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AV3
Fortaleza - CE
Novembro, 2022
A DIFICULDADE DE INSERÇÃO DA PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA NO
MERCADO DE TRABALHO.
INTRODUÇÃO
O presente estudo aborda os principais meios que podem ser utilizados com o objetivo
de superar a exclusão social de determinada parcela da população, qual seja as pessoas com
mobilidade reduzida. Mais especificamente, as dificuldades e desafios encontrados na inclusão
de pessoas com deficiência física no mercado de trabalho, sobretudo os obstáculos encontrados
dentro e fora deste ambiente.
Entretanto, ainda são várias os obstáculos encontrados pelas pessoas com deficiência
para devido acesso ao emprego formal, que de acordo com o Conselho Nacional dos Direitos
das Pessoas com Deficiência, CONADE, encontra-se principalmente o preconceito por parte dos
colegas de trabalho, a necessária adaptação de ambientes de trabalho, como rampas e
alargamento de portas.
Logo, são objetivos deste trabalho avaliar a efetividade da Lei de cotas (lei 8.213\91) e
Lei da inserção no mercado de trabalho (lei 13.146\15) e apurar os problemas vivenciados por
PCDs com mobilidade reduzida, por meio de levantamentos de dados e pesquisas bibliográficas.
A pesquisa traz ainda a importância da análise de como as empresas cearenses têm lidado com a
inclusão das PCDs em cumprimento das referidas Leis.
METODOLOGIA
A metodologia terá como natureza a pesquisa exploratória e analítica quanto ao
ordenamento jurídico que assegure o acesso ao direito de inserção da Pessoa com Deficiência ao
Mercado de Trabalho, análise de artigos científicos publicados sobre o tema. Após a pesquisa e
coleta das informações necessárias, será apresentada uma análise do cenário legal.
AUTOR: Álvaro Dos Santos Maciel
Pesquisas recentes nos traz indicadores de inserção das pessoas com deficiência
apresentaram no mercado de trabalho. Em 2019, as taxas de participação (28,3%) e de
formalização (34,3%) muito menores do que as das pessoas sem tal condição (66,3% e 50,9%,
respectivamente), sendo a desocupação observada nesse contingente (10,3%) maior do que a
verificada entre as pessoas sem deficiência (9,0%) (IBGE, 2019).
Para MACIEL (2010), as pessoas com deficiência sempre foram percebidas como seres
estigmatizados e à margem dos grupos sociais. Entretanto, com o advento de medidas
governamentais de inclusão, por meio de pressão da sociedade civil, com foco na
solidariedade e acolhimento das PCDs, pode-se observar uma evolução na conquista de
espaço dessas pessoas.
A dignidade humana, o direito à igualdade de oportunidades e a justiça distributiva
devem ser pautas corriqueiras no enfrentamento das desigualdades sociais. MACIEL (2010)
nos traz que:
Segundo MACIEL (2010), “para que a pessoa com deficiência possa requerer os
ditames da regra isonômica, deve estar capacitada para o desempenho da atividade
pretendida.” Para tanto, torná-los aptos ao mercado de trabalho deve ser uma tarefa inclusiva
de grande extensão nos âmbitos federal, estadual e municipal.
MACIEL (2010) sugere que, são de suma importância as práticas de responsabilidade
social por parte das empresas, pois favorecem a contratação e as relações inclusivas no
ambiente de trabalho. Entretanto, os números de inclusão da PCD ao mercado de trabalho,
apontam que apesar da Lei de Cotas ser o principal instrumento disponível às pessoas com
deficiência para assegurar um lugar no mercado de trabalho formal, ela nem sempre é
cumprida.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. [S. l.:
s. n.], 1997.
AUTOR: Fernanda Menezes Leite
Desde 1991, sabemos que existe ordenamento jurídico com a lei de cotas para
regulamentação das empresas privadas.
São aplicáveis a essa Lei: pessoas com deficiência física, auditiva, visual, mental
ou múltipla, ainda que a deficiência não seja visível no trabalho. Para tanto, a condição
do profissional deve ser comprovada por meio de laudo médico. A Lei no8.213/91
estabelece que empresas que possuem acima de 100 funcionários, necessitam incluir
uma certa porcentagem de suas vagas de colaboradores para pessoas com Deficiências,
independentemente de qual for a sua deficiência. Mas que nesses locais, existem
dificuldades de acessibilidade, o capacitismo.
Que por muitas das vezes, os PCDs acabam não tendo acesso no mercado de
trabalho por conta de inúmeros fatores, alguns por falta de acesso até mesmo de chegar
a fazer a seleção para concorrer a vaga de emprego, pois existe um grande trajeto que
precisa ser percorrido e calculado.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. [S. l.:
s. n.], 1997.