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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

Curso: Segunda Graduação em Educação Especial


Disciplina: Libras I – Conceitos Fundamentais
Tutor: Vânia Ferreira Dias Coelho de Faria
Aluna: Fabiana Gonçalves Nunes Froes

A proposta bilíngue na educação para Surdos

Ao longo da história, o sujeito surdo foi rotulado em consequência dos


conceitos e representações construídas acerca da surdez, desta forma ele sofre com
o estigma da deficiência e da incapacidade.
Atualmente, vivemos em uma sociedade letrada, sendo imprescindível o
domínio do código linguístico a fim de ter acesso ao lazer, aspectos sociais, culturais
e econômicos. Através do Bilinguismo se espera que o sujeito surdo se comunique
fluentemente na sua língua materna (língua de sinais) e na língua oficial de seu país.
Através da língua de sinais propicia-se o desenvolvimento linguístico e cognitivo da
criança surda, facilitando assim o processo de aprendizagem, servindo de apoio para
a leitura e compreensão do mundo.
Atualmente contamos com vários recursos para a educação destas crianças,
como as classes especiais, salas de recursos e espaços educacionais para surdos,
apesar disto o que percebemos alguns obstáculos, como exemplo a falta de
recursos didáticos especiais para a educação, falta de profissionais devidamente
capacitados para trabalhar com nossas crianças, entre outras. Para que a
alfabetização aconteça é necessário apresentar LIBRAS desde muito cedo, pois
assim poderá mostrar seu potencial e possibilidades na modalidade leitura e escrita,
pois igual à realidade dos ouvintes os alunos surdos tem suas limitações e
diferenças individuais quanto ao desenvolvimento em sala de aula. A escola e as
comunidades envolvidas, ou seja; família e sociedade devem saber a importância
que a Língua de Sinais tem no sistema linguístico permitindo a esse aluno
conhecimento e práticas que traduzam e transformem a realidade do surdo que
lutam pelos seus direitos e cidadania. Os estudos mostram a importância do ensino
de línguas e tendo LIBRAS como mediadora no ensino de Língua Portuguesa num
contexto social e no cotidiano e no âmbito escolar e a base para o letramento, pois o
aluno se mostra mais interessado ao que está sendo apresentado em sala de aula
sem a distinção dos ditos ouvintes.

O papel do professor é fundamental para que o processo ensino-


aprendizagem aconteça de forma significativa, o docente envolvido na educação
especial deve ter a consciência de que a forma ou método alternativo correto para a
mediação para a Língua Portuguesa é a LIBRAS, que apresentada de forma correta
atrelada às atividades em sala de aula terá resultados positivos tanto para o
professor e principalmente para o aluno surdo e sua socialização, os desafios
existem e a escola deve se adequar às necessidades dos alunos que são inclusos
não apenas como é prevista em lei, mas acolher esse aluno na prática no cotidiano
escolar e atender as necessidades em todas as deficiências, para assim não ficar
alheio ao que está sendo desenvolvido em sala de aula. Deve a coordenação trazer
recursos e professores preparados com currículos e especializações, para que
esses desafios sejam superados. É um processo longo e demanda tempo e
disponibilidade por parte do professor, agindo assim a escola finalmente será uma
escola inclusiva.

REFERÊNCIAS
ALBANO, E. C. Da fala à linguagem: tocando de ouvido. São Paulo: Martins Fontes.
1990.

ALMEIDA, E. C. Deficiência auditiva: como evitar e cuidar. São Paulo: Atheneu,


2001.

ALMEIDA, K; IORIO, M. C. M. Próteses auditivas: fundamentos teóricos e aplicações


clínicas. São Paulo: Lovise, 1996.

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