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Em 2021 foi aprovada a Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 14.133/2021) para disciplinar,
entre outras questões, as compras realizadas pela Administração Pública.
Acerca dessa Nova Lei de Licitações e Contratos, é correto afirmar que
a) é aplicável a toda a Administração Pública, sem exceções.
b) revogou imediatamente a Lei nº 8.666/1993, responsável por reger as compras públicas até
então.
c) excluiu a possibilidade de pregão como modalidade de compra.
d) permite a continuidade do uso da Lei nº 8.666/1993 nos contratos em vigor celebrados sob a
égide da antiga Lei de Licitações.
e) pode ser utilizada em combinação com os dispositivos da Lei nº 8.666/1993, possibilitando maior
celeridade.
Art. 194. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 189. Aplica-se esta Lei às hipóteses previstas na legislação que façam referência expressa
à Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, à Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e aos arts. 1º
a 47-A da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011.

Art. 190. O contrato cujo instrumento tenha sido assinado antes da entrada em vigor desta
Lei continuará a ser regido de acordo com as regras previstas na legislação revogada.
Art. 191. Até o decurso do prazo de que trata o inciso II do caput do art. 193, a
Administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente de acordo com esta Lei ou
de acordo com as leis citadas no referido inciso, e a opção escolhida deverá ser indicada
expressamente no edital ou no aviso ou instrumento de contratação direta, vedada a
aplicação combinada desta Lei com as citadas no referido inciso.

Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, se a Administração optar por licitar de
acordo com as leis citadas no inciso II do caput do art. 193 desta Lei, o contrato respectivo
será regido pelas regras nelas previstas durante toda a sua vigência.
Art. 193. Revogam-se:

I – os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na data de publicação desta


Lei;

II - em 30 de dezembro de 2023: (Redação dada pela Lei Complementar nº 198, de 2023)

a) a Lei nº 8.666, de 1993; (Redação dada pela Lei Complementar nº 198, de 2023)

b) a Lei nº 10.520, de 2002; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 198, de 2023)

c) os art. 1º a art. 47-A da Lei nº 12.462, de 2011. (Redação dada pela Lei Complementar nº
198, de 2023)
Em regra, as empresas públicas estaduais não se submetem às normas da Lei n.º
14.133/2021, que estabelece novas disposições acerca de licitações e contratos
administrativos.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as
Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios [...].
§ 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016,
ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.
• Admin. Púb. diretas, autárq. e fund.;
<<Âmbito de aplicação>>
• Todos os entes (U, E, DF e M);
Destinatários • Todos os Poderes
(Legislativo e Judiciário -> função
administrativa)

• Fundos especiais e entidades controladas.

Objetos
Casos especiais
→ Alienação e concessão de direito real de uso de
bens (ex.: venda de imóvel);
• Repartições no exterior: regulamento próprio /
peculiaridades; → Compra, inclusive por encomenda;
• Recursos de agências e
podem ter regras próprias; → Locação;
organ. intern.:

• Reservas internacionais: ato normativo do Banco Central. → Concessão e permissão de uso de bens
públicos;

→ Prestação de serviços, inclusive os técnico-


Aplicação subsidiária profissionais especializados;

→ Obras e serviços de arquitetura e engenharia;


• Concessões e permissões de serviços Prim. Lei 8.987/1995
públicos; → Tecnologia da informação e de comunicação.

• Parcerias público-privadas Prim. Lei 11.079/2004

• Contratação de agências de Prim. Lei 12.232/2010


publicidade
A Lei n.º 14.133/2021 prevê expressamente que todos os atos praticados no
processo licitatório são públicos
Em relação às modalidades licitatórias expressamente previstas nas Leis n.º
8.666/1993 e n.º 14.133/2021, a única diferença entre elas reside na modalidade
diálogo competitivo, instituída pela novel legislação
O setor competente da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul detectou a necessidade
de contratar a realização de determinada obra, tendo decidido que deveria promover um diálogo
com os licitantes previamente selecionados, consoante critérios objetivos, com o fim de identificar
a alternativa mais adequada. A luz da sistemática estabelecida na Lei nº 14.133/2021, a decisão
tomada pelo referido setor é:
a) incompatível com a sistemática legal, por afrontar o dever de sigilo da licitação;
b) admitida pela sistemática legal somente quando, em momento anterior, a respectiva licitação foi
considerada deserta;
c) admitida pela sistemática legal, sendo que os licitantes apresentarão proposta final após o
encerramento dos diálogos;
d) admitida pela sistemática legal, sendo que a Administração escolherá o licitante que apresente a
melhor alternativa ao fim dos diálogos;
e) incompatível com a sistemática legal, pois a modalidade de licitação escolhida somente é
permitida para a contratação de serviços, não de obras.
Dispensa-se a licitação quando for inviável a competição, tal como no caso de
contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública
Contratação direta – noções gerais

Inexigibilidade Dispensável Dispensada

Inviabilidade de Legislador autoriza que não Legislador determina que não


Conceito
competição seja realizada a licitação seja realizada a licitação

Rol Exemplificativo Taxativo Taxativo

Natureza - Discricionária Vinculada

Objeto Diversos Diversos Alienação de bens


O processo de contratação que abrange os casos de inexigibilidade e de dispensa de
licitação é chamado de contratação indireta
Em um processo licitatório, a fase de habilitação ocorre imediatamente após a fase
de julgamento.
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
§ 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, mediante ato motivado
com explicitação dos benefícios decorrentes, anteceder as fases referidas nos incisos III e
IV do caput deste artigo, desde que expressamente previsto no edital de licitação.
Apresentação das
Divulgação do
Preparatória propostas e lances (se Julgamento Habilitação
edital
for o caso)

Inversão (ato motivado)

Recursal Homologação
Determinado ente federativo recebeu um imóvel fruto de dação em pagamento para quitação de
dívida de particular com o referido ente. Tempos depois, o ente federativo decide vender o
referido imóvel. Para tanto, nos termos da doutrina, da jurisprudência e da Lei nº 14.133/2021, é
correto afirmar que:
a) a Administração Pública pode optar pela realização de avaliação do imóvel caso seja
demonstrada a hipótese de dispensa de licitação;
b) a Administração Pública deverá proceder à avaliação do imóvel, não sendo possível dispensar a
licitação
c) a autorização legislativa é exigível apenas nos processos de alienação de bem imóvel público
derivado de procedimento judicial;
d) para a viabilização da alienação de bem público basta a demonstração da existência de interesse
público;
e) a alienação de bem público derivado de dação em pagamento dispensa licitação.
Imóveis Autorização legislativa

Se a aquisição haja derivado de:


Exceto • procedimento judicial; ou
• dação em pagamento.

Interesse público (justificado)


Alienação de
bens
Avaliação

Licitação leilão
Móveis
• Critério maior lance

Administração direta, Exceto • Licitação dispensada


autarquias e FP
Em janeiro de 2022, o Ministério Público do Estado Delta, após processo licitatório, contratou a sociedade
empresária Alfa para prestação de serviços de dedetização do edifício sede da instituição. Ocorre que a
sociedade empresária Alfa deu causa à inexecução parcial do contrato.
De acordo com o regime jurídico da Lei nº 14.133/2021, após regular processo administrativo, não se
justificando a imposição de penalidade mais grave, será aplicada à sociedade empresária Alfa a sanção
administrativa de:
a) advertência
b) censura e multa;
c) impedimento de licitar e contratar no âmbito do Ministério Público do Estado Delta, pelo prazo
máximo de um ano;
d) impedimento de licitar e contratar no âmbito do Estado Delta, pelo prazo máximo de cinco anos;
e) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com qualquer órgão público, pelo prazo máximo
de cinco anos.
Advertência 0,5% a 30% do valor do contrato

Multa Pode ser aplicada em conjunto com as demais sanções

Cabe contra qualquer infração

Licitar e contratar
Impedimento
Alcance Ente federativo que aplicou

Prazo Até 3 anos

Mínimo para reabilitação: 1 ano

Declaração de Licitar e contratar


inidoneidade
Alcance Todos os entes federativos

Prazo De 3 a 6 anos

Mínimo para reabilitação: 3 anos

Ministro de Estado e secretários estaduais ou municipais


Executivo
Competência exclusiva Autoridade máxima: autarquias e fundações públicas
Demais Equivalentes
João, recém-empossado como servidor do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, decidiu se
inteirar a respeito das linhas de defesa a que estarão sujeitas as contratações públicas,
conforme dispõe a Lei nº 14.133/2021. Ao final, concluiu que o controle interno integra a
segunda linha de defesa e o Tribunal de Contas figura, isolado, na terceira linha de
defesa.
À luz do que dispõe o referido diploma normativo, é correto afirmar que a conclusão de
João está:
a) errada, pois as linhas de defesa não se apresentam de modo sequencial, mas
simultâneo, congregando todos os agentes públicos, as unidades de assessoramento
jurídico, o controle interno, o Tribunal de Contas e o Poder Judiciário;
b) certa, pois a generalidade dos órgãos de controle interno integra a segunda linha,
enquanto o Tribunal de Contas ocupa a última linha de defesa administrativa,
imediatamente anterior ao controle jurisdicional;
c) certa, ressaltando-se que a última linha de defesa é móvel, de modo que o Tribunal de
Contas ali se encontra, de forma isolada, enquanto a questão não é judicializada;
d) errada, pois o Tribunal de Contas não integra, isolado, a terceira linha de defesa,
estando acompanhado do órgão central de controle interno da Administração;
e) errada, pois a generalidade dos órgãos de controle interno não integra a segunda
linha, mas, sim, a terceira linha, juntamente com o Tribunal de Contas.
Servidores e empregados públicos

1ª linha Agentes de licitação

Autoridades de governança

Linhas de Unidades de assessoramento jurídico


defesa 2ª linha
Unidades de controle interno

Órgão central de controle interno


3ª linha
Tribunal de contas

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