Você está na página 1de 5

NOME DO CURSO

Disciplina: Fundamentos da Educação Inclusiva

Tutor: Renata Andrea Fernandes Fantacini RA: 1119858


Aluno(a):  Leticia da Silva Baviera Turma:
Unidade: Batatais

1) De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil,2008), qual era o público
alvo da Educação Especial?

Segundo a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da


Educação Inclusiva, o Decreto nº 6571/2008, incorporado postumamente pelo Decreto nº
7611/2011, coloca como público alvo da Educação Especial estudantes com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento (TGD) e altas habilidades ou superdotação.
“Visando ao desenvolvimento inclusivo dos sistemas públicos de ensino, este
Decreto também define o atendimento educacional especializado
complementar ou suplementar à escolarização e os demais serviços da
educação especial, além de outras medidas de apoio à inclusão escolar.” (MEC,
portal. pág. 06).

Também corroboram com outros casos específicos, como Transtornos


Funcionais Específicos (dislexia, disgrafia, disortografia, discalculia, e transtorno do
déficit de atenção.
Vejamos um trecho retirado diretamente do portal MEC sobre:

“Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de


longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em
interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e
efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do
desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das
interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e
atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos
com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com
altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma
das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu
interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia,
disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade,
entre outros”.

A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação


Inclusiva, de 2008, é tido como ponto de partida para as bases e objetividades da
educação especial, tendo em vista que além de propor um público alvo bem elaborado
para abarcar a todos, propõe equidade de inclusão, e orientação para garantir o acesso ao
sistema de ensino público regular com:

“participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mis elevados de ensino,


transversalidade da modalidade de educação especial desde a infantil até a
superior, oferta de atendimento educação especial especializado, formação de
professores para o atendimento educacional especializado e demais
profissionais para a inclusão, participação da família e da comunidade;
acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas
comunicações e informação, e articulação intersensorial na implementação de
políticas públicas.

A proposta geral da educação especial da Política Nacional de Educação


Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva visa uma educação especial articulada
com o ensino comum, complementando-a e perpassando todos os níveis, etapas e
modalidades, sempre articulada de forma a atuar junto com o ensino regular e sem jamais
deixar qualquer minoridade ser desfavorecida.
Com isso vemos que as opções do Atendimento Educacional Especializado
não se esgotam categorizando-os, pois podem vir a surgir ao longo do tempo novas
habilidades ou características próprias de cada indivíduo que devem ser resguardadas em
seu direito de educação pública de qualidade. Finalmente, encerramos o público alvo
desde, por via do documento oficial do portal MEC:

“As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam na


mera categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência,
transtornos, distúrbios e aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam
continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo
exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão,
enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que promovam a
aprendizagem de todos os alunos. ”

2) De acordo com o Decreto n°7611 de 2011, qual é o público alvo da


Educação Especial?

De acordo com o documento oficial do Planalto, considera-se público alvo do


Decreto n° 7611 de 2011, que atualiza e revoga os anteriores, incluindo o de 2008:

“§ 1º Para fins deste Decreto, considera-se público-alvo da educação especial as


pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas
habilidades ou superdotação.

§ 2º No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as


diretrizes e princípios dispostos no Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.”

Cujo qual citado, decreto n°5626 de 2005, temos como pessoas surdas ou
com perdas auditivas as que:

“Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter
perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais,
manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.

Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total,


de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.”

3) Qual a principal alteração?

Mesmo tendo sido um documento afim de dispor mais especificidades sobre a


Educação Especial e seu funcionamento, acabou por formalizar o quadro de atendimento
para pessoas com deficiência (auditiva e surdez, física, intelectual, visual, múltiplas);
pessoas com Transtornos globais de Desenvolvimento (TGD) ou como é utilizado a
terminologia recentemente, Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo a APA; e
pessoas com altas habilidades e Superdotação.
Vemos que o que antes estava proposto por uma parte do quadro, sendo
complementada pelo Decreto 5626 de 2005 para formalizar o que são os alunos que se
enquadram na surdez e falta auditiva, aqui já estão anexados diretamente na parte
correspondente em deficiência física. Porém, ao ler ambos decretos, não foi encontrado
no de 2011 a descrição minusciosa acerca das demais variedades de atendimento, tais
como dislexia, disgrafia, etc.
Em seu artigo 11 fica revogado o Decreto n°6571 de 17 de setembro de 2008.
Para encerrar, temos que:

Art. 2º A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado


a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.

§ 1º Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput serão denominados


atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de atividades,
recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente,
prestado das seguintes formas:

I - complementar à formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos
estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou

II - suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou superdotação.

O Decreto faz bom uso das qualidades que dispões quanto a ser específico
sobre quais atitudes o corpo da escola e seus competentes devem tomar, sendo específico
quanto a isso. Porém, quanto á maior abrangência de público alvo, a Política Nacional de
Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva é mais preocupada com buscar
sempre esmiuçar todo quadro e vertente existente e deixar claro a futura maior
abrangência conforme formos descobrindo ou melhorando certos quadros.
Também tem-se uma brecha problemática no inciso VII do artigo 1° do
Decreto de 7611 de 2011 onde fala sobre a “oferta de educação especial
preferencialmente em rede regular de ensino”, sendo que a terminologia
‘preferencialmente’ abre brechas para sua não obrigatoriedade em rede regular de ensino,
e a viabilização de unidades paralelas especializadas, contrariando a atual política.

BIBLIOGRAFIA
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011. Visto em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm>.

DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Visto em <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm>

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA


DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado
pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da
Educação em 07 de janeiro de 2008. Visto em <
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>

Você também pode gostar