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EDUCAÇÃO ESPECIAL – RESUMO AP2

AULA 16 – NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAS

O texto discute a definição de "necessidades educacionais especiais", enfatizando a


importância da substituição da expressão "necessidades educativas especiais" pela
proposição de Mazzotta (1999), que propõe o uso de "educacional" em vez de
"educativa". O autor argumenta que essa alteração é mais apropriada, tanto do ponto de
vista semântico quanto psicológico, porque sugere que o aluno tem necessidades
educacionais específicas, e não quaisquer outras.
O texto aborda a diversidade de necessidades educacionais especiais, incluindo pessoas
com altas habilidades e dislexia, mesmo quando não possuem deficiência física ou
mental. Mesmo antes da introdução de diretrizes nacionais em 2001, já eram
consideradas pessoas com necessidades educacionais especiais aquelas com
deficiência mental, físico-motora, físico-sensorial, múltipla, condutas típicas (como
autismo) e portadores de altas habilidades.
A ênfase do texto é a necessidade de reestruturar o sistema educacional para promover a
inclusão. Ele destaca que a Educação Especial não deve ser isolada, mas integrada a
todos os setores da sociedade, incluindo educação, saúde, assistência social e trabalho.
A inclusão é vista como uma abordagem que beneficia a todos, promovendo a
convivência, troca de experiências e construção de um mundo mais inclusivo.
O texto também aborda a importância da prevenção de deficiências sempre que possível
e destaca que a Educação Especial deve garantir o desenvolvimento máximo das
potencialidades de todos os alunos, independentemente de suas necessidades
específicas. A inclusão é vista como um compromisso ético-político de toda a sociedade,
em consonância com princípios de igualdade de oportunidades e valorização da
diversidade.
Além disso, o texto ressalta a evolução da abordagem educacional inclusiva, que passou
de uma prática segregativa, na qual os alunos com necessidades educacionais especiais
eram atendidos em escolas e classes especiais, para uma abordagem que visa a
inclusão de todos os alunos em classes regulares, com apoio pedagógico especializado
sempre que necessário. A inclusão educacional é vista como uma forma de promover o
desenvolvimento e a participação de todos os alunos na comunidade.

AULA 17 - FORMAÇÃO DO PROFESSOR, ADAPTAÇÕES CURRICULARES E


RECURSOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

O texto enfoca a importância da formação de professores para atender a alunos com


necessidades educacionais especiais e trabalhar em equipe como um fator crucial para
garantir a inclusão. Ele se baseia no artigo 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) para definir dois perfis de professores necessários para atender às
demandas da escola inclusiva: o professor da classe comum, que deve ser capacitado
para atender a alunos com necessidades especiais, e o professor especializado em
Educação Especial.
Os professores que atendem a alunos com necessidades especiais em classes regulares
devem demonstrar que receberam formação que inclui conteúdos específicos da
Educação Especial. Eles devem desenvolver competências para identificar as
necessidades educacionais especiais dos alunos, adaptar sua abordagem de ensino,
avaliar continuamente o processo educativo e colaborar em equipe, inclusive com
professores especializados em Educação Especial.
Os professores especializados em Educação Especial, por outro lado, devem ser
formados em cursos de Licenciatura em Educação Especial ou áreas relacionadas. Eles
também podem buscar pós-graduação em áreas específicas de Educação Especial.
Esses professores desempenham um papel crucial na identificação das necessidades
educacionais especiais, na implementação de estratégias de apoio, no desenvolvimento
dos alunos e na adaptação curricular.
O texto destaca a importância de pesquisa e inovação no campo da Educação Especial.
Encoraja instituições de pesquisa e universidades a desenvolver estudos para melhorar
os recursos e estratégias que auxiliam pessoas com necessidades especiais a se
envolverem de maneira mais autônoma na educação e na sociedade. Isso inclui
inovações na prática pedagógica e o uso de tecnologia na educação inclusiva.
O texto também enfatiza que a escola inclusiva não busca culpar o aluno por seus
desafios, mas sim ajustar-se para atender à diversidade de seus alunos. Propõe a
criação de serviços de apoio pedagógico especializado, que podem incluir equipes
multiprofissionais para avaliar as necessidades dos alunos e proporcionar ajuda e apoio
personalizados.
Quando os recursos da escola não são suficientes, o texto sugere a criação de classes
especiais ou o encaminhamento de alunos para escolas especiais, sempre com a ênfase
na oferta de educação adequada às necessidades individuais dos alunos. Também
destaca a necessidade de acessibilidade em todos os aspectos, incluindo infraestrutura
escolar e transporte, para garantir que todos os alunos tenham acesso à educação.
O texto conclui enfatizando que cada escola deve diagnosticar sua realidade educacional
e implementar os serviços e estratégias necessários para apoiar o progresso de todos os
alunos, incluindo aqueles com necessidades especiais. Também destaca a importância
da colaboração entre os serviços educacionais, de saúde, trabalho e assistência social
para atender integralmente às necessidades dos alunos.

AULA 18 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM


DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Estudos realizados na década de 1980, baseados nos pressupostos da Teoria
Piagetiana e do Construtivismo, reconheceram que crianças e jovens com deficiência
mental/intelectual possuíam condição de se alfabetizarem e desenvolverem
competências escolares, porém, o que faltava era a possibilidade de vivenciarem um
currículo e propostas pedagógicas desafiadoras.
Somente a partir dos anos de 1990, principalmente após a Declaração de Salamanca e
as discussões acerca da Educação Inclusiva, os alunos com deficiência mental/
intelectual começaram a frequentar as classes comuns nas escolas públicas.

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


NAS CLASSES COMUNS
Tão logo feito o diagnóstico, além da criança ser encaminhada a uma unidade de saúde
com equipe multidisciplinar (serviço social, neurologia, pediatria do desenvolvimento,
psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia e pedagogia
hospitalar), ela deve ser encaminhada à Educação Infantil, que é a modalidade oferecida
a crianças de zero a cinco anos de idade pelas Secretarias Municipais de Educação. Se
a Educação Infantil é importante para uma criança sem necessidade especial, imagine
para a criança com deficiência intelectual, que terá oportunidade de vivenciar atividades
curriculares que desenvolverão a linguagem, a motricidade, a criatividade, a inteligência
e as competências sociais!
Na Educação Básica, durante o Ensino Fundamental do primeiro ao nono ano, o
processo de inclusão pode ser acompanhado com serviços e sistemas de suporte da
Educação Especial, ou seja, a implementação de salas de recursos, da modalidade de
professor itinerante e consultoria. Atualmente, o Ministério da Educação vem implantando
em redes públicas salas multifuncionais com apoio de materiais e equipamentos para a
garantia desses suportes. Contudo, o suporte fundamental é o professor, seja ele da
classe regular ou dos sistemas de apoio. É importante que esses profissionais possam
dialogar no sentido de organizarem uma proposta pedagógica para este educando.

MAS DE QUE FORMA O EDUCANDO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL TERÁ


ACESSO AO CURRÍCULO NO ENSINO FUNDAMENTAL?

Alunos com deficiência intelectual podem necessitar de um contínuo de apoios e


suportes para seu sucesso acadêmico.
Nas séries iniciais, durante o processo de alfabetização, é importante que o professor
esteja atento a adaptações como, por exemplo, utilização de material concreto para a
estruturação dos conceitos matemáticos (o conceito de número e as operações
matemáticas podem e devem vir acompanhados de exercícios com blocos lógicos,
material dourado, jogos lúdicos e softwares).
É importante também que seu aluno perceba a fonetização da escrita, isto é, perceba
que a escrita é uma representação da fala; então são importantes jogos de linguagem,
como rimas e parlendas que estimulem essa percepção.
Você deve estar se perguntando se a alfabetização de crianças com deficiência
intelectual é semelhante à dos demais alunos. Sim, isso é verdade, porém alguns
precisarão de um pouco mais de tempo e material concreto que os auxiliem na
memorização, nos processos de associação e na construção de conceitos.

Podem ser usadas também letras recortadas com papel-cartão ou material


emborrachado (conhecido como EVA). Assim, seu aluno realiza a tarefa cognitiva
de escolha da letra e a tarefa motora de colagem. Com esse recurso, você pode
realizar ditados e seu aluno pode responder a pequenas perguntas e compor
palavras. A informática também pode auxiliar bastante em um trabalho de parceria
entre a professora de classe comum, o professor de sala de recursos e o professor
de informática.

AULA 19 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM


DEFICIÊNCIA VISUAL

ATENDIMENTOS EDUCACIONAL AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL


O professor do atendimento educacional especializado adequará o currículo oferecendo
oportunidades de seu aluno explorar seus sentidos remanescentes com ênfase no tato,
audição, olfato e gustação. A exploração dos campos sensoriais é fundamental para o
bebê cego. A percepção e identificação de sons e suas diferenças intensidades, o sabor,
as diferentes texturas e suas gradações auxiliam a criança a construir as imagens
mentais dos objetos por meio dos sentidos remanescentes. Para os bebês com visão
subnormal, o professor poderá confeccionar materiais com contrastes em preto e branco
para trabalhar sua percepção.
O professor deve:
- estabelecer um ambiente redundante em códigos alternativos aos visuais, tais como
códigos orais, táteis;
- promover habilidades que permitam ao aluno cego funcionar de forma independente no
ambiente no qual se encontra;
- organizar a sala de aula de maneira que a iluminação seja a correta, bem como o
posicionamento do aluno em relação ao quadro, aos materiais, ao professor;
- selecionar materiais escolares adequados aos educandos; no caso de cego total
substituir canal visual pelo auditivo e tátil (relevos, descrições gravadas)
Algumas estratégias para o professor ajudar seu aluno:
- faça letras grandes no quadro negro ou utilize auxílios à visualização. O uso de giz
colorido é recomendado;
- leia em voz alta o que está escrito no quadro;
- prepare materiais que o aluno possa ler com facilidade como, por exemplo,
impressos com letras grandes. Outros alunos na sala podem ajudar nessa preparação;
- organize cadernos com pautas mais grossas;
- alguns alunos podem se adaptar bem ao uso de lentes de aumento. Dois tipos de lentes
encontram-se à disposição. O primeiro tipo aumenta a página inteira, enquanto o outro
amplia apenas uma linha de cada vez, o que pode ser útil como auxílio de leitura;
- encoraje o aluno a acompanhar a leitura com os dedos ou com outro tipo de
instrumento. Cubra o restante da página com papel, deixando à mostra apenas o
parágrafo que ele está lendo;
use elogios verbais e também o toque para dar encorajamento ao aluno. Um bom abraço
nunca é demais!
- pronuncie o nome dos alunos durante as discussões em sala de aula, para que a
criança deficiente saiba quem está falando.

AULA 20 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM


DEFICIÊNCIA AUDITIVA

ATENDIMENTO EDUCACIONAL AO ALUNO SURDO


A atual Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
garante a contratação de Assistentes Educacionais para atuarem nas turmas da
Educação Infantil com o professor regente. Este assistente geralmente é um adulto
surdo, usuário fluente de Libras, que funciona como mediador e modelo linguístico para o
aluno. Este aluno possui o direito também de no contra turno receber apoio do
atendimento educacional especializado, que proverá os suportes pedagógicos
necessários para o aprendizado da Língua Portuguesa.
□ Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, o grande desafio é o processo de
alfabetização. Assim como a criança ouvinte organiza hipóteses durante o processo de
aquisição da língua escrita, a criança surda também o fará. Inicialmente a criança ouvinte
não percebe que a escrita serve para representar o que se fala. Esta é uma etapa
seguinte e, após a mesma, a criança percebe que o fonema é representado no ato da
escrita. A criança surda também formula hipóteses.
□ O aluno surdo é capaz de perceber os códigos da língua. Porém, cabe ao
professor oferecer formas de que seu aluno possa identificar o que está escrito. Os
alunos surdos adaptam-se aos métodos globais de alfabetização em que o professor
pode utilizar textos produzidos pelos alunos, subdividi-los em cartelas, cartazes com
textos e letras feitos pelos alunos, fichas com vocabulário e dicionário visual.
□ Por exemplo: as crianças comem bolo. Pode se transformar em desenho. Fichas
com perguntas: Quem come bolo? O que as crianças fazem? O que as crianças comem?
Dramatização do ato de comer. Leitura do texto. Ligar desenhos às palavras. Que outras
coisas as pessoas comem?
□ Os exercícios devem ser acompanhados com gravuras, por exemplo, às vezes o
surdo erra um exercício porque tem dificuldade para entender o que o professor propôs.
Então, um desenho com a demonstração é fundamental. Por exemplo, circule o feminino
de leão, demonstrar a ação através de desenho, risque o nome da capital do Brasil.
□ Os surdos utilizam também artifícios como os torpedos nos celulares, as redes
sociais como Orkut e os sistemas de comunicação em tempo real com webcam, como
skype.
□ É importante que o professor privilegie e estimule o uso de recursos visuais da
tecnologia como suporte educacional.

AULA 21 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM


DEFICIÊNCIA FÍSICA E EDUCANDOS COM NECESSIDADES DE CUIDADOS
ESPECIAIS DE SAÚDE

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL A ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS FÍSICAS NA


EDUCAÇÃO BÁSICA
Ao receber um aluno com deficiência física, é importante que o gestor avalie as
condições de acessibilidade da escola. Algumas adequações razoáveis podem ser
realizadas, como verificar qual a sala de aula que oferece maior acessibilidade.
Atualmente, as escolas precisam se preparar para oferecer um ambiente acessível a
todos, com rampas ou elevadores de acesso, banheiros com circulação para cadeiras
de rodas. Enfim, uma rota de acesso a todos os ambientes de forma indiscriminada:
biblioteca, sala de leitura, quadra de esporte, sala de informática e teatros, que deverão
estar acessíveis a todos.
Alunos com deficiência física, com dificuldade motora para escrita, poderão
necessitar de cadernos maiores com pautas mais largas. As folhas de exercícios
poderão ser presas às carteiras para facilitar a manipulação da criança. Outros alunos
que possuem alterações no tônus muscular poderão necessitar de lápis mais grossos
adaptados. Alguns alunos poderão necessitar de uso constante do computador para a
escrita e deverão usar mouse e teclados adaptados, ou ainda a bancada poderá ser
adequada ao seu padrão físico.
O professor poderá solicitar o apoio de um colega de classe para copiar em carbono as
atividades do dia para que o aluno com deficiência física leve as cópias para casa. Os
alunos poderão ser estimulados a gravarem as aulas.
A avaliação também pode e deve ser diferenciada. Sempre que se fizer necessário, pode
ser realizada oralmente ou por computador utilizando, recursos de acessibilidade,
sempre de forma processual, considerando os objetivos propostos para o(a) aluno(a) no
plano de educação individualizado.
CLASSE HOSPITALAR E ATENDIMENTO PEDAGÓGICO HOSPITALAR
Cabe ao pedagogo da classe hospitalar desenvolver atividades curriculares flexíveis, que
possam atender ao nível de desenvolvimento escolar e cognitivo de crianças e jovens em
situação de internação escolar. Cabe a este profissional manter intercâmbio com os
profissionais de saúde assistentes de seus alunos das enfermarias, manter contato com
o acompanhante da criança e do jovem sob seu acompanhamento e, sempre que
possível, com a escola em que este aluno encontra-se matriculado.

Como é definido o termo “deficiência múltipla”?


A Deficiência Múltipla é a associação, na mesma pessoa, de duas ou mais deficiências
primárias (visual, auditiva, física, intelectual, psicossocial), com comprometimentos que
acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade de adaptação.

Quais as associações que os portadores de “dupla deficiência” podem apresentar?


é uma associação de duas ou mais deficiências primárias como física, mental, visual ou
auditiva, no mesmo indivíduo.

Quais as principais causas das “deficiências múltiplas”?


As causas que envolvem a deficiência múltipla podem ser várias. Elas podem ser de
ordem sensorial, motora e linguística e originada de “ fatores pré-natais, perinatais ou
natais e pós-natais, além de situações ambientais tais como: acidentes e traumatismos
cranianos, intoxicação química, irradiações, tumores e outras.

AULA 22 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM


TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam
alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um
repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse
grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil (BRASIL,
2008).
O Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais – DSM IV (2002) assim define os
Transtornos Globais do Desenvolvimento:
Comprometimento grave e global em diferentes áreas do desenvolvimento: habilidades
de interação social e recíproca, habilidades de comunicação ou presença de
estereotipias de comportamento, interesses e atividades. Estes transtornos abordam:
– Transtorno autista.
– Transtorno de Asperger.
– Transtorno de Rett.
– Transtorno Desintegrativo da Infância.
– Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação.
Os transtornos são caracterizados por anormalidades qualitativas nas interações sociais
recíprocas e em padrões de comunicação e por um repertório de interesses e atividades
restrito, estereotipado e repetitivo.
Na maioria dos casos, o desenvolvimento é anormal desde a infância e, com apenas
poucas exceções, as condições que se manifestam nos primeiros anos de vida, podendo
envolver outras necessidades educacionais especiais associadas, como a deficiência
intelectual, por exemplo.

Características do autismo infantil


Definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se
manifesta antes dos três anos por um tipo característico de funcionamento anormal em
todas as três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
A taxa média de prevalência do transtorno autista é de 15 casos por 10.000 indivíduos.
No comportamento, apresentam padrões restritos e repetitivos, maneirismos motores
como abanar as mãos ou movimentos em partes do corpo. Resistem a mudanças de
rotinas, a espaços físicos, hora de banho, de refeição, surgindo ataques de pânico e
raiva. Cerca de 40% dos autistas possui um déficit de inteligência associado e, quanto
mais presente o déficit, maiores são as dificuldades de interação.

ABORDAGENS EDUCATIVAS PARA AUTISMO


As habilidades funcionais são aquelas desempenhadas nos AMBIENTES NATURAIS
familiares e comunitários. Por exemplo: tirar o cadarço de um sapato será natural se for
no próprio vestiário, e não em um material montado para ensinar. As crianças autistas
necessitam aprender nos próprios ambientes e com objetos de seu mundo social.
a) Exercícios para desenvolver a capacidade e a possibilidade de interpretar
situações afetivas.
• reconhecer retratos e faces de alegria e tristeza, raiva e medo;
• reconhecer desenhos em preto e branco;
• reconhecer as emoções que um personagem irá sentir (medo, alegria, tristeza e raiva);
• interpretar emoções em quadros;
• interpretar histórias, o que pensam os personagens.
b) Trabalhar com jogos de faz de conta.
• jogos sensório-motores;
• jogos de faz de conta.
Algumas pistas para ajudar seus alunos:
• fornecer suas expectativas de forma clara;
• explicar as regras da conduta, com painéis e fotos;
• utilizar listas de tarefas, calendários, atividades, rotinas diárias seja com fotos,
desenhos ou palavras (de acordo com a possibilidade de compreensão);
• utilizar bastante o concreto, com figuras, gráficos, roteiros, evitando assim sobrecarga
verbal;
• estimular atividades físicas;

PC= Paralisia Cerebral

O que é PC?
É uma doença cerebral que afeta o movimento e a postura do corpo.
Quais as causas?
Mutações genéticas que levam a malformações cérebro;
Infecções maternas durante a gravidez, como rubéola, herpes, sífilis, toxoplasmose ou
Zika;
Sangramento ou hemorragia intracraniana no feto ainda no útero ou após o nascimento;
AVC no feto;
Prematuridade;
É possível prevenir a PC? Como?
A mulher deve se vacinar contra rubéola ou outras doenças infecciosas antes de planejar a
gravidez. Visite seu médico regularmente durante a gravidez. A criança deve ser impedida
de sofrer ferimentos na cabeça.

4- O que a escola deve fazer para atender a criança com PC?


Adaptar os espaços da escola para permitir o acesso de uma cadeira de rodas, por
exemplo.
Usar canetas e lápis mais grossos, envoltos em espuma e presos com elástico para facilitar
o controle do aluno.
Lembrar que a paralisia cerebral não é uma doença, e que o preconceito é uma doença.
Ter em mente que todos têm potencialidades, inclusive o aluno com paralisia cerebral.
Usar estratégias avançadas de ensino.

AULA 23 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM


DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
Dois exemplos mais comuns são a surdo-cegueira e a deficiência intelectual e física.

CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS


As deficiências múltiplas podem ter várias causas:
• As causas genéticas envolvem desde erros no agrupamento de cromossomos ou
alteração nos genes.
• Os erros inatos do metabolismo que ocasionam a ausência ou alteração de enzimas
importantes para o metabolismo orgânico. Erros congênitos do metabolismo, como a
fenilcetonúria, que hoje é diagnosticada no teste do pezinho e o bebê é tratado,
precocemente, com dieta especial. Em caso de não tratamento, o bebê apresenta
complicações graves como autismo e deficiência intelectual.
• Medicamentos utilizados durante o pré-natal.
• A baixa ou ausência de oxigênio no momento do parto (hipóxia e anóxia) pode acarretar
prejuízos em uma ou mais áreas cerebrais do bebê responsáveis pela motricidade,
audição, visão, linguagem e funções intelectuais.
• Como causas pós natais, destacam-se as encefalites, meningites, doenças infecciosas
como sarampo, além de traumatismos crânio-encefálicos devido a quedas, acidentes e
violência.

OS EDUCANDOS COM SURDO-CEGUEIRA


Surdo-cegueira é definida como uma deficiência que apresenta a perda do sentido
da audição e visão concomitantemente em diferentes graus.

Estratégias de Comunicação para alunos surdos-cegos

Os surdos-cegos possuem diversas formas para se comunicar com as outras pessoas.

□ Libras
□ Tadoma
□ Sistema Braille
□ Sistema moon
□ Guia-intérprete

As crianças com deficiências múltiplas podem apresentar necessidades muito


diversas e demandar da equipe pedagógica da escola um planejamento individualizado
que lhe permita adaptar-se ao novo ambiente de forma gradativa. Poderá necessitar de
um horário diferenciado, uma atividade por vezes bastante individualizada entre
professor e aluno, para que aos poucos se alarguem os espaços de confiança. Para
estes alunos, nem sempre será possível estar diretamente na classe comum com
suporte de sala de recursos no contraturno, pois para muitos destes alunos, dadas as
suas especificidades, torna-se intolerante adaptar-se a um esquema de quatro horas
diretas em sala de aula.
Embora o Ministério da Educação, no documento da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2007), indique a inclusão em classe
comum para todos os alunos com necessidades educacionais especiais, reconheceu na
publicação Surdo-cegueira/múltiplas deficiências sensoriais, saberes e práticas da
inclusão (2006) que: "o processo educativo de crianças surdas-cegas exige alterações no
currículo, nas estratégias e nos recursos que nem sempre são fáceis de concretizar em
uma sala de aula tradicional". Esta publicação reconhece os benefícios que as classes e
escolas especiais podem ter para estes alunos.
O professor deverá sempre utilizar as pistas táteis para ações diretas e também
para antecipar eventos, como tocar o ombro para indicar que chegou. Há também as
pistas e situações antecipatórias do ambiente como a água do chuveiro indicando o
banho. O professor deve explorar também objetos de referência que, a princípio, podem
ser os de uso cotidiano da criança, como a toalhinha, o copo, o pratinho.
As técnicas de orientação e mobilidade também são fundamentais para que o aluno
possa utilizar os espaços da escola, da casa e de seus ambientes sociais com segurança
e autonomia, aprendendo técnicas de deslocamento, utilizando os sentidos
remanescentes da visão e/ou audição, identificando as pistas táteis nos percursos e as
técnicas de proteção durante o deslocamento, colocando as mãos à frente, acima, abaixo
e aos lados para evitar obstáculos.
Você agora poderá observar nas figuras a seguir modelos de brinquedos que
podem ser confeccionados para estimular o desenvolvimento de crianças com
deficiências múltiplas, seja na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental. Observe que
estes brinquedos e materiais são fáceis de ser encontrados, mas possuem
características bem marcantes, como: contrastes de cores fortes, acrescidos a pequenos
guizos para facilitar o direcionamento da criança.

Brinquedos com contraste preto e branco, e contrastes fortes acrescidos a guizos para
localização sonora são estímulos excelentes para bebês com visão subnormal.
Modelo de painel em que o professor adapta materiais do cotidiano da criança e trabalha
integração sensorial, linguagem, etc.

Este modelo de calça-almofada é uma solução de material pedagógico em que a criança


com deficiência múltipla sente-se em contenção com brinquedos e objetos de cotidiano
presos e próximos ao corpo.

AULA 24 – PROGRAMAS DE ATIVIDADES ESPECIAIS PARA ALTAS


HABILIDADES PROGRAMAS DE ATIVIDADES ESPECIAIS

Seminários especiais

□ Aproveitamento de recursos humanos da comunidade


□ Monitorias
□ Visitas e excursões
□ Viagens
□ Atividades diversificadas em programas de férias

Como resultados tais atividades levam a:


• participação em grupos comunitários já existentes (grupos de escoteiros, clubes,
grêmios), e
• participação em campanhas e projetos existentes em benefício de algum setor da
comunidade (campanhas de vacinação, limpeza e outros).

Programas de atendimento específico para o desenvolvimento de talentos


Para os alunos com aptidões e talentos específicos para dança, música ou
drama, artes plásticas, artes manuais, industriais, artesanato, artes literárias ou
linguísticas, poderão ser planejados programas especiais que atendam ao
desenvolvimento das potencialidades desses educandos, podendo ser utilizados cursos
fora da escola e demais recursos da comunidade.

Programas de aprendizagem diferenciada


Pode ser viabilizado pelo professor em sala comum, objetivando atender às
capacidades e talentos especiais de cada aluno. Uma parte das tarefas acadêmicas dos
portadores de altas habilidades/superdotados coincide com o programa escolar comum a
todos os alunos, o que dá oportunidade à expansão dos talentos e favorece a
autoexpressão do educando. As estratégias de ensino estarão relacionadas à
comunicação, à tomada de decisão, ao planejamento, à criatividade, à habilidade
acadêmica, à capacidade de previsão e a talentos especiais nas áreas das artes visuais,
dramáticas ou musicais.

Abaixo encontram-se sugestões a serem consideradas na prática pedagógica:


• procurar, juntamente com os alunos, encontrar tópicos de interesse como ponto de
partida. Em seguida, ajudá-los
a dimensionar o assunto. O tópico relativo ao Sistema Solar global, por exemplo, é muito
amplo, mas o estudo de um planeta como Marte pode ser mais apropriado;
• assegurar que a pesquisa desafie a imaginação e a intuição dos alunos e que
realmente amplie sua capacidade de pensar, escrever, ler e descobrir;
• estimular a frequência dos alunos a bibliotecas públicas ou particulares;
• insistir na exigência de altos padrões de aproveitamento em todas as matérias por
parte dos alunos, e não permitir mera cópia de material, por exemplo, de
enciclopédias;
• deixar cada aluno trabalhar segundo o seu próprio nível e ritmo, na medida do possível;

AULA 25 – DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - DISLEXIA


Alguns comportamentos problemáticos observados em jovens com dificuldade de
aprendizagem (SMITH, p. 15): 1 – Hiperatividade: trata-se de uma inquietação
extrema que afeta muitas dessas crianças.
2 – Fraco alcance da atenção: a criança distrai-se com muita facilidade; perde o
interesse por novas atividades rapidamente, salta de uma atividade para outra e não
consegue concluir projetos ou trabalhar.
3 – Dificuldade para seguir instruções: a criança costuma pedir ajuda com muita
frequência e de forma repetitiva para realizar tarefas simples, como por exemplo: “Onde
é mesmo que devo colocar isto?” “Como é mesmo que se faz isto?” Os enganos são
cometidos porque as instruções não são completamente entendidas.
4 – Imaturidade social: a criança age como se fosse mais jovem que sua idade
cronológica e pode preferir brincar com crianças menores.
5 – Dificuldade com a conversação: a criança tem dificuldade em encontrar as palavras
certas.
6 – Inflexibilidade: a criança teima em continuar fazendo as coisas à sua própria
maneira, mesmo quando esta não funciona; ela resiste a sugestões e a ofertas de ajuda.

A DISLEXIA é considerada por alguns autores um dos tipos mais complexos e


preocupantes de dificuldade de aprendizagem.
A dislexia compreende a dificuldade na aprendizagem da leitura, independentemente de
instrução convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural. Depende,
portanto, fundamentalmente de dificuldades cognitivas, que são frequentemente de
origem constitucional.

Atualmente usa-se a seguinte definição: DIS = distúrbio; LEXIA (do latim) = leitura – (do
grego) = linguagem, ou seja, dificuldades na leitura e na escrita.

A dislexia está associada a dificuldades específicas de aprendizagem. Alunos disléxicos


requerem atenção individualizada, com apoios curriculares significativos, que atendam
plenamente suas necessidades educacionais específicas da dislexia.
AULA 26 – CONDUTAS TÍPICAS (DISTÚRBIOS DE
APRENDIZAGEM)

Sobre Condutas Típicas, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) esclarecem que:


Condutas Típicas são as manifestações de comportamentos típicas de portadores de
síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos
no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira
atendimento educacional especializado.

Para que os alunos com condutas típicas possam freqüentar a escola é necessário
utilizar recursos que garantam o acesso ao currículo, atendendo às suas necessidades
especifi cas e o que é fundamental: preparar o professor para atender esse tipo de
aluno. Quando falamos em acesso ao currículo, referimo-nos ao conjunto de modifi
cações nos elementos físicos e materiais da escola, à capacidade pessoal do professor
que deverá estar preparado para atender as necessidades específi cas dos alunos. Ele
assim produz condições que facilitam o desenvolvimento do currículo.

Aqui apresentamos algumas sugestões de implementação e de desenvolvimento do


currículo que estão presentes nos PCNs:
A – encorajar o estabelecimento de relações com o ambiente físico e social;
B – oportunizar e exercitar o desenvolvimento das competências dos alunos com condutas
típicas; C – estimular a atenção do aluno para as atividades escolares;
D – utilizar instruções e sinais claros, simples e condizentes com as atividades realizadas;
E – oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem (evitar alternativas do tipo
"aprendizagem por ensaio e erro");
F – favorecer o bem-estar emocional.

RESUMO
Condutas típicas são manifestações de comportamentos, características de portadores
de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam
atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira
atendimento educacional especializado.

AULA 27 – DEFICIÊNCIA AUDITIVA

O texto fala sobre a deficiência auditiva e sua importância, bem como os diferentes tipos
e causas dessa deficiência. Aqui está um resumo mais completo do texto:
O texto destaca a importância da audição como um sentido vital para a comunicação e
como a deficiência auditiva pode afetar as pessoas. A deficiência auditiva abrange perda
total ou parcial da audição, que pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou
adquirida ao longo da vida.
É enfatizada a necessidade de garantir atendimento adequado e os direitos das pessoas
com deficiência auditiva em todos os setores da sociedade. Para diagnosticar a
deficiência auditiva, são necessários exames médicos e avaliações psicopedagógicas. O
sucesso acadêmico das pessoas com deficiência auditiva depende de um planejamento
educacional que leve em consideração o grau e o tipo da perda auditiva, bem como
outros possíveis comprometimentos intelectuais, emocionais e socioculturais.
O texto também aborda os conceitos e causas da deficiência auditiva, destacando os
diferentes graus de perda auditiva, como hipoacusia (redução na sensibilidade auditiva) e
disacusia (distúrbio na qualidade da audição). As causas da deficiência auditiva podem
incluir traumas mecânicos, exposição a ruídos excessivos, doenças congênitas ou
adquiridas.
A estrutura e o mecanismo da audição são explicados, destacando as partes do ouvido e
como o som é processado no ouvido interno e transmitido ao cérebro. O texto alerta
sobre a vulnerabilidade do sistema auditivo a lesões e como a exposição a ruídos
excessivos pode causar danos irreversíveis.
Também é mencionado que milhões de brasileiros têm deficiência auditiva, e muitos
trabalhadores estão expostos a ruídos excessivos no ambiente de trabalho. O texto
ressalta que o ouvido humano pode suportar até 60 decibéis sem proteção, e que a
exposição a ruídos excessivos pode levar à perda auditiva.
Os pais são aconselhados a procurar orientação e atendimento especializado se houver
suspeita de perda auditiva em seus filhos. O papel do otorrinolaringologista e do
fonoaudiólogo é destacado nesse contexto.
O texto também descreve os diferentes tipos de educandos portadores de deficiência
auditiva, com base no grau de perda auditiva. Existem categorias como parcialmente
surdo, portador de surdez leve, portador de surdez moderada e surdos. Cada categoria
requer abordagens educacionais específicas, e o uso de próteses auditivas é
mencionado como uma opção.
O texto enfatiza a importância de adaptar o ensino e o currículo de acordo com as
necessidades individuais dos alunos com deficiência auditiva. Também destaca a
necessidade de intervenção precoce e atendimento especializado para estimular a
audição e o desenvolvimento da linguagem.
O texto aborda o atendimento educacional de alunos com surdez severa e profunda.
Para os alunos com surdez severa, o texto destaca que a estimulação pode ocorrer na
Educação Infantil, em clínicas fonoaudiológicas, escolas especializadas ou em classes
especiais, individualmente ou em grupos de até oito alunos. Alguns alunos podem
alternar entre atendimento especializado e escola comum. A aquisição da linguagem
interior e receptiva, bem como da linguagem expressiva, pode ser necessária, e esses
alunos podem aprender a ler e escrever na escola especial ou classe especial.
Posteriormente, eles podem frequentar a classe comum a partir da 3ª série do Ensino
Fundamental, com complementação curricular em escolas especiais ou salas de
recursos.
Já para os alunos com surdez profunda, o texto ressalta a importância de adquirir uma
linguagem que permita a comunicação com ouvintes e desenvolver sua escolaridade,
enquanto paralelamente à estruturação da linguagem oral e escrita. O tipo de
atendimento varia de acordo com a idade de início, participação familiar e
desenvolvimento lingüístico. Geralmente, esses alunos ingressam em uma classe
comum após o Ciclo Básico de Alfabetização. A estimulação auditiva é importante, e
diferentes metodologias educacionais, como o oralismo, comunicação total e bilinguismo,
podem ser adotadas, com preparo adequado dos recursos humanos envolvidos.
O texto também menciona as modalidades de atendimento, que incluem escola comum,
classe comum, escolas integradas, sala de recursos, professor itinerante, classe
especial, escola especial ou centro de educação especial, educação infantil e ensino
fundamental. Além disso, destaca a importância do "Símbolo Internacional de Surdez"
para identificar locais e serviços habilitados para pessoas com deficiência auditiva.
Também enfatiza a importância da prevenção da perda auditiva, com dicas como não
introduzir objetos no ouvido, evitar exposição a ruídos intensos, procurar um médico em
caso de dores ou perda de audição, entre outras orientações.

AULA 28 – DEFICIÊNCIA FÍSICA


O texto aborda a temática das deficiências físicas e a necessidade de compreender,
prevenir e incluir as pessoas que as possuem na sociedade. Ele começa discutindo a
crescente incidência de deficiências físicas no mundo devido a fatores como guerras,
acidentes e doenças, com destaque para a situação no Brasil, onde a violência e
acidentes contribuem para o aumento dessas deficiências. O texto ressalta a importância
de conhecer os diferentes tipos de deficiências, prevenir seu surgimento e, quando já
presentes, reabilitar as pessoas afetadas, restaurar sua autoestima e promover sua
inclusão na sociedade.
Barreiras arquitetônicas são identificadas como um dos principais obstáculos à inclusão,
e leis e decretos recentes são mencionados como ferramentas de apoio às iniciativas de
inclusão e para garantir a acessibilidade e o direito de ir e vir das pessoas com
deficiência física.
O texto levanta questões sobre a quantidade de pessoas com deficiências físicas no
Brasil, a inclusão delas nas escolas e a variedade de tipos de deficiências existentes,
especialmente no contexto da Educação Especial.
Ele discute as causas das deficiências físicas, dividindo-as em categorias pré-
gestacionais, pré-natais, perinatais e pós-natais. São mencionadas diversas causas,
como fatores genéticos, idade da mãe, multiparidade, intervalo gestacional, fator Rh,
pressão alta, doenças como rubéola e sífilis, e o uso de drogas durante a gravidez.
O texto define a deficiência física como uma variedade de condições que afetam a
mobilidade, a coordenação motora geral e a fala das pessoas devido a lesões
neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, má-formações congênitas ou adquiridas.
Também aborda a Síndrome Pós-Pólio, que afeta pessoas que tiveram poliomielite, e a
necessidade de adaptações no ambiente e currículo escolar para atender às
necessidades dessas crianças.
Diferentes categorias de deficiência física são apresentadas, incluindo monoplegia,
hemiplegia, paraplegia, tetraplegia e amputações. Além disso, são discutidas as barreiras
sociais e psicológicas que podem dificultar a inclusão, como a curiosidade das pessoas,
a não aceitação por parte da família e o desgaste causado por intervenções de
reabilitação constantes.
O texto enfatiza a importância da conscientização e da remoção das barreiras
arquitetônicas para promover a inclusão das pessoas com deficiência. A acessibilidade é
destacada como um direito fundamental dessas pessoas, e o conceito de desenho
universal, que visa criar ambientes e produtos que atendam a uma ampla variedade de
necessidades individuais, é mencionado como uma abordagem mais inclusiva.
Leis relacionadas à acessibilidade são apresentadas, incluindo a Portaria nº 1.679 e a Lei
nº 10.098, ambas com o objetivo de promover a acessibilidade das pessoas com
deficiência.
O texto também oferece dicas sobre como interagir e se relacionar com pessoas com
deficiência física, enfatizando a importância de respeitar sua autonomia, pedir permissão
antes de prestar ajuda e considerar suas necessidades individuais.
Em resumo, o texto aborda a importância de compreender, prevenir e incluir pessoas
com deficiência física na sociedade, destacando a relevância da acessibilidade, do
desenho universal e do respeito pela autonomia dessas pessoas. Também aborda a
legislação relacionada à acessibilidade e oferece orientações sobre como se relacionar
adequadamente com pessoas com deficiência física.

AULA 29 – NOVAS TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

O texto aborda o impacto das novas tecnologias na vida de pessoas com deficiências
físicas e sensoriais, ressaltando como essas inovações podem melhorar sua qualidade
de vida e autoestima. Ele enfatiza que as tecnologias modernas podem ser a única
solução para superar as limitações enfrentadas por essas pessoas, permitindo que
realizem tarefas que anteriormente eram inacessíveis.
O caso do cientista Stephen Hawking é destacado como exemplo, evidenciando como a
tecnologia, em particular os computadores, possibilita sua comunicação com o mundo. A
autoestima é apontada como um elemento fundamental na vida das pessoas, e o texto
salienta a relação direta entre a autoestima e as novas tecnologias, citando uma
definição de autoestima que enfatiza o amor próprio e a confiança.
Na área da deficiência visual, o texto mostra como as novas tecnologias, como o sistema
operacional DOSVOX e o programa Virtual Vision, estão contribuindo para devolver a
autoestima e dignidade a pessoas cegas ou com visão subnormal. Além disso, menciona
o acesso à internet e o uso de scanners para disponibilizar informações e materiais
acessíveis.
Para pessoas com deficiência física motora, o texto destaca o projeto Motrix
desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que possibilita o acesso a
microcomputadores para indivíduos com tetraplegia e distrofia muscular. Essa tecnologia
oferece uma solução para tarefas cotidianas, abrindo oportunidades de interação e
estudo.
Em resumo, o texto enfatiza a importância vital das novas tecnologias na inclusão e
melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiências, independentemente de
serem deficiências visuais, motoras ou outras. Essas tecnologias ampliam suas
possibilidades e horizontes, proporcionando independência, inclusão social e
desenvolvimento pessoal e profissional.

AULA 30 – PROFISSIONALIZAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO

Os brasileiros têm convivido com decretos, regulamentos e leis visando assegurar os


direitos desses cidadãos e cidadãs ao exercício pleno de sua cidadania como, por
exemplo, o Decreto Nº 3.298 em 20/12/1999 <
http://www.mj.gov.br/sndh/corde_legis_fed/decretao.html>, que regulamenta a Lei nº
7.853 de 24 de outubro de 1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência na sociedade em geral e no mercado de trabalho com
ênfase na obrigatoriedade de contratação pelas empresas de pessoas com deficiências e
assim, criando uma reserva no mercado.

São pontos críticos no recrutamento e na seleção dos portadores de deficiência como:


• a baixa escolaridade;
• a pouca qualificação e inexperiência.

Precisa ter formação básica sólida, ser criativo, saber trabalhar em equipe, ter
capacidade de liderança e ser um “camaleão”, ou seja, deve ser versátil, ser capaz de
exercer funções diferentes e ocupar postos diferenciados sem perda de qualidade e
produtividade.

Os trabalhadores brasileiros não correspondem a esse perfil devido à falta de


investimentos, principalmente na educação. E se as pessoas ditas normais estão longe
de atender às exigências do mercado, imaginem as pessoas portadoras de deficiência
que, são submetidas às mesmas exigências e que somadas às suas dificuldades
comuns a todos, estão as dificuldades e restrições impostas pela deficiência.

RESUMO
Os portadores de deficiência sempre foram muito discriminados no mercado de trabalho.
Atualmente existem leis que os apoiam nesse sentido e é com base nessas leis que
muitos estão conseguindo um emprego. Infelizmente um número muito significativo de
deficientes não têm escolaridade compatível com os cargos que as empresas oferecem.

AULA 31 - O BRINCAR, O PROCESSO CRIATIVO, O LAZER DE PESSOAS COM


NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS E A FORMAÇÃO LÚDICA DO
EDUCADOR

O texto aborda a importância da inclusão da ludicidade na formação de educadores,


enfatizando que o resgate do ato de brincar na fase adulta pode torná-los mais sensíveis,
generosos e abertos às mudanças. A autora destaca que a formação lúdica é
fundamental, não apenas como uma atividade de diversão, mas como uma necessidade
do ser humano que influencia diretamente seu desenvolvimento. Além disso, são
mencionados três pilares de formação do educador: a formação teórica, a formação
pedagógica e a formação lúdica.
A formação lúdica é vista como um meio de possibilitar que o educador se conheça
melhor e desbloqueie suas resistências, tornando-o capaz de trabalhar de forma
prazerosa com as crianças. O texto também destaca a importância do brincar na
educação de crianças com necessidades especiais, argumentando que atividades
lúdicas e criativas são fundamentais para seu desenvolvimento.
O conceito de brincadeira é explorado por vários autores, como Huizinga, Piaget,
Winnicott e Vygotsky, que discutem a importância do jogo na construção do
conhecimento e no desenvolvimento infantil. O texto menciona a evolução do conceito de
brinquedoteca, com seu surgimento em diferentes países e sua importância na inclusão
e na reabilitação de crianças com necessidades especiais.
Finalmente, o texto enfatiza que a escolha de brinquedos e atividades lúdicas deve levar
em consideração as necessidades e limitações das crianças, bem como seguir critérios
que garantam sua qualidade e segurança. A participação dos adultos na brincadeira e o
respeito às preferências das crianças são destacados como aspectos importantes para
garantir o direito de brincar.
O texto também menciona a criação de brinquedotecas específicas para crianças com
deficiências e brinquedotecas em hospitais, visando atender às necessidades de
inclusão e recuperação das crianças nessas situações.
Em resumo, o texto destaca a importância da ludicidade na formação de educadores, na
educação de crianças com necessidades especiais e na recuperação de crianças em
ambientes hospitalares. O brincar é visto como uma atividade essencial para o
desenvolvimento e o bem-estar das crianças e como um meio de promover a inclusão e
a aprendizagem.

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