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RESUMO
O presente artigo teve por objetivo compreender a percepção de professores da
Educação Infantil acerca do brincar e da brincadeira na primeira etapa da
educação básica/na Educação Infantil. Este estudo é de natureza dialética, tem
como método a abordagem qualitativa, configurando-se como de caráter
exploratório. Foi realizado por meio de uma pesquisa de campo com três
professoras em um Centro de Educação Infantil da cidade de Tubarão/SC. A
análise dos dados foi realizada à luz do referencial teórico utilizado neste estudo.
De acordo com os dados empíricos da pesquisa, foi possível verificar que todas
as entrevistadas inserem a brincadeira em seus planos pedagógicos, por
entenderem ser o ato de brincar não apenas um modo de diversão, mas uma
ferramenta de aprendizagem capaz de auxiliar na construção da identidade da
criança. Em termos de resultados, destaca-se a necessidade de constante
formação continuada para os docentes acerca das especificidades da criança,
suas singularidades e os eixos que constituem o planejamento na Educação
Infantil: a brincadeira, o brincar e as interações. É importante reiterar também
que o espaço da Educação Infantil deve ser organizado para a criança e que
esse lugar constitui o fazer pedagógico docente em todas as suas dimensões.
1
Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em
Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2022. Orientadora: Profa. Maria
Sirlene Pereira Schlickmann, Doutora em Ciências da Linguagem pela Universidade do Sul de
Santa Catarina – UNISUL.
2
Acadêmica do curso de Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. E-
mail: demenegaz@outlook.com
3
Pedagoga. Especialista em Educação. Mestre e Doutora em Ciências da Linguagem pela
Universidade do Sul Santa Catarina – UNISUL. Professora do Curso de Pedagogia e do
Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da Unisul. E-mail: maria.
schlickmann@animaeducação.com.br.
1 INTRODUÇÃO
4
As informações ficaram em sigilo para preservar a identidade das participantes.
2 EDUCAÇÃO INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO DA BRINCADEIRA
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e
a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2010, p. 12).
Ao brincar, a criança prioriza o campo dos significados sobre o real. Ela cria
novas possibilidades de interpretação do cotidiano, assim como demonstra a
consciência que tem das regras e dos valores da realidade. Vivencia vários
papéis, estabelece novas regras, busca o prazer, experimenta várias sensações
como vencer os medos, ter alegrias e saborear vitórias. Ela sente-se capaz,
potente e forte (LISBOA, 2019, p. 22).
Como mediador, o professor deve entender que sua função não diz
respeito unicamente à interferência direta na atividade aplicada, isto é, a
brincadeira, mas também na adoção de novas ferramentas pedagógicas, assim
como com a organização do espaço e dos objetos. Como Brougère (2001)
aponta, o professor deve buscar construir um ambiente que oportunize e
estimule a brincadeira. Ao incluir a prática de jogos e brincadeiras nesse
processo, ele deve inteirar-se da finalidade da atividade lúdica no fomento da
aprendizagem e desenvolvimento pessoal da criança.
Isso, porque há a necessidade de criar um ambiente com condições e
circunstâncias aptas a desenvolver essas brincadeiras na pré-escola, uma vez
que a criança, por estar em seus anos iniciais, ainda mantém forte dependência
em relação àquilo que o ambiente sugere (MELLO, apud ELKONIN, 2015).
No questionário aplicado, houve divergência acerca da existência ou não
de preparo dos profissionais da Educação Infantil quanto à utilização de métodos
de ensino ligados ao lúdico. As seguintes respostas foram obtidas:
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Os
jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Anexos