Você está na página 1de 14

LIBRAS: INSTRUMENTO DE PRENDIZAGEM NA INCLUSÃO

DE UMA ALUNA SURDA NO ENSINO REGULAR


Autor: Denilda Pereira da mata Souza1
Tutor externo: Dejair Jose Pereira Junior 2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Informática (2º Semestre) – Estágio Curricular
31/07/2021

RESUMO

Este trabalho visa analisar o processo de aprendizagem de uma aluna surda matriculada
no segundo ano do ensino fundamental, no município de Rio Brilhante/MS, a qual tem
o atendimento educacional especializado –AEE, focando o ensino da LIBRAS –
Língua Brasileira de Sinais; pois aluna não tem conhecimento da Libras, tendo somente
sinais “caseiros”, com objetivo que aluna tenha a Libras no processo escolar para que
venha aprender a Língua Portuguesa - L2, tão exigida no processo escolar. Para tal,a
aluna surda não teve direito a interprete por não ter conhecimento algum de Libras e, a
família não contribui para fazer valer esses direitos. Ficando visível as dificuldades de
atender as necessidades da aluna em sala de aula e na necessidade da mesma dominar a
LIBRAS como sua primeira língua; para avançar no processo educacional; com
igualdade de condições. A opção teórica adotada neste trabalho teve foco em
observações sistemáticas na sala de aula e no AEE, leituras bibliográficas, pesquisas em
sites e nas políticas educacionais voltadas ao tema pesquisado, tendo como principal
foco propor a LIBRAS no contexto escolar; como elemento que favoreça a aluna surda,
uma integração dentro do âmbito educacional, e automaticamente, no contexto social.

Palavras-chave: Libras1. Surdo 2. Inclusão 3.

1 INTRODUÇÃO

1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Informática ; E-mail: denildamata@uniasselvi.com.br
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em XXXXXXXXXXXX – Polo XXXXXXXXX; E-mail:
ciclanodetal@uniasselvi.com.br
Respeitar e refletir sobre a pessoa surda nos leva a compreensão de como é
preciso atender suas necessidades, entender suas características e o seu potencial. O
aluno surdo, traz algumas limitações para o seu desenvolvimento, uma vez que a
audição é de suma importância para a aquisição da língua oral.
A educação de alunos com necessidades especiais na escola comum ganhou
força com o movimento nacional de defesa dos direitos dos deficientes, o qual pregava a
passagem do modelo educacional segregado para inserção de pessoas com deficiências
no sistema educacional, no trabalho e na comunidade, tendo em vista a igualdade e
justiça social. Pela Constituição Federal de 1988, em seu art.5, aliado ao direito à
educação constante no art. 208, prevê a possibilidade dos indivíduos se beneficiarem
com a inclusão, ao preconizar que o atendimento educacional das pessoas com
deficiência deve se dar "preferencialmente" na rede regular de ensino; assim como a Lei
Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN nº9394/96, dispõe sobre este mesmo
atendimento, entre demais leis e decretos que subsidiam política de inclusão de
pessoas com surdez no contexto escolar.
Por isso o acesso a comunicação entre aluna surda e a Libras no contexto
escolar, deverá ser feito através de profissional especializados, garantindo igualdade de
oportunidades que só é possível obterem este direito, se for respeitado primeiramente o
direito fundamental enquanto cidadão, tendo este profissional que seja interprete em
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais na sala de aula em que a aluna surda esteja
inserida no processo educacional.
Deste modo, é importante para que a interprete seja inserida em sala de aula,
auxiliando, traduzindo a fala do professor para a língua de sinais e vice-versa, a aluna
surda necessita ter conhecimento da Libras, deixando de utilizar os sinais caseiros; os
quais não irá contribuir para seu desenvolvimento e nem auxiliar nas dificuldades de
aprendizagem decorrentes no ano letivo, como ocorrido até o momento.
O trabalho procurará com observações e fundamentações bibliográficas,
analisar as condições que a aluna está desenvolvendo suas atividades educacionais no
AEE, em sala de aula sem conhecimentos da libras e sem interprete, e quais
oportunidades estão sendo favorecidas para que haja interação entre aluna/professor e
conteúdo proposto, considerando os conhecimento na Libras, para depois na Língua
Portuguesa, poderiam ser oportunizados na sistematização e no oferecimento da Libras
no contexto educacional.
Entretanto, é importante que a família, profissionais da educação e todos
envolvidos no contexto escolar, conscientizem da importância que, primeiramente
sendo considerada a primeira língua da pessoa surda; a Libras, terá que ser aprendida
com significância, para somente então, ela ter aquisição da Língua Portuguesa, tendo
de fato uma aprendizagem significativa em sala de aula.

2 UM BREVE PANORAMA DAS LEIS E OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DO

SURDO

A educação tem se destacado no processo de inclusão social dos cidadãos, tendo


como mediadora uma escola realmente para todos, como instância sociocultural,
denominando-se Bilingue. A inclusão escolar constitui, portanto, uma proposta
politicamente correta que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a
igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos, em um ambiente
educacional favorável. Esses conceitos são por vezes evidenciados pelos mecanismos de
negação das possibilidades de aceso e aprendizagem dessas pessoas, fortemente
arrojados no conceito de limitações e incapacidade, ainda vigentes em nosso meio, este
é o grande desafio que a educação inclusiva se propõe a romper, entendendo que os
surdos tem suas especificidades no modo de se comunicar e a resistência de algumas
pessoas, comunidades ou até mesmo familiares aceitarem a língua de sinais como a
primeira língua de um membro surdo.
Línguas de sinais - São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas.
As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas
naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As
línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das
pessoas surdas. (QUADROS,2004, p.08)

Pensando-se no aluno com deficiência auditiva ou surdo; matriculado desde a


educação infantil, a escola deve promover as adequações necessárias e contar com
serviços de um intérprete de língua de sinais, viabilizando a educação bilíngue, onde a
língua de instrução seja a Libras como sendo sua primeira língua(L1) e a Língua
Portuguesa; segunda língua (L2).
No Brasil, a língua de sinais só foi considerada uma língua, em 24 de abril de
2002 quando o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a
lei n° 10.436, que reconheceu a LIBRAS como meio legal de comunicação entre os
surdos.
Art.1º - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a
Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão
associadas.
Parágrafo único – Entende-se como Língua Brasileira de Sinais- a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora, como estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico
de transmissão de ideias e fatos, oriundo de comunidade de pessoas surdas no
Brasil. (BRASIL,2002)

Diante do exposto, a escola compromissada com uma educação de qualidade,


que se empenha em ser um espaço adequado para todas as crianças, rico em estímulos
visuais, auditivos e outros e com profissionais devidamente capacitados, que busca
garantir a interação para todas as crianças, estabelecendo metas de integração dos
surdos com os demais ouvintes; necessita estar em consonância com a legislação
vigente, propiciando interprete em sala de aula, para que o aprendizado do aluno surdo
seja contextualizado e ocorra de fato a aquisição dos conhecimentos.
A conquista dessa lei (BRASIL,2002), representa importância significativa,
considerando todos os movimentos da comunidade surda para que a Libras e assim
como interpretes; sejam reconhecidos em profissionais de língua de sinais, destacando
as demais leis vigentes que direta ou indiretamente respaldam esses desafios de
profissionais no sistema educacional:

• Lei 10.098/00 (Lei da acessibilidade)


• Lei 10.172/01 (Lei do Plano Nacional de Educação)
• Resolução MEC/CNE: 02/2001 (Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica)
• Portaria 3284/2003 que substituiu a Portaria 1679/99 (acessibilidade à
Educação Superior). (QUADROS,2004, p.17)

Segundo Barbosa (2010, p.15), “É direito das pessoas surdas o acesso ao


aprendizado da Libras desde a educação infantil para sua apropriação de maneira natural
e ao longo das demais etapas da educação básica, com presença de um profissional
habilitado, preferencialmente surdo”.
Desta forma, a formação de interpretes de Libras, concretizou-se com o decreto
5.626/2005, o qual prevê a formação desse profissional por meio de cursos de extensão,
graduação em Letras Libras ou em cursos de pós-graduação organizados em instituições
educacionais.

O Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, prevê a inclusão da Libras


como disciplina curricular. Para tanto há a necessidade da formação do
professor de Libras, bem como de tradutores e interpretes de Libras, de
professores especializados no ensino da Língua Portuguesa, como segunda
língua para pessoas surdas, do uso e da difusão da Libras e da Língua
Portuguesa (ALBRES, 2013, p. 41).

Considerando ser importante este decreto, o qual vem valorizar a singularidade


de cada aluno e o interprete comprometidos com a construção de conhecimento para sua
área de atuação e com a transformação da realidade de cada aluno.

2.1 A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS PARA A INTEGRAÇÃO DA ALUNA SURDA

Nos últimos anos tem sido possível através da Língua de Sinais, que é uma
língua completa, com estrutura independente da Língua Portuguesa oral ou escrita, o
desenvolvimento cognitivo do indivíduo surdo, favorecendo o seu acesso a conceitos e
conhecimentos que se fazem necessários para sua interação com o outro e o meio em
que vivem, possibilitando, contudo a comunicação com os ouvintes, pois a
comunicação deles é mais visual.

As pessoas com surdez não podem ser reduzidas ao chamado mundo surdo,
com uma identidade e uma surda cultura. É no discernimento identitário que
podemos conceber cada pessoa com surdez como um ser biopsicossocial,
cognitivo, cultural, não somente na constituição de sua subjetividade, mas
também na forma de aquisição e produção de conhecimentos, capazes de
adquirirem e desenvolverem não somente os processos visuais-gestuais, mas
também de leitura e escrita, e de fala se desejarem. (ALVEZ, 2010, p.8)

Os alunos com surdez possuem dificuldades assim como os ouvintes, a


alfabetização e o letramento ocorrem através de recursos visuais. Portanto o professor
bilíngue dentro da sala de aula ajudará a criança surda, para a compreensão desses
recursos visuais, desenvolvê-lo em todos os âmbitos, sendo intelectual, físico e social.
Segundo o texto publicado na rede mundial de computadores pela (FENEIS) 3,
apresenta a LIBRAS sendo a língua materna dos surdos, uma proposta que implica na
formação e no atendimento às suas características particulares e no empenho do
professor.

A LIBRAS é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser
aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa
comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes
pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe
e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser
considerada instrumental linguística de poder e força. Possui todos os
elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática
para seu aprendizado, como qualquer outra língua. (FENEIS,2010)

33
FENEIS- Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos
Quando iniciaram o uso da LIBRAS, a linguagem era só uma ferramenta para
facilitar a comunicação, depois comprovou-se que ela é uma língua completa que o
surdo deve aprender, para que possa se desenvolver em muitos sentidos,
compreendendo que a linguagem de sinais para o surdo é muito importante. E a escola
deve estar preparada com professores que conheçam a libras, para que esse recurso seja
contextualizado em toda sua prática pedagógica.

Os profissionais não acreditam que através da língua de sinais seja, de fato,


possível discutir os avanços científicos e tecnológicos que cabem a escola
trabalhar. Assim, delega-se à escrita o papel de assumir tal função. Mais uma
vez, perpassa-se a sobreposição do português (língua da maioria) à língua de
sinais, como aconteceu ao longo da história da educação de surdos.
(QUADR0S, p.96,2003)

Reconhecendo que, devido às necessidades específicas dos alunos surdos, é


possível que sua educação possa ser ministrada de forma adequada e que, este aluno
não seja matriculado em uma escola só para os surdos. Percebemos que os alunos
surdos possuem desenvolvimento cognitivo compatível de aprender como qualquer
ouvinte, mas; o aluno surdos que não adquirem a língua de sinais, têm dificuldade de
compreender o contexto das atividades em que estão inseridos, e o seu desenvolvimento
e aprendizagem ficam mais lentos. A autora (Quadros,2003), observa que; no processo
escolar;
Não se instiga o aluno a manipular a língua enquanto instrumento de saber-
poder das relações sociais. Como a educação de surdos prioriza da mesma
forma o ensino da escrita utilizando todas as propostas de ensino do
português da educação regular, obviamente o fracasso também é observado.
Agrava-se o fracasso dos alunos surdos, tendo em vista que essa escrita nem
sequer relaciona-se com a língua de sinais, mas sim com uma língua que a ele
é totalmente estranha (situação comumente observada especialmente em
classes regulares de ensino) (QUADROS, p. 97,2003)

Sabemos que  a comunicação com surdos se dá principalmente através de


dois modos a leitura labial e a língua Brasileira de Sinais. A Libras apesar de ter
sido reconhecida como língua oficial dos surdos brasileiros em 2002, ainda é pouco
conhecida pela população em geral. Além disso, ainda existe muito preconceito com
relação ao uso dessa língua por alguns membros da família do surdo e até mesmo pelo
próprio surdo.
Grande maioria dos alunos surdos, entram na escola sem o conhecimento da
língua portuguesa ou da Libras, a maior parte delas vem de famílias ouvintes que não
sabem a língua de sinais, portanto, há necessidade da inserção da LIBRAS, no processo
escolar, para que o surdo possa adquirir uma educação de qualidade tanto no domínio da
Libras sua L1, quando na Língua Portuguesa - L2.

2.2 INTERPRETE DE LIBRAS: UMA REALIDADE EDUCACIONAL

Uma educação igualitária deve ser realizada num ambiente que propicie o
desenvolvimento cognitivo, linguístico, emocional e social. Por isso o acesso a
comunicação deverá ser feito através de profissionais especializados. Igualdade de
oportunidades que só é possível obterem de fato, se for respeitado o direito fundamental
de cada indivíduo enquanto cidadão, tendo uma pessoa que seja interprete no processo
de ensino, em que o aluno surdo esteja inserido. “Quando há carência de intérpretes de
língua de sinais, a interação entre surdos e pessoas que desconhecem a língua de sinais
fica prejudicada.”(QUADROS,p.28, 2003)
Quando se insere o intérprete de língua de sinais na sala de aula no atendimento
especializado(AEE), para o aluno surdo, abre-se a possibilidade dele receber a
informação escolar com maior compreensão, através de um profissional competente e
ao mesmo tempo, o professor pode ministrar suas aulas sem preocupar-se com o aluno
surdo, pois tem a interprete atuando em sua língua de domínio. Quando a condição
linguística do surdo é respeitada, as chances dele se desenvolver e construir novos
conhecimentos e bem mais significativa.
De modo geral, aos intérpretes de língua de sinais da área da educação é
recomendado redirecionar os questionamentos dos alunos ao professor, pois
desta forma o intérprete caracteriza o seu papel na intermediação, mesmo
quando este papel é alargado. Neste sentido, o professor também precisa
passar pelo processo de aprendizagem de ter no grupo um contexto
diferenciado com a presença de alunos surdos e de intérpretes de língua de
sinais. A adequação da estrutura física da sala de aula, a disposição das
pessoas em sala de aula, a adequação da forma de exposição por parte do
professor são exemplos de aspectos a serem reconsiderados em sala de aula.
(Quadros. 63, 2004)

A Declaração de Salamanca de 1994, sobre Princípios e Práticas na Área


das Necessidades Educativas Especiais; enfatiza a necessidade de os surdos terem
acesso à educação através da língua de sinais do seu país. Deste modo, é importante os
intérpretes em sala de aula, pois esses profissionais auxiliam o aluno, traduza a fala do
professor para a língua de sinais e vice-versa.
A pessoa surda que utiliza a língua de sinais aprenderá a língua escrita como
segunda língua, assim, vários aspectos da língua de sinais aparecerão a princípio na sua
escrita, até que o aluno, comparando as duas línguas, começará a utilizar a língua escrita
dentro de sua norma padrão. Visto que a Lei nº12.319, de 1º de setembro de 2010,
regulamente a profissão de tradutor e interprete de língua de sinais, focando mais um
avanço à comunidade surda.

A regulamentação do decreto 5.626 em novembro de 2005, em seu capitulo VI,


art.23, determina que as instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino
federal, estadual, municipal e do Distrito Federal deverão implementar as medidas para
assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficiência
auditiva. O decreto considera pessoa surda "aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando
sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras."
Art. 23 As instituições federais de ensino, de educação básica e superior
devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de
Libras-Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais,
bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à
comunicação, à informação e à educação. (BRASIL, 2005).

Neste processo, a linguagem de sinais é um instrumento de poder e aos alunos


surdos não pode ser negado o direito de usufruir dos benefícios dessa língua, portanto,
aceitar a diferença do surdo e conviver com a diversidade humana é um desafio para
nossa sociedade, inclusive a inserção dessa linguagem no contexto educacional,
garantindo ao deficiente a aquisição da língua de sinais é possível ver o seu discurso.
Neste contexto, o papel do intérprete é bem delimitado, devem apenas
interpretar, mas há alguns professores, que atribuem aos intérpretes a responsabilidade
de explicar os conteúdos, tanto quanto a traduzir as aulas e poucos intérpretes têm
preparo e formação pedagógica para assumir tal função.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Dentro de uma visão educacional inclusiva, no momento atual do Corona vírus


– COVID 19; o trabalho de estágio supervisionado apresentará algumas práticas de
intervenções pedagógicas, com recursos adaptados em sala de aula, que poderá ser
realizada para favorecer o aprendizado de alunos com Transtorno do Espectro Autista
(TEA), Surdez, com a inserção da Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS e na DV
Deficiência Visual; em uma escola municipal no município de Rio Brilhantes.
Visto que, a aprendizagem desses alunos ocorre de maneira diferenciada dos
demais, precisando que o professor tenha mais atenção com as variadas deficiência
inserida na escola; deficiência intelectual, auditiva, visual, entre outras, pois; possuem o
direito à igualdade de oportunidades e cabe a escola o dever de manter assegurado um
sistema educacional inclusivo em todos os níveis de ensino para promover
acessibilidade em todo contexto.
Lembrando que, acessibilidade não e só rampa, escada com corrimão, mas sim;
atividades no papel e recursos pedagógicos adaptados de maneira simples e objetiva,
com mediação do professor, propiciando um ambiente de cooperação, alfabetizador e
acima de tudo livre de preconceitos e, parceria integral da família.
Com base no reconhecimento da diversidade existente na população escolar e
na necessidade de respeitar e atender a essa diversidade, serão apresentadas
intervenções e adequações de recursos pedagógicos a serem utilizados dentro da sala de
aula para atender as necessidades dos alunos que apresentem necessidades educacionais,
na busca de dimensionar o aprendizado, o desenvolvimento socio cognitivo, a interação,
que se oportunizam adequar a ação educativa, a qual requer conhecimentos específicos
dos profissionais envolvidos.
Sendo necessário as adaptações adequadas nesta escola em alguns ambientes
para um bom desempenho do aluno com deficiência visual, autismo e surdez, inseridos
na rede regular de ensino, propondo atitudes e conhecimentos a serem dominados pelos
estagiários no estágio supervisionado e professor, para a realização dos recursos e dos
procedimentos de ensino adequados aos alunos com necessidades educacionais
especiais, favorecendo o processo de inclusão no ambiente escolar e a aquisição de
novos conhecimentos.
Pensando-se no aprendizado dos alunos especiais em sala de aula, o objetivo
do presente trabalho é desenvolver estratégias de ensino adaptadas que venham a
propiciar oportunidades e possibilidades diversas de interação e aprendizagem em todo
processo educacional; elevar a autoestima e estimular o interesse desses alunos em
aprender, oportunizar condições desenvolver autonomia, propiciar conhecimentos
construído socialmente, ampliar seu autoconhecimento, bem como melhorar as
interação com o mundo, a família e toda comunidade escolar.
Tendo em vista a perspectiva de uma escola inclusiva, é relevante as
adaptações e recursos didático-pedagógicos adaptados, por parte dos professores que
atuam no ensino regular e, recebem, entre outros; alunos portadores de limitações
sensoriais, físicas e mentais, podendo tornar-se elemento facilitador para que ocorra de
fato a inclusão escolar.
Portanto, as leituras feitas, estruturadas e organizadas por meio de incentivar
atividade das intervenções, que foram descritas por experiências integradas e unificadas
da formação de cada aluno, com objetivo de proporcionar oportunidades para
experimentarem situações em sua totalidade e unificar experiências parciais em todo
sentido, o que permitirá aos alunos com ou sem deficiência o reconhecimento de uma
aprendizagem significativa e integral, e a valorização da autonomia, interação em todo o
processo de aprendizagem, bem como o espírito crítico e reflexivo, considerando as
diferenças individuais e coletivas.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO

Diante de tantas mudanças e inovações, a escola não pode continuar ignorando o


que acontece ao seu redor, anulando e marginalizando as diferenças através dos quais
forma e instrui os alunos.

Propostas de transformação das escolas que muito nos animam, reafirmam a


determinação de educadores de assegurar o pleno direito de todos os alunos inseridos a
uma educação de qualidade que permite ao professor transmitir seus conhecimentos,
adaptando as práticas pedagógicas em intervenções que propiciará a cada aluno com ou
sem necessidades educacionais especiais, possam ser motivados e estimulados aos
conhecimentos que lhe são inerentes no processo escolar.

Os relados deste estagio supervisionado, refletindo sobre as possíveis práticas


de intervenção que poderá ser utilizada dentro de sala de aula nos faz analisar quão
importante encararmos a transformação das escolas que hoje temos da maneira mais
realista possível, abolindo-se tudo o que nos faz pensá-las e organizá-las a partir de
modelos que as “idealizam”, segundo uma lógica educacional regida por princípios
sociais, democráticos, de justiça, de igualdade, contrapondo-se à que é sustentada por
competitividade, eficiência, modelos ideais, que tantas exclusões têm provocado na
educação, em todos os seus níveis. Temos de acreditar e dar uma grande virada na
educação escolar.

Os desafios podem ser vencidos, com intervenções que propicie além dos
conhecimentos formais nos alunos com TEA, DV e surdez, provoque autonomia em
todos os sentidos de perceber-se enquanto pessoas de deveres e direitos, inserido em
uma sociedade que fazem parte. Se, do ponto de vista legal, temos de conciliar os
impasses referentes à educação, buscando e divulgando novas práticas de intervenção
pedagógica, e com isso maior aquisição de saberes desenvolvidos no cotidiano das
nossas escolas, vencer os desafios que encontramos na inserção de alunos com
deficiência, essencial que reconhecemos e valorizamos as diferenças na escola, que as
intervenções pedagógicas sejam refletida em todo contexto de transmissão de conteúdos
e possa vir favorecer maior nível de qualidade de ensino escolar, que é exigido para se
ter uma escola mais que especial, onde os alunos tenham o direito de ser alunos, sendo
todos iguais aos nossos olhos.

REFERÊNCIAS

BASSANI, Cristiane. SBARDELOTTO, Dilaine Aparecida. A importância do ensino


de Libras na Educação Infantil. FAESSI – Faculdade de Ensino Superior de São
Miguel do Iguaçu, 2010. Disponível em: . Acesso em: 16/05/2021 .
BRASIL. Ministério da Educação. Estratégias e orientações pedagógicas para a
educação de crianças com necessidades especiais: dificuldades de comunicação e
sinalização: deficiência visual. Brasília, 2002. Disponível em. Acesso em: 22/06/2021.
CRUZ, Talita. Autismo e Inclusão: experiências no ensino regular. Jundiaí: Paco,
editorial, 2014.
GOMEZ, Ana Maria Salgado. TERÁN, Nora Espinosa. Transtornos de
Aprendizagem e Autismo. São Paulo: Abacus Gráfica, 2014.
LACERDA, Cristina B. Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem
alunos, professores e interpretes sobre esta experiência. Cad. Cedes, Campinas, vol.
26, n. 69, p. 163-184, maio/ago. 2006. Disponível em: Acesso em 17/06/2021.
PAULON,Simone Mainieri. Documento subsidiário à política de inclusão. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. Disponível em: .
Acesso em: 21/06/2021.
SÁ, Elizabet Dias de. CAMPOS, Izilda Maria de. SILVA, Myriam Beatriz Campolina.
Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Visual. São Paulo:
MEEC/SEESP, 2007
Denilda Pereira da Mata Souza

Título do Estágio: Libras: Instrumento de Aprendizagem na Inclusão de uma aluna


Surda no Ensino Regular.

Título da ação pedagogica


Libras, instrumento de aprendizagem.

 o ensino da língua de sinais no processo educacional da criança surda;


 alfabetização e letramento em sinais e escrita de sinais;
 explorando a língua de sinais;
 produções artísticas em sinais - leitura de sinais e leitura da escrita de sinais;
 problemas atuais no processo educacional das crianças surdas;

Etapa e ano
Ensino inicial funadmantal 2° ano
ANEXO II
Figura 1 –Alfabeto em LIBRAS

Fonte: http://www.portalescolar.net/2012/05/libras-significado-video-aulas_8095.html

Você também pode gostar