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CURSO PEDAGOGIA
JUIZ DE FORA – MG
2023
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Flavia Muriel Mendes Ramos Moro – Mestre em Educação
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Arleide Catarina Wollf Camargo
(Coordenador do curso de graduação, nome e assinatura)
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A elaboração do trabalho de conclusão do curso tem o intuito de promover uma reflexão sobre a
alfabetização e o letramento por meio de brincadeiras e com a aplicação de métodos para
aprendizagem da linguagem oral através de narrativas significativas nos anos iniciais de ensino. Bem
como observar os melhores caminhos que estimulem os alunos da pré-escola e das primeiras séries
do 1º Grau, a fim de que as aprendam a se relacionar mais profunda e criativamente com as pessoas e
os desafios do ambiente que a cercam. O melhor ponto de partida será considerar a própria criança,
naquilo que ela traz á escola e que reflete as suas vivências. Desde os primeiros anos de vida, somos
estimulados e apresentados aos jogos, brinquedos e brincadeiras, estimulando assim a interação com
o mundo ao seu redor. Os jogos, brinquedos e brincadeiras são ferramentas presentes e usadas de
forma ativa pelos profissionais da educação para estimular, repassar conceitos e conhecimentos e
proporcionar a aprendizagem sobre regras e convívio em grupo.
ABSTRACT
The purpose of this final paper is to promote a reflection on literacy and literacy through play and the
application of methods for learning oral language through meaningful narratives in the early years of
education. As well as to observe the best ways to stimulate pre-school and first grade students so that
they learn to relate more deeply and creatively with people and the challenges of their surroundings.
The best starting point is to consider the child itself, in what it brings to school and what reflects its
experiences. From the earliest years of life, we are stimulated and introduced to games, toys, and
play, stimulating interaction with the world around us. Games, toys, and games are tools present and
actively used by education professionals to stimulate, pass on concepts and knowledge, and provide
learning about rules and group coexistence.
KEY WORDS: Literacy and Literacy. Early years. Games and Jokes. Playfulness.
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1. INTRODUÇÃO
escola, no nível de ensino fundamental, momento em que estarão aprendendo não só a ler e a
escrever, mas, a usar a leitura e a escrita no contexto social, e para facilitar o processo de
alfabetização e letramento abordaremos recursos e estratégias lúdicas.
A escolha do tema justifica-se pelo fato de que os resultados da educação, apesar de todos os seus
projetos, continuam insatisfatórios, percebendo-se a necessidade de mudanças no âmbito
educacional. A alfabetização representa uma fase extremamente importante da vida de uma criança.
Nesse sentido, o lúdico pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do ser
humano, independentemente da idade, auxiliando não só na aprendizagem, mas também no
desenvolvimento social, pessoal e cultural, facilitando no processo de socialização, comunicação,
expressão e construção do pensamento. Sendo assim, a utilização do lúdico na sala de aula
potencializa a exploração e a construção do conhecimento por contar com motivação interna. Mas, o
trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros, bem como a
sistematização de conceitos em diversas situações. Por se tratar de algo prazeroso, é um instrumento
de aprendizagem e parte do processo educativo da criança. Verificamos que as atividades lúdicas
propiciam à criança a possibilidade de conviver com diferentes sentimentos, os quais fazem parte do
seu interior. A criança demonstra através da brincadeira como ela vê e constrói o mundo, como ela
gostaria que ele fosse quais as suas preocupações e que problemas a estão atormentando, desta forma
ela expressa na brincadeira o que tem dificuldades de expressar com palavras.
O objetivo geral é analisar qual a importância do lúdico como processo de motivação e
participação para o desenvolvimento de ensino-aprendizagem na alfabetização. A elaboração foi
realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema proposto: alfabetização e letramento, métodos de
alfabetização, brincadeiras, lúdico, nas plataformas Google scholar, capes e em artigos
disponibilizados sobre a temática.
Os autores mais expressivos nesse contexto destacam: Kishimoto, Vigotsky, Piaget, Ferreiro e
Teberosky entre outros estudiosos que contribuíram ao longo do tempo com conceitos e métodos
voltados a alfabetização e o letramento para crianças de forma lúdica.
2. DESENVOLVIMENTO
Os efeitos positivos das brincadeiras começaram a ser investigados pelos pesquisadores como
Rosa (2001) que considera a ação lúdica como facilitadora para as crianças adquirirem
conhecimentos, habilidades e compreensão do mundo que as cerca além de ser um fator importante
para as relações com o outro.
Para Vygotsky (1991), a aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-
relacionados desde o primeiro dia de vida e é enorme a influência do
brinquedo no desenvolvimento de uma criança, pois: O brinquedo cria uma
zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo, a criança
sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do
seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é
na realidade.
Segundo Piaget (1989), a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da
criança. Ela não é apenas uma forma de desafogo ou algum entretenimento para gastar energia das
crianças; constitui um meio que enriquece e contribui para o desenvolvimento intelectual. Sendo
assim, as brincadeiras e os jogos são vistos muitas vezes como distração ou um modo de cansar as
crianças, porém, as atividades lúdicas são ferramentas essenciais para os alunos aprenderem e se
desenvolverem fugindo do método tradicional. Quando se envolve jogos, brincadeiras no ambiente
escolar o aluno fica mais interessado no conteúdo e ao mesmo tempo em que está brincando e se
divertindo, está aprendendo, conhecendo e descobrindo novos horizontes. Se adentrarmos, de forma
efetiva, a ludicidade nas nossas práticas, criaremos possibilidades de aprender priorizando o processo
de aprendizagem e desenvolvimento das crianças.
Souza & Martins (2002) lembrando os estudos de Piaget, dizem que as
crianças, ao aproximarem-se dos dois anos de idade, especialmente pelo
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afetos, cuidado, acolhimento, atenção, jogos, brincadeiras que são pertinentes para desenvolver a
educação infantil para estimular um contexto aprazível e que desperte o interesse nas crianças.
interação entre Educação Infantil e Ensino Fundamental. Por meio de um diálogo pedagógico no
interior da escola bem como entre as instituições de ensino com o intuito de encontrar alternativas
curriculares objetivas, onde o planejamento e o acompanhamento sejam realizados por adultos que
estão envolvidos nesse processo considerando as peculiaridades da educação infantil.
Com ênfase no direito à brincadeira, por meio de uma produção cultural, uma vez que a
educação infantil e o ensino fundamental, demanda atender as crianças em suas necessidades. Como
consta no documento curricular Projeto Marista elaborado para o Ensino Fundamental (2010) com a
proposta de uma mediação pedagógica visando que o professor colabore e viabilize ao aluno a
apropriação dos saberes, valores ampliando o relacionamento com os demais entes desse processo
como família, corpo docente e os demais atores na construção do ensino.
De acordo com a lei 11.274/2006 o ensino fundamental com matrícula obrigatória no País,
com a ampliação de oito para nove, tem acesso uma parte da população que ao entrar na escola, tem
uma cultura para que se aproprie. Mesmo as crianças que já frequentam a pré-escolas ao entrar no
ensino fundamental encontraram novos desafios. Ao falarmos que os jogos estão presentes em
diferentes épocas da vida das pessoas, estamos evidenciando o quanto eles participam da construção
das personalidades e interferem-nos próprios modos de aprendizagem humanos. Eles estão presentes
desde os primeiros momentos da vida do bebê.
Piaget (1987) dá especial atenção aos jogos de exercício no período sensório-motor,
momento em que as crianças, ao brincarem, aprendem a coordenar visão e movimento das mãos e
dos pés, a coordenar visão e audição, enfim, a perceber o mundo a sua volta e começam a agir e
interagir e participar dele. Na alfabetização, eles podem ser poderosos aliados para que os alunos
possam refletir sobre o sistema de escrita, sem, necessariamente, serem obrigados a realizar treinos
enfadonhos e sem sentido.
Nos momentos de jogo, as crianças mobilizam saberes acerca da lógica de funcionamento da escrita,
consolidando aprendizagens já realizadas ou se apropriando de novos conhecimentos nessa área.
Brincando, elas podem compreender os princípios de funcionamento do sistema alfabético e podem
socializar seus saberes com os colegas. No entanto, é preciso estar atento que nem tudo se aprende e
se consolida durante a brincadeira.
É preciso criar situações em que os alunos possam sistematizar aprendizagens, tal como
propõe:
Kishimoto (2003 p. 37-38): A utilização do jogo potencializa a exploração e
construção do conhecimento, por contar com motivação interna, típica do
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Mrech (2003, p. 128) também defende tal ideia, quando diz que “brinquedos,
jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu bojo um
saber pronto e acabado.
Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em potencial.
Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno, ou seja, não
podemos esquecer que é o professor que faz as mediações entre os alunos e
os recursos materiais que disponibiliza, sendo necessário, portanto, que tenha
consciência do potencial desses materiais. Com o uso da atividade lúdica e
do jogo, a criança cria conceitos, estabelece relações lógicas, seleciona
ideias, integra percepções, e realiza estimativas de acordo com o seu
desenvolvimento e crescimento físico e promove a sua socialização.
Nessa convivência de forma lúdica e agradável com a aprendizagem possibilita que a criança
estabeleça relações cognitivas diante das suas experiências vivenciadas, e estimula que ela as
relacione com as demais produções culturais e simbólicas adequadas aos procedimentos
metodológicos para essa prática.
De modo que a atividade possui um valor educacional intrínseco, destarte ela tem se
efetivado como recurso pedagógico, e são diversas as razões que fazem com os educadores recorram
às atividades lúdicas e seu uso no processo de ensino aprendizagem:
• Por corresponderem a um impulso natural da criança, de forma que satisfazem a necessidade
interior, pelo fato que o ser humano possui uma tendência lúdica;
• Nas atividades lúdicas podem ser encontrados dois elementos que o diferenciam o esforço
espontâneo e o prazer. Sendo considerada uma prática prazerosa, diante da capacidade de chamar a
atenção do indivíduo de forma integral e gerando um clima de entusiasmo.
Bem como possui um envolvimento emocional que faz com que a uma atividade apresente
expressivo teor motivacional, podendo gerar um estado de euforia e vibração diante dessa
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diferenciadas sobre o ensino, entre as quais a Pedagogia Nova. Destacando a Escola Nova como um
movimento europeu e norte-americano surgido no fim do século XIX como uma nova forma de
educação que questionava o ensino tradicional. E que eram influenciados pelos conhecimentos
científicos e expressivamente ligados à psicologia e biologia, sendo áreas do conhecimento no
âmbito da educação.
Hirschmann (1992) discorre que no Brasil, a Escola Nova tinha como objetivo a
modernização do ensino, sua democratização entre a sociedade industrial que passou a existir. De
modo que o desenvolvimento da Escola Nova, a recreação gerou a presença em muitas escolas.
Lourenço Filho (1978) cita que a recreação é uma necessidade na formação do indivíduo, por um
elemento que carregava os valores e a cultura dos grupos sociais. Posteriormente, em meados de
1930, muitos estudos pedagógicos passaram a inserir os temas de recreação e atividades lúdicas.
A partir de 1980 as atividades lúdicas passaram a ser tema nos debates no cenário de
pesquisa brasileira, verificando que a valorização da educação da criança infantil e das políticas
públicas, em que a preocupação era a questão do assistencialismo e na qualidade do ensino.
Hirschmann (1992) lembrando que a sociedade havia mudado e a mulher passou a se inserir no
mercado de trabalho.
Brasil (1988) no cenário, crianças de zero a seis anos foram privilegiados na Constituição Federal de
1988 do direito a educação, em seu Art. 208, inciso IV, como um dever do Estado e em assegurar o
atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade.
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, que foi promulgada
em dezembro de 1996, de acordo com a Constituição Federal de 1988, asseverou a garantia do
Ensino Infantil de qualidade a ser oferecido pelo Estado.
Em 1996, o Ministério da Educação e do Desporto diretrizes pedagógicas
para a Educação Infantil, denominadas como Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) que constitui m um conjunto de
referências e orientações pedagógicas que buscam contribuir com a
introdução de práticas educativas de qualidade que possam promover e
ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças
brasileiras” (BRASIL, 1998, p. 13).
Pode se perceber na RCNEI, que ela se volta para a vida da criança com relação a todas as
suas particularidades, bem como com a sua forma de brincar, sendo assim, o lúdico tende a ser um
norteador para a educação infantil, considerando que a brincadeira é uma atividade característica da
fase infantil do ser humano.
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A partir do momento em que a criança realiza o contato com a linguagem oral, ela aprende a
se comunicar naturalmente pela fala. De forma semelhante ocorre com a leitura, pela observação da
criança com situações de leitura em seu cotidiano ela vai interpretando e atribuindo o significado ao
ato de ler. Inicialmente ela lê a imagem, e posteriormente vai diferenciado imagem e texto, e
rapidamente amplia seu entendimento da leitura compreendendo que para ler é preciso que haja
palavras e assim ela se desenvolve e progride.
Na psicogênese da língua escrita por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1986), a criança
estrutura o seu processo de alfabetização atravessando algumas fases de forma gradual, conhecidas
como níveis. Com a criação de hipóteses a respeito que significa ler e escrever a partir de sua
interação no contexto social.
Nos Métodos Tradicionais e as inovações podemos ressaltar os benefícios e as ineficiências em
seus usos, e quais as melhores práticas para mitigar as carências no ensino. Apesar das diversas
questões levantadas quanto às complicações na alfabetização escolar que está fundamentado e tem o
seu embasamento no construtivismo. Buscamos apresentar as etapas e níveis para o uso da base
fônica e identificar as transformações alcançadas com a aprendizagem presentes com as novas
metodologias da Escola ativa:
Os cinco eixos:
• 1º Eixo – Compreensão E Valorização da Cultura Escrita
• 2º Eixo – Apropriação do Sistema de Escrita
• 3º Eixo – Leitura
• 4º Eixo – Produção de Textos Escritos
• 5º Eixo – Desenvolvimento da Oralidade
uma conexão com o aluno, promovendo uma comunicação democrática expondo suas dificuldades
ou relevâncias sobre o que está sendo aplicado para seu aprendizado, equilibrando o desempenho do
professor com a eficiência do conteúdo.
O conceito de educação em seu início era composto por um aluno que apenas recebia diversas
informações e tinha como obrigação decorar o conteúdo, sem existir uma interação com o professor,
e práticas já reconhecidas pelos especialistas em educação como inadequado.
Cagliari (1998) acrescenta uma prática comum da época, que se pautava no uso das cartilhas, entre as
atividades uma se destaca que era o ato de desmembrar palavras, memorizar e construí-las.
Atualmente o método utilizado tem como fundamento a aprendizagem, é alinhado na reflexão, o
aluno aproveita todos os conhecimentos desde o nascimento para compreender e analisar sobre o
mundo, o ambiente, enfim de forma geral.
Uma das defesas desta prática é reconhecer que o ensino é
igualitário para todos, a aprendizagem se pauta nas características de cada
indivíduo, suas limitações, capacidades definindo um tempo para cada
indivíduo. O melhor método para um professor deve vir de sua experiência e
deve ser baseado em conhecimentos sólidos e profundos da matéria que
leciona. O fato de não ter um método preestabelecido não significa que o
ensino seguirá navegando à deriva… Quando um professor é bem
conhecedor da matéria que leciona, ele tem um jeito particular de ensinar… e
isso é fundamental para o processo educativo (CAGLIARI, 1998 p.108).
Sob estes parâmetros, não demanda o uso de métodos tradicionais ou novos. Mas é
primordial que o professor utilize sua habilidade, experiência, criatividade e dinâmica ao entrar na
sala de aula, através de sua percepção o processo de ensino se realiza. Uma vez que, cada professor
cria sua própria identidade ao desempenhar sua função.
E os professores que ainda se limitam ao uso de cartilhas, livros ou conteúdos pré-definidos, ainda
não detêm experiência, podem sentir insegurança em arriscar sua autonomia na sala de aula, mas
com o tempo encontrará o seu método e irá aplicá-lo. O indivíduo que se alfabetiza, passa por um
longo caminho que é chamado de “psicogênese da alfabetização”.
A psicogênese se configura por uma sequência de níveis que são absorvidos. Esses níveis são
formados por uma hierarquia de procedimentos, que inclui todas as atividades como jogos,
operações, figuras, noções de representatividade. Durante o aprendizado a criança a cada nível,
constrói através da escrita e leitura, o que compreendeu dos conteúdos aplicados nem sempre da
forma correta, mas como ela adquiriu o conhecimento naquele momento.
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Dessa forma, o avanço de um nível ao outro, ocorrerá no tempo em que ela elaborar novas questões
que o nível em que está inserida não tiver condições de explicar, dessa forma o educador vai
percebendo o progresso de assimilação dos conteúdos, vale lembrar que esse processo é gradativo, e
não é estático pode propiciar a ida a outro nível e ter que retornar para aprimorar o conhecimento.
A partir do conceito do Construtivismo que se pauta na construção, se define como uma
tendência, recente, porém empregada e utilizada, discutida e pesquisada por inúmeros autores,
professores, formadores e alunos pós graduados de forma exaustiva que se alinham no âmbito
educacional aonde em algum momento vai se chocar com o termo construção, consoante Ferreiro
acrescenta que a alfabetização se define como um caminho de construção, considerando que a
criança não necessita de autorização de um adulto para começar a aprender. Ferreiro apresentou, em
sua pesquisa, os níveis que as crianças atravessam nesse processo de aprendizagem: Nível pré-
silábico, Nível silábico, Nível silábico-alfabético, Nível alfabético - É demonstrado em cada fase ou
nível, existe uma concepção a respeito do sistema de escrita.
Diante desse cenário a escola deve estar intermediando de forma simultânea a teoria e a
prática, o professor tem esse desafio, a partir de um olhar crítico compreender e estabelecer as
adequações em sua atuação e em relação a cada aluno, como proceder para efetivar o processo de
alfabetização. Devido à complexidade, nesta fase é necessário o auxílio de especialistas e
psicopedagogos escolares, para colaborar e estimular através de suas teorias as melhores e
inovadoras metodologias que podem ser efetivas para aprendizagem dos alunos que apresentam
dificuldades.
Portanto a alfabetização se processa através da construção de pressupostos e o funcionamento e as
regras do sistema alfabético da escrita, que é composto de uma complexidade imensa, que requer
uma série de análise para sua aplicação no ensino e o mesmo acontecem com os educandos ao
receber o conteúdo. Assim sendo minha fonte de dados foram obtidos através de pesquisa
bibliográfica com a consulta em livros, revistas, sites artigos enfim em diversos estilos de
bibliografia que dizem respeito à temática de dificuldades de aprendizagem.
Considerando também, a parte teórica que foi constituída cientificamente sobre o tema em
questão por outros estudiosos e que serve de fonte atualmente. Oferecer subsídios teórico-práticos
que possibilitem aos professores e pedagogos o aprofundamento dos procedimentos relativos ao
desenvolvimento do raciocínio lógico matemático no processo da alfabetização e letramento. Por
tratar-se de metodologias de trabalho privilegiadas para a construção do raciocínio lógico
Abordando Piaget (1973), e suas aplicações por meio de jogos e atividades lúdicas que é considerada
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pelo auto como mais significativas à medida que a criança se desenvolve; com a livre manipulação
de materiais variados, ela passa a reconstituir reinventar as coisas, o que já existe uma adaptação
mais completa. Essa adaptação só é possível a partir do momento em que ela própria evolui
internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem
escrita, que é o abstrato.
Vygotsky (1987) assevera que a escrita é muito mais difícil do que parece, embora, sua
aprendizagem interaja com a da leitura. Ao incluir-se a escrita junto com a leitura, vê-se que aprender
a ler é uma tarefa dificílima para uma criança de 7 anos.
Nesse sentido são apontadas que as habilidades psicomotoras incluem destreza manual e digital,
coordenação mãos-olhos, resistência à fadiga e equilíbrio físico. Fica claro que a escrita é, enquanto
conjunto de movimentos coordenados, um exemplo de complexidade para a criança. Se para a
criança a escrita é uma atividade complexa, o jogo, ao contrário, é um comportamento ativo,
orientado, frequentemente vigoroso, manipulativo, cuja estrutura ajuda na apropriação motora
necessária para a escrita e leitura.
Em função de tudo que foi,visto, até o momento, é possível dizer que através das brincadeiras o
professor pode observar os avanços no desenvolvimento da criança dentro do grupo ou
individualmente, fazendo registros e analisando as conquistas de cada um em relação ao uso da
linguagem, capacidade afetiva, social e também o emocional da criança.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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