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JUARA/MT
2016
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JUARA/MT
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca examinadora
JUARA/MT
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................9
1-REVISAO DE LITERATURA..............................................................11
3 CONTEXTO DA INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO
ENSINO REGULAR...........................................................................20
3.1 .Surdez.......................................................................................................................................20
4-POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO.......................................................24
5-PERCURSO METODOLÓGICO..........................................................30
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................33
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INTRODUÇÃO
1-REVISAO DE LITERATURA
linguagem que o sujeito se relaciona com o mundo a sua volta de forma a transmitir
valores ideias e pensamentos.
No que se refere a LIBRAS entende-se conforme Carlos Skliar (1997, p.141)
em sua obra “Educação e Exclusão: Abordagens Sócio-Antropológicas em
Educação Especial” que a língua de sinais:
A língua de sinais como uma primeira língua é essencial para que o surdo,
vendo-se a si mesmo, possa enxergar o outro, o ouvinte e, enxergando o
outro, possa adentrar no mundo da linguagem escrita desse, de forma mais
apropriada. A língua de sinais pode, assim, ser representada como a porta
de entrada que dará acesso ao entendimento da cultura de um grupo, [...]
da cultura surda (DORZIAT & FIGUEIREDO 2003,p. 36-38).
No Brasil um método que foi muito empregado na educação dos surdos foi a
o Oralismo ainda que não fosse um procedimento de uso geral de todos os
envolvidos, mas por muito tempo tal prática não abria espaço à outras metodologias
para a comunicação dos surdos. E assim:
Assim podemos reiterar que tendo o sujeito a sua língua materna e lhe
impondo uma segunda língua, que em muitos casos se desconsidera a sua
impossibilidade para isto vem a ser a ele uma negação para convivência com seus
pares (FIGUEIREDO, 2002). E podemos ainda traz a luz a contribuição de Gesser
(2009, p.42) que diz que:
1
Lingua de sinais americana.
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Entretanto mesmo sendo uma técnica mais facilitadora com mais recursos tal
técnica não produziu resultados satisfatórios onde o surdo pudesse encontrar
suporte de aquisição de conhecimentos. e ainda tem o fato da Comunicação Total
se basear na simultaneidade da Língua Portuguesa, que é a oral auditiva, e a
Língua de Sinais, que é gestual visual, não considerando as diferenças entre estas,
fez com que tal método não fosse bem sucedido não perdurasse. (FONSECA,
2013). Ainda falando da historicidade de LIBRAS no Brasil:
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Embora a primeira escola para surdos date do ano de fundação com a chegada de Huet em 1855, a
primeira tentativa foi feita em 1835, quando o deputado Cornelio Ferreira apresentou à Assembleia
um estatuto para estabelecer os objetivos de professores primários na educação dos surdos e dos
cegos (REIS, 1992, p.57).
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REIS, V.P.F. A criança surda e seu mundo: o estado da arte, a politicas e as intervenções
necessárias. Dissertação de mestrado. Vitoria: UFES, 1992.
4
ROCHA, S. Histórico do INES. Espaço: edição Comemorativa 140 anos, 3, 32.1997.
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As línguas de sinais, por serem vistas como duas línguas, dão ao surdo as
condições de estruturação de seus pensamentos por meio do uso da linguagem e
ainda enriquecendo as suas relações com o mundo e os tornado suscetíveis na
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3.1 .Surdez
Nesse ínterim podemos destacar alguns tipos de surdez que são originados
se considerando o período em que ocorre a perda auditiva, ou seja, anteriormente
ou depois da aquisição da fala. Havendo assim dois tipos que são a pré-linguistica
ou pré-lingual que é congênita ou surge em tenra idade, antes da aquisição da fala.
E há ainda a pós - lingual ou pós-linguística. Que pode ser entendida como os
sujeitos ensurdecidos posteriormente a aquisição da linguagem. (QUADROS, 2006)
Sacks (2000, apud QUADROS, 2006) conjectura que os surdos pré-
linguisticos não possuem conceitos de imagens auditivas e nem experiências
mentais a que possam recorrer, pois nunca ouviram e tendo assim lembranças,
imagens ou ligações auditivas possíveis, ou podem ainda de acordo com Soares
(2005) nunca terão a ilusão do som. São pessoas com incapacidade são “incapazes
de ouvir seus pais e, como inconsequência dessa impossibilidade pode vir a ter
acentuados atrasos linguísticos. Contudo, conseguem ouvir vários tipos de ruídos e
ser sensíveis a vibrações de toda espécie”. (QUADROS, 2006, p.189).
A surdez vem a ser assim uma séria necessidade educativa especial que
perpassa pela inclusão na escola regular, sendo assim a audição uma das vias
fundamentais para a aquisição da linguagem, e a sua perda desde o nascimento e
na infância acarretará profundas mudanças no desenvolvimento cognitivo da
criança. A inclusão deve acionar mecanismos que consintam ao aluno surdo o
conhecimento dentro de sua respectiva inclusão na classe regular de ensino,
superando desafios inerentes ao processo educativo (NIENDICKER e ZICH, 2008).
A escola ao permitir que o aluno surdo condições de socialização venha a
contribuir no desenvolvimento de suas habilidades, sendo o professor peça-chave
na intervenção nas dificuldades de integração, buscando didáticas em equipe que
instiguem as crianças surdas á interação e firmando parcerias a partir dos seus
interesses comuns e de aceitabilidade, sempre ressaltando os avanços do aluno
surdo, sempre despertando neles a autoconfiança. (ABREU, 2006).
Ainda em tempo na Educação Infantil sendo ambiente propicio de atividades
lúdicas onde a criança brinca e mesmo diante de obstáculos advindos pela
deficiência auditiva, às brincadeiras aliadas a LIBRAS podem ser riquíssimo recurso
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Nessa conjuntura Silva (2006) analisa que o professor tem muito a ganhar
quando inclui em seu planejamento métodos para que os alunos surdos brinquem e
exponham seus posicionamentos ampliando a compreensão destes dentro da
realidade que os cerca , seu modo de interpretação e de em terno do real . As
brincadeiras deste modo mostram que a criança surda a língua de sinais, a
identificação do surdo, são elementos básicos dentro de um diálogo com a
sociedade ouvinte. (ALMEIDA & TAVARES, 2009).
Dentro desse pensamento ainda silva (2006) ressalta que é imprescindível na
sociedade atual e tecnológica a questão da conscientização da sociedade e bem
como das instituições sócias perpassa pela participação de todos os atores com
necessidade de serem ouvidos para mostrarem e buscarem seu pertencimento
social, dentro das várias formas de comunicação seja oral ou de sinais e
respeitando os processos afetivos que estão incutidos e são parte da vivência de
grupos sociais minoritários
espaço bilíngue e esta concepção implica ou tanto o uso da língua de sinais quanto
a oral (modalidade escrita e falada), mostram que as, as crianças se desenvolvem
melhor em suas aptidões cognitivas, linguísticas e sociais. Apesar de que a fala vem
a ser fundamental na aquisição da linguagem humana, não denota que o sujeito por
motivo de certo grau de surdez, não poderá desenvolver sua linguagem por
alternativas (LIMA, 2006). Pois
4-POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO
Alguns anos atrás a inclusão de crianças surdas no ensino regular era tida
como uma teoria sem possibilidade didática, contudo atualmente se mostra como
um tabu superado, haja vista, os vários casos de inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais, especialmente o surdo, no ensino regular que
se mostrou uma ação muito promissora.
Na década de 1980, se começaram os movi mementos para que os alunos
com NEE fossem integrados em salas regulares, mesmo que isso acontecesse em
meio período. E ate pouco tempo havia alunos com quadro de surdez severa, que
jamais haviam tido nenhum atendimento nas instituições escolares e assim sendo
mesmo com vários obstáculos, o desenvolvimento do pensamento inclusivo que
direcionou uma a uma reforma educacional mais ampla, que contemplassem a uma
sinalização às escolas e principalmente a sociedade que mudassem seu praticas
excludente e buscasse alternativas mais inclusivas. (STAINBACK & STAINBACK,
1999).
Na visão de Ferreira e Guimarães (2003), o posicionamento de educadores e
responsáveis pelos alunos é de extrema importância, para uma maior
conscientização de que a educação é um direito de todos. Muitos educadores
entendem que a admissão do surdo e possível, pois muitos passaram por
experiências que mostraram tal possibilidade ora sendo prática ou teórica os
educadores estão cada vez mais buscando e se empenhando com metodologias
para enriquecimento de suas aulas onde muitos estudos assinalam que a inserção
do aluno surdo ensino regular contribui significativamente para que estes sejam
ativos, críticos e desafiados podem mudar o quadro de dependência que geralmente
lhes são atribuídos (MANTOAN, 1997).
O aluno surdo na necessita mais do que ser colocado na escola regular
precisa se sentir igual aos demais da classe e ser envolvido numa aprendizagem
ativa com os alunos envolvidos num currículo único e rico mesmo que a estratégias
facilitadoras à aprendizagem de conteúdos sejam baseadas em estilos individuais de
aprendizagem. Os educadores precisam ter um profundo conhecimento dos alunos
para criar um ambiente adequado a eles (STAINBACK & STAINBACK, 1999). E
AINDA:
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pois “quando a gente ajuda outra pessoa, em geral acaba ajudando agente mesmo”
(STAINBAICK E STAINBAICK, 1999, p. 244).
É aconselhável ainda que uma escola haja intervenções que concentrem o
compartilhamento de atividades para que a criança surda se socialize num
relacionamento com os demais alunos. Sendo ainda imprescindível a participação
da família na questão do pertencimento e afetividade (FERREIRA BRITO, 1993) e
ainda no que concerne a essa mudança de paradigmas e Goffredo (1997, p. 235),
reitera que “[...] a oportunidade de estar junto no cotidiano vai ensinando a todos a
respeitar as diferenças e aceitar as limitações recíprocas”.
Para Fortunato (1997) grande parte dos alunos necessidades especiais é tem
aptidões de aprender aquilo que é ensinado pelas escolas regulares desde que tais
instituições tenham recursos necessários e adequados no trabalho com a
diversidade e com a questão da heterogeneidade do currículo. É importante ainda
que haja investimento voltado às especialidades das necessidades dos alunos
como, por exemplo, a qualificação dos profissionais da escola nas áreas voltadas a
inclusão, tendo em vista ainda que os alunos surdos aprendam mais fácil se o
ensino não for individualizado.
Mantoan (1997) acredita que as habilidades intelectuais dos alunos surdos
sobrevêm de decorrem de práticas de ensino em que suscite a curiosidade, a
inventividade, o interesse, a criatividade e a significação dos objetos de
conhecimento que instigam o sujeito re-pensar, a descobrir e a criar. Assim as aulas
devem ser esquematizadas ponderando o conhecimento prévio e os interesses dos
alunos, isso é mais uma probabilidade no envolvimento de todos na compreensão
do conteúdo pela motivação e mediação pedagógica para que se tenha a
reciprocidade entre alunos e professor.
E ainda:
Estas didáticas têm caráter prático sendo ainda determinante no êxito escolar
pois quanto mais experiências vivenciadas pela criança, com ações ainda que
gesticuladas e verbalizadas por alguém, maior será a apreensão cognitiva do aluno
ao fazer a decodificação da mensagem gestual e verbal alheia ou seja, a linguagem
receptiva. E ainda Quadros (2000) sugere outras metodologias como o uso de
espelhos; material para mural; maquetes; lã; miniaturas e fotos.
Spodek & Saracho (1998) apud Quadros (2000), sugerem outras técnicas do
professor de LIBRAS, como:
5-PERCURSO METODOLÓGICO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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