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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE LETRAS
CURSO DE LETRAS - LÍNGUA E LITERATURA PORTUGUESA

ROCHELY RAMOS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS


(LIBRAS) COMO DISCIPLINA CURRICULAR OBRIGATÓRIA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA

Manaus
2023
ROCHELY RAMOS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS


(LIBRAS) COMO DISCIPLINA CURRICULAR OBRIGATÓRIA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA

Projeto apresentado no Curso de Letras-Língua e


Literatura Portuguesa, da Universidade Federal do
Amazonas, na disciplina de Metodologia do
Trabalho Científico, para obtenção de nota parcial.

Orientador Prof. Dr. Edilberto Moura.

Manaus
2023
PROJETO DE PESQUISA

1. TEMA

A importância da introdução da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como disciplina


curricular obrigatória na educação básica.

2. JUSTIFICATIVA

A escolha desse tema é motivada pelo desejo de uma educação de nível básico mais
inclusiva e acessível. Além disso, a discussão sobre a inclusão da Libras como disciplina
obrigatória na educação básica é relevante para o cenário atual, já que ressalta a importância
de garantir a inclusão e a acessibilidade aos estudantes surdos, alinhando-se com as políticas
de educação inclusiva e de direitos humanos. Ademais, abordar esse tema contribui para o
debate sobre como a educação pode se adaptar às necessidades de uma sociedade diversa,
promovendo desempenhos acadêmicos e sociais satisfatórios de educandos surdos.

3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

De que maneira a introdução da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular


obrigatória na educação básica beneficia a inclusão de alunos surdos ao sistema
educacional?

4 QUESTÕES NORTEADORAS

1. Como a Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular permite que os alunos
surdos tenham acesso igualitário às aulas?
2. A introdução da Libras na educação básica ajuda no estabelecimento de relações
interpessoais entre alunos surdos e ouvintes com mais facilidade?
3. Como a educação inclusiva contribui para desenvolvimento do raciocínio lógico dos
alunos surdos diante de atividades em sala de aula?
5 OBJETIVOS: Pretensões da pesquisa

5.1 Geral

Entender a importância de tornar a Língua Brasileira de Sinais disciplina curricular


obrigatória na educação básica em prol da inclusão de alunos surdos no sistema
educacional.

5.2 Específicos

✔ Constatar que a Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular permite que

os alunos surdos tenham acesso igualitário às aulas.

✔ Verificar como a LIBRAS ajuda a estabelecer relações interpessoais entre alunos

surdos e ouvintes com mais facilidade e como ajudará a diminuir a segregação.

✔ Deduzir como elaborações pedagógicas melhores ajudarão no desenvolvimento

cognitivo dos alunos surdos.


6 REVISÃO DE LITERATURA

As questões sobre a educação de pessoas surdas no Brasil vem de muito tempo, desde
quando D. Pedro II convida o professor francês Ernest Huet para ensinar surdos no país em
1857, até o surgimento da Constituição de 1988, que garante acesso do surdo à educação
pública, juntamente de um intérprete. Como contraponto, uma pessoa surda pode ter acesso
às salas de aula, porém, estar limitada unicamente ao contato com intérprete não garante
ensino de qualidade, nem sequer inclusão. Como percebe Júnior (2015, p. 17):
O descaso com que a educação brasileira trata os Surdos é visível, uma vez que
estes dependem e se vinculam ao intérprete, e não ao professor regente. A
convivência dos Surdos e ouvintes em ambiente educacional deveria levar em
conta uma nova Filosofia da Educação, que leva em consideração que a
convivência apenas técnica entre Surdos e ouvintes poderia continuar a abastecer o
aumento do preconceito e da segregação.

Ademais, o ambiente escolar é estruturado para os ouvintes. É fato que isto leva os
alunos surdos para as margens da sala de aula, atrasando seu desenvolvimento social e
cognitivo, já que a escola é a base para a constituição e introdução de um sujeito na
sociedade Assim, os sujeitos surdos pela defasagem auditiva enfrentam dificuldades para
entrar em contato com a língua do grupo social no qual estão inseridos (Góes, 1996).

Outra questão advém da falta de elaborações pedagógicas que atendam alunos surdos
e ouvintes de uma só maneira dentro de sala de aula. Há um desfalque quando se trata de
professores preparados para atender e incluir alunos surdos em atividades que deveriam
abranger os estudantes em geral, e que seriam capazes de beneficiar os alunos surdos e
ouvintes de maneira igualitária. Assim, Lacerda (2006, p. 167), reitera:

A inclusão escolar é vista como um processo dinâmico e gradual, que pode


tomar formas diversas a depender das necessidades dos alunos, já que se pressupõe
que essa integração/inclusão possibilite, por exemplo, a construção de processos
lingüísticos adequados, de aprendizado de conteúdos acadêmicos e de uso social
da leitura e da escrita, sendo o professor responsável por mediar e incentivar a
construção do conhecimento através da interação com ele e com os colegas.

Neste contexto, é preciso reconhecer as vantagens que o bilinguismo, metodologia


imposta na década de 1970, traria em ser aplicado tanto para os alunos surdos quanto para os
ouvintes. Isto tornaria o ambiente escolar mais propício para a socialização e aprendizado
em conjunto dos estudantes no ensino básico. Países que optaram por essa abordagem
oficialmente, mostram resultados muito satisfatórios no que diz respeito ao desenvolvimento
e aprendizagem das pessoas surdas (Lewis, at al, 1995)
7 METODOLOGIA

Esta pesquisa é de natureza qualitativa, com um estudo descritivo, para fins de ver
como os alunos surdos se desenvolvem no quesito intelectual e social no ambiente escolar
em duas escolas distintas, uma bilingue com metodologias adequadas para receber o
educando surdo e outra escola regular.
A execução dessa pesquisa se seguirá como uma pesquisa de campo feita na Escola
Estadual Augusto Carneiro dos Santos e na Escola Municipal João Alberto Menezes Braga,
com os alunos surdos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental com coleta de dados através
de observação.
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, WG., org. Educação de surdos: formação, estratégias e prática docente. Ilhéus,
Bahia: Editus, 2015.

GÓES, M.C.R. Linguagem, surdez e educação Campinas: Autores Associados, 1996

LACERDA, Cristina. A inclusão escolar de alunos surdos: O que dizem alunos,


professores e intérpretes sobre essa experiência. SciELO. 2006. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0101-32622006000200004. Acesso em: 19 de outubro de 2023.

LACERDA, C.B.F. A inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes:


focalizando a organização do trabalho pedagógico. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 23,
2000, Caxambú. Anais.. Caxambú: ANPED, 2000.

QUADROS, Ronice. Inclusão de surdos: uma das peças do quebra-cabeça da educação.


Unesp/UNIVESP, n. 11. 2012.

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