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Após estudos solicitados para o ciclo de aprendizagem 4, apresente um texto

argumentativo, com pelo menos 10 linhas, sobre a inclusão de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho.

Apesar de estarem amparados por lei para inclusão de trabalho, no caso, mais
especificamente a Lei nº 8.213 de 91, que diz que:

§ 2o  Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe


estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar
dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas
preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários
reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando
solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos
empregados ou aos cidadãos interessados.        
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

§ 3o  Para a reserva de cargos será considerada somente


a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o
aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
1o de maio de 1943.    

Visto em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>

Ainda assim, não é o suficiente para assegurar a ampla inclusão, pois a


mentalidade social e principalmente do mercado de trabalho os vê ou com
olhar de piedade, ou como pessoas que não estão aptas a desenvolverem
trabalhos mais intensos ou mais bem elaborados, sendo isso de uma falácia
sem precedentes.
Segundo consta na JUS:
A preocupação do Estado em garantir a igualdade
de pessoas com algum tipo de deficiência – física ou mental,
adquirida ou nata – não é novidade no direito brasileiro, já
havendo previsão constitucional pela EC 12, de 17.10.1978
que adicionava um artigo único à Constituição de 1969 (a rigor,
EC 1 à Constituição do Brasil de 1967), assegurando aos
deficientes a melhoria de sua condição social e econômica,
especialmente através de educação especial gratuita,
assistência, reabilitação e reinserção na vida econômica e
social do país, proibição de discriminação, inclusive quanto à
admissão ao trabalho bem como a possibilidade de acesso a
edifícios e logradouros públicos.[1]

Incessantemente discriminados, os deficientes enfrentam o preconceito social


dia após dia, pois a maioria das pessoas os julgam pelas suas limitações, e
não pelas suas aptidões, sendo fundamental que busquemos diariamente
modificar essa mentalidade antiquada e romper barreiras, pois eles têm direito
tanto quanto qualquer outra pessoa ao acesso e todas demais necessidades
sociais, sendo uma delas, o então discutido trabalho.
É comum quanto ao preenchimento de cotas em empresas (por que
geralmente não se contrata por livre arbítrio, mas pela obrigatoriedade jurídica),
preencherem vagas destinadas a procedimentos repetitivos e que exija baixa
potencialidade, quando na verdade todos são capazes de muito mais que isso,
e outros possuem um grau elevado de cognição, lembrando inúmeros casos de
Transtorno de Espectro Autista e suas variáveis onde tem uma aptidão muito
avançada em assuntos específicos ou variados.
O mercado de trabalho além de pensar no funcionário como produtor, ainda
pensa na quantidade que um funcionário deve produzir diariamente, e não
qualidade ou crescimento contínuo pessoal. Enquanto o mercado de trabalho
mantiver a imagem do funcionário como simples maquinário, e o todo social
trabalhar ao redor da mentalidade estagnada de produção- mercadoria e
preconceitos e inadequações, será difícil retirarmos as barreiras.
Entretanto, quando analisamos o passado vemos o quanto a situação já foi
muito pior, e podemos repensar políticas públicas para viabilizar a melhoria,
lutando em nosso dia a dia para modificar a mentalidade atual, e lutando
também na modificação da visão dentro do mercado de trabalho, e não apenas
dentro das escolas.
Todos os ambientes são extremamente necessários para a vida plena e
satisfatória da pessoa deficiente, portanto devemos pensar na sua vida em
base familiar, na estruturação escolar e médica, na viabilização legislativa e
sua efetivação, na questão do trabalho e de dar as oportunidades para que
toda pessoa possa ter sua vida respaldada, e condições para que esta pessoa
não seja dependente, para que possa envelhecer com condições estáveis.
Para que todo seja colocado em prática, devemos pensar primeiramente que
para entrar em mercado de trabalho a pessoa deve ter as oportunidades de se
qualificar, o que na nossa atual realidade é uma grande carência, pois ainda
estamos lutando para a inclusão mesmo na escola.
São tantas as questões e barreiras a serem questionadas e repensadas, que
se faz necessário um cenário onde se discuta fase a fase quais as
metodologias a serem aplicadas, o que deve ser viabilizado, quais políticas
públicas precisam ser modificadas ou melhor implementadas, e o orçamento do
Estado para que seja amplamente aceito, além de propagandas e a
disseminação de ideais que não limite a imagem da pessoa deficiente, que não
a desmereça e que modifique a visão que as pessoas comumente lhes atribui.

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