado.

§ 1º - A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento se disto


resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se
tiver realizado qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências.

Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e


promessas de cessão, os que atribuam direito a adjudicação compulsória e,
estando registrados, confiram direito real oponível a terceiros.

89. Plano Diretor

Lei 10.257/2001, Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros
instrumentos:

I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e


microrregiões;
100 Apostas – PGM/SP

III – planejamento municipal, em especial:

a) plano diretor;

b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;

c) zoneamento ambiental;

d) plano plurianual;

e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

f) gestão orçamentária participativa;

g) planos, programas e projetos setoriais;

h) planos de desenvolvimento econômico e social;

IV – institutos tributários e financeiros:

a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU;

b) contribuição de melhoria;

c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

V – institutos jurídicos e políticos:

a) desapropriação;

b) servidão administrativa;

c) limitações administrativas;

d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;

e) instituição de unidades de conservação;

f) instituição de zonas especiais de interesse social;

g) concessão de direito real de uso;

h) concessão de uso especial para fins de moradia;

i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;


100 Apostas – PGM/SP

j) usucapião especial de imóvel urbano;

l) direito de superfície;

m) direito de preempção;

n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;

o) transferência do direito de construir;

p) operações urbanas consorciadas;

q) regularização fundiária;

r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais


menos favorecidos;

s) referendo popular e plebiscito;

t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária;

u) legitimação de posse

VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de


vizinhança (EIV).

Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana.

§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal,


devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual
incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.

§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.

§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez
anos.

§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua


implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:

I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população


e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade;

II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;


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III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações


produzidos.

90. Regularização Fundiária

Lei 13.465/2017, Art. 10. Constituem objetivos da Reurb, a serem


observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios:

I - identificar os núcleos urbanos informais que devam ser regularizados,


organizá-los e assegurar a prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de
modo a melhorar as condições urbanísticas e ambientais em relação à situação
de ocupação informal anterior;

II - criar unidades imobiliárias compatíveis com o ordenamento territorial urbano


e constituir sobre elas direitos reais em favor dos seus ocupantes;

III - ampliar o acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, de modo
a priorizar a permanência dos ocupantes nos próprios núcleos urbanos informais
regularizados;

IV - promover a integração social e a geração de emprego e renda;

V - estimular a resolução extrajudicial de conflitos, em reforço à consensualidade


e à cooperação entre Estado e sociedade;

VI - garantir o direito social à moradia digna e às condições de vida adequadas;

VII - garantir a efetivação da função social da propriedade;

VIII - ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir


o bem-estar de seus habitantes;

IX - concretizar o princípio constitucional da eficiência na ocupação e no uso do


solo;

X - prevenir e desestimular a formação de novos núcleos urbanos informais;

XI - conceder direitos reais, preferencialmente em nome da mulher;

XII - franquear participação dos interessados nas etapas do processo de


regularização fundiária

Art. 14. Poderão requerer a Reurb:

I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretamente ou por


meio de entidades da administração pública indireta;
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II - os seus beneficiários, individual ou coletivamente, diretamente ou por meio


de cooperativas habitacionais, associações de moradores, fundações,
organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público ou
outras associações civis que tenham por finalidade atividades nas áreas de
desenvolvimento urbano ou regularização fundiária urbana;

III - os proprietários de imóveis ou de terrenos, loteadores ou incorporadores;

IV - a Defensoria Pública, em nome dos beneficiários hipossuficientes; e

V - o Ministério Público.

§ 1º Os legitimados poderão promover todos os atos necessários à regularização


fundiária, inclusive requerer os atos de registro.

§ 2º Nos casos de parcelamento do solo, de conjunto habitacional ou de


condomínio informal, empreendidos por particular, a conclusão da Reurb confere
direito de regresso àqueles que suportarem os seus custos e obrigações contra
os responsáveis pela implantação dos núcleos urbanos informais.

§ 3º O requerimento de instauração da Reurb por proprietários de terreno,


loteadores e incorporadores que tenham dado causa à formação de núcleos
urbanos informais, ou os seus sucessores, não os eximirá de responsabilidades
administrativa, civil ou criminal.

Direito Ambiental

90. Objetivos, Conceitos e Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiental

Lei 6.938/81, Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia
à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

Lei 6.938/81, Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de


ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas;

II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características


do meio ambiente;
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III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que


direta ou indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais


estabelecidos;

IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,


responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental;

V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e


subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da
biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

Lei 6.938/81, Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio


Ambiente:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)

III - a avaliação de impactos ambientais;

IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente


poluidoras;

V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou


absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder


Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental,
de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação
dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;


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VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa


Ambiental;

IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das


medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.

X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado


anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,


obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;
(Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou


utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de
1989)

XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental,


seguro ambiental e outros.

91. Licenciamento ambiental (Prévio, de instalação, de operação)

Resolução CONAMA n. 237/1997, Art. 8o O Poder Público, no exercício de sua


competência de controle, expedirá as seguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando
a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a
serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou


atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou


empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operação.

Parágrafo único. As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou


sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do
empreendimento ou atividade.

92. Direito de uso de recursos hídricos


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Lei 9.433/97, Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos
seguintes usos de recursos hídricos:

I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para


consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;

II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de


processo produtivo;

III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou


gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;

V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água


existente em um corpo de água.

§ 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em


regulamento:

I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos


núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;

II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;

III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.

93. Lei Municipal nº 17.794/2022

Lei Municipal nº 17.794/2022, Art. 22. A execução de poda, supressão ou


transplante da vegetação de porte arbóreo localizada em áreas públicas
municipais requeridas pelas empresas concessionárias de serviços públicos
dependerá de prévia autorização, que poderá ser concedida mediante a
celebração de ajuste entre a concessionária e o Município, no qual deverá
constar, no mínimo:

I - a necessidade de cumprimento das condições estabelecidas no art. 8º desta


Lei;

II - o estabelecimento de prazo máximo para a empresa concessionária atender


às solicitações do órgão municipal quanto à execução de supressões, transplantes
ou podas da vegetação de porte arbóreo, do desligamento temporário de
sistemas que estejam localizados próximos aos espécimes de porte arbóreos que
se pretende manejar e da disponibilização das informações relativas aos serviços
executados;
100 Apostas – PGM/SP

III - o cumprimento do Plano Municipal de Arborização Urbana – PMAU e das


normas relativas ao manejo arbóreo vigentes no Município.

§ 1º Na vigência do ajuste previsto no caput deste artigo, poderá ser exarada


autorização para manejo de mais de um espécime arbóreo de uma vez.

§ 2º Em caso de encerramento do ajuste, restarão suspensas quaisquer


autorizações requeridas pela concessionária.

§ 3º O ajuste deverá estabelecer penalidades administrativas a serem aplicadas


em caso de descumprimento de suas cláusulas, sem prejuízo das sanções
previstas nesta Lei.

§ 4º No caso de ausência de ajuste específico, as concessionárias referidas no


caput deste artigo deverão requerer ao órgão municipal competente autorização
para o manejo de cada espécime, devidamente instruída com laudo técnico
elaborado por engenheiro agrônomo, engenheiro florestal ou biólogo que
fundamente a necessidade da intervenção e responsabilize-se pela sua execução.

94. Responsabilidade Civil por dano ambiental

EREsp 1318051/RJ:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA SUBMETIDOS AO
ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 2/STJ. EMBARGOS À EXECUÇÃO. AUTO DE
INFRAÇÃO LAVRADO EM RAZÃO DE DANO AMBIENTAL. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.
1. Na origem, foram opostos embargos à execução objetivando a anulação de
auto de infração lavrado pelo Município de Guapimirim - ora embargado -, por
danos ambientais decorrentes do derramamento de óleo diesel pertencente à ora
embargante, após descarrilamento de composição férrea da Ferrovia Centro
Atlântica (FCA).
2. A sentença de procedência dos embargos à execução foi reformada pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro pelo fundamento de que "o risco
da atividade desempenhada pela apelada ao causar danos ao meio ambiente
consubstancia o nexo causal de sua responsabilidade, não havendo, por
conseguinte, que se falar em ilegitimidade da embargante para figurar no polo
passivo do auto de infração que lhe fora imposto", entendimento esse mantido
no acórdão ora embargado sob o fundamento de que "[a] responsabilidade
administrativa ambiental é objetiva".
3. Ocorre que, conforme assentado pela Segunda Turma no julgamento do REsp
1.251.697/PR, de minha relatoria, DJe de 17/4/2012), "a aplicação de
penalidades administrativas não obedece à lógica da responsabilidade objetiva
da esfera cível (para reparação dos danos causados), mas deve obedecer à
sistemática da teoria da culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida pelo
alegado transgressor, com demonstração de seu elemento subjetivo, e com
demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano".
100 Apostas – PGM/SP

4. No mesmo sentido decidiu a Primeira Turma em caso análogo envolvendo as


mesmas partes: "A responsabilidade civil ambiental é objetiva; porém, tratando-
se de responsabilidade administrativa ambiental, o terceiro, proprietário da carga,
por não ser o efetivo causador do dano ambiental, responde subjetivamente pela
degradação ambiental causada pelo transportador" (AgRg no AREsp 62.584/RJ,
Rel. p/ Acórdão Ministra Regina Helena Costa, DJe de 7/10/2015).
5. Embargos de divergência providos.

• Súmula 623/STJ: As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível
cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor.

95. Diretrizes que regem o SNUC

Lei 9985/2000, Art. 5o O SNUC será regido por diretrizes que:


I - assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam
representadas amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes
populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas
jurisdicionais, salvaguardando o patrimônio biológico existente;

II - assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento da


sociedade no estabelecimento e na revisão da política nacional de unidades de
conservação;

III - assegurem a participação efetiva das populações locais na criação,


implantação e gestão das unidades de conservação;

IV - busquem o apoio e a cooperação de organizações não-governamentais, de


organizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos,
pesquisas científicas, práticas de educação ambiental, atividades de lazer e de
turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outras atividades de gestão
das unidades de conservação;

V - incentivem as populações locais e as organizações privadas a estabelecerem


e administrarem unidades de conservação dentro do sistema nacional;

VI - assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidade econômica das


unidades de conservação;

VII - permitam o uso das unidades de conservação para a conservação in situ de


populações das variantes genéticas selvagens dos animais e plantas
domesticados e recursos genéticos silvestres;

VIII - assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades de


conservação sejam feitos de forma integrada com as políticas de administração
das terras e águas circundantes, considerando as condições e necessidades
sociais e econômicas locais;
100 Apostas – PGM/SP

IX - considerem as condições e necessidades das populações locais no


desenvolvimento e adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos
recursos naturais;

X - garantam às populações tradicionais cuja subsistência dependa da utilização


de recursos naturais existentes no interior das unidades de conservação meios
de subsistência alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdidos;

XI - garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros necessários


para que, uma vez criadas, as unidades de conservação possam ser geridas de
forma eficaz e atender aos seus objetivos;

XII - busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e


respeitadas as conveniências da administração, autonomia administrativa e
financeira; e

XIII - busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de


unidades de conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e
suas respectivas zonas de amortecimento e corredores ecológicos, integrando
as diferentes atividades de preservação da natureza, uso sustentável dos
recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas.

Direito Penal e Processual Penal

96. Ação Penal

DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

CPP, Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida
forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para
responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar


fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar
a resposta preliminar.

• Súmula 330/STJ: É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de
Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

97. Procedimentos dos crimes funcionais

CPP, Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho


fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da
inexistência do crime ou da improcedência da ação.
100 Apostas – PGM/SP

98. Crimes de responsabilidade do Prefeito Municipal (Decreto-Lei 201/1967)

Decreto-Lei 201/1967, Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos


Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do
pronunciamento da Câmara dos Vereadores:

Crimes de responsabilidade dos Prefeitos não passam pelo crivo da Câmara


dos Vereadores para poderem ser julgados pelo Judiciário.

I - apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio


ou alheio;

II - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas


ou serviços públicos;

III - desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou verbas públicas;

Não só a apropriação, mas a aplicação indevida de verbas públicas configura


crime de responsabilidade.

IV - empregar subvenções, auxílios, empréstimos ou recursos de qualquer


natureza, em desacordo com os planos ou programas a que se destinam;

V - ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realizá-Ias em


desacordo com as normas financeiras pertinentes;

VI - deixar de prestar contas anuais da administração financeira do Município


a Câmara de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos
prazos e condições estabelecidos;

VII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão competente, da


aplicação de recursos, empréstimos subvenções ou auxílios internos ou externos,
recebidos a qualquer titulo;

VIII - Contrair empréstimo, emitir apólices, ou obrigar o Município por


títulos de crédito, sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei;

IX - Conceder empréstimo, auxílios ou subvenções sem autorização da


Câmara, ou em desacordo com a lei;

X - Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas municipais, sem autorização


da Câmara, ou em desacordo com a lei;
100 Apostas – PGM/SP

Crimes de responsabilidade que


exigem a ausência de autorização
da Câmara dos Vereadores para seu
cometimento:
Contrair empréstimo, emitir
apólices, ou obrigar o Município por
títulos de crédito
Conceder empréstimo, auxílios ou
subvenções

Alienar ou onerar bens imóveis, ou


rendas municipais

99. Recursos

Decreto-Lei 201/1967, Art. 2º III - Do despacho, concessivo ou denegatório, de


prisão preventiva, ou de afastamento do cargo do acusado, caberá recurso, em
sentido estrito, para o Tribunal competente, no prazo de cinco dias, em autos
apartados. O recurso do despacho que decreta a prisão preventiva ou o
afastamento do cargo terá efeito suspensivo.

Ao receber a denúncia,
o Juiz manifestar-se-á,
obrigatória e
Antes de receber a
motivadamente, sobre a
denúncia, o Juiz
prisão preventiva do
ordenará a notificação Cabível recurso em
acusado, nos casos dos
do acusado para sentido estrito da
itens I e II do artigo
apresentar defesa decisão
anterior, e sobre o seu
prévia, no prazo de
afastamento do
cinco dias
exercício do cargo
durante a instrução
criminal

100. Crimes contra a administração pública (Peculato)

Peculato

CP, Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer


outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo,
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.


100 Apostas – PGM/SP

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a


posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído,
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena
imposta.

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