Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO

JÚLIA GUIMARÃES ALMEIDA

A INCLUSÃO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

GOIÂNIA
2023
JÚLIA GUIMARÃES ALMEIDA

A INCLUSÃO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Trabalho de Conclusão de Curso do


Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à
Educação da Universidade Federal de
Goiás, como requisito para a conclusão do
Ensino Médio.

Orientadora: Profa Drª.Laís Rodrigues


Campos

GOIÂNIA
2023
JÚLIA GUIMARÃES ALMEIDA

A INCLUSÃO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Trabalho de Conclusão de Curso do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à


Educação da Universidade Federal de Goiás, defendido, para a conclusão do Ensino
Médio, aprovado em, 20/12/2023, pela Banca Examinadora constituída pelos
seguintes professores:

_________________________________________________________________
Prof. Drª Laís Rodrigues Campos – CEPAE/UFG
-Presidente da Banca-

________________________________________________________________
Profa Me. Fabiana Perpétua F. Fernandes– CEPAE/UFG
-Membra da Banca-

_______________________________________________________________
Pedagoga Thainara Ferreira Lobo – CEPAE/UFG
-Membra da Banca-
A INCLUSÃO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

JÚLIA GUIMARÃES ALMEIDA1

RESUMO
A escolha do tema, A inclusão da LIBRAS na educação básica, se faz por ser um tema
que me gera interesse e vislumbre, pois, no ensino fundamental tive pela primeira vez
contato com um colega surdo na sala de aula e com sua professora intérprete. Este
trabalho tem como objetivo central compreender quais são as estratégias e desafios
para a Inclusão da Língua Brasileira de Sinais na Educação Básica, que desdobra-se
nos seguintes objetivos específicos: apresentar a história da língua brasileira de
sinais, investigar como pode ser introduzido o ensino da LIBRAS na Educação Básica
e apresentar quais as leis que asseguram os surdos. O estudo deste trabalho segue
uma abordagem qualitativa com levantamento bibliográfico em livros e artigos e para
instrumento de pesquisa foi aplicado um questionário com alunos do Centro de Ensino
e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE-UFG) da Eletiva “Clube de Libras: Inclusão
e Socialização na educação básica”. Os alunos se mostraram favoráveis ao ensino da
língua de sinais na escola. Bem como, interessados na disciplina e abertos ao um
diálogo com as diferenças.

Palavras-chave: Inclusão, Alunos, Surdos, Libras, Educação.

ABSTRACT
The choice of the topic, The inclusion of LIBRAS in basic education, is made because
it is a topic that generates interest and insight for me, because, in elementary school,
I had contact for the first time with a deaf colleague in the classroom and with his
interpreter teacher. This work's central objective is to understand the strategies and
challenges for the Inclusion of Brazilian Sign Language in Basic Education, which
unfold into the following specific objectives: present the history of Brazilian Sign
Language, investigate how the teaching of Brazilian Sign Language can be introduced,
LIBRAS in Basic Education and present the laws that guarantee the deaf. The study
of this work follows a qualitative approach with a bibliographic survey in books and
articles and as a research instrument, a questionnaire was applied to students from
the Center for Teaching and Research Applied to Education (CEPAE-UFG) of the
Elective “Libras Club: Inclusion and Socialization in basic education.” The students
were advanced in teaching sign language at school. As well as specific subjects in the
discipline and open to dialogue with differences.

Key words: Inclusion, Students, Deaf, Libras, Education.

INTRODUÇÃO

1
Aluna da turma A do 3º ano do Ensino Médio do CEPAE
A educação é um direito fundamental e universal, um pilar essencial para o
desenvolvimento pleno e igualitário de todos os indivíduos em uma sociedade. Neste
contexto, percebe-se que para além da discussão de inclusão educacional
disseminada em nosso país, a experiência de estudantes surdos dentro da escola
merece atenção, uma vez que tais alunos apresentam aspectos que destoam do
padrão social vigente. Os surdos têm lutado pela proposta bilíngue de educação, por
um ambiente propício à mediação do conhecimento onde o corpo docente seja
proficiente em língua de sinais, e estejam abertos aos alunos que lá forem
matriculados (CEDES,2006).
A escolha do tema "Inclusão da LIBRAS na educação básica" para esta pesquisa
reflete a necessidade de explorar e compreender os desafios e as oportunidades
associados à incorporação da língua de sinais no contexto educacional. Reconhecida
como segunda língua oficial do Brasil pela Lei nº 10.436/2002, desempenha um papel
crucial na promoção da inclusão social e educacional dos surdos.
E por ser um tema que me gera interesse e vislumbre, pois, no ensino fundamental
tive pela primeira vez contato com um colega surdo na sala de aula e com sua
professora intérprete da língua brasileira de sinais e desde então venho pesquisando
sobre a comunidade surda, sobre a libras, e as variadas combinações de sinais.
É importante que o ensino possibilite a interação e a inclusão completa desses e
que lhe permita tomar decisões individualmente, pois prevê a inserção completa dos
alunos surdos que deve estar disponível em todos os níveis de ensino, desde a
educação infantil até a universidade, e cabe ao professor e a direção escolher os
materiais que melhor adaptam-se aos seus alunos e aos objetivos que pretende atingir
(CEDES,2006).
Este trabalho tem como objetivo central compreender quais são as estratégias
e desafios para a Inclusão da Língua Brasileira de Sinais na Educação Básica, que
desdobra-se nos seguintes objetivos específicos: apresentar a história da língua
brasileira de sinais, investigar como pode ser introduzido o ensino da LIBRAS na
educação básica e apresentar quais as leis que asseguram os surdos.
O estudo deste trabalho segue uma abordagem qualitativa com levantamento
bibliográfico em livros e artigos e para instrumento de pesquisa foi aplicado um
questionário com alunos do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação
(CEPAE-UFG) da Eletiva “Clube de Libras: Inclusão e Socialização na educação
básica”.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Educação Inclusiva: Contexto e Legislação.

A inclusão apresenta-se como uma proposta adequada para a comunidade


escolar, que se mostra disposta ao contato com as diferenças, porém não
necessariamente satisfatória para aqueles que, tendo necessidades especiais,
necessitam de uma série de condições que, na maioria dos casos, não têm sido
propiciadas pela escola (CEDES,2006).

Em nosso país, os dois precursores da história da educação


inclusiva foram Dom Pedro II e o Marquês de Abrantes, que
foram encarregados por Dom Pedro com finalidade de realizar
uma comitiva para que promovesse uma escola inclusiva para
surdos e mudos. Diferente do Português, que teve origem
portuguesa, a Libras, nossa língua de sinais, teve origem
francesa e foi criada neste instituto escolar pelo professor
francês Ernest Huet a convite de Dom Pedro II (CABRAL,2022).

Conforme o autor, a criação do instituto e da implementação da Libras no Brasil


foi o primeiro passo para que possibilitasse aos alunos surdos o direito à uma escola,
já que Huet, introdutor da língua de sinais francesa, havia colaborado com a língua de
brasileira de sinais trazendo um estudo lógico.
Segundo Mantoan (2003), por muito tempo, a maioria dos surdos foi educada em
mosteiros, asilos ou escolas em regime de internato. Eles migravam para essas
instituições, vistas como a única possibilidade de receber instruções. Dentre algumas
narrativas históricas, conta-se que a sinalização era vista como um “código secreto”,
mesmo entre os surdos, pois era usada às escondidas, por causa de sua proibição.
Gesser (2009) alega que os surdos foram privados de se comunicarem em sua
língua natural durante séculos. Padden & Humphries (1988) mostram que as escolas,
em sua grande maioria, proibiam o uso da língua de sinais para a comunicação entre
os surdos, forçando-os a falar e a fazer leitura labial. Quando desobedeciam eram
castigados fisicamente, e tinham as mãos amarradas dentro das salas de aula.
Conforme Quadros (2006), descreve a importância de se garantir, na matrícula
desses estudantes, a oferta de intérpretes. Entretanto, a autora alerta que a presença
desse profissional não fornece todas as condições que o aluno surdo requer. O
trabalho de interpretação circula entre duas línguas, partindo da tradução do conteúdo
em Português para a Língua de Sinais, que é, portanto, secundária no processo. Isto
é, as estratégias de ensino são pensadas, na língua da nação, presumindo que a
tradução para a Libras é o suficiente para a aprendizagem e a presença de intérprete
significa resguardar o direito linguístico dos surdos.

1.2 Educação para os surdos e a Língua de sinais.

Segundo afirma, Gesser (2009) em qualquer lugar em que haja surdos


interagindo, haverá línguas de sinais. Podemos dizer que o que é universal é o impulso
dos indivíduos para a comunicação e, no caso dos surdos, esse impulso é sinalizado.
Através da Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, entende-se como Língua
Brasileira de Sinais - Libras, a forma de comunicação e expressão, em que o sistema
linguístico é de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem
um sistema linguístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil.
Assim, a língua de sinais tem todas as características linguísticas de qualquer
língua natural, focalizada na modalidade visual-espacial e o canal comunicativo ser
diferente do que os ouvintes usam para se comunicar não anula a existência de uma
língua tão natural, complexa e genuína como é a língua de sinais.
A Libras é a Língua Brasileira de Sinais, sendo considerada a segunda língua
do Brasil e, portanto, a primordial dos Surdos (SALLES, 2004). A Língua de Sinais
passou por várias transições e vale ressaltar que cada país possui a sua. Contudo, há
de se notar que a defasagem, principalmente, no ensino de Libras em escolas
acontece com certa veemência. Sendo assim, percebe-se que o ensino de libras se
encontra em estruturação inadequada e, de certa forma, abandonado.
Segundo o professor e tradutor de libras Gabriel Sampaio, a principal dificuldade
enfrentada pela comunidade surda é a falta de profissionais capacitados nas
instituições públicas e privadas, além do pouco conhecimento sobre a identidade, a
cultura surda e a língua de sinais.
A educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da ideia
de uma formação integral do aluno — segundo suas capacidades e seus talentos —
e de um ensino participativo, solidário e acolhedor (MANTOAN, 2003).
A formação de professores, profissionais para a educação
básica tem que partir de seu campo de prática e agregar a este
os conhecimentos necessários selecionados como valorosos,
em seus fundamentos e com as mediações didáticas
necessárias, sobretudo por se tratar de formação para o trabalho
educacional com crianças e adolescentes (GATTI, 2009).

Conforme o autor, pode-se concluir que a inclusão dos alunos surdos no


ambiente escolar se faz necessária como os demais alunos, mas que necessitam de
um acompanhamento do intérprete de Libras para os auxiliarem durante todo esse
processo de aprendizagem, nesta citação é abordado o quão importante é o corpo
docente se atentar para esse assunto.
De forma geral, o ensino da Libras busca sanar as necessidades do público
surdo em sua interação, trazendo mais acessibilidade, fazendo com que a sociedade
se torne bilíngue e a surdez passe a ser vista não como uma deficiência, mas como
uma cultura diferente (LUZ, 2013).

METODOLOGIA

O estudo deste trabalho segue uma abordagem qualitativa com levantamento


bibliográfico em livro e artigos específicos sobre o tema, como a obra “LIBRAS? Que
língua é essa?:crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade
surda” de Gesser (2009), com o objetivo central compreender quais são as estratégias
e desafios para a Inclusão da Língua Brasileira de Sinais na Educação Básica, que
desdobra-se nos seguintes objetivos específicos: apresentar a história da língua
brasileira de sinais, investigar como pode ser introduzido o ensino da LIBRAS na
educação básica e apresentar quais as leis que asseguram os surdos.
E para instrumento de pesquisa foi aplicado um questionário com alunos do Centro
de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE-UFG) da Eletiva “Clube de
Libras: Inclusão e Socialização na educação básica”. Com análise de dados de caráter
interpretativo, os questionários tinham como objetivo identificar quais as metodologias
utilizadas para incluir a LIBRAS na Educação Básica e refletir sobre o interesse dos
alunos com a disciplina.

ANÁLISE DE DADOS
Foi aplicado um questionário com alunos do Centro de Ensino e Pesquisa
Aplicada à Educação (CEPAE-UFG) da Eletiva “Clube de Libras: Inclusão e
Socialização na educação básica” com análise de dados de caráter interpretativo. Dos
22 alunos matriculados na disciplina 07 responderam o questionário.
O gráfico abaixo mostra as respostas dos alunos nos questionários:

Fonte: elaborado pela autora.

A primeira, a segunda e a terceira questão tiveram como objetivo identificar a


idade, a série e o sexo dos alunos participantes, assim verificamos que a maioria tem
entre 15 a 16 anos, estão realizando o 1º ano do Ensino Médio,
Na quarta pergunta do questionário, “Você acha que a Língua de sinais deve ser
ensinada como disciplina na grade curricular das escolas?”, nosso objetivo foi
identificar se os/as participantes acham importante o ensino da Libras na Educação
Básica. A partir das respostas coletadas, podemos perceber que sim, a maioria dos
participantes consideram importante.
O resultado dessa questão dialoga com o que o autor Gesser (2009) diz que para
promover a comunicação e o acesso à informação de pessoas surdas, a Libras é um
fator muito importante para que essa inclusão aconteça.
Pergu Pergunt Pergu Pergunt
nta 04 a 05 nta 06 a 07 Pergunta 08 Pergunta 09 Pergunta 10 Pergunta 11

“Se existe diferença da


“Aumentar o incentivo libras no Brasil e nos
Sim Sim Sim Não “Não” durante as aulas” outros países.” Sim
“Libras deveria ser uma “Achei super Sim. “Em relação
“Sim, na eletiva de libras, eu língua acessível a todos da interessante a aula de a diversidade sim,
achei super interessante a escola (grade). Não apenas esportes e fomos bem mas ao
conversa e como ela (palavra na eletiva. A arte de além. Não faço nem preconceito eu
não identificada) leem. Ajudou transformar o comum em ideia mas será legal de duvido um
Sim Sim Sim Sim bastante no meu aprendizado.” extraordinário.” aprender.” pouco.”
“No ônibus enquanto eu voltava
para casa, uma menina tava “Ter aula de Libras sem ser “Aprender sobre a
Sim Sim Sim Sim conversando com a mãe.” eletiva.” aparência e etnia.” Sim
“Revisão básica, pois
“Sim, foi muito legal se “Ter o ensino de libras como muita gente não
Sim Sim Sim Não comunicar com ele.” uma disciplina.” lembra do básico.” Sim
“O suficiente pra
“Não tive pré eletiva, porém dialogar com um
fazendo a mesma, me fez surdo-mudo tanto no
perceber quão legal é fazer ambiente social quanto
Sim Sim Sim Sim libras.” “Aula obrigatório de libras” profissional” Sim
“Sim, com minha prima e com
algum estagiário de Libras. Eu “Revisar aulas
tive uma visão que todos “Tendo o ensino de Libras passadas e (palavra
Sim Sim Sim Não deveriam aprender o basico.” nas escolas.” não identificada)” Sim
“Sim, meu avô ficou surdo por
um tiro no ouvido, isso fez
grande parte da minha infância “Como pedir
Não Sim Sim Não ser traumatica.” “Ensinar e adotar.” dinheiro.” Não
Na oitava pergunta do questionário, “Você já teve alguma experiência de
interação com pessoas surdas? Se sim, como isso impactou a sua visão sobre a
inclusão?”, nosso objetivo foi que os alunos falassem sobre suas vivências e como
isso contribui para o seu aprendizado. Os/as participantes foram identificados com a
sigla “A” e a ordem numérica de preenchimento do questionário. Selecionamos
algumas respostas e mantivemos a escrita original:

A2: “Sim, na eletiva de libras, eu achei super interessante a conversa


e como ela fluiu bem. Ajudou bastante no meu aprendizado.”
A5: “Não tive pré eletiva, porém fazendo a mesma, me fez perceber
quão legal é fazer libras.”
A6: “Sim, com minha prima e com algum estagiário de Libras. Eu tive
uma visão que todos deveriam aprender o basico.”

Na nona pergunta do questionário, “O que você acha que pode ser feito para
melhorar a inclusão de estudantes surdos nas escolas?”, nosso objetivo foi que os
alunos falassem suas opiniões frente a essa questão. Os/as participantes foram
identificados com a sigla “A” e a ordem numérica de preenchimento do questionário.
Selecionamos algumas respostas e mantivemos a escrita original:
A1: “Aumentar o incentivo durante as aulas”
A2: “Libras deveria ser uma língua acessível a todos da escola (grade).
Não apenas na eletiva.”
A6: “Tendo o ensino de Libras nas escolas.”
Na décima pergunta do questionário, “O que você espera aprender nas próximas
aulas de Eletiva de Libras?”, nosso objetivo foi entender qual o interesse dos alunos
e o que esperam das próximas aulas. Os/as participantes foram identificados com a
sigla “A” e a ordem numérica de preenchimento do questionário. Selecionamos
algumas respostas e mantivemos a escrita original:
A1: “Se existe diferença da libras no Brasil e nos outros países.”
A3: “Aprender sobre a aparência e etnia.”
A5: “O suficiente para dialogar com um surdo-mudo tanto no ambiente
social quanto profissional”.
A6: “Revisar aulas passadas”.

Percebe-se que para além da discussão de inclusão educacional disseminada em


nosso país, a LIBRAS é essencial na Educação Básica para alunos surdos e ouvintes,
haja vista, que o público em específico, têm lutado pela proposta bilíngue de
educação, no sentido de alcançar um ambiente propício a mediação do conhecimento
onde o corpo docente e administrativo das escolas seja proficiente em língua de sinais.
Os alunos se mostraram favoráveis ao ensino da língua de sinais na escola. Bem
como, interessados na disciplina e entusiasmados para aprender mais sobre a língua
brasileira de sinais e abertos ao um diálogo com as diferenças. As respostas dos
questionários da pesquisa podem servir também como parâmetro a fim de fazer uma
análise dos interesses dos alunos e o que esperam aprender na disciplina, para que
possa ir além de uma eletiva mas que se torne uma disciplina na grade curricular.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos foram atingidos através da leitura e interpretação de artigos e pela


análise dos questionários aplicados aos alunos do Clube de Libras do CEPAE/UFG.
Que se mostraram favoráveis ao ensino da língua de sinais na escola.
A Libras desempenha um papel fundamental na quebra de barreiras
comunicativas e na promoção da inclusão de alunos surdos, possibilitando uma
experiência educacional mais rica e equitativa. Além disso, a abordagem inclusiva da
Libras na escola se alinha com políticas e diretrizes que visam garantir a igualdade de
oportunidades para todos os estudantes.
Para além disso, se destacam de forma abrangente a importância da Língua
Brasileira de Sinais na escola, tanto do ponto de vista social quanto educacional. Ao
reconhecer e promover a utilização da Libras, as instituições educacionais não apenas
atendem às necessidades específicas dos alunos surdos, mas também contribuem
para um ambiente mais inclusivo e diversificado.
Portanto, o trabalho foi muito importante também na minha formação
acadêmica, realizar uma pesquisa científica durante o ensino médio foi um tanto
quanto desafiador mas contribuiu significativamente para a minha formação como
aluna e pessoa, aprimorei habilidades de leitura e escrita, desenvolvi pensamento
crítico, aprofundei em um tema específico que contribuiu para o avanço do meu
conhecimento e a compreensão do método científico, como preparação para a
carreira acadêmica.

REFERÊNCIAS

CABRAL, Fabiana Cavalcanti. As dificuldades dos alunos surdos nas escolas


públicas. 2022. 17 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) -
Departamento de Letras, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2022.

CADERNO CEDES, Campinas, vol. 26, n. 69, p. 166, maio/ago. 2006. Disponível em
<http://www.cedes.unicamp.br>

Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005 (2005). Regulamenta a Lei nº 10.436,


de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o
art. 18 da Lei nº 10.09819 de dezembro de 2000. Disponível:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm.

DE MENDONÇA, Lorena Medeiros et al. A importância da LIBRAS como


componente curricular na educação básica. Educação: Saberes e Prática, v. 7,
n. 1, 2018.

FERNANDES, E. A. Linguagem e surdez. Porto Alegre: Artmed, 2003.

FERNANDES, S. Educação bilíngüe para surdos: identidades, diferenças,


contradições e mistérios. Curitiba, 2003, Tese (Doutorado em Letras), Universidade
Federal do Paraná. GATTI, Bernardete A. Formação de professores no Brasil:
características e problemas. Educação & Sociedade, v. 31, p. 1355-1379, 2010.

GESSER, A. LIBRAS? Que língua é essa?:crenças e preconceitos em torno da


língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

GLAT, Rosana. Educação Inclusiva: Cultura e Cotidiano Escolar. 7 letras, 2007.


SILVA, Carine Mendes da; SILVA, Daniele Nunes Henrique. Libras na educação de
surdos: o que dizem os profissionais da escola?. Psicologia escolar e educacional,
v. 20, p. 33-44, 2016.

SKLIAR, Carlos. A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora


Mediação, 1998.

XAVIER, Keli Simões, 1982- O Lugar do intérprete educacional nos processos de


escolarização do aluno surdo / Keli Simões Xavier. – 2012.

APÊNDICE
Questionário

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO

Questionário de Pesquisa- TCEM

Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada A
INCLUSÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Esta pesquisa tem o
objetivo de identificar quais as metodologias utilizadas para incluir a LIBRAS na sala de aula da
Educação Básica.
Meu nome é Júlia Guimarães Almeida, sou a pesquisadora responsável, sou estudante do
CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO (CEPAE-UFG) e essa pesquisa faz
parte da elaboração do Trabalho de Conclusão do Ensino Médio (TCEM), orientado pela Profª. Doutora
Laís Rodrigues Campos.
Você preencherá um questionário com onze perguntas. Durante todo o período da pesquisa e
na divulgação dos resultados, sua privacidade será respeitada, ou seja, seu nome ou qualquer outro
dado ou elemento que possa, de alguma forma, identificar-lhe, será mantido em sigilo.

1- Qual a sua idade?

2- Qual a sua turma?

3- Com qual gênero você se identifica?

a) Feminino
b) Masculino
c) Outro:

4- Você acha que a Língua de Sinais deve ser reconhecida e ensinada como disciplina na grade
curricular das escolas?

a) Sim
b) Não
5- Você está gostando da Eletiva de LIBRAS?

a) Sim
b) Não

6- Você concorda que a comunicação em LIBRAS facilita a interação e a integração entre estudantes
surdos e ouvintes?

a) Sim
b) Não

7- Você sabia que a Língua de Sinais é a segunda língua oficial do Brasil?

a) Sim
b) Não

8- Você já teve alguma experiência de interação com pessoas surdas? Se sim, como isso impactou a
sua visão sobre a inclusão?

9- O que você acha que pode ser feito para melhorar a acessibilidade e inclusão de estudantes
surdos nas escolas?

10- O que você espera aprender nas próximas aulas da Eletiva de LIBRAS?

11- Você acredita que a inclusão da Língua de Sinais contribui para o respeito à diversidade e o
combate ao preconceito na escola?

a) Sim
b) Não

Você também pode gostar