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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI

JOSCENY GONÇALVES PEREIRA CANAVEZ

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

TIRADENTES - MG
2022

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVENI
JOSCENY GONÇALVES PEREIRA CANAVEZ

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório final do Estágio Supervisionado


apresentado ao curso de Licenciatura em
Educação Especial

TIRADENTES – MG
2022

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1.INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo relatar o processo de estágio supervisionado realizado
Na Escola Municipal João Pio em Tiradentes - MG, Na Escola Estadual Deputado Mateus
Salomé/Caixa Escolar em São João Del Rei – MG e na Escola Estadual Cônego Osvaldo
Lustosa/Caixa Escolar em São João Del Rei – MG, pela aluna Josceny Gonçalves Pereira Canavez
do curso de licenciatura plena em Educação Especial turma de ensino a distância, (EAD), na
disciplina de Estágio Supervisionado obrigatório. O Estágio escolar é uma é uma exigência da lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96). Dando assim a oportunidade ao profissional
em formação associar teoria à prática docente.
A metodologia utilizada para cumprir as metas do estágio supervisionado consistiu
primeiramente na observação da escola em que ocorreu o estágio o que propiciou uma aproximação
com a realidade escolar na qual estagiei.
Onde fiz a regência e várias observações, primeiro observando a comunidade estudantil
durante diversos dias, visitei a instituição escolar conhecendo a estrutura básica e da comunidade
estudantil, e em seguida, iniciarei as observações das aulas.
Após, ministrar aulas em três turmas, na Educação infantil no pré-escola turma de (4 anos),
do Ensino Fundamental I (4º ano) e no ensino fundamental II na educação especial (8º ano). Sendo
assim, este trabalho tem como objetivo relatar a trajetória do estágio desde a observação até o estágio
regência. O Estágio supervisionado foi uma experiência boa e fundamental para o processo de
formação, pois, constituiu – se em um treinamento que possibilitou ao discente colocar em prática a
teoria estudada na Universidade e vivenciar na sala de aula juntamente com os alunos foi de suma
importância para o crescimento conjunto da escola, alunos e professores. Através dessa experiência,
foi possível imaginar como seria o seu futuro ambiente de trabalho, pois, essa troca de experiência
entre professor e estagiário e alunos se faz necessário para a formação do professor para aprender
com a prática dos profissionais da docência, ainda que a formação oferecida na universidade seja
fundamental importância, ela por si só não é suficiente para formar e preparar o estudante para pleno
exercício de sua profissão.
O presente relatório faz, portanto, referência às discussões realizadas em sala de aula sobre o
estágio em que tive toda uma base teórica a partir do debate de textos para a produção deste relatório,
a observação da escola e do cotidiano escolar, bem como a relação entre professores e alunos e por
fim, experiência em sala de aula expondo meu cotidiano como professora regente e a minha relação
direta com os alunos da escola.

2.DESENVOLVIMENTO

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Inicialmente, fui à escola para coletar informações e a partir das observações realizadas
elaborei a caracterização da estrutura física/material da escola. Tais como dados correspondem ao
mês de outubro do ano de 2022.
A Escola Municipal João Pio se situa no município de Tiradentes – MG, Rua José Vicente de
Almeida, S/N-Telefone: (32) 3372-4235, CEP: 36325-000, E-mail: resende.geovani@ bol.com.br.
A Escola Municipal João Pio oferece toda estrutura necessária para o conforto e
desenvolvimento educacional dos seus alunos, como por exemplo: internet, banda larga, reciclagem
de lixo, parque infantil, refeitório, quadra esportiva, sala de leitura, pátio descoberto, área verde e
alimentação. Possuindo 4 salas de aulas onde as salas são multisseriadas (1º ano, 2º e 3º anos juntos,
4º e 5º anos juntos e o infantil de 4 e 5 anos). Possui uma sala de diretoria, uma quadra de esporte,
uma cozinha, um parque infantil, um banheiro feminino e um banheiro masculino, uma despensa. A
escola tem um total de 40 alunos divididos entre o fundamental I e o infantil, possui 5 professores
sendo um professor de apoio, 3 auxiliares de serviços gerais, uma supervisora, uma nutricionista. O
funcionamento da escola é somente no período diurno de 7h da manhã às 11h30min. É uma escola
pequena, mas muito aconchegante e organizada. Atende uma clientela da zona rural e cidade de classe
média.
A empresa Escola Municipal João Pio, localizada no bairro Águas Santas, em Tiradentes-MG
foi fundada em 2015. A atividade principal da empresa é atividades de Apoio à Educação, exceto
Caixas Escolares.
A
Na creche e na pré-escola, devem ser criadas condições para que as crianças interajam com
os educadores e professores e com as outras crianças em situações variadas, de modo a
desenvolver-se em todos os seus aspectos, elaborar conhecimentos sobre si mesma e sobre o
mundo físico e social, construir uma autoimagem positiva, ampliar sua capacidade de tomar
iniciativas e adotar estratégias de interação cada vez mais eficazes e solitárias com seus
parceiros. (OLIVEIRA, 1996, p.144)

A partir da concepção da autora, é perceptível que a interação das crianças com outros sujeitos
no ambiente escolar contribui para o desenvolvimento de todos os seus aspectos, na construção de
novas percepções e conhecimentos acerca do mundo, dos outros e de si mesma. Nas nossas ações
pedagógicas, planejamos espaços de interação entre as crianças, tanto nas atividades como em outros
momentos, para que pudessem se socializar, aprender a conviver e respeitar os colegas em diversas
situações.
Na semana de regência que aconteceu do dia 17 de outubro a 25 de maio de 2022, planejamos
as atividades de acordo com a rotina e assuntos já organizados pela professora regente. No entanto,
visamos trazer aulas mais dinâmicas em que os alunos pudessem aprender tanto brincando como se
divertindo. Trabalhamos com dinâmicas musicais onde trabalhou a lateralidade, posição espacial e

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noção de espaço e com gestos corporais, assim como a contação de histórias, usando também alguns
recursos, como teatro e palitoches, brincadeiras com massinha e brinquedos, recital de parlendas
como forma de aproximar as crianças no processo de leitura e permanecerem atentas no momento da
história, visto que, nem sempre se pode assegurar a atenção de todas as crianças e em relação a isso,
a ludicidade nessas atividades pode facilitar para criar momentos mais prazerosos e divertidos. A
contação de história é uma prática fundamental no estímulo da leitura que contribui na formação da
criança, assim como torna a aula produtiva e objetivando aprendizagens significativas, pois

A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito


entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do
narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por
meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas
os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real.
(RODRIGUES, 2005, p. 4)

Ao contar histórias, o professor como mediador pode transformar essa prática em um recurso
de formação de alunos leitores, pois as histórias incentivam a imaginação e a criatividade da criança,
assim como o hábito e o gosto pela leitura. Nestes momentos, percebemos o envolvimento e animação
das crianças durante as histórias contadas e essa experiência nos mostrou a importância de possuirmos
também o gosto pela leitura, pois para ser um contador não basta só ler, tem que ser criativo,
expressivo oralmente e corporalmente, para dessa forma despertar nas crianças o prazer de ouvir. O
planejamento das aulas não se limitou a somente passar conteúdo e atividades impressas, utilizamos
brincadeiras lúdicas, tendo em vista a proficuidade dessas práticas na educação infantil e de acordo
com os pressupostos presentes no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições para as


aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas
intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém, que
essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de
desenvolvimento infantil. (BRASIL, 1998, p.23)

O brincar está presente na vida das crianças e considerando que elas aprendem brincando se
torna fundamental que nós educadores em nossas práticas, possibilitemos as brincadeiras, visto que,
o brincar influencia o desenvolvimento infantil. Para Oliveira (1996, p.144) “A brincadeira constitui
o recurso privilegiado de desenvolvimento da criança em idade pré-escolar. Nela, afeto, motricidade,
linguagem e percepção, representação, memória e outras funções cognitivas são aspectos
profundamente interligados”. Nessa perspectiva, vale ressaltar também a importância de escolher
atividades significativas, ou seja, que o brincar possua uma intenção didática e objetivos a serem
atingidos.

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3- CONCLUSÃO

O Estágio Supervisionado na Educação Infantil, em sua parte prática, também teórica e


reflexiva, possibilitou enormes contribuições para nossa formação enquanto docentes. A exigência
dessa disciplina no curso de Licenciatura em Educação Especial, é, sobretudo, fundamental para
estabelecer a relação entre a teoria e a prática, permitindo conhecer e vivenciar a realidade e as
diversas situações do cotidiano escolar. Dessa forma, atuar na educação infantil requer uma reflexão
constante das nossas práticas, objetivando desenvolver atividades significativas, que envolvam a
criatividade e a ludicidade que despertem o interesse das crianças e que resultem em aprendizagens.
É importante ressaltar também que, devemos criar momentos de interação no ambiente escolar, pois
isso influência no processo de ensino e aprendizagem das crianças. Na relação professor/aluno,
buscamos manter um bom relacionamento com os alunos e percebemos que isto refletiu no processo
de aprendizagem das crianças. Os educandos que tivemos a satisfação de participar do processo
educativo por uma semana, foram cruciais para a nossa experiência efetivamente acontecer. Desde a
observação, até a finalização da parte prática regencial, foi possível executar um trabalho coerente,
utilizando o arcabouço teórico trabalhado no curso da Licenciatura em Educação especial. Contudo,
o contato prático ocorrido por meio do ensino ministrado, propiciou importantes contribuições e
reflexões, nas quais farão parte da formação do educador e das experiências acadêmicas. Nesse
sentido, o Estágio Supervisionado na Educação Infantil contribuiu para possibilitar a experimentação
em sala de aula, conseguinte a amplitude do trabalho pedagógico.

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala de aula – São Paulo: Papirus, 1999.
BRASIL, Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009. BRASIL, Casa
Civil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. Disponível em:
http://www.cp2.g12.br/alunos/leis/lei_diretrizes_bases.htm> novembro 2022. BRASIL. Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 1, Brasília: MEC/SEF, 1998.
OLIVEIRA, Z. M. R. A brincadeira e o desenvolvimento infantil: implicações para a educação em
creches e pré-escolas. CINDEDI. 1996.
RODRIGUES, E. B. T. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia, 2005.

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1.INTRODUÇÃO

É no estágio que o aluno tem a possibilidade de ver e entender a realidade de uma sala de aula.
“Os docentes universitários ensinam geralmente como foram ensinados, garantindo pela sua prática,
uma transmissão mais ou menos eficiente de saberes e uma socialização idêntica àquela de que eles
próprios foram objetos” (cortesão, 2002, p. 40). Para alcançar a excelência na formação de
professores é necessário obter estratégias, conhecimento do conteúdo a ser trabalhado, traçar os
objetivos e executá-los com clareza usando estratégias de fácil compreensão que esteja relacionado
ao contexto social e a formação de cidadãos tendendo o engrandecimento e a transformação da
sociedade. Para Imernón (2006) a formação servirá de [...] estímulo crítico ao constatar as enormes
contradições da profissão e ao tentar trazer elementos para superar as situações perpetuadoras que se
arrastam há tanto tempo: a alienação profissional – por estar sujeito a pessoas que não participam da
ação profissional – as condições de trabalho, a estrutura hierárquica etc. E isso implica, mediante a
ruptura de tradições, inércia e ideologias impostas, formar o professor na mudança por meio do
desenvolvimento de capacidades reflexivas em grupo, e abrir caminho para a verdadeira autonomia
profissional compartilhada, já que a profissão docente deve compartilhar o conhecimento com o
contexto. Isso implica uma mudança nos posicionamentos e nas relações com os profissionais, já que
isolados eles se tornam mais vulneráveis ao entorno político, econômico e social (grifo nosso) (p.15).
Realizado na Escola Estadual Mateus Salomé essa etapa do estágio foi feito uma investigação
da instituição, também foi observada a concepção pedagógica da escola, atuação do docente e o
desenvolvimento do plano de aula tendo como missão a formação de professores que deverão
contribuir no processo formativo de cidadãos capazes de utilizar o conhecimento e a tecnologia para
o desenvolvimento cultural, político, econômico e tecnológico das sociedades modernas.
Acompanhar, Observar, participar e pensar sobre o trabalho do docente implica, em um processo de
reflexão sobre o domínio do professor na regência diante de sua turma. Dessa forma, ao acompanhar
o trabalho desse profissional, também entramos em contato direto com o ambiente escolar adquirindo
experiências na qual engrandecerá os conhecimentos no processo de regência do docente.

2.DESENVOLVIMENTO

O Estágio Supervisionado foi realizado na Escola Estadual “Deputado Mateus Salomé” que
está localizada na Avenida Sete de Setembro S/N no bairro de Matosinhos na cidade de São João Del
Rei – CEP: 36305-134. Os contatos da Escola são (32) 3371-5397 e E-mail:
escola.134597@educacao.mg.gov.br. O tipo de estabelecimento; escola regular e o tipo de ensino são
os anos iniciais fundamental I do 1º ao 5º anos. A Escola Estadual Deputado Mateus Salomé atende
diferentes alunos do bairro de Matosinhos, da cidade e de outros municípios. Os dados indicam que

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a escola atende uma clientela bastante diversificadas quanto as condições e a expectativas de vida,
nível sócio cultural e econômico Há que considera por outro lado, um avanço de todas as comunidades
atendidas, no sentido de melhor compreensão se suas necessidades e busca de melhor condição de
vida e perspectiva de um futuro para seus filhos criada em 29/03/1963 pelo o decreto nº 6901 e
instalada oficialmente no dia 17/07/1963 pelo o então Governador Dr. José Magalhães Pinto,
começou a funcionar em 1964 apenas com 04(quatro) salas de aula. Atualmente a escola funciona em
02 (dois) prédios sendo cada um com 08 (oito) salas atendendo 05(cinco) turmas no período da
manhã, sendo 01(uma) de tempo integral e 06 turmas no período da tarde, totalizando 254 alunos, no
primeiro pavimento há uma secretária, sala de direção, coordenação pedagógica, dois banheiros para
funcionários, já no segundo pavimento há uma cozinha, depósito de merenda, almoxarifado,
refeitório, instalações sanitárias para alunos e ajudantes de serviço gerais, e no terceiro pavimento
uma sala de biblioteca, um laboratório de informática, sala para professores, quadra poliesportiva
coberta, parquinho e uma horta, não possui estacionamento, e os alunos possui também reforço
escolar. A escola possui trinta professores de ensino fundamental; Dezesseis auxiliares, totalizando
46 funcionários. O nome “Deputado Mateus Salomé” é a homenagem do bairro ao grande advogado
de Minas Gerais.
A instituição oferece um ensino de qualidade mantendo as tradições e sabendo introduzir as novas
tecnologias respeitando o tempo e cultura de cada indivíduo juntamente com a participação de toda a
comunidade escolar que é de suma importância para esse crescimento significativo ao longo dos anos.
Sua concepção pedagógica acompanha o avanço da educação e desenvolvimento da sociedade no
país.
A ação do professor independentemente do espaço que atuará implica uma visão de totalidade
sem a qual não conseguimos formar e nem educar com qualidade. O papel do professor requer uma
atuação sincronizada com o Projeto Político Pedagógico da escola e uma estratégia bem elaborada
para atingir suas metas.
O docente responsável pela turma do quarto ano do turno Matutino na Escola Estadual Deputado
Mateus Salomé, local onde aconteceu o estágio de Observação e regência, desempenha com destreza
seu ofício seguido as tradições e normas da escola, as aulas têm início às 7h e nesse primeiro momento
todos os alunos se reúnem no pátio principal, da diretora dá as boas-vindas aos alunos e todos fazem
uma oração, logo após todos vão em fila indiana, uma de meninos e outra de meninas, acompanhando
o professor até a sala de aula, a turma são 25 alunos, as carteiras são organizadas em fileiras, as
disciplinas obrigatórias são: Matemática, Português, ciências, História , Geografia, Educação Física
e duas disciplinas extra curriculares que são as contações de Histórias que acontece na biblioteca e
xadrez pedagógico que acontece em sala de aula, na contação de história o aluno aprimora a
interpretação de texto, reforça o conhecimento das palavras e desenvolve a imaginação, já o xadrez
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pedagógico desenvolve o raciocínio, melhora a concentração, aumenta o espírito de competitividade
e ajuda na questão disciplinar. As aulas sempre começam com uma dinâmica com música para que o
dia comece bem e seja produtivo. Em seguida, foi correção de tarefa dada para fazer em casa, após,
iniciamos a regência no decorrer dos dias, utilizamos o livro de didático de geografia, para comparar
tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e
semelhanças. Os Outros temas abordados foram Os Números Ordinais, a contação de Histórias,
Interpretação de texto, as quatros operações, Planetas do sistema solar, escrita por extenso e valores.
No qual, puderam comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias de comunicação e a avaliar
os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas, desenvolveram a oralidade, trabalharam
a compreensão de texto através da contação de Histórias, aprenderam a trabalhar em equipe
colaborando com os colegas compreendendo que o trabalho em equipe melhora a convivência e
agrega experiências e conhecimentos diferentes para alcançar uma mesma meta. O que é muito
benéfico para todos. Enfim, aprenderam a localizar informações explícitas em textos, proporcionar a
interação entre os alunos, a estimular o raciocínio lógico e a resolução de problemas, a propor a
construção do conhecimento através da criatividade do desafio. Com uma boa formação moral, as
crianças adquiriram mais respeito aos colegas, à família, às pessoas com quem convive em geral e
também aos ambiente, visto que são estimulados ao cuidado e a empatia, tornando-os cidadãos
críticos, pensantes e participativos. Das maiores dificuldades dos alunos são as interpretações de texto
e a etimologia das palavras, o hábito da leitura faz com que essas dificuldades diminuam com o passar
do tempo, é muito importante incentivar esses hábitos as crianças desde cedo.
Durante a realização das atividades foram observados se os alunos apresentaram dificuldades
para relacionar as palavras escritas no texto com as encontradas nas revistas e jornais e foram
observados também a coordenação motora de cada um.
Pesquisas já mostraram que ler para uma criança ainda na barriga da mãe faz com que a mesma tenha
um maior desenvolvimento cerebral do que as demais. “Estudos mostram que, mesmo antes de o feto
nascer, ele já consegue identificar a emoção das palavras”, afirma a fonoaudióloga Sueli Yoko
Nakano, do Hospital Sepaco (SP). A leitura promove o desenvolvimento, apura o senso crítico,
proporciona entretenimento, amplia o conhecimento, enriquece o vocabulário, aprimora a escrita de
redações, minimiza dificuldades acadêmicas.
Para ser um bom leitor é preciso praticar e ter um bom conhecimento das palavras para que se
interprete o texto corretamente. Uma boa leitura também é um rico alimento para alma.

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3 – CONCLUSÃO

Ao fazer o estágio no quarto ano do ensino fundamental fez firmar ainda mais a certeza da
importância de ter uma escola bem estruturada com ensino de qualidade e para que isso aconteça é
preciso que haja o envolvimento de toda a comunidade escolar. Foi observando o carinho, a
receptividade que todos os funcionários tiveram com a parte que se diz a respeito do estágio de
regência. Analisando outras questões é interessante ressaltar que a escola estagiada prega o respeito
de todas as etnias mostrando que todos são iguais independente de quaisquer situação. É muito
importante que os professore inove suas ações pedagógicas para que as aulas se tornem mais atrativas
melhorando o desempenho do aluno.
Ter essa experiência de estagiar no ensino fundamental nos permite uma reflexão do que é ser
um docente e da importância de um docente na vida do aluno nessa fase inicial numa escola pública
com poucos recursos. Observa-se que com ideias inovadoras o pouco pode se tornar muito, só
depende da boa vontade dos envolvidos e do amor pelo que faz. Apesar das dificuldades de uma
escola pública o corpo docente se esforça ao máximo para que os alunos tenham um ensino de
qualidade para que desenvolvam seus valores éticos e morais perante a sociedade.

Referências

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2049_1600.pdf
http://novosalunos.com.br/entenda-a-importancia-da-leitura-para-o-desenvolvimento-da-crianca/
http://blog.todolivro.com.br/alimentacao-e-saude/dicas/estimulos-bebe-comecam-barriga-mamae/

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1-Introdução

‘Não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes. ‘Paulo Freire. Sobre o olhar de
Paulo Freire, comecei aqui minha caminhada de trabalho de estágio na Educação Especial e Inclusiva
que vai além de colocar nas salas de aulas alunos portadores de necessidades especiais, também é um
facilitador de convivência, e o aprendizado de quem tem particularidades motoras ou de linguagem,
alunos com altas habilidades ou superdotados e portadores de transtornos de desenvolvimento ou
atenção.
O dicionário eletrônico Houaiss define estágio como “período de prática em posto, serviço ou
empresa para que um médico, um advogado etc. Se habilite a exercer bem sua profissão. “De acordo
com a lei 11.788/2008, Art. 1°,

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de


trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que
estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior,
de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos (lei 11.788/2008, Art.1º).

Pode-se também compreender o estágio como uma atividade de investigação, compreensão,


reflexão, análise, interpretação e intervenção na realidade, que enriquece e consolida a formação
profissional dos alunos de pós-graduação em educação especial e inclusiva.
A realidade contemporânea exige pessoas cada vez mais qualificadas, pois é assim que o
mercado determina. É papel da escola como entidade de ensino preparar os jovens transformando-os
assim em cidadãos críticos e participativos, diante dessa concepção de educação é que procurei dentro
da minha prática de estágio empregar e trabalhar com uma forma metodológica voltada para a
participação e inclusão do aluno especial na construção do conhecimento possibilitando assim críticas
pelo mesmo.
O período de estágio foi realizado na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa Nos dias 08
de setembro a 16 de setembro 2022 (Observação) e 19 de setembro a 29 de setembro de 2022
(Regência). A metodologia utilizada para o desenvolvimento do estágio e relatório será a pesquisa,
observação, regência, experiência do professor docente e a interação com os alunos, em especial o
aluno aqui observado.
O principal objetivo deste estágio será desenvolver nossos conhecimentos na prática e não
somente na teoria, pois é somente assim que adquirimos experiências para um futuro próspero e um
trabalho eficaz.

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O estágio terá os seguintes itens a serem trabalhados: caracterização da instituição e da turma
estagiada que possui o aluno de inclusão, a concepção pedagógica da instituição será feita a descrição
das atividades realizadas no estágio de observação e regência.

2-Desenvolvimento
O estágio de educação especial e inclusão foi realizado Na Escola Estadual Cônego Osvaldo
Lustosa, situada à Rua Comandante José Flores, 13, Guarda Mor, na zona urbana do município de
São João Del - Rei - MG, CEP: 36.309-026.
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO: SRE - SÃO JOÃO DEL REI

CONTATOS:

E-MAIL: escola.134562@educacao.mg.gov.br

TELEFONE: (32) 3371-1198

É uma escola pública que oferta o atendimento no Ensino Fundamental II, Ensino Médio, no
período matutino, vespertino. A instituição atende 484 alunos. Os perfis sociais dos alunos da escola são
de classe média baixa e classe média. O estágio foi realizado no período de 08 de setembro a 16 de
setembro 2022 (Observação) e 19 de setembro a 29 de setembro de 2022 (Regência), no período das 13h
às 17h totalizando 4 horas diárias.

A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa conta com as seguintes dependências: rede elétrica,
internet, água potável, saneamento básico, coleta de lixo, sanitário masculino e feminino para uso de
todos, refeitório adequado, cozinha adequada, almoxarifado adequado, acessibilidade, 16 salas de aula,
sala dos professores, 2 salas dos monitores, sala da secretaria, sala da direção, sala da seção técnica, sala
de atendimento psicopedagógico, salas da divisão administrativa, biblioteca ou sala de leitura, laboratório
de informática, laboratório de ciências, anfiteatro ou auditório, atividades físicas e cívicas ( 2 quadras
cobertas).

A escola é feita em alvenaria, com todos os acabamentos, está em bom estado proporcionando um
ambiente agradável para os alunos. O tamanho das salas é compatível para a quantidades de alunos, são
limpas, arejadas e com carteiras confortáveis, ótima iluminação e ventilação. Os monitores da ECIM
controlam o horário de entrada e saída dos alunos, fiscalizando as pessoas que entram na escola para ser
um local seguro para os alunos.

A equipe pedagógica administrativa é composta pela diretora Adriana Aparecida de Souza


Carvalho graduada em letras a vice-diretora Tatiane graduada em matemática, a equipe docente é
constituída:

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No Ensino Médio, é ofertada a modalidade de EMTI – Ensino Médio em
Tempo Integral - Desenvolvimento Regional Cultural, em regime anual
Atualmente, o quadro de pessoal administrativo da Escola Estadual Cônego
Osvaldo Lustosa - Cívico-Militar se apresenta da seguinte forma:
Quantidade Função Quantidade Função
01 Diretor 05 ATB- Assistente Técnico
01 Vice-diretor 01 Sala de Recursos
01* Coordenador Pedagógico 14 Auxiliar de Serviços Gerais
01 Oficial Gestão Escolar 0 Inspetor de aluno
01 Oficial Gestão Educacional 0 Merendeira
0 Orientador(a) Educacional 10 Monitores
10 Supervisor(a) Escolar
01 Secretário Escolar
01 Psicopedagogo

O quadro de professores é formado por 62 profissionais, sendo que deste total 74,36%
são efetivos e o restante contrato temporário e estão assim distribuídos nos turnos matutino,
vespertino e noturno.
Quantida Matér Quantida Matér
de ia de ia
04 Português 02 Educação física
02 Inglês 02 Ciências
01 Filosofia 01 Biologia
01 Sociologia 02 Física
03 História 02 Química
03 Geografia 05 Matemática
02 Arte 01 Ensino Religioso
09 Professor Apoio 04 Professor para uso da biblioteca- PEUB

02 Professor Laboratório de 02 Professor laboratório de Ciências


Informática
02 Professores Reforço Escolar 02 Professores de Reforço Escolar

Os professores todos muito gentis e simpáticos, fui muito bem acolhida por todos, conversamos
muito sobre o bem-estar dos alunos, como devemos tratá-los de igual para igual, sempre estar à disposição
deles para o esclarecimento de dúvidas, e de como me portar numa sala de aula, sempre com respeito, e
os estimulando na participação das aulas, para melhor aprendizado. São muito dedicados e dominam os
conteúdos das disciplinas, buscam aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão, na
autoavaliação e no estudo.

Concepção Pedagógica Da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa (PPP)

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O Projeto Político Pedagógico-PPP é um instrumento teórico-metodológico para a intervenção
e mudança da realidade educacional em que a escola se encontra. O PPP sistematiza, organiza e
integra de forma contínua e, portanto, nunca definitiva, o processo de planejamento democrático e
participativo da escola, definindo a ação educativa que se quer realizar.

O PPP é o plano global da escola. Ele apresenta um conjunto de diretrizes organizacionais,


operacionais e pedagógicas da escola, que expressam e orientam suas práticas, documentos e demais
planos - como o Regimento Escolar, Planos de Ensino- Aprendizagem e Projetos Escolares, conforme
prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional–DB. O documento traz a unidade em relação
à intencionalidade educativa da nossa escola, alinhada às diretrizes da Secretaria de Estado de
Educação de Minas Gerais - SEE/MG, fortalecendo a identidade de nossa escola, esclarecendo sua
organização, apontando os objetivos para a aprendizagem dos estudantes e, principalmente, definindo
como nossa escola irá trabalhar para atingi-los. Traduz o que temos como proposta em relação ao
currículo, à forma de gestão, à organização das práticas de ensino, às formas de avaliação e,
principalmente, ao diagnóstico da situação atual com perspectiva de onde queremos chegar.

Após consulta pública realizada em 4 de fevereiro de 2021 e posterior aprovação, a Escola


Estadual Cônego Osvaldo Lustosa passou a fazer parte do Programa das Escolas Cívico-
Militares–PECIM, programa este instituído pelo Decreto presidencial Nº 10.004, de 5 de
setembro de 2019, que é desenvolvido pelo Ministério da Educação-MEC com o apoio do

Ministério da Defesa e implantado em colaboração com os estados, os municípios e o


Distrito Federal.

Após confirmação, foi elaborado um Planejamento Estratégico, que passou pela


construção do Marco Atual, Marco Desejado e Marco Estratégico. Sua denominação final é
Marco Estratégico. Após a elaboração do mesmo e de acordo com as necessidades da escola, foi
elaborado um Plano de Ação que abrange as áreas administrativa e pedagógica.
Para a e l a b o r a ç ã o d e s t e documento foi analisado o Projeto Político
Pedagógico-PPP, integrando as ações necessárias, para, assim, ampliar o senso de pertencimento e
o engajamento de toda a comunidade escolar (gestores, professores, demais profissionais da escola,
pais, alunos e comunidade) em torno de um projeto educativo comum: a aprendizagem de nossos
estudantes com a finalidade de torná-los sujeitos de sua história e capazes de transformar a
realidade onde estão inseridos.
Para a reelaboração do Projeto Político Pedagógico - PPP, consideramos a análise
realizada para a elaboração do Marco Estratégico, bem como o Plano de Ação elaborado de
acordo com a realidade analisada.

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ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADAS PELA ESCOLA:
Ensino Fundamental: Anos Finais

Ensino Médio Tempo Integral – EMTI - Técnico em Desenvolvimento Regional Cultural


Ensino Fundamental Anos Finais

O ensino fundamental, etapa de escolarização obrigatória, deve comprometer-se com a


formação integral dos estudantes, ofertando uma educação com equidade e qualidade.
O ensino fundamental deve promover um trabalho educativo inclusivo e equitativo que
reconheça e valorize as experiências e habilidades individuais; atenda às diferenças e necessidades específicas
de cada um, favorecendo, assim, uma cultura escolar respeitosa à diversidade de indivíduos e garantidora do
direito a uma educação de qualidade.
Os anos finais devem ampliar e intensificar, gradativamente, o processo educativo no ensino
fundamental, bem como considerar o princípio da continuidade da aprendizagem, garantindo a
consolidação da formação do estudante nas competências e habilidades indispensáveis ao
prosseguimento de estudos no ensino médio.
A transição dos estudantes do ciclo complementar dos anos iniciais para os anos finais do
ensino fundamental deverá garantir a articulação sequencial necessária, em face das demandas
diversificadas exigidas dos estudantes, pelos diferentes professores, em contraponto à uni docência
dos anos iniciais. Os anos finais do ensino fundamental compreendem os 6º, 7º, 8º e 9º anos e têm como
objetivo retomar e ressignificar as aprendizagens do ensino fundamental – anos iniciais no contexto das
diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes e fortalecendo a sua
autonomia, oferecendo-lhes condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes
conhecimentos e fontes de informação.
Considerando o currículo referência de Minas Gerais, as atividades pedagógicas serão
organizadas de forma gradativa e crescente em complexidade, de modo a assegurar que, ao final
desta etapa, todos os estudantes tenham garantido o desenvolvimento das competências
específicas de cada componente curricular.

Os Componentes Curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental que integram as


áreas de conhecimento são os referentes a:
I. Linguagens:

a) Língua Portuguesa;

Língua Materna, para populações indígenas;

b) Língua Estrangeira Moderna;

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c) Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a
musical;

d) Educação Física.
II. Matemática.
III. Ciências da Natureza.
IV. Ciências Humanas:
a) História;
b) Geografia;

c) Ensino Religioso.

O Ensino Fundamental Anos Finais terá a duração de 04 anos, com carga horária anual
mínima de 833:20 (oitocentos e trinta e três horas e vinte minutos) distribuídas em 40 (quarenta)
semanas letivas.

A carga horária diária do Ensino Fundamental Anos Finais será de 05 (cinco) módulos-
aula de 50 (cinquenta) minutos.

Ensino Médio Tempo Integral – EMTI

O Ensino Médio, conforme definido na Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional - LDB (BRASIL, 1996) é a “etapa conclusiva da Educação Básica”. As
Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2012) compreende a “juventude como condição
sócio-histórico-cultural de uma categoria de sujeitos que necessita ser considerada em suas
múltiplas dimensões, com especificidades próprias que não estão restritas às dimensões biológica
e etária, mas que se encontram articuladas com um multiplicidade de atravessamentos sociais e
culturais, produzindo múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes” (p. 155). É uma visão
plural de juventude, em permanente transformação e protagonista da sua inserção no mundo, que
permanece nas atuais discussões e diretrizes nacionais na medida em que somos convidados pela
Base Nacional Comum Curricular a construir uma proposta de educação que atenda aos desafios
da juventude na contemporaneidade. (Caderno formativo IV, 2019, p. 60).

De acordo com a Resolução SEEMG nº 4292/2020, as matrizes curriculares do Ensino


Médio Integral Profissional são compostas pelos seguintes eixos formativos: I- Base Nacional
Comum Curricular, organizada em áreas de conhecimento e seus respectivos componentes
curriculares. II - Atividades integradoras, que devem contribuir para ampliar o conhecimento dos
estudantes em relação aos conteúdo da BNCC e da formação técnica profissional. III- 5o Itinerário
organizado em um núcleo comum de formação básica para o trabalho e empreendedorismo somado

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aos componentes curriculares da formação técnica específica. IV- Prática profissional, estruturada
como tempo específico de experiências práticas relacionadas ao mundo do trabalho. V-
Nivelamento, estruturado como tempo pedagógico para retomada e fortalecimento de habilidades
e competências estruturantes dos componentes curriculares Língua Portuguesa e Matemática.
O Ensino Médio de Tempo Integral Profissional terá duração de 3 (três) anos,
organizados em 6 (seis) semestres e distribuídos em 20 (vinte) semanas letivas semestrais. Terá
carga horária anual de 1.500:00 (mil e quinhentas horas) e carga horária diária de 9 (nove)
módulos-aula de 50 (cinquenta) minutos.

Nossa escola oferece o curso de Técnico em Desenvolvimento Regional Cultural.

MARCO DESEJADO

HISTÓRICO DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES DO BRASIL


A participação de militares na Educação Básica, por meio de parcerias com a segurança
pública e com as redes públicas de ensino, ocorre, no Brasil, em diferentes estados, há mais de
vinte anos.

Historicamente, destacam-se a Escola Cívico-Militar (Ecim) mais antiga em


funcionamento, a Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro, em Manaus/AM,
ligada à Polícia Militar, que iniciou suas atividades em 1994, e a mais recente escola a se tornar
Cívico-Militar, o CED 03, de Sobradinho/DF, ligada à Polícia Militar do Distrito Federal. Suas
atividades no modelo cívico-militar iniciaram concomitantemente ao ano letivo de 2019 da rede
estadual de ensino.

O Pecim tem como meta implantar 216 Ecim em todo país até 2023. As Ecim se
fortaleceram no país em decorrência do anseio social por um ensino de qualidade, com melhores
resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e no Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem), e pelo desejo da sociedade por mais oportunidades aos estudantes das
redes estaduais e municipais, como ocorre com os alunos oriundos dos Colégios Militares.

Sem haver um modelo único para a implementação dessas parcerias nas escolas, cada
localidade estabeleceu o arranjo administrativo que melhor se adaptou às suas necessidades e às
suas especificidades, a fim de garantir aos alunos um ensino fundamental e médio de qualidade,
fundamentado em valores como: patriotismo; civismo; respeito aos símbolos nacionais; noções
de hierarquia e de disciplina; valorização da meritocracia e outros.

A experiência dos Colégios Militares demonstra o desenvolvimento de um ambiente


escolar mais seguro para alunos, professores e funcionários, em que o foco está voltado para a

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melhoria do desempenho de toda a comunidade escolar, não só em relação aos aspectos didático-
pedagógicos, mas também no que se refere ao crescimento pessoal, às relações interpessoais e ao
desenvolvimento de valores de cidadania e civismo.

Por isso, em 2 de janeiro de 2019, por meio do Decreto Nº 9.665, foi criada a então
subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares, hoje Diretoria de Políticas para
Escolas Cívico-Militares (Decim), a qual possui como uma de suas atribuições propor e desenvolver
um modelo de escola de alto nível.

Oito meses depois, o Decreto presidencial Nº 10.004, de 5 de setembro de 2019, instituiu


o Pecim, que é desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) com o apoio do Ministério da
Defesa e implantado em colaboração com os estados, os municípios e o Distrito Federal na
promoção de ações destinadas ao fomento e ao fortalecimento das Ecim.

Assim, o objetivo inicial do Programa é implantar através da adesão voluntária dos entes
federativos, o modelo MEC de Ecim em escolas públicas que ofereçam o ensino fundamental II e o
ensino médio e que possuam baixo Ideb e alunos em situação de vulnerabilidade social.

HISTÓRICO DA ESCOLA

Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa foi criada na cidade de São João Del Rei, pelo
governador do Estado de Minas Gerais, o Dr. José de Magalhães Pinto, com a denominação de Escola
Normal Oficial, pela lei nº 2.992, de 9 de dezembro de 1963. Autorizada a funcionar pelo ofício nº
107, de 02 de março de 1964, assinado pelo chefe do Departamento de Ensino Médio e Superior,
Prof. Bolivar Tinoco Mineiro, foi inaugurada no dia 28 de março de 1964. Iniciou suas atividades em
um prédio alugado pelo Estado de Minhas Gerais, na Rua Dr. Balbino da Cunha, nº 61, sob a direção
do prof. Dr. Elpídio Antônio Ramalho.

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Em 1968, passou a denominar-se Colégio Normal Oficial "Cônego Osvaldo Lustosa”,
com o objetivo de perpetuar o nome de um grande filho de São João Del Rei, o Cônego Osvaldo
Rodrigues Lustosa.
A Escola continuou a funcionar no prédio alugado até o dia 1º de agosto de 1968, quando
foi transferida a sede própria, no Morro do Guarda-Mor, atual Bairro Guarda-Mor. Neste mesmo
ano, sua denominação passou a ser Colégio Estadual “Cônego Osvaldo Lustosa” e
posteriormente passou a denominar-se Escola Estadual “Cônego Osvaldo Lustosa” - 1º e 2º
Graus, conforme Decreto nº 16.244 de 08 de maio de 1974, publicado no "Minas Gerais" de 9
de maio de 1974.

Tendo em vista o crescente número de alunos e o fim das atividades do Colégio Santo
Antônio, atual Campus Santo Antônio da UFSJ, elaborou-se um contrato de comodato com a
Fundação Universitária de São João Del Rei (UFSJ), que cedeu, por esse comodato, uma parte
de seu prédio ao Colégio Estadual.

No ano de 1972, no prédio do antigo Colégio Santo Antônio, funcionaram as seis turmas
do 1º grau (de 1ª a 6ª) e todo o 2º grau. As turmas de 7ª e 8ª séries do 1º grau permaneceram na
sede, no Morro do Guarda-Mor. Este contrato de comodato terminou no ano de 1975, e toda a
Escola passou a funcionar no prédio próprio da Escola.

No ano de 1982, o estabelecimento manteve as 4 últimas séries do 1º grau e ofereceu, a


nível de 2º grau, as
habilitações: Magistério de 1º grau (professor
de 1ª a 4ª série) e, em convênio com a Escola
Tiradentes de 1º e 2º graus, o curso de
Auxiliar de Contabilidade. Manteve, também,
convênio com o Conservatório Estadual de
Música "Padre José Maria Xavier", para o
ensino de Educação Artística.

Além dos cursos de Ensino Médio - Magistério, Ensino Médio Comum Geral e Segundo
Ciclo, a escola ministrou Ensino de 1ª a 4ª série em dois momentos: de 1964 até 1968 e de 1987
até 1997.

Em 1987, por sugestão da Secretaria do Estado da Educação de Minas Gerais para


viabilização do estágio curricular do Curso de Magistério, a Escola iniciou o Ciclo Básico de

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Alfabetização com uma turma de CBA-I, em continuidade até 1997, com sete turmas de CBA
a 4ª série.
Em 1998, com a nucleação, as turmas foram transferidas para Escola Estadual "Maria
Teresa", municipalizada neste mesmo ano. Como consequência o número de alunos do Ensino
Fundamental diminuiu, aumentando significativamente o número de alunos do Ensino Médio.

Neste ano, a Escola teve uma matrícula recorde de 2070 alunos, passando a atender um
maior número de alunos do Ensino Médio e trabalhando de forma mais aberta à comunidade.
Neste mesmo ano a Escola, funcionou nesta Escola o Projeto “A Caminho da Cidadania”, da
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

Seguindo orientações da SEE/MG a Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa participou


ativamente de todas as políticas educacionais como antes de 2000: “Qualidade Total”, a partir de
2000 “Escola Sagarana” com o Processo de Construção de Competências e a partir de 2006 a
“Escola Referência”, sempre comprometida com resultados positivos.
Em 2004, iniciou a modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA – Ensino Médio,
com o objetivo de atender a uma clientela que não tiveram oportunidade de dar continuidade aos
estudos em tempo e idade próprios. A conquista do certificado de conclusão era uma necessidade
da comunidade para aprimorar o nível de escolaridade dos trabalhadores do comércio e outros.

A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, ofertou, de acordo com a lei vigente, a
Educação Integral no Ensino Fundamental anos finais, nos anos de 2007, 2008, retornando em
2016; em 2017 passou a denominar-se Novo Mais Educação, sendo ofertada também no ano de
2018. Em 2019, com a nova organização desta modalidade, não foi mais oferecida.

Em agosto do ano de 2018, foi iniciado o trabalho de Sala Recurso para atender aos alunos
que necessitam de atenção especial, estendendo o atendimento aos alunos da Escola Estadual
Professor Iago Pimentel, de acordo com orientações da SRE São João del Rei.

A Escola iniciou suas atividades


com a direção do Professor Dr.
Elpídio Antônio Ramalho de
28/03/1964 a 29/06/75; em seguida
a Professora Wânia Hannas de
Carvalho de 29/06/1975 a 01/03/85;
a Professora Alcimara Zanete
Pugliese de 01/03/85 a 31/12/91; o
Professor Danie

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Américo de Resende de 01/01/92 a 31/12/93; o Professor José Alberto Ferreira de 01/01/94 a
31/12/96 (1º mandato) e de 01/01/97 a 11/01/2000 (2º mandato); o Professor Mestre Geraldo
Majela Bernardino Silva: 12/01/2000 a 22/01/2012; a Professora Maria Goretti Lima Guimarães:
23/01/2012 a 31/12/2015 e o Professor Ádano Drumond Teixeira de 04/01/2016 a 30/06/2019.
Em 1º de junho de 2019, assume a direção da escola a gestora Adriana Aparecida de Souza
Carvalho.
Em 2020, a Escola funcionou nos três turnos e ofereceu Ensino Fundamental - Anos
Finais, no turno da tarde; Ensino Médio Regular Diurno: 2º e 3º anos e foi implantado o Ensino
Médio Tempo Integral – Técnico em Desenvolvimento Regional Cultural –, iniciando
gradativamente com as turmas de 1º ano, no turno da manhã e Educação de Jovens e Adultos -
EJA: 1º e 3º anos, no turno da noite.
Com a suspensão das aulas
presenciais devido à pandemia do
Covid- 19, o cenário extraordinário de
isolamento social trouxe para o mundo
a necessidade de adotar medidas
excepcionais.

Tendo em vista, a necessidade


da continuidade aos estudos, a
Secretaria de

Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) elaborou o Regime de Estudo Não Presencial -
REANP, para alunos da rede estadual de ensino. Instituído pela Resolução SEE nº 4310, de 17
de abril de 2020, o Regime Especial de Atividades Não Presenciais, constituiu-se de
procedimentos específicos, meios e formas de organização das aprendizagens dos estudantes e
ao cumprimento das Propostas Pedagógicas.

Neste mesmo ano a escola foi indicada para fazer parte do Programa Nacional das Escolas
Cívico-Militares - Pecim, instituído pelo Decreto Nº 10.004, de 5 de setembro de 2019, publicado
em: 06/09/2019 | Edição: 173 | Seção: 1 | Página 1, no Diário Oficial da União. Em 04 de
fevereiro de 2021 foi realizada uma consulta pública para o aceite do referido programa, a
comunidade escolar manifestou interesse com uma aprovação de 98% dos votos.

Em 2022, a Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa passou a oferecer o Ensino


Fundamental Anos Finais e o Ensino Médio em Tempo Integral-EMTI: Técnico em
Desenvolvimento Regional l Cultural.

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BASE LEGAL

O art. 206 da Constituição Federal estabelece, no seu inciso VII, que o ensino no Brasil
será ministrado com base no princípio da garantia do padrão de qualidade. Corroborando este
entendimento, o art. 9º, inciso III, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
estabelece que cabe à União prestar assistência técnica e financeira aos estados, aos municípios
e ao Distrito Federal para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva.
Por isso, o Programa define-se como um conjunto de ações direcionadas ao apoio técnico
e financeiro (fomento e fortalecimento) das Ecim a serem promovidas em colaboração com
estados, os municípios e o Distrito Federal, em escolas públicas regulares com alunos em situação
de vulnerabilidade social, a partir de um modelo de gestão que proporcione a igualdade de
oportunidades de acesso à educação, conforme art. 1º, § 1º, art. 2º, incisos III e IV, art. 3º, incisos
II e IX, do Decreto Nº 10.004, de 5 de setembro de 2019.

O objetivo central do Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei nº 13.005,
de 25 de junho de 2014, consiste em “induzir e articular os entes federados na elaboração de
políticas públicas capazes de melhorar, de forma equitativa e democrática, o acesso e a qualidade
da educação brasileira” (PNE, 2014). Dessa forma, o Pecim também se encontra embasado no
PNE, especialmente em sua Meta 7: Fomentar a qualidade da Educação Básica com melhoria do
fluxo escolar e da aprendizagem.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E FILOSÓFICA


De acordo com o art. 205 da Constituição Federal, a educação será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A LDB, no art. 1º, § 2º,
afirma que a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Portanto, educação e sociedade devem caminhar juntas. A sociedade promove e contribui com a
educação, ao mesmo tempo em que a educação colabora com o desenvolvimento dessa mesma
sociedade.
A educação deve atender às expectativas e às necessidades atuais de uma sociedade, mas,
ao mesmo tempo, acompanhar as constantes mudanças que essa mesma sociedade está sujeita, a
fim de que ela continue evoluindo e desenvolvendo- se rumo ao futuro.
A educação não se limita ao espaço físico da instituição, ela se desenvolve dentro e fora
do espaço escolar. Neste sentido, a escola acredita que faz parte da formação do aluno conhecer-
se e valorizar-se como ser humano que tenha condições de viver com dignidade, com igualdade

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de direitos e sem discriminações. Este, ao se valorizar poderá contribuir como sujeito ativo para
uma sociedade que lute por mais dignidade e igualdade.

A formação integral do cidadão deve contemplar o respeito a si e aos outros; a


compreensão da realidade constitutiva brasileira e das questões étnico-raciais que a permeiam; o
desenvolvimento da empatia por meio do conhecimento; e a atenção e o cuidado com o meio
ambiente que nos cerca.

A SOCIEDADE ATUAL
Vivemos na sociedade do conhecimento. Os aspectos peculiares das transformações pelas
quais a sociedade passa; as inovações tecnológicas e a exigência de novas funções e tarefas; o
avanço científico e o surgimento de novas questões éticas, principalmente no campo da genética;
e as recentes preocupações com o desenvolvimento sustentável reforçam o papel da escola em
nossa sociedade: ser mediadora, realçando as identidades culturais locais, regionais e
nacionais, devendo a escola, para tanto, estar capacitada – física e pedagogicamente – para
enfrentar os desafios atuais que afetam também seu cotidiano.
O amplo acesso à informação e o avanço exponencial do conhecimento, em virtude dos
avanços tecnológicos observados nas últimas décadas, são reconhecidamente dois dos aspectos
mais relevantes que tornam o mundo atual bem diferente de tudo que já se viu até agora na
história.

Tecnologia e informação são as palavras-chaves que fazem do mundo um cenário único,


onde se sabe em tempo real o que está acontecendo em cada parte do planeta. A internet permite
que as pessoas estejam interligadas não apenas com a sua cidade, com o seu estado ou país, mas
também com o mundo.

A tecnologia no processo ensino-aprendizagem deve ser utilizada a favor da escola


através da implementação de projetos, resgatando o conhecimento prévio dos estudantes. Esta
concepção pedagógica deve ser consciente e favorecer a comunicação e a utilização dos
aparelhos eletrônicos e se necessário de forma supervisionada.

O conhecimento que era obtido apenas em livros e bancos escolares hoje está disponível
a qualquer pessoa, e o professor não é mais aquele que detém o conhecimento, mas sim o que
estimula e facilita o aprendizado. O enfoque está naquilo que leva tempo para ser formado: a
competência.

23
Diante das demandas dessa nova sociedade global, espera-se que o indivíduo tenha um
espírito investigativo, uma visão crítica, saiba resolver problemas e conflitos, agir com
autonomia, expressar opiniões, assumir responsabilidades e relacionar-se com os outros.

Tendo em vista esta demanda, precisamos formar um cidadão que se preocupe com uma
sociedade justa, ética e que saiba valorizar o princípio de igualdade e atue de forma crítica no
contexto social em que está inserido. É de fundamental importância que se forme cidadãos que
saibam reconhecer seus deveres e direitos de forma a se capacitarem para assim, serem sujeitos
atuantes na construção de um futuro melhor para todos.

Assim, a educação tem assumido um novo papel que se fundamenta em quatro pilares:
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver com os outros.

O ALUNO DA ESCOLA CÍVICO-MILITAR

Se, por um lado, exige-se cidadãos cada vez mais preparados para a sociedade e para o
mundo do trabalho, por outro, a realidade que se apresenta em muitas escolas públicas do país
torna a educação um grande desafio.
Essa difícil realidade será ainda mais presentes nas Ecim’s, onde a situação de
vulnerabilidade social e o baixo IDEB foram critérios para a adesão das escolas públicas ao
Pecim.
Uma pesquisa do MEC Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (MEC/INEP), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO), com o título “Repensando a escola: os desafios de aprender a
ler e a escrever”, realizada em dez estados brasileiros, abordou as ações mais eficazes de
enfrentamento ao fracasso escolar, aqui entendido como a conjugação de graves problemas
sociais vividos pelos alunos e pelas suas famílias, associada ao baixo desempenho na escola
(INEP; UNESCO, 2007).

Esta seção, tem como objetivo “conhecer o aluno como um todo” e “aproximar- se da
cultura e da realidade do aluno”, o que foi consenso entre os diversos atores ouvidos na pesquisa
(educadores, pais e alunos). Recomenda-se a leitura completa do documento aqui referenciado e
de outros documentos para um aprofundamento desse assunto. As informações que constam
neste documento devem servir de alerta para que as escolas se preparem, adequadamente, para
proporcionar uma boa educação para todos os alunos diante de uma realidade que não pode ser
ignorada.

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O Marco Desejado deve buscar, por exemplo, alunos protagonistas do seu aprendizado,
oportunidades para que todos adquiram as aprendizagens necessárias para o prosseguimento dos
seus estudos e infraestrutura adequada na escola.

Na concepção de educação das Ecim, o ser humano deve ser formado para ser ativo,
solidário, crítico, autônomo e construtor de sua cultura, de sua história e da sociedade em que
vive. Para ele, é imprescindível o acesso a uma escola que, além de conhecimentos e habilidades,
desenvolva valores e atitudes próprias ao cidadão, formando alunos responsáveis, criativos,
atuantes e transformadores, que conheçam e lutem por seus direitos, mas que sejam determinados
a cumprir os seus deveres.

VISÃO ESTRATÉGICA
Para que a escola que idealizamos possa se tornar uma realidade, é preciso definir alguns
pontos basilares que nortearão os nossos passos daqui para frente. A visão estratégica (missão,
visão de futuro, conjunto de valores e objetivos estratégicos) expressa o conhecimento que as
Ecim têm de si mesmas. Esse conhecimento permite que todos os esforços que a escola realiza,
em qualquer área, tenham unidade e sejam coerentes com o objetivo de alcançar resultados cada
vez melhores, de modo consistente e sustentável, criando condições para transformar ideais em
realidade (BRASIL, 2006).
Missão
A missão é uma declaração sobre o que a escola é, sua “razão de ser”, seu propósito e
como pretende atuar. A definição da missão serve para orientar a tomada de decisões, para definir
objetivos e para comprometer os integrantes da escola com o trabalho que ela realiza e auxiliar
na escolha das decisões estratégicas (BRASIL, 2006).
Missão do Pecim:
Somos um Programa cuja missão é fomentar e fortalecer as Ecim no Brasil, para promover
a melhoria da qualidade da Educação Básica nos anos finais do ensino fundamental e no ensino
médio, por meio de uma gestão de excelência nas áreas educacional, didático-pedagógica e
administrativa; e para cumprirmos esta missão, cada Ecim deve estabelecer a sua própria missão,
que esteja alinhada com o Programa e que defina a “razão de ser” daquela escola na sociedade
em que está inserida.
Missão da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa – Cívico-Militar:
Promover uma educação de qualidade centrada no conhecimento, no desenvolvimento
intelectual e nos valores preconizados nas Ecim’s, através do envolvimento de todo o ambiente
escolar e uma proposta pedagógica inovadora para a formação integral dos nossos alunos.
Todo homem deve ser capaz de construir uma estrutura social que desejada por todos nós.
Um homem de bem, que saiba lidar com as dificuldades que podem surgir em sua vida, que
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seja crítico e consciente de suas responsabilidades e obrigações. A escola em sua função social
de construir conhecimento e auxiliar no processo de socialização, atua diretamente na formação do caráter,
valores e princípios morais que direcionam o aluno a utilizar os conhecimentos aprendidos de maneira
eficaz e aplicá-los em favor da sociedade, contribuindo de forma consciente para modificar a realidade
quando necessário.
O ser humano é fruto de um processo de socialização e educação que começa na família e tem
continuidade na escola. Os alunos passam grande parte da vida na escola, nesse sentido, seu papel é
fundamental para a construção da sociedade que desejamos. Enfatizando o que já foi citado acima, devemos
formar cidadãos de responsabilidade, valorizar o meio que está inserido e proporcionar um espaço de
interação, de tolerância e respeito mútuo.
Visão De Futuro
A visão de futuro define onde se pretende chegar, apontando o rumo que deve ser seguido.
Ela identifica as aspirações da escola, criando um clima de envolvimento e comprometimento
com o seu futuro, unindo as pessoas e impulsionando-as a buscar seus objetivos mesmo diante
das dificuldades (BRASIL, 2006).
Visão de Futuro do Pecim:
Queremos ser reconhecidos como um Programa de excelência educacional no país e, com
isso, contribuir, em colaboração com estados, municípios e Distrito Federal, para que, a médio
prazo, o Brasil se torne referência na Educação Básica na América Latina; e
Para alcançarmos este objetivo, cada Ecim deve estabelecer a sua própria visão
de futuro, que esteja alinhada com a visão de futuro do Programa e que seja relevante
para a sociedade em que está inserida.

Visão de Futuro da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa – Cívico-


Militar:
Ser reconhecida como escola cívico-militar que promove a formação de alunos éticos,
críticos e comprometidos com as demandas da atualidade, pelo envolvimento de todo o ambiente
escolar e uma proposta pedagógica inovadora para a formação integral dos alunos.

Constantemente, devemos nos remeter a um debate reflexivo e ilimitado. Como


educadores privilegiamos e defendemos a democracia e por isso, desejamos um processo de
planejamento coletivo contemplando um currículo interdisciplinar, que busque e consiga
dialogar com a realidade e a identificação da comunidade escolar.
A educação não se limita ao espaço físico da instituição, se desenvolve fora do espaço
escolar e para isto precisamos ver o aluno como um todo, abraçando as competências

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intelectuais, físicas, sociais e emocionais que fazem parte de uma estrutura organizacional
democrática, eficiente e dialógica.
Valores
Os valores são as ideias fundamentais em torno das quais se constrói a escola. Eles
constituem uma fonte de orientação, motivação e inspiração que direcionam as atividades e as
relações existentes no ambiente escolar, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
Por isso, eles devem ser compreendidos e internalizados por todos na escola (BRASIL, 2006).
São valores da ECIM:
Civismo: Colocamos o bem da comunidade escolar e da sociedade em geral
acima dos interesses individuais;
● Dedicação: Acreditamos que, tanto no trabalho quanto nos estudos, precisamos
empenhar o melhor dos nossos esforços;
● Excelência: Buscamos o mais alto nível de qualidade em tudo o que fazemos;
● Honestidade: Pautamos as nossas relações pela verdade, pela integridade física e
psicológica e pela correção de atitudes; e
● Respeito: Procuramos tratar os outros com deferência e atenção a sua dignidade e a
seus direitos, bem como respeitar as instituições, as autoridades e as normas
estabelecidas.
Esses são os cinco valores essenciais que devem orientar as Ecim. Eles devem permear
as ações e intenções de cada Ecim.

Objetivos Estratégicos
Os objetivos estratégicos são os alvos a serem alcançados ou as situações que a escola
pretende atingir num dado período de tempo. Refletem as prioridades ligadas à visão de futuro e
à missão, que direcionarão o trabalho da escola, determinando, assim, onde a escola deve
concentrar os seus esforços (BRASIL, 2006).
Objetivos Estratégicos das Ecim:
● Melhorar a Gestão Escolar;
● Melhorar o Ambiente Escolar;
● Melhorar as Práticas Pedagógicas da escola; e
● Melhorar o Aprendizado e o Desempenho Escolar dos alunos.
Esses são os quatro objetivos estratégicos, mencionados também no Marco Estratégico,
a serem alcançados pelas Ecim. Eles devem servir de parâmetro para a atuação das escolas e de
farol que indica o caminho a ser seguido.
FUNDAMENTOS DA PROPOSTA DA ESCOLA ESTADUAL CÔNEGO OSVALDO
LUSTOSA - CÍVICO-MILITAR
27
De acordo com o Art. 8º do Capítulo II “Da finalidade, dos princípios, dos valores e dos
fundamentos”, das Diretrizes das Escolas Cívico Militares, os fundamentos que compõem a
proposta pedagógica são:

➢ oferecer ao aluno condições de acesso aos conhecimentos historicamente construídos,


considerando a realidade de sua vida, proporcionando uma formação integral para o seu
desenvolvimento nos aspectos físico, intelectual, afetivo, ético, social e simbólico;
➢ desenvolver nos alunos atitudes crítico-reflexivas, espírito investigativo, criatividade,
curiosidade, imaginação e iniciativa, conduzindo-os a aprender a aprender e a buscar
soluções para os problemas da vida cotidiana;
➢ valorizar as manifestações artísticas, culturais e esportivas dos alunos, não apenas como
expectadores, mas também como participantes e disseminadores delas;
➢ desenvolver nos alunos as relações interpessoais, sempre baseadas em princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários; e desenvolver nos alunos atitudes, valores e
hábitos saudáveis à vida em sociedade, em um ambiente no qual todos possam:
➢ compreender e respeitar os direitos e os deveres da pessoa humana, do cidadão, da
família, dos grupos sociais, das instituições, do estado e da nação brasileira;
➢ acessar e dominar recursos científicos, tecnológicos e digitais relevantes, de maneira
ética e responsável, que lhes permitam situar-se criticamente diante da realidade,
assumindo responsabilidades sociais e socioambientais;
➢ desenvolver a sua autonomia, propondo seu projeto de vida e preparando-se para
participar produtivamente da sociedade, no exercício responsável de sua futura
atividade profissional; e
➢ argumentar e se comunicar, por meio de diferentes linguagens sobre os seus pontos
de vista, respeitando os direitos humanos e as divergências de opiniões.

CONTEXTUALIZAÇÃO
A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, CNPJ Nº 19.665.082/0001-11, INEP Nº
31134562 foi criada na cidade de São João Del Rei, pelo governador do Estado de Minas Gerais,
o Dr. José de Magalhães Pinto, com a denominação de Escola Normal Oficial, pela lei nº 2.992,
de 09 de dezembro de 1963.Autorizada a funcionar pelo ofício nº 107, de 02 de março de 1964,
assinado pelo Chefe do Departamento de Ensino Médio e Superior, Prof. Bolivar Tinoco
Mineiro, foi inaugurada no dia 28 de março de 1964.

Localiza-se no Município de São João Del Rei, estado de Minas Gerais, na Rua
Comandante José Flores, nº 13, bairro Guarda Mór, CEP 36.309-026, em prédio próprio e está
28
subordinada à Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, Oferecendo Ensino
Fundamental Anos Finais e Ensino Médio em Tempo Integral- EMTI.
Localização da escola no mapa da cidade

O bairro onde a Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa-Cívico-Militar está localizada


apesar de ter vários comércios como barbearias, mercearias, lanchonetes, lojas e bares, é
considerado um bairro residencial, com baixo nível de carência, não apresenta riscos para os
moradores e o nível de violência é considerado baixo. Existem também no bairro instituições
como: Associação de Moradores do Bairro Guarda Mór; Sociedade de São Vicente de Paulo:
Conferências Vicentinas; Igreja Católica: Capela Nossa Senhora Aparecida; Igreja Evangélica;
Time/Campo de futebol e Casa de Cultura Afrodescendente.

A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa - Cívico-Militar atende alunos dos bairros
Tijuco, Guarda Mór, Bonfim, Centro, Senhor dos Montes, São Geraldo, Fábricas, Matosinhos,
Bom Pastor, Colônia e de distritos como Arcângelo e Rio das Mortes.

O Índice Socioeconômico (ISE) da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa é


considerado alto. Esse índice é interpretado a partir dos questionários contextuais das avaliações
do SIMAVE, respondidos anualmente, onde nos é relatado que os alunos que frequentam nossa
escola em sua maioria apresentam facilidade de aprendizagem e acesso às tecnologias. Existem
também aqueles que apesar de terem as mesmas condições não têm compromisso com os estudos.

O Patrono da Escola

29
A escolha do nome da
escola foi uma homenagem a
um grande filho de São João
Del Rei, Cônego Osvaldo
Rodrigues Lustosa, sacerdote
de raras virtudes, sabedoria e
zelo excepcionais, nascido em
São João Del Rei em 03 de abril
de 1917. Faleceu no dia 10 de
setembro de 1962, nesta cidade,
onde exerceu por muitos anos
seu apostolado fecundo,
prestando inestimáveis serviços
à causa da Igreja e da Pátria. Foi
digno da terra em que nasceu e
tanto trabalhou pelo povo do
qual fez parte; soube
engrandecer nossa Religião e
nossa Pátria.

“De minha pequenez fez Ele, um instrumento para levar almas para o céu.” (Carta deixada
à família.)
Município de São João Del Rei
O Arraial Novo do Rio das Mortes, que deu origem à cidade, foi fundado entre 1704
e 1705. Porém, a região já era ocupada desde pelo menos 1701, quando Tomé Portes Del -
Rei se estabeleceu na região do Porto Real da Passagem (hoje nas proximidades dos bairros de
Matosinhos em São João Del Rei e Porto Real em Santa Cruz de Minas).

Entre 1707 e 1709, o Arraial se tornou um dos palcos da Guerra dos Emboabas, um
conflito armado que também alcançou vastas regiões de Minas Gerais: principalmente as do rio
das Velhas (Sabará), rio das Mortes (São João Del Rei) e Vila Rica (Ouro Preto). Nas

30
proximidades de São João Del Rei, durante a guerra, ocorreu o episódio conhecido como Capão
da Traição.
Em 8 de dezembro de 1713, o arraial alcançou foros de vila com o nome de São João del
Rei, clara homenagem a dom João V. Em 1714, passou a ser a sede da recém-criada Comarca do
Rio das Mortes. Foi elevada à categoria de cidade a 8 de dezembro de 1838.

Localização geográfica a 21º 08' 00" Sul (latitude) e 44º 15' 40" Oeste (longitude)

São João Del Rei é o berço do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (11º BI Mth),

também conhecido como Regimento Tiradentes, uma histórica unidade do Exército Brasileiro,
especializada em combate em ambiente de montanha, que desenvolve técnicas especiais de
operações em montanha e já se consolidou ao longo dos anos como uma das tropas de elite do
Exército.

O 11º Batalhão de Infantaria de Montanha foi criado em 1888, no Rio Grande do Sul e
participou de diversos episódios importantes na história do país, como a Guerra de Canudos, a
Guerra do Contestado e a Segunda Guerra Mundial.

No caso da Segunda Guerra, integrou a Força Expedicionária Brasileira e lutou em


todas as batalhas nos anos de 1944 e 1945. O destaque fica para a Conquista de Montese,
região montanhosa que, naquela época, era dominada pelos alemães. Um pelotão do 11º
Batalhão de Infantaria de Montanha foi o primeiro a entrar na cidade, neutralizando todos os
obstáculos para que as tropas brasileiras pudessem se apossar do território.
O dever como cidadão, o amor a Pátria e os princípios de liberdade, a tenacidade, o ardor
combativo, o civismo, o patriotismo, o amor a profissão e outras qualidades morais e

31
profissionais demonstradas pelos brasileiros do pelotão do 11º RI - Regimento de Infantaria, na
cidade de Montese, inspiram em nossos dias valores cultuados em nossa Escola Cívico Militar.

Segundo (Oliveira, 2017), a cidade de São João Del Rei conta com turismo natural,
histórico e cultural. Ainda, conforme citado pelo autor,

Entre os municípios que se destacam como referência em patrimônio histórico e cultural


na região da Estrada Real... Faz parte do Circuito Trilha dos inconfidentes, tem clima
temperado, com verões quentes e invernos frios. Como principais atividades
econômicas, tem o turismo, comércio, serviços em geral, indústria e educação
(OLIVEIRA; JANUARIO, 2007).

Nossa origem vincula-se à exploração do ouro no início do século XVIII. Mantém um


valioso legado da arquitetura colonial e eclética, atividades e manifestações culturais,
importantes projetos socioculturais de preservação e memória, agenda cultural intensa! Igrejas
barrocas, largos e praças, pontes de pedra, betas de ouro. Fábricas de móveis, tecidos e estanhos.
Laticínios, botecos consagrados, cachaças, doces caseiros, pão de queijo - gastronomia típica,
delícias de antigamente.
Mestres que perpetuam ofícios tradicionais da forja e da fundição de sinos, gradis de
ferro, lustres, castiçais, da arte sacra da ourivesaria, escultura, cantaria, cerâmica, rendas e
bordados.

Cidade da música possui duas das mais antigas orquestras sacras bicentenárias das
Américas. Bandas de Música, serenatas, saraus, chorinho, folclore, linguagem dos sinos que se
mantém exatamente há mais de 250 anos, Patrimônio Nacional. Única cidade do mundo que

32
preserva integralmente antiquíssimos rituais da Semana Santa. Museus singulares, bibliotecas
com obras raras, grupos de dança, teatro, serras, cachoeiras, grutas, pinturas rupestres, exposição
nacional de orquídeas, carnaval. Universidade Federal com cursos de História e Música, lutheria,
Inverno Cultural - um dos maiores festivais de cultura de Minas Gerais.

Complexo ferroviário com o mais antigo trem de passageiros em funcionamento no Brasil,


a Maria Fumaça, que nos liga à antiga Tiradentes. Integramos a Estrada Real com lindos pequenos
municípios vizinhos, roteiros turísticos especiais, cavalgadas, campo de golfe, rica fauna e flora,
charmosas pousadas, fazendas antigas e aeroporto regional. Celeiro e exportador de educação, arte
e cultura.
A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa – Cívico-Militar no Município

A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa-Cívico-Militar oferta o Ensino Médio Em


Tempo Integral e o Ensino Fundamental Anos Finais, atendendo a um quantitativo de 484 alunos
assim distribuídos:

Modalida Ensino Fundamental Finais Ensino Médio


des
Turno Vespertin Matutino
o
Total 32 15
de 6 8
aluno
s
Turmas 6.1 6. 6.3 7.1 7.2 7. 8.1 8. 9.1 9.2 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1
2 3 2
Alunos 31 30 30 34 34 33 34 33 36 31 32 26 25 25 26 24
por 0
turma

A Escola Estadual Cônego–Cívico-Militar oferece turmas de reforço em Língua


Portuguesa e Matemática, para as turmas de 6º a 9º ano; nivelamento nas turmas de 1º ano do
EMTI e eletivas de Língua Portuguesa e Matemática nas turmas de 2º e 3º ano.

DIMENSÕES AVALIADAS NO MARCO ATUAL


Ambiente Educativo
Nessa dimensão, são avaliados indicadores sobre o clima escolar, que envolve respeito,
amizade, solidariedade, disciplina, negociação, combate à discriminação e exercício de direitos
e deveres.

33
A escola preconiza a inclusão, isto é, o acolhimento às diferenças. Dessa forma, oferecer
um ambiente onde todos se identifiquem, se reconheçam e busquem o melhor para o grupo sem
prejudicar seus membros é um dos objetivos do ambiente escolar, além do ensino.
Podemos citar como desafios enfrentados no ambiente escolar o bullying; agressão física
envolvendo alunos e, em casos mais extremos, professores e servidores; roubos e furtos; tentativas
de suicídios; uso/ posse de bebidas alcoólicas; uso/ posse de drogas lícitas e ilícitas; e desrespeito
com colaboradores e professores.
Para aumentar a segurança do ambiente escolar, a Escola Estadual Cônego Osvaldo
Lustosa - Cívico-Militar, adotou as seguintes medidas:
As violências que ocorrem no âmbito da escola tendem a impactar negativamente o
processo de aprendizagem dos estudantes. Assim, no intuito de zelar pela garantia da dignidade da
pessoa humana e do respeito aos direitos de todos, a escola atua ativamente na prevenção e combate
às violências no âmbito de sua circunscrição. Nesse sentido, é necessário que gestores, docentes
e demais profissionais da escola saibam discernir a diferença entre violência e indisciplina, atuando
de forma assertiva na resolução desses problemas.
Condutas cotidianas de pouca gravidade que podem ser amparadas por intervenções
pedagógicas específicas se enquadram como indisciplina e podem ser evitadas ou minimizadas
com uma boa gestão da sala de aula.

Em todas as situações, entretanto, os servidores da escola devem agir pautados no


diálogo, na escuta ativa e na comunicação não violenta, sempre buscando a resolução dialogada
dos conflitos de forma a compreender efetivamente a situação e promover a proteção dos
estudantes e o devido diálogo e entendimento entre as partes. Além da intervenção adequada
ressalta-se, por fim, que a atuação preventiva é fundamental para a manutenção de um ambiente
escolar saudável.

As intervenções são feitas junto às famílias (pais, responsáveis e outros) pela equipe
gestora através de diálogos que buscam a conscientização, reiterando a importância da
construção de um espaço de acolhimento, despertando o caráter de pertencimento/identificação.

Com a finalidade de promover uma convivência saudável, a escola desenvolve atividades


seguindo orientações da Secretaria de Estado de Educação e de acordo com a necessidade,
abordando temas como: Prevenção ao Uso de Drogas, Valorização da Vida - setembro Amarelo,
Semana de Educação para a Vida e outros e principalmente implementando o Projeto Valores.

Prática Pedagógica e Avaliação

34
Da prática pedagógica
A prática pedagógica foca no desenvolvimento dos alunos, observando-os de perto,
conhecendo-os, compreendendo suas diferenças e dificuldades dentro e fora do ambiente escolar
e incentivá-los em suas potencialidades. De acordo com as Diretrizes das Ecim: “a avaliação,
aqui abordada, extrapola o simples conceito de prova. É um processo que acontecerá durante
todo o ano, em vários momentos e de diversas formas, que avalia não apenas o aluno, mas,
também, a escola e as práticas pedagógicas dos docentes”.

As práticas pedagógicas desenvolvidas, no ambiente escolar, devem ser capazes de ajudar


os alunos a organizarem sua forma de pensar, analisar, memorizar e agir, de forma a sanar
os problemas relatados no parágrafo anterior, bem como ainda ser capaz de desafiá-los a buscar
soluções e as respostas de forma que os mesmos levem este aprendizado ao longo de sua vida
pessoal, em sociedade e profissional.

Das avaliações

A avaliação torna-se, portanto, uma importante ferramenta do processo educativo, pois


seus resultados permitirão não só ao professor, mas também à escola, avaliar os acertos e erros
do processo de aprendizagem, fazendo com que problemas oriundos do desempenho dos alunos
sejam rapidamente identificados e soluções sejam buscadas.

A proposta pedagógica existente aborda e orienta todas as questões referentes às avaliações,


bem como os direitos e deveres do discente relacionados à mesma. Esta proposta foi construída
coletivamente através das discussões dos Itinerários Pedagógicos de Minas Gerais, com a
participação de todos os professores, funcionários e direção. Constantemente citada e consultada
para esclarecimentos de dúvidas ou resoluções de problemas que surgem no cotidiano escolar.
A avaliação da aprendizagem, de caráter processual, formativo e participativo, deve: I -
ser contínua, cumulativa e diagnóstica; II - utilizar vários instrumentos, recursos e
procedimentos; III - fazer prevalecer os aspectos qualitativos do aprendizado dos estudantes
sobre os quantitativos; IV - assegurar tempos e espaços diversos para que os estudantes com
menor rendimento tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano letivo; V-
prover, obrigatoriamente, intervenções pedagógicas, ao longo do ano letivo, para garantir a
aprendizagem no tempo certo; VI- possibilitar aceleração de estudos para os estudantes com
distorção idade/ano de escolaridade; VII- considerar as habilidades desenvolvidas ao longo do
processo de ensino e aprendizagem. (Resolução SEE 4692/2021)

São oferecidos ao estudante no mínimo 02 (dois) instrumentos de avaliação com valor


cumulativo a cada bimestre letivo. É facultado ao professor regente de aulas, se necessário, oferecer
35
um número maior de instrumentos avaliativos e os resultados devem ser devidamente registrados
no DED – Diário Eletrônico Digital de Minas Gerais.

Da avaliação do profissional

Não só os alunos são avaliados na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa


Cívico Militar, mas também professores e servidores efetivos o são anualmente, por meio
da Avaliação de Desempenho, seguindo as orientações da Secretaria de Estado de Educação de
Minas Gerais. Diariamente as ações são avaliadas e se necessário acontece uma intervenção em
busca de melhorias e/ou mudanças de atitudes, com objetivo de servir como instrumento
participativo para a comunidade escolar bem como promover melhorias tanto na escola, quanto
na qualidade do aprendizado.

Das avaliações externas

A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa-Cívico-Militar utiliza dos resultados das


avaliações externas como parâmetros para questionar a eficiência do aprendizado e qualidade do
mesmo, bem como redimensioná-los. Estes resultados são discutidos coletivamente para que
aconteça uma tomada de decisão para se alcançar as metas.

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial


voltado ao aluno com algum tipo de necessidade especial. Esse serviço identifica, elabora e
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, visando eliminar as barreiras para a plena
participação do aluno, considerando suas necessidades específicas.
As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se
das atividades realizadas na sala de aula comum, porém tais atividades não substituem a
escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com
vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
De acordo com a Resolução SEE nº 4.256/2022, “Art. 4º -

A Educação Especial tem como objetivo garantir aos estudantes públicos da educação
especial acesso às instituições escolares e ao currículo, a permanência e percurso escolar e a
uma escolarização por meio da oferta dos atendimentos educacionais especializados.

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Contamos com o apoio e acompanhamento das analistas da Superintendência Regional de
Ensino de São João Del Rei e da Equipe CREI- CENTRO DE REFERÊNCIA EM
EDUCAÇÃO INCLUSIVA, que de acordo com a legislação vigente- Resolução, é o suporte
para o trabalho com a aluno da educação especial de nossa jurisdição.

Em relação ao espaço físico, a escola tem acessibilidade ao banheiro, e salas de aula e


refeitório. Mas, algumas adaptações ainda são necessárias. Em relação às práticas pedagógicas,
há a busca de novas estratégias, novos recursos, aulas dinâmicas, com atividades em grupo,
oficinas, vídeos, palestras, confecções de jogos que motivem a participação de todos,
minimizando as dificuldades que surgem.

A Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais conta com o Plano de Desenvolvimento


Individual (PDI), é um documento obrigatório para o acompanhamento do desenvolvimento e
aprendizagem e é construído por todos os atores envolvidos no processo de escolarização do
estudante, sendo o Especialista da Educação Básica o profissional responsável por articular e
garantir a sua construção. Este documento é referência para os professores compreenderem as
dificuldades dos discentes favorecendo sua escolarização, garantindo a aprendizagem de acordo
com o plano de ensino elaborado para ele por cada professor e a professora da Sala Recurso. São
atendidos 38 alunos, entre eles dois com autismo severo, TDH, dislexia, deficiência motora, TOD
e problemas relacionados à aprendizagem.
Na Sala de Recurso, o trabalho desenvolvido consiste em dinâmicas; filmes; jogos
matemáticos e de raciocínio lógico; jogos de interpretações e atividades escritas, atividades para
desenvolver a psicomotricidade; pintura e outras atividades que atendem às necessidades de cada
estudante. Enfim, o professor do AEE (Sala de Recursos e/ou Professor de Apoio) identifica,
elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade com foco na eliminação das barreiras
buscando a efetiva participação dos alunos.

É de responsabilidade do professor planejar e executar seu planejamento e disponibilizá-lo à


especialista, de forma sequencial, respeitando os períodos estabelecidos, de modo que, em uma
eventualidade, seja possível dar continuidade aos trabalhos. Cabe ao especialista avaliar e acompanhar
este planejamento com a finalidade de propor intervenções, caso seja necessário. São realizadas
reuniões semanais - Módulo II, com a finalidade de avaliar, organizar e planejar as ações, que são
decididas coletivamente. A frequência a estas reuniões é satisfatória.

Como forma de valorização dos trabalhos e incentivo aos alunos, a escola proporciona diversas
oportunidades para que o aluno apresente seu trabalho de pesquisa, como: encenação, leitura, sarau,

37
varal de produções, apresentações teóricas e práticas em feiras ou aulas expositivas, utilizando os
diversos espaços físicos da escola.
Habilidades Básicas em Língua Portuguesa e Matemática

A participação dos alunos nas avaliações externas é incentivada por toda equipe pedagógica.
É feito um trabalho de conscientização da importância para a realização da mesma, mas ainda assim
não há comprometimento em comparecer para a realização destas avaliações. Constata-se que mesmo
realizando um trabalho organizado e coeso, os resultados não são satisfatórios e não existem
condições de realizar um trabalho específico para melhoria dos mesmos.
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
A Constituição Federal/1988, no inciso VI do art. 206 estabelece que o ensino será ministrado
com base no princípio da gestão democrática do ensino público.

Corroborando, a Lei nº 9.394/1996 (LDB), em seu art. 14, estabelece que:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público
na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

A gestão democrática é construída diariamente nas atividades escolares, desde as


propostas de atividades em sala até as decisões sobre os investimentos a serem realizados na
escola.

Nesse sentido, são diversos os espaços institucionalizados que contribuem para a


construção de um ambiente participativo e, em todos eles, deve-se lembrar da importância do
incentivo, pela gestão escolar, ao protagonismo estudantil. Entendendo a participação política
como parte da formação integral dos estudantes, a escola deve proporcionar a esses um ambiente
aberto ao diálogo, à convivência democrática e sensível às suas pautas, corroborando para a
permanência dos jovens na escola.
Na escola, existem os seguintes espaços de participação e gestão democrática: Conselho
Escolar, Conselhos de Classe, Conselho de Representantes de Turma, Grêmio Estudantil e
Assembleias Escolares.
O Conselho Escolar da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa - Cívico- Militar é formado
por representantes titulares e respectivos suplentes de pais, alunos, administrativos e professores.

A presidência do Conselho Escolar é exercida pela diretora da escola, a professora


Adriana Aparecida de Sousa Carvalho.
Os mandatos têm a duração prevista nas diretrizes do DECIM, todos têm conhecimento
das normas de funcionamento. As informações ficam à disposição dos conselheiros para que em
38
conjunto com a direção tenham condições de participar das decisões/definições, sejam elas
orçamentárias, administrativas ou pedagógicas. Aos conselheiros é disponibilizada pelo MEC-
Ministério da Educação a formação necessária.
A dificuldade aqui encontrada é a disponibilidade para participação dos segmentos na
constituição do Conselho Escolar.
A direção da escola se comunica com os estudantes através dos professores/especialistas
na sala de aula, comunicado por escrito aos responsáveis, mural na escola e pelas redes sociais.
Disponibiliza também informações aos funcionários através de reuniões, quadros de avisos
(mural) na sala dos professores, na secretaria, através do e-mail institucional, através dos
aplicativos de rede social (WhatsApp, Facebook, Instagram etc.),
A direção da escola realiza um trabalho de aproximação à toda comunidade escolar,
levando em consideração os seguintes aspectos: respeito aos discentes, sem discriminá-los(as);
consideração à opinião dos(as) estudantes; respeitando e considerando os problemas pessoais e
familiares dos estudantes: valorização da boa convivência entre os estudantes, professores,
demais profissionais e com a comunidade que está inserida, reconhecimento e valorização da
identidade étnico- racial dos estudantes, incentivo à participação dos estudantes na realização de
eventos, incentivo à participação das famílias e da comunidade em atividades da escola,
divulgação das atividades, ações e decisões sobre o cotidiano da escola, diálogo com os
estudantes sobre situações e decisões da escola e envolvimento de todos na construção das
normas de convivência.

Nas reuniões de Conselho de Classe, a escola discute os resultados das avaliações internas,
definição dos tempos nas diferentes atividades propostas para o ano letivo, horários das aulas,
planejamento dos currículos, processo de intervenção pedagógica e elaboração de projetos
interdisciplinares.

A escolha dos representantes é feita através de voto, no início de cada ano letivo, sob a
coordenação do especialista ou da direção. Cada turma terá um representante, eleito por seus
pares e em consonância com a direção e especialista.
De acordo com o Regimento Escolar, Art. 72 - “§ 4º: São atribuições dos representantes
de turmas:

➢ zelar pelo bom aproveitamento da turma na sala de aula, pela conservação do prédio,
do mobiliário e pelo bom nome da Escola;
➢ defender os interesses coletivos da Escola em todas as atividades;
➢ estimular a participação de colegas nas atividades extraclasses;

39
➢ representar a turma em reuniões, Conselho de Classe e/ou quando se fizer
necessário.”
O Grêmio Estudantil, está pautado de acordo com o que se segue no Regimento Interno:

“Art. 73: O Grêmio Estudantil é uma entidade autônoma, representativa dos interesses dos
educandos com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais. É, também,
órgão máximo de representação dos estudantes da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa na
cidade de São João Del Rei e com sede neste estabelecimento de ensino.

Art. 74: Compete exclusivamente aos estudantes dispor sobre a criação, a estrutura normativa,
a organização, o funcionamento e as modificações da entidade mencionada no artigo anterior”.
Já nas Assembleias Escolares, os pontos de discussão dizem respeito ao Calendário
Escolar, relatórios financeiros, processo de eleição do diretor escolar e situações de conflito na
escola.
A escola realiza atividades de confraternização com a comunidade como: festas da
família, gincanas e formaturas, incentivando a presença de todos, mesmo daqueles pais e alunos
completamente desprovidos de recursos financeiros.

Participação da Família
Para a escola, a participação da família afeta diretamente a aprendizagem, pois o estudante
se sente comprometido com o apoio de seus familiares e se responsabiliza por seus resultados,
já que a escola solicitará a presença da família quando este não alcançar seus objetivos.
Nesse sentido, a frequência com que a Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa - Cívico-
Militar recebe os responsáveis pelos estudantes, varia de acordo com a necessidade, ou seja,
quatro vezes para reuniões bimestrais coletivas, individuais, ocasiões festivas e/ou assembleias.

A escola levantou com os estudantes suas opiniões e perspectivas acerca da participação


de suas famílias na vida escolar. O percentual aproximado de responsáveis que acompanham as
atividades de estudos realizadas pelos filhos, apresenta a seguinte análise; 85% acompanham
totalmente, 10 % acompanham parcialmente e 5 % não acompanham.

A participação dos pais ou responsáveis nas atividades realizadas pela escola não é
satisfatória, apresenta a seguinte análise: 60 % participam totalmente, 25 % participam
parcialmente e 15 % não participam.

A escola desenvolve atividades em parceria com 11º Batalhão de Infantaria e Montanha


- 11BIMth, a Polícia Militar, Conselho Tutelar, Unidade Básica de Saúde - UBS, que faz parte
do programa Estratégia de Saúde da Família - ESF, Secretaria Municipal de Saúde de São João

40
Del Rei, Secretaria Municipal de Cultura de São João Del Rei, Secretaria Municipal de Esporte
de São João Del Rei, Secretaria Municipal de Educação, Universidade Federal de São João Del
Rei – UFSJ, Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves - Uniptan, Instituto
Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus São João Del Rei – IF Sudeste MG e outros.

Seguindo as normas da Secretaria de Estado de Educação de MG, a escola recebe estagiários


da Universidade Federal de São João Del Rei nas modalidades de formação em licenciaturas e nos
projetos de Residência Pedagógica e PIBID, o que contribui muito para o enriquecimento das práticas
pedagógicas. Recebe também estagiários de outras instituições de ensino superior como Uniptan, Uni
Lavras, Uninter etc.

FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA

Segundo as Diretrizes da Escola Cívico Militar, “essa dimensão visa analisar as condições de
trabalho, preparo e equilíbrio, além da formação inicial e continuada e a relação entre o número
de professores e alunos, os quais são fatores que incidem sobre a qualidade do processo ensino-
aprendizagem”
Na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa–Cívico-Militar todos os servidores
possuem habilitação para o exercício das suas funções, com formação específica para atuarem
nas áreas e alguns deles atuam nas disciplinas eletivas do Ensino Médio Em Tempo Integral-
EMTI – Técnico em Desenvolvimento Regional Cultural, respeitando sua área de atuação.

As parcerias existentes com a Universidade Federal de São João Del Rei- UFSJ, Centro
Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves-Uniptan, If Sudeste - IFET, a SRE São João
Del Rei e outros, oferecem cursos e formações voltadas para melhoria da qualidade e eficiência
do ensino e dos serviços administrativos da escola e de acordo com a oferta, há a convocação ou
convite aos servidores e professores, têm oportunidade de se atualizarem e participarem desses
cursos e ações de formação.
A quantidade de servidores, professores, coordenadores pedagógicos e gestores presentes
na escola é em quantidade suficiente e quando há falta de algum deles, por licença médica, há
substituição pelo processo de designação seguindo os critérios da Secretaria de Estado de
Educação de Minas Gerais. Para atingirmos 100% do quadro de funcionários há a necessidade
de contratar professores de Laboratório de Ciências e de Informática, professores para Biblioteca
e o Psicopedagogo e no quadro dos militares 01(um) Oficial de Gestão Escolar e mais 04 (quatro)
monitores.

41
As aulas começam e terminam pontualmente, o corpo docente e o administrativo possuem
boa assiduidade e pontualidade.

ACESSO, PERMANÊNCIA E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NA ESCOLA

Para garantir a aprendizagem, os professores utilizam dos seguintes recursos pedagógicos


e tecnológicos: internet, jornais e revistas, livros didáticos e literários, filmes e vídeos, aulas
expositivas e participativas, debates e outros.
Os alunos podem mostrar suas aprendizagens e seus trabalhos de formas variadas, sendo
elas: oral ou por escrito, apresentações ou encenações, pinturas, uso de mídias e outros...
Equipamentos e materiais de multimídia, são adequados e atendem em grande parte às
necessidades do processo educativo, estão em condições satisfatórias de uso.

Em relação às práticas artísticas e culturais, há um incentivo e são proporcionadas


condições favoráveis para que ocorram de forma exitosa no processo de aprendizagem.
As práticas esportivas e laboratoriais são fundamentais no processo ensino aprendizagem
e são parte integradora do projeto da escola.

Em relação aos índices oficiais e às estatísticas educacionais produzidas pelo Instituto


Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep) e pela
Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (tais como taxas de evasão, abandono,
distorção entre idade e série, avaliações de aprendizagem etc.), são informados à comunidade
escolar e discutidos em reuniões administrativas e pedagógicas, reuniões de pais e responsáveis,
reuniões do Conselho Escolar.

Frequência - Rendimento - Abandono

A análise descritiva da escola sobre a infrequência dos alunos nas séries finais do Ensino
Fundamental está relacionada a problemas de saúde ou familiares que envolvem questões
judiciais. Já no Ensino Médio, a infrequência está voltada para a falta de compromisso de alguns
alunos e de acordo com o verificado, alguns por problemas de saúde que influenciam na tomada
de decisão do aluno ou da família.

A infrequência escolar interfere diretamente no processo ensino- aprendizagem, pois não


acontece a interação do aluno com o conteúdo ministrado pelo professor, o que dificulta a
aquisição do conhecimento. Com vistas a melhorar as taxas de frequência dos estudantes, a
escola desenvolve as seguintes ações: comunica a família, comunica ao Conselho Tutelar, realiza
a busca ativa dos estudantes, realiza reunião com pais, responsáveis e representantes do Conselho
Tutelar para discutir.

42
A infrequência do aluno pode levar ao abandono escolar, o mesmo vai gradativamente se
afastando, pois se vê fora da realidade escolar. Em relação à taxa de abandono, a escola adota
medidas como monitoria, conscientização da família, processo de avaliação diagnóstica e
intervenções a partir do diagnóstico e reavaliação. Também neste caso a escola comunica ao
Conselho Tutelar. O nível de abandono da escola é considerado baixo.

DOS ESTUDANTES
Art. 304: A Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa considera seus estudantes como centro e
motivação de suas atividades dentro de um autêntico processo educativo.

DOS DIREITOS DOS ESTUDANTES

Art. 305: São direitos dos estudantes:


➢ ser respeitado na sua dignidade como pessoa humana, por seus educadores, seus pares e demais
servidores da escola, independentemente de sua convicção religiosa, política ou filosófica,
grupo social, etnia, sexo, nacionalidade e necessidade educacional especial;
➢ ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
➢ solicitar orientação dos diversos setores da escola;
➢ utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais, de acordo com as
normas estabelecidas pela escola;
➢ requerer transferência ou cancelamento da matrícula por si, quando maior de 18 (dezoito) anos,
ou por meio dos pais ou responsáveis, quando se tratar de criança ou adolescente;
➢ sugerir, aos diversos setores de serviços da escola, ações que viabilizem melhor funcionamento
das atividades;
➢ votar e ser votado como representante do Colegiado Escolar e associações afins;
➢ recorrer às autoridades escolares, quando se julgar prejudicado em seus direitos;
➢ ser advertido pelas pessoas competentes, antes de sofrer uma punição com no máximo 3 (três)
ocorrências;
➢ o estudante que cometer quaisquer das infrações disciplinares arroladas nos artigos deste
Regimento será informado de todos os seus direitos, entre os quais o de permanecer calado;
➢ ser ouvido pela Diretoria, quando se tratar de um acontecimento grave e, dependendo da
gravidade da ocorrência, deverá ser comunicado à família e ao Conselho Tutelar;
➢ tomar conhecimento do Regimento Escolar de acordo com a organização da escola, no início
do ano letivo, no ato da matrícula ou quando solicitado;

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➢ participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação do Projeto
Político Pedagógico, bem como nas eventuais revisões desse Regimento Escolar;
➢ ser informado sobre o Calendário Escolar;
➢ ter cumprida a carga horária e dias letivos constantes na Matriz Curricular;
➢ ter garantia de socorro em casos graves, emergências e/ou urgências;
➢ ter a presença e o acompanhamento dos pais ou responsáveis, em caso de possível intervenção
de uma autoridade policial, quando menor de 18 (dezoito) anos;
➢ ser contatado pela escola nos casos de ausências injustificadas;
➢ ter assegurado que a escola cumpra sua função de efetivar o processo de ensino-aprendizagem
➢ participar das aulas e das demais atividades escolares;
➢ ter assegurada a prática facultativa nas aulas de Educação Física, nos casos previstos em lei e
fazer a opção por frequentar ou não as aulas de Ensino Religioso;
➢ ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados e/ou autorizados;
➢ ser informado sobre o sistema de avaliação interna da escola;
➢ tomar conhecimento de seu aproveitamento escolar e de sua frequência, no decorrer do
processo ensino-aprendizagem;
➢ solicitar, por meio dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão do
aproveitamento escolar, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do
mesmo;
➢ ter assegurada a recuperação de estudos, no decorrer do ano escolar, mediante metodologias
diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;
➢ contestar critérios avaliativos incoerentes com o Projeto Político Pedagógico, podendo recorrer
às instâncias escolares administrativas e colegiadas;
➢ ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina;
➢ realizar atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante justificativa e/ou atestado
médico, apresentados no prazo de até 72 (setenta e duas) horas, após o retorno às aulas;
➢ receber orientação sobre os conteúdos e realizar atividades avaliativas, referentes ao período
que ficou afastado;
➢ receber atendimento educacional domiciliar e/ou hospitalar, quando impossibilitado de
frequentar as aulas por motivo de enfermidade ou gestação, nos termos das normas vigentes;
➢ receber seus trabalhos e provas devidamente corrigidos e avaliados;
➢ ter os conteúdos programáticos ministrados com metodologias adequadas e atraentes bem
como o uso de material didático;
➢ afastar-se das atividades escolares, devidamente justificado, para representar a Escola em
atividades desportivas em nível regional, estadual etc.
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➢ pela escola;
➢ apresentar justificativa dos pais ou responsáveis para poder entrar após o início das aulas,
quando se tratar de criança ou adolescente;
➢ ser assíduo, pontual, responsável e comprometido com o seu processo de formação;
➢ aguardar a autorização do professor para sair da sala de aula;
➢ apresentar atestado médico e/ou justificativa no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas,
em caso de falta às aulas, quando houver atividades avaliativas;
➢ respeitar todos os profissionais da escola, pais e colegas, observando as normas e critérios
estabelecidos;
➢ tratar com respeito e hombridade todos os profissionais da Escola.
➢ construir relações pautadas pelos princípios da ética, da cooperação e da solidariedade;
➢ relacionar-se sem qualquer tipo de discriminação, seja ela de gênero, de sexo, de origem social,
cultural, étnica e religiosa;
➢ manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar;
➢ comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos gerais, sempre que lhe
for solicitado;
➢ contribuir, no que lhe couber, para o prestígio da escola;
➢ desempenhar a contento todas as atividades escolares em que se exigir sua participação;
➢ fazer da sala de aula um lugar de respeito, propício ao aprendizado, onde professor e estudantes
atuem em harmonia;
➢ abster-se de atos que perturbem a ordem, ofendam os bons costumes ou importem em desacato
às leis, às autoridades escolares ou aos professores e funcionários, bem como aos representantes de
turma, no uso de suas atribuições, dentro e fora da escola;
➢ atender às determinações dos diversos setores da escola, nos respectivos âmbitos de
competência;
➢ comparecer às reuniões do Colegiado Escolar, quando membro representante de seu segmento;
➢ comunicar ao setor competente qualquer irregularidade de que tiver conhecimento;
➢ vestir-se de forma adequada ao ambiente escolar, de preferência uniformizado. O uniforme é
blusa personalizado com emblema da escola, calça ou bermuda jeans ou saia na altura dos joelhos e
a blusa abaixo do cós da calça, da bermuda ou da saia que estiver vestindo. Caso não esteja de blusa
de uniforme, orientamos usar camisa branca, sem estampa. De acordo com a orientação de saúde
sanitária, recomendamos que o calçado seja fechado, de preferência tênis ou sandália. Os pais serão
questionados sobre a não obediência desta regra e terão que se justificar por escrito já da primeira vez
em que houver a transgressão. No caso do estudante comparecer à escola sem uniforme ou

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devidamente trajado, a escola emprestará uma blusa de uniforme ao estudante para que possa assistir
às aulas;
➢ apresentar-se devidamente trajado, de acordo com o ambiente escolar, para horários e atividades
em que o uniforme não for exigido;
➢ atender à proibição do uso de boné, calca rasgada, roupa curta, capuz, transparência e/ou
decotada, nas dependências da escola. Caso o(a) estudante(a) tenha necessidade de usar o boné,
este deverá ser guardado durante o horário de aula;
➢ saber que é proibido o uso de aparelhos eletrônicos (celulares, mp3, 4, 5, fone de ouvido etc.) na
escola sem fins educativos;
➢ valorizar, respeitar e zelar pelo patrimônio e espaço físico da escola enquanto bem público,
cooperando para a manutenção da higiene e a conservação das instalações escolares;
➢ indenizar os prejuízos que vierem a causar ao patrimônio da escola, dos estudantes,
professores e demais servidores da escola, quando o dano tiver sido causado voluntariamente e for
comprovada a sua autoria;
➢ cuidar do livro didático recebido, pois, posteriormente o mesmo será utilizado por outros
colegas e comparecer à escola com todo o material didático necessário;
➢ ter ciência, de que só poderá sair da escola antes do horário previsto mediante autorização dos
pais e/ou responsáveis, isto é, o responsável ou alguém autorizado pelo responsável deverá vir buscar
o(a) estudante(a) na escola ou o responsável poderá vir à escola em qualquer horário e deixar a
autorização assinada em livro próprio;
§ 1º: O inciso acima se refere ao aluno menor de idade.
§ 2º: O aluno maior de idade, quando for necessário se ausentar da escola antes do horário previsto,
deverá se responsabilizar e assinar em livro próprio.
➢ saber que é vedada a prática do tabagismo na escola;
➢ participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pela escola,
realizando tarefas escolares definidas pelos docentes e apresentá-las nas datas previstas;
➢ comparecer às atividades de reforço escolar e recuperação, quando convocado;
➢ permanecer em sala durante o período das aulas, mantendo atitudes dignas de respeito e
atenção;
➢ proceder com honestidade nas avaliações e demais trabalhos escolares;
➢ buscar informações sobre os conteúdos e atividades, em caso de falta às aulas, mesmo que
justificadas;
➢ zelar pelos livros didáticos e devolvê-los ao final do ano letivo;
➢ zelar pelos livros da biblioteca e devolvê-los no prazo estipulado pela escola;

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➢ participar dos processos democráticos de tomada de decisões, de forma dialógica, solidária,
corresponsável e criativa, bem como das organizações pedagógicas e institucionais, assegurando
o seu cumprimento;
➢ comparecer às solenidades e festividades cívicas e sociais promovidas pelo estabelecimento;
➢ cumprir todas as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

Caracterização da turma

A turma estagiada foi a do 8º ano do Ensino fundamental II, compreende no total 34 alunos,
sendo 16 meninas e 18 meninos. Apresentam interesse nas aulas, são participativos, e atenciosos, não
apresentam dificuldades, e com fácil assimilação de conteúdo, são bem interativos e fazem debates
sobre o conteúdo junto com a professora sobre o que está sendo estudado, ótima relação aluno e
professor. O aluno observado possui esquizofrenia, um distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de
pensar, sentir e se comportar com clareza.

Registro do perfil da turma

É uma sala no geral muito boa, apresentam interesse nas aulas, são participativos, e atenciosos,
não apresentam dificuldades, e com fácil assimilação de conteúdo, são bem interativos, em relação com
o aluno de inclusão, apesar das dificuldades apresentadas por ele, a sala o acolhem bem, respeitando
suas diferenças, e ajudando-o no que for preciso. A relação entre os colegas é de extremo respeito mútuo,
são muito amorosos e compreensíveis com as peculiaridades do amigo. A relação com a professora das
aulas de matemática e dos outros conteúdos é boa, ele considera a professora de apoio uma amiga, sua
escrita é legível e a sua aprendizagem é em seu tempo, mas a aula é a mesma que a dos demais alunos,
porém adaptadas pela professora de apoio.

No dia 08 de setembro de 2022 comecei o meu estágio na Escola Estadual Cônego Osvaldo
Lustosa, fui bem recepcionada pela turma e professoras dos conteúdos, primeiramente fiz uma análise
de como é o ambiente, se tem estrutura para a inclusão e para a quantidade de alunos.

No dia 09 de setembro de 2022 fiz a observação dos alunos, ver como se relacionam uns com
os outros, eles têm em si um ótimo relacionamento, com o aluno de inclusão também, o restante da
turma não o trata com diferença. A escola possui a sala de recurso, onde é bastante usada pelos alunos
de inclusão com recursos para cada deficiência, a escola trabalha com os livros didáticos, cada aluno
com os seus livros, não há diferença a do aluno de inclusão, há adaptações das atividades dentro dos

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seus limites de aprendizagem dando seguimento o que a turma está estudando. Conteúdo estudado
Algoritmo da adição, leitura e interpretação, estudo da lua.

No dia 12 de setembro de 2022, comecei fazendo minhas anotações sobre esquizofrenia, um


distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza. É um distúrbio
que às vezes apresenta agressividade quando estar nervoso, mas, quando medicado com os remédios
corretamente pelo psiquiatra através de consultas periódicas, tem uma boa adaptação, mas, quando o
aluno começa a ficar agressivo e a medicação não está fazendo o efeito esperado, ele retorna ao
psiquiatra para mudar a medicação. Durante a observação em sala juntamente com a professora de
apoio, ele teve uma ótima participação das aulas fazendo suas atividades com afinco.

No dia 13 de setembro de 2022, observei na sala de aula a participação dos alunos nas aulas
ministradas pelos professores onde aprenderam os conteúdos: a tonicidade das sílabas e geometria e me
estendi até a hora do lanche para ver como era o relacionamento entre as outras turmas do colégio e ele,
pude constatar que os alunos se comportam muito bem em relação ao aluno de inclusão.

No dia 14 de setembro de 2022, mais um dia de observação da turma do 8º ano do fundamental


II, me atentei mais como os professores aplicavam a disciplina ao aluno aqui observado, notei que ele
faz tudo, ‘mas ao tempo dele’. Nessa aula foram estudados os conteúdos: polígonos, a cidade no campo.

No dia 15 de setembro de 2022, analisei o regimento escolar que é um conjunto de regras que
define a organização administrativa didática, pedagógica, disciplinar da instituição, estabelecendo
normas que deverão ser seguidas, como por exemplo, os direitos e deveres de todos que convivem no
ambiente. Define os objetivos da escola, os níveis de ensino que oferece e como ela opera, e mais
anotações, em seguida fui fazer mais observação da turma estagiada, onde observei os conteúdos
ministrados pelos professores, nessa aula foram estudados os conteúdos: situações problemas do
cotidiano, as quatro operações e verbo. O professor de matemática realizou com a turma uma
brincadeira educativa com relação a multiplicação, o aluno de inclusão apresentou um pouco de
dificuldade no começo mais depois ele melhorou.

No dia 16 de setembro de 2022, fiz mais observações na turma estagiada, e concluir o projeto
político pedagógico. Onde possui a sala de recursos, para atender os alunos da inclusão com os
respectivos professores especializados na área da inclusão para dar o atendimento individualizado ao
aluno com sua dificuldade específica. Nessa aula foram estudados os conteúdos: divisão e o sol.
No dia 19 de setembro de 2022, foi a minha vez de administrar a aula, o tema a desenvolver
com a turma: adição e subtração, elaborei um jogo com boliche cujo objetivo era derrubar o maior
número de pinos por rodada, o material utilizado foram dez pinos de boliche ou dez garrafas pets
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coloridas e bola. As instruções foram as seguintes: organizar os pinos ou garrafas a uma distância de
três metros do jogador. O jogador deve lançar a bola em direção aos pinos. Cada pino derrubado
contará pontos da seguinte maneira: Cada pino azul: quinze pontos, cada pino amarelo doze pontos,
cada pino vermelho dez pontos. A equipe vencedora será aquela que marcar mais pontos ao final de
três rodadas. Então, dividimos a turma em três equipes e apresentei as regres do jogo. O jogo teve
três rodadas. A cada rodada, a equipe deve anotar a quantidade de pinos derrubados e realizar os
cálculos para descobrir a quantidade de pontos alcançados. Deixei – os à vontade para registrar da
maneira que julgarem mais fácil. Eles podiam utilizar números, desenhos, esquemas, entre outros.
Permitir que os próprios alunos organizassem suas equipes: quem serão os jogadores, quem deveria
anotar os pontos, quem ajudaria a realizar as operações e contagem dos pontos etc. Esse momento foi
importante para desenvolver o espírito de equipe, cooperação, liderança, resolução de conflitos e
tomada de decisões. Após a realização do jogo, as equipes devem apresentar seus resultados. Após a
apresentação das equipes, propus algumas questões no quadro para estimular a realização dos cálculos
individualmente no caderno, em seguida cada aluno apresentou suas respostas. O propósito dessa
atividade lúdica foi a realização de cálculos. Ao final do jogo, os alunos responderam as questões
utilizando estratégias pessoais: quantos pontos cada equipe fez? Qual foi a equipe vencedora? Qual a
diferença de pontos entre a equipe vencedora eu segundo lugar? Quantos pontos as equipes fizeram
juntas? No final, as equipes apresentaram para a turma as estratégias utilizadas por eles para chegar
ao resultado.

No dia 20 de setembro de 2022, continuei a aplicar o plano de aula elaborado, o tema abordado
foi multiplicação e divisão. Onde o objetivo era resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos
(mentais ou escritos, exatos ou aproximados), com números naturais, por meio de estratégias variadas,
com compreensão dos processos neles envolvidos com ou sem uso de calculadora. Reconhecer a
multiplicação e divisão como operações inversas, fazendo ou não uso dos algoritmos usuais.
Orientações: Iniciei perguntando a alguns alunos o que eles entendem pela operação de multiplicação.
Depois pergunte aos outros o que eles entendem por divisão.

A partir daí, comentei que as operações de divisão e multiplicação são inversas e que, tendo uma
multiplicação de dois fatores gerando um produto, podemos fazer divisões a partir do produto entre
os dois fatores.
Propósito: Desenvolver e fortalecer nos alunos a noção de que a multiplicação e a divisão são
operações inversas.
Orientações: Iniciei perguntando a alguns alunos o que eles entendem pela operação de
multiplicação. Depois pergunte aos outros o que eles entendem por divisão.

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Orientação: Nesta atividade, pretende-se levar os alunos a reconhecerem a multiplicação e divisão como
operações inversas, fazendo ou não, uso dos algoritmos usuais. Para isso, ele terá de analisar os quadros
apresentados, verificando quais números devem ser inseridos nos espaços em branco, se fazem sentido e se estão
relacionados com seus vizinhos, de acordo com as operações indicadas nas setas. Dessa forma, não se espera
que os alunos preencham os quadros com números quaisquer, mas que verifiquem e entendam o significado do
número que está sendo inserido nas operações indicadas.
Vale ser ressaltados alguns pontos a respeito desta atividade:

• O aluno pode optar por utilizar o número 1 nos quadrados menores para facilitar seus cálculos, não
consistindo necessariamente num erro, desde que de acordo com as operações indicadas.
• Em alguns quadros, não há um padrão de preenchimento nos quadrados menores. No caso do slide 5,
todos os quadros possuem valores iguais nos quadrados menores, já no slide 6, esses valores variam.
• O aluno terá de verificar se os números que ele está inserindo nos quadros fazem sentido com as
respectivas operações e valores vizinhos.

Propósito: Trabalhar com os alunos a ideia de multiplicação e divisão como operações inversas, fazendo ou
não uso dos algoritmos usuais.

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Orientação: Nesta atividade, pretende-se levar os alunos a reconhecerem a multiplicação e divisão como
operações inversas, fazendo ou não, uso dos algoritmos usuais. Para isso, ele terá de analisar os quadros
apresentados, verificando quais números devem ser inseridos nos espaços em branco, se fazem sentido e se estão
relacionados com seus vizinhos, de acordo com as operações indicadas nas setas. Dessa forma, não se espera
que os alunos preencham os quadros com números quaisquer, mas que verifiquem e entendam o significado do
número que está sendo inserido nas operações indicadas.
Vale ser ressaltados alguns pontos a respeito desta atividade:

• O aluno pode optar por utilizar o número 1 nos quadrados menores para facilitar seus cálculos, não
consistindo necessariamente num erro, desde que de acordo com as operações indicadas.
• Em alguns quadros, não há um padrão de preenchimento nos quadrados menores. No caso do slide 5,
todos os quadros possuem valores iguais nos quadrados menores, já no slide 6, esses valores variam.
• O aluno terá de verificar se os números que ele está inserindo nos quadros fazem sentido com as
respectivas operações e valores vizinhos.

Propósito: Trabalhar com os alunos a ideia de multiplicação e divisão como operações inversas, fazendo ou
não uso dos algoritmos usuais.

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Orientações :Encerre a atividade ressaltando a multiplicação e divisão como operações inversas.
Levante questionamentos que os instigue a pensar a respeito das diferentes formas de utilização desse
conhecimento.

Propósito: Retomar e reforçar as aprendizagens da aula, pensando-se também nas possíveis aplicações
cotidianas do conteúdo estudado.

Discuta com a Turma:

• Vocês conseguem imaginar situações do seu dia a dia em que podemos utilizar a ideia de multiplicação
e divisão como operações inversas? Quais delas?
• Você sentiu alguma dificuldade durante a aula? Qual?

Orientações: Apresente a nova situação e peça que os estudantes a resolvam sozinhos, levando em
consideração o que aprenderam na aula. O Raio X é um momento para você avaliar se todos os alunos
conseguiram avançar no conteúdo proposto.

Você pode procurar identificar as estratégias de resoluções de cada aluno e também se eles estão conseguindo
resolver a situação apresentada.

Propósito: Verificar o progresso dos alunos na aprendizagem dos conteúdos estudados.

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Discuta com a Turma:

• Bia e Júnior acertaram? Por quê?


• O que eles poderiam ter feito para evitar os erros?

No dia 21 de setembro, continuei a aplicação do plano de aula, hoje abordaremos o tema fração e sua escrita por
extenso. Tema retomado, pois, já foi abordado pela professora da sala.

Orientação: Divida os alunos em grupos de até seis crianças. Projete o slide para a turma, entregue uma cópia
ou copie-o no quadro. Leia o slide com os alunos. Relembre o que foi feito sobre frações nas últimas aulas e
converse com os alunos sobre as diferentes formas de representação de uma fração.
Propósito: Preparar os alunos para a aula.

Discuta com a turma:

• O que vocês lembram que estudamos sobre frações?


• Qual é o numerador da fração pedida? O que ele indica?
• E o denominador? O que ele indica?
• De quantas maneiras posso representar uma fração?
• Que representações podemos identificar no slide?
• Como podemos resolver esse problema?
• Será que somente podemos resolver o problema dessa forma?
• Que resultado vocês encontraram?

Atividade Principal
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Orientação: Converse com os alunos sobre o jogo e entregue um baralho para cada grupo. Permita que os
alunos mexam nas cartas por alguns minutos, descobrindo os tipos de carta e associando as cartas pelas suas
semelhanças. Apresente os slides com as regras e leia com os alunos, tirando possíveis dúvidas. É possível que
os alunos já conheçam o jogo, pois é jogado, popularmente, com as cartas de baralho comum. Certifique-se que
os alunos estão compreendendo como devem jogar.
Propósito: Conhecer o jogo e suas regras.

Discuta com a turma:

• Alguém já jogou este jogo? Com quais cartas?


• Conhecem as regras do jogo?
• Há alguma dúvida sobre o jogo?

Orientação: Converse com os alunos sobre o jogo e entregue um baralho para cada grupo. Permita que os
alunos mexam nas cartas por alguns minutos, descobrindo os tipos de carta e associando as cartas pelas suas
semelhanças. Apresente os slides com as regras e leia com os alunos, tirando possíveis dúvidas. É possível que
os alunos já conheçam o jogo, pois é jogado, popularmente, com as cartas de baralho comum. Certifique-se que
os alunos estão compreendendo como joga.

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Propósito: Conhecer o jogo e suas regras.

Discuta com a turma:

• Conhecem as regras do jogo?


• Há alguma dúvida sobre o jogo?

Atividade Principal

Orientação: Converse com os alunos sobre o jogo e entregue um baralho para cada grupo. Permita que os
alunos mexam nas cartas por alguns minutos, descobrindo os tipos de carta e associando as cartas pelas suas
semelhanças. Apresente os slides com as regras e leia com os alunos, tirando possíveis dúvidas. É possível que
os alunos já conheçam o jogo, pois é jogado, popularmente, com as cartas de baralho comum. Certifique-se que
os alunos estão compreendendo como jogar.
Propósito: Conhecer o jogo e suas regras.

Discuta com a turma:

• Conhecem as regras do jogo?


• Há alguma dúvida sobre o jogo?

Atividade Principal
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Orientação: Depois que os alunos lerem e compreenderem as regras, peça que discutam sobre os problemas
que aparecem nas cartas e que cheguem à resposta, se possível, utilizando o cálculo mental. Quando souberem
de que fração cada carta se refere, podem começar o jogo, seguindo as instruções dos slides. Caminhe pela sala
observando como os alunos estão jogando e auxilie-os nas dúvidas que surgirem.
Você pode criar alguma regra que achar necessária com a turma. Por exemplo, caso alguém agrupe as cartas
incorretamente, ganhará 3 pontos.

Propósito: Conhecer o jogo e suas regras.

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Orientação: Projete o slide para a turma, copie-o no quadro ou entregue uma cópia para os alunos. Leia o slide
com eles e peça que falem um pouco como foi o jogo no seu grupo, respondendo às perguntas do slide. Permita
que os alunos falem e troquem ideias sobre o jogo.
Propósito: Socializar as experiências que os alunos tiveram durante o jogo.

Orientação: Apresente o slide e converse com os alunos sobre a aula. Você pode solicitar que os alunos
escrevam no seu caderno um resumo do que foi feito na aula e sua opinião sobre o jogo.

Propósito: Resumir e encerrar o que foi feito na aula.

Discuta com a turma:

• O que mais gostaram no jogo?


• Foi difícil resolver os problemas para saber sua resposta?
• Encontraram pontos positivos e negativos do jogo?
• Há outras formas de jogar este jogo? Quais?

Atividades

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Orientações: Peça que, individualmente, os alunos leiam a atividade e a realizem. O raio x é um momento para
você avaliar se todos os estudantes conseguiram avançar no conteúdo proposto, então procure identificar e anotar
os comentários de cada um. No final, reserve um tempo para um debate coletivo registrando as soluções na
lousa.
Propósito: Testar se os alunos compreenderam o que foi visto na aula.

Discuta com a turma:

• Há apenas uma fração que representa a quantidade mencionada?


• Que outras cartas podem ser representadas pela mesma fração que representa as cartas com número
fracionário?
• De que outras formas poderíamos jogar?

No dia 27 de setembro de 2022, continuei com a aplicação do plano de aula sobre os gráficos, onde o
objetivo da aprendizagem: Ler gráficos de entrada simples, relacionando com informações em tabelas.

Orientação: Projete ou leia o objetivo para a turma.


Propósito: Compartilhar o objetivo da aula.

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Orientações: Inicie a aula mostrando os slide acima. Leia o título do gráfico e a informação contida no balão.
Propósito: Conhecer as estratégias que as crianças utilizam para leitura de informações explícitas em gráficos.

Discuta com a turma:

• Quais informações sobre o 2º ano são possível ler no gráfico?


• Qual a brincadeira favorita? Quantas crianças gostam dela?
• Qual a brincadeira que menos crianças gostam? Quantas crianças?
• Quantas crianças participaram da pesquisa? Como é possível saber?

Atividade

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Orientações: Apresente a tabela de Bruno, realize a leitura e faça as discussões propostas. Sempre pergunte
como chegaram à conclusão apresentada.
Propósito: Ler dados em tabela para, posteriormente, relacioná-los com outras formas de comunicação
gráfica.

Discuta com a turma:

• Qual o resultado que Bruno encontrou?


• As pessoas que foram pesquisadas, a maioria gosta ou não da merenda?
• Quantas gostam?

Atividade

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Orientações: Apresente o problema do Bruno. Pergunte aos alunos se eles podem ajudá-lo. Deixe-os colocar
como podem ajudar, faça as perguntas do Discuta com a turma.
Mostre aos estudantes que os gráficos possuem elementos para textuais indispensáveis para sua compreensão
e auxílio na leitura, como: título claro relacionado ao assunto de que trata, de quem são as informações que
apresenta e de quando são as informações.

Propósito: Observar as diferenças de dados presentes nos gráficos.

Discuta com os alunos:

• Bruno confundiu os gráfico pela falta de uma informação importante. Essa informação está no gráfico?
• Faria diferença se estivesse registrado quando foi?
• Com a data ele confundiria os gráficos mesmo que eles se misturassem? Por quê?

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Atividade

Orientações: Leia as informações contidas no balão, em seguida, auxilie as crianças na leitura da tabela. Você
pode dizer que o título da tabela é “aceitação da merenda - 1ª pesquisa” e, então, iniciar discussão. Faça o mesmo
com segunda tabela. Compare os dois gráficos com perguntas propostas abaixo.

Propósito: Comparar os dados nas duas tabelas. Mostrar aos estudantes que o gráfico possui elementos para
textuais indispensáveis para sua compreensão e auxílio na leitura como: título claro relacionado ao assunto de
que trata, de quem são as informações que apresenta e de quando são as informações.

Discuta com a turma:

• Vimos que no gráfico não tinha o ano da pesquisa, na tabela também não tem, mas tem uma indicação
na tabela que nos ajuda a diferenciar a tabela do ano passado e a deste ano. Qual?
• Nós conseguimos separar a 1ª e 2ª pesquisa porque o Bruno nos explicou o contexto. Mas se outras
pessoas que não conhecem o Bruno, tentassem descobrir de quando é a 1ª pesquisa e 2ª pesquisa, seria
fácil descobrir? Elas poderiam desconfiar que foram feitas no mesmo ano? Poderiam achar que foram
feitas há mais de 10 anos? Ou que as duas foram feitas este ano?

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• O que podemos fazer para ajudar o Bruno a resolver isso?
• Quantos alunos não gostavam da merenda na época em que foi feita a 1ª pesquisa? Quantos alunos, às
vezes gostavam? Quantos gostavam?
• Quantos não gostavam da merenda na época em que foi feita essa 2ª pesquisa? Quantos alunos
gostavam às vezes? Quantos gostavam?
• Os resultados foram iguais ou diferentes?
• Se os resultados são diferentes, os gráficos podem ser iguais? Por quê?
• Em que ano as crianças gostaram mais da merenda?

Orientações: Individualmente, distribua a atividade principal. Leia as informações contidas no balão, em


seguida auxilie as crianças a retomar a leitura da tabela coletivamente (é importante que esteja disponível em
tamanho aumentado ou projetado para que os alunos possam fazer acompanhamento das suas orientações e
questionamentos). Faça a pergunta e peça para que tentem achar a resposta.
Propósito: Relacionar dados em tabela à sua representação gráfica

Discussão das soluções

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Orientações: Deixe que as crianças expliquem como chegaram à resposta. Você pode apresentar as soluções
acima, e pedir que os alunos digam se fizeram igual ou parecido ou se pensaram de maneiras diferente, mas dê
prioridade para as formas e explicações das crianças antes de mencionar as do slide.
Propósito: Incentivar os alunos a explicar o raciocínio utilizado para solucionar uma questão. Espera-se que
os estudantes sejam capazes de refletir se uma estratégia é mais eficiente que a outra na situação-problema
apresentada.

Discuta com a turma:

• Quais é a semelhança entre as estratégias apresentadas e as que vocês criaram?


• Qual é a diferença entre as estratégias apresentadas e a sua?
• Seria possível pensar de uma outra forma?

Encerramento

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Orientações: Leia o balão do Bruno e peça para que os alunos deem as dicas, vá anotando todas as colocações.
Reforce as seguintes informações:
• As linhas das tabelas podem ser representadas nas barras do gráfico;
• Os títulos nos gráficos e tabelas são importantes para sabermos os assuntos de que tratam;
• Legendas com as datas são essenciais para localizarmos quando a pesquisa foi feita.

Propósito: Incentivar que os alunos expliquem o que perceberam quanto a gráficos na aula.

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Orientações: Apresente a nova situação e peça que os estudantes registrem individualmente. Anote os
comentários de cada um.
Propósito: Representar dados de gráficos em tabela.

Discuta com a turma:

• Depois de tudo o que vimos nesta aula, existem informações que sempre podemos tirar de um gráfico
de barras como esse? Quais? (discuta que tipo de informação traz o título, a legenda e as barras)
• A altura de cada barra é proporcional a uma soma de quantidade? (por exemplo, a soma dos valores
na categoria que representa).
• Qual seria o título da tabela?

No dia 28 de setembro de 2022. inicialmente comecei a rotina do dia, dando continuidade ao plano de
aula no oitavo ano do fundamental II, abordando o tema: interpretação de texto “O Beija-flor-violeta”, o
objetivo é Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de
maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de
assombração etc.) e crônicas. Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia
e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado. Identificar a ideia central do texto, demonstrando
compreensão global. Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no
contexto da frase ou do texto.

Orientações: Distribua uma cópia impressa da atividade para cada aluno, faça a leitura do texto oral,
individual e explique que eles realizarão uma tarefa que explora a compreensão do texto “O beija-flor-violeta”.
Durante a resolução, circule entre as mesas/carteiras, acompanhando a elaboração, observando os
procedimentos de leitura utilizados e fazendo as intervenções necessárias. Diante de dúvidas, é importante

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oportunizar a fala do aluno. Peça-lhe que releia o enunciado e/ou explique o que não compreendeu.
Identificando a natureza da dúvida, torna-se mais fácil pensar a mediação, a qual pode ser: fazer a
releitura/explicação do enunciado juntamente com o aluno, para que fique claro o que a questão está
solicitando; lançar questionamentos que provoquem reflexão e aproximem-no da resposta correta; ajudar na
elaboração da resposta escrita, visto que muitas vezes a criança tem uma boa compreensão da questão, mas
mostra dificuldade em expressar-se por meio da escrita.
Leia com atenção o texto. Depois, responda às questões propostas:

O Beija-flor-violeta

Beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média de seis a doze centímetros de
comprimento e pesam entre dois e seis gramas. O beija-flor-violeta (Colibri coruscans) tem 13 a 15
centímetros de comprimento. Os machos pesam de 7,7 a 8,5 gramas, enquanto as fêmeas pesam de 6,7 a 7,5
gramas. Isso faz dessa espécie, sem dúvida, o maior dos beija-flores.
A plumagem do beija-flor-violeta é na sua maior parte de um verde azulado brilhante, à exceção das
asas que são de roxo escuro e dos bicos e pés, que são pretos.
Ele é encontrado nas terras altas do norte e oeste da América do Sul, incluindo uma grande parte dos
Andes, a faixa costeira venezuelana e os tepuis. Também é encontrado na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia,
Guiana e Peru. No Brasil, está na região norte, no estado de Roraima. Ele consegue viver em ampla gama de
habitats verdes semiabertos, como florestas de coníferas ou de eucaliptos, planície e até em jardins e parques.
O beija-flor-violeta é uma ave noctívola (isto é, se alimenta de néctar), mas sua dieta também inclui
pequenos insetos, que é capaz de capturar em pleno voo.
Uma ave bastante vocal e agressivamente territorial. Solitários, eles demarcam seu território através
do canto, atividade que ocupa boa parte do seu dia. Os cantos variam entre os subgrupos, que desenvolvem
suas próprias chamadas.
Rafael Ferreira. Disponível em: <https://www.oeco.org.br/blogs/fauna-e-flora/28262-o-beija-flor-violeta/>.
(Com cortes). Acesso em: 23 de outubro de 2020.

Questão 1 – Releia este fragmento do texto:


“O beija-flor-violeta (Colibri coruscans) tem 13 a 15 centímetros de comprimento.”

Nesse fragmento, o autor:

( ) faz uma descrição.


( ) levanta uma hipótese.
( ) expressa uma opinião.

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Questão 2 – No período “Isso faz dessa espécie, sem dúvida, o maior dos beija-flores.”, o pronome destacado
foi usado para:
( ) retomar informações.
( ) apresentar informações.
( ) complementar informações.

Questão 3 – No trecho “Também é encontrado na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Guiana e Peru.”, as
vírgulas assinalam:
( ) a intercalação de elementos.
( ) a enumeração de elementos.
( ) o deslocamento de elementos.

Questão 4 – No segmento “O beija-flor-violeta é uma ave nectívora (isto é, se alimenta de néctar), mas sua
dieta também inclui pequenos insetos [...]”, a parte sublinhada:
( ) conclui o fato anterior.
( ) justifica o fato anterior.
( ) ressalva o fato anterior.

Questão 5 – Em “[...] agressivamente territorial.”, o advérbio grifado indica uma circunstância de:
( ) lugar.
( ) modo.
( ) tempo.

Questão 6 – Na frase “Solitários, eles demarcam seu território através do canto, atividade que ocupa boa parte
do seu dia.”, a expressão destacada tem o sentido de:
( ) “além do”.
( ) “por meio do”.
( ) “em virtude do”.

Questão 7 – Observe esta passagem do texto:


“Os cantos variam entre os subgrupos, que desenvolvem suas próprias chamadas.”

O verbo “desenvolvem” exprime uma ação do sujeito:


( ) “Os cantos”.
( ) “os subgrupos”.
( ) “suas próprias chamadas”.

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No dia 29 de setembro, iniciei a aula no oitavo ano do ensino fundamental II, abordando o tema:
“Produção de texto” cujo o objetivo é Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção
do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou
questão a ser discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e
informações sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição
– o que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização
esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar
para convencer os leitores.

Orientações:
• Inicie a aula apresentando a proposta de trabalho.
• Explique aos alunos que o objetivo desta aula é selecionar o tema e planejar o artigo de opinião que
será produzido na aula seguinte.
• Questione-os se sabem o que é um artigo de opinião, o que sabem a respeito dele, onde circula, quem
escreve.

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Introdução

Orientações:
Apresente aos alunos os temas possíveis para produzir o artigo de opinião reproduzindo este slide com essas
três charges. Retome com os alunos que um tema polêmico é aquele que apresenta uma questão controversa, ou
seja, que divide opiniões. Questione os alunos: Qual a questão controversa de cada um dos temas? Questione-
os “Por que será que este tema é polêmico?” Atente-se para o fato de que este momento não é para identificar
o tema dos textos, pois isso está expresso nos títulos reproduzidos no slide, mas sim para que eles identifiquem
o que há de polêmico nesses assuntos. Incentive-os a tecer hipóteses sobre o que há de polêmico nestes temas.
Espera-se que os alunos identifiquem o tema e a polêmica envolvendo cada texto:

Texto 1: o uso excessivo das redes sociais e sua interferência nas relações familiares: aproximação ou
distanciamento? A imagem projetada nas redes sociais e a realidade.

Texto 2: A proibição das sacolas plásticas em supermercados e a cobrança destas por parte de
estabelecimentos.

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Texto 3: as ciclovias como forma alternativa de transporte: os investimentos altos nas ciclovias e o fato de os
ciclistas terem de usar faixas exclusivas quando deveriam ter um trânsito seguro para todos.

Desenvolvimento

Orientações:

Organize os alunos em duplas e distribua a coletânea de charges, Oriente cada dupla a selecionar um dos
temas, sobre o qual será planejado e redigido o artigo de opinião. Após os alunos terem selecionado o tema
que pretendem abordar no artigo de opinião, explique que esta etapa de planejamento do texto é essencial,
uma vez que as ideias precisam ser planejadas previamente à redação do texto. Para apropriação do tema,
você pode levar os alunos ao laboratório de informática ou orientá-los a usarem o celular para pesquisar e
ampliar o repertório temático.
Fechamento

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Orientações: Para finalizar esta aula, peça que cada dupla socialize: o tema escolhido e o ponto de vista/tese
que irão defender. Caso seja possível, encerre a aula indicando que os alunos podem pesquisar mais sobre o
tema escolhido para que na próxima aula estejam melhor preparados para redigir o artigo de opinião.

No dia 30 trinta de setembro de 2022, concluir minha última regência no 8º ano do Ensino fundamental,
com o tema: “Roda de História e suspense de Terror” cujo objetivo é refletir sobre seu próprio repertório de
contos, lenda, entre outros gêneros orais que apresentam temáticas relacionadas ao suspense e ao terror e fazer
um primeiro exercício de expressão oral a partir de tais Histórias.

Nesta aula você deve levar para a sala de aula a experiência de ouvir e contar histórias. É importante que
os alunos reflitam sobre elas e busquem compreendê-las como uma possibilidade de produção textual, de
valorização da cultura local e de desenvolvimento da fala.
Materiais necessários: Existem várias versões para a lenda da Loira do banheiro disponíveis no ambiente
online. Como sugestão, você pode encontrar uma dessas versões em:
<https://www.fatosdesconhecidos.com.br/essa-e-verdadeira-origem-da-loira-banheiro/>. Acesso em: 30 de
set. de 2022.

O conto de terror e suspense é construído com a finalidade de provocar sensações relacionadas ao


medo no leitor. Para tanto, apresenta histórias vinculadas à temáticas aterrorizantes para os seres humanos,
sejam elas reais ou fantásticas.

Reconhecer a oralidade como prática de linguagem que requer planejamento, expressão corporal e
facial, mesmo quando se trata da fala improvisada.

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Orientações: Instigue os alunos, a partir da pergunta orientadora, a falarem sobre a lenda da loira do banheiro.
Você pode projetá-la ou escrevê-la no quadro. Explique que a história da loira do banheiro é uma lenda urbana
e que as lendas urbanas são narrativas, em geral curtas, transmitidas, sobretudo, por meio da oralidade, de
boca a ouvido. Geralmente as conhecemos por meio de outras pessoas, seja no ambiente familiar ou na escola,
entre amigos. Ressalte que essa lenda urbana apresenta características que visam provocar no interlocutor
sensações relacionadas ao medo.
Introdução

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Orientações:
Explique que há várias versões para a lenda da Loira do banheiro, as quais podem ser encontradas no
ambiente virtual. Organize a turma em semicírculo (meia-lua) para contar a lenda da Loira do banheiro.
Explique a importância da atenção e da escuta para que seja um momento prazeroso. Após contar a lenda,
abra um espaço para os/as alunos/as comentarem que partes mais gostaram, se já conheciam essa ou outras
versões e como conheceram, se gostam de ouvir histórias e por que gostam.
Materiais necessários: Você pode encontrar uma versão da lenda da Loira do banheiro em:
<https://www.fatosdesconhecidos.com.br/essa-e-verdadeira-origem-da-loira-banheiro/> Acesso em: 30 de
set. de 2022.

Desenvolvimento

Orientações:

Organize os alunos em grupos, de 3 ou 4 estudantes para que a atividade seja realizada por meio do
diálogo e trocas entre os estudantes. Avise-os que neste primeiro momento eles trocarão informações nos
pequenos grupos e organizarão juntos o desenvolvimento das próximas etapas. Eles devem dizer para os
colegas integrantes do seu grupo os títulos das lendas urbanas que conhecem (nesse momento eles não
precisam contar a lenda, apenas nomeá-las). Instrua os grupos a escreverem esses nomes em um papel e, após
isso, cada integrante do grupo escolherá uma dessas lendas para ser contada aos colegas. Peça que os alunos

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negociem entre si essa escolha, para facilitar a distribuição de acordo com o conhecimento que eles têm das
lendas disponíveis.
Desenvolvimento

Orientações:

Explique que a atividade de contação de lendas será feita por meio de um “rodízio”. Na primeira
rodada, um aluno de cada grupo se deslocará para outro grupo a fim de contar sua lenda e esse movimento se
repetirá até que todos tenham contado as lendas que escolheram. Dê orientações para que os alunos pratiquem
a expressão oral: em uma história contada, eles não devem se preocupar em decorar um texto escrito. O mais
importante é que eles contem a história como lembram; reforce que eles devem contar com suas próprias
palavras; lembre-os de que as histórias que serão contadas apresentam uma característica em comum: são
lendas urbanas cuja finalidade é provocar sensações relacionadas ao medo no interlocutor. É importante que,
ao contá-las, os alunos atentem para elementos que acentuam essa características, como as pausas criadoras
de suspense. outros elementos que participam desse momento como: o olhar, na hora em que contam, é
importante olhar para os/as colegas; os gestos, é importante deixar as mãos soltas na hora em que se está
contando, elas podem se movimentar de acordo com a vontade de quem está contando, como em uma
conversa; e a voz, ao contar a lenda eles devem utilizar uma voz forte e que seja modulada, ou seja, que tenha
altos e baixos, uma hora mais forte, outra hora mais fraca para que estimule a atenção de quem ouve. Dê início
ao rodízio de contação de lendas. Organize o tempo para que todos os alunos possam contar suas histórias.

75
Fechamento

Orientações:

Avise os alunos que agora será o momento de juntos, vocês fazerem uma síntese do que é importante
na produção de um texto oral. Peça para que reflitam, a partir das lendas que ouviram e também do próprio
desempenho de cada um sobre as características desse texto. Lembre-os que, para essa reflexão, devem ter em
mente as características do gênero que foi utilizado nessa aula, a lenda urbana. Utilize as perguntas
orientadoras, você pode projetá-las ou escrevê-las no quadro. Peça que os grupos escrevam suas respostas
para, então, socializá-las com o restante da turma. (Espera-se que os alunos apontem respostas como: 1 -
Características do gênero lenda urbana; 2 - Especificidades do texto escrito e do texto oral; 3 - Aspectos como
a postura, entonação etc.) Ressalte, a partir das respostas dos alunos elementos como os aspectos
composicionais do gênero lenda urbana - sua característica de ser transmitida pela oralidade e, recentemente,
pelos meios digitais; sua finalidade comunicativa de alertar para possíveis consequências de ações que não
deveriam ser realizadas; algumas características como: ser uma história pequena que busca autenticidade por
meio de fatos, locais reais, personagens conhecidos e provas. Também chame a atenção para as especificidades
do texto oral trabalhadas durante esta aula e os recursos utilizados pelos alunos na prática oral como a
entonação, os gestos, a postura corporal etc.

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Considerações finais

Para cumprir as metas do estágio constitui primeiramente a observação da escola em que ocorreu o
estágio, o que proporcionou uma aproximação com a realidade escolar, observei a equipe pedagógica durante
várias visitas, para um conhecimento básico da estrutura física do local e da equipe pedagógica, iniciei a
observação dá aulas, assim este trabalho é para relatar a trajetória do estágio.

Considero que minha experiência de estágio foi muito válida e extremamente enriquecedora. Trabalhei
e um uma área com a qual vou atuar, e durante este tempo pude aprender muita coisa que eu sempre tive
curiosidade de saber. Para a formação pessoal e social, acredito que seja necessário que desenvolvam nos alunos
uma imagem positiva de si mesma, ampliando sua autoconsciência e autoestima, reconhecendo suas limitações
e possibilidades procurando superá-las, e que sejam capazes de valorizar e realizar ações de cooperação e
solidariedade, enfrentando conflitos, respeitando e compartilhando suas vivencias com outros alunos.

Também conheci pessoas interessantes e divertidas durante esse tempo, que me ajudaram a aprender
mais quando tive dúvidas, e que transformaram o ambiente num lugar leve e divertido, dando mais prazer ao
trabalho.

Conhecer novas estratégias de aprendizagem e as políticas educacionais que fundamentam o


atendimento especializado foi realmente muito gratificante.

Nesse sentido, considero que o Estágio supervisionado – Educação especial e inclusiva, realmente
promove uma formação continuada, já que convida a refletir sobre nossa prática sustentada por uma teoria.

Sendo assim, o estágio contribui para nossa formação, independente da experiência em sala ou não,
mesmo porque ser professor é pensar e repensar sua prática constantemente. De forma geral fiquei bastante
satisfeita com o meu desempenho no estágio. Pude aprender bastante, mas também pude aplicar bastante do que
já havia aprendido. Acredito que durante esse período obtive um amadurecimento tanto profissional quanto
pessoal que será extremamente importante para mim no futuro.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Brasileira. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br


/ccivil_03/constituição/ constituicao.htm>. Acesso em: Set/2022.
.................................. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996
DECRETO Nº 10.004, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019. Disponível em:
<https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=515&pagina=1&d
ata=06/09/2019>. Acesso em: set./2022.
DIRETRIZES DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES. 2.ed. 2021; Brasília.
Ministério da Educação. Disponível em:<https://www.gov.br/mec/pt-
br/media/acesso_informacacao/pdf/10DIRETRIZESPECIMVERSO_observaes_1407
2021convertido2.pdf>. Acesso em: set./2022
IDEB. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Gráfico de Evolução. Disponível
em:<https://qedu.org.br/escola/151446-ee-conego-osvaldo-lustosa/taxas- rendimento/ ?year=
2019>. Acesso em: set./2022.
Mapa de Localização da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa. Disponível
em:<https://www.mg.gov.br/instituicao_unidade/escola-estadual-conego- osvaldo-lustosa-0>
Acesso em: set./22
Mapa do município de São João Del Rei. Disponível em:
<https://www.google.com/search?q=mapa+de+s%C3%A3o+jo%C3%A3o+del+rei&o
q=MAPA+DE+S%C3%83O+&aqs=chrome.2.69i57j0i512l9.5278j0j7&sourceid=chro
me&ie=UTF-8>. Acesso em: set./22.
OLIVEIRA, Francisco Guerra Ribeiro de. Análise das características e potencialidades do
turismo na cidade de São João Del Rei. 38 f. Monografia (Graduação em Administração) -
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2017.
Simave: Resultados de Proficiência e Participação. PROEB 2019. Disponível
em:<http://resultados.caedufjf.net/resultados/publicacao/publico/escola.jsf>. Acesso em: 22 de
setembro de 2022.

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Anexos

Educação Infantil, Escola Municipal João Pio, Tiradentes - MG

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Ensino fundamental I, Escola Estadual Deputado Mateus Salomé, São João Del Rei – MG

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Ensino fundamental II, Educação Especial, Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa – Cívico
Militar, São João Del Rei – MG

A inclusão na escola favorece a quebra de preconceitos sociais, bem como estimula a aprendizagem
de modo mais colaborativo. A escola possui um ambiente acolhedor e que motiva todos os alunos a
desenvolverem seus potenciais ao máximo na sala de recursos.

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