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DIREITO CONSTITUCIONAL

Administração Pública IV
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IV

Vedação do Efeito Repicão

Art. 37. (...)


XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acu-
mulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

Ex.: Imagine que um servidor tem como vencimento base R$ 10.000,00 (dez mil reais) e
tem direito a um adicional por tempo de serviço correspondente a 10% (R$ 1.000,00, mil reais)
e um adicional de qualificação também de 10%. O cálculo do adicional de qualificação será
em cima do vencimento base, e não de R$ 11.000,00 (onze mil reais) resultantes da soma
do vencimento com o adicional por tempo de serviço. Essa é a proibição do efeito repicão.

Irredutibilidade dos Subsídios e dos Vencimentos

Art. 37. (...)


XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I;

Vedação à Acumulação de Cargos Públicos e Empregos Públicos

Art. 37. (...)


XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, EXCETO, quando houver compati-
bilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
5m a. a de dois cargos de professor;
b. a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c. a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas;

Art. 37. (…)


XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, funda-
ções, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades contro-
ladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
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Acumulação Constitucional de Cargos, Empregos e Funções e o Teto Constitucio-


nal

Obs.: Nesses casos em que a Constituição Federal admite a acumulação de cargos, o


entendimento mais atual do Supremo é o de que o teto remuneratório é considerado
em cada um dos vínculos formalizados. Antigamente, entendia-se que o teto a ser
observado seria o somatório das remunerações.

REs 612.975 e 602.043, com repercussão geral reconhecida: nos casos autorizados
constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37,
XI, da Constituição Federal (CF) pressupõe consideração de cada um dos vínculos forma-
lizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do
agente público.

Prioridade da Administração Fazendária

Obs.: A administração fazendária consiste na Fazenda Pública Federal, Estadual, Distrital


e Municipal, ou seja, a Receita.
10m

Art. 37. (...)


XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de compe-
tência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
(...)
XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras espe-
cíficas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma inte-
grada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei
ou convênio.

Criação de Entidades na Administração Indireta

Art. 37. (...)


XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia [e fundação pública de direito público]
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação
[pública de direitos privado], cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
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Obs.1: No Direito Administrativo se aprende que a fundação pública de direito público se


equipara a uma autarquia; tanto que a doutrinagem administrativista a chama de
fundação autárquica ou de autarquia fundacional.
15m
Obs.2: Autarquias e fundações públicas de direito público são efetivamente criadas por lei
específica; nos casos de empresas públicas, sociedades de economia mista e fun-
dações públicas de direito privado, lei específica simplesmente autoriza sua criação,
e a criação em si será feita por decreto do Poder Executivo competente.

Art. 37. (...)


XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

Obs.: Recentemente, o Supremo foi convidado a se manifestar sobre se a venda das sub-
sidiárias no processo de desestatização também precisava de autorização legislati-
va, dentro de uma lógica do paralelismo das formas. Seu entendimento se encontra
então no seguinte julgado:

STF (ADI 5.624): a exigência de autorização legislativa não se aplica à venda do con-
trole das subsidiárias e controladas de empresas públicas e sociedades de economia mista.
A operação pode ser realizada sem necessidade de licitação, desde que siga procedimento
que observe os princípios da administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição
Federal (CF), respeitada sempre a exigência de competitividade. A Corte firmou, contudo, a
necessidade de autorização legislativa e processo licitatório para alienação das empresas-
-matrizes.
20m

Exigência de Licitação, como Regra

Art. 37. (...)


XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qua-
lificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações;
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Publicidade dos Atos Oficiais

Art. 37. (...)


§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos de-
25m verá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Obs.: Se caracterizar promoção pessoal, vai ferir o princípio da impessoalidade sob a ótica
do administrador público.

Participação do Usuário

Art. 37. (…)


§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indi-
reta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços;
II –o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, ob-
servado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III –a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.

Sanções pelo Ato de Improbidade Administrativa

Art. 37. (...)


§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES

preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.


A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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