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ESTADO DE MATO GROSSO


SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE GESTÃO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL- UAB

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

BENEDITA MARIA DE OLIVEIRA GONÇALVES


ROSANA FERREIRA DOS SANTOS

EXPLORANDO A CRIATIVIDADE E A IMAGINAÇÃO ATRAVÉS DA


LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO

JUÍNA-MT
2017
1

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

BENEDITA MARIA DE OLIVEIRA GONÇALVES


ROSANA FERREIRA DOS SANTOS

EXPLORANDO A CRIATIVIDADE E A IMAGINAÇÃO ATRAVÉS DA


LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Licenciatura em Pedagogia, da Universidade do Estado de Mato
Grosso e Universidade Aberta do Brasil, Polo de Juína-MT como
requisito regulamentar obrigatório para obtenção do título de
Licenciado em Pedagogia.
Orientadora: Gleici Simone Faneli do Nascimento

JUÍNA-MT
2017
2

BENEDITA MARIA DE OLIVEIRA GONÇALVES


ROSANA FERREIRA DOS SANTOS

EXPLORANDO A CRIATIVIDADE E A IMAGINAÇÃO ATRAVÉS DA


LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da


UNEMAT/UAB – Polo de Juína-MT, como requisito regulamentar
obrigatório para obtenção do grau de Licenciado.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof (a) Gleici Simone Faneli do Nascimento - Orientadora

______________________________________________________
Prof. (a) XXXXXXXXXXXXX - Examinador(a)

____________________________________________________________
Prof.(a) XXXXXXXXXXX Examinador (a)

APROVADO EM:____/_____/_____
3

DEDICATÓRIA

Eu, BENEDITA MARIA OLIVEIRA GONÇALVES dedico em primeiro lugar, a


meus filhos inesquecíveis Fabrícia de Cássia, Faila Camila e Aristides Gonçalves Júnior e ao
meu querido companheiro Isaias Acioli dos Santos.

Eu, ROSANA FERREIRA DOS SANTOS dedico à minha família, amigos e a todos
aqueles que de certa forma contribuíram para realização deste trabalho, que jamais deixaram
de incentivar, por menor que fosse a contribuição. Que sempre souberam que a única forma
de conhecer é descobrir, e que fazer descobrir é a única forma de ensinar. Dedico à criança
pequena, que tem o direito de possuir um professor bem formado e receber uma educação de
qualidade.
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AGRADECIMENTOS

Eu, BENEDITA MARIA OLIVEIRA GONÇALVES agradeço a meus queridos


irmãos em especial a Geraldo Jesus de Oliveira e a sua esposa Marluce ao meu inesquecível
professor e amigo Elias do Nascimento Silva e a toda a equipe comprometida com o curso.

Eu, ROSANA FERREIRA DOS SANTOS agradeço a Deus em primeiro lugar ao meu
pai, Alirio Ferreira dos Santos, por sempre estar comigo, moldando meu caráter e
transmitindo valores éticos e morais norteadores da minha vida, a minha mãe Cleuza
Belarmino fonte de vida e amor inesgotável a tua presença silenciosa, os meus filhos, tesouros
da minha alma e a razão da minha existência, Walliffer, Werick ,Matheus Henrique e Larissa
vitória por eles por que quero que façam por mim, me deem felicidades em sua caminhada ,ao
amor Ednei Tomaz ,por me suportar em minhas dificuldades, e nas horas que quis desistir da
caminhada ,me incentivou a continuar, aos meus irmãos, Nilo Sergio , Marcos, Matias e
Alirio Junior e a minhas irmãs Marta e Raquel, que me apoiaram ao longo do processo.
5

Pulei amarelinha e joguei bola de gude;


Passei anel e cantei ciranda;
Fiz a dança das cadeiras

E ouvi histórias na varanda!


Ah, como era bom ser criança!
Ter uma infância brincada
Nada mais gostoso de lembrar!

Sinto pela infância de hoje


Que passa o tempo sem brincar!
Brincar de brincadeira,  Correr descalça, brincar na terra;

Tomar banho de rio  Sem perceber que o dia se encerra!


Ah, como era bom ser criança!  Que saudade de brincar!
Sinto pela infância informatizada,
A geração do sofá!
RenildaMunduruk
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RESUMO

Esta análise que propusemos a realizar trata de verificar a importância e a influência do lúdico
na Alfabetização e como essas atividades lúdicas influenciam no desenvolvimento das
inteligências múltiplas e saberes e na aquisição do conhecimento. E nesse mesmo ínterim
buscamos enquanto objetivo geral investigar e o processo de construção do conhecimento
pelo meio de brincadeiras, pautando a seriedade de práticas lúdicas na Alfabetização e como
específicos se verificar as atitudes interativas das crianças em grupo; identificar na prática as
atividades lúdicas; observar se as brincadeiras planejadas possibilitam o desenvolvimento e a
aprendizagem. Esta pesquisa junto a alunos dessa fase de idade e escolar pretende relacionar
brincar/jogar com a criação automática destes e nos oportuniza o cumprimento da carga
horária estipulada para a Pesquisa Educacional, e nos leva ao mesmo momento refletirmos
sobre a importância de reconsiderar a infância e como ela se desenvolve em seus estágios
sendo a escola uma etapa que colaborará por toda a sua vida. O tema atual serve de estimulo a
todos aqueles que, envolvidos no processo educativo procuram alcançar a esmerada relação
entre o pensar e o vivencia na prática os benefícios do lúdico nas práticas educativas da
Alfabetização. Este trabalho tem como metodologia a pesquisa bibliográfica e também
verificou nossa inquietação tendo como objetivos específicos sobre os objetivos educacionais
envolvendo a ludicidade, e operando sobre relacionamento social e o desenvolvimento
cognitivo. O educador necessita saber o que observar o que desafiar ao propor novos
problemas a partir de jogos e brincadeiras.

Palavras-chave: Alfabetização. Lúdico. Jogos. Brincadeiras. Desenvolvimento cognitivo.


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ABSTRACT

This analysis we propose to carry out tries to verify the importance and influence of the ludic
in Literacy and how these ludic activities influence the development of multiple intelligences
and knowledge and the acquisition of knowledge. And in the same time, we seek as a general
objective to investigate and the process of knowledge construction by means of games,
guiding the seriousness of playful practices in Literacy and how to verify the interactive
attitudes of children as a group; to identify play activities in practice; to see if the planned
games enable development and learning. This research with students of this age and school
stage aims to relate play / play with the automatic creation of these and allows us to fulfill the
workload stipulated for Educational Research, and it takes us at the same time to reflect on the
importance of reconsidering childhood and how it develops in its stages and the school is a
stage that will collaborate throughout its life. The current theme serves as a stimulus to all
those involved in the educational process who seek to achieve the careful relationship
between thinking and experiencing the benefits of play in the educational practices of literacy.
This work has as a methodology the bibliographic research and also verified our restlessness
having as specific objectives on the educational objectives involving playfulness, and
operating on social relationship and cognitive development. The educator needs to know what
to observe what to challenge by proposing new problems from games and games.

Keywords: Literacy. Ludici. Games. Just kidding. Cognitive development.


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SUMÁRIO

1-CAMINHO METODOLÓGICO.............................................................................................9
1. 1 Apresentação do tema..........................................................................................................9
1.2 Relevância.............................................................................................................................9
1.3 justificativa e problematização.............................................................................................9
1.4 Objetivos.............................................................................................................................10
1.4.1 Geral..........................................................................................................................................10
1.4.2 Específicos................................................................................................................................10
1.5 Tipo de pesquisa.................................................................................................................10
1.6 Local e sujeitos da pesquisa................................................................................................11
1.7 Instrumentos de coleta de dados.........................................................................................11
1.8 Procedimentos de análise de dados.....................................................................................11
2- REFLEXÕES SOBRE A TRAJETÓRIA DA CRIANÇA E DA EDUCAÇÃO INFANTIL
AO LONGO DA HISTÓRIA...................................................................................................13
2.1 A trajetória social da criança...............................................................................................13
3- A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA FORMAÇÃO COGNITIVA,
PSICOMOTORA E SOCIAL DA CRIANÇA.........................................................................20
4-APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................................28
REFERÊNCIAS........................................................................................................................35
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1-CAMINHO METODOLÓGICO
1. 1 Apresentação do tema

Este tema ”Explorando a criatividade e a imaginação através da ludicidade na


Alfabetização” busca entender os benefícios do lúdico dentro da Alfabetização com
metodologias que propiciem aulas mais prazerosas as crianças

1.2 Relevância

Este estudo tem uma importância tanto social quanto cientifica haja vista que tem uma
contribuição na produção de material científico, aonde futuramente sirva de base teórica a
outras pesquisas com a temática sobre o lúdico, e ao mesmo tempo dá um respaldo de
sensibilização a nós enquanto futuras profissionais sobre a importância de se pesquisar e
produzir cientificamente na nossa sociedade contribuindo ao nosso crescimento profissional e
pessoal. Quanto à relevância social se caracteriza pelos momentos vivenciados nas
instituições de educação infantil, sobretudo nos momentos de estágio o que ampliou a práxis
pedagógica e o modo de produção e ciência entendendo o lúdico com um amplo campo de
possibilidades e socialização.

1.3 justificativa e problematização

Ao desenvolver esta pesquisa se visava obter mais conhecimento e um entendimento


mais amplo de como trabalhar na educação infantil precisamente na Alfabetização com uma
metodologia que possa proporcionar a criança aulas mais prazerosa. Os momentos
acadêmicos como os de estágio de observação aumentaram nossa preocupação com as
atividades lúdicas, pois percebemos que alguns professores não vêm utilizando as atividades
lúdicas como um meio de aprendizagem e sim como uma forma de passar o tempo e manter a
criança ocupada.

O lúdico apresentado adequadamente às crianças torna a aprendizagem menos


conservadora, e mais satisfatória para o aluno e Piaget (1973) mostra claramente em suas
obras que os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar
energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Para Vygotsky (2007), a aprendizagem e o desenvolvimento estão intrinsicamente ligados,
10

aonde as crianças na medida em que se socializam sendo internalizam o conhecimento


originado de um processo de construção.

Tendo a seguinte problemática “Como o lúdico pode colaborar na


aprendizagem/desenvolvimento na Alfabetização? ” Objetiva-se assim investigar a
importância do brincar/jogar no desenvolvimento da criança nas suas capacidades num estudo
realizado numa turma de Alfabetização na Escola Estadual Iara Maria Minotto Gomes no
município de Juara-MT.

1.4 Objetivos
1.4.1 Geral

Investigar e observar in loco o processo de construção do conhecimento pelo meio de


brincadeiras, pautando a seriedade de práticas lúdicas no aprendizado infantil.

1.4.2 Específicos

 Observar se as atividades lúdicas planejadas possibilitam ou não o desenvolvimento e a


aprendizagem da criança;
 Analisar como as atividades lúdicas colaboram na aprendizagem/desenvolvimento na
Alfabetização;
 Investigar como a criança aprende ao lidar com situações lúdicas presentes na aula;
 Observar como se desenvolver as capacidades cognitivas e explorar as possibilidades diversas
dos alunos em situações de interação.

1.5 Tipo de pesquisa

Este estudo vem a ser definido por dois critérios principais: que são quanto aos fins e
quanto aos meios: onde se entende quanto aos fins ser de caráter descritivo. As pesquisas
descritivas abrangem estudos que caracterizam, descrevem e trazem informações sobre
determinado assunto, e ainda traz uma descrição de características/particularidades de
determinada população ou fenômeno. (GIL, 2007).

A descrição objetiva descrever como ocorre as consequências da ludicidade na


Alfabetização e como esta influencia o desenvolvimento cognitivo das crianças nesta idade
11

escolar a partir da observação numa sala de alfabetização numa escola estadual do município
de Juara-MT, junto a isto as percepções, perspectivas e que influências no ato de educação.

1.6 Local e sujeitos da pesquisa

Com a pesquisa se busca conhecer e analisar o alcance da ludicidade numa turma de 1º


do ensino fundamental aonde ainda se fez uma análise dos espaços escolares e se verificou em
leituras prévias no Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Iara Maria Minotto Gomes
onde se realizou esse Trabalho de conclusão de curso.

1.7 Instrumentos de coleta de dados

O instrumento de coleta de dados foi a observação não estruturada que é denominada


ainda de observação simples ou espontânea, sendo normalmente realizada e estudos
exploratórios. Nessa trajetória o observador é o espectador que faz os registros da observação
de forma mais livre, sem se ter uma rigidez de instrumentos previamente elaborados. Em
tempo é Lüdke e André (1986, p. 25) delineiam que “para que se torne um instrumento válido
e fidedigno de investigação científica, a observação precisa ser antes de tudo controlada e
sistemática. Isso implica a existência de um planejamento cuidadoso do trabalho e uma
preparação rigorosa do observador”.

Tozoni-Reis (2009), reitera que na observação o pesquisador entra em contrato com


determinado grupo numa realidade especifica, mas sem o intuito de ela se integrar enquanto
espectador fazendo apenas investigações. A observação, portanto, nesse contexto serviu de
aprendizado para compreensão de comportamentos, atitudes e ainda atributos pessoais e inter-
relações concretas de certo grupo. É mais do que ver e ouvir: é seguir atentamente o
fenômeno, selecionando o que o torna mais importante e significativo, a partir de intenções
específicas.

1.8 Procedimentos de análise de dados

No desenvolvimento dos objetivos propostos neste trabalho se fez uma pesquisa


qualitativa, a partir de dados e informações coletadas em bibliografias sobre a importância do
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lúdico no desenvolvimento cognitivo na Alfabetização e para o desenvolvimento da análise se


usou a técnica de análise de conteúdo.

De acordo com Triviños (1989, p. 125), “a pesquisa qualitativa tem suas bases
teóricas, de tipo idealista, privilegiando a consciência do sujeito e entendendo a realidade
social como uma construção humana”. Neste caso a pesquisa qualitativa busca entender tanto
um objeto quanto um sujeito de uma forma aprofundada e levantando dados do sujeito, cujo
foco são as questões qualitativas e interpretativas e não quantitativistas.

Compreendendo as atitudes, comportamentos e opiniões de um determinado grupo,


neste caso, por meio dos documentos produzidos para em orno da alfabetização lúdica. Com
base nesses aspectos da formação, nossa meta é realizar a análise dos conteúdos coletados.
Por isso, utilizaremos a técnica de análise de conteúdo, que conforme Bardin (TRIVIÑOS,
1987, p. 160), é:

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por procedimentos


sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores
quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às
condições de produção/recepção (variáveis inferidas) das mensagens.

. Triviños (1987) destaca os aspectos qualitativos e embasados em Bardin, aponta três


etapas para proceder a análise: pré-análise, descrição analítica e interpretação inferencial.

A pré-análise é, simplesmente, a organização do material [...]. A descrição analítica,


a segunda fase do método de análise de conteúdo, começa já na pré-análise, mas
nesta etapa, especificamente, o material de documentos que constitui o corpus é
submetido a um estudo aprofundado, orientado este, em princípio, pelas hipóteses e
referenciais teóricos. Os procedimentos como a codificação, a classificação e a
categorização são básicos nesta instância do estudo [...].
A fase de interpretação referencial, apoiada nos materiais de informação, que se
iniciou já na etapa da pré-análise, alcança agora sua maior intensidade. A reflexão, a
intuição, com embasamento nos materiais empíricos [...].

Dessa forma, utilizamos essa metodologia para analisar o que entendemos por
ludicidade e suas perspectivas na formação do aluno. Os resultados desta pesquisa podem
contribuir com o desenvolvimento da cognição mostrando a importância do lúdico e dos jogos
na Alfabetização para que os alunos e tenham uma aprendizagem de forma mais divertida e
espontânea, e assim superar a ideia do professor tradicional que vê o aluno apenas como um
receptor de conhecimento.
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2- REFLEXÕES SOBRE A TRAJETÓRIA DA CRIANÇA E DA EDUCAÇÃO


INFANTIL AO LONGO DA HISTÓRIA

2.1 A trajetória social da criança

No âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA em seu artigo 3º reconhece


que a criança é um ser histórico e social sua concepção passou por várias mudanças ao longo
da história social, em nossa atualidade a criança é vista como um ser frágil que necessita da
proteção e cuidados, proporcionando oportunidade e facilidade, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade (BRASIL, 1998). As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
reconhecem a criança como:

Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza
e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 1998, p.04).

Na idade média no século XII a criança era representada em miniatura de um adulto e


não mostrava nenhum traço da infância. Segundo Aries (1981) a arte medieval desconhecia a
infância ou não tentava representá-la, provavelmente em razão de que naquele período não
havia lugar para a criança, por isso eram retratadas como adultos em miniatura. De acordo
com Kramer, (1982, p.18) a ideia de infância não existiu sempre da mesma maneira:

Ao contrário, ela aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida


em que mudam a inserção e o papel social da criança na comunidade. Se na
sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto (“de adulto”) assim
que ultrapassava o período da alta mortalidade, na sociedade, burguesa ela passa a
ser alguém que precisa ser cuidada, escolarizada e preparada para uma atuação
futura. Este conceito de infância é, pois, determinado historicamente pela
modificação nas formas de organização da sociedade.

Por volta do século XIII começou a surgir conceitos de infância mais próximos do
sentimento moderno. Surgiu o anjo, representado sob a aparência de um rapaz muito jovem
adolescente, crianças educadas para ajudar nas missas destinadas ás ordens de seminaristas,
em uma época que não havia seminários e apenas a escola latina se destinava á formação dos
clérigos. (ARIÈS, 1981). A infância transmite a imagem de inocência: de candura moral,
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associada á natureza primitiva dos povos, mito que representa a origem do homem e da
cultura.

De acordo com Oliveira (2000, p.32) nos dias atuais ainda existe por parte de muitos a
crença da infância como um período de preparação para a vida adulta, constituindo em um vir
a ser voltado para o consumismo.

Muitos acreditam que a infância seja um período de preparação e ou gestação para


um futuro adulto, com sucesso. Sucesso para consumir tudo o que deseja e, muitas
vezes, esse desejo é uma somática de “coisas” supérfluas e não essenciais. No caso da
criança, essa só se satisfaz se tiver o produto que é anunciado em propagandas. Só se
sente satisfeita se possuir a roupa do super-homem, ou o computador da Sandy e
Junior, ou, mais ainda, só brinca se for com brinquedos eletrônicos, industrializados e
padronizados; ‘afinal, todos os amigos do grupo têm que ter o mesmo brinquedo’

No século XV surgem dois s novos tipos de representação da infância: o retrato e o


puro ambos surgiram na mesma época. No primeiro a infância era uma fase sem importância.
Portanto, não teria sentindo gravar lembranças; no segundo a criança era um ser
insignificante, que se morria eram por designo de Deus. Assim nem merecia ter lembranças.
Neste período a família tinham várias crianças para que conservasse apenas algumas. As mais
saudáveis. (ARIÉS 1978).

De acordo ainda com Ariés (1978) a descoberta da infância começou no século XIII, e
sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e
XVI. Mais os sinais de seu desenvolvimento tornaram-se particularmente numerosos e
significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII.

A partir do século XIII a infância começou a surgir, acompanhando a história da arte


e a iconografia, nos séculos XV e XVI. No século XVII acontece a evolução dos
temas primeira infância, o retrato de crianças se tornam mais comuns e o retrato em
família valoriza mais a presença das crianças, tornando centro das atenções (ARIÉS
1978, p. 28).
A história da infância se configura em um processo que fora sendo construídos ao
longo de séculos, sendo moldada a concepção de infância por meio do processo cultural da
sociedade em que a criança estava inserida. Por muitos séculos a criança foi cuidada e
educada por sua própria família. A aprendizagem se dava por meio do convívio familiar. Com
os adultos mais velhos. Kuhlmann Junior (2010, p.31) afirma que:

Pensar a criança na história significa considerá-la como sujeito histórico, e isso


requer compreender o que se entende por sujeito histórico. Para tanto, é importante
perceber que as crianças concretas, na sua materialidade, no seu nascer, no seu viver
ou morrer, expressam a inevitabilidade da história e nela se fazem presentes, nos
seus mais diferentes momentos.
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A ideia de infância e família, não existiu sempre da mesma forma e nem da mesma
maneira Estes conceitos apareceram com a sociedade capitalista, urbana-industrial, na medida
em que mudavam a inserção e o papel social da criança na comunidade. Na época da
sociedade feudal a criança desempenhava um papel produtivo direto, ou seja, era um adulto
em miniatura. Na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa ser cuidada,
escolarizada e preparada para uma atuação futura, sendo o conceito de infância historicamente
modificado de acordo com a organização da sociedade. (KRAMER, 2003).

Ademais percebemos dessa forma que:

No século XIX são poucas as iniciativas no que tange a educação infantil, o primeiro
jardim de infância público só surge 21 anos após a criação do jardim de infância
particular e inicia-se através da fábrica de tecidos Corcovado a creche vinculada aos
locais de trabalho das operárias. Uma diferenciação pertinente que vale ser ressaltada
se refere aos termos creche e jardim de infância. A creche visava assistir a criança que
ficava privada dos cuidados maternos devido ao trabalho da mãe, tendo como
principal objetivo evitar o abandono das mesmas por seus responsáveis. O jardim de
infância pretendia exercer o papel de moralizador da cultura, transmitindo as crianças
os mesmos padrões adotados na França e na Bélgica. Seria “um antídoto contra as
ameaçadoras práticas que ensejavam solidariedade com os setores explorados de nossa
sociedade” (KUHLMANN, 2000, p. 476).

Kulmann Júnior explicita em seu livro (Infância e Educação Infantil uma abordagem
histórica-2010) que a infância é considerada no dicionário português, como o período de
crescimento do ser humano, que vai do seu nascimento á puberdade. A infância é considerada
por como a idade do possível, podendo ser a esperança de mudanças, de transformação social
e renovação moral. De acordo com o Art. 29 da LDB a Educação Infantil se constitui como a:

Primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral


da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual
e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Em relação à organização de sua oferta o Art. 30 estabelece que: A educação infantil


será oferecida em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de
idade; II – pré-escolas para crianças de quatro a seis anos de idade. Já o Art. 30 estabelece
como deve ser o processo avaliativo nesta etapa educativa: “Na educação infantil a avaliação
far–se–á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (BRASIL, LDB, 1996).

A história de proteção à infância no Brasil, de acordo com Kramer (2003) ocorreu em


três períodos distintos: O primeiro vai da chegada dos portugueses até o ano de1874, foi um
16

período em que muito pouco foi feito pela infância tanto em relação as normas jurídicas
quando as ações de atendimento propriamente ditas.

O segundo período, compreendido de 1874 até 1889 foi marcado por projetos de
atendimento a infância de iniciativa privada. Contudo esses projetos não davam conta de
atender a demanda existente. De acordo com Silva (2007, p. 03):

As primeiras iniciativas voltadas a criança partiram dos Higienistas e se dirigiram


contra a alarmante mortalidade infantil, que era atribuída por eles a duas causas. Uma
dela dizia respeito aos nascimentos ilegítimos, fruto da união entre escravos ou destes
com os senhores. A segunda se referia a falta de educação física, moral e intelectual
das mães ou mais concretamente, sua negligencia na medida em que permitiam o
aleitamento mercenário - escravas de aluguel. A ligação entre as duas causas se
estabelece porque ambas culpam a família, além de colocarem nos negros escravos a
origem de doenças.

Já o terceiro período compreendido de 1890 a 1930 foi marcado pelo progresso no


campo da higiene infantil, da assistência médica e escolar. Surge nas primeiras décadas deste
século várias instituições de atendimento a infância e diversas leis promulgadas em favor ao
atendimento as crianças. (WADSWORTH, 1999).

Em 1874 no atendimento a infância brasileira existia a “Casa dos Expostos” ou Roda


para crianças abandonas de primeira idade e a “Escola de Aprendizes Marinheiros”, fundada
em 1873 para os maiores de doze anos. No Brasil os primeiros a se preocuparem com a
mortalidade infantil foram os higienistas, alegando dois motivos, os nascimentos ilegítimos da
união de escravos/senhores e a falta de educação física, moral e intelectual das mães, ambas
culpam a família. (SILVA, 2007). O mesmo autor ainda contribui ao nos informar que:

As primeiras iniciativas voltadas a criança partiram dos Higienistas e se dirigiram


contra a alarmante mortalidade infantil, que era atribuída por eles a duas causas. Uma
dela dizia respeito aos nascimentos ilegítimos, fruto da união entre escravos ou destes
com os senhores. A segunda se referia a falta de educação física, moral e intelectual
das mães ou mais concretamente, sua negligencia na medida em que permitiam o
aleitamento mercenário - escravas de aluguel. A ligação entre as duas causas e
estabelece porque ambas culpam a família, além de colocarem nos negros escravos a
origem de doenças (SILVA, 2007, p.03).

No ano de 1899, dois fatores foi o marco inicial para a infância no Brasil, o primeiro a
fundação do Instituto de Proteção e Assistência a Infância do Rio de Janeiro, criado pelo
médico Arthur Moncorvo Filho, instituição pioneira e de grande influência que abriu muitas
filiais por todo o país. A segunda foi à inauguração da creche da Companhia de Fiação e
17

Tecidos Corcovado, sendo a primeira creche brasileira que atendia filhos de operários
(MONCORVO FILHO, 1929)

Dessa forma:

Com isso, é possível entender que o brincar auxilia a criança nesse processo de
aprendizagem. Ele vai proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá o
desenvolvimento cognitivo e irá proporcionar, também, fácil interação com pessoas,
as quais contribuirão para um acréscimo de conhecimento. Dessa forma, é
imprescindível a utilização de brincadeiras no meio pedagógico. Como coloca
Ferreira, Misse e Bonadio (2004), o brincar deve ser um dos eixos da organização
escolar: a sala de aula fica mais enriquecida de desenvolvimento motor, intelectual e
criativo da criança. (ROLIM, et al, 2008, p.179).

Devido o desenvolvimento das indústrias brasileira no processo capitalista surgem


novos modelos de trabalhadores começava a inserir as mulheres como operarias, surgindo
novos modelos de família, deixando para traz aquela modelo tradicional, onde o pai trabalha
para o sustento e a mãe apenas cuida da casa e dos filhos. As mulheres passaram a
trabalharem nas indústrias para suprir a demanda de mão de obra e também auxiliar na renda
da família.

Através dessas mudanças nas famílias, à mãe (dona de casa) passa a ter menos tempo
para se dedicar aos filhos, assim mulheres que não trabalhavam nas indústrias passaram a
cuidar dos filhos das operarias conhecidas, sendo uma nova modalidade de emprego. O que
não supriu a necessidade em atender os filhos das operarias, fazendo com que surgissem
movimentos em busca de um local onde atendesse seus filhos, o que se originou a instalação
das primeiras creches no Brasil. De acordo com Kramer (2003 p. 52):

Em 1908, teve início a primeira creche popular cientificamente dirigida a filhos de


operários até dois anos e, em 1909, foi inaugurado o Jardim de Infância Campos
Salles, no rio de Janeiro. Enquanto na Europa desde o século XVIII já havia creches
e jardim de infância desde o século XIX, no Brasil ambos são instituições do século
XX.

A fundação do Instituto de Proteção e Assistência a Infância constituiu como um


marco importante para a Educação Infantil, pois abriu caminho para criação de maternidades,
creches e outras instituições de proteção à infância como o Departamento da Criança no
Brasil fundado em 1919, cuja responsabilidade caberia ao Estado. Porém, na prática era
mantido por Moncorvo Filho sem receber nenhum auxilio do Estado ou município, sendo
reconhecido de utilidade pública apenas em 1920. (KRAMER, 2003). E ainda:
18

No século XIX são poucas as iniciativas no que tange a educação infantil, o primeiro
jardim de infância público só surge 21 anos após a criação do jardim de infância
particular e inicia-se através da fábrica de tecidos Corcovado a creche vinculada aos
locais de trabalho das operárias. Uma diferenciação pertinente que vale ser ressaltada
se refere aos termos creche e jardim de infância. A creche visava assistir a criança que
ficava privada dos cuidados maternos devido ao trabalho da mãe, tendo como
principal objetivo evitar o abandono das mesmas por seus responsáveis. O jardim de
infância pretendia exercer o papel de moralizador da cultura, transmitindo as crianças
os mesmos padrões adotados na França e na Bélgica. Seria “um antídoto contra as
ameaçadoras práticas que ensejavam solidariedade com os setores explorados de nossa
sociedade” (KUHLMANN, 2000, p. 476).

Em 1922 na comemoração do centenário da Independência do Brasil aconteceu o


primeiro Congresso Brasileiro de proteção à Infância, com participação de homens ligados a
iniciativa particular e a vida pública, esse congresso tinha como objetivo pautar todas as
questões em respeito a criança, no ponto de vista social, medico, pedagógico e higiênico e em
suas relações com a família, a sociedade e o Estado. Em meados da década de 20 a assistência
à infância, basicamente era feita por instituições particulares, a realização do primeiro
congresso em 1922 também foi como um apelo para o apoio das autoridades governamentais.
(MONCORVO FILHO, 1929)

A 19 de novembro de 1930 foi criado, pelo decreto nº 10.402, o Ministério da


Educação e Saúde Pública, englobando várias instituições desmembradas do
Ministério da Justiça e dos Negócios Internos e tendo como ministro Francisco
Campos, indicado pelo então presidente de Minas Gerais (KRAMER 2003, p. 58,).

Para Kuhlmann Junior (2010) o atendimento educacional para crianças pequenas era
visto como um favor aos pobres, estabelecido por meio do repasse das escassas verbas
públicas as entidades assistências, legitimando-as como intermediarias na prestação do
serviço a população.

De acordo com (KRAMER, 2003) na década de 30 o Estado assumiu a


responsabilidade ao atendimento a infância, porém buscava renda financeira com associações
e indivíduos particulares, reconhecia o dever de fundar e sustentar tais instituições como
creches, lactários, jardins de infância e hospitais, mais por outro lado reconhecia não existir
no país um só município que conseguisse cumprir integralmente essas obrigações com
recursos próprios.

A partir da década de 30 surgiram vários órgãos oficiais voltada a assistência para a


infância; em 1940, surgia o Departamento Nacional da Criança vinculada ao Ministério da
19

Saúde com função nacional de coordenar á proteção à infância, da maternidade e da


adolescência, o mesmo ministério em 1972 cria o Instituto Nacional de Alimentação e
Nutrição. Em 1941 é criado junto com o Ministério da Justiça o Serviço de Assistência a
Menores, para menores de dezoito anos abandonados e delinquentes (KRAMER, 2003).

O Ministério da Educação e Cultura instituída, em 1975, a Coordenação de


Educação Pre-Escolar que, até hoje, dinamiza e centraliza as atividades
desenvolvidas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação em relação a
educação das crianças menores de sete anos (KRAMER, 2003, p.62)

A constituição de 1988 estabelece a Educação Infantil como primeira etapa da


Educação Básica e o direito da criança a esta etapa educativas, bem como o papel do Estado
em relação à educação das crianças de zero a seis anos em creches e pré-escola. Contudo essa
etapa educativa não era obrigatória e sim um direito da criança com base na escolha da
família ou responsável acerca do ingresso da criança. Ao conceituar a Educação Infantil
Kuhlmann (2003, p.469) afirma que:

Pode-se falar de Educação Infantil em um sentido bastante amplo, envolvendo toda


e qualquer forma de educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e
na cultura em que viva. Mas há outro significado, mais preciso e limitado,
consagrado na Constituição Federal de 1988, que se refere à modalidade específica
das instituições educacionais para a criança pequena, de 0 a 6 anos de idade. Essas
instituições surgem durante a primeira metade do século XIX, em vários países do
continente europeu, como parte de uma série de iniciativas reguladoras da vida
social, que envolvem a crescente industrialização e urbanização.

A Educação Infantil pode acontecer em qualquer lugar ou ambiente, pois quando


falamos em ser humano referimos a um ser pensante e racional em que a aprendizagem ocorre
em toda sua fase de vida. Sendo que essa aprendizagem acontece de maneira formal ou
informal. Informal sucede por meio do convívio com a família e também com a comunidade
em que está inserida, uma aprendizagem que acontece de maneira não programada. Já a
educação formal ocorre em instituições especializadas é planejada e sistematizada.
20

3- A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA FORMAÇÃO COGNITIVA,


PSICOMOTORA E SOCIAL DA CRIANÇA.

O utilizar de jogos e as brincadeiras nas práticas pedagógicas pode ser um meio de


resgatar a beleza da infância, identificar o comportamento, os conflitos, as dificuldades do
trabalho pedagógico, buscando o auxílio do lúdico como instrumento a favorecer a
aprendizagem e possibilitar as crianças à oportunidade de se relacionarem entre si e com a
escola de forma mais agradável. Na perspectiva de Pinto e Lima (2003, p. 5) se verifica que:

A brincadeira e o jogo são as melhores maneiras de a criança comunicar-se sendo


um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. É através das
atividades lúdicas que a criança pode conviver com os diferentes sentimentos que
fazem parte da sua realidade interior. Ela irá aos poucos se conhecendo melhor e
aceitando a existência dos outros, estabelecendo suas relações sociais

Não podemos tirar o lúdico do processo pedagógico, pois ele é um agente de


desenvolvimento satisfatório, por isso à pesquisa do lúdico na escola como mediador de
aprendizagem é importante. Excluir a criança do ambiente lúdico está praticamente
ignorando seu próprio conhecimento, pois quando a criança chega à idade de ir para a escola
já tem algumas experiências que lhes foram construídas através das brincadeiras e jogos
(lúdico), a escola que não considera essa forma da criança aprender, inibe a criança do seu
desenvolvimento natural. (WAJSKOP, 1995).

Ainda sobre a importância do lúdico na Alfabetização, Soares (2013, p.01) assevera


que:

Ao ponderar a necessidade de uma postura interdisciplinar para entender as causas


do não aprendizado da leitura e da escrita, acredita-se que a alfabetização possa ser
construída através de atividades que permitam aos alunos comparar e reformular
suas hipóteses, desenvolver habilidades e interação social. Uma possibilidade pode
ser o uso de atividades lúdicas como um meio de superação das dificuldades de
aprendizagem que possam vir a produzir o fracasso escolar.

Um ambiente agradável e convidativo é outra maneira da criança se expressar daí a


importância do educador estar amparado atividades consistentes e já que ele faz seu
planejamento escolar saber a quais objetivos almeja alcançar com tais brincadeiras. As
brincadeiras espontâneas facilitam a expressão da criança que também passa a ser um método
encorajador onde alunos tímidos e retraídos passa a se expressar e alunos extrovertidos se
21

expressar mais ainda. Ao eleger a aprendizagem pelo lúdico como um grande processo de
desenvolvimento humano, Vygotsky (1984, p. 35) ressalta que:

A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não
é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado
pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a
orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz.

O lúdico oportuniza também a verificação de algum problema como timidez


excessiva, nervosismo e reações estranhas de alunos e pode ser um ponto-chave para
diagnosticar o que pode estar por trás dessas atitudes perturbadoras de alguns alunos.
(WAJSKOP, 1995)

O educador trabalha os aspectos emotivos, anseios, sociais e características comuns


como a imaginação e sociabilidade. “A criança está inserida, desde o seu nascimento num
contexto social e seus comportamentos estão impregnados por essa imersão inevitável”
(BROUGERE, 2000, p. 54).

E, portanto:

A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo
contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às
restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança
opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no
brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta
de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a
seguir os caminhos mais difíceis, subordinando se a regras e, por conseguinte
renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação
impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p.
130).

Ramos (2003) levanta que preceitos como auto identificação ou exercícios de


autoimagem, orientação de corpo no espaço, lateralidade, equilíbrio, coordenação dinâmica
geral, coordenação motora, sentido de direção, manuseio e ritmo são os princípios básicos a
serem proporcionados e trabalhados pelas brincadeiras e jogos na educação infantil e por que
também não ao longo da vida. Lopes (2012, p.30-31) que se baseia nos estudos e pesquisas de
Jean Piaget (1975) traz a classificação e função dos jogos em:

Jogos espontâneos: Onde a atividade da criança ao jogar é livre, não obedecendo às


leis e regras. Nesse jogo quem determina seus procedimentos é a criança, ela joga
22

para si mesma. Jogos de exercícios: São os chamados jogos funcionais que se


iniciam aproximadamente aos quatro meses de idade, momento em que a criança
passa a ter uma melhor coordenação da visão e da apreensão. Os bebês gostam de
realizar jogos de repetições através das ações de sacudir um chocalho, por exemplo,
sendo está a primeira forma de brincar de um bebê. E o gesto de imitação nesta fase
é importantíssimo para o desenvolvimento do bebê, pois é através dessa imitação
que ele passa a incorporar o mundo que o rodeia desenvolvendo suas habilidades de
expressão.
Jogos de manipulação: São praticados pela criança através do contato com
diferentes materiais que lhe causem prazer, sentido através da manipulação tátil.
Nesta categoria se encaixa o jogo de construção que se iniciam a partir do momento
em que a criança consegue realizar a ordenação sobre os objetos e esses jogos são
importantíssimos e responsáveis pelo desenvolvimento motor e intelectual da
criança e se classificam em seriação, equilíbrio, noções de quantidade, tamanho e
peso, descriminação de formas e cores.
Jogos organizados: onde a criança está sujeita a obedecer a regras e leis, como por
exemplo, os jogos sociais com mais de um participante, os de luta e outros. Com
eles a criança aprende a lidar com os sentimentos de ganho e perda.
Jogos simbólicos ou de faz de conta: Além de as crianças realizarem os jogos
introduzidos e direcionados pelo professor, ocorrem muitos outros que são
inventados pelas próprias crianças sendo eles de fruto de sua própria imaginação,
são os chamados jogos simbólicos ou de faz de conta e por meio deles a criança
expressa a sua capacidade de representação
Jogos com regras: À medida que a criança vai crescendo passa a se relacionar
melhor com as outras crianças e assim sendo começa a entender e praticar os jogos
com regras. E em uma situação imaginária que envolve várias crianças elas
conseguem se organizar, determinar as regras que irão reger os jogos, determinar
funções e fazê-las serem cumpridas por todos os participantes

Assim quando o indivíduo brinca ele liga a fatos reais e concretos imediatamente e
assim já lhe é de grande valia e significado. Hoje é comum encontrarmos, por exemplo,
principalmente em escolas voltadas ao público com portadores de necessidades especiais
algumas metodologias lúdicas que dão um teor grandíssimo de socialização e criação de laços
fraternais que decorre no aprendizado.

Dentro desta perspectiva, Brougére (2004, p. 16) traz para o cenário educativo que:

A palavra "jogos" aplica-se mais às crianças e jovens, exclui qualquer atividade


profissional, com interesse e tensão e, por isso, vai além dos jogos competitivos e de
regras, podendo contemplar outras atividades de mesma característica como
histórias, dramatizações, canções, danças e outras manifestações artísticas.

Ao brincar a criança expõe muitas informações e se comunica com mais exatidão e é


por isso que o professor tem que se ao mesmo tempo ser um observador das atitudes que o
aluno adota nesse espaço de tempo e assim ele cria e reinventa situações de aprendizagem
nesses momentos. Com base em Leontiev (1988, p.120) que a brincadeira é uma ação objetiva
23

que constitui a base da percepção que a criança tem do mundo e dos seus semelhantes, motivo
pelo qual a criança determina o conteúdo das brincadeiras.

Nas pesquisas desenvolvidas por Pinto e Lima (2003, p. 5) se verifica que:

A brincadeira e o jogo são as melhores maneiras de a criança comunicar-se sendo um


instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. É através das
atividades lúdicas que a criança pode conviver com os diferentes sentimentos que fazem
parte da sua realidade interior. Ela irá aos poucos se conhecendo melhor e aceitando a
existência dos outros, estabelecendo suas relações sociais.

Observamos que os autores argumentam que a criança durante as brincadeiras


experimenta vários papéis sociais e vai evoluindo, e ela formula hipóteses e busca soluções
enquanto brinca e isso facilita seu enriquecimento intelectual. Este artigo vai de encontro ao
que os estudiosos buscam compreender o fenômeno lúdico como sendo aporte pedagógico e
responder temas como: a função que o lúdico exerce sobre o desenvolvimento infantil e por
que a criança necessita brincar; e a sua influência no aspecto cognitivo. (WARTOFSKY,
1999).

Essa preocupação em torno do brincar por parte de muitos teóricos é que por que esses
defendem que a atividade lúdica compreende “jogos e brincadeiras” e o brincar é uma ação
própria da criança. Mas também essa preocupação pelo pressuposto de Wallon é por que o ato
de brincar tem uma assimilação ao jogo no adulto:

Primeiro, é distração e descanso, e, portanto, se opõe a atividade seria que é o


trabalho. Mas esse contraste não pode existir na criança que ainda não trabalha e que
tem por única atividade o brincar. Convém, contudo, examinar se a atividade que
distrai não tem alguma semelhança com o da criança. (WALLON 2007, p.55)

Entende se que toda intervenção que provoca ação decorre em aprendizado e é


também uma necessidade da criança o brincar. O entendimento do professor acerca da
ludicidade é para que sejam capazes de entender o avanço da criança de um estágio de
desenvolvimento para outro, pois essas mudanças geralmente estão ligadas a motivações,
tendências e incentivos. Ao brincar a criança se torna inventiva e cria situações imaginárias e
por trás disso ela tem que ter uma realidade de mundo, por isso o professor tem que criar
estratégias de brincadeiras voltadas como atividades didáticas e não somente para a diversão.
(RAMOS, 2003).

Definir o brinquedo como uma atividade que dá prazer à criança é incorreto por duas
razões. Primeiramente muitas atividades dão a criança experiências de prazer muito mais
24

intensas do que o brinquedo, como, por exemplo, chupar chupeta, mesmo que a criança não se
sacie. E, segundo, existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável, como, por
exemplo, predominantemente no fim da idade pré-escolar, jogos que só dão prazer à criança
se ela considera resultado interessante [...] (VYGOTSKY 1987, p.107).

O que seria do aluno nessa etapa de ensino se as aulas ou brincadeiras tivessem ou


fossem mudadas para que a imaginação não fluísse, haveria somente regras e estudar seria um
fado ou algo insuportável, haja vista que a imaginação nas brincadeiras não possui regras pré-
estabelecidas e durante seu tempo se houver é porque tiveram origem durante a brincadeira e
ainda:

A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um


crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto
espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A
sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a
interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e
modificação do meio (ALMEIDA, 2003, p. 41).

Na conjectura de Vygotsky (1987), a brincadeira tem três aspectos: a imaginação, a


imitação e a regra. Elas estão ligadas em diversos tipos de brincadeiras desde as tradicionais,
nas de faz-de-conta, e também nas que há vários tipos de regras.

A criança assim ao brincar de faz de conta, por exemplo, projeta situações


imaginárias e pode adotar vários papéis, como o um personagem adulto ou da mídia. A
criança passa a ter atitudes adultas como se ela fosse realmente adulta, obedecendo às normas
de tal brincadeira/situação. Assim, a brincadeira é um recurso da criança, que favorece seu
aprendizado. Os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil apontam que:

O professor pode planejar a melhor forma de organizar o ambiente nestes primeiros


dias, levando em consideração os gostos e preferências das crianças, repensando a
rotina em função de sua chegada e oferecendo-lhes atividades atrativas. Ambientes
organizados com material de pintura, desenho e modelagem, brinquedos de casinha,
baldes, pás, areia e água etc., são boas estratégias. (BRASIL, 1988, p.82)

A escola é um ambiente em que a criança fica a maior parte do tempo, este espaço
deve se tornar atrativo e bem organizados seus ambientes devem ser bem organizado levando
em conta o gosto de cada criança para que cada uma se sinta bem acolhida. De acordo com
Kishimoto (2006, p.40):
25

Com o aparecimento do jogo simbólico a criança ultrapassa a simples satisfação de


manipulação. Ela vai assimilar a realidade externa ao seu eu, fazendo distorções ou
transposições. Da mesma forma, o jogo simbólico é usado para encontrar satisfação
fantasiosa por meio da compensação, superação de conflitos, preenchimentos de
desejo. Quanto mais avança em idade caminha para a realidade.

Como resultado dessas brincadeiras as crianças envolvidas passam a ter noção que elas
estão tendo uma relação interpessoal diferente da que tem com outras pessoas e os principais
elementos nessa relação são a motivação e a percepção. “Nesta idade, a percepção não é, em
geral, um aspecto independente, mas, ao contrário, um aspecto integrado de uma reação
motora” (VYGOTSKY, 2007, p.113)

A percepção já é mais um benefício alcançado já que é um estimulo psicomotor e as


ações em situações fictícias ensinam a criança a ter percepção imediata das situações
vivenciadas e o que a brincadeira significa para ela. Piaget (1978), afirma que a partir do
brincar a criança demonstra o nível cognitivo que se encontra além de construir
conhecimentos e Vygotsky, traz a brincadeira como um comportamento humano comum e
que é resultado de influências sociais que a criança da sua infância.

A ludicidade atualmente é considerada como um parâmetro de ensino dentro do curso


de pedagogia além de ser uma alternativa de facilitador da aprendizagem e anda apresenta
valores específicos para todas as fases da vida humana. É comum nos depararmos com
situações pedagógicas onde se há resistência em aprender por que a atividade não tem o
lúdico inclusivo e, portanto, não é prazerosa (NEVES, 2012). Portanto nessa pesquisa vimos
sua importância ao apontar que:

A formação lúdica de professores é, hoje, uma preocupação constante para aqueles


que acreditam na necessidade de transformar o quadro educacional presente, pois da
forma como ele se apresenta fica evidente que não condiz com as reais necessidades
dos que procuram a escola com o intuito de aprender o saber, para que, de posse
dele, tenham condição de reivindicar seus direitos e cumprir seus deveres na
sociedade. (SOARES, 2013, p.17).

O intercâmbio que se realiza através de jogos/brincadeiras é um método eficiente para


a socialização do aluno e deriva um aprendizado de forma prazerosa onde a criança representa
e interpreta simbolicamente uma realidade. O lúdico ''não está nas coisas, brinquedos ou nas
técnicas, mas nas crianças, ou melhor, dizendo, no homem que as imagina, organiza e constrói
(OLIVEIRA, 2000, p.10).

Os ambientes das creches e escolas vêm tendo sua infraestrutura sendo


26

progressivamente modificados para atender as demandas interpessoais que é outro assunto


bem debatido nas esferas acadêmicas. A da criação de espaços como brinquedotecas,
playgrounds, salas-ambientes, anfiteatros, por exemplo, e isso vem sendo feito em
contrapartida onde muitos pais transferem o tempo de brincar com os filhos para a escola e
isso tudo tendo o lúdico como justificativa.

A Educação Infantil ganha ênfase em 1996, quando a LDB ao tratar da composição


dos níveis escolares, inseriu a educação infantil como primeira etapa da Educação
Básica. Desse modo verifica-se um grande avanço no diz respeito aos direitos das
crianças, uma vez que a educação infantil é um direito da criança e tem o objetivo de
proporcionar condições adequadas para o desenvolvimento e bem-estar infantil,
assim como o desenvolvimento físico, motor, emocional, social, intelectual e a
ampliação de suas experiências. Assim, podemos dizer que o lúdico é como se fosse
uma parte inerente do ser humano, utilizado como recurso pedagógico em várias
áreas de estudos oportunizando a aprendizagem do indivíduo. (MATOS, 2013,
p.134)

O lúdico apresentado adequadamente às crianças torna a aprendizagem menos


conservadora, e mais satisfatória para o aluno. Piaget (1973) mostra claramente em suas obras
que os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das
crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Para
Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo
que as crianças se inter-relacionam com o meio objeto e social, internalizando o
conhecimento advindo de um processo de construção.

O lúdico se for usado de forma adequada, passa a oferecer ao educando e ao


educador a liberdade de alcançar os objetivos desejados de forma atraente,
prazerosa, em que a escola não se torne uma rotina de práticas e acúmulos de
saberes (LUDWIG, 2006 p. 20).
O utilizar de jogos e as brincadeiras nas práticas pedagógicas pode ser um meio de
resgatar a beleza da infância, identificar o comportamento, os conflitos, as dificuldades do
trabalho pedagógico, buscando o auxílio do lúdico como instrumento a favorecer a
aprendizagem e possibilitar as crianças à oportunidade de se relacionarem entre si e com a
escola de forma mais agradável. Mas:

Jamais pense em usar os jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso


planejamento, marcado por etapas muito nítidas e que efetivamente acompanhem o
progresso dos alunos, e jamais avalie qualidade de professor pela quantidade de
jogos que emprega, e sim pela qualidade dos jogos que se preocupou em pesquisar e
selecionar. (ANTUNES, 1998, p.37).
27

Não podemos tirar o lúdico do processo pedagógico, pois ele é um agente de


desenvolvimento satisfatório, por isso à pesquisa do lúdico na escola como mediador de
aprendizagem é importante. Excluir a criança do ambiente lúdico está praticamente
ignorando seu próprio conhecimento, pois quando a criança chega à idade de ir para a escola
já tem algumas experiências que lhes foram construídas através das brincadeiras e jogos
(lúdico), a escola que não considera essa forma da criança aprender, inibe a criança do seu
desenvolvimento natural. (ROJAS, 2007). Kishimoto ressalva que:

O brincar é a atividade principal do dia a dia. É importante porque dá o poder à


criança para tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, os
outros e o mundo, repetir ações prazerosas, partilhar brincadeiras com o outro,
expressar sua individualidade e identidade, explorar o mundo dos objetos, das
pessoas, da natureza e da cultura para compreendê-lo, usar o corpo, os sentidos, os
movimentos, as várias linguagens para experimentar situações que lhe chamam a
atenção, solucionar problemas e criar. Mas é no plano da imaginação que o brincar
se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona
com a cultura da infância que coloca a brincadeira como a ferramenta para a criança
se expressar, aprender e se desenvolver. (2010, p.01).

A ludicidade atualmente é considerada como um parâmetro de ensino dentro do curso


de pedagogia além de ser uma alternativa de facilitador da aprendizagem e anda apresenta
valores específicos para todas as fases da vida humana. É comum nos depararmos com
situações pedagógicas onde se há resistência em aprender por que a atividade não tem o
lúdico inclusivo e, portanto, não é prazerosa.

Entende-se que:

A relação entre o desenvolvimento, o brincar e a mediação são primordiais para a


construção de novas aprendizagens. Existe uma estreita vinculação entre as
atividades lúdicas e as funções psíquicas superiores, assim pode-se afirmar a sua
relevância sócio cognitiva para a educação infantil. As atividades lúdicas podem ser
o melhor caminho de interação entre os adultos e as crianças e entre as crianças
entre si para gerar novas formas de desenvolvimento e de reconstrução de
conhecimento. (ROLIM et al, 2008, p.180).

O intercâmbio que se realiza através de jogos/brincadeiras é um método eficiente para


a socialização do aluno e deriva um aprendizado de forma prazerosa onde a criança representa
e interpreta simbolicamente uma realidade. O lúdico ''não está nas coisas, brinquedos ou nas
técnicas, mas nas crianças, ou melhor, dizendo, no homem que as imagina, organiza e
constrói.
28

4-APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os conteúdos trabalhados pela professora que foram observados durante a trajetória


metodológica mostraram que tinham o objetivo de adequar-se a todos os alunos no direito de
aprender com facilidade de acordo com sua faixa etária. O grupo demonstra-se bastante
interativo com a professora, quando surgem dúvidas entre os alunos a professora tenta
solucionar dentro da sala de aula, sejam assuntos ligados ao conteúdo ou não, mas respeitando
e valorizando suas culturas e experiências no contexto social.
Quanto o que a professora compreende sobre alfabetização e letramento ela nos revela
que a linguagem é toda forma de comunicação e que se manifesta por meio da comunicação
oral, visual, sonora, gestual entre outros, portanto o professor tem o dever de propiciar ao
aluno uma aprendizagem sem rodeio, mas sim de forma comunicativa utilizando a linguagem
que o aluno entende e que possa aperfeiçoar cada dia melhor seja a fala ou a escrita, ou seja, o
planejamento, a atitude, a metodologia, os recursos que o professor utiliza deve ser bem
pensado e planejado, pois tem toda uma importância na aprendizagem da criança. Assim a
alfabetização e o letramento acontecem naturalmente, uma vez que a criança e instigada a
aprender naturalmente sem limites e sem pressão.
Se verifica conforme as palavras de Barros (2002, p.34) que:

A brincadeira e os jogos por si apresentam uma série de alternativas que auxiliam na


construção do conhecimento, cuja criança aproprie-se deste conhecimento de uma
forma muito agradável e interessante. No jogo, brincando ela mesma consegue
avaliar seu crescimento e sente-se naturalmente desafiada a ir adiante.

A professora observada durante a pesquisa tem grande facilidade no desenvolvimento


de suas aulas a, pois a mesma possui um excelente planejamento e metodologias dinâmicas e
eficazes para atender a necessidade das crianças quanto a aprendizagem. A metodologia é
utilizada de forma adequada à faixa etária da turma, é utilizada várias formas de linguagens as
imagens são uns dos primeiros recursos de alfabetização que a professora utiliza o ensino e
realizado de forma coletivo e atendendo as dificuldades dos alunos individualmente quando
necessário.
De acordo com Santos (2000, p. 20):

As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permite a formação


do autoconceito positivo. As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento
29

integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolver


efetivamente, convive socialmente e opera mentalmente; O brinquedo e o jogo são
produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a
educação; Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual
e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona
ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça
habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói o seu
próprio conhecimento; O jogo é essencial para a saúde física e mental; O jogo
simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a mediação
entre o real e imaginário.  

Já a interação dos alunos quanto à leitura e escrita acontece através de atividades


proposta pela a educadora como produção e correção de texto entre outros. A interação das
crianças não acontece somente durante as atividades, mas também a todo o momento de aula
mantendo uma convivência de boa.
Quando os alunos apresentam alguma dificuldade na aprendizagem a mesma procura
resolver em sala quando não resolvido procura profissionais competentes para ajudar
amenizar e até mesmo resolver estes problemas para facilitar a aprendizagem do educando.
Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade
e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos
nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso
desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que
acriança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço
criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade
interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas
sociais e familiares (VYGOTSKY, 1994, p. 67).

Entende-se que na educação lúdica há um forte papel do aspecto afetivo dentro do


processo de aprendizagem e estando subentendida no ato de brincar tendo como foco
principal o envolvimento direto com o manuseio do brinquedo/brincadeira como a
amarelinha, a pula-corda, o dominó, o quebra-cabeça, o jogo de damas, as palavras cruzadas e
outras que promovem o raciocínio rápido e estratégico e sobre isso os RCNEi (2001, p.27)
são enfáticos ao discorrer sobre a aquisição do conhecimento durante as brincadeiras, pois
esta:

[...] favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente


suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de
determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas
significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de
constituição infantil.

Muitos teóricos defendem o suo do lúdico na construção da personalidade da criança


pois ela permite um maior aprofundamento em ações que facilita a formação de conceitos ,
escolha de ideias, constituição do lógico, e amplia e melhora as percepções, ou seja, para
eles e a ludicidade tem grande atuação ao adiantar esse e processo para benefícios no
30

estágio de maturação intelectual que a criança esteja naquele momento Ainda dentro desse
espaço discussão do desenvolvimento da criança pelas brincadeiras, Bettelheim (1984, p.105)
nos diz que:

Nenhuma criança brinca espontaneamente só para passar o tempo. Sua escolha é


motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedade. O que está
acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua
linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos.
As instituições de ensino básico vêm cada vez mais se posicionando com relação ao
lúdico com investimentos para criação de espaços lúdicos como as brinquedotecas, as quadras
de esporte e salas-ambientes como uma ferramenta de trabalho nessa perspectiva se depara
que:

Por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e
não a produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira
o aluno desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista.
Quando a criança percebe que existe uma sistematização na proposta de uma
atividade dinâmica e lúdica, a brincadeira passa a ser interessante e a concentração
do aluno fica maior, assimilando os conteúdos com mais facilidades e naturalidade.
(KISHIMOTO, 1994, p.34).

A escola pesquisada amarrou em seu Projeto Político alguns projetos reais e de


resultados além do planejamento de horas atividades e de Formação Contínua afim de mostrar
e desmitificar o alcance real das brincadeiras na e aquisição do conhecimento. Onde o lúdico
antes de ser uma teoria passe a ser reconhecido como mecanismo promotor na aprendizagem
dos alunos. Dentro dessa perspectiva Maluf (2003, p.29) traz que:

Os professores, aos poucos, estão buscando informações e enriquecendo suas


experiências para entender o brincar e como utilizá-lo para auxiliar na construção do
aprendizado da criança. Quem trabalha na educação de crianças deve saber que
podemos sempre desenvolver a motricidade, a atenção e a imaginação de uma
criança brincando com ela. O lúdico é parceiro do professor

Ao longo desse estudo procuramos ter uma reflexão da importância de aulas mais
lúdicas para que haja um maior processo de ressignificação do processo cognitivo dos alunos
no âmbito escolar, daí a escola não pode perpassar ações tão lógicas e inerentes do processo
biológico da vida da criança. Essas ações pedagógicas proporcionam vários momentos que
envolvem o brincar e o jogar, valorizando aspectos importantíssimos como os psicomotores,
cognitivos, afetivos que são essenciais para seu desenvolvimento social, cultural. Por meio
dos jogos e brincadeiras os educadores têm oportunidade de envolver aspectos significativos
para a formação da criança. Sendo que na ação educativa

Diante de todos esses fatores e autores pesquisados os resultados mostraram


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que é possível e necessário a inclusão do lúdico no planejamento de aulas onde se aliam


atenção, descontração, prazer, participação, assimilação, raciocínio lógico, raciocínio
matemático tendo a ludicidade como aporte referencial e metodológico. Apesar que ainda não
haja muito investimentos estruturais na escola essa mudança de paradigmas ao reconhecer o
papel das brincadeiras e dos jogos possibilita o real ganho ao docente e ao aluno no processo
de ensino-aprendizagem valorizando o aspecto enquanto construtor de conhecimentos a todos
os atores escolares indistintamente.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste estudo verificou-se in loco a importância da atividade lúdica e de


como esta intervêm no processo de ensino aprendizado da criança na sala de aula. O jogo
sendo muitas vezes agradável ainda motiva e enriquecendo o aprendizado de várias
habilidades e ainda auxiliando no desenvolvimento mental, no aspecto cognitivo e no
raciocínio infantil. A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os educadores, independente
da disciplina que atuam e até mesmo da modalidade de ensino em que estão inseridos.

Os educadores ao usarem métodos interdisciplinaridade precisam atentar a um


planejamento cuidadoso objetivando aulas em que haja troca de experiências e informações. E
visível ainda que haja uma grande distância entre o lúdico e outros professores de outros anos
escolares mesmo sendo evidente o alento da ludicidade.

Há no Brasil um debate crescente de como buscar metodologias que garantam


prazer às crianças em aprender. Com isto, ocorreu em todo o país um crescimento dentro da
Educação Infantil de espaços como brinquedotecas e salas ambientes que proporcionam,
principalmente, a vontade de ensinar. O enfoque principal na educação infantil sempre será a
criança e o ensino deverá estar em benefício da criança.

. As brincadeiras e jogos se constituem ainda como um ótimo caminho de iniciação


ao prazer estético, ao descobrimento da individualidade e principalmente a socialização.
Contudo, conforme defendido ao longo deste estudo este fazer deve ser feito
pedagogicamente com um cuidadoso planejamento, assinalado por etapas nítidas e que
acompanhem o progresso dos alunos envolvidos.

A ludicidade sendo uma atividade dinamicamente do ser humano, não havendo


muitas vezes a necessidade de instrumentos a não ser a interação entre as crianças
fortalecendo como um saber advindo das descobertas espontâneas levando a realização de
diversas atividades e satisfazendo a esfera pessoal dos que dela tomam parte.

A ludicidade parece ser um tema há pouco tempo debatido, porém, sua eficácia
vem sendo verificado há muito tempo sendo visto muito atualmente como um caráter próprio
a todas as disciplinas e não apenas atrelado à Educação Física como muito tempo fora visto.
Logo então o lúdico perpassa desde a primeira fase da criança e culmina na busca da
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qualidade do processo de ensino e interferindo na aprendizagem dentro de sua realidade


regional.

Dessa forma enquanto educadores que somos devemos acreditar em mudanças hora
pela curiosidade hora pela qualificação em busca de ações eficazes mesmo que pareçam
simples, de forma a apostar no caráter educativo das atividades lúdicas no processo de ensino
aprendizagem.

Os jogos e brincadeiras sempre estiveram presentes na vida dos seres humanos de


alguma forma, talvez não pedagogicamente falando. Ambos os instrumentos permitem que a
criança expresse seus sentimentos, sejam eles positivos ou negativos, por isso devem fazer
parte do processo de formação do ser humano, pois tal evidência está arraigada às raízes da
atividade lúdica e sua consistência envolvendo o ensino aprendizado.

A pesquisa evidenciou que no processo de Alfabetização na atualidade os jogos e


brincadeiras vêm se destacando enquanto ferramenta para contribuir com o desenvolvimento
do ensino aprendizado da criança, tem se sobressaído cada vez mais no meio educacional. O
estudo fez compreender que as ações de jogos e brincadeiras são importantes para o
desenvolvimento da criança nas ações cognitivas, sociais, emocionais e físico-motor.
No campo teórico foi abordado sobre os caminhos de aprendizado, visando jogos e
brincadeiras, onde estes instrumentos que são lúdicos propõe a criança campo de
desenvolvimento. Os autores estabeleceram a importância da cognição entre os itens citados,
brincadeira, jogos e ludicidade, costuram a relevância destes instrumentos, onde o professor
por meio de sua formação deve fazer uso e cumprir o seu papel.

Seguindo a linha de raciocínio vimos que o professor necessita agir de modo


organizado, buscar por se preocupar com a sua formação e com a do educando, dessa forma
aprimorar o campo docente é sempre uma boa proposta. A pesquisa revelou que jogos e
brincadeiras são considerados ferramentas relevantes no que se refere à aquisição da
metodologia para contribuir com o conhecimento no âmbito escolar. O educador deve buscar
por meio do campo da ludicidade se utilizando de jogos e brincadeiras enquanto instrumento
para promover e facilitar o ensino aprendizado, conduzir a criança à atividade, à auto
expressão e à socialização.

Assim os Jogos e as brincadeiras vêm a ser um espaço de aprendizado significativo


para a criança, é um trabalho lúdico que o educador oferece para desperta na criança o
interesse e o gosto por estudar. O educador dessa forma oferece a criança de maneira
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prazerosa e com sucesso a aprendizagem, são caminhos dinâmicos, são práticas pedagógicas
aplicas com intuito de despertar na criança o gostar de fazer parte do espaço escolar, sentir se
acolhida e trabalhar o ensino aprendizagem.
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